Nem entendo a nota baixa. Esse Missão Impossível 2 é o melhor da franquia, ao meu ver. A trama pode ser mediana(e todas elas foram de certa forma), mas o conjunto da obra tem as melhores cenas de ação, uma fotografia belíssima, surpresas em alguns desfechos, inovação tecnológica no contexto, que brinca com o segmento de espionagem, ação e ficção, e que só a partir do terceiro filme foram ficando comuns. Ah, e eu como apaixonada do Cruise não posso me furtar de dizer, é o filme em que ele está mais lindo. De fato a idade na casa dessa década dos 30 é suprema na raça humana em termos de beleza. E se o vigor físico dele hoje aos 55 anos é de surpreender, o que dizer nessa época? A bela Thandie Newton estava um arraso de linda e no encaixe do papel dúbio. Dougray, vilão perfeito com mistura de sentimentos. Assisti esse filme em 2000 no cinema e até hoje me derreto por ele, mesmo sendo um blockbuster mentiroso e majoritariamente entretenimento, tem cenas memoráveis e o frescor da série.
Almodóvar nos oferta obras incríveis como Fale com Ela, Volver, A pele que habito etc, mas quando erra a mão, erra feio. Julieta é novela das mais bobas! Trama ruim, atmosfera de suspense pra contar uma história tola, fraca e que não faz jus nem com a musiquinha de fundo, nem com cartas narradas que traz um super suspense falso, pra nada, nem mesmo um segredo pra filha da personagem central, que ao que consta, sabe mais que a mãe. E ainda que não se baseasse em segredos ou em suspense, não serve nem como foco reflexivo, vez que nem mesmo um paralelo de situações que ele tenta fazer entre as fugas de Julieta e ocasionalmente as mortes ao seu redor a levando a sua auto punição, nada é de fato substancial. Clichês, coincidências descartáveis durante o longa. Se não fosse as boas interpretações das atrizes Ugarte e Suárez eu não daria nem duas estrelas e meia. Parece que escreveu essa novela mexicana em um dia de ressaca.
Filme bem bom e palmas para o cinema espanhol, porque precisamos de cinema suspense ou terror que fujam as mesmices. Não achei um filmaço, tem algumas previsibilidades, alguns diálogos soaram artificiais, faltou um bom desenvolvimento das personalidades dos personagens(se bem que quanto a isso, talvez seja perdoável, porque deitava sobre um mistério e precisavam manter alguns pontos encobertos). Mas, se o roteiro declina em alguns momentos, em outros ele brilha como Spoiler- no fato de trazer a falsa advogada meio desesperada e emocionada demais após descobrir o que de fato tinha ocorrido e a confissão do criminoso, ou seja, oscilou da forma certa sem entregar o ouro, nem pra ele e nem pra gente. Ótima atriz a Ana Wagener! Ah, grande atuação também de Mario Casas, já tinha me apaixonado por ele em Palmeiras na Neve(romance de drama), ou ainda, do José Coronado, a parte mais emocionante pra mim vem de suas cenas. A Bárbara Lennie passou a antipatia na medida da versão de Doria, enfim, filme que vale a pena ser visto. Só teve muitas reviravoltas, ou possíveis versões, mas isso faz parte de filmes de mistério, no final teve uma boa conclusão e é o que importa.
Não tenho nada contra filmes toscos, gore, ou trash, até gosto de alguns, mesmo revirando o olho para as porcarias todas. Mas, o filme é bem fraco, história mal feita nas coxas e mal contada, não cria tantas tensões, pelo contrário, se prende em criar nojo, o que é normal para o gênero dele, mas não é suficiente. Não faz com que nos preocupemos com os personagens, e nem mesmo a personagem central tem essa simpatia, já que a atriz, apesar de linda é péssima. Os filmes tipo B têm mais potencial, não precisam ser tão capengas. Além, claro, de sempre la América contrastar sua civilização ao primitivismo do povo latino ou sul americano. Dá pra ver, mas não dá pra dizer que é bom.
Sim, é um filme recheado de clichês, com algumas artificialidades, diálogos bem superficiais e caricaturas, porém, merece 3 estrelinhas. É um entretenimento instigante graças a boa direção, a algumas cenas de ação e pancadaria bem boladas, e claro, a interpretação de Noomi Rapace, que apesar de ter um roteiro meia boca nas mãos, consegue de fato compor lindamente 7 personalidades gêmeas, cujas diferenças vão além do visual, são trejeitos, olhares, vozes tudo para dar vida individualizada a cada uma das semanais. Spoiler: Não dá pra perdoar a segunda feira nem no filme; é o dia que nasceu pra atazanar. A quarta é a mais fodástica e a sábado é festa total rs
Dos filmes de amor, o mais ruim que já vi, roteiro sem nexo, piegas, tenta passar por cult, mas é uma garapa açucarada e enjoativa. Não tem um diálogo que se salve e nem mesmo nada que identifique amor de verdade. Devaneio juvenil que só perde pra 50 tons de cinza rs
Primeiramente, quem ri em cinema com qualquer coisa é bobo, não é porque o filme é uma comédia, é porque as pessoas involuntariamente riem do que não compreendem muito bem. Não era só das piadas, era de tudo, como se tivesse saído de casa pra rir e não pra ver filmes. Sei disso, porque vou a cinema toda semana e por mais triste que seja o filme, lá está o mr. risadinha rindo mais que o Coringa e o Pennywise juntos. Tem dó. Para mim é tão difícil falar de It sem constantemente comparar com o de 1990, porque foi um dos primeiros filmes de terror que me lembro na adolescência(eu tinha mais ou menos a idade das crianças) e que apesar de ser bem extenso e cansativo(3 horas), me deixou vendo palhaço pela casa durante meses, ou seja, cumpriu o papel de transformar um símbolo gozador num monstro que pega criancinhas em qualquer lugar, até em bueiros. Claro que a linguagem adaptada pra tv na época não agradava tanto crianças, mesmo sendo um filme com crianças, me lembro que a sacada era bem mais adulta e dramática, talvez tentando aproximar do livro e universo Stephen King. Esse It, a coisa de 2017 tá melhor nesse sentido, tem alívio para o público juvenil, com crianças mais leves e piadas pontuais, sem deixar o caráter de terror de lado, pelo contrário, dosou um tanto de comicidade, drama e muito de horror num só lance. O que me agradou é que não tachou os adolescentes de burros, pelo contrário, cada um tem personalidade forte, características marcantes e não deixou a caricatura tomar conta, foi carisma de sobra. Bom, o fato de ter encurtado a história com relação ao primeiro também foi uma ótima sacada, pelo jeito deverá ter a parte dois mais adiante com eles adultos, porque de fato é muito maçante um filme longo e com praticamente dois contextos distintos e que tem igual importância. Ah meus anos 80 e 90 nas músicas, na vestimenta, nas brincadeiras de rua, nas conversas com um tantinho do politicamente incorreto, mas muito de revolucionário infantil. Enfim, deu medo pra caramba, o Pennywise veio cabuloso na maquiagem e atuação, não se baseou apenas em sustos, tem bastante tensão e indigestão social no meio da trama, com adultos bem indigestos pra dizer o mínimo, e crianças que sabem que precisam combater o medo pra sobreviver no meio deles. Gente, não posso deixar de falar na molecada, quanto talento perderia um dia aqui falando das minúcias na interpretação de cada um! Filmão.
