Sim, vale o ingresso pelo empoderamento feminino no cinema e nas histórias de heróis, mas confesso que não gostei tanto assim do filme. Confuso, muito embora o roteiro seja simplório e dava pra entender, não foi das melhores narrativas. Imagem escura e fosca, a Capitã(por mais que se justifique o comportamento meio frio e rude de acordo com a condição de sua história) de fato não é das mais carismáticas e Brie Larson só segue a risca o que lhe é dado, nisso ela fez bem. Samuel e seu Fury dá um tom mais leve e engraçado, porém, muitas vezes soa forçoso pra mim. Os vilões são o de menos aqui, porque a trama de origem diferentona é o que interessa. É isso, fora da pressa pra inserir a Capitã Marvel nos Vingadores, acho que dava pra ter feito melhor.
Eu deixei de comentar aqui quando vi o filme há algumas semanas por não ter gostado da forma como abordou o tema racismo. Sim, geralmente, quando tenho raiva de um filme, logo venho esbravejar, mas não foi o caso de Green Book, eu primeiramente processei a ideia sobre ser um filme de white savior, relativizei o fato de algumas cenas trazerem discussões importantes, inclusive nos discursos dos personagens centrais, mas sempre refletindo sobre o disfarce ideológico que prega o antirracismo, a construção de uma amizade irreal e a desconstrução de um branco racista e caricato(desculpa Viggo, você é um dos maiores atores desse planeta, mas é isso). O formato da narrativa é razoavelmente bom, a história entre duas pessoa extremamente diferente e com realidades diferentes é sempre bem-vinda em meio ao humor e o drama(pensa lá em Intocáveis), mas quando tratamos de temas delicados e fortes ao mesmo tempo, precisamos dar luta honesta pra eles, ou seja, só tratar de racismo se tiver o olhar de alguns negros, pelo menos numa prévia pesquisa, para direcionar a história pro lado mais certeiro do tema, sem estereótipos ou visão preconceituosa. Mahershala Ali me encanta muito, é um puta ator, merece trocentos Oscars, mas o filme é problemático justamente para o seu personagem.
Espanhol gosta de uma novela e brasileiro idem, por isso que acham qualquer porcaria uma maravilha. Filme fraco demais, quer passar de romance cult ou plots que revelam um grande segredo, quando na verdade é um emaranhado de cenas óbvias e mal feitas, sem sentido mesmo. Eu fui até o fim, porque dividi em parcelas, fui tomar água, ajeitar a janta, dar um telefonema, pra só depois terminar. Deu não.
Garotas nada exemplares e comédia meia-boca. Com ressalva de que Garota Exemplar é um filmaço de roteiro bem original e direção impecável, esse Um Pequeno Favor só se inspirou em alguma coisinha. Salvou alguma coisa, mas no geral, um apanhado de clichês. Dá pra perceber que ele não liga muito pra passar de thriller surpreendente, quer mais ser uma brincadeira com o suspense dando um ar nonsense e descomprometido. O problema é que o roteiro é meio vazio de sentido, até pra filmes mais zoados ou de comédia, isso tem que ficar claro. Se tivesse dado conteúdo consubstanciado, talvez funcionasse como uma ótima comédia, o que não foi.
Gostar de uma personalidade soberba de uma super dotada das idéias só é possível com uma interpretação sensível e intuitiva, Bel Powley consegue isso, porque mesmo com super QI, Carrie tem aquela cara de inocente que nem tem noção de estar magoando alguém, pelo contrário, ela sofre e se magoa o tempo todo com a realidade dos meros mortais. A história é simples, sem grandes dilemas, mas acho que a proposta do filme é essa mesmo, de mostrar a condição de alguém que não se insere socialmente, que tem dificuldades em se relacionar pela condição intelectual diferenciada e também, trazer algumas discussões paralelas sobre relacionamentos amorosos e familiares ou amadurecimento de uma adolescente prodígio. Gostei, me prendeu e teve algumas cenas e diálogos inspirado, fez rir um pouco.
É interessante como o Boxe é um esporte que não me causa quase nenhum interesse e eu adoro os filmes do Rocky Balboa, sendo a pancadaria nos ringues a parte em que mais me diverti e concentrei no filme, tanto em Creed I como em Creed II. Portanto, apesar de em Creed 1 a luta ter o teor épico sem cortes(maravilhoso), nesse segundo longa, um pouco mais modesto mas, continua a bela coreografia, a naturalidade com que surgem na tela e as atuações são um trabalho de direção incrível. O drama apresentado também é eficiente, muito embora a história não seja lá um poço de criatividade, ela está coerente com tudo que veio antes referente a série Rocky e principalmente, em relação ao filme Rocky IV que rendeu uma ótima dobradinha, uma saudosa lembrança. Aliás, todos sabemos que a franquia Rocky é mais sobre dilemas humanos que sobre boxe Vale a conferida nos ótimos Michael B. Jordan, Sylvester Stallone, Tessa Thompson e até o Dolph Lundgren, aqui falando bem mais que no ano de 1985.
