Um drama interessante e envolvente. Baseado em um livro de John Grisham, retrata muito bem as dificuldades do começo da carreira na advocacia. Traduzindo a luta interna de um advogado iniciante que preza pelo valor humano acima do dinheiro, o filme denuncia como os segurados dos planos de saúde são tratados. Quando o segurado é jovem, em geral, não representa um sério risco para a seguradora, portanto é o período do lucro pleno para ela. Quando a idade do segurado avança e ele fica mais suscetível às doenças, o risco aumenta para a seguradora, é o momento de prejuízo e é também quando ela procura de alguma maneira desfazer-se de seus segurados.
Aqui o agente Ethan encontra-se aposentado das missões de campo. Entretanto, quando uma colega cai em uma cilada, ele é recrutado para resgatá-la e se vê em uma corrida contra o tempo com um traficante de armas pela posse do objeto “pé-de-coelho”. A tensão do primeiro filme retorna, assim como as tradições dos filmes anteriores como a abertura com o pavio aceso; a mensagem que se autodestrói; a trilha sonora; e Ethan pendurado pela cintura, em posição horizontal, quando invade um lugar. Essa trama é mais emocional, pois Ethan possui questões pessoais para resolver, não é apenas uma missão, é a vida da esposa e colega dele que estão em jogo. Gostei do enredo iniciar pelo final, prende logo a atenção e fica interessante acompanhar. Assim, achei o resultado desse filme levemente inferior ao primeiro e superior ao segundo.
Nesse filme o agente Ethan tem a missão de recuperar e destruir um vírus letal desenvolvido para impulsionar as vendas do remédio capaz de curá-lo. Mesmo utilizando elementos que marcaram o primeiro filme (como a trilha sonora e o jogo de máscaras), esse possui muito pouco daquilo que tornava o primeiro tão legal: as estratégias dos agentes para conseguirem cumprir suas missões de forma dissimulada. Mais preocupado com as cenas de ação do que em fazer uma boa estória de espionagem, o roteiro é fraco e com alguns furos, apenas para justificar a necessidade de perseguições e tiros a todo o momento. Sem falar no relacionamento amoroso apático (atriz sem expressividade) que visa sempre complicar o trabalho dos agentes secretos. Assim, no geral é um filme ruim e previsível, com um resultado bem inferior ao antecessor.
Com cenas de ação inovadoras, um roteiro simples, porém, instigante, e uma trilha sonora marcante, esse filme revitalizou o gênero “espionagem”, tornou-se um clássico de ação e faz sucesso até hoje. Baseado em uma antiga série de TV dos anos 60, ele conta a estória do agente Ethan Hunt, que, após perder toda a equipe em uma missão, passa a ser considerado pela agência para a qual trabalha como um agente duplo. Foragido e a fim de comprovar a sua inocência, Hunt pretende pegar o verdadeiro espião, e para isso ele monta uma equipe com outros renegados da agência para invadir um dos cofres mais protegidos da Agência de Inteligência Norte-Americana. É um dos meus favoritos da franquia, acho que pelo fato deste filme ser um suspense com ação e não o contrário, onde o roteiro pesou mais que os tiros e socos.
Baseado em uma história real de 1947, a temática envolve intolerância racial, drama e romance. Seretse Khama, herdeiro do trono de Botsuana e estudante de Direito em Londres, conhece e se casa com a inglesa Ruth Williams, mesmo sofrendo protestos de ambas as famílias e países. O filme tem uma premissa histórica boa e pouco conhecida, levantando discussões muito relevantes. Achei interessante a estratégia usada na fotografia, mostrando uma Inglaterra de cores frias com um tom aristocrático, e quando no continente africano, as cores são vivas, ressaltando mais o calor humano. Gostei do enredo e das atuações, mas a inexistência de clímax prejudica nos momentos onde uma carga emocional maior seria ideal. Também achei que a problemática retratada com a Inglaterra poderia ter sido mais aprofundada.
O filme envolve relações familiares e romances conturbados, cada um ao seu modo. O escritor de romances parece ser o personagem central da trama e o desafio é saber se há alguma conexão entre as três estórias contadas. Mas o filme é uma decepção, as estórias são sem emoção, com personagens antipáticos e sem envolvimento. Liam Neeson e Olivia Wilde formam um par ridículo e entediante, sem falar no fato do ator parecer o pai dela. A estória do Adrien Brody com a cigana não desperta o menor interesse. As situações são todas muito forçadas, trata-se de um filme chato e desinteressante.
