Baseado em fatos reais, o filme apresenta doses de ação, suspense e drama. História verídica dos irmãos que na Segunda Guerra Mundial organizaram uma unidade de resistência em pleno território ocupado pelos nazistas e salvaram 1200 judeus. A trama surpreende por mostrar judeus pegando em armas e combatendo os nazistas e não apenas como vitimas em campos de concentração. O filme criou uma polêmica para os historiadores poloneses, pois a maioria deles assume que os Bielski foram assassinos e bandidos, e não heróis. Apesar da boa atuação do Daniel Craig, achei que a trama força o drama, e em muitas cenas as atuações ficaram devendo, com diálogos monótonos e mal construídos, fazendo o filme ficar arrastado.
Um modesto colono recebe sua esposa e filho, vindos da Dinamarca, e logo a seguir precisam enfrentar bandidos violentos. O que eles passam dentro da carruagem é instigante e ao mesmo tempo desconfortante. O cenário é de uma terra sem lei, recheada de homens do pior tipo. É um filme de baixo orçamento, mas o roteiro compensa por apresentar boas sequências de ação e uma fotografia linda. Possui uma trama simples, porém interessante, que honra os clássicos do Western. O elenco de protagonistas está muito bom, Mads Mikkelsen consegue mostrar todo o sofrimento do personagem, a culpa diante da impotência, da amargura que restou ao seu ser. Eva Green mesmo sem dizer uma palavra tem muita presença e Jeffrey Dean Morgan está ótimo como vilão. Todos têm seu motivo para se vingar e sobressai a lei do mais forte.
Ótimo drama com um roteiro simples que vai conquistando aos poucos, graças ao desenvolvimento lento, essencial para a apresentação dos personagens. A estória está centrada na relação de Aurora com a sua filha Emma ao longo dos anos, principalmente acompanhando a transição da filha da adolescência à idade adulta. Com personalidades destoantes, Emma tem um relacionamento turbulento com a mãe, uma mulher que sempre evitou relacionamentos amorosos e agora se vê envolvida com um homem sedutor, interpretado maravilhosamente por Jack Nicholson. Achei um drama poderoso ao mostrar as dificuldades das relações familiares e de vida nova em uma cidade diferente. A parte final reforça as qualidades dos personagens e é impossível não se emocionar com a força e franqueza da Emma.
Filme com muita ação, explosão e um herói invencível, bem no estilo do Arnold Shwarzenegger que aqui faz o policial durão em fim de carreira. A trama tem ação do início ao fim com algumas doses de humor, cenas bem feitas e atuações competentes, fora que tem aquele clima clássico de filmes de ação dos anos 80. É notável que o diretor mistura clichês dos gêneros de ação, faroeste e policial e beneficia-se de um elenco heterogêneo que tem um bom entrosamento e se diverte em cena. A metade final do filme é inferior à primeira em termos narrativos, mas diverte mesmo assim, gostei.
A proposta inicial do filme é bem interessante. Ela traz a reflexão sobre o machismo de uma época e sobre os percalços das mulheres que pensavam diferente do habitual ao retratar a estória de uma professora que almejou dar aulas em uma escola tradicional, da alta sociedade, mas ela não era convencional e obviamente sofreu as consequências de não se encaixar nos padrões. Entretanto, no decorrer do filme, a ideia inicial se modifica e o drama de uma mulher a frente do seu tempo se transforma quase em uma comédia romântica com os clichês clássicos do gênero. Ainda bem que o desfecho é satisfatório, mas poderia ter sido bem melhor se abordasse tramas mais criativas que valorizassem mais o tema inicial.
É uma típica comédia de erros com direito a todos os tipos de desencontros e coincidências, resultando num filme sem graça, com situações forçadas e previsíveis. Com Owen Wilson – igual em todos os filmes – na pele de um diretor da Broadway casado, que se envolve com várias mulheres que se encantam pelo seu discurso de livro de autoajuda, até que uma delas é chamada para fazer um teste para atuar em sua nova peça. Não gostei do roteiro e nem das interpretações, escolhi pelo elenco, mas deixou muito a desejar! Nenhuma das estórias me prendeu a atenção e nada aconteceu para salvar o final, que conta com a aparição repentina do Tarantino.
