O diretor consegue mostrar que De Niro não é passado, é presente. Di Caprio sempre entregando um papel magistral, Lily Gladstone absurda no papel, trazendo toda a força e a tristeza passada pelos Osage.
As 3h30 de filme não cansaram, inclusive me surpreendi quando vi o horário em que saí da sala de cinema e pelo tanto de tempo que havia passado.
As cores, a narrativa, os diálogos, a mitologia indígena retratada cinematograficamente foram sensacionais. A influência de Glauber Rocha (já admitida por Scorsese) é nítida, também. Isso me agradou muito, enriquece demais a arte como elemento universal, a junção de diferentes métodos criativos numa produção, assim como a própria perspectiva Osage.
Me surpreendeu. Redundante falar isso do mestre do cinema e desse elenco destruidor.
Não dava nada pro filme antes de vê-lo e, felizmente, me surpreendi!
Só não dou 5 estrelas por algumas atuações muito "quadradas", se é que me entendem, mas considerando todo o conjunto, é um filme pra se orgulhar do nosso cinema.
Já vale a pena pela trama desestigmatizar a imagem do mexicano malfeitor, que sempre é o bandido, que sempre tem uma motivação vilanesca. Pelo contrário, é a justa vingança de um povo que sofreu uma injustiça por parte daqueles que sempre se colocam como os heróis e detentores da verdade e da boa moral - os estadunidenses - propagando uma covarde ideologização negativa de um povo para simplesmente alcançarem seus objetivos econômicos e políticos. [luta de classes e os historicamente oprimidos saindo vitoriosos mandou um abraço.]
Outro ponto que me chamou atenção é o fato da personagem principal não ser um Django ou um clássico personagem interpretado por Clint Eastwood, ou seja, um "bad guy" que age simplesmente para tirar proveito de alguma situação, um mercenário, mas que no final acaba se deparando com um conflito moral, deixando de lado a frieza e a dissimulação que alimentava dentro de si e opta por agir na causa de alguém ou um grupo para fazer bem a um outro. Outra ideia de contraponto é que o Requiescant foge totalmente daquela estereotipação masculina, do "macho-alfa" que não tem sentimentos, durão e que não precisa da ajuda de ninguém para atingir seus objetivos. Ele é um homem simples, ingênuo - porém destemido - que foi educado desde criança a respeitar as leis divinas e a ter amor ao próximo. Sempre que age, o faz de forma altruísta e nunca é por tirar proveito de outro. A empatia que ele inspira no espectador é que sua motivação é genuína, é como se o universo compreendesse que sua vingança era necessária para que a ordem das coisas continuasse fluindo naturalmente e verdadeiramente. [tarantino com certeza passou o olho por esse filme em outros tempos].
Perdeu muito a qualidade com a ausência de Bruce Lee. Não bastasse isso, várias cenas é explícito a necessidade de esconder o rosto do ator que atua no lugar dele para não ficar tão inverossímil quando aparece as imagens de Bruce, já falecido e que havia feito várias cenas memoráveis com a clássica roupa amarela e listras pretas - que são justamente as que fazem o filme valer a pena.
Como montagem de animação e visual, muito bom. Por isso as 2 estrelas. Agora como enredo e mensagem: pura propaganda anticomunista e saudosismo à "democracia" estadunidense. Pensava que ia encontrar algo mais original, e não uma briga tão batida e a ideologia ianque sendo vitoriosa no final. Pra variar.
Que surpresa, que espanto esse filme me causou! Por isso vejo a arte como um dos maiores meios de mudar ideias, mudar vidas, e isso tem tudo a ver com o próprio enredo do filme. A arte sensibiliza, a arte é conhecimento a cerca da própria existência, é o oposto da ignorância.
Rosie: "Essas margens costumavam ficar cheias de amantes. Havia dança e cantoria, e... romance"
Jojo: "Não há tempo para romance. Estamos em guerra!"
Rosie: "Sempre há tempo para romance."
[...]