Drama baseado em um caso real no qual uma jornalista escreve sobre uma operação secreta da CIA, onde o presidente dos EUA havia ”ignorado” os ataques aéreos contra a Venezuela. Quando a notícia é publicada os políticos querem saber onde Rachel havia obtido a informação. O promotor e o juiz fazem uma grande pressão psicológica no tribunal, mas ela não revela sua fonte, então ela vai presa. A mídia montou um teatro em torno do caso, mas aos poucos o público perdeu o interesse na história. Convencido que ela não iria fornecer o nome de seu informante, e o quanto ela já havia sofrido e perdido, o mesmo juiz mandou soltá-la após 85 dias. Em suas reflexões finais Rachel revela o motivo pelo qual não contou o nome de seu informante. Achei o roteiro bem escrito e as atuações muito boas.
Comédia romântica cuja premissa é interessante, mas que erra na execução, muito por conta do roteiro que força situações, cria cenas inverossímeis e bizarras. Em todo o filme os personagens deixam de agir naturalmente para tomar atitudes absurdas, e isso causa um desconforto e uma dificuldade de se identificar com eles. As atuações medianas e a falta de química dos atores também não contribuem muito. Além disso, o filme inclui coadjuvantes engraçadinhos para qualquer coisa e acrescenta cenas que não são desenvolvidas, e esses vários detalhes diluem o foco principal do filme, enfraquecendo-o. Com a mesma ideia do filme “Amizade Colorida”, onde a jornada do casal é enxergar aquele instante em que o que é casual passa a envolver sentimento, esse filme ficou muito a desejar.
Bem estruturado e inteligente, o roteiro faz uma crítica aos reality shows. Com um bom ritmo, a narrativa inicialmente foca no cotidiano do protagonista e aos poucos apresenta por trás dos bastidores. A trama critica o espectador e a maneira como a mídia trabalha na caça de audiência, ainda que pra isto tenha que passar por cima da moral e da ética. É interessante como o filme mostra o egoísmo, a superficialidade e a alienação social da “geração reality show”, onde as pessoas não se interessam pela vida que ali está, mas sim em como tudo irá acabar no próximo episódio. Logo, Truman é uma pessoa cuja vida foi reduzida ao mero entretenimento, e o fato de poucos se oporem a isso mostra o quão doentio se tornou a sociedade. Só achei do terceiro ato em diante um pouco chato e que alguns acontecimentos ocorreram de forma abrupta.
Um drama sobre crise pessoal no âmbito carreira-família. Rebecca é uma fotógrafa corajosa, respeitada por conseguir imagens poderosas de zonas de guerra, mas quando ela retorna para sua família após um encontro com a morte, seu marido está revoltado por sua negligência com ele e suas filhas. O filme foca no desgaste familiar causado pelo foco excessivo no trabalho. A primeira cena é muito tensa, na qual Rebecca acompanha a preparação de uma “mulher bomba” em Cabul. O início do filme desperta interesse, assim como o decorrer da trama na pertinência dos temas abordados, mas depois se tornou cansativo e infelizmente não conseguiu me conquistar.
Comédia romântica bem típica do gênero, mas que não me irritou e conseguiu me entreter por não apresentar muita melação. Katherine Heigl está bem como protagonista meiga, de família e bem responsável. A trama tem uma certa originalidade ao tratar da estória de uma moça que já foi madrinha de muitos casamentos, mas nunca conseguiu achar alguém para lhe levar ao altar. Achei detestável a personagem da irmã dela, mas no geral é um bom entretenimento.
Comédia despretensiosa, com um humor leve, sem apelação e ótimas situações cômicas, daquelas legais de assistir quando não se quer pensar em nada sério. Achei todo o elenco simpático e divertido. A parte mais engraçada é da boca de fumo, os traficantes são politizados e mais inteligentes do que a protagonista para lidar com a resolução dos problemas. Acho que ela até soube passar de forma calma por tanto azar e pelas situações que enfrentou. Por se tratar de uma comédia, é claro que há um exagero da estória e o final é previsível, mas me agradou e também achei interessante a crítica sobre como a aparência pessoal tem influência no relacionamento com as pessoas.
Um jovem rapaz aspirante a escritor se hospeda num quarto de aluguel em Nova York, lá ele faz amizade com um excêntrico casal. O jovem fica atraído pelos dois e desenvolve uma paixão platônica pela mulher, que por sua vez, tem muitos detalhes obscuros em sua vida. Essa é a primeira parte do filme, contada no tempo atual. A segunda parte invade as lembranças de Sofia sobre o tempo que ela serviu de empregada a uma família de nazistas e depois foi levada ao campo de Auschwitz. É um bom filme, Meryl Streep interpreta com maestria uma sobrevivente do campo de concentração, mas acho que só o passado dela daria um filme bem mais forte e comovente. O filme é longo e talvez, por isso, torne-se um pouco cansativo. As cenas finais, os relatos da guerra e os motivos de um relacionamento abusivo são bem emocionantes.
