Lynch bebeu muito desta fonte no que tange ao uso de cores e mise-en-scène. É impossível não se recordar de Mulholland Drive - e, até mesmo, Blue Velvet - em alguns takes
Allen, até então, nunca havia hesitado em retratar as pessoas tal qual elas são: mesquinhas, presunçosas, narcisistas, apáticas e, principalmente, inseguras. E isto é realizado magistralmente neste filme - principalmente no final, que é demasiadamente cruel.
Queria destacar a cena em que Cléo está conversando com sua amiga durante um ''passeio'' de carro e a câmera inicia bem aberta, realçando uma Paris viva e ensolarada, e, à medida em que o assunto envereda-se para um tema mais sombrio, a câmera vai fechando-se nas duas personagens, escurecendo aos poucos a cena... culminando com uma escuridão total quando o carro atravessa um túnel <3 QUE CENA!
Comparar Truffaut e Godard, para fins de "valoração" e alçamento de um em detrimento do outro, é tão ridículo quanto comparar João Cabral de Melo Neto e Drummond - ou Rimbaud e Baudelaire, Dalí e Picasso, etc. Ambos foram artistas extremamente talentosos e ousados, responsáveis pelo desenvolvimento da linguagem cinematográfica como a conhecemos.
(Lembrando sempre que isto é arte, não "Fla x Flu")
Quer um bom motivo para ver este filme? Bom, é Jean-Pierre Melville conduzindo Alain Delon em um dos mais fascinantes e inquietantes thriller's policiais/noir já filmados. Quer um motivo melhor ainda? Alain Delon ostentando um SENHOR BIGODE!
Vanguardista até os ossos. Godard adentrou ao mundo da direção cinematográfica já mostrando ao que veio! Filme símbolo daquele que veio a se tornar, possivelmente, o movimento cinematográfico mais influente que já existiu.
Nas palavras do próprio Godard, em uma entrevista realizada em 1960, meses após o lançamento de ''À Bout de Souffle'':
''Anyway, I don't think cinema influences youth. We should instead let youth influence cinema''.
Aproveitei a inserção ao catálogo da Netflix para rever este que é um dos meus filmes preferidos, e olha... o filme não somente sobreviveu à uma revisitação, bem como se mostrou ainda mais perspicaz, desafiador - além de, obviamente, hilário - do que da primeira vez que o assisti.
É o ''Mulholland Drive'' do Cronenberg. Pode soar pretensioso e autoindulgente em alguns momentos, mas sinceramente? Isto não me tirou do filme em momento algum! Claro que o filme possui deslizes aqui e acolá, mas mexeu - e mexe - comigo de uma forma muito singular e particular. Dito isto, não recomendo o filme para quem for se aventurar de primeira na filmografia do diretor; tampouco para os que o admiram somente pela sua linguagem cinematográfica oitentista/noventista que primava pelo body horror e efeitos práticos deslumbrantes (A mosca, Scanners, Videodrome, Naked Lunch, etc); mas sim para quem está em busca de uma reflexão onírica, inquietante (e não tão bem-acabada assim, confesso) sobre a realidade obscura do show business hollywoodiano.
Tal qual um ''Dante moderno'', Cocteau, já passado a sua meia idade, é guiado pela figura de um poeta mor que o leva à uma jornada mística e sensível pelos ''círculos'' do inferno do próprio poeta, bem como o seu purgatório e paraíso. ''Le Testament d'Orphée, ou ne me demandez pourquoi!'', funciona como uma Odisseia onírica por entre as veredas da mente e os espelhos da alma de um velho poeta, bem como um encerramento magistral para esta que é uma das mais fascinantes trilogias cinematográficas já realizadas.
Os seguranças da festa são, disparados, a melhor parte do filme KJASFHFSJKHAFSKJFASHKJFAS E, apesar do filme ter apenas 88 minutos, em alguns momentos - principalmente durante a festa - me pareceu um pouco demorado, longo demais.
