Sidney Lumet foi um gênio e cada vez mais me convenço disso. Aqui ele dirige de forma brilhante, com destaque para o sublime uso de contra-plongés e para seus harmoniosos planos-sequencias. Vale dar ênfase também para o trabalho de Paul Newman, em mais uma excelente atuação.
Em sua surpreendente estreia por detrás das câmeras, William H. Macy dirige com qualidade e mestria um dos filmes mais divertidos e encantadores de 2014. Auxiliado pela excelente trilha sonora e decidindo pelo uso dinâmico de breves planos-sequências, o estreante transita pelos mais variados gêneros cinematográficos sem parecer maçante e ainda elabora uma agradável e tocante atmosfera fílmica.
A obra já começa bem pelo título, À Deriva em português, na qual cria um curioso paralelo com a moradia do protagonista Sam, interpretado magistralmente por Billy Crudup, que aliás, não vejo como surpresa nenhuma se fosse indicado as grandes premiações no ano que vem. É incrível a química dele com o Anton Yelchin em cena, com uma relação quase como a de pai e filho entre seus personagens.
Ainda sobre o elenco, Selena Gomez vai bem interpretando um pequeno papel, porém de suma importância para o final do filme. O roteiro assinado por Casey Twenter, Jeff Robison, além do próprio Macy, apesar de alguns inevitáveis clichês, é muito bom, tratando de forma bastante sutil o porquê da morte de Josh (Miles Heizer). Um filmaço, que há de ser reconhecido!
Talvez por demorar a engrenar, o filme não tenha me de todo me conquistado. Porém, é incontestável suas qualidades, como o roteiro e a direção de Nanni Moretti, sensíveis o bastante para não deixá-lo cair em um sentimentalismo barato. Também não posso deixar de elogiar as atuações, além da do próprio Moretti, destaco da mesma forma Laura Morante, que fora indicada ao European Film Awards pela sua brilhante atuação. Por fim, a emoção criada pela trilha sonora é excelente, e esta obra que ganhou a Palma de Ouro de 2001 não deixa de ser no mínimo um bom filme. Vale a pena.
É por filmes extraordinários como esse que o cinema me enternece. Joel McCrea e a bela Veronica Lake convencem, mas quem realmente impressiona é Preston Sturges, que além de dirigir, ainda elabora um roteiro fascinante que dispõe-se de ampla metalinguagem e nada mais é do que uma singela homenagem à sétima arte. Uma verdadeira obra-prima, influente até os dias de hoje.
Nesse filme, o polêmico cineasta Sérgio Bianchi adota como base uma crítica social afiada, ironia e muita reflexão. E assim, o paranaense cria um dos mais notáveis retratos da hipocrisia brasileira. Recomendo!
Baseado na obra de Edgar Alan Poe, esse filme só realça ainda mais a qualidade de Brad Anderson como diretor. Em certos momentos, sua câmera situa-se por detrás dos personagens, e dessa forma, é criada uma sensação de que o espectador está no papel de espião da história, vigiando cada passo dos pacientes do manicômio. Enfim, é claro que o filme não é perfeito, tem seus erros, mas nem por isso não me deixei levar pela sua atmosfera. Excelente!
Louis Malle, do qual já tinha visto dois filmes e não gostado nenhum pouco de ambos, dirige com sensibilidade e mestria este suave e delicado filme sobre a Segunda Guerra Mundial. Vale notar mais um grande filme francês sobre a infância, mestres!
Apesar de bem dirigido, não me prendeu. Não é o tipo de filme que eu costumo gostar, porém vejo como um filme que daria um belo debate sociológico. E aliás, podem se passar anos, mas o medo do desconhecido sempre será um tema genial!.
Surpreendentemente indicado a Palma de Ouro no Festival de Cannes, À Procura foi curiosamente vaiado em sua estreia no festival. Não por menos, o roteiro é bastante irregular e conta com situações até absurdas na qual pouco auxiliam a competente direção de Atom Egoyan, que ao menos mantem um pertinente clima de tensão até o final da trama. A boa trilha sonora e a supracitada direção destoam, porém infelizmente não salvam o filme da mediocridade.
Neste filme de Zaza Urushadze há um conflito. Não é em um fronte de batalha, mas em uma casa. É travada com palavras e não com armas. O texto forte do roteiro e a trilha sonora são ótimos, aumentando a tensão existente entre dois inimigos: Ahmed, um mercenário checheno e Niko, um soldado georgiano. Também tenho que destacar aqui a excelente direção, premiada festivais mundo à fora e a cena final, que é extremamente bela, podendo até tirar lágrimas de alguns.
