Estamos acostumados demais com histórias com finais felizes ou, no mínimo, com uma derrota poética ou honrada nos filmes, livros, histórias. É antiga a nossa necessidade de que no final o "bem" tem de vencer. Bem, acho que o mais interessante do filme é mostrar que na vida real nem tudo é tão linear, histórias assim também devem ser contadas e nos servem para abrir os olhos para uma série de situações.
Um primeiro amor em forma de thriller. Pessoalmente eu acho inovador, porque não me veio à memória um equivalente. O ator que interpreta o Oskar é um primor, rapaz introvertido delicado, com todos os problemas que vem disso. Eli é uma força infantil com o peso da imortalidade (também uma sacada nova), uma criança que não é criança. Gostei muito mesmo, bem original.
Uma comédia de costumes mordaz contra a WASP dos subúrbios americanos, humor negro na dose certa, os atores fantásticos encenando meio em "falsete", o que eu pessoalmente adoro (lembra vagamente o realismo fantástico). Kathleen Turner totalmente fantástico. Recomendo muito.
Muito singelo, ao mesmo tempo que passa algumas mensagens fortes. É notório que o preconceito contra a mulher é amplo e arraigado na maior parte das sociedades, e no ocidente a carga triplica se o grupo é de negras. O tema é abordado com bastante intensidade e de forma bastante humana, sem ignorar todo apelo dos dramas corriqueiros da vida.
Bons tempos onde vampiros eram vampiros! Anne Rice tem sua obra muito bem representada nas telas. Toda maldade erótica (na dose certa) do vampiro aristocrático, maligno, porém muito refinado, um ser atormentado pela vida eterna e seus complexos dilemas. Atuação impecável, com um apreço especial pelo Tom Cruise como Lestat.
Uma comédia bastante interessante, sensível e que sabe te tocar para as feridas da solidão humana, sem deixar de te fazer rir (talvez não aqueles risos em profusão, mas risos gostosos também).
É Tim Burton nos seus dias mais gloriosos (embora ele não dirija, é co-produtor e escritor do roteiro), mostrando o singelo e o perturbador como a face da mesma moeda. O pesadelo de uma criança com muita imaginação.
Primeiramente, acho justo comentar como é bom observar as evoluções sociais. Eu era apenas um ano mais jovem que o personagem na época do filme, mas já percebia a quantidade de preconceitos que existiam e como os esteriótipos eram tão fortes que pareciam quase imutáveis. Se passaram 16 anos e apesar de o preconceito ainda ter seu reino, não falta quem esteja disposto a destronar esse rei. Quanto ao filme, bem, é delicado, muito tocante, explorando os conflitos sociais e aspirações para além daquela decretada no nascimento - que fica mais evidente na Grã-Bretanha da Bruxa. Recomendo.
O ritmo dos filmes orientais (em regra) são um pouco diferentes, exigem mais calma do espectador ocidental, por assim dizer. Mas é um filme apaixonante, onde a poesia é contada através da arte marcial, os verdadeiros diálogos: raiva, dor, esperança, sonhos, tudo registrado nesses movimentos. Vale muito assistir.
Empresto aqui o termo utilizado como o título de uma série que não possuí um equivalente em português: o filme é sobre a enorme tentação de acabar em "Breaking bad" (gíria do sul dos USA que significa que alguém desviou-se do caminho correto e passou a fazer coisas erradas), até onde os nossos valores morais se corrompem por ouro e principalmente como podemos inventar desculpas incríveis para justificar nossos erros é o mote da trama. No final, é um por na balança ouro e consciência e ver qual pesa mais - e o filme mostra isso com talento.
A genialidade inclui, frequentemente, a habilidade de "prever" o futuro. O filme aborda questões tão contemporâneas que são completamente compreensíveis para nós: a sede insaciável pela fama, a recusa humana em reconhecer o envelhecimento como um dado natural, o machismo social que renega a mulher justamente quando este dado bate a porta, a escolha entre amor e dinheiro...tudo está ali, muito bem feito.
Provavelmente o primeiro filme feminista que vi na vida. Precioso, de leitura simples para as crianças, mostrando a superação e a força de vontade de uma mulher numa sociedade que claramente é hostil a ela. Se tivesse uma filha, seria uma dos primeiros filmes que a faria assistir.