Shyamalan de volta para fechar a saga dos Vilões e heróis de seus universo inusitado dos quadrinhos. Vi alguns defeitos no roteiro, nos diálogos e na morosidade de uma parte do filme, mas precisamente no segundo ato que bateu um soninho e isso não é bom. Porém, no geral, Vidro é um filme bom. Sim, faltou um tanto de capricho em seduzir o público com certas cenas de suspense(habilidade ímpar do diretor indiano), se ater a algumas pieguices dialógicas e erros infantis. Os personagens das múltiplas personalidades de Fragmentado aqui não tiveram uma coerência certeira, não por culpa de McAvoy(estupendo em fazer a transição de um caráter pra outro), mas do próprio roteiro que não amarrou isso. Bruce restaurou o David com a maturidade absoluta, protagonizando quando deu e deixando espaço para os outros brilharem mais dessa vez, já que sua história já havia sido melhor contada no passado. Samuel na medida de Sr. Vidro como foi em Corpo Fechado, aqui remexeu as nuances apáticas e maquiavélicas de seu personagem e enganou até a mim com sua mente brilhante. Um personagem, diga-se de passagem controverso, com auto-afirmação de vilão, mas cheio de razões heroicas, articulações geniais e métodos baixos. E apesar de sua aparente fisicalidade quebrável como vidro, na real todos os protagonistas representam a fragilidade e os fragmentos de algo quebrado por trás de sua força. Aliás, reside aí ao meu ver a filosofia principal dessa historinha em quadrinhos, em mostrar que qualquer um de nós temos esse poder, até o mais doente, o mais molestado, o mais traumatizado e simples homem/mulher do povo pode arrancar de sua pior parte, do seu pior sofrimento, uma força sobrenatural que o torna herói, ou vilão, seja lá qual caminho escolhes. Enfim, amo Corpo Fechado, gosto muito de Fragmentado e apesar dos problemas aqui nesse filme, inclusive alguns amadores, Vidro me deu vários picos de felicidade. Ah, convenhamos, em meio a tantos filmes lugar comum, Shyamalan, ainda traz algo de único.
Não assisti a versão de 71, mas seguindo a visão de críticos aos quais eu confio sobremaneira, esse filme atual tem um olhar feminino certeiro que tirou muito do machismo e misoginia daquele original. Gostei, mas não amei nem o filme e nem o estranho. Mas, sem dúvida me envolveu pelo erotismo sugerido nos personagens e a curiosidade por saber que fim se daria ao fanfarrão.
Fazendo um trocadilho, não é um grande filme, mas busca ser original e isso me desperta um sentimento de interesse mesmo em meio a tantas irregularidades. Ele valeria o ingresso por cenas belas, por boa parte das reflexões, por algumas risadas descomprometidas e principalmente, pelas situações e relações inusitadas, ainda que para um mundo paralelo minúsculo e alternativo. As mazelas sociais ainda estão lá, em tamanho menor mas, proporcionalmente gigantescas atingindo cada personagem, assim como é no mundo real. O sonho com um lugar melhor, uma vida melhor, a sobrevivência, o medo, estão todos lá. Talvez, o que mais conte pontos é que boa parte das pessoas pequenas, para tomar tamanha decisão, deveriam ser interessantes num profundo aspecto psicológico que infelizmente, o filme não soube abordar pra todo mundo. Jogou com o drama e a comédia sim e isso não é o problema. O problema é não ter amarrado uma história mais coerente, estimulante e com força, ficou em situações soltas, ainda que interessantes, mas desconectadas, e até as críticas a superpopulação, questões ambientais, capitalismo etc ficaram superficiais na maioria das vezes. Mas, como falei, vale ter paciência e apreciar essas situações isoladas. Damon com a habitual simpatia e interpretação justa, Waltz deu o tom certo ao personagem sarcástico e boa vida, mas quem brilhou nisso tudo foi Hong Chau, a tagarela mais sincera e emotiva de Omaha.
Jura que tem gente avaliando sério esses filmes de comédia semelhante aos da globo filmes? Isso é um programão televisivo projetado no telão, é tão típico aqui no Brasil esse tipo de comédia, que eu já aprendi a vê-los sem pensar em roteiro, direção, etc. Geralmente não pago o cinema, assisto quando chega em casa, mas valeu o ingresso pra rir um pouco. O filme fez bem melhor que muitos outros da mesma linha, porque o Paulo Gustavo é engraçado até quando é repetitivo e a Mônica é bem simpática e sabe ter o timing cômico com o parceiro. Além disso, ele fala de algo que o público, principalmente o feminino precisa hoje em dia, um desligamento das amarras boas ou ruins(homens, trabalho, filhos) respirando uma vida mais livre, aliás, conectada apenas por amigos, pois sem eles não dá pra voltar a realidade mais leve. É meio que uma infantilização do adulto, mas as vezes necessária.
Senti influência de Ensaio sobre a Cegueira, a curiosidade de Os pássaros, uma dose forte de Fim dos Tempos e algumas dificuldades parecidas com Um Lugar Silencioso, mas não consegue impôr o carisma de nenhum desses. Bird Box é um filme bom no geral, mas não o suficiente para marcar memórias por algo original. Algumas cenas emocionam, mas de tão previsíveis, não são intensas nem se sustentam. A história é razoável, mas com duas horas de duração, jogaria muita coisa no lixo e investiria em criar tensão, mais diálogos, menos personagens e dar mais personalidade a alguns deles. Acabou transformando as relações em clichês e mais uma história de salvamento no apocalipse, em que no fim tu se sente extremamente feliz caso a família principal se salve, ainda que o resto se lasque. Sandra Bullock é eficiente pra drama e comédia e tem um carisma inegável em qualquer dessas situações, ainda que sua personagem Malorie seja um tantinho antipática, com perdão do trocadilho, ela sempre será a miss simpatia. As crianças foram ok e a "garota" brilhou mais. John Malkovich e Sarah Paulson chamam a atenção pra si quando surgem, Trevante Rhodes convence com doçura, beleza e um tanto de heroísmo, LilRel Howery se confirma no humor pontual, o elenco tá muito bem, mas não pode fazer muito com o roteiro simples. Fotografia linda, principalmente a da travessia no rio. É o tipo de suspense que adoro, recomendo, mas faltou uma inteligência maior.
