Um filme bem mediano, com a direção competente, com uma boa fotografia e uma história que carece de conflitos. Mais do que isso, o enredo me passa a sensação que os homens comandam toda a história e as mulheres estão ali no seu lugarzinho, passivas, sem reação. A lição de não viajar no tempo mais me pareceu um tanto quanto desnecessária, afinal nada dá errado ou sai dos eixos devido às viagens no tempo do protagonista. Ele pode reviver momentos do passado, pode melhorar performances sexuais, pode sair de situações constrangedoras e quando aparece um conflito - a troca de bebês - esse conflito é logo resolvido. Qual lição, se o filme não apresenta problema a ser resolvido?
Muito melhor que a versão dos cinemas. A edição e a montagem está realmente boa, a construção dos personagens e seus conflitos também (afinal, a edição dos cinemas retalha o personagem do Clark Kent). Ainda tem problemas, afinal o roteiro tem alguns incômodos, mas essa versão está realmente melhor.
A trilha sonora é incrível e é uma das melhores que conheço do cinema mudo. Murnau genial na direção, e Emill Jannings não menos que isso. O filme ainda tem planos-sequência, uso de zoom, câmera subjetiva e câmeras de mão, o que é bastante interessante. Apenas o final é mais do que dispensável.
Emil Jannings espetacular do início ao fim. Provavelmente o maior ator alemão de todos os tempos e que cravou seu nome na história do cinema ao levar a primeira estatueta do Oscar de melhor ator, ainda nos anos 20. Uma lástima que tenha se tornado garoto propaganda dos filmes nazistas. E o filme é uma obra de arte irretocável, tanto pelo enredo quando pela fotografia e atuações, amarradas com maestria por Josef von Sternberg.
Fritz Lang fechando com chave de ouro esse movimento riquíssimo que foi o expressionismo alemão e solidificando as bases do que seria pouco depois chamado de cinema-noir. O filme é dirigido com maestria do início ao fim, com excelente fotografia, iluminação, montagem e uso de recursos sonoros. A importância de um cego no roteiro - que obviamente não pode ver, mas pode escutar - é uma sacada inteligentíssima por parte do diretor que já nos impressionava com as imagens em seus filmes mudos e que agora nos chama atenção para a importância dos sons. O destaque principal ao meu ver, ainda assim, fica com a atuação monstruosa de Peter Lorre, que chega em certo momento nos causar empatia pelo assassino. Espetacular!
Espetacular. O filme, além de ser o precursor do expressionismo alemão dos anos 20, é um divisor de águas na história do cinema e exerce ainda hoje influência em grandes produções contemporâneas. Produzido num momento onde o cinema ainda não havia se consolidado como uma grande arte, o filme consegue condensar de forma extremamente positiva outras expressões artísticas, como o teatro, a música - através da trilha sonora majestosa - e a pintura, esta um show à parte. O cenário é a síntese do movimento expressionista que já mostrava sua força na Alemanha, distorcendo formas e realidade e entregando ao expectador uma sensação de angústia e subjetividade. A subjetividade aliás, é uma das grandes marcas do filme e é o retrato de uma Alemanha doente e repleta de problemas, onde o perigo está em tudo e todos e o real é distorcido aos nossos olhos. Desolador e distópico. Obra-prima do cinema!
O filme tem uma proposta e tem méritos, principalmente da competência do diretor ao filmar, usar cores, luzes e enquadramentos e na escolha da trilha sonora, mas peca no desenvolvimento dos personagens secundários, no elenco fraquíssimo (talvez algo esperado devido as cenas de sexo), na indecisão do diretor de trabalhar alguns temas; na confusão ao tentar sugerir uma autobiografia em certos momentos do filme e principalmente no hype de sua estreia, o que faz com que o filme entregue seja muito aquém do esperado.
O filme é perfeito em todos os critérios técnicos: fotografia, direção, iluminação, montagem e elenco. Destaque pras cenas em iluminação natural ou mesmo as cenas com iluminação à luz de velas. O elenco é muito bom, com destaque para as duas crianças e a protagonista do filme.
