Não sou fã de games, não conheço bulhufas, só assisti ao Tomb Raider anterior há muito tempo e por me apegar a Angelina Jolie como Lara Croft, imaginava que Alicia não se encaixaria tão bem para essa nova fase, mas me enganei. Vikander veio com tudo, força, carisma, habilidade e beleza, aliás, com o habitual talento que eu mesma já aplaudi várias vezes. O filme tem um roteiro simplório e apressado, poderia ter se aprofundado mais nos personagens e construído uma trama melhor, mas as cenas de ação e fotografia compensam bem, além das boas interpretações.
O filme é surpreendente sim, quem diz o contrário, tenho certeza que não sabia nem um milímetro do desenrolar da trama e recaiu no que a maioria pensava, hipnose e só. Eu acho muito paia gostar de pagar de sabichão depois que os segredos são revelados...ah tá! Filmaço, pérola do terror-suspense e como havia falado há um ano, a mescla de temáticas que abordam o racismo produz tanto mal estar quanto a engenhoca macabra que os homens vis criaram. Daniel tem o auge da interpretação e o alívio cômico é de fato um alívio, do contrário, os mais sensíveis sairiam destroçados, como eu. É inovador, é surpreendente, é lindamente dirigido, e tenso sobremaneira.
Vixi, tô vendo de novo o filme clichê que comentei há um ano e pensando, mesmo no vazio, vale a pena. Apesar de psicopata, esse garoto vale o risco até se a casa dele fosse a léguas de distância :D. Te entendo JLO, as vezes a gente se lasca, mas ô vida difícil de segurar. Além disso, que mulher linda também, a gente quase entende a obsessão do Noah.
Cheio de spoilers para aqueles que espantosamente ainda não viram Ghost rs.
Eu sou bem cult as vezes, mas também sou piegas pacas. Sou completamente apaixonada por Ghost e além disso, há 28 anos eu vi esse filme no cinema, era ainda uma aborrecente, ok, mas chorona e encantada com a história, os efeitos especiais, aliás, fiquei de boca aberta ao ver o Sam depois de morto correndo pelas ruas e seu espírito olhando para si próprio em corpo morto no colo da amada. Dor no coração e admiração pelos efeitos revolucionários da época. rindo horrores com personagens tão bem construídos e interpretados como a Oda Mae da excelente Whoopi Goldberg e suas tiradas com o Sam do saudoso e lindo Patrick Swayze. Já Demi Moore chora demais, mas é a mocinha na medida do drama e linda. Além de termos cenas icônicas como as do metrô e seu fantasma mau humorado e angustiado no limbo. Ou ainda, a da possessão fake que se tornou verdade, a cena do banco e das freiras, a cena de amor, escultura de vasos e sexo com Unchained melody, a luta de dois fantasmas principais aliás, Tony Goldwyn sempre foi um "escândalo" e, finalmente, a cena de Molly e Sam se beijando corpo físico com espírito, enfim, não dá pra citar todas, mas os encaixes são eficazes demais. Não é um roteiro genial, mas com certeza é genial o conjunto da obra, a abordagem dada e o equilíbrio entre romance, drama e comédia, um tanto de filosofia, muito de amor, uma visão do mundo espírita com otimismo, enfim. Eternamente, Ghost.
Gostei muito do filme. A condição do amor imenso e perfeito de um casal jovem e veterano ao mesmo tempo, diante da morte causada pela praga dos últimos séculos, o câncer. O filme desperta o choro, mas também o riso, vez que emociona sem perder as piadas em torno do fatalismo imposto. Preferiu tratar a abordagem de câncer terminal mais ou menos na mesma vibe do filme A Culpa é das Estrelas, se atendo a criar personagens que sejam descontraídos, ainda que na ideia certa de que estão perto da morte, enfim, personagens que consigam transformar seus dramas em diálogos, humor, e demonstrem uma certa segurança por trás de todo o choro. Contém sim muitos clichês, porém, também se arrisca ao criar um casal que traz desde a infância um amor compatível, sincero. Aliás, há por aí alguma antipatia pelo mocinho( não no meu caso, pois o adorei), e digo que isso ocorre justamente por Sam fugir a clichês, já que faz a linha intelectual, meio tímido, que vive de tiradas cínicas e românticas ao mesmo tempo, de plena segurança no amor, mas de insegurança longe da amada , meio nerd, doce e ácido, enfim, ao meu ver ele casou como uma luva com a mocinha Abbie, descolada, bem humorada, apaixonada e disposta a amar seu noivo até depois de morta, deixando pra ele uma vida mais independente dela. Achei as cenas de amor e carinho entre os dois bem coerente no contexto da personalidade de ambos e da situação que viviam. Claro que a frieza em certos pontos poderia ser melhor dosada, mesmo ambos querendo ser bem humorados, o público as vezes anseia pelo velho clichê de uma dor profunda no olhar e beijos quentes. Mas, acho que a intenção do filme, como disse antes, era tratar o câncer e a perda com mais leveza, se é que isso é possível. Eita vida breve, mas com certeza, Sam e Abbie se amaram intensamente, mais que casais de aliança no dedo, ou ainda, mais que casais que pegam fogo toda hora. Ah, Crhistopher Walken, que perfeito.
Nem dá pra falar muito, o filme revolta, comove e faz rir ao mesmo tempo, tem um roteiro bastante cuidadoso e original, ou seja, quando ele poderia recair em clichês, visto que a base da história sobre estupro de menores e pais desesperados é sempre batida no cinema, o longa nos mostra uma série de indagações e situações nada usuais. Mas, a personagem da Frances McDormand é excepcional, não tem como ignorar seus anseios e dores, ainda que ela em alguns casos não esteja sendo tão correta, acabamos nos entrelaçando com sua causa. Aliás, desde que ela atuou em Fargo, nos anos 90, onde eu vejo o nome dela sei que no mínimo vamos ter um show de interpretação. Trama policial bem amarrada, diálogos fortes, Woody Harrelson faz de qualquer personagem uma riqueza e destaque também para o ótimo Sam Rockwell. A trama tem um final na medida do interesse social, mais que do pessoal, enfim. Filmaço.