É um thriller que vale a pena conferir. A história se valha de alguns clichês do gênero terror, mas também traz muito de elementos originais em desfecho bem bolado. O enfoque em crianças, jovens, família, união, segredos e amor promove um bom drama com atuações ótimas e personagens cativantes. A direção soube montar cenas que davam medo, mesmo sendo simples e sem grandes conclusões, a atmosfera desconfortante foi eficiente.
Convenhamos, é um filme que se valha das coincidências pra ser bom, quando na verdade é só um drama óbvio. A todo momento eu respirei clichês numa embalagenzinha diferente. Tem um primeiro ato razoável, tentando esmiuçar a vida do casal que deu início a todas as tragédias, com pontos tristes e irônicos ao mesmo tempo, mas nada de grandioso, apenas seus destinos afetarão e desenharão o futuro de seus entes. Tem um segundo ato que tenta amarrar a continuação dessa história e suas consequências na vida de pais e filhos e tem um terceiro ato que trata das coincidências, claro, primeiro apresentando a história pra que possamos entender e depois unindo as pontas. O encerramento é água com açúcar. Não é filme de plot twist(já sabia o desenrolar desde a metade) e não é isso que faz dele mais ou menos, mas sim a falta de substância do roteiro, as vezes moroso, as vezes apressado ou superficial e no final, nos entrega mais uma daquelas histórias que mesmo sem ser original, acabamos nos envolvendo e gostando. Por isso, penso ser um bom filme, mas só.
Na infância eu não era uma grande adoradora das bonecas, pegava os bonecos de meus irmãos, dentre eles o Aquaman e levava pra mergulhar na pia do banheiro :) Filme lindo demais, ai, Momoa é um escândalo de homem(não tem como ficar indiferente a imponência e beleza) e teve um encaixe afinado no papel. O colorido ficou radiante mas, sem perder a atmosfera sombria da DC e por fim, dosou ação, efeitos especiais e piadas corretas. O fundo do mar ficou tão diverso quanto divertido, belíssimo o cenário de Atlantis e tem planos de tirar o fôlego. Os outros atores também estão no encaixe de seus personagens, com destaque para Patrick Wilson, Willem Dafoe e Nicole Kidman que convencem e têm ótimas cenas e diálogos. Jason é o Aquaman vestido como uma luva(ou um rei, ou um herói), convenceu e enriqueceu com seu carisma habitual no papel já apresentado em Liga da Justiça. Cinema prazeroso e por falar em prazeroso... ai, Momoa, novamente.
Tudo que eu já tinha pra falar sobre Back to the Future eu já disse durante minha adolescência inteira. É a mistura de ficção científica, comédia, aventura e young movie mais perfeita pra mim. Uma história montada com precisão, inteligência, narrativa envolvente, roteiro maravilhoso, trama bem bolada nas reviravoltas entre o futuro, o passado e o presente, com uma ótima direção. As atuações afiadas de Michael J. Fox e Christopher Lloyd são expressadas numa das melhores interações de personagens já vistas no cinema, o Doutor e Marty. Elenco maravilhoso e inesquecível. A canção The Power of Love embala até hoje minhas melhores trilhas. É um filme 5 estrelas, aliás, a trilogia toda é 5 estrelas.
É um filme em que a crítica mais sagaz diz ser tecnicamente ótimo, mas o público pop é bem dividido nessa aceitação. Eu sou do tipo que reconheço os méritos do filme e sou capaz de dizer como uma espectadora equilibrada que ele peca no quesito envolvimento. É de fato uma história bem roteirizada, a direção é eficaz, as atuações são glorificadas, com destaque é claro, pra irretocável Viola Davis, as críticas e abordagens sociais nos aspectos políticos, raciais, de gênero, são integradas ao filme de forma orgânica e se tornando parte essencial dele, mais até que sua trama de assalto ou suas reviravoltas(essas ao meu ver, o ponto mais fraco, além do tempo estendido para além do necessário). O realismo com que as situações são tratadas tornam o filme mais próximo de nós, então, vai 4 estrelas com gosto.
Comédia dramática como Os Descendentes é um gênero que gosto muito, pois comumente elas carregam a dose certa dos dois gêneros e nos presenteia com ótimos diálogos que hora faz rir e hora faz chorar. A história mostra com seriedade as relações humanas com família e amigos após tragédia em vida pessoal, dos dilemas do personagem central belamente interpretado por George Clooney, porém de forma descontraída, sem deixar que o dramalhão se imponha. Não é uma obra impecável, mas tem roteiro muito bom, atuações ótimas e narrativa envolvente. Faz um tempinho, mas sempre vale dar uma conferida.
O que tenho pra dizer sobre esta sequência de Animais Fantásticos é que, ao contrário do primeiro filme, esse eu tive um pouco mais de dificuldades para aderir a história, o que parece meio estranho, já que deveria estar mais familiarizada com a continuação. Entendo que seria mais fácil, caso conhecesse melhor este universo Harry Potter. A toda hora eu tinha a impressão que para os fãs foi bem mais fácil degustar o filme, pois apesar de ficar extremamente incomodada com longas muito didáticos, penso que neste caso o roteiro necessitava de uma abordagem mais clara e organizada, facilitaria o envolvimento com um filme que é deveras inventivo e criativo. O universo é muito fantasioso mesmo, gosto do visual imponente, de magia e animais incríveis, os personagens são interessantes, a abordagem política cai como uma luva ao momento, fascismo em foco pelo personagem Grindelwald(aliás, Depp está ótimo, impecável). E, as cenas finais de ação revelaram tantas analogias com a vida real, o discurso "bonito" que esconde a intenção maldosa, que camufla o senso de superioridade e desumanização da outra parte, foi uma abordagem que empolgou aos mais atentos. Redmayne continua vestindo como uma luva o bruxo Newt, afinado com os animais e Jude Law abrilhantou com força Dumbledore jovem. Ezra, Zoe e Waterston defendem seus personagens com bastante personalidade também. Valeu por todo o conjunto que me fez ficar ligada o tempo todo, atiçou curiosidade para o próximo filme e até certo ponto, foi emocionante.
