Cada personagem é muito rico na personalidade, até mesmo aqueles que só deveriam possuir uma - o orgulho, ganância ou a irá - e é esse o ponto que deixou essa história tão linda de assistir. Cada ser com suas características próprias contribuiram para as conquistas finais. É assim que se preencheu o vazio até daquele com a maior das avarezas. É por isso que tudo é um e um é tudo... é união. Talvez o primeiro homunculo também seja um pecado, o egoísmo, a prisão daquele que tentou ser deus foi ficar sozinho. O ser dentro do frasco, o ser que acabou solitário dentro do mundo.
Eu amo B99. A série é incrível. O poder de representatividade e de comunicação sobre esteriótipos e masculinidade é impressionante. Mas nesse nosso cenário é até difícil engolir uma série sobre a polícia de Nova York sem sentir uma estranheza ou ter consciência de que não existe esse mundo cor de rosa. Não consegui rever os episódios sem ficar com essa questão na mente.
A primeira, e por enquanto única, vez que acompanhei está comédia foi em 2018 a amei muito. Todo esse lance de que nossas vidas são histórias - registros e o Ted contando para seus filhos me cativou demais. O Forrest Gump da televisão. A série utiliza essas pequenas histórias em formatos episódicos e em sua maioria, são ótimos. Meu problema foi com o final mesmo. Aquele mesmo raciocínio clichê sobre o final não ter valorizado a mãe (como conheci a sua mãe!!) e principalmente porque eu nunca engoli o casal Ted e Robin durante os episódios. O motivo principal? Eu via um relacionamento muito tóxico. E nem é questão de problematizar uma comédia, mas de discutir cultura, seja lá o seu alcance.
Além do protagonista estar em uma simbiose, ou seja, em uma bolha de dependência emocional pela Robin - os dois não tinham absolutamente nada a ver. Eram dois extremistas e opostos no jeito de ambos de enxergar o mundo. No primeiro encontro Ted já afirmou amar a Robin, do nada. E daí pra frente criou-se um sentimento obsessivo, falso amor "romântico clássico", que só piorava. E o Ted só ficava choramingando por atenção. Era uma espécie de os sofrimentos do jovem Ted Mosby. Até quando o mesmo encontrava uma outra pessoa nova para se relacionar, e no sitcom foram várias, ele não estava inteiramente presente. O ápice da obsessão foi quando, após a Scherbatsky dizer que não mais o amava (_Do you love me? _No!), ainda assim ele se manteve na dependência e a jornalista teve que mudar de casa para tentar o ajudar.
Por outro lado, Robin era muito egoísta e fria. Pelo menos em relação ao Mosby. Sua carreira estava sempre em única perspectiva. E não, não estou com o raciocínio do Ross de friends na discussão sobre amor e carreira. Ninguém tem que desistir dos sonhos para ter um relacionamento, do contrário este também é tóxico. Isto bem ilustrado na história "I'm here" do Spike Jonze. Contudo, como já citado, a Scherbatsky era muito extremista. Lembremos que um namoro é um acordo. Ambos devem ceder um pouco em prol deste acordo, mas respeitando o limite da individualidade de cada um. O que nunca acontecia. Era sempre carreira e somente. E o lance de não querer casar e ter filhos?. Eu sei que ninguém é obrigado às citadas responsabilidades, eu mesmo não sei se quero, mas o problema é que ela estabeleceu a ideia em um viés de confirmação e nem pensava em chances de muda-la. De acreditar em alguém.
Retomando ao começo, era diante do exposto o motivo de que eu não gostava do final. Mas agora, pensando de relance, eu acho que compreendo melhor. Foi um final polêmico, dúbio, porém condizente sim. A série sempre deixou claro para o público que o lance era realmente sobre o casal citado nós parágrafos anteriores. Sempre foi sobre eles. O episódio piloto se trata de "como conheci Robin." O motivo das histórias talvez seja um pedido de desculpas e principalmente um pedido de permissão aos filhos em dar mais uma chance a Robin. Não, não sobre o contrato deles dos 40 anos (acho que é isso mesmo kkk). Mas sobre uma possibilidade de um olhar mais maduro dos dois. As histórias deixaram claro o problema deles, mas também demonstraram um lento crescimento. Principalmente por parte do Mosby. E pensando nele, depois de realizar seu sonho de ser pai, de lidar com a perda da esposa, ele já não é mais o mesmo. A vida o ensinou lições e por obrigação, ele as teve que aprender. E se nossas vidas são histórias, e estas estão para nos fortalecer e ensinar, bom... crianças esta é a história de alguns amigos crescendo e aprendendo lições com os desafios da vida deles.