O primeiro filme, apesar de clichê e sem um roteiro muito inteligente, conseguiu me segurar pela ótima direção que conduziu a alguns bons momentos de susto, ou melhor, de tensão e terror. Exemplo, a cena do elevador com corredores de prédio escuro, que achei uma das mais fantásticas no quesito tensão e medo angustiante. Já neste segundo Annabelle, a história melhorou muito, ganhou um teor mais sério e que em certos momentos até lembra Invocação do Mal, muito embora esteja aquém deste. Bom, aqui ainda se apega no truque dos sustos mais que no terror psicológico, sem preocupar tanto com situações contextuais detalhadas que resultam numa constante tensão, porém, conseguiram uma trama mais convincente sem dúvidas; a direção continua afiada e provocando medo em mínimos detalhes como uma porta abrindo sozinha, ou a repulsa de em poucos segundos ver a forma horripilante do mal. Percebendo, ainda, que o áudio de vozes é mais baixo que o som do ambiente e isso é ótimo, já que mesmo sendo necessário ouvir o terror nas vozes dos personagens, o histerismo muito alto as vezes irrita em vez de assustar. Ponto pro filme. Desenvolvimento de personagens razoáveis, mas alguns poderiam ganhar mais nossa preocupação. Mérito pra divisão da historia entre o período de normalidade e logo após a boa dose e constância nas cenas de ação e terror. Fechamento decente, bem amarrado, enfim, a boneca continua um portal, mas mesmo estática dá medo de qualquer jeito.
O filme não é uma Brastemp como tem gente apontando, talvez mais por estarem muito ouriçados em ver o empoderamento feminino de uma heroína na telona do que propriamente por reconhecer qualidades reais em um filme. Mas, é um ótimo filme no geral, por ter um roteiro decente, uma direção caprichosa, diálogos e atuações medianas, fotografia honrosa(um tanto escuro, mas faz parte do universo da DC), divertimento sem perder a seriedade e claro, uma bela força feminina em tempos de se reforçar isso cada dia mais.
Sempre sei que o gênero terror carrega uma carga dramática considerável, principalmente se for bem escrito e dirigido, mas Invasão Zumbi me surpreendeu em fazer chorar mais que certos filmes de tragédia real, principalmente no último ato. A atuação da pequena Kim( Soo-ahn) me comoveu em seu auge de tristeza e desespero, tornando o filme maior que simplesmente ataques de zumbis, sangue, medo e sobrevivência. Aliás, que ritmo frenético, nada parecido com a lerdeza dos mortos-vivos habituais, na velocidade, na ira, nas feições e até nas contorções de corpos, tudo é mais assustador, um ótimo terror. Os diálogos, indagações, embates, maldades, medos, ganâncias, atos de solidarismos etc, são bem pontuados e ornam essa viagem de trem ajustando vínculos entre pessoas, principalmente entre pai e filha afastados pelos dilemas da vida, como uma dura última chance de deixar fluir o amor. Mas, claro, os zumbis não descansam. Trem para Busan é um ótimo filme e mais uma vez a Coréia do Sul mostra que arrebenta no cinema.
Revendo 9 anos depois e acho esse um dos melhores movies de found footage que existem, direção ótima, condução com naturalidade, pecando numa coisinha ou outra(mas faz parte de filmes de terror não ter tanta coerência), enfim. Boas cenas de ação, monstros e catástrofes convincentes e até originais, e o que impressiona mesmo é a naturalidade com que a direção conduz as cenas, parecendo de fato estarmos vendo algo que acontece na realidade, com espontaneidade e detalhes minuciosos para que isso pareça mesmo real e angustiante. Câmera com closes tortos, vendo apenas algumas partes de cenas, sem parecer que tem outra câmera matriz e profissional filmando. Ótimo.
Até agora eu tô esperando se é terror, comédia, drama, aventura e o filme tá desqualificado pra qualquer um desses gêneros, pois não se ateve a nenhum com presteza. Roteiro mais fraco que esse eu tô pra ver, e vendeu promessa no trailer, então, como tinha Tom Cruise e Russell Crowe, eu imaginei que seria algo no mínimo bom. Engano, nada instiga, principalmente a história boba e personagens centrais sem nenhum carisma, incluindo a múmia, que apesar de bela é uma verdadeira múmia empacada rs. Produção, faz isso não! Traz a patetice de Brendan Fraser de novo, porque no mínimo era divertido.
O gênero suspense/terror é talvez o meu preferido, mas por comumente não ser levado tão a sério pela indústria do cinema, sempre tenho dificuldades em encontrar o que mais gosto nesses filmes, a união do medo com o drama, uma trama sem clichês, original, com pitadas de humor pontual e se tiver crítica social no meio, poxa, é a cereja do bolo. Pois bem, Get Out chega nesse intento. O terror aqui é fruto do psicológico e por temermos pela vida do Chris, quando vemos diversas evidências cabulosas de que uma provável seita de pessoas brancas, aparentemente não racistas, agem nas costas do rapaz, a vontade imediata que dá é de gritar pra ele "corra" "sai fora". Unindo as peças do jogo, o filme não enrola muito, é direto sem ser apressado e faz o estômago da gente revirar, se indignar, sentir a dor dos personagens dilacerados em seus diversos aspectos de humilhação e castração do ser, e claro, sobretudo relacionados ao racismo e aos problemas oriundos da marginalização da raça desde a infância até a vida adulta. Daniel Kaluuya trouxe a dose certa de uma sensibilidade e escondida atrás da capa de auto-confiança, de olhos apaixonados e tristes, e de coerência em todo o contexto da história, só se enganando com o que não dava pra perceber, vez que o trabalho dos algozes era bem realizado. LilRel como Rod deu humor e inteligência a trama, ele era o conforto desde o começo, já que representava uma normalidade naquele contexto nonsense e aterrorizante. Spoiler - Perfeita a cena da hipnose! Me imaginei presa no esquecimento e vendo tudo se passar na minha frente sem fazer nada, que angustia, que tristeza, e pior, sabendo que essa era só a segunda etapa, cujo filme tratou de nos induzir a pensar mas, nos explicou na reviravolta final algo bem pior. O racismo vem de diversas formas e o estereótipo do homem negro viril, até por suas aparentes qualidades é utilizado pelo racista com apoderação violenta. Trilha sonora afiada e trama toda amarrada em detalhes bem explicados. Cumpre o papel de ser tenso e aterrorizar o psicológico, principalmente para ativistas da causa étnica, deve ter um peso substancial. Filme ótimo.