É um drama permeado por piadas sutis e que faz muito bem o uso dos clichês. A trama mostra um homem “perdido”, solitário e egoísta devido ao desejo de novamente ter sucesso, fama e o reconhecimento. O filme apresenta personagens relativamente desenvolvidos, embora um tanto estereotipados, e um enredo interessante. É um filme bom, pois, apesar de simples, ele é despretensioso e levemente divertido. Hugh Grant continua interpretando basicamente o mesmo personagem que fez em outros filmes. Marisa Tomei é quase coadjuvante, mas gostei de ver uma personagem feminina que não é imbecil ou romantizada demais, ela é apenas divertida. O machismo em algumas falas e atitudes do protagonista me incomodou um pouco, mas acho que são trazidas para serem problematizadas no decorrer da trama.
Underworld nunca foi uma obra prima, mas tinha lá o seu charme. Os primeiros filmes trazem um clima gótico que se perdeu nesse. Nessa trama, Selene acorda de um coma em que era mantida depois de 12 anos, então descobre que tem uma filha de 14 anos, metade vampira, metade lobisomem, e precisa impedir que a BioCom crie lobisomens modificados em laboratório que poderão matar todos eles. Há algumas cenas legais de ação, mas a estória é fraca. Além disso, a curta duração do filme deixa tudo corrido, tem várias questões do roteiro que ficaram mal explicadas. Os lobisomens não são assustadores, pois a computação gráfica revela-se muito artificial. Senti falta do Michael no filme.
O filme é baseado na autobiografia de Beverly Donofrio, uma mulher que superou várias dificuldades, incluindo ser mãe adolescente. A trama retrata o quão é difícil a gravidez na adolescência e a criação de um filho sem ter maturidade em uma cidade pequena nos anos 60. O filme é bem realista ao mostrar o preconceito da sociedade, o desapontamento dos pais da Beverly e o seu engajamento na relação em que o marido não tinha perspectiva alguma e ainda era viciado. No fim, ela não foi uma mãe ruim, ela apenas era uma "criança" que cuidava de outra criança, e criou um ótimo filho, de boa índole, que desenvolveu maturidade cedo. Um bom filme, senti angústia e indecisão junto com a personagem.
O filme trata da simplicidade da vida, dos momentos, dos pequenos prazeres, das escolhas, e sobre persistir e lutar pelos desejos. Trata também sobre fazer o bem às pessoas ao nosso redor. Entretanto, apesar de ter uma estória boa e rica em mensagens, o estilo do filme não me cativou. O início foi legal, depois parecia que não ia acabar nunca, achei arrastado e cansativo, seria melhor se o roteiro tivesse mais foco na personagem principal e deixasse de fora os falatórios dos personagens secundários. Além disso, ficou forçado em algumas partes, ao insistirem em mostrar como todos os personagens são esquisitos.
É um drama sério e complicado, cujo tema principal é a incurável e degenerativa doença cerebral de Alzheimer. Alice, professora de linguística da Universidade de Haward, começa a sofrer precocemente da doença, iniciando com o esquecimento de pequenas coisas e progressivamente para “apagões”, lacunas e lapsos de memória. Após ir ao médico com seu marido e ser diagnosticada, ela reúne os filhos para contar da doença e inicia-se a sua triste luta diária. É um drama excelente, porém é devastador e agoniante ver cada surto, cada memória perdida e o quanto afeta toda a família, que não consegue acabar com a dor e o sofrimento de Alice. A trama vai direto ao ponto, Juliane Moore foi premiadíssima pela interpretação nesse filme, ganhando o Oscar de melhor atriz de 2015.