Apesar de revelar a problemática já de início, a estória vai apresentando os personagens aos poucos e ganhando diferentes camadas de suspense, bem ao estilo do Stephen King: misto de realidade, fantasia e tormento psicológico. Todas as metáforas do filme são interessantes, como a simbologia da algema (de estar presa ao seu trauma desde infância ou presa em seu casamento apenas por status), do eclipse (desde o abuso sofrido sua vida esteve sob uma escuridão) e da potência humana de encarar os traumas e medos. Acho que a trama foi bem até o momento em que o marido levantou-se do chão, depois fica cansativo. O final pra mim ficou destoante do resto da estória, pois a narrativa inteira coloca o Homem do Luar como a personificação de todos os medos e traumas dela, por isso achei uma má ideia ele ser real no fim.
O último filme da trilogia apresenta cenas bem adaptadas do livro, como a loucura do Thorin, onde as expressões do ator transmitem bem os momentos de sanidade em meio à loucura do personagem. A batalha-título do filme é espetacular, toda a preparação da guerra gera uma grande tensão. O confronto é interessante pela forma gradual com que os embates vão se desenvolvendo em lutas cada vez mais complexas e extenuantes para os personagens envolvidos. Entretanto, assim como o segundo, esse filme também pecou pelo excesso de efeitos digitais. Além disso, achei as cenas finais muito corridas e com várias pontas soltas. A despedida de Bilbo do grupo acaba soando injusta para com o próprio público, que acompanhou aquela jornada por três longos filmes para chegar a um final onde vários pontos são deixados em aberto.
Esse segundo filme traz uma trama mais dinâmica, com bastantes cenas de ação e aventura. Os efeitos visuais continuam às vezes exagerados, como na composição do personagem Legolas que ficou parecendo um boneco de cera em algumas cenas. Como resolveram contar um pequeno livro em três filmes, era previsível que houvesse modificações, mas a inclusão de personagens e de estórias eu achei desnecessário. Nada a ver a Tauriel, uma personagem que não acrescenta nada na trama, e mais ainda o seu romance com o anão. Mesmo tendo deixado o “final” de gancho para o terceiro filme ele cria uma boa expectativa para o final da trilogia. Achei um pouco pior que o primeiro filme, mas ainda tem a essência do livro.
É maravilhoso ver passagens do livro adaptadas para a tela. Entretanto, é um filme longo, com algumas cenas que se estendem apenas para justificar a longa duração. Ademais, tenta-se fazer uma ligação com a trilogia principal. Se ideias como a do Conselho Branco e a ressuscitação de Azog funcionam, por outro lado, a narrativa se perde na figura de Radagast, gastando tempo em cenas bem infantis, que destoam das pretensões mais sérias da trama. O filme desenvolve bem o arco do Bilbo em seu choque ao ter contato com o mundo e na sua dinâmica conflituosa com o Thorin. A parte técnica, apesar de bem produzida, não me agrada no excesso de efeitos visuais computadorizados e de personagens digitais. No geral, achei o melhor filme da trilogia, pois foi o que mais conseguiu adaptar a essência do livro e a naturalidade da estória.
É um drama com um leve suspense que trata da ambição de Mitche, um advogado recém-formado que rejeitou várias propostas de trabalho por ser incorruptível. Entretanto, um dia ele recebe uma proposta milionária para trabalhar em um obscuro escritório em Memphis. Diante da perspectiva de ganhar muito dinheiro ele aceita o trabalho, sem avaliá-lo em sua extensão. Mas aos poucos descobre que a empresa e seus clientes estão envolvidos em algo maior e todos os advogados que tentaram sair foram mortos. A trama mostra as consequências trágicas dos interesses escusos, sobretudo do “gosto” pela riqueza e também questiona o código de ética sobre o sigilo da relação advogado-cliente. Talvez a longa duração seja um problema, pois faz com que a estória, mesmo sendo boa, fique um pouco cansativa.
Comédia romântica previsível, tem um início promissor, e as piadas sobre à rivalidade entre Norte e Sul estadunidense são interessantes. Mas não tem muito a oferecer depois que passa só a focar no casal que se odeia. Fiquei aborrecida com a superficialidade da obra e das péssimas construções das personagens: Melanie é deslumbrada, se acha superior aos “caipiras” porque se mudou para cidade grande e ainda por cima abandona o noivo no altar; Andrew é absurdamente sem personalidade, um pau mandado da mãe, afinal quem aceitaria tão rápido o fato da noiva ter mentido sobre a própria vida e escondido que era casada? E o mais espantoso foi reação dele quando ela desiste do casamento; e Jake, um crianção apaixonado. O ambiente sulista e as tradições retratadas são os pontos positivos sobre o filme.