O que é que a gente faz quando assiste a um filme e fica querendo ver novamente uma segunda sessão, mas sem pagar e sem se levantar da cadeira? Me lembrei dos meus tempos de infância em que o cinema deixava fazer isso, pagava um ingresso e via quantas sessões quisesse. Pantera Negra é representatividade sim e também um filmão, com eficácia em transpor para o expectador o universo negro forte, de uma África inusitada(afinal, é um filme de heróis), mas sem perder identidade cultural, um lugar tecnologicamente extraordinário, com diversidade negra de todo tipo, aliás, o que pensar de um elenco negro afiado desses, Chadwick, Danai Gurira, Lupita Nyongo, Angela Basset, Forest Whitaker, Daniel Kaluuya, Michael B. Jordan, Letitia Wright, Wiston Duke "viva Wakanda é pra lá que eu vou". É político sem perder a leveza, as lutas misturam realismo com fantasia na dose certa, as mulheres são um espetáculo a parte, passaria o dia falando de como são todas imponentes e claro, Chadwick é um Pantera Negra na medida de um rei que encanta, comove e orgulha sendo seu contraponto com Michael B, o Erick, épico em certos momentos. E temos ainda o vilão debochado do Andy Serkis, que também brilhou e deu doses de humor ao longa. Cenário magnífico, a cena da cachoeira e ritual( ohh) trilha sonora empolgante e própria ao universo afro, roteiro ótimo, bem montado e inteligível. Rufem os tambores que a vitória é do Black Panther.
Essa trilogia faz vergonha perto de Jogos Vorazes, muito embora seja um tantinho melhor que aquela droga de divergente, convergente e detergente. Maze Runner, quanta falta de desenvolvimento, com roteiro pobre e personalidades vazias. Eu até que me diverti um pouco com a história do primeiro filme, o segundo já observei uma porção de bobagens, mas ainda teve algumas sacadas inteligentes, porém, esse último se resumiu em uma história infantil, quando não se tem mais nada pra objetivar e se parte para o absurdo. Deus meu, alguém que outrora era salvador de pessoas, sacrifícios em prol da humanidade e em detrimento de si próprio, agora é salvador de amigos isolados e de antigas paixões "traidoras". Os protagonistas mais zzzzzzz(de sono e não de zumbi) da história de jovens revolucionários numa realidade distópica e apocalíptica. Se a cura é essa, o negócio vai ficar feio para aquela gente. O filme se prestou tão óbvio que eu já sabia quando a nave iria aparecer pra salvar a todo momento e todas as ações surpresas, com exceção da do ônibus, algo que ficou tão mal feito que só pude rir da fuga e da ineficiência patética dos puliças da cidade rs. Única empolgação foi no início do filme, acho que porque a cena de ação foi boa e ainda não tinha visto a contextualização do que se tornaria mais tarde, pelo contrário, até ali era uma operação resgate de um grupo.
Romance, terror, drama e humor, tudo isso em forma de poesia musicada, dançada e mergulhada no azul petróleo, ops, no verde das águas. Todo o elenco está ótimo. Porém, uma boa atriz não se resume a fazer bem o papel que lhe cabe, uma atriz completa se veste de Sally Hawkins e transborda expressividade, carisma, sensibilidade e tudo isso de boca calada, como pede Elisa e sua inegável força emocional para defender o ser amado e repugnar os homens vis. Aliás, o vilão do Michael Shannon está perfeito, sem caricatura mal acabada, mesmo tendo uma personalidade incomum, ele me deu asco com suas atitudes e diálogos, que por sua vez também provocaram boas reflexões e críticas sociais sobre racismo, preconceito de classe, machismo, patriotismo exacerbado, guerra e até homofobia. E sem sombra de dúvida, Del Toro mais uma vez prova que monstros estranhos e curiosamente apaixonantes são o forte dos seus filmes. Que belezura é a criatura incorporada por Doug Jones!
Resolvi, depois de mais de 20 anos, rever a Um Estranho no Ninho. Que filmaço, redescobrindo novos elementos, agora tenho mais maturidade para avaliar sua presteza na filosofia da vida, no chamado a liberdade como terapia para qualquer mal, na importância de se ater ao lado humano e fora da norma que existe em cada um de nós, tudo isso em contraponto a personificação do mal vestida de enfermeira, ambientado num tempo em que o tratamento de doentes mentais era no mínimo desumano, cruel e ineficiente. Se bem que essa realidade ainda se encontra por aí com revestimento moderno. Atuação magistral de Jack Nicholson, assim como todo o elenco afinado. Tem quem ache o filme lento, mas é bom lembrar que em outras épocas, principalmente antes dos anos 80, os filmes não se apegavam a subterfúgios instigadores para serem bons, como nos dias de hoje, ou seja, eles simplesmente seguiam um ótimo roteiro, uma direção eficiente e atuações eficazes não se pegando em reviravoltas, ou efeitos especiais, ou caras e bocas "lacradoras" blasé, ou com frases de efeito, enfim, eles se bastavam na história e isso é que é ser poderoso.
Como musical descompromissado, ele é um grande atrativo. A maioria das músicas são boas, empolgantes e ornam com as cenas. Só me deixou um pouco frustrada a falta de um roteiro melhor para o possível criador do circo moderno, P.T Barnum, achei em falta nesse aspecto. Hugh Jackman é completo, lindo, canta, dança, atua e tudo com grande eficiência. A química entre os personagens é ótima, a beleza com que Anne e Phillipe se deparam e posteriormente desenvolvem um balé no ar é bela. Musical é um gênero que condensa bem a história para exaltar o espetáculo, mas não precisa também ter tanta pressa e lacunas nesse roteiro sobre uma história que seria muito interessante contar melhor. Mesmo assim, o filme é muito bom e tem cenas memoráveis como as que já citei acima e também a repentina paixão extra conjugal de P.T, a performance na revolta dos rejeitados em destaque para Lettie, a mulher barbada, o encontro de P.T e Phillipe no bar, enfim, diversão e emoção garantida.
Minha velha maluca, gatos saindo para a rua podem voltar até 2 anos depois, já os cães, se demorar 2 dias, pode saber que algo grave aconteceu. Desculpa, não resisti.
O filme é ótimo, com alguns tropeços leves, mas os islandeses colocaram sua cultura para dar todo um conceito especial ao drama familiar, entre vizinhos, com suspense eficiente e um bom desfecho.
Vendo pela enésima vez. Um filme que reúne musical de melhor qualidade oitentista e setentista num walkman espacial, com muita comédia, promove anti-heróis a super heróis, brincando com lutas coreografadas e visual fantástico, com os mais lindos e carismáticos atores do cinema, um guaxinim fodástico e uma árvore fofa dançante, só pode ser de outra galáxia mesmo. Guaridões da Galáxia é feito para divertir, porém com qualidade(e isso faz dele um filme sério), e até as chacotas mais bobas não são menos inteligentes, já que são pontuais as cenas. Nesse segundo filme, eu como a maioria sentiu que houve um certo exagero em piadas, mas é essa a vibe que se propõe o filme desde o o primeiro. Não espere um medo terrível de um grande vilão, ele será parte dessa brincadeira toda, e quando você menos esperar, terá perdido alguém que ama nessa história. Foi assim no primeiro, foi assim nesse e talvez essa será sempre a proposta da franquia. Saia leve e feliz de uma galáxia distante, com uma risada contagiante de Drax, ou gozador sarcástico e adorável como Roket, ou romântico, bailarino, atrapalhado e lindo como Peter, ou durona, linda e habilidosa como Gamora, ou inocente, feliz e altruísta como Groot, ou família como Yondu, pois afastar da terra por duas horas para nos identificarmos com eles faz um bem.