Da série "Clássicos da infância", eu sou da opinião que tais filmes devam ser analisados com critérios à parte, pois a narrativa não será de fato complexa ou buscando questões existenciais: ele irá trabalhar com os personagens em arquétipos, mostrando as lições de moral clássicas, que nunca envelhecem pois já estão no nosso subconsciente (os contos de fadas são o exemplo disso). Recomendo.
Foi paixão à primeira vista (e eu sei que, na infância, eu assisti 18 vezes pelo menos, porque ganhei uma pizza da locadora por ter visto tantas vezes) e por anos minha vontade era ser paleontólogo. Atende aos quesitos de um blockbuster decente: os dinossauros não estão ali pra disfarçar a ausência de roteiro (Jurassic World peca por isso), eles são parte das questões interessantes levantadas no filme - o homem brincando de Deus, a tecnologia suplantando carreiras, o sec. XXI vindo à galope e com ele as novas questões éticas e, frase profética do Dr. Malcolm, o fato que "a vida encontra um meio".
Eu nunca fui muito à favor da idealização dos relacionamentos, mas eu ao mesmo tempo aprecio a ideia do amor em estado puro, de descoberta, por mais improvável que ele seja. No caso do filme é especialmente interessante porque alia esse amor "mais puro" àquela que é um estado da natureza humana ainda muito vilipendiado: a homossexualidade. Não constrói uma narrativa original? Não, mas permite enxergar algo que já deveria ser óbvio: o amor não encontra fronteiras intransponíveis na heterossexualidade.
Eu tenho um "pequeno hobbie" (chamo assim por falta de melhor qualificação) que é assistir um filme considerado muito ruim pela crítica (Incluindo avaliações de usuários da NetFlix, como foi esse o caso) ao menos uma vez por mês. Esse é um caso e certamente vale a nota negativa!
Um dos meus filmes favoritos. Eu assisti praticamente quando saiu, no restinho da minha adolescência e começo da vida adulta, então eu tenho identificação com os personagens, inclusive pelo ambiente (minha família é de uma pequena cidade sulista também), esse não entender a vida, não aceitar as coisas como elas às vezes são: tristes e sem sentido. Recomendo.
Tem sempre uma voz que discorda, acho que esta voz é a minha hoje. Talvez influenciado pela reviravolta do Óscar (eu vi o filme tem umas duas semanas), eu esperava algo realmente interessante, porém deixou muitas lacunas. O silêncio, longe de ser impactante, indica apenas um "arrastar", e a maioria dos coadjuvantes fez tão jus ao título que estavam como que enfeites ali, não fosse o detalhe de fazerem parte da trama (O que aconteceu com eles?). Enfim, não me apeteceu.
Narrativa não-linear, marca do Tarantino, está especialmente interessante nesse primeiro filme dele. Bons atores, ótima trilha sonora, e a violência de sempre com seus sangues falsos, rs. Uma obra cult digna do título.
Filme sensível às causas dos conflitos urbanos contemporâneos. Não demonizar nem eleva à condição de mártir nenhuma das partes, apenas mostra uma situação muito factível e nos deixa para refletir.
Eu Sou Michael
2.6 174Estamos acostumados demais com histórias com finais felizes ou, no mínimo, com uma derrota poética ou honrada nos filmes, livros, histórias. É antiga a nossa necessidade de que no final o "bem" tem de vencer. Bem, acho que o mais interessante do filme é mostrar que na vida real nem tudo é tão linear, histórias assim também devem ser contadas e nos servem para abrir os olhos para uma série de situações.
Deixa Ela Entrar
4.0 1,6KUm primeiro amor em forma de thriller. Pessoalmente eu acho inovador, porque não me veio à memória um equivalente. O ator que interpreta o Oskar é um primor, rapaz introvertido delicado, com todos os problemas que vem disso. Eli é uma força infantil com o peso da imortalidade (também uma sacada nova), uma criança que não é criança. Gostei muito mesmo, bem original.