Um trabalho simples, que se sustenta por uma estória bem escrita e por atuações sensíveis e reais, apresenta um tema forte, mas que se torna leve pela pureza de seu narrador. O filme possui camadas interessantes de análise, sendo uma delas a condição psicológica de pessoas que sofreram grandes traumas que modificaram a sua vida, em contraste com a das pessoas cujo trauma é a própria normalidade da vida. A trama, que poderia ter sido previsível com um simples final após a libertação da mãe e do filho, teve o mérito de mostrar o que aconteceu depois, revelando os danos psicológicos causados por um trauma tão profundo. A atuação de Jacob é perfeita, e os diálogos entre ele a mãe são maravilhosos. Uma estória pesada, contada da forma mais leve e natural possível, que consegue ser comovente sem ser apelativa.
Jerry recebe a missão de ir para o México a fim de trazer uma pistola antiga, inestimável, chamada de "A Mexicana", que traz consigo uma maldição lendária. Já a sua namorada, Samantha, quer que ele largue seu serviço de gângster e arranje um emprego honesto. Enquanto que ela ameaça largá-lo, seu chefe ameaça matá-lo caso ele não recupere a pistola. Entre as duas ameaças, Jerry resolve ir até o México, principalmente depois de saber que Samantha será mantida como refém pelos mafiosos até que ele retorne com a pistola. O filme inicia bem, mas quando começam as desventuras do Jerry no México a trama fica um pouco chata devido as suas idiotices. Apesar da pouca química do casal, o filme tem seus bons momentos, Pitt e Roberts defendem bem seus personagens e conseguem brilhar em seus momentos separados.
Um retrato crítico das guerras santas e de como suas motivações, na verdade, estavam muito mais ligadas ao poder terreno de uns poucos indivíduos do que ao poder espiritual. O filme é uma obra contestadora sobre a fé cega e irracional, ao mesmo tempo em que consegue ser imparcial, mostrando ambos os lados do conflito. Apresenta os muçulmanos como pessoas normais, sem serem taxadas de terroristas ou causadores do mal. Também não existem mocinhos ou vilões, cada uma das partes retratadas tem uma justificativa para os seus atos. O telespectador se engana quando pensa que Balian é o herói do filme, esse posto pertence aos reis Saladin e Baldwin IV, homens nobres e de extremo caráter, que provaram que a diplomacia e a tolerância são as principais saídas para os conflitos do Oriente Médio.
Mortensen confere uma complexidade psicológica e se sai muito bem como Freud. Com um cinismo pessimista que se contrapõe ao otimismo empolgante de Jung, Freud acredita que a melhor forma de tratamento é fazer o paciente se aceitar como ele é, enquanto que seu pupilo, inclinado por suas convicções religiosas, crê na absoluta capacidade da transformação da psique humana para melhor, suprimindo seus vícios. Keira Knightley também se mostra eficiente ao encarnar a instabilidade psicológica de sua personagem, ainda que depois volte a seu modus operandi sonolento habitual. O filme coloca em discussão as famosas correntes da psicanálise de modo bem intrigante e complexo através de conversas e cartas. Entretanto, o extenso número de diálogos prejudicam o ritmo tornando-o um pouco maçante.
Pode ser visto como um filme histórico, um romance e, ainda, como um filme sobre questões feministas. O roteiro é um pouco arrastado porque algumas cenas tomam tempo demais sem serem fundamentais, justamente por causa dessa indefinição do tema central. O filme se baseia na história verídica de Veronica Franco, que foi uma mulher fascinante do período renascentista em Veneza. Além de ser cortesã, ela foi bem educada e publicou diversos volumes de poesia, ela também fundou uma instituição de caridade que fornecia ajuda para cortesãs e seus filhos. O filme expõe questões bem interessantes.
O Homem Que Fazia Chover
3.8 148Um drama interessante e envolvente. Baseado em um livro de John Grisham, retrata muito bem as dificuldades do começo da carreira na advocacia. Traduzindo a luta interna de um advogado iniciante que preza pelo valor humano acima do dinheiro, o filme denuncia como os segurados dos planos de saúde são tratados. Quando o segurado é jovem, em geral, não representa um sério risco para a seguradora, portanto é o período do lucro pleno para ela. Quando a idade do segurado avança e ele fica mais suscetível às doenças, o risco aumenta para a seguradora, é o momento de prejuízo e é também quando ela procura de alguma maneira desfazer-se de seus segurados.