Juntamente com o Batman e o Superman, os X-MEN são meus heróis preferidos da vida, pela óbvia complexidade de personagens, pela gama de poderes na maioria das vezes originais e bem funcionais e principalmente, porque qualquer ser que se sinta especial ou diferente nesta vida há de se identificar com ao menos um desses mutantes em suas personalidades, dores e alegrias. Afunilando mais, Wolverine é meu herói, tem uma grande parte de mim que absorve ele, principalmente na fúria e na falta de paciência pra conversa mole. Mas, confesso que vê-lo viver com tamanha tristeza e peso durante quase todo tempo de sua longa vida foi algo que me bateu forte desde o início da história dos filmes e Hugh Jackman fechou com chave de adamantium essa jornada de Logan, juntamente com o papai professor Xavier do ótimo Patrick Stewart e completando o trio desse drama de ação, a Dafne Keen detona tudo na pele de Laura. Roteiro, direção, fotografia, filme tecnicamente excelente. O resto é ver e sentir o fechamento de uma história não tão feliz, mas muito significativa para a verdade de heróis não necessariamente cheios de glamour. Wolverine não era pompas, Wolverine era Logan.
Assistindo Meu Primo Vinny pela enésima vez, e me lembro que ainda era adolescente quando o vi pela primeira vez e marcou a história de minha vida. E olha que não era nem advogada ainda, então, hoje na profissão, é hilário o quanto isso me faz identificar horrores com o filme e a pegada do picareta que tenta se virar como advogado iniciante, passando por situações esdrúxulas mas, também bem reais. . É tão difícil encontrar comédias hoje em dia que tenham a metade da criatividade, do roteiro, da originalidade e da gozação inteligente deste filme. Ou que faz rir com sinceridade, enquanto o cérebro atua. Não é um macaco fazendo gracinhas, ou uma careta na cara de um ator besta qualquer, é comédia de diálogos, situações, caras e bocas só são acessórios. Joe Pesci me faz rir horrores(que ator) e Marisa Tomei é aquela que além de linda, teve todos os méritos em ganhar o Oscar por esse papel tão gracioso. O elenco é todo afiado, sem dúvida, uma das comédias que mais amo na vida.
O tema sobre aceitação, superação, bullying, amor fraternal, maternal, paternal, laços de amizade, enfim, tudo isso sempre é de comoção, mas quando vem carregado de uma condição tão especial, é algo que bate forte. No filme, Auggie tem que vencer, ainda tão pequeno, uma condição muito difícil, a rejeição de sua deficiência estética(uma grande deformação) que acomete o cartão de visita de qualquer pessoa, seu rosto. No universo infantil, isso ainda fica mais cruel, porque crianças não disfarçam o repúdio, nem mesmo quando diz respeito a outra criança que sofre. O filme tem méritos por não ser um dramalhão, não se perde nisso e nem também em fazer piadas bobas. Tem alívio cômico, tem drama, tem choro, mas tudo dentro de um propósito maior, o de pensar as condições de vida de um menino forte e sensível ao mesmo tempo, cuja deformação facial se torna pequena diante da deformação social que cerca a todos nós, diante do preconceito, da boa ou má educação de quem nos envolve. O menino é genial, adorável e extraordinariamente lindo. Mesmo assim, o filme é otimista, traz crianças igualmente adoráveis, que se transformam a medida que reconhecem o valor por trás do ser humano e não da imagem. Mostra todos os envolvidos com o personagem central trabalhando seus problemas, como em todo meio familiar, as pendências, as prioridades, a compreensão, enfim. Jacob não tem nem o que falar, é um mini grande ator que já me deixou apaixonada em O Quarto de Jack e agora só selou meu amor. Julia e Owen também estão afinados demais, assim como todo o elenco. Por algumas poucas irregularidades eu não dei as 5 estrelas, mas é um filme pra amar ver, pra sentir, se emocionar, pra lembrar, pra pensar, repensar e aprender.
Prisioneiros(não gosto de dizer o título do filme no Brasil, pois a essência simbólica ou literal do título original é muito mais perfeita), é um filmaço de suspense, mistério e drama. Ainda não havia visto, fui deixando passar o tempo e acho que por justamente implicar com o nome, vez que ele me remetia a outro filmaço de suspense dos anos 90 e que também tinha o título brasileiro de Os Suspeitos, brilhantemente estrelado por Kevin Spacey antes dos escândalos. Bom, analogias a parte, o filme consegue contar uma história muito bem bolada, de forma envolvente, com drama sério, atmosfera de tensão, procurando fugir de clichês do gênero, provocando nossa preocupação com os personagens e até mesmo com os prováveis "suspeitos". Atuação de Jake Gyllenhaal é sempre convincente e neste filme ele está ótimo dentro da personalidade seca do policial recluso, ou melhor, do aprisionamento emocional deste e com seus tiques pontuais. Já Hugh Jackman é a surpresa. Não que eu já não o considere um bom ator, porque gosto de sua atuação há anos, mas em Prisioneiros ele está visceral nas explosões do personagem Dover e comedido quando o personagem pede o também aprisionamento de suas ações e emoções. Algemas, cativeiro, prisões de diversos tipos, físicas, emocionais, mentais, contrastando a belíssima paisagem com algo também claustrofóbico. Perfeito. Fotografia linda, roteiro bem construído, direção eficaz, frieza, sensorial, triste e bem contado sem precisar dar desfechos explícitos, não nos tachando de bobos.
Como é que a pessoa se levanta de manhã e corre pra fazer um roteiro e um filme desses? O mais engraçado é que o Cinemark aqui da minha região põe poucos filmes legendados no turno da tarde, principalmente de terror, aí quando vi que teria um filme legendado corri toda alegrinha para o cinema e de repente me vem um dublado em inglês ahahahaha Eles não me enganaram, era legendado :D Piadas a parte, nada funcionou, o filme é tão ruim que deu até desprezo pela protagonista, sem me importar se ela ficava ou não dentro de um caixão casada, noiva, virgem ou não. Aliás, a mulher é a cara da noiva cadáver só que sem a graciosidade da personagem do Tim Burton. Essa é Irritante, fraca, num filme vazio, mau dirigido, descartável.