Jojo: "Qual a primeira coisa que fará quando estiver livre?"
Elsa: "Dançar."
Ri e me emocionei muito do começo ao fim. E o que eu vi é o que não permite a centelha da esperança na humanidade não apagar dentro de mim...
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar”. - Nelson Mandela
Não imaginei que outro filme sobre a II Guerra Mundial, além de A Lista de Schindler pudesse me emocionar e me impactar tanto. Mas esse filme conseguiu. Mexeu com minhas sensações de uma maneira inigualável!
Além disso, esse filme denso, incômodo e frio - literal e metaforicamente - traz uma outra perspectiva da guerra contra o nazifascismo: como os povoados soviéticos enfrentaram esse período tão atroz, onde seres humanos nunca antes estiveram com sua moral e suas aspirações tão voltadas ao que de mais de obscuro e horrendo em toda a nossa história. O ato final é impactante e seu diálogo mostra muito bem como os nazistas enxergam os povos não-germânicos e quem são os que querem realmente apagar do mundo essa ideologia exterminadora do povo: os comunistas.
Forte. Uma aula de cinema, de arte e de vida que, infelizmente, não alcança todos os públicos por não ser hollywood, mas fico feliz de ter chegado até mim.
Ruim. Atuações amadoras, parece como se não tinham outra opção e escolheram atores sem carisma, que não passam naturalidade alguma ao atuar. As exceções são os atores Maeve Jinkings e Irandhir Santos, que cumprem muito bem seu papel e são excelentes atores, mas acabam por não salvar toda a obra. Fui ver o filme até com certa expectativa por já ter assistido Aquarius, do mesmo diretor - um filmaço, a propósito - e fiquei decepcionado com o que vi. O roteiro achei muito bom, os questionamentos que trás são imprescindíveis e nisso não há o que se questionar, mas sua execução não funciona.
Fico muito feliz que KMF tenha se superado infinitamente em Aquarius e acredito que tenha mais ainda em Bacurau, que pretendo assistir o quanto antes, mas deposito muita confiança.
Quem diria que um novo Coringa estaria a altura do interpretado por Heath Ledger! Talvez o personagem de HQ mais bem desenvolvido no cinema até agora, mostrando sua gênese e sua motivação extremamente convincente. Assustadoramente convincente.
Joaquin Phoenix conseguiu a proeza de se superar, não pensava que seria possível pelo grande talento que já nos havia apresentado em filmes como Gladiador, Johnny e June e O Mestre. Talhem o nome desse cara na estatueta do Oscar para já!
Várias referências a grandes filmes, principalmente do mestre Scorsese (o que já era especulado pelas informações até então vazadas), Todd Phillips e produção entregam uma nova obra-prima para essa geração do cinema.
Quem se propõe a assistir esse filme como sendo mais um filme do mundo de super-heróis, não imagina que está redondamente enganado. Pouca fantasia e mais vida. Cinema em sua melhor expressão, sem mais.
Protelei muito pra ver esse filme porque sei lá, o título me parecia que ia ser algo mais caricato, infantilizado. Estava redondamente enganado.
Me senti sufocado e agoniado em vários momentos, cumpriu muito bem sua proposta! Gostei muito da história, os atores foram muito convincentes e me deixou muito impressionado. A metáfora sobre a depressão e do que ela é capaz na vida de uma pessoa e de uma família é muito bem descrita.
Quero deixar registrado que passei horas, desde que saí do cinema, a processar o que eu tinha visto. É uma sensação que há muito tempo eu não sentia. Não saí eufórico da sala. Até pensei: "será que eu gostei?" Mas depois de tanto pensar... respondi pra mim mesmo: "É CLARO QUE EU GOSTEI!". Na verdade, o que um diretor de cinema, aquele que deseja ir além do entretenimento, obviamente, quer causar nos espectadores da sua arte o que ele causou em mim. Não vou explicar o que é porque é inútil explicar.