A finitude humana é aterrorizante. Desde a antiguidade clássica, nós, seres humanos, buscamos incessantemente formas de "gravarmos" nossos nomes, faces e vidas na historia, deixando assim nossa marca no mundo...Mas a verdade dolorosa é que o mundo não é nosso. Ele existe independente de nós, e por mais que possamos se esforçar para deixar um vestígio nele, esse vestígio será apagado. Cedo ou tarde, tudo será deixado para trás. O universo reconstrói-se em si, diariamente. Tal como Saramago disse: "Haverá um dia em que o universo não saberá que Homero escreveu a Ilíada. E por que haveria o universo de saber disto?" Filme belíssimo, um incrível retrato acerca da trágica efemeridade das coisas - sobretudo da vida -.
O Desprezo
4.0 266Lynch bebeu muito desta fonte no que tange ao uso de cores e mise-en-scène. É impossível não se recordar de Mulholland Drive - e, até mesmo, Blue Velvet - em alguns takes
Manhattan
4.1 595 Assista AgoraAllen, até então, nunca havia hesitado em retratar as pessoas tal qual elas são: mesquinhas, presunçosas, narcisistas, apáticas e, principalmente, inseguras. E isto é realizado magistralmente neste filme - principalmente no final, que é demasiadamente cruel.
Cléo das 5 às 7
4.2 201 Assista AgoraQueria destacar a cena em que Cléo está conversando com sua amiga durante um ''passeio'' de carro e a câmera inicia bem aberta, realçando uma Paris viva e ensolarada, e, à medida em que o assunto envereda-se para um tema mais sombrio, a câmera vai fechando-se nas duas personagens, escurecendo aos poucos a cena... culminando com uma escuridão total quando o carro atravessa um túnel <3
QUE CENA!
Perdidos na Noite
4.2 322 Assista AgoraI'M WALKIN' HERE!
Os Incompreendidos
4.4 645Comparar Truffaut e Godard, para fins de "valoração" e alçamento de um em detrimento do outro, é tão ridículo quanto comparar João Cabral de Melo Neto e Drummond - ou Rimbaud e Baudelaire, Dalí e Picasso, etc. Ambos foram artistas extremamente talentosos e ousados, responsáveis pelo desenvolvimento da linguagem cinematográfica como a conhecemos.
(Lembrando sempre que isto é arte, não "Fla x Flu")
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
4.3 5,0K Assista AgoraMe senti a própria Amélie quando encontrei um DVD deste filme em uma caixa na estante de doações da minha universidade
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraNolan é tipo Muse
(e isto passa bem longe de ser um elogio)
Apocalypse Now
4.3 1,2K Assista AgoraAssistir à Apocalypse Now é quase que uma cerimônia religiosa, dado sua sublime atmosfera profundamente transcendental e poética.
(E ah, vejam a versão ''Redux'' contendo 202 minutos, onde a imersão é consideravelmente potencializada).
O Círculo Vermelho
4.1 47 Assista AgoraQuer um bom motivo para ver este filme? Bom, é Jean-Pierre Melville conduzindo Alain Delon em um dos mais fascinantes e inquietantes thriller's policiais/noir já filmados.
Quer um motivo melhor ainda? Alain Delon ostentando um SENHOR BIGODE!
Acossado
4.1 510 Assista AgoraVanguardista até os ossos. Godard adentrou ao mundo da direção cinematográfica já mostrando ao que veio! Filme símbolo daquele que veio a se tornar, possivelmente, o movimento cinematográfico mais influente que já existiu.
Nas palavras do próprio Godard, em uma entrevista realizada em 1960, meses após o lançamento de ''À Bout de Souffle'':
''Anyway, I don't think cinema influences youth. We should instead let youth influence cinema''.
Monty Python em Busca do Cálice Sagrado
4.2 742 Assista AgoraAproveitei a inserção ao catálogo da Netflix para rever este que é um dos meus filmes preferidos, e olha... o filme não somente sobreviveu à uma revisitação, bem como se mostrou ainda mais perspicaz, desafiador - além de, obviamente, hilário - do que da primeira vez que o assisti.