O filme teve bons momentos, com introdução bem dirigida, continua com a câmera nervosa acompanhando todo o caos de transformações dos infectados. Mas, depois disso perdeu-se em longa história vazia, personagens centrais chatos e absurdos de roteiro, só se achando depois de mais da metade pro final do filme, e mesmo assim, continuou a não ter nada de original ou empolgante. O primeiro filme é muito superior, muito melhor mesmo, até no elenco, com Cillian Murphy, Naomie Harris, Brendan Gleeson desbravando a seriedade de cada personagem.
Filmes de contágio e zumbis não sobreviveram antes dessa obra do gênero. Extermínio é uma experiência intensa provocada por um roteiro bem escrito, uma série de personagens bem criados e bem interpretados e isso é importante para as emoções fluírem a cada ameaça de um monstrengo, movendo nossas preocupações. Os zumbis são mostrados numa câmera nervosa mas, controlada ao mesmo tempo, muito bem empregada as cenas de perseguição, suspense, luta, tudo isso perfeito para a atmosfera de terror e a sensação de medo e ansiedade criados. Boa maquiagem e bons efeitos, diálogos pertinentes e finalização aliviadora. Cillian Murphy, Naomie Harris, Brendan Gleeson cada qual com sua ótima atuação.
Gostaria imensamente de dar aqui as 5 estrelas para o filme Bohemian Rhapsody, porque o Queen é sem dúvida uma das maiores bandas que já ouvi na vida e tem músicas tão magníficas que estão no top clássicos de todos os tempos. Além disso, os anos 70 e 80 são minhas lembranças mais agradáveis de infância, me fazendo bem lembrar que fui cercada por música de verdade numa fase tão precoce. Porém, o filme tem muitos defeitos, o roteiro é fraco, as personalidades dos membros da banda são pouco desenvolvidas, ou passadas de forma fácil demais, inclusive o próprio Freddie, que não teve o aprofundamento sobre ele como pessoa e como músico, uma personalidade que na vida real deve ter muitas nuances e foi deturpada para melhor atender ao que o público almeja. Saí sem entender muito mais do universo do Queen do que já sabia, não existem cenas emocionantes que fujam as músicas(essas, de fato emocionam e nem precisariam se esforçar muito). As interpretações estão ótimas e Rami Malek atribuiu minuciosidade ao personagem, várias vezes senti como se fosse mesmo Mercury. Porém, é perfeitamente possível que tenha gostado do filme, me emocionado e mesmo assim, não deixe de reconhecer os defeitos nele, o quão raso acabou sendo. Destaque positivo pra caramba para Live Aid, uma retratação perfeita.
Halloween sempre foi um filme medíocre e mesmo passando minha infância e adolescência inteira cercada pela série, nunca ficou na memória. Aliás, terrores nessa linha(sexta feira 13, a hora do pesadelo) eram apenas pra rir com sustos e criar vilões para uma juventude meio boba. Deu certo, pois lembramos mais do Jason, Freddy Krueger ou Michael que dos seus respectivos filmes. Essa é só mais uma continuação sem graça, nem os sustos têm tanto efeito, trama escrita num rascunho qualquer e interpretações ruins, inclusive da Jamie Lee Curtis que não pode fazer muito com sua personagem. Eu só dou um desconto para uma cena na estrada à noite(belíssima fotografia e se tivesse tido a importância correta, a atmosfera de terror teria sido ótima, mas estragaram com diálogos bestas, ações tolas de personagens, enfim). E o ato final, que de fato traz um tanto de energia feminina e uma inteligência mínima. Mas, é insuficiente, pois quando um filme me faz bocejar ou me irrita na maior parte do tempo, não dá.
Entreter, até uma samambaia no vento consegue. O povo fala como se fosse um grande mérito. Eu não achei o filme de todo ruim, mas é fraco no geral, cheio de furos no roteiro, com apresentação longa e improdutiva do personagem central, interação entre personagens sem sentido, vilão raso, briga de Aliens que não empolgou muito, piadas as vezes mal colocadas. Aliás, aqui dou pausa para falar, só me envolveu pela interação hospedeiro Eddie(gosto da composição de Hardy) e Venom, boa sacada de diálogos e humor entre eles, mas isso é pouco. Vejo que a indústria do subgênero super heróis, como se já não bastasse produzir trocentos filmes por ano e cansando até o público oba-oba, ainda vem com anti-heróis ou vilões em filmes exclusivos. Parece que não quer dar pausa enquanto vende pipoca no cinema. Gosto do gênero até certo ponto, mas convenhamos, que overdose de mesmice!
Capitã Marvel
3.7 1,9K Assista AgoraSim, vale o ingresso pelo empoderamento feminino no cinema e nas histórias de heróis, mas confesso que não gostei tanto assim do filme. Confuso, muito embora o roteiro seja simplório e dava pra entender, não foi das melhores narrativas. Imagem escura e fosca, a Capitã(por mais que se justifique o comportamento meio frio e rude de acordo com a condição de sua história) de fato não é das mais carismáticas e Brie Larson só segue a risca o que lhe é dado, nisso ela fez bem. Samuel e seu Fury dá um tom mais leve e engraçado, porém, muitas vezes soa forçoso pra mim. Os vilões são o de menos aqui, porque a trama de origem diferentona é o que interessa. É isso, fora da pressa pra inserir a Capitã Marvel nos Vingadores, acho que dava pra ter feito melhor.