Missão: Impossível 3
3.4 513 Assista AgoraAqui o agente Ethan encontra-se aposentado das missões de campo. Entretanto, quando uma colega cai em uma cilada, ele é recrutado para resgatá-la e se vê em uma corrida contra o tempo com um traficante de armas pela posse do objeto “pé-de-coelho”. A tensão do primeiro filme retorna, assim como as tradições dos filmes anteriores como a abertura com o pavio aceso; a mensagem que se autodestrói; a trilha sonora; e Ethan pendurado pela cintura, em posição horizontal, quando invade um lugar. Essa trama é mais emocional, pois Ethan possui questões pessoais para resolver, não é apenas uma missão, é a vida da esposa e colega dele que estão em jogo. Gostei do enredo iniciar pelo final, prende logo a atenção e fica interessante acompanhar. Assim, achei o resultado desse filme levemente inferior ao primeiro e superior ao segundo.
Missão: Impossível 2
3.1 491 Assista AgoraNesse filme o agente Ethan tem a missão de recuperar e destruir um vírus letal desenvolvido para impulsionar as vendas do remédio capaz de curá-lo. Mesmo utilizando elementos que marcaram o primeiro filme (como a trilha sonora e o jogo de máscaras), esse possui muito pouco daquilo que tornava o primeiro tão legal: as estratégias dos agentes para conseguirem cumprir suas missões de forma dissimulada. Mais preocupado com as cenas de ação do que em fazer uma boa estória de espionagem, o roteiro é fraco e com alguns furos, apenas para justificar a necessidade de perseguições e tiros a todo o momento. Sem falar no relacionamento amoroso apático (atriz sem expressividade) que visa sempre complicar o trabalho dos agentes secretos. Assim, no geral é um filme ruim e previsível, com um resultado bem inferior ao antecessor.
Missão: Impossível
3.5 516 Assista AgoraCom cenas de ação inovadoras, um roteiro simples, porém, instigante, e uma trilha sonora marcante, esse filme revitalizou o gênero “espionagem”, tornou-se um clássico de ação e faz sucesso até hoje. Baseado em uma antiga série de TV dos anos 60, ele conta a estória do agente Ethan Hunt, que, após perder toda a equipe em uma missão, passa a ser considerado pela agência para a qual trabalha como um agente duplo. Foragido e a fim de comprovar a sua inocência, Hunt pretende pegar o verdadeiro espião, e para isso ele monta uma equipe com outros renegados da agência para invadir um dos cofres mais protegidos da Agência de Inteligência Norte-Americana. É um dos meus favoritos da franquia, acho que pelo fato deste filme ser um suspense com ação e não o contrário, onde o roteiro pesou mais que os tiros e socos.
Um Reino Unido
3.7 97 Assista AgoraBaseado em uma história real de 1947, a temática envolve intolerância racial, drama e romance. Seretse Khama, herdeiro do trono de Botsuana e estudante de Direito em Londres, conhece e se casa com a inglesa Ruth Williams, mesmo sofrendo protestos de ambas as famílias e países. O filme tem uma premissa histórica boa e pouco conhecida, levantando discussões muito relevantes. Achei interessante a estratégia usada na fotografia, mostrando uma Inglaterra de cores frias com um tom aristocrático, e quando no continente africano, as cores são vivas, ressaltando mais o calor humano. Gostei do enredo e das atuações, mas a inexistência de clímax prejudica nos momentos onde uma carga emocional maior seria ideal. Também achei que a problemática retratada com a Inglaterra poderia ter sido mais aprofundada.
Terceira Pessoa
3.3 200 Assista AgoraO filme envolve relações familiares e romances conturbados, cada um ao seu modo. O escritor de romances parece ser o personagem central da trama e o desafio é saber se há alguma conexão entre as três estórias contadas. Mas o filme é uma decepção, as estórias são sem emoção, com personagens antipáticos e sem envolvimento. Liam Neeson e Olivia Wilde formam um par ridículo e entediante, sem falar no fato do ator parecer o pai dela. A estória do Adrien Brody com a cigana não desperta o menor interesse. As situações são todas muito forçadas, trata-se de um filme chato e desinteressante.
Faces da Verdade
3.7 187Drama baseado em um caso real no qual uma jornalista escreve sobre uma operação secreta da CIA, onde o presidente dos EUA havia ”ignorado” os ataques aéreos contra a Venezuela. Quando a notícia é publicada os políticos querem saber onde Rachel havia obtido a informação. O promotor e o juiz fazem uma grande pressão psicológica no tribunal, mas ela não revela sua fonte, então ela vai presa. A mídia montou um teatro em torno do caso, mas aos poucos o público perdeu o interesse na história. Convencido que ela não iria fornecer o nome de seu informante, e o quanto ela já havia sofrido e perdido, o mesmo juiz mandou soltá-la após 85 dias. Em suas reflexões finais Rachel revela o motivo pelo qual não contou o nome de seu informante. Achei o roteiro bem escrito e as atuações muito boas.