O problema do filme não é ser religioso demais, nem espiritualista, o problema é justamente o fato de não ter se desenvolvido naquilo que pretendia, uma reflexão acerca do homem em estado de dor e de fé abalada, da busca por respostas que continuam a não serem dadas, nem muito menos encontradas, a não ser na conformação de espírito, de que o mundo tem um sistema complexo para todos mesmo e que humanos agem com o bem ou com o mal justificados ou não, mas um ser maior criador do universo não pode interferir nesse livre arbítrio, nem muito menos salvar seres inocentes preferindo esse ou aquele filho para jogar no inferno. Clichê demais pro meu gosto, e classificaria como um filme de sessão da tarde, ou seja, veja descompromissado com um roteiro decente, ou direção, ou atuações fracas sem a devida carga dramática. Veja como algo que possa confortar o coração machucado, retirar o ódio que não ajuda em nada, a não ser em produzir mais dor, e perceber que o sistema mundano é um tanto cruel mesmo, mas podemos melhorar isso sendo pessoas melhores e menos vingativas, Deus tá dentro de você, e como tal, não teria culpa de todos os acontecimentos e responsabilizados por salvamentos. Aliás, só voltarás a ser feliz se aliviares os ombros da culpa que corrói o coração. Não sou religiosa, mas tenho minha espiritualidade, vi que o filme procurou questionar um monte de situações da divindade, mas não conseguiu sair do ponto que já vimos em muitos outros filminhos por aí. Assisti a Silêncio de Scorsese, que tem uma outra história, bem diferente e com outra proposição, muito mais baseada em fatos históricos, mas que também trabalha o contexto religioso, espiritual, fé etc, de forma brilhante, reflexiva, filosófica e até do ponto de vista do horror. Não teve como eu não comparar a eficácia dos filmes, mesmo sendo duas proposições diferentes.
Ainda não havia comentado sobre Guardiões da Galáxia aqui, porque quando vi no cinema ainda não participava do Fimow. Vi o segundo que também adorei, então não poderia deixar de vir constar com um elogio desse primeiro filme, o meu preferido. Se queres diversão com uma das melhores(se não a melhor) trilhas sonora dos últimos tempos, músicas distantes no tempo ecoando em galáxias distantes, com personagens carismáticos e devidamente apresentados em seus dilemas, eis aqui o longa. Guardiões tem um roteiro simples, mas que pertence a sua essência de brincar com o anti-heroísmo promovido ao heroísmo não tão perfeito. Visual incrível, o carisma de cada um dos personagens explode, ainda que em sua forma mais triste ou enfezada, cada um deles é adorável, próximos a nós, em meio a muita ação, golpes de luta bem coreografados, cenário belíssimo, diálogos afiados e cenas emocionantes de puro altruísmo. Entre guaxinins e árvores humanas, seres com aparências diversas de tons de verde, amarelo, azul e colorido, não tem como não sentir saudades.
Boa ideia, mas filme simplório. E não é porque geralmente os personagens, cenário, diálogos e ritmo sejam apáticos, já que isso faz parte da atmosfera da história, é porque o roteiro ficou mesmo a desejar, um tanto mais do mesmo repetindo temas que foram até melhor trabalhados em outros filmes como O Doador de Memórias(também com algumas irregularidades), Equilibrium etc. É uma boa distração, tem ritmo lento, mas que aos poucos, com o casal central e suas emoções, acaba excitando a relação de romance. A atriz Kristen segura bem o papel e ao contrário do que dizem, não a acho inexpressiva, passou emoção na medida e as características de sua personagem, sem o mínimo de sensualidade, apesar de bela, conduz a fórmula certa ao sofrimento e a alegria de descobrir o amor. O Nicholas também soube dosar as emoções, ficamos torcendo por um final feliz. A reflexão poderia ser melhor elaborada, o filme tem potencial, mas apenas faz pensar sobre a necessidade das emoções, o isolamento social, a perfeição mecanizada da sociedade, e a sensação arrebatadora de amar. Tanto, que uma vez provado o amor, mesmo se houvesse possibilidade de ele se esvair, as memórias não o abandonariam. Essa foi a esperança no final, que muitos não gostaram, mas revela um pouco do bate-papo que tiveram com os outros que tinham a mesma "doença", falando sobre sentimento gerar sentimentos. Enfim.
Que filme! Demorei pra ver, mas me arrependo de não ter desfrutado antes. Uma história de vida alternativa, em que um pai cria seus filhos longe da "civilização", onde constroem valores, aprendem técnicas de sobrevivência física e de necessidades básicas, críticas sociais, saber o mundo e o universo apenas lendo muito e orientados pelo capitão fantástico. Para uns uma completa loucura, mas que faz questionar e entender todos os lados, inclusive, sem vilania nem mesmo dos que pensam diferente, que é a maioria da sociedade padronizada. Dá para rir, chorar, pensar e se afastar um pouco do meio. Ah, para mim, um aspecto interessantíssimo é como o pai (Viggo Mortense, excelente) faz um filho expressar aquilo que lê ou o que aprende. Impossível não comparar com nossas vidas, em que a leitura é mero instrumento de repetições ou de resumir tudo que leu num enredo sem muito conteúdo. Em cenas você vê algo como, vamos lá mocinha, eu quero que você exprima com suas palavras, sendo muito específica o que achou sobre o livro Lolita, até descobrir qual o desconforto causado. Ou, vamos lá querido, eu não quero saber sobre o regimento, quero saber porque a Declaração dos Direitos é importante em múltiplos aspectos ao seu entender. E não, não é um filme que diz ser melhor este ou aquele estilo de vida, não é uma Ode ao isolamento, anarquia ou qualquer coisa do gênero e nem tampouco vilania do capitalismo e civilização(embora a crítica seja pontual), o próprio filme trata de mostrar isso em diversas passagens, quando põe em xeque o que seria libertar-se dos males sociais, ou precisar de conflitos e embates que vão além de livros e da selva. As crianças que apaixonam com personalidades distintas e ainda termina com a música Sweet Child O' Mine em momento emocionante. Filme fantástico.
O problema ao meu ver nem foi o politicamente incorreto, porque já vi filmes da mesma linha, como Ted, Papai Noel as avessas, etc, bem grosseiros, mas funcionam bem como comédia, pois no fundo demonstram protagonistas bem defeituosos, como sendo pessoas de caráter duvidoso de fato, e nestes termos, deixando claro de onde parte o politicamente incorreto, acho válido. Mas, não é o caso aqui neste filme francês, pois em momento algum o filme dá a impressão de que são pais com desvio de caráter, pelo contrário, são amáveis, temem pelos filhos descobrirem sobre o divórcio, são ao meu ver até relapsos na educação de tão bobões e sem autoridade com as crianças, enfim. Aí de repente surgem um monte de ações politicamente incorretas para beneficiar o pai ou a mãe, num surto de "quero mais é que as crianças se explodam", querendo fazer graça e não teve nenhuma. Não teve graça nem mesmo para um filme politicamente incorreto. Dá sempre aquela sensação de que poderiam ter desenvolvido uma ideia mais legal, sem tantos clichês, pois divórcio dá pano pra manga. Ah, e o fato do casamento ter esfriado e isso estar na verdade relacionado a falta de confusão e conflitos dentro de casa(no início do filme a personalidade e relacionamento do casal namorado apresenta isso), poderia ter sido explorado de forma mais convincente. Mas, o filme é fraco.