Não sei qual o problema das pessoas em aceitar que o Universo da DC preza mesmo pelo aspecto mais sombrio, pela condução séria de temas, e quando tenta fazer gracinha, precisa colocar uma dosagem muito suave, vez que do contrário soa forçado. Bom, apesar de ter gostado muito de Liga da Justiça, o Flash é um desses exemplos que quase saiu da média, mas Ezra deu carisma e chamou para o frescor do jovem aprendiz ultra rápido. Não entro em briga entre Marvel e DC, gosto dos dois universos, mas os heróis da DC são meus favoritos, cada um deles tem uma história substancial e personalidades fortes, além de terem povoado muito mais minha infância. O Batman do Affleck incorporou infinitamente melhor o espírito dessa vez, ficando mais próximo da competência de Bale. Batman é meu alter ego rs. A Mulher Maravilha da Gadot continua tão forte, bela, habilidosa e carismática quanto no filme título da amazona, não diminuída em nada no grupo, pelo contrário, com desfechos importantes. Já o Cyborgue trouxe mistério e um tanto de revolta, mas com a descoberta de seus múltiplos poderes, se achou no heroísmo da Liga. O seu intérprete, Ray, completou com eficiência esse papel. Em se tratando de Momoa, é até difícil respirar, tem o potencial físico e interpretativo que deu ao Aquaman também um alívio a toda seriedade, foi condizente como mestre das águas e postura irreverente para um herói. E, finalmente o Superman, teria que nos oferecer um super renascimento e o fez de certa forma, no corpo de um Henry Cavill cada dia mais lindo e vigoroso para completar a salvação do planeta de forma eficiente. O filme não impressionou, mas conseguiu dosar dessa vez algo que a DC já busca há muito tempo e só encontrou com a Mulher Maravilha, a leveza das histórias em quadrinhos necessária para o entretenimento do cinema sem sair de sua essência realista ou pessimista, como querem alguns. O vilão é meia boca. Confesso que ao ver a primeira cena, tive medo da forma cruel com que surgiu, mas nos minutos subsequentes, perdeu qualquer ameaça que poderia vir a ser. Ainda implico sim com a escuridão exacerbada no visual dos filmes da DC, acho que daria pra dosar mais cores nessa mesma escuridão(com o 3D ficou ainda mais terrível). Porém, eu não acho que a DC deveria tentar imitar a Marvel para o cinema, eu até senti orgulho de Batman vs Superman(ainda que tenha sido um fiasco em múltiplos aspectos), porque trouxe ousadia no formato e personalidade, porém, deveriam seguir a mesma linha fazendo apenas ajustagens ao funcionamento dessas histórias para o cinema. Quem cria é capaz. O filme é muito bom, mas concordo com muitas críticas que estão fazendo a ele, só não acho que elas o diminuem tanto.
Tem nem o que dizer, animação boa pra caramba. Já vi umas 4 vezes contando com a do cinema e não canso. Moana é de roteiro simples, mas funcional, tranquilizante, otimista, empoderado, fraternal, ligado as raízes, a natureza, enfim, só de conseguir nosso bem-estar já bastou. Os diálogos não são dos mais inspiradores, mas também não decepcionam. As músicas são grudentas(no bom sentido), e com destaque emocional para "Opetaia Foa'i, Pra Ir Além" , sim, não sei o que ela aciona em mim, se na letra, na melodia ou na canção inteira, o botão do choro. Choro feito bebê. Além de Maui, gabolando com "de nada", Saber quem sou, Brilhe, enfim, infinitas músicas organicamente colocadas no contexto, divertidas e pontuais. Os detalhes são lindos, desde o cabelo da jovem de motunui até os movimentos das danças, as cores do filme, do mar, do céu, das matas. Então é isso, não peço muito de uma animação que nos deu tanto, a identificação a grandiosidade de Moana.
Stephen King sempre rende no mínimo um bom roteiro se bem adaptado. Todo o universo do indivíduo com seus dilemas psicológicos ou pessoais descarregado numa situação limite ou de terror. Em Jogo Perigoso não é diferente, e digo que não deve ser fácil criar um filme em cenário único, com personagens limitados a uma só mente, imóvel e ainda assim trazer discussões substanciais que revelam a história. E claro, tudo isso regado a medo, horror, suspense e assuntos bem indigestos mas, necessários de serem incessantemente debatidos. Aliás, há vários tipos de horrores, certamente a personagem central vivenciou alguns com cicatrizes enormes e bloqueios maiores ainda. Carla Gugino se supera ao dar vida a Jessie. Ótimo.
Nenhum dos filmes do Thor foram substancialmente ótimos, mas certamente, a proposta que a Marvel e o universo desse herói quer passa nos longas é o da descontração. E consegue. O Deus nórdico, além de extremamente belo(Chris Hemsworth veste na exatidão), é uma mistura de soberba com bondade, o que o torna deveras humano e interessante. Não é todo certinho, e como ele mesmo diz no filme, do jeito errado dele, ele consegue trazer a coisa certa. Manda em trovões e na bagaça toda. Este terceiro filme é dado ao humor, é jocoso do início ao fim, e até sua vilã, Hela, muito embora perfeitamente interpretada por Blanchett, carrega uma fúria da qual sabemos, não será páreo ao final. A Tessa como Valkyrie está tão no time correto da personagem e do filme que rouba a cena quando aparece, em parceria com Hulk então, ótimos. Loki,, sempre numa dubiedade de sentimentos, mas de personalidade impositiva, complementa as ótimas cenas com Thor. Enfim, me divertir muito, dou três estrelas, porque o roteiro é sim meia boca e o excesso de piadas autoexplicativas, quando esmiuçadas, faz sentir como se fôssemos burros e infantis. Mas, Thor tem um dos visuais mais incríveis dos movies of heroes da Marvel, tanto que senti uma dor ao final, spoiler(ao ver Asgard descendo). Entretenimento leve e não decepcionou.
Na verdade, segue uma linha de humor negro, mais humor que terror, muito típicos dos anos 80 e 90 e que cumpre seu papel de divertir, mais que assustar, muito embora consiga transmitir alguma ideia macabra da morte e dejà vu inevitáveis repetidas vezes(aliás, Triângulo do Medo, um filme de terror ótimo, desenvolve bem melhor essa ideia e mais a sério). A Morte te dá Parabéns tem sim uma moral, mas é bem simplória, condizendo com o teor do roteiro do filme. No geral, é bom se você não o leva a sério como filme de terror, aliás, isso é que é legal, ele não se pretende sério, apenas une uma saga juvenil numa mistureba de comédia, sustos e revelações. Divertimento.
Tomb Raider: A Origem
3.2 943Não sou fã de games, não conheço bulhufas, só assisti ao Tomb Raider anterior há muito tempo e por me apegar a Angelina Jolie como Lara Croft, imaginava que Alicia não se encaixaria tão bem para essa nova fase, mas me enganei. Vikander veio com tudo, força, carisma, habilidade e beleza, aliás, com o habitual talento que eu mesma já aplaudi várias vezes. O filme tem um roteiro simplório e apressado, poderia ter se aprofundado mais nos personagens e construído uma trama melhor, mas as cenas de ação e fotografia compensam bem, além das boas interpretações.