Enfim, além de uma agradável surpresa, o intenso e divertido Tangerines é um dos mais belos filmes sobre guerra dos últimos tempos. E já vejo até despontando por ao menos uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, no ano que vem. Essa foi a minha primeira experiência no cinema estoniano e já vou à procura de outros, com certeza tão bons quanto esse.
Almendras tinha os exatos elementos necessários para construir um grande suspense; porém, o filme foge disso e pode se dizer até que é um legítimo drama. Agora falando sobre os personagens, o protagonista Jorge demonstra demasiada passividade com as ações do vizinho, o que dificulta a empatia do público com o personagem.
O candidato chileno ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2015 tem uma narrativa lenta e uma direção que escolhe por planos longos e estáticos, o que infelizmente me ajudou a não gostar do filme. Mas de qualquer forma, é sempre bom ver a evolução latino-americana no cinema naturalista.
É um filme que inicia-se parecendo mais com um filme comum de romance. Longe disso, diretor estreante transita pelos mais variados gêneros de forma bem agradável e extrai atuações fortes da dupla Elisabeth Moss e Mark Duplass. O roteiro, com uma narrativa envolvente, é eficiente.
Por fim, The One I Love é um filme inteligente e até mesmo engraçado, que merece ser visto.
Até eu que não sou dos maiores fãs do trabalho dos Coen gostei desse aqui. Primeiramente, a diversão já começa pelo título seu título - uma clara referência a Contrastes Humanos, obra de 1941 dirigida por Preston Sturges - mas o filme não é só isso, as atuações são ótimas e a parte técnica não deixa nenhum pouco a desejar.
Porém, é realmente a excelente trilha sonora que permeia esse A Odisseia - clássico poema em que Ethan e Joel mencionaram que sequer leram antes de escrever o roteiro - que retrata a Grande Depressão estadunidense da década de 30.
Anselmo Duarte, ganhador da Palma de Ouro em 1962, que no prêmio, concorreu com O Anjo Exterminador:
''De Cannes, fui para Paris. Lá, telefonaram para mim e disse: “Anselmo, sabe quem está aqui em Paris? Um grande amigo seu: o Glauber!” E eu: “Puxa! Fantástico! Então segura ele aí, vamos almoçar juntos”. Quando cheguei, achei ele meio triste, chateado. “Chateado quem está é todo aquele pessoal do Cinema Novo”, ele disse. “Mas como? Faz uns dez dias que saí de lá e estava toda aquela festa! Chateados? Mas por que?” E Glauber: “Anselmo, eles não admitem que você tenha ganhado do Buñuel”. Que imbecilidade! Eles não admitirem que eu tenha ganhado do Buñuel? Para mim, melhor do que o Buñuel tinha uns cinco lá. Quem gosta mesmo do Buñuel é comunista. Ele é um diretor comunista. Os filmes dele são primários. Eu tenho coragem de falar e provo. Mas comunista acha ele um deus. (...) O filme do Buñuel era um que tem um monte de gente dentro de uma casa de portas abertas e que não consegue sair. Uma fita chata, imbecil, própria do Buñuel. Ele quer dizer que é uma sociedade milionária que não sabe qual é a saída. Vá à merda! Vai sofrer assim nos quintos dos infernos! Cinema não foi feito pra isso..."
Destaco principalmente o Kirk Douglas, excelente atuação. Sem falar do Anthony Quinn que mostra o porquê que por esse filme ganhou o seu segundo Oscar.
É nítida a influencia do ítalo-americano Frank Capra na filmografia de Frank Darabont, mas esse seja talvez a maior demonstração disso, vide a cena final. Belo filme.
O Veredicto
4.0 67 Assista AgoraSidney Lumet foi um gênio e cada vez mais me convenço disso. Aqui ele dirige de forma brilhante, com destaque para o sublime uso de contra-plongés e para seus harmoniosos planos-sequencias. Vale dar ênfase também para o trabalho de Paul Newman, em mais uma excelente atuação.
Amizade Desfeita
2.8 1,1K Assista AgoraGanhador na categoria Filme Mais Inovador no Fantasia Fim Festival desse ano.
Força Para Viver
4.1 263 Assista AgoraEm sua surpreendente estreia por detrás das câmeras, William H. Macy dirige com qualidade e mestria um dos filmes mais divertidos e encantadores de 2014. Auxiliado pela excelente trilha sonora e decidindo pelo uso dinâmico de breves planos-sequências, o estreante transita pelos mais variados gêneros cinematográficos sem parecer maçante e ainda elabora uma agradável e tocante atmosfera fílmica.
