A atuação da Romola Garai é muito boa. O filme me agrada em algumas passagens por ser divertido e descontraído, fazendo com que a narrativa seja gostosa de assistir. Contudo, como pontuou o Wesley, acredito que não fique claro a história da Eleanor. Acredito que se as escolhas fossem mais intimistas, a história seria melhor contada com mais detalhes da trajetória da Marx. Ainda assim, eu gostei do filme.
Esse filme é mais um drama obscuro do que um filme de horror. O destaque é um roteiro super tocante e uma fotografia belíssima que me remeteu aos filmes do Pawlikowski, mas com cor. Até esse momento foi meu favorito da 44ª Mostra de SP.
Que filme honesto! Embora seja possível ver alguns problemas de execução e um final um pouco arrastado, não podemos tirar o mérito de como ele explora a classe trabalhadora de forma sincera. Algumas sequências mostram dignamente essa simplicidade e fazem com que criemos uma ligação com os personagens. É interessante que mesmo com alguns detalhes, podemos observar que todos eles são bem explorados. Assim como, algumas discussões secundárias do filme que tornam possível refletir sobre redenção, transexualidade e família fadadas às dificuldades das dinâmicas separatistas do meio capitalista.
Bem sublime a forma que a Miranda July trabalha essas nuances de famílias problemáticas e libertação. Eu aprendi muito com esse filme e vai ser muito memorável. É mágica essa estranheza nos roteiros dos filmes dela, puro amor.
Eu achei esse filme muito subestimado. Eu mesma demorei muito para ver e me arrependi, porque é ótimo e muito, muito bem dirigido. Achei a trama pesadíssima e diferente do pessoal aqui, eu achei o final muito bem desenvolvido. A Jessie Buckley, como dizem os gringos, é uma força da natureza!
Eu acredito que no livro fica bem mais claro que a 'Lucy', o Jake e o homem da escola são as mesmas pessoas.
E no livro é bem lindo a forma que ele trata isso, com um monólogo bem existencial da Lucy se transformando em Jake e dizendo que todos são os mesmos e, na verdade, o encontro e o relacionamento após o bar nunca aconteceu, porque o Jake nunca entregou o bilhete com o número de telefone para ela. Ou seja, a história toda é ele tentando resgatar uma lembrança do que poderia ter sido a vida dele ao lado dela.
Esperei muito por isso no filme, porque chorei muito no final do livro. E por esse motivo eu confesso que fiquei meio decepcionada com o final. A forma que o livro encerra com essa metáfora é muito linda: não perca oportunidade, diga o que você sente, faça o que tem vontade de fazer. Porque isso pode mudar sua vida para sempre.
Eu ainda estou tentando sentir o que o filme causou em mim. Amo os diálogos e a sequência do jantar e da casa é sensacional, mas algumas coisas pra mim, que li o livro, ficaram meio nebulosas.
Não sou aquela pessoa que fica julgando adaptação, tanto porque nem tenho muito essa pira de comparar quando leio algo que é adaptado. Ainda assim, tem algumas coisinhas que o livro deixa mais claro e que eu achei que deixaram a história muito mais sublime e bonita. Ainda assim, é surreal a forma que ele adaptou o roteiro e eu espero muito que venha alguns prêmios por isso.
O filme é lindo esteticamente, confesso que quando terminei eu fiquei com a pulga atrás da orelha em relação à narrativa. Mas fui ver algumas entrevistas e foi uma gravação bem intensa, logo percebi que algumas situações foram bem dirigidas mesmo. Eu só fiquei incomodada em relação a algumas cenas com o vizinho
principalmente as que envolveram crueldade animal com os bois e vacas. Não entendi muito porque colocar alguns elementos tão intensos como esse, a relação decadente com os filhos também pesaram bastante pra mim. Mas total compreensível quando se trata da realidade, ainda assim as cenas do pasto foram de cortar o coração.
Agora está explicado para mim o porquê do roteiro desse filme ter sido tão disputado em hollywood. É sensacional o modo que eles trabalham o psicológico do Will, eu não conseguia desgrudar os olhos da tela. E o final, que puta final!