Corra!
4.2 3,6KO filme é surpreendente sim, quem diz o contrário, tenho certeza que não sabia nem um milímetro do desenrolar da trama e recaiu no que a maioria pensava, hipnose e só. Eu acho muito paia gostar de pagar de sabichão depois que os segredos são revelados...ah tá! Filmaço, pérola do terror-suspense e como havia falado há um ano, a mescla de temáticas que abordam o racismo produz tanto mal estar quanto a engenhoca macabra que os homens vis criaram. Daniel tem o auge da interpretação e o alívio cômico é de fato um alívio, do contrário, os mais sensíveis sairiam destroçados, como eu. É inovador, é surpreendente, é lindamente dirigido, e tenso sobremaneira.
O Garoto da Casa ao Lado
2.5 612 Assista AgoraVixi, tô vendo de novo o filme clichê que comentei há um ano e pensando, mesmo no vazio, vale a pena. Apesar de psicopata, esse garoto vale o risco até se a casa dele fosse a léguas de distância :D. Te entendo JLO, as vezes a gente se lasca, mas ô vida difícil de segurar. Além disso, que mulher linda também, a gente quase entende a obsessão do Noah.
Ghost: Do Outro Lado da Vida
3.6 1,6K Assista AgoraCheio de spoilers para aqueles que espantosamente ainda não viram Ghost rs.
Eu sou bem cult as vezes, mas também sou piegas pacas. Sou completamente apaixonada por Ghost e além disso, há 28 anos eu vi esse filme no cinema, era ainda uma aborrecente, ok, mas chorona e encantada com a história, os efeitos especiais, aliás, fiquei de boca aberta ao ver o Sam depois de morto correndo pelas ruas e seu espírito olhando para si próprio em corpo morto no colo da amada. Dor no coração e admiração pelos efeitos revolucionários da época. rindo horrores com personagens tão bem construídos e interpretados como a Oda Mae da excelente Whoopi Goldberg e suas tiradas com o Sam do saudoso e lindo Patrick Swayze. Já Demi Moore chora demais, mas é a mocinha na medida do drama e linda. Além de termos cenas icônicas como as do metrô e seu fantasma mau humorado e angustiado no limbo. Ou ainda, a da possessão fake que se tornou verdade, a cena do banco e das freiras, a cena de amor, escultura de vasos e sexo com Unchained melody, a luta de dois fantasmas principais aliás, Tony Goldwyn sempre foi um "escândalo" e, finalmente, a cena de Molly e Sam se beijando corpo físico com espírito, enfim, não dá pra citar todas, mas os encaixes são eficazes demais. Não é um roteiro genial, mas com certeza é genial o conjunto da obra, a abordagem dada e o equilíbrio entre romance, drama e comédia, um tanto de filosofia, muito de amor, uma visão do mundo espírita com otimismo, enfim. Eternamente, Ghost.
O Filme da Minha Vida
3.6 500Fotografia e direção ótimas, mas o filme é de história bem folhetinesca.
Perfeita Pra Você
3.3 225Gostei muito do filme. A condição do amor imenso e perfeito de um casal jovem e veterano ao mesmo tempo, diante da morte causada pela praga dos últimos séculos, o câncer. O filme desperta o choro, mas também o riso, vez que emociona sem perder as piadas em torno do fatalismo imposto. Preferiu tratar a abordagem de câncer terminal mais ou menos na mesma vibe do filme A Culpa é das Estrelas, se atendo a criar personagens que sejam descontraídos, ainda que na ideia certa de que estão perto da morte, enfim, personagens que consigam transformar seus dramas em diálogos, humor, e demonstrem uma certa segurança por trás de todo o choro. Contém sim muitos clichês, porém, também se arrisca ao criar um casal que traz desde a infância um amor compatível, sincero. Aliás, há por aí alguma antipatia pelo mocinho( não no meu caso, pois o adorei), e digo que isso ocorre justamente por Sam fugir a clichês, já que faz a linha intelectual, meio tímido, que vive de tiradas cínicas e românticas ao mesmo tempo, de plena segurança no amor, mas de insegurança longe da amada , meio nerd, doce e ácido, enfim, ao meu ver ele casou como uma luva com a mocinha Abbie, descolada, bem humorada, apaixonada e disposta a amar seu noivo até depois de morta, deixando pra ele uma vida mais independente dela. Achei as cenas de amor e carinho entre os dois bem coerente no contexto da personalidade de ambos e da situação que viviam. Claro que a frieza em certos pontos poderia ser melhor dosada, mesmo ambos querendo ser bem humorados, o público as vezes anseia pelo velho clichê de uma dor profunda no olhar e beijos quentes. Mas, acho que a intenção do filme, como disse antes, era tratar o câncer e a perda com mais leveza, se é que isso é possível. Eita vida breve, mas com certeza, Sam e Abbie se amaram intensamente, mais que casais de aliança no dedo, ou ainda, mais que casais que pegam fogo toda hora. Ah, Crhistopher Walken, que perfeito.
Três Anúncios Para um Crime
4.2 2,0KNem dá pra falar muito, o filme revolta, comove e faz rir ao mesmo tempo, tem um roteiro bastante cuidadoso e original, ou seja, quando ele poderia recair em clichês, visto que a base da história sobre estupro de menores e pais desesperados é sempre batida no cinema, o longa nos mostra uma série de indagações e situações nada usuais. Mas, a personagem da Frances McDormand é excepcional, não tem como ignorar seus anseios e dores, ainda que ela em alguns casos não esteja sendo tão correta, acabamos nos entrelaçando com sua causa. Aliás, desde que ela atuou em Fargo, nos anos 90, onde eu vejo o nome dela sei que no mínimo vamos ter um show de interpretação. Trama policial bem amarrada, diálogos fortes, Woody Harrelson faz de qualquer personagem uma riqueza e destaque também para o ótimo Sam Rockwell. A trama tem um final na medida do interesse social, mais que do pessoal, enfim. Filmaço.
Pantera Negra
4.2 2,3K Assista AgoraO que é que a gente faz quando assiste a um filme e fica querendo ver novamente uma segunda sessão, mas sem pagar e sem se levantar da cadeira? Me lembrei dos meus tempos de infância em que o cinema deixava fazer isso, pagava um ingresso e via quantas sessões quisesse. Pantera Negra é representatividade sim e também um filmão, com eficácia em transpor para o expectador o universo negro forte, de uma África inusitada(afinal, é um filme de heróis), mas sem perder identidade cultural, um lugar tecnologicamente extraordinário, com diversidade negra de todo tipo, aliás, o que pensar de um elenco negro afiado desses, Chadwick, Danai Gurira, Lupita Nyongo, Angela Basset, Forest Whitaker, Daniel Kaluuya, Michael B. Jordan, Letitia Wright, Wiston Duke "viva Wakanda é pra lá que eu vou". É político sem perder a leveza, as lutas misturam realismo com fantasia na dose certa, as mulheres são um espetáculo a parte, passaria o dia falando de como são todas imponentes e claro, Chadwick é um Pantera Negra na medida de um rei que encanta, comove e orgulha sendo seu contraponto com Michael B, o Erick, épico em certos momentos. E temos ainda o vilão debochado do Andy Serkis, que também brilhou e deu doses de humor ao longa. Cenário magnífico, a cena da cachoeira e ritual( ohh) trilha sonora empolgante e própria ao universo afro, roteiro ótimo, bem montado e inteligível. Rufem os tambores que a vitória é do Black Panther.