Não quis comentar sobre durante o hype. Acordei com vontade de comentar hoje, mas sinceramente, prefiro comentar sobre coisas que eu gosto. Vou me limitar a dizer: Que série nojenta!
A história dessa série já diverte muito por si só. Seja na trilha sonora certa no momento certo ou toda a criatividade deles em mudar a forma da narrativa em cada episódio, sendo que a qualidade só cresce. Inclusive me lembrou bastante a formula que This is us usou. Um grupo de irmãos cresceram no que se tornaria a casa assombrada mais famosa do país? Legal a sinopse, mas "A Maldição da Residência Hill" é muito mais profundo do que isso.
"Onde Vivem os Monstros?" Esse é o título de um dos filmes mais marcantes da minha infância. Spike Jonze dirigiu uma história lúdica e infantil sobre terror e monstros. Monstros? Eu me perguntei. Onde vivem? Quem são eles? E, como um cometário do filme aqui do Filmow descreveu: "Somos nós. São os nossos medos, nossas alegrias, nossas frustrações. Somos nós, frágeis, sendo agressivos, sendo tolos. Queremos ser reis, superiores a qualquer problema. Mas, erramos. Ao final, descobrimos quem somos, o que queremos e do que precisamos: amor." Mas, claro: Jonze tratou dos sentimentos e psique de uma criança e os desafios da sua idade. E no entanto, a história de fantasmas do Mike Flanagan... do que tratou-se?
Apesar do pouco contato que tenho com o gênero de terror tem algo que li uma vez e agora está muito claro: "Histórias de terror são ferramentas para construção de mensagens necessárias. No sentido mais humano possível." A história dirigida por Mike Flanagan é de uma família separada, a qual continua se distanciando justamente nos momentos em que a união é um pedido gritante. Da mesma forma que acontece no filme "Hereditário". Se trata de separações. É na desunião que vivem os monstros na série. Seja quando acontece a briga entre as irmãs no carro e... Pá! monstro. Ou briga da família e... Pá! Monstro derrubando caixão. Ou até mesmo no momento de separação física como quando Luke fica preso sozinho e... já entenderam. Mas também é no momento das aparições que eles juntam forças para se unir novamente, mesmo que sutilmente.[/spoiler]
"Em seu interior, as paredes continuam de pé, os tijolos se unem em simetria, o assoalho é firme e as portas estão fechadas. O silêncio repousa soberano sobre madeira e pedra da Residência Hill. E os que andam por lá... andam juntos." Esse trecho foi colocado no primeiro e último episódio, se não me falha a memória. E na minha interpretação só reafirma o sentido de separação e união que a obra carrega. No inicio senti o medo da casa. Da forma que ele separava e destruía todos. Mas no último episódio, no coração da casa, é quando a casa também passa a representar o amor. Amor no passado e no presente. A união. E a casa deixa de ser tão assustadora. Mas ao mesmo tempo foi tarde demais para alguns. E uma reconstrução para outros. E então Steven deixa a casa acreditando nesses monstros, mas compreendendo quem são e onde vivem. [spoiler]
Rever grandes obras é uma atividade extremamente necessária. Depois de alguns anos resolvi voltar em Game Of Thrones, assim com ler os livros. No momento estou revendo a segunda temporada e lendo o segundo livro. É muito interessante como eu absorvi bem mais da série nessa segunda vez. E mais, simultaneamente ler o livro e ver a série é uma verdadeira aula sobre uma adaptação bem executada.