Que filme mais lindo. A forma que as imagens apropriadas se conectam a narração do diretor é muito bonita, isso porque é como se as suas angustias e anseios fossem supridas pelas imagens dos filmes. Existe uma potência cruel nos monólogos que mexeram muito comigo. A narração é excepcional, eu diria que esse filme é um belo exemplo de um encontro entre a literatura e o cinema.
Quando vi os comentários abaixo fiquei surpresa sobre essa 'condução' do filme. Por mais que já imaginava sua potência não sabia que ficaria tão ligada ao enredo sentindo esse grande desconforto que a narrativa proporciona. O título do filme já aponta um grande figurativo e reforço que o roteiro é impecável para proporcionar essa sensação. Estou sem palavras pra descrever o desfecho do filme e sim, a atuação da Émilie Dequenne é uma das performances mais potentes que já vi.
Ainda tenho um amor especial por "Dois dias, Uma noite", mas o filme é muito bom. A direção de fotografia e atuação tem que ter potência pra segurar a direção dos Dardenne, é surreal os planos longos e a mise-en-scène. Foi interessante ver o filme que consagrou eles nesse cinema-realidade - é incrível.
Eu estou de cara com a potência desse roteiro e a ousadia em algumas passagens do filme. Fiquei ainda mais impressionada ao ver a filmografia do diretor e me soou como algo muito diferente dos outros trabalhos de direção dele.
O filme tem uma fotografia impecável e alguns planos super elaborados que enchem os olhos. Demorei pra ver e me surpreendi muito, recomendo.
É interessante como a Josephine Decker trabalha uma biografia a partir das suas esquisitices (maravilhosas) estéticas. Quase um anti-biopic em que a Shirley Jackson funciona como um grande figurativo da contaminação abusiva da masculinidade.
Com certeza esses flowl's e blur's da fotografia vão ser uma marca registrada da diretora em sua filmografia: é lindo demais.
Esse filme poderia ser tão bom, por causa da proposta super interessante dos libertinos e a ambientação na mesma perspectiva e época da vida do Marquês de Sade. Nos primeiros minutos eu estava gostando muito. Me remeteu à alguns contos de Sade, Aretino e Bataille. Mas após a apresentação do título o filme se tornou extremamente massante. Me parecia que aqueles atos gigantes só estavam ali pra preencher algo.
Já vi filmes com teor parecido que funcionam muito bem em termos de transgressão e pornografia no cinema de arte, mas infelizmente não consigo acompanhar o estilo/cinema do Albert Serra.
Qual é o nosso olhar quando a sociedade inverte os valores? É um filme extremamente necessário para refletir sobre casos que acontecem o tempo todo nos impulsionando a um olhar sobre o sofrimento alheio, acarretado por tanta intolerância.
Esse filme tem uma sacada genial do diretor em te colocar em uma visão crítica. É através desse final que podemos perceber até onde nosso olhar objetivo sobre uma situação se torna inerente. Eu acho que o final, no meu olhar e na ótica da sociedade, se resume a:
Uma visão divertida às estéticas dos filmes de horror da década de 70, e também um olhar metafílmico sobre as produções iniciais do movimento pós-pornô. É um filme divertido, porém do meio para o final fica um tanto confuso.
Esse é sem dúvidas um dos documentários mais bonitos que eu já vi. É muito sincero e nos apresenta algo muito rico em termos de sentimento: redenção e perdão. Desde que vi o trailer, eu fiquei extremamente emocionada e me peguei pensando em como a Barbora foi sensível e extremamente audaciosa em encomendar um filme como esse.
Sinto que eu possa talvez ter negativado qualquer visão técnica e cinematográfica quanto a ele. Talvez por causa de ter sentido a cada momento uma dualidade de sensações me colocando nos dois lados, nesses dois extremos. Enfim, negativar sua dor para olhar a dor do outro é para poucos e por esse motivo esse filme é de encher os olhos.
Eu estou chocada sobre a potência desse filme. Quando acabou fiquei pensando muito sobre minha existência e em observar mais as coisas. Tem tantas referências nos diálogos que é preciso ver mais de uma vez para entender sua completude. Uma experiência incrível!