Comédia com drama que acaba sendo uma terrível experiência nos dois gêneros. O filme trata da superficialidade das relações de amizade e de namoro. Todos os personagens têm uma vida aparentemente perfeita, mas no fundo são infelizes, confusos e sem propósito na vida, além disso, também estão em relacionamentos que não queriam estar. A premissa é até boa, mas o filme acaba sendo muito pretensioso, pois a estória não engrena e os atores não convencem. O diretor basicamente mandou todo mundo colocar uma roupa bonita, fumar um baseado e fazer o que quisessem. Para completar o final é aberto e sem sentido, enfim, só mais um daqueles filmes com um elenco estrelado e uma superficialidade que faz você se arrepender do tempo que perdeu ao assisti-lo.
O que aconteceria se Hitler vivesse nos dias de hoje? Com uma premissa interessante, a trama mostra os passos de Hitler e de um repórter que o utiliza para tentar voltar ao seu emprego. A estória começa engraçada com situações inusitadas, mas no decorrer as piadas perdem o ritmo e se tornam repetitivas e a situação não se sustenta muito. A ideia é boa, mas não me cativou, tem horas que o filme parece que não vai chegar a lugar nenhum. Além disso, achei forçado o jornalista não ver a situação em que estava e ainda achar que o Hitler era um ator, sem falar no Hitler, que sabia que estava no futuro, mas nem pensou em se disfarçar, visto que ele leu sobre tudo o que aconteceu após a guerra. Enfim, não parece que o Hitler voltou, mas que um comediante está se passando por ele.
O filme tem uma crítica social evidente mostrando a importância da quebra dos preconceitos à compreensão e aceitação do próximo. A estória tem algo místico, onde o vento é o fator que acompanha as grandes mudanças. O vento norte, um portal para o mundo da espiritualidade e o contato com os saberes ancestrais, é o mesmo vento que leva as mulheres da família de Vianne de vilarejo em vilarejo, dando a oportunidade para novas pessoas terem contato com os poderes sagrados do chocolate. Já o vento sul, ligado ao elemento água, está relacionado ao amor e à recuperação da criança interior, claramente representado na figura do personagem de Deep. Um filme romântico sem ser clichê ou piegas que reforça a autocrítica, a empatia e a gentileza, tirando, não só os religiosos, mas todos, de suas confortáveis convicções.
O filme mostra um obstinado protagonista que, em busca de uma reviravolta na vida, parte para a Indonésia arriscando tudo que possui, até o amor de sua vida. É um interessante retrato dos limites, exageros e maquinações do mundo da especulação, que pode levar homens à fortunas e riquezas, e em seguida à ruína completa, em questão de horas. A estória é baseada em fatos reais, um bom drama, com diálogos questionadores que mostram bem a ganância do homem e como o ouro vem fascinando gerações. A trama e as atuações foram boas, mas o filme em si foi um pouco cansativo e não me cativou muito.
Inicialmente é apresentada, apesar do pouco tempo de convivência, a feliz vida conjugal entre Claire e Tom Chapman. O drama começa quando Tom é preso numa operação do FBI e levado à prisão militar do Exército. Então Claire fica sabendo que ele é ex-soldado (desertor) procurado por crime de assassinato coletivo. Ela, sendo advogada, sai em busca de saber os detalhes do caso, e em conjunto com um advogado militar designado para o caso, alia-se a um ex-soldado, que é tido como expert em casos desse tipo, para defender o marido. O filme possui um enredo bem desenvolvido e um bom elenco. Claire é uma personagem cativante por sua lealdade ao marido e pela busca da verdade. Entretanto, o filme se arrasta um pouco e não é interessante o tempo todo. Uma coisa que me incomodou é que a "reviravolta" no final é bem previsível.
O filme mostra o quanto Frida sofreu com seu acidente e por não poder ter tido filhos e que, apesar das limitações físicas, ela viveu intensamente, tinha um jeito peculiar de se vestir, gostava de cores vibrantes e das tradições da sua cultura. Entretanto, o filme pecou em não ter o espanhol como áudio original. O que também me incomodou foi terem atenuadas as características mais admiráveis da Frida, como sua valentia, rebeldia e até a vida política (deu a impressão de ter surgido a partir da relação com Rivera, como se ela já não tivesse antes referências e leituras comunistas). Transformaram uma grande biografia numa comédia romântica, frisando muito no romance dela com o Diego. Além disso, algumas cenas foram mal trabalhadas, como a cena do acidente que ficou confusa, e outras onde se percebe que foram cortadas.