Falando sobre minha experiência ao revisitar GoT, a série, consegui digerir e observar muito mais comparado com a primeira vez. Ou seja, além de acontecimentos que ficaram mais claros para mim, percebi alguns detalhes sutis geniais, os quais não tinha notado. A série usa muito bem o recurso do "Foreshadowing" e percebe-los é divertidíssimo. Um bom exemplo disso é na primeira temporada, no "combate" entre Jaime e Ned Stark. Mais necessariamente, um dos guardas, braço direito do Stark. Em uma cena de diálogo entre os dois, o guarda e o Lannister, o braço direito de Ned diz que: em uma batalha, no qual lutou ao lado do Jaime, quase perdeu o olho. E, momentos depois, no combate, o Leão o mata ao furar seu olho. Além disso, outros recursos mais sutis são usados na segunda temporada( ou na série toda, espero). Um deles é o uso da auto referência e rimas visuais, que são simplesmente geniais.
No mais, que aula sobre como fazer uma adaptação!! Incrível! Agradeço sempre o fato do universo de George R.R. Martin ser adaptado para televisão. Acho que se encaixou bem demais e no formato de cinema não ficaria no mesmo nível. O livro, no caso o segundo, tem algumas diferenças com a série, mesmo nas cenas iguais. Um exemplo disso é que a série não segue a ordem de acontecimentos do livro. Na adaptação, cenas menos relevantes são mostradas primeiro, mesmo que no livro elas vêm depois. Isso acontece por um motivo: Criar tensões e fazer "Cliffhanger." São muitos detalhes que também mudam, o que é positivo, pois é uma adaptação, não transcrição.
Queria também deixar também uma menção honrosa a cena de diálogo entre tyrion e Varys – mais aproveitada no livro –, que aula de ciência política em uma página. Quem disse que o cinema não pode ser educativo tem que ler/assistir esse diálogo. Os criadores resumiram a história do universo do gelo e fogo em sua maioria nessa cena. E ai, quem tem o controle do mercenário( ou seria do povo? haha) o Sacerdote, o rei ou o rico? Eu fiquei o dia todo com isso na cabeça tentando elaborar minha opinião.
Enfim, rever filmes e séries pode ser cansativo, e parecer perda de tempo, até porquê já nascemos com uma dividade gigante com o cinema. Mas, algumas obras você deve dissecar o máximo possível. O universo do Jogo dos tronos é um desses. Não basta ver tudo em uma semana e pronto. Você deve ver, rever e observar atentamente cada detalhe, pois essa série é uma aula em vários aspectos.
Assim como milhões de pessoas espalhadas pelo mundo, eu sou mais um apaixonado por essa série e estou acompanhando a algum tempo. Embarquei também nos livros, mas queria falar um pouco sobre a adaptação. Você já se perguntou como Game of Thrones conseguiu ser uma das maiores séries de todos os tempos e tornar seu público assumidamente apaixonado? A velha piada:"Guerras, dragões e tetas" está longe de responder essa questão. Então, o que tem no universo do Gorge R. Martin?
Uma das marcas da série é a forma como ela mudou as Adaptações Literárias. Por décadas Hollywood transformava os grandes livros para o formato do cinema. Nisto surgiram diversas franquias milionárias e de grande sucesso como Harry Potter e Senhor dos anéis, por exemplo. Mas isso mudou com a estreia do Game of Thrones. Claro que já haviam séries vindas de adaptações literárias, então ela não foi a primeira, mas o seu alcance foi gigantesco. A partir do seu sucesso diversos outros livros foram adaptados no formato da TV. Ainda bem que a estrutura dos livros de G. Martin foi bem encaixada em uma série, pois a história é muito complexa para se resumir em um longa metragem. Atualmente, é evidente como a televisão é capaz de contar histórias tão boas quanto o cinema. Provas disso são várias, como Breaking Bad e Game of thrones. O importante é que a literatura seja bem homenageada no formato que melhor traduz a sua história.