Green Book: O Guia
4.1 1,5K Assista AgoraEu deixei de comentar aqui quando vi o filme há algumas semanas por não ter gostado da forma como abordou o tema racismo. Sim, geralmente, quando tenho raiva de um filme, logo venho esbravejar, mas não foi o caso de Green Book, eu primeiramente processei a ideia sobre ser um filme de white savior, relativizei o fato de algumas cenas trazerem discussões importantes, inclusive nos discursos dos personagens centrais, mas sempre refletindo sobre o disfarce ideológico que prega o antirracismo, a construção de uma amizade irreal e a desconstrução de um branco racista e caricato(desculpa Viggo, você é um dos maiores atores desse planeta, mas é isso). O formato da narrativa é razoavelmente bom, a história entre duas pessoa extremamente diferente e com realidades diferentes é sempre bem-vinda em meio ao humor e o drama(pensa lá em Intocáveis), mas quando tratamos de temas delicados e fortes ao mesmo tempo, precisamos dar luta honesta pra eles, ou seja, só tratar de racismo se tiver o olhar de alguns negros, pelo menos numa prévia pesquisa, para direcionar a história pro lado mais certeiro do tema, sem estereótipos ou visão preconceituosa. Mahershala Ali me encanta muito, é um puta ator, merece trocentos Oscars, mas o filme é problemático justamente para o seu personagem.
Árvore de Sangue
3.4 78 Assista AgoraEspanhol gosta de uma novela e brasileiro idem, por isso que acham qualquer porcaria uma maravilha. Filme fraco demais, quer passar de romance cult ou plots que revelam um grande segredo, quando na verdade é um emaranhado de cenas óbvias e mal feitas, sem sentido mesmo. Eu fui até o fim, porque dividi em parcelas, fui tomar água, ajeitar a janta, dar um telefonema, pra só depois terminar. Deu não.
Segunda Opinião
2.6 16Vai ser ruim assim lá na pqp
Um Pequeno Favor
3.3 691 Assista AgoraGarotas nada exemplares e comédia meia-boca. Com ressalva de que Garota Exemplar é um filmaço de roteiro bem original e direção impecável, esse Um Pequeno Favor só se inspirou em alguma coisinha. Salvou alguma coisa, mas no geral, um apanhado de clichês. Dá pra perceber que ele não liga muito pra passar de thriller surpreendente, quer mais ser uma brincadeira com o suspense dando um ar nonsense e descomprometido. O problema é que o roteiro é meio vazio de sentido, até pra filmes mais zoados ou de comédia, isso tem que ficar claro. Se tivesse dado conteúdo consubstanciado, talvez funcionasse como uma ótima comédia, o que não foi.
O Mundo De Carrie Pilby
3.4 20Gostar de uma personalidade soberba de uma super dotada das idéias só é possível com uma interpretação sensível e intuitiva, Bel Powley consegue isso, porque mesmo com super QI, Carrie tem aquela cara de inocente que nem tem noção de estar magoando alguém, pelo contrário, ela sofre e se magoa o tempo todo com a realidade dos meros mortais. A história é simples, sem grandes dilemas, mas acho que a proposta do filme é essa mesmo, de mostrar a condição de alguém que não se insere socialmente, que tem dificuldades em se relacionar pela condição intelectual diferenciada e também, trazer algumas discussões paralelas sobre relacionamentos amorosos e familiares ou amadurecimento de uma adolescente prodígio. Gostei, me prendeu e teve algumas cenas e diálogos inspirado, fez rir um pouco.
Creed II
3.8 540É interessante como o Boxe é um esporte que não me causa quase nenhum interesse e eu adoro os filmes do Rocky Balboa, sendo a pancadaria nos ringues a parte em que mais me diverti e concentrei no filme, tanto em Creed I como em Creed II. Portanto, apesar de em Creed 1 a luta ter o teor épico sem cortes(maravilhoso), nesse segundo longa, um pouco mais modesto mas, continua a bela coreografia, a naturalidade com que surgem na tela e as atuações são um trabalho de direção incrível. O drama apresentado também é eficiente, muito embora a história não seja lá um poço de criatividade, ela está coerente com tudo que veio antes referente a série Rocky e principalmente, em relação ao filme Rocky IV que rendeu uma ótima dobradinha, uma saudosa lembrança. Aliás, todos sabemos que a franquia Rocky é mais sobre dilemas humanos que sobre boxe Vale a conferida nos ótimos Michael B. Jordan, Sylvester Stallone, Tessa Thompson e até o Dolph Lundgren, aqui falando bem mais que no ano de 1985.