Mamãe é de Morte
3.5 296Uma comédia de costumes mordaz contra a WASP dos subúrbios americanos, humor negro na dose certa, os atores fantásticos encenando meio em "falsete", o que eu pessoalmente adoro (lembra vagamente o realismo fantástico). Kathleen Turner totalmente fantástico. Recomendo muito.
A Vida Secreta das Abelhas
4.1 964 Assista AgoraMuito singelo, ao mesmo tempo que passa algumas mensagens fortes. É notório que o preconceito contra a mulher é amplo e arraigado na maior parte das sociedades, e no ocidente a carga triplica se o grupo é de negras. O tema é abordado com bastante intensidade e de forma bastante humana, sem ignorar todo apelo dos dramas corriqueiros da vida.
Entrevista Com o Vampiro
4.1 2,2K Assista AgoraBons tempos onde vampiros eram vampiros! Anne Rice tem sua obra muito bem representada nas telas. Toda maldade erótica (na dose certa) do vampiro aristocrático, maligno, porém muito refinado, um ser atormentado pela vida eterna e seus complexos dilemas. Atuação impecável, com um apreço especial pelo Tom Cruise como Lestat.
Um Conto Chinês
4.0 852 Assista AgoraUma comédia bastante interessante, sensível e que sabe te tocar para as feridas da solidão humana, sem deixar de te fazer rir (talvez não aqueles risos em profusão, mas risos gostosos também).
O Estranho Mundo de Jack
4.1 1,3K Assista AgoraÉ Tim Burton nos seus dias mais gloriosos (embora ele não dirija, é co-produtor e escritor do roteiro), mostrando o singelo e o perturbador como a face da mesma moeda. O pesadelo de uma criança com muita imaginação.
Billy Elliot
4.2 967 Assista AgoraPrimeiramente, acho justo comentar como é bom observar as evoluções sociais. Eu era apenas um ano mais jovem que o personagem na época do filme, mas já percebia a quantidade de preconceitos que existiam e como os esteriótipos eram tão fortes que pareciam quase imutáveis. Se passaram 16 anos e apesar de o preconceito ainda ter seu reino, não falta quem esteja disposto a destronar esse rei. Quanto ao filme, bem, é delicado, muito tocante, explorando os conflitos sociais e aspirações para além daquela decretada no nascimento - que fica mais evidente na Grã-Bretanha da Bruxa. Recomendo.
O Tigre e o Dragão
3.6 455 Assista AgoraO ritmo dos filmes orientais (em regra) são um pouco diferentes, exigem mais calma do espectador ocidental, por assim dizer. Mas é um filme apaixonante, onde a poesia é contada através da arte marcial, os verdadeiros diálogos: raiva, dor, esperança, sonhos, tudo registrado nesses movimentos. Vale muito assistir.
O Tesouro de Sierra Madre
4.4 169 Assista AgoraEmpresto aqui o termo utilizado como o título de uma série que não possuí um equivalente em português: o filme é sobre a enorme tentação de acabar em "Breaking bad" (gíria do sul dos USA que significa que alguém desviou-se do caminho correto e passou a fazer coisas erradas), até onde os nossos valores morais se corrompem por ouro e principalmente como podemos inventar desculpas incríveis para justificar nossos erros é o mote da trama. No final, é um por na balança ouro e consciência e ver qual pesa mais - e o filme mostra isso com talento.
Crepúsculo dos Deuses
4.5 794 Assista AgoraA genialidade inclui, frequentemente, a habilidade de "prever" o futuro. O filme aborda questões tão contemporâneas que são completamente compreensíveis para nós: a sede insaciável pela fama, a recusa humana em reconhecer o envelhecimento como um dado natural, o machismo social que renega a mulher justamente quando este dado bate a porta, a escolha entre amor e dinheiro...tudo está ali, muito bem feito.
Mulan
4.2 1,1K Assista AgoraProvavelmente o primeiro filme feminista que vi na vida. Precioso, de leitura simples para as crianças, mostrando a superação e a força de vontade de uma mulher numa sociedade que claramente é hostil a ela. Se tivesse uma filha, seria uma dos primeiros filmes que a faria assistir.