Maze Runner: A Cura Mortal
3.3 564Essa trilogia faz vergonha perto de Jogos Vorazes, muito embora seja um tantinho melhor que aquela droga de divergente, convergente e detergente. Maze Runner, quanta falta de desenvolvimento, com roteiro pobre e personalidades vazias. Eu até que me diverti um pouco com a história do primeiro filme, o segundo já observei uma porção de bobagens, mas ainda teve algumas sacadas inteligentes, porém, esse último se resumiu em uma história infantil, quando não se tem mais nada pra objetivar e se parte para o absurdo. Deus meu, alguém que outrora era salvador de pessoas, sacrifícios em prol da humanidade e em detrimento de si próprio, agora é salvador de amigos isolados e de antigas paixões "traidoras". Os protagonistas mais zzzzzzz(de sono e não de zumbi) da história de jovens revolucionários numa realidade distópica e apocalíptica. Se a cura é essa, o negócio vai ficar feio para aquela gente. O filme se prestou tão óbvio que eu já sabia quando a nave iria aparecer pra salvar a todo momento e todas as ações surpresas, com exceção da do ônibus, algo que ficou tão mal feito que só pude rir da fuga e da ineficiência patética dos puliças da cidade rs. Única empolgação foi no início do filme, acho que porque a cena de ação foi boa e ainda não tinha visto a contextualização do que se tornaria mais tarde, pelo contrário, até ali era uma operação resgate de um grupo.
A Forma da Água
3.9 2,7KRomance, terror, drama e humor, tudo isso em forma de poesia musicada, dançada e mergulhada no azul petróleo, ops, no verde das águas. Todo o elenco está ótimo. Porém, uma boa atriz não se resume a fazer bem o papel que lhe cabe, uma atriz completa se veste de Sally Hawkins e transborda expressividade, carisma, sensibilidade e tudo isso de boca calada, como pede Elisa e sua inegável força emocional para defender o ser amado e repugnar os homens vis. Aliás, o vilão do Michael Shannon está perfeito, sem caricatura mal acabada, mesmo tendo uma personalidade incomum, ele me deu asco com suas atitudes e diálogos, que por sua vez também provocaram boas reflexões e críticas sociais sobre racismo, preconceito de classe, machismo, patriotismo exacerbado, guerra e até homofobia. E sem sombra de dúvida, Del Toro mais uma vez prova que monstros estranhos e curiosamente apaixonantes são o forte dos seus filmes. Que belezura é a criatura incorporada por Doug Jones!
Um Estranho no Ninho
4.4 1,8K Assista AgoraResolvi, depois de mais de 20 anos, rever a Um Estranho no Ninho. Que filmaço, redescobrindo novos elementos, agora tenho mais maturidade para avaliar sua presteza na filosofia da vida, no chamado a liberdade como terapia para qualquer mal, na importância de se ater ao lado humano e fora da norma que existe em cada um de nós, tudo isso em contraponto a personificação do mal vestida de enfermeira, ambientado num tempo em que o tratamento de doentes mentais era no mínimo desumano, cruel e ineficiente. Se bem que essa realidade ainda se encontra por aí com revestimento moderno. Atuação magistral de Jack Nicholson, assim como todo o elenco afinado. Tem quem ache o filme lento, mas é bom lembrar que em outras épocas, principalmente antes dos anos 80, os filmes não se apegavam a subterfúgios instigadores para serem bons, como nos dias de hoje, ou seja, eles simplesmente seguiam um ótimo roteiro, uma direção eficiente e atuações eficazes não se pegando em reviravoltas, ou efeitos especiais, ou caras e bocas "lacradoras" blasé, ou com frases de efeito, enfim, eles se bastavam na história e isso é que é ser poderoso.
O Rei do Show
3.9 898 Assista AgoraComo musical descompromissado, ele é um grande atrativo. A maioria das músicas são boas, empolgantes e ornam com as cenas. Só me deixou um pouco frustrada a falta de um roteiro melhor para o possível criador do circo moderno, P.T Barnum, achei em falta nesse aspecto. Hugh Jackman é completo, lindo, canta, dança, atua e tudo com grande eficiência. A química entre os personagens é ótima, a beleza com que Anne e Phillipe se deparam e posteriormente desenvolvem um balé no ar é bela. Musical é um gênero que condensa bem a história para exaltar o espetáculo, mas não precisa também ter tanta pressa e lacunas nesse roteiro sobre uma história que seria muito interessante contar melhor. Mesmo assim, o filme é muito bom e tem cenas memoráveis como as que já citei acima e também a repentina paixão extra conjugal de P.T, a performance na revolta dos rejeitados em destaque para Lettie, a mulher barbada, o encontro de P.T e Phillipe no bar, enfim, diversão e emoção garantida.
A Sombra da Árvore
3.7 35Minha velha maluca, gatos saindo para a rua podem voltar até 2 anos depois, já os cães, se demorar 2 dias, pode saber que algo grave aconteceu. Desculpa, não resisti.
Guardiões da Galáxia Vol. 2
4.0 1,7K Assista AgoraVendo pela enésima vez. Um filme que reúne musical de melhor qualidade oitentista e setentista num walkman espacial, com muita comédia, promove anti-heróis a super heróis, brincando com lutas coreografadas e visual fantástico, com os mais lindos e carismáticos atores do cinema, um guaxinim fodástico e uma árvore fofa dançante, só pode ser de outra galáxia mesmo. Guaridões da Galáxia é feito para divertir, porém com qualidade(e isso faz dele um filme sério), e até as chacotas mais bobas não são menos inteligentes, já que são pontuais as cenas. Nesse segundo filme, eu como a maioria sentiu que houve um certo exagero em piadas, mas é essa a vibe que se propõe o filme desde o o primeiro. Não espere um medo terrível de um grande vilão, ele será parte dessa brincadeira toda, e quando você menos esperar, terá perdido alguém que ama nessa história. Foi assim no primeiro, foi assim nesse e talvez essa será sempre a proposta da franquia. Saia leve e feliz de uma galáxia distante, com uma risada contagiante de Drax, ou gozador sarcástico e adorável como Roket, ou romântico, bailarino, atrapalhado e lindo como Peter, ou durona, linda e habilidosa como Gamora, ou inocente, feliz e altruísta como Groot, ou família como Yondu, pois afastar da terra por duas horas para nos identificarmos com eles faz um bem.