Vidro
3.5 1,3K Assista AgoraShyamalan de volta para fechar a saga dos Vilões e heróis de seus universo inusitado dos quadrinhos. Vi alguns defeitos no roteiro, nos diálogos e na morosidade de uma parte do filme, mas precisamente no segundo ato que bateu um soninho e isso não é bom. Porém, no geral, Vidro é um filme bom. Sim, faltou um tanto de capricho em seduzir o público com certas cenas de suspense(habilidade ímpar do diretor indiano), se ater a algumas pieguices dialógicas e erros infantis. Os personagens das múltiplas personalidades de Fragmentado aqui não tiveram uma coerência certeira, não por culpa de McAvoy(estupendo em fazer a transição de um caráter pra outro), mas do próprio roteiro que não amarrou isso. Bruce restaurou o David com a maturidade absoluta, protagonizando quando deu e deixando espaço para os outros brilharem mais dessa vez, já que sua história já havia sido melhor contada no passado. Samuel na medida de Sr. Vidro como foi em Corpo Fechado, aqui remexeu as nuances apáticas e maquiavélicas de seu personagem e enganou até a mim com sua mente brilhante. Um personagem, diga-se de passagem controverso, com auto-afirmação de vilão, mas cheio de razões heroicas, articulações geniais e métodos baixos. E apesar de sua aparente fisicalidade quebrável como vidro, na real todos os protagonistas representam a fragilidade e os fragmentos de algo quebrado por trás de sua força. Aliás, reside aí ao meu ver a filosofia principal dessa historinha em quadrinhos, em mostrar que qualquer um de nós temos esse poder, até o mais doente, o mais molestado, o mais traumatizado e simples homem/mulher do povo pode arrancar de sua pior parte, do seu pior sofrimento, uma força sobrenatural que o torna herói, ou vilão, seja lá qual caminho escolhes. Enfim, amo Corpo Fechado, gosto muito de Fragmentado e apesar dos problemas aqui nesse filme, inclusive alguns amadores, Vidro me deu vários picos de felicidade. Ah, convenhamos, em meio a tantos filmes lugar comum, Shyamalan, ainda traz algo de único.
O Estranho que Nós Amamos
3.2 615 Assista AgoraNão assisti a versão de 71, mas seguindo a visão de críticos aos quais eu confio sobremaneira, esse filme atual tem um olhar feminino certeiro que tirou muito do machismo e misoginia daquele original. Gostei, mas não amei nem o filme e nem o estranho. Mas, sem dúvida me envolveu pelo erotismo sugerido nos personagens e a curiosidade por saber que fim se daria ao fanfarrão.
Pequena Grande Vida
2.7 431 Assista AgoraFazendo um trocadilho, não é um grande filme, mas busca ser original e isso me desperta um sentimento de interesse mesmo em meio a tantas irregularidades. Ele valeria o ingresso por cenas belas, por boa parte das reflexões, por algumas risadas descomprometidas e principalmente, pelas situações e relações inusitadas, ainda que para um mundo paralelo minúsculo e alternativo. As mazelas sociais ainda estão lá, em tamanho menor mas, proporcionalmente gigantescas atingindo cada personagem, assim como é no mundo real. O sonho com um lugar melhor, uma vida melhor, a sobrevivência, o medo, estão todos lá. Talvez, o que mais conte pontos é que boa parte das pessoas pequenas, para tomar tamanha decisão, deveriam ser interessantes num profundo aspecto psicológico que infelizmente, o filme não soube abordar pra todo mundo. Jogou com o drama e a comédia sim e isso não é o problema. O problema é não ter amarrado uma história mais coerente, estimulante e com força, ficou em situações soltas, ainda que interessantes, mas desconectadas, e até as críticas a superpopulação, questões ambientais, capitalismo etc ficaram superficiais na maioria das vezes. Mas, como falei, vale ter paciência e apreciar essas situações isoladas. Damon com a habitual simpatia e interpretação justa, Waltz deu o tom certo ao personagem sarcástico e boa vida, mas quem brilhou nisso tudo foi Hong Chau, a tagarela mais sincera e emotiva de Omaha.
Minha Vida em Marte
3.5 478Jura que tem gente avaliando sério esses filmes de comédia semelhante aos da globo filmes? Isso é um programão televisivo projetado no telão, é tão típico aqui no Brasil esse tipo de comédia, que eu já aprendi a vê-los sem pensar em roteiro, direção, etc. Geralmente não pago o cinema, assisto quando chega em casa, mas valeu o ingresso pra rir um pouco. O filme fez bem melhor que muitos outros da mesma linha, porque o Paulo Gustavo é engraçado até quando é repetitivo e a Mônica é bem simpática e sabe ter o timing cômico com o parceiro. Além disso, ele fala de algo que o público, principalmente o feminino precisa hoje em dia, um desligamento das amarras boas ou ruins(homens, trabalho, filhos) respirando uma vida mais livre, aliás, conectada apenas por amigos, pois sem eles não dá pra voltar a realidade mais leve. É meio que uma infantilização do adulto, mas as vezes necessária.
Caixa de Pássaros
3.4 2,3K Assista AgoraSenti influência de Ensaio sobre a Cegueira, a curiosidade de Os pássaros, uma dose forte de Fim dos Tempos e algumas dificuldades parecidas com Um Lugar Silencioso, mas não consegue impôr o carisma de nenhum desses. Bird Box é um filme bom no geral, mas não o suficiente para marcar memórias por algo original. Algumas cenas emocionam, mas de tão previsíveis, não são intensas nem se sustentam. A história é razoável, mas com duas horas de duração, jogaria muita coisa no lixo e investiria em criar tensão, mais diálogos, menos personagens e dar mais personalidade a alguns deles. Acabou transformando as relações em clichês e mais uma história de salvamento no apocalipse, em que no fim tu se sente extremamente feliz caso a família principal se salve, ainda que o resto se lasque. Sandra Bullock é eficiente pra drama e comédia e tem um carisma inegável em qualquer dessas situações, ainda que sua personagem Malorie seja um tantinho antipática, com perdão do trocadilho, ela sempre será a miss simpatia. As crianças foram ok e a "garota" brilhou mais. John Malkovich e Sarah Paulson chamam a atenção pra si quando surgem, Trevante Rhodes convence com doçura, beleza e um tanto de heroísmo, LilRel Howery se confirma no humor pontual, o elenco tá muito bem, mas não pode fazer muito com o roteiro simples. Fotografia linda, principalmente a da travessia no rio. É o tipo de suspense que adoro, recomendo, mas faltou uma inteligência maior.