Uma história emocionante e que ficará marcada por eras na pele do nosso Brasil. Grandes heróis e heroínas desses tempos, com coragem e disposição absurdas, como foram a protagonista, Olga Benário e o Cavaleiro da Esperança, Luiz Carlos Prestes.
Entretanto, no quesito técnico, ficou devendo, ao meu ver. O filme ficou muito novelesco, em algumas partes as atuações estavam muito teatrais, que parecem tirar a espontaneidade e a naturalidade que o filme deveria deixar transparecer. Prestes pareceu um rapaz indefeso e que foi pego de surpresa nas traições dos militares que achava que apoiariam a causa revolucionária. No livro O Cavaleiro da Esperança, Jorge Amado descreve um personagem destemido que não se parece com o do filme (talvez seja má interpretação do ator? não sei). Já Camila Morgado atua muito bem e consegue passar o sentimento dos momentos terríveis a que Olga esteve sujeita, mesmo que às vezes acabe na teatralidade que mencionei. Fernanda Montenegro como Leocádia Prestes. Não podiam escolher melhor atriz para interpretar uma mulher com tamanha bravura e grandeza.
3,0/5 pela história que admiro muito e procurando ter um olhar menos idealista. Tinha muito mais potencial, mas respeito o que foi aqui retratado.
Sou fã de Elton John, ouço suas músicas desde que me entendo por gente. Depois do filme e de saber todas as dificuldades que passou e suas superações, o vejo ainda maior. Adorei a atuação do Taron Egerton, convenceu muito enquanto a personalidade que representou! É um filme forte, emocionante. Entretanto - impossível não haver comparações em aspectos técnicos - diferente de Bohemian Rapsody, senti muita falta dessa produção/direção se aprofundar mais na história, no desenvolvimento de algumas personagens importantes e a relação de Elton com elas. Na produção criativa, também.
No recorte geral da cinebiografia, só pegaram a parte do sofrimento e a transformação do artista. Além disso, poderia ter AO MENOS uma cena pós-recuperação do cantor.
Elenco e suas atuações impecáveis, figurino e fotografia nota 10. Faltou fluidez: uma parte no roteiro e outra maior na direção, no recorte de cenas. Gostei de alguns efeitos diferenciados nesse filme, mas o peso negativo nesses quesitos, colocando na balança, para mim foi maior.
Sabia que não me decepcionaria com o cantador de músicas sobre nativos, os pobres e oprimidos. Honesto em cada verso que compôs e em toda atitude, com muitos erros inclusive, que acabara se tornando o denunciador da sua própria cultura, o conservadorismo do sul dos EUA. Se manter naquela linha que sempre esperavam dele foi difícil, por isso I Walk the Line é sobre amor, na política se posicionou contra a farsa da guerra norte-americana e a alguns impressionou, arriscou sua áurea, mas esses riscos e a autenticidade das suas letras eram quem davam o brilhantismo ao Man in Black.
Ideologia e alienação, influência na arte e a responsabilidade do artista, são pontos super importantes que devem ser analisados nesse curto documentário.
Fotografia sensacional, direção e edição um tanto originais, atuações dos protagonistas bem convincentes e Christina Ricci hipnotizante a cada cena... Entretanto, o enredo não me convenceu tanto da metade pro final (com exceção do último ato) e, pessoalmente, Billy me incomodava muito durante o filme todo. 6/10
Que coisa leve e mais gostosa que acabei de ver! O retrato da vida de alguém que viveu com intensidade, produziu, fez arte brasileira da mais autenticidade possível e, como exímio artista, não a fazia para a conquista, para alcançar sucesso ou quinquilharias. Toda aquela tristeza inebriante ou aquela alegria intensa dos pequenos momentos que ele transpunha para o papel eram os seus sentimentos mais simples e profundos, e assim se fazia toda a mágica.
"Podemos estar enganados. Podemos estar deixando um homem culpado livre, não sei. Ninguém pode saber ao certo. Mas temos DÚVIDA razoável, e isso é algo que é muito valioso no nosso sistema. Nenhum júri pode declarar um homem culpado, a menos que tenha certeza."