Abracadabra
3.6 1,1K Assista AgoraDa série "Clássicos da infância", eu sou da opinião que tais filmes devam ser analisados com critérios à parte, pois a narrativa não será de fato complexa ou buscando questões existenciais: ele irá trabalhar com os personagens em arquétipos, mostrando as lições de moral clássicas, que nunca envelhecem pois já estão no nosso subconsciente (os contos de fadas são o exemplo disso). Recomendo.
Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros
3.9 1,7K Assista AgoraFoi paixão à primeira vista (e eu sei que, na infância, eu assisti 18 vezes pelo menos, porque ganhei uma pizza da locadora por ter visto tantas vezes) e por anos minha vontade era ser paleontólogo. Atende aos quesitos de um blockbuster decente: os dinossauros não estão ali pra disfarçar a ausência de roteiro (Jurassic World peca por isso), eles são parte das questões interessantes levantadas no filme - o homem brincando de Deus, a tecnologia suplantando carreiras, o sec. XXI vindo à galope e com ele as novas questões éticas e, frase profética do Dr. Malcolm, o fato que "a vida encontra um meio".
Garotos
3.8 604 Assista AgoraEu nunca fui muito à favor da idealização dos relacionamentos, mas eu ao mesmo tempo aprecio a ideia do amor em estado puro, de descoberta, por mais improvável que ele seja. No caso do filme é especialmente interessante porque alia esse amor "mais puro" àquela que é um estado da natureza humana ainda muito vilipendiado: a homossexualidade. Não constrói uma narrativa original? Não, mas permite enxergar algo que já deveria ser óbvio: o amor não encontra fronteiras intransponíveis na heterossexualidade.
Area 407
1.5 50Eu tenho um "pequeno hobbie" (chamo assim por falta de melhor qualificação) que é assistir um filme considerado muito ruim pela crítica (Incluindo avaliações de usuários da NetFlix, como foi esse o caso) ao menos uma vez por mês. Esse é um caso e certamente vale a nota negativa!
Os Famosos e os Duendes da Morte
3.7 670 Assista AgoraUm dos meus filmes favoritos. Eu assisti praticamente quando saiu, no restinho da minha adolescência e começo da vida adulta, então eu tenho identificação com os personagens, inclusive pelo ambiente (minha família é de uma pequena cidade sulista também), esse não entender a vida, não aceitar as coisas como elas às vezes são: tristes e sem sentido. Recomendo.
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraTem sempre uma voz que discorda, acho que esta voz é a minha hoje. Talvez influenciado pela reviravolta do Óscar (eu vi o filme tem umas duas semanas), eu esperava algo realmente interessante, porém deixou muitas lacunas. O silêncio, longe de ser impactante, indica apenas um "arrastar", e a maioria dos coadjuvantes fez tão jus ao título que estavam como que enfeites ali, não fosse o detalhe de fazerem parte da trama (O que aconteceu com eles?). Enfim, não me apeteceu.
Cães de Aluguel
4.2 1,9K Assista AgoraNarrativa não-linear, marca do Tarantino, está especialmente interessante nesse primeiro filme dele. Bons atores, ótima trilha sonora, e a violência de sempre com seus sangues falsos, rs. Uma obra cult digna do título.
Fargo: Uma Comédia de Erros
3.9 921 Assista AgoraUm humor profundamente macabro. Não sei exatamente se eu gostei, mas me prendeu a atenção.
Zona do Crime
3.8 30Filme sensível às causas dos conflitos urbanos contemporâneos. Não demonizar nem eleva à condição de mártir nenhuma das partes, apenas mostra uma situação muito factível e nos deixa para refletir.
Dungeons & Dragons: A Aventura Começa Agora
2.0 167Não é muito ruim..mas eu sinceramente esperava que fosse uma adaptação do jogo ou do desejo. Praticamente só empresta o nome.
O Que a Carne Herda
4.0 32A esquizofrenia das Leis de Jim Crow, quase incompreensíveis para os que vivem no sec. XXI. Uma demonstração da insensatez humana.
Sob o Domínio dos Aliens
3.1 44Um daqueles filmes B light do antigo Cinema em casa. Não é um clássico e não chega a ser um bom filme, mas é assistível.