O Segredo de Marrowbone
3.7 434 Assista AgoraÉ um thriller que vale a pena conferir. A história se valha de alguns clichês do gênero terror, mas também traz muito de elementos originais em desfecho bem bolado. O enfoque em crianças, jovens, família, união, segredos e amor promove um bom drama com atuações ótimas e personagens cativantes. A direção soube montar cenas que davam medo, mesmo sendo simples e sem grandes conclusões, a atmosfera desconfortante foi eficiente.
A Vida em Si
4.0 338 Assista AgoraConvenhamos, é um filme que se valha das coincidências pra ser bom, quando na verdade é só um drama óbvio. A todo momento eu respirei clichês numa embalagenzinha diferente. Tem um primeiro ato razoável, tentando esmiuçar a vida do casal que deu início a todas as tragédias, com pontos tristes e irônicos ao mesmo tempo, mas nada de grandioso, apenas seus destinos afetarão e desenharão o futuro de seus entes. Tem um segundo ato que tenta amarrar a continuação dessa história e suas consequências na vida de pais e filhos e tem um terceiro ato que trata das coincidências, claro, primeiro apresentando a história pra que possamos entender e depois unindo as pontas. O encerramento é água com açúcar. Não é filme de plot twist(já sabia o desenrolar desde a metade) e não é isso que faz dele mais ou menos, mas sim a falta de substância do roteiro, as vezes moroso, as vezes apressado ou superficial e no final, nos entrega mais uma daquelas histórias que mesmo sem ser original, acabamos nos envolvendo e gostando. Por isso, penso ser um bom filme, mas só.
Aquaman
3.7 1,7K Assista AgoraNa infância eu não era uma grande adoradora das bonecas, pegava os bonecos de meus irmãos, dentre eles o Aquaman e levava pra mergulhar na pia do banheiro :) Filme lindo demais, ai, Momoa é um escândalo de homem(não tem como ficar indiferente a imponência e beleza) e teve um encaixe afinado no papel. O colorido ficou radiante mas, sem perder a atmosfera sombria da DC e por fim, dosou ação, efeitos especiais e piadas corretas. O fundo do mar ficou tão diverso quanto divertido, belíssimo o cenário de Atlantis e tem planos de tirar o fôlego. Os outros atores também estão no encaixe de seus personagens, com destaque para Patrick Wilson, Willem Dafoe e Nicole Kidman que convencem e têm ótimas cenas e diálogos. Jason é o Aquaman vestido como uma luva(ou um rei, ou um herói), convenceu e enriqueceu com seu carisma habitual no papel já apresentado em Liga da Justiça. Cinema prazeroso e por falar em prazeroso... ai, Momoa, novamente.
De Volta Para o Futuro
4.4 1,8K Assista AgoraTudo que eu já tinha pra falar sobre Back to the Future eu já disse durante minha adolescência inteira. É a mistura de ficção científica, comédia, aventura e young movie mais perfeita pra mim. Uma história montada com precisão, inteligência, narrativa envolvente, roteiro maravilhoso, trama bem bolada nas reviravoltas entre o futuro, o passado e o presente, com uma ótima direção. As atuações afiadas de Michael J. Fox e Christopher Lloyd são expressadas numa das melhores interações de personagens já vistas no cinema, o Doutor e Marty. Elenco maravilhoso e inesquecível. A canção The Power of Love embala até hoje minhas melhores trilhas. É um filme 5 estrelas, aliás, a trilogia toda é 5 estrelas.
As Viúvas
3.4 410É um filme em que a crítica mais sagaz diz ser tecnicamente ótimo, mas o público pop é bem dividido nessa aceitação. Eu sou do tipo que reconheço os méritos do filme e sou capaz de dizer como uma espectadora equilibrada que ele peca no quesito envolvimento. É de fato uma história bem roteirizada, a direção é eficaz, as atuações são glorificadas, com destaque é claro, pra irretocável Viola Davis, as críticas e abordagens sociais nos aspectos políticos, raciais, de gênero, são integradas ao filme de forma orgânica e se tornando parte essencial dele, mais até que sua trama de assalto ou suas reviravoltas(essas ao meu ver, o ponto mais fraco, além do tempo estendido para além do necessário). O realismo com que as situações são tratadas tornam o filme mais próximo de nós, então, vai 4 estrelas com gosto.
Os Descendentes
3.5 1,3K Assista AgoraComédia dramática como Os Descendentes é um gênero que gosto muito, pois comumente elas carregam a dose certa dos dois gêneros e nos presenteia com ótimos diálogos que hora faz rir e hora faz chorar. A história mostra com seriedade as relações humanas com família e amigos após tragédia em vida pessoal, dos dilemas do personagem central belamente interpretado por George Clooney, porém de forma descontraída, sem deixar que o dramalhão se imponha. Não é uma obra impecável, mas tem roteiro muito bom, atuações ótimas e narrativa envolvente. Faz um tempinho, mas sempre vale dar uma conferida.