Direção, atuações e roteiro impecáveis. Grande clássico!
Aquele famoso "POR QUE DEMOREI TANTO PRA VER?" resume bem o que senti por essa trilogia e por esse filme em particular. Depois que assisti As Duas Torres, que achei até superior ao primeiro, que já era um filme magnífico, imaginei que O Retorno do Rei seria um desfecho muito bom e tudo mais, mas nada que me contemplasse como um marco do cinema, tanto no campo subjetivo como no objetivo. Mas foi o que aconteceu! Entrei no filme de uma maneira que não fazia há tempos, cada sentimento de agonia e emoção nas cenas de batalha, que são únicas e serviram de inspiração pra tudo que veio depois. Entrou nos meus favoritos com toda certeza, insensatez da minha parte se não o fizesse... E a última palavra que deixo sobre essa obra-prima deixada por Tolkien e Peter Jackson só poderia ser uma: PRECIOSO!!
Numa era do cinema em que produções do gênero terror passaram a ser muito pouco imaginativas e acabam não proporcionando ao público sua principal função, que é a de causar pavor, medo etc, The Conjuring 2, assim como o primeiro filme, me despertou, ao menos em alguns momentos, o que os antigos clássicos de terror me trouxeram, e que a propósito, não sei se cedo demais pra dizer isso, mas por esses motivos, acho que a franquia pode vir a ser um clássico dessa nova geração.
Clichês hollywoodianos à parte, filme muito bom, atendeu minhas expectativas e pulei muito da cadeira do cinema! hehehe
Eu só entrei de leve e disse: "Bom dia, senhoras e senhores, isso é um assalto. Se ninguém perder a cabeça, ninguém fica sem ela. Simon diz: 'Todos no chão.' Você também, senhora, abaixe-se. Vamos ver quem ganha um prêmio por ficar calmo. Tire o dinheiro da gaveta e ponha a grana no saco. Que história incrível pra contar aos amigos. Senão, ganha uma etiqueta no dedo do pé, você decide."
Fiquei muito decepcionado por perder o Oscar de melhor filme, depois de ter levado 6 prêmios de efeitos técnicos que compões um bom filme... não faz sentido. Mas fiquei orgulhosíssimo por levar SEIS estatuetas, SEIS!!! Não é só mais um filme de ação qualquer, (que embora traz os elementos do cinema americano, obviamente) não se sustenta com aquele clichê hollywoodiano de sempre. Nos apresenta críticas sociais ora sutis, ora notórias, mas que vão muito além disso, é uma epopeia existencialista pós-apocalíptica que apresenta os limites da sanidade humana e esperança em meio ao caos. Fury Road traz consigo vários elementos do grande cinema (assim como outro concorrente na premiação, que merecia o mesmo reconhecimento, The Revenant), todo o filme foi rodado em locações de áreas desérticas como a Namíbia, não deixando tudo às custas da tecnologia que vem dominando muitas etapas de produção de boa parte dos filmes hoje em dia, e quando o faz, faz da maneira mais adequada e necessária. Poético, alucinante e grandioso. Testemunhem!
Assassinos da Lua das Flores
4.1 615 Assista AgoraScorsese não tem o que falar. Ele É o cinema!
O diretor consegue mostrar que De Niro não é passado, é presente. Di Caprio sempre entregando um papel magistral, Lily Gladstone absurda no papel, trazendo toda a força e a tristeza passada pelos Osage.
As 3h30 de filme não cansaram, inclusive me surpreendi quando vi o horário em que saí da sala de cinema e pelo tanto de tempo que havia passado.
As cores, a narrativa, os diálogos, a mitologia indígena retratada cinematograficamente foram sensacionais. A influência de Glauber Rocha (já admitida por Scorsese) é nítida, também. Isso me agradou muito, enriquece demais a arte como elemento universal, a junção de diferentes métodos criativos numa produção, assim como a própria perspectiva Osage.
Me surpreendeu. Redundante falar isso do mestre do cinema e desse elenco destruidor.