Em relação ao enredo, fui positivamente surpreso. O terror psicológico é construído aos poucos e te deixa inquieto na frente da tela. A forma como o filme trabalha a temática cristã - baseada na culpa e no pecado - se opõe de forma interessantíssima à forma que a bruxaria feita contra a família vai lentamente se concretizando, gerando dor, acabando com os filhos, criando intrigas entre os familiares, despertando ódio e minando a fé, até que a destruição da família seja concretizada. O grande destaque, ao meu ver, é a forma metafórica que a figura da bruxa é trabalhada no filme. Thomasin é ao meu ver, desde o início da película, a bruxa, mesmo que a mesma não saiba. Como dito por sua mãe, ela despertava o desejo no irmão e fazia lhe aflorar o pecado. Ela é também a personagem com menos traços de religiosidade. Some-se isso à conveniência dela estar envolvida em todos os grandes acontecimentos ou mesmo na aparição da bruxa junto aos bodes, bebendo sangue das cabras. No fim, a jovem que se mostrava independente em relação aos familiares, que se desprendia da religiosidade excessiva da família, que conseguia enxergar os defeitos e covardia da figura patriarcal é no fim das contas, a bruxa, que se torna livre no fim trama.
Poderoso do início ao fim, A Bruxa é uma grande ironia em relação ao puritanismo, que sabe brincar com simbolos ocultistas - como o bode negro - e que não se contém em si mesmo, passando longe de ser esquecível e crescendo dentro das nossas cabeças depois de assisti-lo.
Um filme sensível e tocante para aqueles que conseguem entender a subjetividade da arte cinematográfica e que converte personagens e um romance trivial numa bela poesia imagética. Malick e Lubezki são almas gêmeas do cinema.
Gostaria de agradecer aqui Zack Snyder e Hans Zimmer pela belíssima sequência de abertura de Batman vs Superman, que é, na minha opinião, a mais bela cena que já vi em um filme de super-heróis. Se muitos pontos do filme são questionáveis, a cena ao menos conseguiu cravar seu lugarzinho na história do cinema contemporâneo.
Batman vs Superman tem momentos grandiosos e memoráveis, que dividem tela com outros ruins e esquecíveis, o que torna o filme irregular.
O roteiro mediano, que não explora bem alguns pontos e simplesmente deixa outros em aberto - sob conceito muito questionável de easter eggs - dificultando a empatia dos espectadores pelos heróis, especialmente o Homem de Aço e sendo repetitivo e reduntante em alguns momentos. Uma fotografia que não consegue diferenciar o que é Gotham e Metrópolis; plots desnecessários (a quase onipresença de Lois, a relação Lex - Senadora) e um segundo ato desastroso, lento e composto por cenas desconexas separadas por fade in.
Como pontos fortes temos a bela fotografia; o ótimo design de produção; a trilha sonora poderosa e marcante; uma visão ainda mais sombria do Homem-Morcego em cenas que flertam com o terror japonês; uma ótima Mulher Maravilha com um papel decisivo dentro das telas e também fora delas por ser a encarnação do GirlPower dentro do cinema de super-heróis e principalmente a coragem de abordar temas sérios e graves num gênero que foge dessas discussões.
Batman vs Superman sofre principalmente por não conseguir sintetizar de forma fluida os diversos temas que se dispõe a tratar. Onde sobra ousadia, falta traquejo narrativo. Ainda assim, é uma atitude louvável e que pode trazer fôlego ao gênero dos super-hérois. Futuro mais que promissor pra DC filmes, desde que correções na equipe técnica sejam feitas.
"What Happened, Miss Simone?" é poderosíssimo por nos mostrar o que é ser mulher, artista e negra nos EUA dos anos 60, em meio às lutas pelos direitos civis da comunidade negra. Um filme que todos deveriam ver, seja por questões musicais, seja por questões políticas ou mesmo por questões humanitárias.