Sexo Sem Compromisso
3.3 2,2K Assista AgoraComédia romântica cuja premissa é interessante, mas que erra na execução, muito por conta do roteiro que força situações, cria cenas inverossímeis e bizarras. Em todo o filme os personagens deixam de agir naturalmente para tomar atitudes absurdas, e isso causa um desconforto e uma dificuldade de se identificar com eles. As atuações medianas e a falta de química dos atores também não contribuem muito. Além disso, o filme inclui coadjuvantes engraçadinhos para qualquer coisa e acrescenta cenas que não são desenvolvidas, e esses vários detalhes diluem o foco principal do filme, enfraquecendo-o. Com a mesma ideia do filme “Amizade Colorida”, onde a jornada do casal é enxergar aquele instante em que o que é casual passa a envolver sentimento, esse filme ficou muito a desejar.
O Show de Truman
4.2 2,6K Assista AgoraBem estruturado e inteligente, o roteiro faz uma crítica aos reality shows. Com um bom ritmo, a narrativa inicialmente foca no cotidiano do protagonista e aos poucos apresenta por trás dos bastidores. A trama critica o espectador e a maneira como a mídia trabalha na caça de audiência, ainda que pra isto tenha que passar por cima da moral e da ética. É interessante como o filme mostra o egoísmo, a superficialidade e a alienação social da “geração reality show”, onde as pessoas não se interessam pela vida que ali está, mas sim em como tudo irá acabar no próximo episódio. Logo, Truman é uma pessoa cuja vida foi reduzida ao mero entretenimento, e o fato de poucos se oporem a isso mostra o quão doentio se tornou a sociedade. Só achei do terceiro ato em diante um pouco chato e que alguns acontecimentos ocorreram de forma abrupta.
Mil Vezes Boa Noite
4.0 160 Assista AgoraUm drama sobre crise pessoal no âmbito carreira-família. Rebecca é uma fotógrafa corajosa, respeitada por conseguir imagens poderosas de zonas de guerra, mas quando ela retorna para sua família após um encontro com a morte, seu marido está revoltado por sua negligência com ele e suas filhas. O filme foca no desgaste familiar causado pelo foco excessivo no trabalho. A primeira cena é muito tensa, na qual Rebecca acompanha a preparação de uma “mulher bomba” em Cabul. O início do filme desperta interesse, assim como o decorrer da trama na pertinência dos temas abordados, mas depois se tornou cansativo e infelizmente não conseguiu me conquistar.
Vestida Para Casar
3.4 820 Assista AgoraComédia romântica bem típica do gênero, mas que não me irritou e conseguiu me entreter por não apresentar muita melação. Katherine Heigl está bem como protagonista meiga, de família e bem responsável. A trama tem uma certa originalidade ao tratar da estória de uma moça que já foi madrinha de muitos casamentos, mas nunca conseguiu achar alguém para lhe levar ao altar. Achei detestável a personagem da irmã dela, mas no geral é um bom entretenimento.
A Minha Casa Caiu
3.2 360 Assista AgoraComédia despretensiosa, com um humor leve, sem apelação e ótimas situações cômicas, daquelas legais de assistir quando não se quer pensar em nada sério. Achei todo o elenco simpático e divertido. A parte mais engraçada é da boca de fumo, os traficantes são politizados e mais inteligentes do que a protagonista para lidar com a resolução dos problemas. Acho que ela até soube passar de forma calma por tanto azar e pelas situações que enfrentou. Por se tratar de uma comédia, é claro que há um exagero da estória e o final é previsível, mas me agradou e também achei interessante a crítica sobre como a aparência pessoal tem influência no relacionamento com as pessoas.
A Escolha de Sofia
4.0 514 Assista AgoraUm jovem rapaz aspirante a escritor se hospeda num quarto de aluguel em Nova York, lá ele faz amizade com um excêntrico casal. O jovem fica atraído pelos dois e desenvolve uma paixão platônica pela mulher, que por sua vez, tem muitos detalhes obscuros em sua vida. Essa é a primeira parte do filme, contada no tempo atual. A segunda parte invade as lembranças de Sofia sobre o tempo que ela serviu de empregada a uma família de nazistas e depois foi levada ao campo de Auschwitz. É um bom filme, Meryl Streep interpreta com maestria uma sobrevivente do campo de concentração, mas acho que só o passado dela daria um filme bem mais forte e comovente. O filme é longo e talvez, por isso, torne-se um pouco cansativo. As cenas finais, os relatos da guerra e os motivos de um relacionamento abusivo são bem emocionantes.