Se eu saí com olhos brilhando e querendo chorar de tão linda que é a história, é porque funcionou muito pra mim. Não recorre ao dramalhão, mas algo que emociona de fato, pelo belíssimo conto, pela musicalidade pontual e de muito bom gosto, pelo figurino, cenário, fotografia. Pela beleza da Fera e pela força da Bela . Pelo humor delicado em meio ao romance revelado. Por me fazer preocupar com uma xícara quase aos pedaços como se fosse humana(ops, e era). E, finalmente, pelo teor sempre presente de que o um corpo não é absolutamente nada perante o amor mais verdadeiro. Só tiro uma estrelinha pelo fato de achar que em certos pontos do roteiro foi tudo muito corrido, e faltou um pouco de capricho no desenrolar de algumas tramas, o mesmo defeito que vi em Malévola, de direção apressada e acaba comprometendo a lógica de certas situações, como as que levavam a corrida do vilarejo ao castelo, as vezes longas, as vezes curta. A facilidade de Gaston(o eficiente Luke Evans) em se dar bem com pouco convencimento, enfim. Mas, o filme continua sendo uma pérola. Emma é uma atriz maravilhosa, talvez, faltou um pouquinho só a mais de amor no olhar em algumas cenas que exigiam e talvez a proposta de modernizá-la levou a isso. Ah, e que fera! Dan deu carisma na medida e expressividade por detrás de toda aquela capa de monstro, que eu até quero a fera pra mim, nem precisa de príncipe. rs
Shyamalan de fato faz tempo que não cria nada de verdadeiramente bom, desde Sinais ficou sempre inconsistente e até ruim em alguns casos, como A Dama na Água. Bem, eu considero a sua forma de fazer filmes muito atraente, e foge ao lugar comum, traz muito de sua cultura, visão de mundo, de cinema, adequando mistério a suspense, mas ele vem pecando nisso, em trazer a atmosfera de mistério desmerecendo substancialmente o suspense e a tensão. Ora, um filme desses, tinha mesmo que ter uma tensão psicológica inerente ao próprio tema. Aliás, até o mistério aqui ficou em segundo plano, embora eu não considere isso necessariamente ruim, vez que desvelou muita coisa já de início se preocupando mais em apresentar as personagens. Em Fragmentado ele conseguiu criar um contexto interessante mas, sem roteiro tão bom, ou personagens que poderiam render mais, como a fraca psiquiatra que não passou tanta credibilidade. Gosto da lentidão dos diálogos, mas as vezes me parecem pobres de conteúdo, então, procurei focar na relação paciente e psiquiatra e nada de verdadeiramente admirável no teor do tema, abusando de trivialidades. Deu dó em ver o ótimo McAvoy carregar o filme todo nas costas, com interpretações perfeitas, minucioso em diferenciar umas personalidades das outras, e mesmo assim não poder fazer milagre com a falta de bons personagens para contrapor os seus e ET CETERA. Se brincar, o filme acabou virando sim um exercício para ver essa metamorfose de interpretações e como cada personalidade iria reagir nas situações. James estraçalhou em tudo, mas a perfeição da criança, com seus trejeitos e expressões, eu nunca vi igual de tão bom. A Taylor-Joy também está bem, mas mesmo sabendo que seu segredo era revelado aos poucos e que isso interferia no comportamento da personagem, a mais "calma" das três garotas, não foi suficiente pra emocionar. Talvez fosse isso que o diretor queria, a princípio. [Spoiler] Pedofilia é tema forte e a tal pureza na cabeça da Fera é algo questionável mesmo, mas me pergunto o que alguém ferido emocional-física-psicologicamente pensa sobre pureza? Quem sabe a considere pura por ter sobrevivido a essa agressão terrível como ele e continuar assim, sobrevivendo as dores num aspecto de evolução? No geral, apesar de tantos defeitos, achei o filme bem bom e ainda guarda surprise de conexão com as obras.
Acho que tive raiva da protagonista por um bom tempo, porque me pareceu fraca demais, mas depois racionalizei a situação dela e vi que estava razoavelmente compatível com o cenário. O filme não traz um roteiro original, pelo contrário, trabalha muitos velhos clichês, mas cria bons momentos de tensão. O terror fica a desejar, o medo é bem menos trabalhado, mas transforma-se em um bom thriller de suspense e lições de moral. Spoiler: não dê, não, não, não, não...não dê carona, trela, sorrisos demasiados a estranhos, ainda que pareçam anjos. A Morte Pede Carona é um excelente filme e também corrobora com essa ideia.
Acho que um dos primeiros filmes que vi na vida foi King Kong de 76, nos anos 80 e bem criança, então, toda vez que nasce um filme com a mesma temática, seja remakes ou com novas ideias como este Kong, A ilha da caveira, eu vibro em apreciar o gorilão forte, gigante e rei de ilhas perdidas. Portanto, ainda que o filme não tenha um roteiro tão interessante, a aparição de Kong faz qualquer filme de terro parecer fichinha, porque ele por si só tem a capacidade de assustar com tanta monstruosidade e ao mesmo tempo provocar afeição ao ponto de levar as lágrimas. Concordo que artistas foram mal aproveitados, com exceção de Samuel L Jackson e John C Reilly, sempre expressivos, todos os outros não conseguiram convencer muito(talvez pelo roteiro disperso mesmo). Até o ótimo John Goodman não teve um script decente. O monte de personagens foi para obviamente conceder mortes diversas com diversos tipos de criaturas, então, tudo perfeito neste ponto. Cenas de luta e carnificina de tirar o fôlego, sem confusão de imagens, câmera bem inteligente, sem muito sentimentalismo barato e fotografia belíssima. Kong tá maior que nunca. Divertimento garantido e sem passar ridículo, como certos blockbusters da mesma linha.
Para quem assistiu a Cloverfield, Monstro(filme excelente) a história de Rua Cloverfield 10 termina de forma mais interessante ainda. Um suspense ótimo, é de tensão psicológica, cria a ambientação claustrofóbica de um cenário único, mas com interpretação de realidades dúbias. Uma hora cremos na verdade do Howard(excelente John Goodman...que perfil de psicopatia minuciosamente amedrontador), outra hora entendemos que a Michelle tem suas razões para querer escapar, porque ainda que o sujeito possa estar certo, bom da cabeça ele não parece ser. Enfim, se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. E o final casa perfeitamente coerente, com uma mulher forte, inteligente e guerreira solidária num cenário apocalíptico.
Tem filmes tipo B que são melhores que esse fiasco. Esse filme não trouxe nada de muito relevante, nem para o suspense, nem como erotismo, nem para o drama ou discussões sócio-psicológicas, tudo muito vazio de significados, a não ser o fato de trabalhar a já batida relação extra conjugal, seus prazeres e perigos. Sim, um bom suspense tem que ter um bom roteiro, bons diálogos e uma reviravolta decente, não foi o caso desse Prazeres Mortais, muito forçado e previsível. Peguem a ideia central e deem nas mãos de alguém inteligente de fato. Ah, Spoiler... e um bando de homens cheio de erros criminais(não vou nem entrar na seara moral, porque não convém), terminam a história de forma suave e jogando o crime nas costas de um algoz obsessivo psicopata e previsível. Como passa tempo, ainda deu raiva.
Missão: Impossível 2
3.1 491 Assista AgoraNem entendo a nota baixa. Esse Missão Impossível 2 é o melhor da franquia, ao meu ver. A trama pode ser mediana(e todas elas foram de certa forma), mas o conjunto da obra tem as melhores cenas de ação, uma fotografia belíssima, surpresas em alguns desfechos, inovação tecnológica no contexto, que brinca com o segmento de espionagem, ação e ficção, e que só a partir do terceiro filme foram ficando comuns. Ah, e eu como apaixonada do Cruise não posso me furtar de dizer, é o filme em que ele está mais lindo. De fato a idade na casa dessa década dos 30 é suprema na raça humana em termos de beleza. E se o vigor físico dele hoje aos 55 anos é de surpreender, o que dizer nessa época? A bela Thandie Newton estava um arraso de linda e no encaixe do papel dúbio. Dougray, vilão perfeito com mistura de sentimentos. Assisti esse filme em 2000 no cinema e até hoje me derreto por ele, mesmo sendo um blockbuster mentiroso e majoritariamente entretenimento, tem cenas memoráveis e o frescor da série.