A obra já começa bem pelo título, À Deriva em português, na qual cria um curioso paralelo com a moradia do protagonista Sam, interpretado magistralmente por Billy Crudup, que aliás, não vejo como surpresa nenhuma se fosse indicado as grandes premiações no ano que vem. É incrível a química dele com o Anton Yelchin em cena, com uma relação quase como a de pai e filho entre seus personagens.
Ainda sobre o elenco, Selena Gomez vai bem interpretando um pequeno papel, porém de suma importância para o final do filme. O roteiro assinado por Casey Twenter, Jeff Robison, além do próprio Macy, apesar de alguns inevitáveis clichês, é muito bom, tratando de forma bastante sutil o porquê da morte de Josh (Miles Heizer). Um filmaço, que há de ser reconhecido!
O Quarto do Filho
3.8 162Talvez por demorar a engrenar, o filme não tenha me de todo me conquistado. Porém, é incontestável suas qualidades, como o roteiro e a direção de Nanni Moretti, sensíveis o bastante para não deixá-lo cair em um sentimentalismo barato. Também não posso deixar de elogiar as atuações, além da do próprio Moretti, destaco da mesma forma Laura Morante, que fora indicada ao European Film Awards pela sua brilhante atuação. Por fim, a emoção criada pela trilha sonora é excelente, e esta obra que ganhou a Palma de Ouro de 2001 não deixa de ser no mínimo um bom filme. Vale a pena.
Contrastes Humanos
4.0 62É por filmes extraordinários como esse que o cinema me enternece. Joel McCrea e a bela Veronica Lake convencem, mas quem realmente impressiona é Preston Sturges, que além de dirigir, ainda elabora um roteiro fascinante que dispõe-se de ampla metalinguagem e nada mais é do que uma singela homenagem à sétima arte. Uma verdadeira obra-prima, influente até os dias de hoje.
Cronicamente Inviável
4.0 140Nesse filme, o polêmico cineasta Sérgio Bianchi adota como base uma crítica social afiada, ironia e muita reflexão. E assim, o paranaense cria um dos mais notáveis retratos da hipocrisia brasileira. Recomendo!
Refúgio do Medo
3.6 373 Assista AgoraBaseado na obra de Edgar Alan Poe, esse filme só realça ainda mais a qualidade de Brad Anderson como diretor. Em certos momentos, sua câmera situa-se por detrás dos personagens, e dessa forma, é criada uma sensação de que o espectador está no papel de espião da história, vigiando cada passo dos pacientes do manicômio. Enfim, é claro que o filme não é perfeito, tem seus erros, mas nem por isso não me deixei levar pela sua atmosfera. Excelente!
Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura.
Friedrich Nietzsche
Adeus, Meninos
4.2 257 Assista AgoraLouis Malle, do qual já tinha visto dois filmes e não gostado nenhum pouco de ambos, dirige com sensibilidade e mestria este suave e delicado filme sobre a Segunda Guerra Mundial. Vale notar mais um grande filme francês sobre a infância, mestres!
O Enigma de Outro Mundo
4.0 983 Assista AgoraApesar de bem dirigido, não me prendeu. Não é o tipo de filme que eu costumo gostar, porém vejo como um filme que daria um belo debate sociológico. E aliás, podem se passar anos, mas o medo do desconhecido sempre será um tema genial!.
El Campeón Volvió
4.5 2Meu time é muito gigante.
À Procura
2.8 280 Assista AgoraSurpreendentemente indicado a Palma de Ouro no Festival de Cannes, À Procura foi curiosamente vaiado em sua estreia no festival. Não por menos, o roteiro é bastante irregular e conta com situações até absurdas na qual pouco auxiliam a competente direção de Atom Egoyan, que ao menos mantem um pertinente clima de tensão até o final da trama. A boa trilha sonora e a supracitada direção destoam, porém infelizmente não salvam o filme da mediocridade.
Do Que as Mulheres Gostam
3.2 669 Assista AgoraFilme recheado com músicas do Frank Sinatra
Tangerinas
4.3 243Neste filme de Zaza Urushadze há um conflito. Não é em um fronte de batalha, mas em uma casa. É travada com palavras e não com armas. O texto forte do roteiro e a trilha sonora são ótimos, aumentando a tensão existente entre dois inimigos: Ahmed, um mercenário checheno e Niko, um soldado georgiano. Também tenho que destacar aqui a excelente direção, premiada festivais mundo à fora e a cena final, que é extremamente bela, podendo até tirar lágrimas de alguns.