Animais Fantásticos - Os Crimes de Grindelwald
3.5 1,1K Assista AgoraO que tenho pra dizer sobre esta sequência de Animais Fantásticos é que, ao contrário do primeiro filme, esse eu tive um pouco mais de dificuldades para aderir a história, o que parece meio estranho, já que deveria estar mais familiarizada com a continuação. Entendo que seria mais fácil, caso conhecesse melhor este universo Harry Potter. A toda hora eu tinha a impressão que para os fãs foi bem mais fácil degustar o filme, pois apesar de ficar extremamente incomodada com longas muito didáticos, penso que neste caso o roteiro necessitava de uma abordagem mais clara e organizada, facilitaria o envolvimento com um filme que é deveras inventivo e criativo. O universo é muito fantasioso mesmo, gosto do visual imponente, de magia e animais incríveis, os personagens são interessantes, a abordagem política cai como uma luva ao momento, fascismo em foco pelo personagem Grindelwald(aliás, Depp está ótimo, impecável). E, as cenas finais de ação revelaram tantas analogias com a vida real, o discurso "bonito" que esconde a intenção maldosa, que camufla o senso de superioridade e desumanização da outra parte, foi uma abordagem que empolgou aos mais atentos. Redmayne continua vestindo como uma luva o bruxo Newt, afinado com os animais e Jude Law abrilhantou com força Dumbledore jovem. Ezra, Zoe e Waterston defendem seus personagens com bastante personalidade também. Valeu por todo o conjunto que me fez ficar ligada o tempo todo, atiçou curiosidade para o próximo filme e até certo ponto, foi emocionante.
Extermínio 2
3.5 628 Assista AgoraO filme teve bons momentos, com introdução bem dirigida, continua com a câmera nervosa acompanhando todo o caos de transformações dos infectados. Mas, depois disso perdeu-se em longa história vazia, personagens centrais chatos e absurdos de roteiro, só se achando depois de mais da metade pro final do filme, e mesmo assim, continuou a não ter nada de original ou empolgante. O primeiro filme é muito superior, muito melhor mesmo, até no elenco, com Cillian Murphy, Naomie Harris, Brendan Gleeson desbravando a seriedade de cada personagem.
Extermínio
3.7 946Filmes de contágio e zumbis não sobreviveram antes dessa obra do gênero. Extermínio é uma experiência intensa provocada por um roteiro bem escrito, uma série de personagens bem criados e bem interpretados e isso é importante para as emoções fluírem a cada ameaça de um monstrengo, movendo nossas preocupações. Os zumbis são mostrados numa câmera nervosa mas, controlada ao mesmo tempo, muito bem empregada as cenas de perseguição, suspense, luta, tudo isso perfeito para a atmosfera de terror e a sensação de medo e ansiedade criados. Boa maquiagem e bons efeitos, diálogos pertinentes e finalização aliviadora. Cillian Murphy, Naomie Harris, Brendan Gleeson cada qual com sua ótima atuação.
Bohemian Rhapsody
4.1 2,2K Assista AgoraGostaria imensamente de dar aqui as 5 estrelas para o filme Bohemian Rhapsody, porque o Queen é sem dúvida uma das maiores bandas que já ouvi na vida e tem músicas tão magníficas que estão no top clássicos de todos os tempos. Além disso, os anos 70 e 80 são minhas lembranças mais agradáveis de infância, me fazendo bem lembrar que fui cercada por música de verdade numa fase tão precoce. Porém, o filme tem muitos defeitos, o roteiro é fraco, as personalidades dos membros da banda são pouco desenvolvidas, ou passadas de forma fácil demais, inclusive o próprio Freddie, que não teve o aprofundamento sobre ele como pessoa e como músico, uma personalidade que na vida real deve ter muitas nuances e foi deturpada para melhor atender ao que o público almeja. Saí sem entender muito mais do universo do Queen do que já sabia, não existem cenas emocionantes que fujam as músicas(essas, de fato emocionam e nem precisariam se esforçar muito). As interpretações estão ótimas e Rami Malek atribuiu minuciosidade ao personagem, várias vezes senti como se fosse mesmo Mercury. Porém, é perfeitamente possível que tenha gostado do filme, me emocionado e mesmo assim, não deixe de reconhecer os defeitos nele, o quão raso acabou sendo. Destaque positivo pra caramba para Live Aid, uma retratação perfeita.
Halloween
3.4 1,1KHalloween sempre foi um filme medíocre e mesmo passando minha infância e adolescência inteira cercada pela série, nunca ficou na memória. Aliás, terrores nessa linha(sexta feira 13, a hora do pesadelo) eram apenas pra rir com sustos e criar vilões para uma juventude meio boba. Deu certo, pois lembramos mais do Jason, Freddy Krueger ou Michael que dos seus respectivos filmes. Essa é só mais uma continuação sem graça, nem os sustos têm tanto efeito, trama escrita num rascunho qualquer e interpretações ruins, inclusive da Jamie Lee Curtis que não pode fazer muito com sua personagem. Eu só dou um desconto para uma cena na estrada à noite(belíssima fotografia e se tivesse tido a importância correta, a atmosfera de terror teria sido ótima, mas estragaram com diálogos bestas, ações tolas de personagens, enfim). E o ato final, que de fato traz um tanto de energia feminina e uma inteligência mínima. Mas, é insuficiente, pois quando um filme me faz bocejar ou me irrita na maior parte do tempo, não dá.
Venom
3.1 1,4K Assista AgoraEntreter, até uma samambaia no vento consegue. O povo fala como se fosse um grande mérito. Eu não achei o filme de todo ruim, mas é fraco no geral, cheio de furos no roteiro, com apresentação longa e improdutiva do personagem central, interação entre personagens sem sentido, vilão raso, briga de Aliens que não empolgou muito, piadas as vezes mal colocadas. Aliás, aqui dou pausa para falar, só me envolveu pela interação hospedeiro Eddie(gosto da composição de Hardy) e Venom, boa sacada de diálogos e humor entre eles, mas isso é pouco. Vejo que a indústria do subgênero super heróis, como se já não bastasse produzir trocentos filmes por ano e cansando até o público oba-oba, ainda vem com anti-heróis ou vilões em filmes exclusivos. Parece que não quer dar pausa enquanto vende pipoca no cinema. Gosto do gênero até certo ponto, mas convenhamos, que overdose de mesmice!