Além disso, são diversos outros fatores, e precisamos falar também sobre a complexidade dos personagens desse universo fantástico! Como parâmetro vou usar a minha saga do cinema preferida: Trilogia senhor dos anéis, do universo Tolkien. Em o senhor dos anéis os personagens são muito fixos. Suas personalidades são facilmente reconhecidas. É possível, apenas olhando as afeições de cada , saber quem é o vilão e o herói. "O escritor é reflexo da época em que vivie" talvez seja a época de Guerra o reflexo do maniqueísmo em TLOTR. Diferentemente ocorre em GoT. Um bom exemplo da dualidade presente nele é o episódio "Spoils of war" desta temporada. Nele nós deparamos em uma dúvida agoniante de "quem torcer?" Os homens Lannisters queimados eram realmente homens maus? Daenerys é a boa moça? Nada disso, no jogo dos tronos não exite bons ou maus. No mais, o desenvolvimento dos personagens é muito bem trabalhado pelo roteiro.Os arcos dos irmãos Stark são os melhores exemplos.
Não somente, a série também tem um nível altíssimo de produção e isso inclui a cenografia. Muito mais do que um pano de fundo pras ações dos atores, a arquitetura da série ajuda a contar a história dos personagens de Westeros com sua arquitetura Fantástica . Alguns cenários são extremamente chamativos quando aparecem: Braavos, por exemplo. Como é sabido por muitos, Braavos foi inspirado no trabalho do arquiteto do Hitler. O motivo é simples: Fazer com que o cenário dessa locação seja imponente. O cinema é uma maneira de contar histórias com imagens em movimento e os cenários ajudam na narrativa.
UFA! falei sobre dois aspectos e poderia falar sobre mais 15 tranquilamente, pois o seriado é espetacular em todos os aspectos. Atuações, efeitos, trilha sonora entre outros. E além de tudo isso, tem algo mais subjetivo em Game of thrones: Foi um amigo em um dos momentos difíceis da minha vida. Aquela fase de se sentir sozinho que todos tem, o meu remédio foi me aventurar nesse universo e assim virar um fan não só de Game of thrones, mas do cinema e da Televisão.
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Fullmetal Alchemist: Brotherhood
4.7 391Cada personagem é muito rico na personalidade, até mesmo aqueles que só deveriam possuir uma - o orgulho, ganância ou a irá - e é esse o ponto que deixou essa história tão linda de assistir. Cada ser com suas características próprias contribuiram para as conquistas finais. É assim que se preencheu o vazio até daquele com a maior das avarezas. É por isso que tudo é um e um é tudo... é união. Talvez o primeiro homunculo também seja um pecado, o egoísmo, a prisão daquele que tentou ser deus foi ficar sozinho. O ser dentro do frasco, o ser que acabou solitário dentro do mundo.
Brooklyn Nine-Nine (5ª Temporada)
4.5 183 Assista AgoraEu amo B99. A série é incrível. O poder de representatividade e de comunicação sobre esteriótipos e masculinidade é impressionante. Mas nesse nosso cenário é até difícil engolir uma série sobre a polícia de Nova York sem sentir uma estranheza ou ter consciência de que não existe esse mundo cor de rosa. Não consegui rever os episódios sem ficar com essa questão na mente.
Como Eu Conheci Sua Mãe (9ª Temporada)
4.1 1,3K Assista AgoraA primeira, e por enquanto única, vez que acompanhei está comédia foi em 2018 a amei muito. Todo esse lance de que nossas vidas são histórias - registros e o Ted contando para seus filhos me cativou demais. O Forrest Gump da televisão. A série utiliza essas pequenas histórias em formatos episódicos e em sua maioria, são ótimos. Meu problema foi com o final mesmo. Aquele mesmo raciocínio clichê sobre o final não ter valorizado a mãe (como conheci a sua mãe!!) e principalmente porque eu nunca engoli o casal Ted e Robin durante os episódios. O motivo principal? Eu via um relacionamento muito tóxico. E nem é questão de problematizar uma comédia, mas de discutir cultura, seja lá o seu alcance.