Jogo Perigoso
3.5 1,1K Assista AgoraApesar de revelar a problemática já de início, a estória vai apresentando os personagens aos poucos e ganhando diferentes camadas de suspense, bem ao estilo do Stephen King: misto de realidade, fantasia e tormento psicológico. Todas as metáforas do filme são interessantes, como a simbologia da algema (de estar presa ao seu trauma desde infância ou presa em seu casamento apenas por status), do eclipse (desde o abuso sofrido sua vida esteve sob uma escuridão) e da potência humana de encarar os traumas e medos. Acho que a trama foi bem até o momento em que o marido levantou-se do chão, depois fica cansativo. O final pra mim ficou destoante do resto da estória, pois a narrativa inteira coloca o Homem do Luar como a personificação de todos os medos e traumas dela, por isso achei uma má ideia ele ser real no fim.
O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos
3.9 2,0K Assista AgoraO último filme da trilogia apresenta cenas bem adaptadas do livro, como a loucura do Thorin, onde as expressões do ator transmitem bem os momentos de sanidade em meio à loucura do personagem. A batalha-título do filme é espetacular, toda a preparação da guerra gera uma grande tensão. O confronto é interessante pela forma gradual com que os embates vão se desenvolvendo em lutas cada vez mais complexas e extenuantes para os personagens envolvidos. Entretanto, assim como o segundo, esse filme também pecou pelo excesso de efeitos digitais. Além disso, achei as cenas finais muito corridas e com várias pontas soltas. A despedida de Bilbo do grupo acaba soando injusta para com o próprio público, que acompanhou aquela jornada por três longos filmes para chegar a um final onde vários pontos são deixados em aberto.
O Hobbit: A Desolação de Smaug
4.0 2,5K Assista AgoraEsse segundo filme traz uma trama mais dinâmica, com bastantes cenas de ação e aventura. Os efeitos visuais continuam às vezes exagerados, como na composição do personagem Legolas que ficou parecendo um boneco de cera em algumas cenas. Como resolveram contar um pequeno livro em três filmes, era previsível que houvesse modificações, mas a inclusão de personagens e de estórias eu achei desnecessário. Nada a ver a Tauriel, uma personagem que não acrescenta nada na trama, e mais ainda o seu romance com o anão. Mesmo tendo deixado o “final” de gancho para o terceiro filme ele cria uma boa expectativa para o final da trilogia. Achei um pouco pior que o primeiro filme, mas ainda tem a essência do livro.
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
4.1 4,7K Assista AgoraÉ maravilhoso ver passagens do livro adaptadas para a tela. Entretanto, é um filme longo, com algumas cenas que se estendem apenas para justificar a longa duração. Ademais, tenta-se fazer uma ligação com a trilogia principal. Se ideias como a do Conselho Branco e a ressuscitação de Azog funcionam, por outro lado, a narrativa se perde na figura de Radagast, gastando tempo em cenas bem infantis, que destoam das pretensões mais sérias da trama. O filme desenvolve bem o arco do Bilbo em seu choque ao ter contato com o mundo e na sua dinâmica conflituosa com o Thorin. A parte técnica, apesar de bem produzida, não me agrada no excesso de efeitos visuais computadorizados e de personagens digitais. No geral, achei o melhor filme da trilogia, pois foi o que mais conseguiu adaptar a essência do livro e a naturalidade da estória.
A Firma
3.4 179 Assista AgoraÉ um drama com um leve suspense que trata da ambição de Mitche, um advogado recém-formado que rejeitou várias propostas de trabalho por ser incorruptível. Entretanto, um dia ele recebe uma proposta milionária para trabalhar em um obscuro escritório em Memphis. Diante da perspectiva de ganhar muito dinheiro ele aceita o trabalho, sem avaliá-lo em sua extensão. Mas aos poucos descobre que a empresa e seus clientes estão envolvidos em algo maior e todos os advogados que tentaram sair foram mortos. A trama mostra as consequências trágicas dos interesses escusos, sobretudo do “gosto” pela riqueza e também questiona o código de ética sobre o sigilo da relação advogado-cliente. Talvez a longa duração seja um problema, pois faz com que a estória, mesmo sendo boa, fique um pouco cansativa.