Julieta
3.8 529 Assista AgoraAlmodóvar nos oferta obras incríveis como Fale com Ela, Volver, A pele que habito etc, mas quando erra a mão, erra feio. Julieta é novela das mais bobas! Trama ruim, atmosfera de suspense pra contar uma história tola, fraca e que não faz jus nem com a musiquinha de fundo, nem com cartas narradas que traz um super suspense falso, pra nada, nem mesmo um segredo pra filha da personagem central, que ao que consta, sabe mais que a mãe. E ainda que não se baseasse em segredos ou em suspense, não serve nem como foco reflexivo, vez que nem mesmo um paralelo de situações que ele tenta fazer entre as fugas de Julieta e ocasionalmente as mortes ao seu redor a levando a sua auto punição, nada é de fato substancial. Clichês, coincidências descartáveis durante o longa. Se não fosse as boas interpretações das atrizes Ugarte e Suárez eu não daria nem duas estrelas e meia. Parece que escreveu essa novela mexicana em um dia de ressaca.
Um Contratempo
4.2 2,0KFilme bem bom e palmas para o cinema espanhol, porque precisamos de cinema suspense ou terror que fujam as mesmices. Não achei um filmaço, tem algumas previsibilidades, alguns diálogos soaram artificiais, faltou um bom desenvolvimento das personalidades dos personagens(se bem que quanto a isso, talvez seja perdoável, porque deitava sobre um mistério e precisavam manter alguns pontos encobertos). Mas, se o roteiro declina em alguns momentos, em outros ele brilha como Spoiler- no fato de trazer a falsa advogada meio desesperada e emocionada demais após descobrir o que de fato tinha ocorrido e a confissão do criminoso, ou seja, oscilou da forma certa sem entregar o ouro, nem pra ele e nem pra gente. Ótima atriz a Ana Wagener! Ah, grande atuação também de Mario Casas, já tinha me apaixonado por ele em Palmeiras na Neve(romance de drama), ou ainda, do José Coronado, a parte mais emocionante pra mim vem de suas cenas. A Bárbara Lennie passou a antipatia na medida da versão de Doria, enfim, filme que vale a pena ser visto. Só teve muitas reviravoltas, ou possíveis versões, mas isso faz parte de filmes de mistério, no final teve uma boa conclusão e é o que importa.
Canibais
2.6 518 Assista AgoraNão tenho nada contra filmes toscos, gore, ou trash, até gosto de alguns, mesmo revirando o olho para as porcarias todas. Mas, o filme é bem fraco, história mal feita nas coxas e mal contada, não cria tantas tensões, pelo contrário, se prende em criar nojo, o que é normal para o gênero dele, mas não é suficiente. Não faz com que nos preocupemos com os personagens, e nem mesmo a personagem central tem essa simpatia, já que a atriz, apesar de linda é péssima. Os filmes tipo B têm mais potencial, não precisam ser tão capengas. Além, claro, de sempre la América contrastar sua civilização ao primitivismo do povo latino ou sul americano. Dá pra ver, mas não dá pra dizer que é bom.
Onde Está Segunda?
3.6 1,3K Assista AgoraSim, é um filme recheado de clichês, com algumas artificialidades, diálogos bem superficiais e caricaturas, porém, merece 3 estrelinhas. É um entretenimento instigante graças a boa direção, a algumas cenas de ação e pancadaria bem boladas, e claro, a interpretação de Noomi Rapace, que apesar de ter um roteiro meia boca nas mãos, consegue de fato compor lindamente 7 personalidades gêmeas, cujas diferenças vão além do visual, são trejeitos, olhares, vozes tudo para dar vida individualizada a cada uma das semanais. Spoiler: Não dá pra perdoar a segunda feira nem no filme; é o dia que nasceu pra atazanar. A quarta é a mais fodástica e a sábado é festa total rs
Amar
2.4 123 Assista AgoraDos filmes de amor, o mais ruim que já vi, roteiro sem nexo, piegas, tenta passar por cult, mas é uma garapa açucarada e enjoativa. Não tem um diálogo que se salve e nem mesmo nada que identifique amor de verdade. Devaneio juvenil que só perde pra 50 tons de cinza rs
It: A Coisa
3.9 3,0K Assista AgoraPrimeiramente, quem ri em cinema com qualquer coisa é bobo, não é porque o filme é uma comédia, é porque as pessoas involuntariamente riem do que não compreendem muito bem. Não era só das piadas, era de tudo, como se tivesse saído de casa pra rir e não pra ver filmes. Sei disso, porque vou a cinema toda semana e por mais triste que seja o filme, lá está o mr. risadinha rindo mais que o Coringa e o Pennywise juntos. Tem dó. Para mim é tão difícil falar de It sem constantemente comparar com o de 1990, porque foi um dos primeiros filmes de terror que me lembro na adolescência(eu tinha mais ou menos a idade das crianças) e que apesar de ser bem extenso e cansativo(3 horas), me deixou vendo palhaço pela casa durante meses, ou seja, cumpriu o papel de transformar um símbolo gozador num monstro que pega criancinhas em qualquer lugar, até em bueiros. Claro que a linguagem adaptada pra tv na época não agradava tanto crianças, mesmo sendo um filme com crianças, me lembro que a sacada era bem mais adulta e dramática, talvez tentando aproximar do livro e universo Stephen King. Esse It, a coisa de 2017 tá melhor nesse sentido, tem alívio para o público juvenil, com crianças mais leves e piadas pontuais, sem deixar o caráter de terror de lado, pelo contrário, dosou um tanto de comicidade, drama e muito de horror num só lance. O que me agradou é que não tachou os adolescentes de burros, pelo contrário, cada um tem personalidade forte, características marcantes e não deixou a caricatura tomar conta, foi carisma de sobra. Bom, o fato de ter encurtado a história com relação ao primeiro também foi uma ótima sacada, pelo jeito deverá ter a parte dois mais adiante com eles adultos, porque de fato é muito maçante um filme longo e com praticamente dois contextos distintos e que tem igual importância. Ah meus anos 80 e 90 nas músicas, na vestimenta, nas brincadeiras de rua, nas conversas com um tantinho do politicamente incorreto, mas muito de revolucionário infantil. Enfim, deu medo pra caramba, o Pennywise veio cabuloso na maquiagem e atuação, não se baseou apenas em sustos, tem bastante tensão e indigestão social no meio da trama, com adultos bem indigestos pra dizer o mínimo, e crianças que sabem que precisam combater o medo pra sobreviver no meio deles. Gente, não posso deixar de falar na molecada, quanto talento perderia um dia aqui falando das minúcias na interpretação de cada um! Filmão.