Além do protagonista estar em uma simbiose, ou seja, em uma bolha de dependência emocional pela Robin - os dois não tinham absolutamente nada a ver. Eram dois extremistas e opostos no jeito de ambos de enxergar o mundo. No primeiro encontro Ted já afirmou amar a Robin, do nada. E daí pra frente criou-se um sentimento obsessivo, falso amor "romântico clássico", que só piorava. E o Ted só ficava choramingando por atenção. Era uma espécie de os sofrimentos do jovem Ted Mosby. Até quando o mesmo encontrava uma outra pessoa nova para se relacionar, e no sitcom foram várias, ele não estava inteiramente presente. O ápice da obsessão foi quando, após a Scherbatsky dizer que não mais o amava (_Do you love me? _No!), ainda assim ele se manteve na dependência e a jornalista teve que mudar de casa para tentar o ajudar.
Por outro lado, Robin era muito egoísta e fria. Pelo menos em relação ao Mosby. Sua carreira estava sempre em única perspectiva. E não, não estou com o raciocínio do Ross de friends na discussão sobre amor e carreira. Ninguém tem que desistir dos sonhos para ter um relacionamento, do contrário este também é tóxico. Isto bem ilustrado na história "I'm here" do Spike Jonze. Contudo, como já citado, a Scherbatsky era muito extremista. Lembremos que um namoro é um acordo. Ambos devem ceder um pouco em prol deste acordo, mas respeitando o limite da individualidade de cada um. O que nunca acontecia. Era sempre carreira e somente. E o lance de não querer casar e ter filhos?. Eu sei que ninguém é obrigado às citadas responsabilidades, eu mesmo não sei se quero, mas o problema é que ela estabeleceu a ideia em um viés de confirmação e nem pensava em chances de muda-la. De acreditar em alguém.
Retomando ao começo, era diante do exposto o motivo de que eu não gostava do final. Mas agora, pensando de relance, eu acho que compreendo melhor. Foi um final polêmico, dúbio, porém condizente sim. A série sempre deixou claro para o público que o lance era realmente sobre o casal citado nós parágrafos anteriores. Sempre foi sobre eles. O episódio piloto se trata de "como conheci Robin." O motivo das histórias talvez seja um pedido de desculpas e principalmente um pedido de permissão aos filhos em dar mais uma chance a Robin. Não, não sobre o contrato deles dos 40 anos (acho que é isso mesmo kkk). Mas sobre uma possibilidade de um olhar mais maduro dos dois. As histórias deixaram claro o problema deles, mas também demonstraram um lento crescimento. Principalmente por parte do Mosby. E pensando nele, depois de realizar seu sonho de ser pai, de lidar com a perda da esposa, ele já não é mais o mesmo. A vida o ensinou lições e por obrigação, ele as teve que aprender. E se nossas vidas são histórias, e estas estão para nos fortalecer e ensinar, bom... crianças esta é a história de alguns amigos crescendo e aprendendo lições com os desafios da vida deles.
13 Reasons Why (1ª Temporada)
3.8 1,5K Assista AgoraNão quis comentar sobre durante o hype. Acordei com vontade de comentar hoje, mas sinceramente, prefiro comentar sobre coisas que eu gosto. Vou me limitar a dizer: Que série nojenta!
A Maldição da Residência Hill
4.4 1,4K Assista AgoraA história dessa série já diverte muito por si só. Seja na trilha sonora certa no momento certo ou toda a criatividade deles em mudar a forma da narrativa em cada episódio, sendo que a qualidade só cresce. Inclusive me lembrou bastante a formula que This is us usou. Um grupo de irmãos cresceram no que se tornaria a casa assombrada mais famosa do país? Legal a sinopse, mas "A Maldição da Residência Hill" é muito mais profundo do que isso.
"Onde Vivem os Monstros?" Esse é o título de um dos filmes mais marcantes da minha infância. Spike Jonze dirigiu uma história lúdica e infantil sobre terror e monstros. Monstros? Eu me perguntei. Onde vivem? Quem são eles? E, como um cometário do filme aqui do Filmow descreveu: "Somos nós. São os nossos medos, nossas alegrias, nossas frustrações. Somos nós, frágeis, sendo agressivos, sendo tolos. Queremos ser reis, superiores a qualquer problema. Mas, erramos. Ao final, descobrimos quem somos, o que queremos e do que precisamos: amor." Mas, claro: Jonze tratou dos sentimentos e psique de uma criança e os desafios da sua idade. E no entanto, a história de fantasmas do Mike Flanagan... do que tratou-se?