Spotlight é eficaz em apresentar os escandalos de pedofilia envolvendo os padres da igreja católica. O filme os apresenta como algo sistemico - diferentemente da versão de "casos isolados" defendida pelo discurso da igreja e dos próprios fiéis - e nos mostra os esforços da santa igreja em encobrir e naturalizar os atos dos padres estupradores. O elenco está bem, com destaque pra Mark Ruffalo, que ainda que não mereça o Oscar, tem a conhecida "Cena do Oscar" que ao menos justifica sua indicação.
Sobre o Oscar:
Tom McCarthy deve ficar muito grato por ter sido indicado como melhor diretor. A direção não apresenta nada de artístico, o que faz o filme parecer um longo episódio de série televisiva. Há também alguns vícios (pra que essa mania de filmar os personagens de costas enquanto andam?) ou alguns momentos incoerentes, como os esforços em datar o filme na virada dos anos 2000, que sempre naufragam a cada momento que uma tomada abrangendo a Boston contemporanea é mostrada. O tema do filme é poderosíssimo, mas muitos diretores fizeram filmes muito mais competentes com uma história mais simples e com menos peso político, como por exemplo Lenny Abrahamson ou John Crowley esse ano. Levando em conta o alto número de judeus na academia e o costume que essa tem em conceder premios políticos aos seus filmes, Spotlight pode surgir como azarão.
Pra todos os efeitos, é frustrante pensar que uma história com todo esse potencial tenha caído nas mãos de roteiristas e um diretor que a transformaram em algo que ela jamais deveria ser: algo esquecível.
O filme é maravilhoso! O Brasil estaria muito bem representado se ganhasse o Oscar com esse filme, afinal ele é belíssimo de se assistir. A trilha sonora é igualmente boa e a música de Emicida para o filme merecia muito mais a indicação de melhor canção original do que a de Sam Smith para 007 Contra Spectre por exemplo.
Alicia Vikander tem uma interpretação tão marcante que consegue nos emocionar tanto quanto a história de Lili. Eddie Redmayne está magnífico (e apesar de achar que Di Caprio merece o Oscar pelo conjunto de sua obra, Redmayne está melhor do que ele esse ano). O filme é belíssimo também em sua direção de arte, em locações, fotografia e na trilha de Alexandre Desplat. E o roteiro é tocante e cheio de belas sutilezas.
O filme tem a árdua tarefa de lidar com um tema cansativo e ainda assim consegue ser divertido do início ao fim, conseguindo arrancar risadas ao mesmo tempo que denuncia as mazelas do sistema econômico e levanta questionamentos sobre quem realmente pagaria por toda a crise. O elenco principal está muito bem (Bale, Pitt e Carell estão atuando muito bem) e ainda contamos com participações especiais hilárias de Margot Robbie e até Selena Gomez. Ponto pro roteiro que soube apresentar um tema tão complexo de forma palatável e pro diretor, que apesar de não mostrar nada de artístico, foi extremamente competente.
O Âncora: A Lenda de Ron Burgundy
3.3 356 Assista Agoramano tem hora que esse filme não faz o mínimo sentido???????????????????????
amei já está entre meus novos favoritos
Contato
4.1 804 Assista AgoraMuito mais um novelão do que uma ficção-científica
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraUm filme bem mediano, com a direção competente, com uma boa fotografia e uma história que carece de conflitos. Mais do que isso, o enredo me passa a sensação que os homens comandam toda a história e as mulheres estão ali no seu lugarzinho, passivas, sem reação. A lição de não viajar no tempo mais me pareceu um tanto quanto desnecessária, afinal nada dá errado ou sai dos eixos devido às viagens no tempo do protagonista. Ele pode reviver momentos do passado, pode melhorar performances sexuais, pode sair de situações constrangedoras e quando aparece um conflito - a troca de bebês - esse conflito é logo resolvido. Qual lição, se o filme não apresenta problema a ser resolvido?