CINEMA!
Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança
2.4 1,6K Assista AgoraFoi penoso assistir até o final desse filme. Decepcionante desperdiçarem um personagem com tanto potencial como o motoqueiro fantasma.
Estômago
4.2 1,6K Assista AgoraNão dava nada pro filme antes de vê-lo e, felizmente, me surpreendi!
Só não dou 5 estrelas por algumas atuações muito "quadradas", se é que me entendem, mas considerando todo o conjunto, é um filme pra se orgulhar do nosso cinema.
Réquiem Para Matar
3.4 10 Assista AgoraJá vale a pena pela trama desestigmatizar a imagem do mexicano malfeitor, que sempre é o bandido, que sempre tem uma motivação vilanesca. Pelo contrário, é a justa vingança de um povo que sofreu uma injustiça por parte daqueles que sempre se colocam como os heróis e detentores da verdade e da boa moral - os estadunidenses - propagando uma covarde ideologização negativa de um povo para simplesmente alcançarem seus objetivos econômicos e políticos. [luta de classes e os historicamente oprimidos saindo vitoriosos mandou um abraço.]
Outro ponto que me chamou atenção é o fato da personagem principal não ser um Django ou um clássico personagem interpretado por Clint Eastwood, ou seja, um "bad guy" que age simplesmente para tirar proveito de alguma situação, um mercenário, mas que no final acaba se deparando com um conflito moral, deixando de lado a frieza e a dissimulação que alimentava dentro de si e opta por agir na causa de alguém ou um grupo para fazer bem a um outro.
Outra ideia de contraponto é que o Requiescant foge totalmente daquela estereotipação masculina, do "macho-alfa" que não tem sentimentos, durão e que não precisa da ajuda de ninguém para atingir seus objetivos. Ele é um homem simples, ingênuo - porém destemido - que foi educado desde criança a respeitar as leis divinas e a ter amor ao próximo. Sempre que age, o faz de forma altruísta e nunca é por tirar proveito de outro. A empatia que ele inspira no espectador é que sua motivação é genuína, é como se o universo compreendesse que sua vingança era necessária para que a ordem das coisas continuasse fluindo naturalmente e verdadeiramente. [tarantino com certeza passou o olho por esse filme em outros tempos].
Jogo da Morte
3.4 144 Assista AgoraPerdeu muito a qualidade com a ausência de Bruce Lee. Não bastasse isso, várias cenas é explícito a necessidade de esconder o rosto do ator que atua no lugar dele para não ficar tão inverossímil quando aparece as imagens de Bruce, já falecido e que havia feito várias cenas memoráveis com a clássica roupa amarela e listras pretas - que são justamente as que fazem o filme valer a pena.
Superman: Entre a Foice e o Martelo
3.3 162 Assista AgoraComo montagem de animação e visual, muito bom. Por isso as 2 estrelas.
Agora como enredo e mensagem: pura propaganda anticomunista e saudosismo à "democracia" estadunidense. Pensava que ia encontrar algo mais original, e não uma briga tão batida e a ideologia ianque sendo vitoriosa no final. Pra variar.
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista AgoraQue surpresa, que espanto esse filme me causou!
Por isso vejo a arte como um dos maiores meios de mudar ideias, mudar vidas, e isso tem tudo a ver com o próprio enredo do filme. A arte sensibiliza, a arte é conhecimento a cerca da própria existência, é o oposto da ignorância.
Rosie: "Essas margens costumavam ficar cheias de amantes. Havia dança e cantoria, e... romance"
Jojo: "Não há tempo para romance. Estamos em guerra!"
Rosie: "Sempre há tempo para romance."
[...]
Jojo: "Qual a primeira coisa que fará quando estiver livre?"
Elsa: "Dançar."
Ri e me emocionei muito do começo ao fim. E o que eu vi é o que não permite a centelha da esperança na humanidade não apagar dentro de mim...