Annabelle 2: A Criação do Mal
3.3 1,1K Assista AgoraO primeiro filme, apesar de clichê e sem um roteiro muito inteligente, conseguiu me segurar pela ótima direção que conduziu a alguns bons momentos de susto, ou melhor, de tensão e terror. Exemplo, a cena do elevador com corredores de prédio escuro, que achei uma das mais fantásticas no quesito tensão e medo angustiante. Já neste segundo Annabelle, a história melhorou muito, ganhou um teor mais sério e que em certos momentos até lembra Invocação do Mal, muito embora esteja aquém deste. Bom, aqui ainda se apega no truque dos sustos mais que no terror psicológico, sem preocupar tanto com situações contextuais detalhadas que resultam numa constante tensão, porém, conseguiram uma trama mais convincente sem dúvidas; a direção continua afiada e provocando medo em mínimos detalhes como uma porta abrindo sozinha, ou a repulsa de em poucos segundos ver a forma horripilante do mal. Percebendo, ainda, que o áudio de vozes é mais baixo que o som do ambiente e isso é ótimo, já que mesmo sendo necessário ouvir o terror nas vozes dos personagens, o histerismo muito alto as vezes irrita em vez de assustar. Ponto pro filme. Desenvolvimento de personagens razoáveis, mas alguns poderiam ganhar mais nossa preocupação. Mérito pra divisão da historia entre o período de normalidade e logo após a boa dose e constância nas cenas de ação e terror. Fechamento decente, bem amarrado, enfim, a boneca continua um portal, mas mesmo estática dá medo de qualquer jeito.
Mulher-Maravilha
4.1 2,9K Assista AgoraO filme não é uma Brastemp como tem gente apontando, talvez mais por estarem muito ouriçados em ver o empoderamento feminino de uma heroína na telona do que propriamente por reconhecer qualidades reais em um filme. Mas, é um ótimo filme no geral, por ter um roteiro decente, uma direção caprichosa, diálogos e atuações medianas, fotografia honrosa(um tanto escuro, mas faz parte do universo da DC), divertimento sem perder a seriedade e claro, uma bela força feminina em tempos de se reforçar isso cada dia mais.
Invasão Zumbi
4.0 2,1K Assista AgoraSempre sei que o gênero terror carrega uma carga dramática considerável, principalmente se for bem escrito e dirigido, mas Invasão Zumbi me surpreendeu em fazer chorar mais que certos filmes de tragédia real, principalmente no último ato. A atuação da pequena Kim( Soo-ahn) me comoveu em seu auge de tristeza e desespero, tornando o filme maior que simplesmente ataques de zumbis, sangue, medo e sobrevivência. Aliás, que ritmo frenético, nada parecido com a lerdeza dos mortos-vivos habituais, na velocidade, na ira, nas feições e até nas contorções de corpos, tudo é mais assustador, um ótimo terror. Os diálogos, indagações, embates, maldades, medos, ganâncias, atos de solidarismos etc, são bem pontuados e ornam essa viagem de trem ajustando vínculos entre pessoas, principalmente entre pai e filha afastados pelos dilemas da vida, como uma dura última chance de deixar fluir o amor. Mas, claro, os zumbis não descansam. Trem para Busan é um ótimo filme e mais uma vez a Coréia do Sul mostra que arrebenta no cinema.
Cloverfield: Monstro
3.2 1,4K Assista AgoraRevendo 9 anos depois e acho esse um dos melhores movies de found footage que existem, direção ótima, condução com naturalidade, pecando numa coisinha ou outra(mas faz parte de filmes de terror não ter tanta coerência), enfim. Boas cenas de ação, monstros e catástrofes convincentes e até originais, e o que impressiona mesmo é a naturalidade com que a direção conduz as cenas, parecendo de fato estarmos vendo algo que acontece na realidade, com espontaneidade e detalhes minuciosos para que isso pareça mesmo real e angustiante. Câmera com closes tortos, vendo apenas algumas partes de cenas, sem parecer que tem outra câmera matriz e profissional filmando. Ótimo.
A Múmia
2.5 1K Assista AgoraAté agora eu tô esperando se é terror, comédia, drama, aventura e o filme tá desqualificado pra qualquer um desses gêneros, pois não se ateve a nenhum com presteza. Roteiro mais fraco que esse eu tô pra ver, e vendeu promessa no trailer, então, como tinha Tom Cruise e Russell Crowe, eu imaginei que seria algo no mínimo bom. Engano, nada instiga, principalmente a história boba e personagens centrais sem nenhum carisma, incluindo a múmia, que apesar de bela é uma verdadeira múmia empacada rs. Produção, faz isso não! Traz a patetice de Brendan Fraser de novo, porque no mínimo era divertido.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraO gênero suspense/terror é talvez o meu preferido, mas por comumente não ser levado tão a sério pela indústria do cinema, sempre tenho dificuldades em encontrar o que mais gosto nesses filmes, a união do medo com o drama, uma trama sem clichês, original, com pitadas de humor pontual e se tiver crítica social no meio, poxa, é a cereja do bolo. Pois bem, Get Out chega nesse intento. O terror aqui é fruto do psicológico e por temermos pela vida do Chris, quando vemos diversas evidências cabulosas de que uma provável seita de pessoas brancas, aparentemente não racistas, agem nas costas do rapaz, a vontade imediata que dá é de gritar pra ele "corra" "sai fora". Unindo as peças do jogo, o filme não enrola muito, é direto sem ser apressado e faz o estômago da gente revirar, se indignar, sentir a dor dos personagens dilacerados em seus diversos aspectos de humilhação e castração do ser, e claro, sobretudo relacionados ao racismo e aos problemas oriundos da marginalização da raça desde a infância até a vida adulta. Daniel Kaluuya trouxe a dose certa de uma sensibilidade e escondida atrás da capa de auto-confiança, de olhos apaixonados e tristes, e de coerência em todo o contexto da história, só se enganando com o que não dava pra perceber, vez que o trabalho dos algozes era bem realizado. LilRel como Rod deu humor e inteligência a trama, ele era o conforto desde o começo, já que representava uma normalidade naquele contexto nonsense e aterrorizante. Spoiler - Perfeita a cena da hipnose! Me imaginei presa no esquecimento e vendo tudo se passar na minha frente sem fazer nada, que angustia, que tristeza, e pior, sabendo que essa era só a segunda etapa, cujo filme tratou de nos induzir a pensar mas, nos explicou na reviravolta final algo bem pior. O racismo vem de diversas formas e o estereótipo do homem negro viril, até por suas aparentes qualidades é utilizado pelo racista com apoderação violenta. Trilha sonora afiada e trama toda amarrada em detalhes bem explicados. Cumpre o papel de ser tenso e aterrorizar o psicológico, principalmente para ativistas da causa étnica, deve ter um peso substancial. Filme ótimo.