Com uma mistura de faroeste com filme noir e com um vilão icônico, o filme critica a violência da sociedade. O elenco é ótimo, Tommy Lee Jones como o policial apático e Javier Bardem como Anton Chigurh, um vilão frio e cruel que desperta calafrios apenas com o olhar. No início há dúvida sobre quem é o protagonista, mas com o desenrolar nota-se que se trata do xerife Tom Bell, um policial cansado, que opta então por não bater de frente com o assassino, dando sentido ao título original "Sem país para homens velhos”. O enredo não apresenta os personagens, não expõe seu contexto e deixa muita coisa no ar, mas isso não incomoda, pelo contrário, desperta curiosidade e deduções. Entretanto, o filme não me cativou, gostei até a metade, depois achei lento e cansativo, sem falar que termina de uma forma abrupta que não me agrada.
A trama inicia interessante, afinal, todo mundo têm crises sobre que sentido dar à vida, ou sobre a dose de maturidade que temos ou deveríamos ter a certa altura da vida. Entretanto, um dos problemas do filme é que nos apresenta a protagonista com crise pessoal (namoro/noivado), profissional (tem um trabalho típico de adolescentes) e social (ser a única 'adolescente' entre as amigas adultas), mas só desenvolve o drama pessoal e exclui os outros. Poderia ser um ótimo filme, mas muitas coisas foram mal resolvidas e o final não fez jus aos questionamentos da protagonista. A personagem continuou vazia de tudo, perdida de tudo, apenas trocou seu namorado! Sem contar a amizade entre o grupo de adolescentes e a protagonista, achei bem forçado. Enfim, o filme tem uma temática legal e atual, mas o desenvolvimento foi ruim.
Trata-se de um drama com dois protagonistas complexos, onde a abordagem psicológica é o ponto principal do filme. Ao tratar do casal, o terapeuta tântrico vai abordar assuntos sensíveis e pouco explorados como a sexualidade feminina, e o quanto históricos de abuso afetam a vida sexual, e consequentemente, outros aspectos dela. Algumas frases a respeito das mulheres e a terapia a respeito da segurança do homem saber dar prazer à esposa e não só prezar o seu são incríveis. É interessante como no decorrer do filme é evidente a cumplicidade do casal, ambos começam a compreender mais sobre a relação e o amor. Um ponto negativo do filme é ser meio arrastado, algumas cenas poderiam ser cortadas ou diminuídas.
O título original do filme faz referência a uma tradição irlandesa onde num ano bissexto, no dia 29 de fevereiro, as mulheres costumam pedir seus parceiros em casamento. É esse o plano de Anna, entretanto, até chegar lá, ela terá uma aventura no interior do país, na companhia de Declan, dono de um pub que tem a missão de levá-la até a capital da Irlanda. Anna é bem sucedida na carreira e sempre tem tudo sob controle. Ir à Irlanda pedir o namorado em casamento, talvez tenha sido o seu maior descontrole. Os primeiros 30 minutos de filme foram bem difíceis para mim, quase desisti de ver, pois além dos habituais clichês e a previsibilidade do roteiro, esse filme apresenta situações muito forçadas que me irritaram profundamente. Depois melhorou um pouco, sem falar que as lindas paisagens da Irlanda também me ajudaram a continuar.
Um dos problemas das comédias românticas é que são basicamente iguais, com raras exceções. Sempre há o casal que não se bica e aos poucos vão se aproximando, e só percebem que estão apaixonados quando um está indo embora. E nesse filme não é diferente, Sandra Bullock vive o velho estereótipo hollywoodiano, de que para ser bem-sucedida profissionalmente a mulher precisa ser uma megera, uma solteirona abandonada e carente de amor, já Ryan Reynolds é o galã perfeito e sem defeitos, de bom coração que vai contra o pai milionário para viver seu sonho. Apesar dos protagonistas serem parecidos a centenas de outros filmes, a química e o timing cômico deles funcionou muito bem. Enfim, mesmo sendo clichê é um filme simples, sem muitos exageros, com boas atuações e cenas que rendem boas risadas.