Apesar do pouco contato que tenho com o gênero de terror tem algo que li uma vez e agora está muito claro: "Histórias de terror são ferramentas para construção de mensagens necessárias. No sentido mais humano possível." A história dirigida por Mike Flanagan é de uma família separada, a qual continua se distanciando justamente nos momentos em que a união é um pedido gritante. Da mesma forma que acontece no filme "Hereditário". Se trata de separações. É na desunião que vivem os monstros na série. Seja quando acontece a briga entre as irmãs no carro e... Pá! monstro. Ou briga da família e... Pá! Monstro derrubando caixão. Ou até mesmo no momento de separação física como quando Luke fica preso sozinho e... já entenderam. Mas também é no momento das aparições que eles juntam forças para se unir novamente, mesmo que sutilmente.[/spoiler]
"Em seu interior, as paredes continuam de pé, os tijolos se unem em simetria, o assoalho é firme e as portas estão fechadas. O silêncio repousa soberano sobre madeira e pedra da Residência Hill. E os que andam por lá... andam juntos." Esse trecho foi colocado no primeiro e último episódio, se não me falha a memória. E na minha interpretação só reafirma o sentido de separação e união que a obra carrega. No inicio senti o medo da casa. Da forma que ele separava e destruía todos. Mas no último episódio, no coração da casa, é quando a casa também passa a representar o amor. Amor no passado e no presente. A união. E a casa deixa de ser tão assustadora. Mas ao mesmo tempo foi tarde demais para alguns. E uma reconstrução para outros. E então Steven deixa a casa acreditando nesses monstros, mas compreendendo quem são e onde vivem. [spoiler]
Game of Thrones (2ª Temporada)
4.6 1,6K Assista AgoraRever grandes obras é uma atividade extremamente necessária. Depois de alguns anos resolvi voltar em Game Of Thrones, assim com ler os livros. No momento estou revendo a segunda temporada e lendo o segundo livro. É muito interessante como eu absorvi bem mais da série nessa segunda vez. E mais, simultaneamente ler o livro e ver a série é uma verdadeira aula sobre uma adaptação bem executada.
Falando sobre minha experiência ao revisitar GoT, a série, consegui digerir e observar muito mais comparado com a primeira vez. Ou seja, além de acontecimentos que ficaram mais claros para mim, percebi alguns detalhes sutis geniais, os quais não tinha notado. A série usa muito bem o recurso do "Foreshadowing" e percebe-los é divertidíssimo. Um bom exemplo disso é na primeira temporada, no "combate" entre Jaime e Ned Stark. Mais necessariamente, um dos guardas, braço direito do Stark. Em uma cena de diálogo entre os dois, o guarda e o Lannister, o braço direito de Ned diz que: em uma batalha, no qual lutou ao lado do Jaime, quase perdeu o olho. E, momentos depois, no combate, o Leão o mata ao furar seu olho. Além disso, outros recursos mais sutis são usados na segunda temporada( ou na série toda, espero). Um deles é o uso da auto referência e rimas visuais, que são simplesmente geniais.
No mais, que aula sobre como fazer uma adaptação!! Incrível! Agradeço sempre o fato do universo de George R.R. Martin ser adaptado para televisão. Acho que se encaixou bem demais e no formato de cinema não ficaria no mesmo nível. O livro, no caso o segundo, tem algumas diferenças com a série, mesmo nas cenas iguais. Um exemplo disso é que a série não segue a ordem de acontecimentos do livro. Na adaptação, cenas menos relevantes são mostradas primeiro, mesmo que no livro elas vêm depois. Isso acontece por um motivo: Criar tensões e fazer "Cliffhanger." São muitos detalhes que também mudam, o que é positivo, pois é uma adaptação, não transcrição.
Queria também deixar também uma menção honrosa a cena de diálogo entre tyrion e Varys – mais aproveitada no livro –, que aula de ciência política em uma página. Quem disse que o cinema não pode ser educativo tem que ler/assistir esse diálogo. Os criadores resumiram a história do universo do gelo e fogo em sua maioria nessa cena. E ai, quem tem o controle do mercenário( ou seria do povo? haha) o Sacerdote, o rei ou o rico? Eu fiquei o dia todo com isso na cabeça tentando elaborar minha opinião.