Começo dizendo que esse filme é muito subestimado. Digo isso, porque eu mesma criei uma resistência em assistir um filme do Moodysson que me soava aos padrões mais americanizados. Me enganei, esse filme apresenta exatamente todas as críticas a sociedade capitalista e ao mundo globalizado dos seus outros filmes.
O que é mais interessante é que o próprio filme faz uma crítica cultural aos norte americanos, o que explica a recepção da crítica. O roteiro é minucioso e apresenta uma história que no fim, serve de plano de fundo para tantas questões implícitas. Sejam as evidentes na narrativa, quanto as implícitas no filme.
O noticiário, a foto no armário da Ellen, por exemplo, são minucias do filme em apresentar uma crítica social. Além de todas as outras que enxergamos nitidamente na trama: globalização, prostituição, trabalho sucateado, pobreza, ausência familiar, estupro e as problemáticas dos turistas.
Um filme muito delicado que aborda tudo isso com uma sutileza incrível. Fiquei muito abalada com todas essas representações transpostas a musica da Cat Power. Enfim, incrível!
Esse filme é impecável, os monólogos e última sequência de imagens mexeram muito comigo. Com certeza vou me atentar a assistir outros filmes do Alain Resnais.
Miss Marx
3.3 13A atuação da Romola Garai é muito boa. O filme me agrada em algumas passagens por ser divertido e descontraído, fazendo com que a narrativa seja gostosa de assistir.
Contudo, como pontuou o Wesley, acredito que não fique claro a história da Eleanor. Acredito que se as escolhas fossem mais intimistas, a história seria melhor contada com mais detalhes da trajetória da Marx. Ainda assim, eu gostei do filme.
Meu Coração Só Irá Bater Se Você Pedir
3.3 19 Assista AgoraEsse filme é mais um drama obscuro do que um filme de horror. O destaque é um roteiro super tocante e uma fotografia belíssima que me remeteu aos filmes do Pawlikowski, mas com cor.
Até esse momento foi meu favorito da 44ª Mostra de SP.
Lorelei - Amores do Passado
3.3 11 Assista AgoraQue filme honesto! Embora seja possível ver alguns problemas de execução e um final um pouco arrastado, não podemos tirar o mérito de como ele explora a classe trabalhadora de forma sincera.
Algumas sequências mostram dignamente essa simplicidade e fazem com que criemos uma ligação com os personagens. É interessante que mesmo com alguns detalhes, podemos observar que todos eles são bem explorados. Assim como, algumas discussões secundárias do filme que tornam possível refletir sobre redenção, transexualidade e família fadadas às dificuldades das dinâmicas separatistas do meio capitalista.
Falsos Milionários
3.4 77 Assista AgoraBem sublime a forma que a Miranda July trabalha essas nuances de famílias problemáticas e libertação. Eu aprendi muito com esse filme e vai ser muito memorável.
É mágica essa estranheza nos roteiros dos filmes dela, puro amor.
A Fera
3.4 67 Assista AgoraEu achei esse filme muito subestimado. Eu mesma demorei muito para ver e me arrependi, porque é ótimo e muito, muito bem dirigido.
Achei a trama pesadíssima e diferente do pessoal aqui, eu achei o final muito bem desenvolvido.
A Jessie Buckley, como dizem os gringos, é uma força da natureza!
Fábulas Ruins
3.5 15É um ótimo filme, embora possua um ritmo bem devagar. Todos os figurativos de paternidade e maternidade estão aqui e é cruel, mas é real.
O Dilema das Redes
4.0 594 Assista Agora"Não evoluímos para receber uma dose de aprovação social a cada cinco minutos".
Estou Pensando em Acabar com Tudo
3.1 1,0K Assista AgoraNo filme algumas coisas não ficam claras, mas para quem não entendeu o final:
Eu acredito que no livro fica bem mais claro que a 'Lucy', o Jake e o homem da escola são as mesmas pessoas.
E no livro é bem lindo a forma que ele trata isso, com um monólogo bem existencial da Lucy se transformando em Jake e dizendo que todos são os mesmos e, na verdade, o encontro e o relacionamento após o bar nunca aconteceu, porque o Jake nunca entregou o bilhete com o número de telefone para ela. Ou seja, a história toda é ele tentando resgatar uma lembrança do que poderia ter sido a vida dele ao lado dela.