Mapas para as Estrelas
3.3 477 Assista AgoraÉ o ''Mulholland Drive'' do Cronenberg. Pode soar pretensioso e autoindulgente em alguns momentos, mas sinceramente? Isto não me tirou do filme em momento algum! Claro que o filme possui deslizes aqui e acolá, mas mexeu - e mexe - comigo de uma forma muito singular e particular.
Dito isto, não recomendo o filme para quem for se aventurar de primeira na filmografia do diretor; tampouco para os que o admiram somente pela sua linguagem cinematográfica oitentista/noventista que primava pelo body horror e efeitos práticos deslumbrantes (A mosca, Scanners, Videodrome, Naked Lunch, etc); mas sim para quem está em busca de uma reflexão onírica, inquietante (e não tão bem-acabada assim, confesso) sobre a realidade obscura do show business hollywoodiano.
O Testamento de Orfeu
4.3 23 Assista AgoraTal qual um ''Dante moderno'', Cocteau, já passado a sua meia idade, é guiado pela figura de um poeta mor que o leva à uma jornada mística e sensível pelos ''círculos'' do inferno do próprio poeta, bem como o seu purgatório e paraíso. ''Le Testament d'Orphée, ou ne me demandez pourquoi!'', funciona como uma Odisseia onírica por entre as veredas da mente e os espelhos da alma de um velho poeta, bem como um encerramento magistral para esta que é uma das mais fascinantes trilogias cinematográficas já realizadas.
O Sangue de um Poeta
4.2 44Uma autorreflexão solene e perturbante sobre o ato de experienciar os fenômenos - por vezes ''irreais'' - da vida, refletindo-se no fazer poético.
Venom
3.1 1,4K Assista AgoraSerá a ''Mulher Gato'' do Tom Hardy
Adaptação.
3.9 707 Assista AgoraO terceiro ato deste filme é GENIAL
Pantera Negra
4.2 2,3K Assista AgoraÚNICO defeito do filme foi o terceiro ato, aquele CGI ficou beeeeeem PS2, porém, o filme, em si, é muito bom!
Estou apaixonado pela Shuri
Projeto X: Uma Festa Fora de Controle
3.5 2,2K Assista AgoraOs seguranças da festa são, disparados, a melhor parte do filme KJASFHFSJKHAFSKJFASHKJFAS
E, apesar do filme ter apenas 88 minutos, em alguns momentos - principalmente durante a festa - me pareceu um pouco demorado, longo demais.
Sombras da Vida
3.8 1,3K Assista AgoraA finitude humana é aterrorizante. Desde a antiguidade clássica, nós, seres humanos, buscamos incessantemente formas de "gravarmos" nossos nomes, faces e vidas na historia, deixando assim nossa marca no mundo...Mas a verdade dolorosa é que o mundo não é nosso. Ele existe independente de nós, e por mais que possamos se esforçar para deixar um vestígio nele, esse vestígio será apagado. Cedo ou tarde, tudo será deixado para trás. O universo reconstrói-se em si, diariamente.
Tal como Saramago disse: "Haverá um dia em que o universo não saberá que Homero escreveu a Ilíada. E por que haveria o universo de saber disto?"
Filme belíssimo, um incrível retrato acerca da trágica efemeridade das coisas - sobretudo da vida -.
O Samurai
4.2 145Queria ser o Alain Delon
Para Sempre Lilya
4.2 868Chorei feito uma criança. Quando tu pensa que não dá pra piorar... as coisas ficam 10x piores
Homem Morto
3.8 203 Assista Agora''Fuck me? Fuck you!''
Logan
4.3 2,6K Assista AgoraÉ tão satisfatório ver um Logan finalmente desmembrando corpos que eu até relevo umas decisões estupidas de roteiro e uns diálogos super expositivos
Bob Esponja: Um Herói Fora D'Água
3.0 519 Assista AgoraDuas estrelas pelas referências a Mad e Max e O Iluminado