Logan
4.3 2,6K Assista AgoraJuntamente com o Batman e o Superman, os X-MEN são meus heróis preferidos da vida, pela óbvia complexidade de personagens, pela gama de poderes na maioria das vezes originais e bem funcionais e principalmente, porque qualquer ser que se sinta especial ou diferente nesta vida há de se identificar com ao menos um desses mutantes em suas personalidades, dores e alegrias. Afunilando mais, Wolverine é meu herói, tem uma grande parte de mim que absorve ele, principalmente na fúria e na falta de paciência pra conversa mole. Mas, confesso que vê-lo viver com tamanha tristeza e peso durante quase todo tempo de sua longa vida foi algo que me bateu forte desde o início da história dos filmes e Hugh Jackman fechou com chave de adamantium essa jornada de Logan, juntamente com o papai professor Xavier do ótimo Patrick Stewart e completando o trio desse drama de ação, a Dafne Keen detona tudo na pele de Laura. Roteiro, direção, fotografia, filme tecnicamente excelente. O resto é ver e sentir o fechamento de uma história não tão feliz, mas muito significativa para a verdade de heróis não necessariamente cheios de glamour. Wolverine não era pompas, Wolverine era Logan.
Meu Primo Vinny
3.6 128 Assista AgoraAssistindo Meu Primo Vinny pela enésima vez, e me lembro que ainda era adolescente quando o vi pela primeira vez e marcou a história de minha vida. E olha que não era nem advogada ainda, então, hoje na profissão, é hilário o quanto isso me faz identificar horrores com o filme e a pegada do picareta que tenta se virar como advogado iniciante, passando por situações esdrúxulas mas, também bem reais. . É tão difícil encontrar comédias hoje em dia que tenham a metade da criatividade, do roteiro, da originalidade e da gozação inteligente deste filme. Ou que faz rir com sinceridade, enquanto o cérebro atua. Não é um macaco fazendo gracinhas, ou uma careta na cara de um ator besta qualquer, é comédia de diálogos, situações, caras e bocas só são acessórios. Joe Pesci me faz rir horrores(que ator) e Marisa Tomei é aquela que além de linda, teve todos os méritos em ganhar o Oscar por esse papel tão gracioso. O elenco é todo afiado, sem dúvida, uma das comédias que mais amo na vida.
Extraordinário
4.3 2,1KO tema sobre aceitação, superação, bullying, amor fraternal, maternal, paternal, laços de amizade, enfim, tudo isso sempre é de comoção, mas quando vem carregado de uma condição tão especial, é algo que bate forte. No filme, Auggie tem que vencer, ainda tão pequeno, uma condição muito difícil, a rejeição de sua deficiência estética(uma grande deformação) que acomete o cartão de visita de qualquer pessoa, seu rosto. No universo infantil, isso ainda fica mais cruel, porque crianças não disfarçam o repúdio, nem mesmo quando diz respeito a outra criança que sofre. O filme tem méritos por não ser um dramalhão, não se perde nisso e nem também em fazer piadas bobas. Tem alívio cômico, tem drama, tem choro, mas tudo dentro de um propósito maior, o de pensar as condições de vida de um menino forte e sensível ao mesmo tempo, cuja deformação facial se torna pequena diante da deformação social que cerca a todos nós, diante do preconceito, da boa ou má educação de quem nos envolve. O menino é genial, adorável e extraordinariamente lindo. Mesmo assim, o filme é otimista, traz crianças igualmente adoráveis, que se transformam a medida que reconhecem o valor por trás do ser humano e não da imagem. Mostra todos os envolvidos com o personagem central trabalhando seus problemas, como em todo meio familiar, as pendências, as prioridades, a compreensão, enfim. Jacob não tem nem o que falar, é um mini grande ator que já me deixou apaixonada em O Quarto de Jack e agora só selou meu amor. Julia e Owen também estão afinados demais, assim como todo o elenco. Por algumas poucas irregularidades eu não dei as 5 estrelas, mas é um filme pra amar ver, pra sentir, se emocionar, pra lembrar, pra pensar, repensar e aprender.
Os Suspeitos
4.1 2,7K Assista AgoraPrisioneiros(não gosto de dizer o título do filme no Brasil, pois a essência simbólica ou literal do título original é muito mais perfeita), é um filmaço de suspense, mistério e drama. Ainda não havia visto, fui deixando passar o tempo e acho que por justamente implicar com o nome, vez que ele me remetia a outro filmaço de suspense dos anos 90 e que também tinha o título brasileiro de Os Suspeitos, brilhantemente estrelado por Kevin Spacey antes dos escândalos. Bom, analogias a parte, o filme consegue contar uma história muito bem bolada, de forma envolvente, com drama sério, atmosfera de tensão, procurando fugir de clichês do gênero, provocando nossa preocupação com os personagens e até mesmo com os prováveis "suspeitos". Atuação de Jake Gyllenhaal é sempre convincente e neste filme ele está ótimo dentro da personalidade seca do policial recluso, ou melhor, do aprisionamento emocional deste e com seus tiques pontuais. Já Hugh Jackman é a surpresa. Não que eu já não o considere um bom ator, porque gosto de sua atuação há anos, mas em Prisioneiros ele está visceral nas explosões do personagem Dover e comedido quando o personagem pede o também aprisionamento de suas ações e emoções. Algemas, cativeiro, prisões de diversos tipos, físicas, emocionais, mentais, contrastando a belíssima paisagem com algo também claustrofóbico. Perfeito. Fotografia linda, roteiro bem construído, direção eficaz, frieza, sensorial, triste e bem contado sem precisar dar desfechos explícitos, não nos tachando de bobos.
A Noiva
1.9 262Como é que a pessoa se levanta de manhã e corre pra fazer um roteiro e um filme desses? O mais engraçado é que o Cinemark aqui da minha região põe poucos filmes legendados no turno da tarde, principalmente de terror, aí quando vi que teria um filme legendado corri toda alegrinha para o cinema e de repente me vem um dublado em inglês ahahahaha Eles não me enganaram, era legendado :D Piadas a parte, nada funcionou, o filme é tão ruim que deu até desprezo pela protagonista, sem me importar se ela ficava ou não dentro de um caixão casada, noiva, virgem ou não. Aliás, a mulher é a cara da noiva cadáver só que sem a graciosidade da personagem do Tim Burton. Essa é Irritante, fraca, num filme vazio, mau dirigido, descartável.