A Cabana
3.6 828 Assista AgoraO problema do filme não é ser religioso demais, nem espiritualista, o problema é justamente o fato de não ter se desenvolvido naquilo que pretendia, uma reflexão acerca do homem em estado de dor e de fé abalada, da busca por respostas que continuam a não serem dadas, nem muito menos encontradas, a não ser na conformação de espírito, de que o mundo tem um sistema complexo para todos mesmo e que humanos agem com o bem ou com o mal justificados ou não, mas um ser maior criador do universo não pode interferir nesse livre arbítrio, nem muito menos salvar seres inocentes preferindo esse ou aquele filho para jogar no inferno. Clichê demais pro meu gosto, e classificaria como um filme de sessão da tarde, ou seja, veja descompromissado com um roteiro decente, ou direção, ou atuações fracas sem a devida carga dramática. Veja como algo que possa confortar o coração machucado, retirar o ódio que não ajuda em nada, a não ser em produzir mais dor, e perceber que o sistema mundano é um tanto cruel mesmo, mas podemos melhorar isso sendo pessoas melhores e menos vingativas, Deus tá dentro de você, e como tal, não teria culpa de todos os acontecimentos e responsabilizados por salvamentos. Aliás, só voltarás a ser feliz se aliviares os ombros da culpa que corrói o coração. Não sou religiosa, mas tenho minha espiritualidade, vi que o filme procurou questionar um monte de situações da divindade, mas não conseguiu sair do ponto que já vimos em muitos outros filminhos por aí. Assisti a Silêncio de Scorsese, que tem uma outra história, bem diferente e com outra proposição, muito mais baseada em fatos históricos, mas que também trabalha o contexto religioso, espiritual, fé etc, de forma brilhante, reflexiva, filosófica e até do ponto de vista do horror. Não teve como eu não comparar a eficácia dos filmes, mesmo sendo duas proposições diferentes.
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista AgoraAinda não havia comentado sobre Guardiões da Galáxia aqui, porque quando vi no cinema ainda não participava do Fimow. Vi o segundo que também adorei, então não poderia deixar de vir constar com um elogio desse primeiro filme, o meu preferido. Se queres diversão com uma das melhores(se não a melhor) trilhas sonora dos últimos tempos, músicas distantes no tempo ecoando em galáxias distantes, com personagens carismáticos e devidamente apresentados em seus dilemas, eis aqui o longa. Guardiões tem um roteiro simples, mas que pertence a sua essência de brincar com o anti-heroísmo promovido ao heroísmo não tão perfeito. Visual incrível, o carisma de cada um dos personagens explode, ainda que em sua forma mais triste ou enfezada, cada um deles é adorável, próximos a nós, em meio a muita ação, golpes de luta bem coreografados, cenário belíssimo, diálogos afiados e cenas emocionantes de puro altruísmo. Entre guaxinins e árvores humanas, seres com aparências diversas de tons de verde, amarelo, azul e colorido, não tem como não sentir saudades.
Quando Te Conheci
3.3 472 Assista AgoraBoa ideia, mas filme simplório. E não é porque geralmente os personagens, cenário, diálogos e ritmo sejam apáticos, já que isso faz parte da atmosfera da história, é porque o roteiro ficou mesmo a desejar, um tanto mais do mesmo repetindo temas que foram até melhor trabalhados em outros filmes como O Doador de Memórias(também com algumas irregularidades), Equilibrium etc. É uma boa distração, tem ritmo lento, mas que aos poucos, com o casal central e suas emoções, acaba excitando a relação de romance. A atriz Kristen segura bem o papel e ao contrário do que dizem, não a acho inexpressiva, passou emoção na medida e as características de sua personagem, sem o mínimo de sensualidade, apesar de bela, conduz a fórmula certa ao sofrimento e a alegria de descobrir o amor. O Nicholas também soube dosar as emoções, ficamos torcendo por um final feliz. A reflexão poderia ser melhor elaborada, o filme tem potencial, mas apenas faz pensar sobre a necessidade das emoções, o isolamento social, a perfeição mecanizada da sociedade, e a sensação arrebatadora de amar. Tanto, que uma vez provado o amor, mesmo se houvesse possibilidade de ele se esvair, as memórias não o abandonariam. Essa foi a esperança no final, que muitos não gostaram, mas revela um pouco do bate-papo que tiveram com os outros que tinham a mesma "doença", falando sobre sentimento gerar sentimentos. Enfim.
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraQue filme! Demorei pra ver, mas me arrependo de não ter desfrutado antes. Uma história de vida alternativa, em que um pai cria seus filhos longe da "civilização", onde constroem valores, aprendem técnicas de sobrevivência física e de necessidades básicas, críticas sociais, saber o mundo e o universo apenas lendo muito e orientados pelo capitão fantástico. Para uns uma completa loucura, mas que faz questionar e entender todos os lados, inclusive, sem vilania nem mesmo dos que pensam diferente, que é a maioria da sociedade padronizada. Dá para rir, chorar, pensar e se afastar um pouco do meio. Ah, para mim, um aspecto interessantíssimo é como o pai (Viggo Mortense, excelente) faz um filho expressar aquilo que lê ou o que aprende. Impossível não comparar com nossas vidas, em que a leitura é mero instrumento de repetições ou de resumir tudo que leu num enredo sem muito conteúdo. Em cenas você vê algo como, vamos lá mocinha, eu quero que você exprima com suas palavras, sendo muito específica o que achou sobre o livro Lolita, até descobrir qual o desconforto causado. Ou, vamos lá querido, eu não quero saber sobre o regimento, quero saber porque a Declaração dos Direitos é importante em múltiplos aspectos ao seu entender. E não, não é um filme que diz ser melhor este ou aquele estilo de vida, não é uma Ode ao isolamento, anarquia ou qualquer coisa do gênero e nem tampouco vilania do capitalismo e civilização(embora a crítica seja pontual), o próprio filme trata de mostrar isso em diversas passagens, quando põe em xeque o que seria libertar-se dos males sociais, ou precisar de conflitos e embates que vão além de livros e da selva. As crianças que apaixonam com personalidades distintas e ainda termina com a música Sweet Child O' Mine em momento emocionante. Filme fantástico.
Relacionamento à Francesa
3.0 60O problema ao meu ver nem foi o politicamente incorreto, porque já vi filmes da mesma linha, como Ted, Papai Noel as avessas, etc, bem grosseiros, mas funcionam bem como comédia, pois no fundo demonstram protagonistas bem defeituosos, como sendo pessoas de caráter duvidoso de fato, e nestes termos, deixando claro de onde parte o politicamente incorreto, acho válido. Mas, não é o caso aqui neste filme francês, pois em momento algum o filme dá a impressão de que são pais com desvio de caráter, pelo contrário, são amáveis, temem pelos filhos descobrirem sobre o divórcio, são ao meu ver até relapsos na educação de tão bobões e sem autoridade com as crianças, enfim. Aí de repente surgem um monte de ações politicamente incorretas para beneficiar o pai ou a mãe, num surto de "quero mais é que as crianças se explodam", querendo fazer graça e não teve nenhuma. Não teve graça nem mesmo para um filme politicamente incorreto. Dá sempre aquela sensação de que poderiam ter desenvolvido uma ideia mais legal, sem tantos clichês, pois divórcio dá pano pra manga. Ah, e o fato do casamento ter esfriado e isso estar na verdade relacionado a falta de confusão e conflitos dentro de casa(no início do filme a personalidade e relacionamento do casal namorado apresenta isso), poderia ter sido explorado de forma mais convincente. Mas, o filme é fraco.