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar”. - Nelson Mandela
Vá e Veja
4.5 756 Assista AgoraNão imaginei que outro filme sobre a II Guerra Mundial, além de A Lista de Schindler pudesse me emocionar e me impactar tanto. Mas esse filme conseguiu. Mexeu com minhas sensações de uma maneira inigualável!
Além disso, esse filme denso, incômodo e frio - literal e metaforicamente - traz uma outra perspectiva da guerra contra o nazifascismo: como os povoados soviéticos enfrentaram esse período tão atroz, onde seres humanos nunca antes estiveram com sua moral e suas aspirações tão voltadas ao que de mais de obscuro e horrendo em toda a nossa história.
O ato final é impactante e seu diálogo mostra muito bem como os nazistas enxergam os povos não-germânicos e quem são os que querem realmente apagar do mundo essa ideologia exterminadora do povo: os comunistas.
Forte. Uma aula de cinema, de arte e de vida que, infelizmente, não alcança todos os públicos por não ser hollywood, mas fico feliz de ter chegado até mim.
O Som ao Redor
3.8 1,1K Assista AgoraRuim. Atuações amadoras, parece como se não tinham outra opção e escolheram atores sem carisma, que não passam naturalidade alguma ao atuar. As exceções são os atores Maeve Jinkings e Irandhir Santos, que cumprem muito bem seu papel e são excelentes atores, mas acabam por não salvar toda a obra.
Fui ver o filme até com certa expectativa por já ter assistido Aquarius, do mesmo diretor - um filmaço, a propósito - e fiquei decepcionado com o que vi. O roteiro achei muito bom, os questionamentos que trás são imprescindíveis e nisso não há o que se questionar, mas sua execução não funciona.
Fico muito feliz que KMF tenha se superado infinitamente em Aquarius e acredito que tenha mais ainda em Bacurau, que pretendo assistir o quanto antes, mas deposito muita confiança.
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraQuem diria que um novo Coringa estaria a altura do interpretado por Heath Ledger!
Talvez o personagem de HQ mais bem desenvolvido no cinema até agora, mostrando sua gênese e sua motivação extremamente convincente. Assustadoramente convincente.
Joaquin Phoenix conseguiu a proeza de se superar, não pensava que seria possível pelo grande talento que já nos havia apresentado em filmes como Gladiador, Johnny e June e O Mestre. Talhem o nome desse cara na estatueta do Oscar para já!
Várias referências a grandes filmes, principalmente do mestre Scorsese (o que já era especulado pelas informações até então vazadas), Todd Phillips e produção entregam uma nova obra-prima para essa geração do cinema.
Quem se propõe a assistir esse filme como sendo mais um filme do mundo de super-heróis, não imagina que está redondamente enganado. Pouca fantasia e mais vida. Cinema em sua melhor expressão, sem mais.
O Babadook
3.5 2,0KProtelei muito pra ver esse filme porque sei lá, o título me parecia que ia ser algo mais caricato, infantilizado. Estava redondamente enganado.
Me senti sufocado e agoniado em vários momentos, cumpriu muito bem sua proposta! Gostei muito da história, os atores foram muito convincentes e me deixou muito impressionado. A metáfora sobre a depressão e do que ela é capaz na vida de uma pessoa e de uma família é muito bem descrita.
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraQuero deixar registrado que passei horas, desde que saí do cinema, a processar o que eu tinha visto. É uma sensação que há muito tempo eu não sentia.
Não saí eufórico da sala. Até pensei: "será que eu gostei?" Mas depois de tanto pensar... respondi pra mim mesmo: "É CLARO QUE EU GOSTEI!". Na verdade, o que um diretor de cinema, aquele que deseja ir além do entretenimento, obviamente, quer causar nos espectadores da sua arte o que ele causou em mim. Não vou explicar o que é porque é inútil explicar.
Olga
3.8 1,3K Assista AgoraUma história emocionante e que ficará marcada por eras na pele do nosso Brasil.
Grandes heróis e heroínas desses tempos, com coragem e disposição absurdas, como foram a protagonista, Olga Benário e o Cavaleiro da Esperança, Luiz Carlos Prestes.