Enfim, rever filmes e séries pode ser cansativo, e parecer perda de tempo, até porquê já nascemos com uma dividade gigante com o cinema. Mas, algumas obras você deve dissecar o máximo possível. O universo do Jogo dos tronos é um desses. Não basta ver tudo em uma semana e pronto. Você deve ver, rever e observar atentamente cada detalhe, pois essa série é uma aula em vários aspectos.
Game of Thrones (7ª Temporada)
4.1 1,2K Assista AgoraAssim como milhões de pessoas espalhadas pelo mundo, eu sou mais um apaixonado por essa série e estou acompanhando a algum tempo. Embarquei também nos livros, mas queria falar um pouco sobre a adaptação. Você já se perguntou como Game of Thrones conseguiu ser uma das maiores séries de todos os tempos e tornar seu público assumidamente apaixonado? A velha piada:"Guerras, dragões e tetas" está longe de responder essa questão. Então, o que tem no universo do Gorge R. Martin?
Uma das marcas da série é a forma como ela mudou as Adaptações Literárias. Por décadas Hollywood transformava os grandes livros para o formato do cinema. Nisto surgiram diversas franquias milionárias e de grande sucesso como Harry Potter e Senhor dos anéis, por exemplo. Mas isso mudou com a estreia do Game of Thrones. Claro que já haviam séries vindas de adaptações literárias, então ela não foi a primeira, mas o seu alcance foi gigantesco. A partir do seu sucesso diversos outros livros foram adaptados no formato da TV. Ainda bem que a estrutura dos livros de G. Martin foi bem encaixada em uma série, pois a história é muito complexa para se resumir em um longa metragem. Atualmente, é evidente como a televisão é capaz de contar histórias tão boas quanto o cinema. Provas disso são várias, como Breaking Bad e Game of thrones. O importante é que a literatura seja bem homenageada no formato que melhor traduz a sua história.
Além disso, são diversos outros fatores, e precisamos falar também sobre a complexidade dos personagens desse universo fantástico! Como parâmetro vou usar a minha saga do cinema preferida: Trilogia senhor dos anéis, do universo Tolkien. Em o senhor dos anéis os personagens são muito fixos. Suas personalidades são facilmente reconhecidas. É possível, apenas olhando as afeições de cada , saber quem é o vilão e o herói. "O escritor é reflexo da época em que vivie" talvez seja a época de Guerra o reflexo do maniqueísmo em TLOTR. Diferentemente ocorre em GoT. Um bom exemplo da dualidade presente nele é o episódio "Spoils of war" desta temporada. Nele nós deparamos em uma dúvida agoniante de "quem torcer?" Os homens Lannisters queimados eram realmente homens maus? Daenerys é a boa moça? Nada disso, no jogo dos tronos não exite bons ou maus. No mais, o desenvolvimento dos personagens é muito bem trabalhado pelo roteiro.Os arcos dos irmãos Stark são os melhores exemplos.
Não somente, a série também tem um nível altíssimo de produção e isso inclui a cenografia. Muito mais do que um pano de fundo pras ações dos atores, a arquitetura da série ajuda a contar a história dos personagens de Westeros com sua arquitetura Fantástica . Alguns cenários são extremamente chamativos quando aparecem: Braavos, por exemplo. Como é sabido por muitos, Braavos foi inspirado no trabalho do arquiteto do Hitler. O motivo é simples: Fazer com que o cenário dessa locação seja imponente. O cinema é uma maneira de contar histórias com imagens em movimento e os cenários ajudam na narrativa.
UFA! falei sobre dois aspectos e poderia falar sobre mais 15 tranquilamente, pois o seriado é espetacular em todos os aspectos. Atuações, efeitos, trilha sonora entre outros. E além de tudo isso, tem algo mais subjetivo em Game of thrones: Foi um amigo em um dos momentos difíceis da minha vida. Aquela fase de se sentir sozinho que todos tem, o meu remédio foi me aventurar nesse universo e assim virar um fan não só de Game of thrones, mas do cinema e da Televisão.