Esperei muito por isso no filme, porque chorei muito no final do livro. E por esse motivo eu confesso que fiquei meio decepcionada com o final.
A forma que o livro encerra com essa metáfora é muito linda: não perca oportunidade, diga o que você sente, faça o que tem vontade de fazer. Porque isso pode mudar sua vida para sempre.
Eu ainda estou tentando sentir o que o filme causou em mim. Amo os diálogos e a sequência do jantar e da casa é sensacional, mas algumas coisas pra mim, que li o livro, ficaram meio nebulosas.
Não sou aquela pessoa que fica julgando adaptação, tanto porque nem tenho muito essa pira de comparar quando leio algo que é adaptado. Ainda assim, tem algumas coisinhas que o livro deixa mais claro e que eu achei que deixaram a história muito mais sublime e bonita. Ainda assim, é surreal a forma que ele adaptou o roteiro e eu espero muito que venha alguns prêmios por isso.
Honeyland
4.1 152O filme é lindo esteticamente, confesso que quando terminei eu fiquei com a pulga atrás da orelha em relação à narrativa. Mas fui ver algumas entrevistas e foi uma gravação bem intensa, logo percebi que algumas situações foram bem dirigidas mesmo.
Eu só fiquei incomodada em relação a algumas cenas com o vizinho
principalmente as que envolveram crueldade animal com os bois e vacas. Não entendi muito porque colocar alguns elementos tão intensos como esse, a relação decadente com os filhos também pesaram bastante pra mim.
Mas total compreensível quando se trata da realidade, ainda assim as cenas do pasto foram de cortar o coração.
Enfim, de toda forma é um filme lindíssimo.
O Convite
3.3 1,1KAgora está explicado para mim o porquê do roteiro desse filme ter sido tão disputado em hollywood. É sensacional o modo que eles trabalham o psicológico do Will, eu não conseguia desgrudar os olhos da tela. E o final, que puta final!
A Cura
3.9 79Esse filme tem uma sacada genial, eu fiquei muito presa porque ele tem elementos que te confundem o tempo todo. Genial, cinema oriental é tudo de bom!
Não Pense que eu vou Gritar
3.9 13Que filme mais lindo. A forma que as imagens apropriadas se conectam a narração do diretor é muito bonita, isso porque é como se as suas angustias e anseios fossem supridas pelas imagens dos filmes.
Existe uma potência cruel nos monólogos que mexeram muito comigo. A narração é excepcional, eu diria que esse filme é um belo exemplo de um encontro entre a literatura e o cinema.
Kill List
3.3 199Filmes de baixo orçamento muito bem executados e com um roteiro incrível. Esse é um exemplo disso!
Perder a Razão
3.8 42Quando vi os comentários abaixo fiquei surpresa sobre essa 'condução' do filme. Por mais que já imaginava sua potência não sabia que ficaria tão ligada ao enredo sentindo esse grande desconforto que a narrativa proporciona.
O título do filme já aponta um grande figurativo e reforço que o roteiro é impecável para proporcionar essa sensação. Estou sem palavras pra descrever o desfecho do filme e sim, a atuação da Émilie Dequenne é uma das performances mais potentes que já vi.
Rosetta
3.9 76Ainda tenho um amor especial por "Dois dias, Uma noite", mas o filme é muito bom. A direção de fotografia e atuação tem que ter potência pra segurar a direção dos Dardenne, é surreal os planos longos e a mise-en-scène.
Foi interessante ver o filme que consagrou eles nesse cinema-realidade - é incrível.
Fé Corrompida
3.7 376 Assista AgoraEu estou de cara com a potência desse roteiro e a ousadia em algumas passagens do filme. Fiquei ainda mais impressionada ao ver a filmografia do diretor e me soou como algo muito diferente dos outros trabalhos de direção dele.
O filme tem uma fotografia impecável e alguns planos super elaborados que enchem os olhos. Demorei pra ver e me surpreendi muito, recomendo.