Batman vs Superman - A Origem da Justiça
3.4 4,9K Assista AgoraMuito melhor que a versão dos cinemas. A edição e a montagem está realmente boa, a construção dos personagens e seus conflitos também (afinal, a edição dos cinemas retalha o personagem do Clark Kent). Ainda tem problemas, afinal o roteiro tem alguns incômodos, mas essa versão está realmente melhor.
A Última Gargalhada
4.2 104 Assista AgoraA trilha sonora é incrível e é uma das melhores que conheço do cinema mudo. Murnau genial na direção, e Emill Jannings não menos que isso. O filme ainda tem planos-sequência, uso de zoom, câmera subjetiva e câmeras de mão, o que é bastante interessante. Apenas o final é mais do que dispensável.
O Anjo Azul
4.2 86 Assista AgoraEmil Jannings espetacular do início ao fim. Provavelmente o maior ator alemão de todos os tempos e que cravou seu nome na história do cinema ao levar a primeira estatueta do Oscar de melhor ator, ainda nos anos 20. Uma lástima que tenha se tornado garoto propaganda dos filmes nazistas. E o filme é uma obra de arte irretocável, tanto pelo enredo quando pela fotografia e atuações, amarradas com maestria por Josef von Sternberg.
Os Oito Odiados
4.1 2,4K Assista AgoraPassando aqui só pra dizer que a fotografia e a trilha sonora são espetaculares. Gostaria de ter assistido em 70mm =(
M, o Vampiro de Dusseldorf
4.3 280 Assista AgoraFritz Lang fechando com chave de ouro esse movimento riquíssimo que foi o expressionismo alemão e solidificando as bases do que seria pouco depois chamado de cinema-noir. O filme é dirigido com maestria do início ao fim, com excelente fotografia, iluminação, montagem e uso de recursos sonoros. A importância de um cego no roteiro - que obviamente não pode ver, mas pode escutar - é uma sacada inteligentíssima por parte do diretor que já nos impressionava com as imagens em seus filmes mudos e que agora nos chama atenção para a importância dos sons. O destaque principal ao meu ver, ainda assim, fica com a atuação monstruosa de Peter Lorre, que chega em certo momento nos causar empatia pelo assassino. Espetacular!
Nosferatu
4.1 628 Assista AgoraA cena da sombra de Orlock é linda e é a síntese do quanto esse filme é importante pra história do cinema de terror!
O Gabinete do Dr. Caligari
4.3 524 Assista AgoraEspetacular. O filme, além de ser o precursor do expressionismo alemão dos anos 20, é um divisor de águas na história do cinema e exerce ainda hoje influência em grandes produções contemporâneas. Produzido num momento onde o cinema ainda não havia se consolidado como uma grande arte, o filme consegue condensar de forma extremamente positiva outras expressões artísticas, como o teatro, a música - através da trilha sonora majestosa - e a pintura, esta um show à parte. O cenário é a síntese do movimento expressionista que já mostrava sua força na Alemanha, distorcendo formas e realidade e entregando ao expectador uma sensação de angústia e subjetividade. A subjetividade aliás, é uma das grandes marcas do filme e é o retrato de uma Alemanha doente e repleta de problemas, onde o perigo está em tudo e todos e o real é distorcido aos nossos olhos. Desolador e distópico. Obra-prima do cinema!
Love
3.5 883O filme tem uma proposta e tem méritos, principalmente da competência do diretor ao filmar, usar cores, luzes e enquadramentos e na escolha da trilha sonora, mas peca no desenvolvimento dos personagens secundários, no elenco fraquíssimo (talvez algo esperado devido as cenas de sexo), na indecisão do diretor de trabalhar alguns temas; na confusão ao tentar sugerir uma autobiografia em certos momentos do filme e principalmente no hype de sua estreia, o que faz com que o filme entregue seja muito aquém do esperado.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraO filme é perfeito em todos os critérios técnicos: fotografia, direção, iluminação, montagem e elenco. Destaque pras cenas em iluminação natural ou mesmo as cenas com iluminação à luz de velas. O elenco é muito bom, com destaque para as duas crianças e a protagonista do filme.