Entretanto, no quesito técnico, ficou devendo, ao meu ver. O filme ficou muito novelesco, em algumas partes as atuações estavam muito teatrais, que parecem tirar a espontaneidade e a naturalidade que o filme deveria deixar transparecer.
Prestes pareceu um rapaz indefeso e que foi pego de surpresa nas traições dos militares que achava que apoiariam a causa revolucionária. No livro O Cavaleiro da Esperança, Jorge Amado descreve um personagem destemido que não se parece com o do filme (talvez seja má interpretação do ator? não sei).
Já Camila Morgado atua muito bem e consegue passar o sentimento dos momentos terríveis a que Olga esteve sujeita, mesmo que às vezes acabe na teatralidade que mencionei.
Fernanda Montenegro como Leocádia Prestes. Não podiam escolher melhor atriz para interpretar uma mulher com tamanha bravura e grandeza.
3,0/5 pela história que admiro muito e procurando ter um olhar menos idealista. Tinha muito mais potencial, mas respeito o que foi aqui retratado.
Rocketman
4.0 922 Assista AgoraSou fã de Elton John, ouço suas músicas desde que me entendo por gente. Depois do filme e de saber todas as dificuldades que passou e suas superações, o vejo ainda maior. Adorei a atuação do Taron Egerton, convenceu muito enquanto a personalidade que representou!
É um filme forte, emocionante. Entretanto - impossível não haver comparações em aspectos técnicos - diferente de Bohemian Rapsody, senti muita falta dessa produção/direção se aprofundar mais na história, no desenvolvimento de algumas personagens importantes e a relação de Elton com elas. Na produção criativa, também.
No recorte geral da cinebiografia, só pegaram a parte do sofrimento e a transformação do artista. Além disso, poderia ter AO MENOS uma cena pós-recuperação do cantor.
Elenco e suas atuações impecáveis, figurino e fotografia nota 10. Faltou fluidez: uma parte no roteiro e outra maior na direção, no recorte de cenas. Gostei de alguns efeitos diferenciados nesse filme, mas o peso negativo nesses quesitos, colocando na balança, para mim foi maior.
ReMastered: Nixon e o Homem de Preto
4.0 19 Assista AgoraSabia que não me decepcionaria com o cantador de músicas sobre nativos, os pobres e oprimidos. Honesto em cada verso que compôs e em toda atitude, com muitos erros inclusive, que acabara se tornando o denunciador da sua própria cultura, o conservadorismo do sul dos EUA. Se manter naquela linha que sempre esperavam dele foi difícil, por isso I Walk the Line é sobre amor, na política se posicionou contra a farsa da guerra norte-americana e a alguns impressionou, arriscou sua áurea, mas esses riscos e a autenticidade das suas letras eram quem davam o brilhantismo ao Man in Black.
Ideologia e alienação, influência na arte e a responsabilidade do artista, são pontos super importantes que devem ser analisados nesse curto documentário.
Buffalo '66
4.1 302Fotografia sensacional, direção e edição um tanto originais, atuações dos protagonistas bem convincentes e Christina Ricci hipnotizante a cada cena...
Entretanto, o enredo não me convenceu tanto da metade pro final (com exceção do último ato) e, pessoalmente, Billy me incomodava muito durante o filme todo. 6/10
Vinícius
4.3 101Que coisa leve e mais gostosa que acabei de ver!
O retrato da vida de alguém que viveu com intensidade, produziu, fez arte brasileira da mais autenticidade possível e, como exímio artista, não a fazia para a conquista, para alcançar sucesso ou quinquilharias. Toda aquela tristeza inebriante ou aquela alegria intensa dos pequenos momentos que ele transpunha para o papel eram os seus sentimentos mais simples e profundos, e assim se fazia toda a mágica.
"É melhor viver do que ser feliz".
xXx: Reativado
2.6 377 Assista AgoraUma pequena mancha irreparável na minha carreira de cinéfilo foi ter visto esse filme. NO CINEMA.