Liga da Justiça
3.3 2,5K Assista AgoraNão sei qual o problema das pessoas em aceitar que o Universo da DC preza mesmo pelo aspecto mais sombrio, pela condução séria de temas, e quando tenta fazer gracinha, precisa colocar uma dosagem muito suave, vez que do contrário soa forçado. Bom, apesar de ter gostado muito de Liga da Justiça, o Flash é um desses exemplos que quase saiu da média, mas Ezra deu carisma e chamou para o frescor do jovem aprendiz ultra rápido. Não entro em briga entre Marvel e DC, gosto dos dois universos, mas os heróis da DC são meus favoritos, cada um deles tem uma história substancial e personalidades fortes, além de terem povoado muito mais minha infância. O Batman do Affleck incorporou infinitamente melhor o espírito dessa vez, ficando mais próximo da competência de Bale. Batman é meu alter ego rs. A Mulher Maravilha da Gadot continua tão forte, bela, habilidosa e carismática quanto no filme título da amazona, não diminuída em nada no grupo, pelo contrário, com desfechos importantes. Já o Cyborgue trouxe mistério e um tanto de revolta, mas com a descoberta de seus múltiplos poderes, se achou no heroísmo da Liga. O seu intérprete, Ray, completou com eficiência esse papel. Em se tratando de Momoa, é até difícil respirar, tem o potencial físico e interpretativo que deu ao Aquaman também um alívio a toda seriedade, foi condizente como mestre das águas e postura irreverente para um herói. E, finalmente o Superman, teria que nos oferecer um super renascimento e o fez de certa forma, no corpo de um Henry Cavill cada dia mais lindo e vigoroso para completar a salvação do planeta de forma eficiente. O filme não impressionou, mas conseguiu dosar dessa vez algo que a DC já busca há muito tempo e só encontrou com a Mulher Maravilha, a leveza das histórias em quadrinhos necessária para o entretenimento do cinema sem sair de sua essência realista ou pessimista, como querem alguns. O vilão é meia boca. Confesso que ao ver a primeira cena, tive medo da forma cruel com que surgiu, mas nos minutos subsequentes, perdeu qualquer ameaça que poderia vir a ser. Ainda implico sim com a escuridão exacerbada no visual dos filmes da DC, acho que daria pra dosar mais cores nessa mesma escuridão(com o 3D ficou ainda mais terrível). Porém, eu não acho que a DC deveria tentar imitar a Marvel para o cinema, eu até senti orgulho de Batman vs Superman(ainda que tenha sido um fiasco em múltiplos aspectos), porque trouxe ousadia no formato e personalidade, porém, deveriam seguir a mesma linha fazendo apenas ajustagens ao funcionamento dessas histórias para o cinema. Quem cria é capaz. O filme é muito bom, mas concordo com muitas críticas que estão fazendo a ele, só não acho que elas o diminuem tanto.
Moana: Um Mar de Aventuras
4.1 1,5KTem nem o que dizer, animação boa pra caramba. Já vi umas 4 vezes contando com a do cinema e não canso. Moana é de roteiro simples, mas funcional, tranquilizante, otimista, empoderado, fraternal, ligado as raízes, a natureza, enfim, só de conseguir nosso bem-estar já bastou. Os diálogos não são dos mais inspiradores, mas também não decepcionam. As músicas são grudentas(no bom sentido), e com destaque emocional para "Opetaia Foa'i, Pra Ir Além" , sim, não sei o que ela aciona em mim, se na letra, na melodia ou na canção inteira, o botão do choro. Choro feito bebê. Além de Maui, gabolando com "de nada", Saber quem sou, Brilhe, enfim, infinitas músicas organicamente colocadas no contexto, divertidas e pontuais. Os detalhes são lindos, desde o cabelo da jovem de motunui até os movimentos das danças, as cores do filme, do mar, do céu, das matas. Então é isso, não peço muito de uma animação que nos deu tanto, a identificação a grandiosidade de Moana.
Jogo Perigoso
3.5 1,1KStephen King sempre rende no mínimo um bom roteiro se bem adaptado. Todo o universo do indivíduo com seus dilemas psicológicos ou pessoais descarregado numa situação limite ou de terror. Em Jogo Perigoso não é diferente, e digo que não deve ser fácil criar um filme em cenário único, com personagens limitados a uma só mente, imóvel e ainda assim trazer discussões substanciais que revelam a história. E claro, tudo isso regado a medo, horror, suspense e assuntos bem indigestos mas, necessários de serem incessantemente debatidos. Aliás, há vários tipos de horrores, certamente a personagem central vivenciou alguns com cicatrizes enormes e bloqueios maiores ainda. Carla Gugino se supera ao dar vida a Jessie. Ótimo.
Thor: Ragnarok
3.7 1,9K Assista AgoraNenhum dos filmes do Thor foram substancialmente ótimos, mas certamente, a proposta que a Marvel e o universo desse herói quer passa nos longas é o da descontração. E consegue. O Deus nórdico, além de extremamente belo(Chris Hemsworth veste na exatidão), é uma mistura de soberba com bondade, o que o torna deveras humano e interessante. Não é todo certinho, e como ele mesmo diz no filme, do jeito errado dele, ele consegue trazer a coisa certa. Manda em trovões e na bagaça toda. Este terceiro filme é dado ao humor, é jocoso do início ao fim, e até sua vilã, Hela, muito embora perfeitamente interpretada por Blanchett, carrega uma fúria da qual sabemos, não será páreo ao final. A Tessa como Valkyrie está tão no time correto da personagem e do filme que rouba a cena quando aparece, em parceria com Hulk então, ótimos. Loki,, sempre numa dubiedade de sentimentos, mas de personalidade impositiva, complementa as ótimas cenas com Thor. Enfim, me divertir muito, dou três estrelas, porque o roteiro é sim meia boca e o excesso de piadas autoexplicativas, quando esmiuçadas, faz sentir como se fôssemos burros e infantis. Mas, Thor tem um dos visuais mais incríveis dos movies of heroes da Marvel, tanto que senti uma dor ao final, spoiler(ao ver Asgard descendo). Entretenimento leve e não decepcionou.
A Morte Te Dá Parabéns
3.3 1,5KNa verdade, segue uma linha de humor negro, mais humor que terror, muito típicos dos anos 80 e 90 e que cumpre seu papel de divertir, mais que assustar, muito embora consiga transmitir alguma ideia macabra da morte e dejà vu inevitáveis repetidas vezes(aliás, Triângulo do Medo, um filme de terror ótimo, desenvolve bem melhor essa ideia e mais a sério). A Morte te dá Parabéns tem sim uma moral, mas é bem simplória, condizendo com o teor do roteiro do filme. No geral, é bom se você não o leva a sério como filme de terror, aliás, isso é que é legal, ele não se pretende sério, apenas une uma saga juvenil numa mistureba de comédia, sustos e revelações. Divertimento.