Atenção aos spoilers:
Em relação ao enredo, fui positivamente surpreso. O terror psicológico é construído aos poucos e te deixa inquieto na frente da tela. A forma como o filme trabalha a temática cristã - baseada na culpa e no pecado - se opõe de forma interessantíssima à forma que a bruxaria feita contra a família vai lentamente se concretizando, gerando dor, acabando com os filhos, criando intrigas entre os familiares, despertando ódio e minando a fé, até que a destruição da família seja concretizada. O grande destaque, ao meu ver, é a forma metafórica que a figura da bruxa é trabalhada no filme. Thomasin é ao meu ver, desde o início da película, a bruxa, mesmo que a mesma não saiba. Como dito por sua mãe, ela despertava o desejo no irmão e fazia lhe aflorar o pecado. Ela é também a personagem com menos traços de religiosidade. Some-se isso à conveniência dela estar envolvida em todos os grandes acontecimentos ou mesmo na aparição da bruxa junto aos bodes, bebendo sangue das cabras. No fim, a jovem que se mostrava independente em relação aos familiares, que se desprendia da religiosidade excessiva da família, que conseguia enxergar os defeitos e covardia da figura patriarcal é no fim das contas, a bruxa, que se torna livre no fim trama.
Poderoso do início ao fim, A Bruxa é uma grande ironia em relação ao puritanismo, que sabe brincar com simbolos ocultistas - como o bode negro - e que não se contém em si mesmo, passando longe de ser esquecível e crescendo dentro das nossas cabeças depois de assisti-lo.
Além da Linha Vermelha
3.9 382 Assista AgoraTranquilamente um dos melhores filmes de guerra já feitos. Malick é gênio.
Amor Pleno
3.0 558Um filme sensível e tocante para aqueles que conseguem entender a subjetividade da arte cinematográfica e que converte personagens e um romance trivial numa bela poesia imagética. Malick e Lubezki são almas gêmeas do cinema.
Batman vs Superman - A Origem da Justiça
3.4 4,9K Assista AgoraGostaria de agradecer aqui Zack Snyder e Hans Zimmer pela belíssima sequência de abertura de Batman vs Superman, que é, na minha opinião, a mais bela cena que já vi em um filme de super-heróis. Se muitos pontos do filme são questionáveis, a cena ao menos conseguiu cravar seu lugarzinho na história do cinema contemporâneo.
Batman vs Superman - A Origem da Justiça
3.4 4,9K Assista AgoraUma boa história, mas que não é contada direito.
Batman vs Superman tem momentos grandiosos e memoráveis, que dividem tela com outros ruins e esquecíveis, o que torna o filme irregular.
O roteiro mediano, que não explora bem alguns pontos e simplesmente deixa outros em aberto - sob conceito muito questionável de easter eggs - dificultando a empatia dos espectadores pelos heróis, especialmente o Homem de Aço e sendo repetitivo e reduntante em alguns momentos. Uma fotografia que não consegue diferenciar o que é Gotham e Metrópolis; plots desnecessários (a quase onipresença de Lois, a relação Lex - Senadora) e um segundo ato desastroso, lento e composto por cenas desconexas separadas por fade in.
Como pontos fortes temos a bela fotografia; o ótimo design de produção; a trilha sonora poderosa e marcante; uma visão ainda mais sombria do Homem-Morcego em cenas que flertam com o terror japonês; uma ótima Mulher Maravilha com um papel decisivo dentro das telas e também fora delas por ser a encarnação do GirlPower dentro do cinema de super-heróis e principalmente a coragem de abordar temas sérios e graves num gênero que foge dessas discussões.
Batman vs Superman sofre principalmente por não conseguir sintetizar de forma fluida os diversos temas que se dispõe a tratar. Onde sobra ousadia, falta traquejo narrativo. Ainda assim, é uma atitude louvável e que pode trazer fôlego ao gênero dos super-hérois. Futuro mais que promissor pra DC filmes, desde que correções na equipe técnica sejam feitas.