12 Homens e Uma Sentença
4.6 1,2K Assista Agora"Podemos estar enganados. Podemos estar deixando um homem culpado livre, não sei. Ninguém pode saber ao certo. Mas temos DÚVIDA razoável, e isso é algo que é muito valioso no nosso sistema. Nenhum júri pode declarar um homem culpado, a menos que tenha certeza."
Direção, atuações e roteiro impecáveis. Grande clássico!
O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei
4.5 1,8K Assista AgoraAquele famoso "POR QUE DEMOREI TANTO PRA VER?" resume bem o que senti por essa trilogia e por esse filme em particular.
Depois que assisti As Duas Torres, que achei até superior ao primeiro, que já era um filme magnífico, imaginei que O Retorno do Rei seria um desfecho muito bom e tudo mais, mas nada que me contemplasse como um marco do cinema, tanto no campo subjetivo como no objetivo. Mas foi o que aconteceu! Entrei no filme de uma maneira que não fazia há tempos, cada sentimento de agonia e emoção nas cenas de batalha, que são únicas e serviram de inspiração pra tudo que veio depois.
Entrou nos meus favoritos com toda certeza, insensatez da minha parte se não o fizesse...
E a última palavra que deixo sobre essa obra-prima deixada por Tolkien e Peter Jackson só poderia ser uma: PRECIOSO!!
Invocação do Mal 2
3.8 2,1K Assista AgoraNuma era do cinema em que produções do gênero terror passaram a ser muito pouco imaginativas e acabam não proporcionando ao público sua principal função, que é a de causar pavor, medo etc, The Conjuring 2, assim como o primeiro filme, me despertou, ao menos em alguns momentos, o que os antigos clássicos de terror me trouxeram, e que a propósito, não sei se cedo demais pra dizer isso, mas por esses motivos, acho que a franquia pode vir a ser um clássico dessa nova geração.
Clichês hollywoodianos à parte, filme muito bom, atendeu minhas expectativas e pulei muito da cadeira do cinema! hehehe
E que trilha, meus amigos, que trilha sonora!
https://www.youtube.com/watch?v=vGJTaP6anOU
Closer: Perto Demais
3.9 3,3K Assista AgoraFilme para se ver mais de uma vez...
Intenso, cru, cruel e real!
Thelma & Louise
4.2 967 Assista AgoraEu só entrei de leve e disse:
"Bom dia, senhoras e senhores, isso é um assalto.
Se ninguém perder a cabeça, ninguém fica sem ela.
Simon diz: 'Todos no chão.'
Você também, senhora, abaixe-se.
Vamos ver quem ganha um prêmio por ficar calmo.
Tire o dinheiro da gaveta e ponha a grana no saco. Que história incrível pra contar aos amigos. Senão, ganha uma etiqueta no dedo do pé, você decide."
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraWHAT A LOVELY DAY!
Fiquei muito decepcionado por perder o Oscar de melhor filme, depois de ter levado 6 prêmios de efeitos técnicos que compões um bom filme... não faz sentido.
Mas fiquei orgulhosíssimo por levar SEIS estatuetas, SEIS!!!
Não é só mais um filme de ação qualquer, (que embora traz os elementos do cinema americano, obviamente) não se sustenta com aquele clichê hollywoodiano de sempre. Nos apresenta críticas sociais ora sutis, ora notórias, mas que vão muito além disso, é uma epopeia existencialista pós-apocalíptica que apresenta os limites da sanidade humana e esperança em meio ao caos.
Fury Road traz consigo vários elementos do grande cinema (assim como outro concorrente na premiação, que merecia o mesmo reconhecimento, The Revenant), todo o filme foi rodado em locações de áreas desérticas como a Namíbia, não deixando tudo às custas da tecnologia que vem dominando muitas etapas de produção de boa parte dos filmes hoje em dia, e quando o faz, faz da maneira mais adequada e necessária.
Poético, alucinante e grandioso. Testemunhem!