Enfim, além de uma agradável surpresa, o intenso e divertido Tangerines é um dos mais belos filmes sobre guerra dos últimos tempos. E já vejo até despontando por ao menos uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, no ano que vem. Essa foi a minha primeira experiência no cinema estoniano e já vou à procura de outros, com certeza tão bons quanto esse.
Matar um Homem
3.1 21 Assista AgoraAlmendras tinha os exatos elementos necessários para construir um grande suspense; porém, o filme foge disso e pode se dizer até que é um legítimo drama. Agora falando sobre os personagens, o protagonista Jorge demonstra demasiada passividade com as ações do vizinho, o que dificulta a empatia do público com o personagem.
O candidato chileno ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2015 tem uma narrativa lenta e uma direção que escolhe por planos longos e estáticos, o que infelizmente me ajudou a não gostar do filme. Mas de qualquer forma, é sempre bom ver a evolução latino-americana no cinema naturalista.
Complicações Do Amor
3.6 217 Assista AgoraÉ um filme que inicia-se parecendo mais com um filme comum de romance. Longe disso, diretor estreante transita pelos mais variados gêneros de forma bem agradável e extrai atuações fortes da dupla Elisabeth Moss e Mark Duplass. O roteiro, com uma narrativa envolvente, é eficiente.
Por fim, The One I Love é um filme inteligente e até mesmo engraçado, que merece ser visto.
E Aí, Meu Irmão, Cadê Você?
3.9 371 Assista AgoraAté eu que não sou dos maiores fãs do trabalho dos Coen gostei desse aqui. Primeiramente, a diversão já começa pelo título seu título - uma clara referência a Contrastes Humanos, obra de 1941 dirigida por Preston Sturges - mas o filme não é só isso, as atuações são ótimas e a parte técnica não deixa nenhum pouco a desejar.
Porém, é realmente a excelente trilha sonora que permeia esse A Odisseia - clássico poema em que Ethan e Joel mencionaram que sequer leram antes de escrever o roteiro - que retrata a Grande Depressão estadunidense da década de 30.
O Sonho de Cassandra
3.4 231 Assista AgoraAchei dentre os dirigidos pelo Woody, esse um dos mais subestimados. A influência de Dostoiévski no cinema de Allen fica bastante clara nesse filme.
O Anjo Exterminador
4.3 377 Assista AgoraAnselmo Duarte, ganhador da Palma de Ouro em 1962, que no prêmio, concorreu com O Anjo Exterminador:
''De Cannes, fui para Paris. Lá, telefonaram para mim e disse: “Anselmo, sabe quem está aqui em Paris? Um grande amigo seu: o Glauber!” E eu: “Puxa! Fantástico! Então segura ele aí, vamos almoçar juntos”. Quando cheguei, achei ele meio triste, chateado. “Chateado quem está é todo aquele pessoal do Cinema Novo”, ele disse. “Mas como? Faz uns dez dias que saí de lá e estava toda aquela festa! Chateados? Mas por que?” E Glauber: “Anselmo, eles não admitem que você tenha ganhado do Buñuel”. Que imbecilidade! Eles não admitirem que eu tenha ganhado do Buñuel? Para mim, melhor do que o Buñuel tinha uns cinco lá. Quem gosta mesmo do Buñuel é comunista. Ele é um diretor comunista. Os filmes dele são primários. Eu tenho coragem de falar e provo. Mas comunista acha ele um deus. (...) O filme do Buñuel era um que tem um monte de gente dentro de uma casa de portas abertas e que não consegue sair. Uma fita chata, imbecil, própria do Buñuel. Ele quer dizer que é uma sociedade milionária que não sabe qual é a saída. Vá à merda! Vai sofrer assim nos quintos dos infernos! Cinema não foi feito pra isso..."
Oldboy
4.3 2,3K Assista AgoraAB
Sede de Viver
4.1 67 Assista AgoraBom filme.
Destaco principalmente o Kirk Douglas, excelente atuação. Sem falar do Anthony Quinn que mostra o porquê que por esse filme ganhou o seu segundo Oscar.
Igual a Tudo na Vida
3.3 213 Assista AgoraMais um excelente filme do Mestre Woody Allen.
São Paulo Sociedade Anônima
4.2 172Person mito demais mesmo.
Solidões
4.1 46https://www.youtube.com/watch?v=HfPraFv12H4
Online.
Cine Majestic
3.7 251 Assista AgoraUma pequena joia subestimada do cinema americano!
É nítida a influencia do ítalo-americano Frank Capra na filmografia de Frank Darabont, mas esse seja talvez a maior demonstração disso, vide a cena final. Belo filme.