Doce Lar
3.2 291Comédia romântica previsível, tem um início promissor, e as piadas sobre à rivalidade entre Norte e Sul estadunidense são interessantes. Mas não tem muito a oferecer depois que passa só a focar no casal que se odeia. Fiquei aborrecida com a superficialidade da obra e das péssimas construções das personagens: Melanie é deslumbrada, se acha superior aos “caipiras” porque se mudou para cidade grande e ainda por cima abandona o noivo no altar; Andrew é absurdamente sem personalidade, um pau mandado da mãe, afinal quem aceitaria tão rápido o fato da noiva ter mentido sobre a própria vida e escondido que era casada? E o mais espantoso foi reação dele quando ela desiste do casamento; e Jake, um crianção apaixonado. O ambiente sulista e as tradições retratadas são os pontos positivos sobre o filme.
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraUm trabalho simples, que se sustenta por uma estória bem escrita e por atuações sensíveis e reais, apresenta um tema forte, mas que se torna leve pela pureza de seu narrador. O filme possui camadas interessantes de análise, sendo uma delas a condição psicológica de pessoas que sofreram grandes traumas que modificaram a sua vida, em contraste com a das pessoas cujo trauma é a própria normalidade da vida. A trama, que poderia ter sido previsível com um simples final após a libertação da mãe e do filho, teve o mérito de mostrar o que aconteceu depois, revelando os danos psicológicos causados por um trauma tão profundo. A atuação de Jacob é perfeita, e os diálogos entre ele a mãe são maravilhosos. Uma estória pesada, contada da forma mais leve e natural possível, que consegue ser comovente sem ser apelativa.
A Mexicana
3.0 222 Assista AgoraJerry recebe a missão de ir para o México a fim de trazer uma pistola antiga, inestimável, chamada de "A Mexicana", que traz consigo uma maldição lendária. Já a sua namorada, Samantha, quer que ele largue seu serviço de gângster e arranje um emprego honesto. Enquanto que ela ameaça largá-lo, seu chefe ameaça matá-lo caso ele não recupere a pistola. Entre as duas ameaças, Jerry resolve ir até o México, principalmente depois de saber que Samantha será mantida como refém pelos mafiosos até que ele retorne com a pistola. O filme inicia bem, mas quando começam as desventuras do Jerry no México a trama fica um pouco chata devido as suas idiotices. Apesar da pouca química do casal, o filme tem seus bons momentos, Pitt e Roberts defendem bem seus personagens e conseguem brilhar em seus momentos separados.
Cruzada
3.4 633 Assista AgoraUm retrato crítico das guerras santas e de como suas motivações, na verdade, estavam muito mais ligadas ao poder terreno de uns poucos indivíduos do que ao poder espiritual. O filme é uma obra contestadora sobre a fé cega e irracional, ao mesmo tempo em que consegue ser imparcial, mostrando ambos os lados do conflito. Apresenta os muçulmanos como pessoas normais, sem serem taxadas de terroristas ou causadores do mal. Também não existem mocinhos ou vilões, cada uma das partes retratadas tem uma justificativa para os seus atos. O telespectador se engana quando pensa que Balian é o herói do filme, esse posto pertence aos reis Saladin e Baldwin IV, homens nobres e de extremo caráter, que provaram que a diplomacia e a tolerância são as principais saídas para os conflitos do Oriente Médio.
Um Método Perigoso
3.5 1,1KMortensen confere uma complexidade psicológica e se sai muito bem como Freud. Com um cinismo pessimista que se contrapõe ao otimismo empolgante de Jung, Freud acredita que a melhor forma de tratamento é fazer o paciente se aceitar como ele é, enquanto que seu pupilo, inclinado por suas convicções religiosas, crê na absoluta capacidade da transformação da psique humana para melhor, suprimindo seus vícios. Keira Knightley também se mostra eficiente ao encarnar a instabilidade psicológica de sua personagem, ainda que depois volte a seu modus operandi sonolento habitual. O filme coloca em discussão as famosas correntes da psicanálise de modo bem intrigante e complexo através de conversas e cartas. Entretanto, o extenso número de diálogos prejudicam o ritmo tornando-o um pouco maçante.
Em Luta pelo Amor
3.9 79Pode ser visto como um filme histórico, um romance e, ainda, como um filme sobre questões feministas. O roteiro é um pouco arrastado porque algumas cenas tomam tempo demais sem serem fundamentais, justamente por causa dessa indefinição do tema central. O filme se baseia na história verídica de Veronica Franco, que foi uma mulher fascinante do período renascentista em Veneza. Além de ser cortesã, ela foi bem educada e publicou diversos volumes de poesia, ela também fundou uma instituição de caridade que fornecia ajuda para cortesãs e seus filhos. O filme expõe questões bem interessantes.