A Bela e a Fera
3.9 1,6K Assista AgoraSe eu saí com olhos brilhando e querendo chorar de tão linda que é a história, é porque funcionou muito pra mim. Não recorre ao dramalhão, mas algo que emociona de fato, pelo belíssimo conto, pela musicalidade pontual e de muito bom gosto, pelo figurino, cenário, fotografia. Pela beleza da Fera e pela força da Bela . Pelo humor delicado em meio ao romance revelado. Por me fazer preocupar com uma xícara quase aos pedaços como se fosse humana(ops, e era). E, finalmente, pelo teor sempre presente de que o um corpo não é absolutamente nada perante o amor mais verdadeiro. Só tiro uma estrelinha pelo fato de achar que em certos pontos do roteiro foi tudo muito corrido, e faltou um pouco de capricho no desenrolar de algumas tramas, o mesmo defeito que vi em Malévola, de direção apressada e acaba comprometendo a lógica de certas situações, como as que levavam a corrida do vilarejo ao castelo, as vezes longas, as vezes curta. A facilidade de Gaston(o eficiente Luke Evans) em se dar bem com pouco convencimento, enfim. Mas, o filme continua sendo uma pérola. Emma é uma atriz maravilhosa, talvez, faltou um pouquinho só a mais de amor no olhar em algumas cenas que exigiam e talvez a proposta de modernizá-la levou a isso. Ah, e que fera! Dan deu carisma na medida e expressividade por detrás de toda aquela capa de monstro, que eu até quero a fera pra mim, nem precisa de príncipe. rs
Fragmentado
3.9 3,0K Assista AgoraShyamalan de fato faz tempo que não cria nada de verdadeiramente bom, desde Sinais ficou sempre inconsistente e até ruim em alguns casos, como A Dama na Água. Bem, eu considero a sua forma de fazer filmes muito atraente, e foge ao lugar comum, traz muito de sua cultura, visão de mundo, de cinema, adequando mistério a suspense, mas ele vem pecando nisso, em trazer a atmosfera de mistério desmerecendo substancialmente o suspense e a tensão. Ora, um filme desses, tinha mesmo que ter uma tensão psicológica inerente ao próprio tema. Aliás, até o mistério aqui ficou em segundo plano, embora eu não considere isso necessariamente ruim, vez que desvelou muita coisa já de início se preocupando mais em apresentar as personagens. Em Fragmentado ele conseguiu criar um contexto interessante mas, sem roteiro tão bom, ou personagens que poderiam render mais, como a fraca psiquiatra que não passou tanta credibilidade. Gosto da lentidão dos diálogos, mas as vezes me parecem pobres de conteúdo, então, procurei focar na relação paciente e psiquiatra e nada de verdadeiramente admirável no teor do tema, abusando de trivialidades. Deu dó em ver o ótimo McAvoy carregar o filme todo nas costas, com interpretações perfeitas, minucioso em diferenciar umas personalidades das outras, e mesmo assim não poder fazer milagre com a falta de bons personagens para contrapor os seus e ET CETERA. Se brincar, o filme acabou virando sim um exercício para ver essa metamorfose de interpretações e como cada personalidade iria reagir nas situações. James estraçalhou em tudo, mas a perfeição da criança, com seus trejeitos e expressões, eu nunca vi igual de tão bom. A Taylor-Joy também está bem, mas mesmo sabendo que seu segredo era revelado aos poucos e que isso interferia no comportamento da personagem, a mais "calma" das três garotas, não foi suficiente pra emocionar. Talvez fosse isso que o diretor queria, a princípio.
[Spoiler] Pedofilia é tema forte e a tal pureza na cabeça da Fera é algo questionável mesmo, mas me pergunto o que alguém ferido emocional-física-psicologicamente pensa sobre pureza? Quem sabe a considere pura por ter sobrevivido a essa agressão terrível como ele e continuar assim, sobrevivendo as dores num aspecto de evolução? No geral, apesar de tantos defeitos, achei o filme bem bom e ainda guarda surprise de conexão com as obras.
Terror na Estrada
2.7 330 Assista AgoraAcho que tive raiva da protagonista por um bom tempo, porque me pareceu fraca demais, mas depois racionalizei a situação dela e vi que estava razoavelmente compatível com o cenário. O filme não traz um roteiro original, pelo contrário, trabalha muitos velhos clichês, mas cria bons momentos de tensão. O terror fica a desejar, o medo é bem menos trabalhado, mas transforma-se em um bom thriller de suspense e lições de moral. Spoiler: não dê, não, não, não, não...não dê carona, trela, sorrisos demasiados a estranhos, ainda que pareçam anjos. A Morte Pede Carona é um excelente filme e também corrobora com essa ideia.
Kong: A Ilha da Caveira
3.3 1,2K Assista AgoraAcho que um dos primeiros filmes que vi na vida foi King Kong de 76, nos anos 80 e bem criança, então, toda vez que nasce um filme com a mesma temática, seja remakes ou com novas ideias como este Kong, A ilha da caveira, eu vibro em apreciar o gorilão forte, gigante e rei de ilhas perdidas. Portanto, ainda que o filme não tenha um roteiro tão interessante, a aparição de Kong faz qualquer filme de terro parecer fichinha, porque ele por si só tem a capacidade de assustar com tanta monstruosidade e ao mesmo tempo provocar afeição ao ponto de levar as lágrimas. Concordo que artistas foram mal aproveitados, com exceção de Samuel L Jackson e John C Reilly, sempre expressivos, todos os outros não conseguiram convencer muito(talvez pelo roteiro disperso mesmo). Até o ótimo John Goodman não teve um script decente. O monte de personagens foi para obviamente conceder mortes diversas com diversos tipos de criaturas, então, tudo perfeito neste ponto. Cenas de luta e carnificina de tirar o fôlego, sem confusão de imagens, câmera bem inteligente, sem muito sentimentalismo barato e fotografia belíssima. Kong tá maior que nunca. Divertimento garantido e sem passar ridículo, como certos blockbusters da mesma linha.
Rua Cloverfield, 10
3.5 1,9KPara quem assistiu a Cloverfield, Monstro(filme excelente) a história de Rua Cloverfield 10 termina de forma mais interessante ainda. Um suspense ótimo, é de tensão psicológica, cria a ambientação claustrofóbica de um cenário único, mas com interpretação de realidades dúbias. Uma hora cremos na verdade do Howard(excelente John Goodman...que perfil de psicopatia minuciosamente amedrontador), outra hora entendemos que a Michelle tem suas razões para querer escapar, porque ainda que o sujeito possa estar certo, bom da cabeça ele não parece ser. Enfim, se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. E o final casa perfeitamente coerente, com uma mulher forte, inteligente e guerreira solidária num cenário apocalíptico.
Prazeres Mortais
3.3 304 Assista AgoraTem filmes tipo B que são melhores que esse fiasco. Esse filme não trouxe nada de muito relevante, nem para o suspense, nem como erotismo, nem para o drama ou discussões sócio-psicológicas, tudo muito vazio de significados, a não ser o fato de trabalhar a já batida relação extra conjugal, seus prazeres e perigos. Sim, um bom suspense tem que ter um bom roteiro, bons diálogos e uma reviravolta decente, não foi o caso desse Prazeres Mortais, muito forçado e previsível. Peguem a ideia central e deem nas mãos de alguém inteligente de fato. Ah, Spoiler... e um bando de homens cheio de erros criminais(não vou nem entrar na seara moral, porque não convém), terminam a história de forma suave e jogando o crime nas costas de um algoz obsessivo psicopata e previsível. Como passa tempo, ainda deu raiva.