Shirley
3.3 70 Assista AgoraÉ interessante como a Josephine Decker trabalha uma biografia a partir das suas esquisitices (maravilhosas) estéticas. Quase um anti-biopic em que a Shirley Jackson funciona como um grande figurativo da contaminação abusiva da masculinidade.
Com certeza esses flowl's e blur's da fotografia vão ser uma marca registrada da diretora em sua filmografia: é lindo demais.
Liberté
2.1 21Esse filme poderia ser tão bom, por causa da proposta super interessante dos libertinos e a ambientação na mesma perspectiva e época da vida do Marquês de Sade.
Nos primeiros minutos eu estava gostando muito. Me remeteu à alguns contos de Sade, Aretino e Bataille. Mas após a apresentação do título o filme se tornou extremamente massante. Me parecia que aqueles atos gigantes só estavam ali pra preencher algo.
Já vi filmes com teor parecido que funcionam muito bem em termos de transgressão e pornografia no cinema de arte, mas infelizmente não consigo acompanhar o estilo/cinema do Albert Serra.
Os Miseráveis
4.0 162Qual é o nosso olhar quando a sociedade inverte os valores?
É um filme extremamente necessário para refletir sobre casos que acontecem o tempo todo nos impulsionando a um olhar sobre o sofrimento alheio, acarretado por tanta intolerância.
Esse filme tem uma sacada genial do diretor em te colocar em uma visão crítica. É através desse final que podemos perceber até onde nosso olhar objetivo sobre uma situação se torna inerente. Eu acho que o final, no meu olhar e na ótica da sociedade, se resume a:
É errado o oprimido se tornar o opressor?
Nesse caso, eu diria que não.
Faca no Coração
3.4 68 Assista AgoraUma visão divertida às estéticas dos filmes de horror da década de 70, e também um olhar metafílmico sobre as produções iniciais do movimento pós-pornô.
É um filme divertido, porém do meio para o final fica um tanto confuso.
A Artista e o Ladrão
4.1 22Esse é sem dúvidas um dos documentários mais bonitos que eu já vi. É muito sincero e nos apresenta algo muito rico em termos de sentimento: redenção e perdão.
Desde que vi o trailer, eu fiquei extremamente emocionada e me peguei pensando em como a Barbora foi sensível e extremamente audaciosa em encomendar um filme como esse.
Sinto que eu possa talvez ter negativado qualquer visão técnica e cinematográfica quanto a ele. Talvez por causa de ter sentido a cada momento uma dualidade de sensações me colocando nos dois lados, nesses dois extremos.
Enfim, negativar sua dor para olhar a dor do outro é para poucos e por esse motivo esse filme é de encher os olhos.
Meu Jantar com André
4.1 77Eu estou chocada sobre a potência desse filme. Quando acabou fiquei pensando muito sobre minha existência e em observar mais as coisas.
Tem tantas referências nos diálogos que é preciso ver mais de uma vez para entender sua completude. Uma experiência incrível!
Corações em Conflito
3.3 169 Assista AgoraComeço dizendo que esse filme é muito subestimado. Digo isso, porque eu mesma criei uma resistência em assistir um filme do Moodysson que me soava aos padrões mais americanizados. Me enganei, esse filme apresenta exatamente todas as críticas a sociedade capitalista e ao mundo globalizado dos seus outros filmes.
O que é mais interessante é que o próprio filme faz uma crítica cultural aos norte americanos, o que explica a recepção da crítica. O roteiro é minucioso e apresenta uma história que no fim, serve de plano de fundo para tantas questões implícitas. Sejam as evidentes na narrativa, quanto as implícitas no filme.
O noticiário, a foto no armário da Ellen, por exemplo, são minucias do filme em apresentar uma crítica social. Além de todas as outras que enxergamos nitidamente na trama: globalização, prostituição, trabalho sucateado, pobreza, ausência familiar, estupro e as problemáticas dos turistas.
Um filme muito delicado que aborda tudo isso com uma sutileza incrível. Fiquei muito abalada com todas essas representações transpostas a musica da Cat Power. Enfim, incrível!
Meu Tio da América
4.1 45Esse filme é impecável, os monólogos e última sequência de imagens mexeram muito comigo. Com certeza vou me atentar a assistir outros filmes do Alain Resnais.