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraA junção de dois gênios (Malick e Lubezki) não poderia resultar em nada menos genial. Poema cinematográfico.
What Happened, Miss Simone?
4.4 401 Assista Agora"What Happened, Miss Simone?" é poderosíssimo por nos mostrar o que é ser mulher, artista e negra nos EUA dos anos 60, em meio às lutas pelos direitos civis da comunidade negra. Um filme que todos deveriam ver, seja por questões musicais, seja por questões políticas ou mesmo por questões humanitárias.
Spotlight - Segredos Revelados
4.1 1,7K Assista AgoraSobre o filme:
Spotlight é eficaz em apresentar os escandalos de pedofilia envolvendo os padres da igreja católica. O filme os apresenta como algo sistemico - diferentemente da versão de "casos isolados" defendida pelo discurso da igreja e dos próprios fiéis - e nos mostra os esforços da santa igreja em encobrir e naturalizar os atos dos padres estupradores. O elenco está bem, com destaque pra Mark Ruffalo, que ainda que não mereça o Oscar, tem a conhecida "Cena do Oscar" que ao menos justifica sua indicação.
Sobre o Oscar:
Tom McCarthy deve ficar muito grato por ter sido indicado como melhor diretor. A direção não apresenta nada de artístico, o que faz o filme parecer um longo episódio de série televisiva. Há também alguns vícios (pra que essa mania de filmar os personagens de costas enquanto andam?) ou alguns momentos incoerentes, como os esforços em datar o filme na virada dos anos 2000, que sempre naufragam a cada momento que uma tomada abrangendo a Boston contemporanea é mostrada. O tema do filme é poderosíssimo, mas muitos diretores fizeram filmes muito mais competentes com uma história mais simples e com menos peso político, como por exemplo Lenny Abrahamson ou John Crowley esse ano. Levando em conta o alto número de judeus na academia e o costume que essa tem em conceder premios políticos aos seus filmes, Spotlight pode surgir como azarão.
Pra todos os efeitos, é frustrante pensar que uma história com todo esse potencial tenha caído nas mãos de roteiristas e um diretor que a transformaram em algo que ela jamais deveria ser: algo esquecível.
O Menino e o Mundo
4.3 734 Assista AgoraO filme é maravilhoso! O Brasil estaria muito bem representado se ganhasse o Oscar com esse filme, afinal ele é belíssimo de se assistir. A trilha sonora é igualmente boa e a música de Emicida para o filme merecia muito mais a indicação de melhor canção original do que a de Sam Smith para 007 Contra Spectre por exemplo.
Gostei bastante!
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraAlicia Vikander tem uma interpretação tão marcante que consegue nos emocionar tanto quanto a história de Lili. Eddie Redmayne está magnífico (e apesar de achar que Di Caprio merece o Oscar pelo conjunto de sua obra, Redmayne está melhor do que ele esse ano). O filme é belíssimo também em sua direção de arte, em locações, fotografia e na trilha de Alexandre Desplat. E o roteiro é tocante e cheio de belas sutilezas.
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraTípico filme de atuação, redondinho mas se ancorando na excelentes atuações de Brie Larson e Jacob Tremblay.
Sensível, bonito e tocante.
A Grande Aposta
3.7 1,3KExcelente.
O filme tem a árdua tarefa de lidar com um tema cansativo e ainda assim consegue ser divertido do início ao fim, conseguindo arrancar risadas ao mesmo tempo que denuncia as mazelas do sistema econômico e levanta questionamentos sobre quem realmente pagaria por toda a crise. O elenco principal está muito bem (Bale, Pitt e Carell estão atuando muito bem) e ainda contamos com participações especiais hilárias de Margot Robbie e até Selena Gomez. Ponto pro roteiro que soube apresentar um tema tão complexo de forma palatável e pro diretor, que apesar de não mostrar nada de artístico, foi extremamente competente.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraQue direção sensacional! Que fotografia! Que direção de arte e principalmente que belas personagens femininas!