Um advogado criminalista vai defender um adolescente acusado de matar o pai milionário. O pai, antes da morte, é acusado de agredir frequentemente a mulher, o que é usado pelo adolescente como justificativa para o crime. O roteiro foca nas estratégias do advogado para tentar vencer o processo. As suas divagações são expostas por uma desnecessária narração de fatos evidentes. Os relatos das testemunhas são representados por rápidos flashbacks, o que proporciona certo interesse pelo passado dos personagens, mas que, de tão usuais, passam a ser efêmeros. Enfim, o roteiro é fraco e previsível, não aprofundou nos personagens e as más atuações fizeram com que as reviravoltas perdessem o impacto, tornando-se um filme esquecível, mais uma tentativa de clonagem de tantos outros.
Chloe é uma garota solitária, com uma vida simples e um passado desconhecido, que encontra consolo de uma infância difícil em sua arte. Mas quando um sonho aterrorizante se repete noite após noite, Chloe começa a acreditar que o pesadelo é uma memória reprimida e que ela pode estar ligada ao desaparecimento estranho de uma garota doze anos atrás. Uma trama com atuações fracas, que poderia ser mais bem explorada, no entanto, a estória possui algumas situações que fazem pensar.
Um Ato de Liberdade
3.9 344Baseado em fatos reais, o filme apresenta doses de ação, suspense e drama. História verídica dos irmãos que na Segunda Guerra Mundial organizaram uma unidade de resistência em pleno território ocupado pelos nazistas e salvaram 1200 judeus. A trama surpreende por mostrar judeus pegando em armas e combatendo os nazistas e não apenas como vitimas em campos de concentração. O filme criou uma polêmica para os historiadores poloneses, pois a maioria deles assume que os Bielski foram assassinos e bandidos, e não heróis. Apesar da boa atuação do Daniel Craig, achei que a trama força o drama, e em muitas cenas as atuações ficaram devendo, com diálogos monótonos e mal construídos, fazendo o filme ficar arrastado.
A Salvação
3.5 231 Assista AgoraUm modesto colono recebe sua esposa e filho, vindos da Dinamarca, e logo a seguir precisam enfrentar bandidos violentos. O que eles passam dentro da carruagem é instigante e ao mesmo tempo desconfortante. O cenário é de uma terra sem lei, recheada de homens do pior tipo. É um filme de baixo orçamento, mas o roteiro compensa por apresentar boas sequências de ação e uma fotografia linda. Possui uma trama simples, porém interessante, que honra os clássicos do Western. O elenco de protagonistas está muito bom, Mads Mikkelsen consegue mostrar todo o sofrimento do personagem, a culpa diante da impotência, da amargura que restou ao seu ser. Eva Green mesmo sem dizer uma palavra tem muita presença e Jeffrey Dean Morgan está ótimo como vilão. Todos têm seu motivo para se vingar e sobressai a lei do mais forte.
Laços de Ternura
3.9 247 Assista AgoraÓtimo drama com um roteiro simples que vai conquistando aos poucos, graças ao desenvolvimento lento, essencial para a apresentação dos personagens. A estória está centrada na relação de Aurora com a sua filha Emma ao longo dos anos, principalmente acompanhando a transição da filha da adolescência à idade adulta. Com personalidades destoantes, Emma tem um relacionamento turbulento com a mãe, uma mulher que sempre evitou relacionamentos amorosos e agora se vê envolvida com um homem sedutor, interpretado maravilhosamente por Jack Nicholson. Achei um drama poderoso ao mostrar as dificuldades das relações familiares e de vida nova em uma cidade diferente. A parte final reforça as qualidades dos personagens e é impossível não se emocionar com a força e franqueza da Emma.
O Último Desafio
3.4 841 Assista AgoraFilme com muita ação, explosão e um herói invencível, bem no estilo do Arnold Shwarzenegger que aqui faz o policial durão em fim de carreira. A trama tem ação do início ao fim com algumas doses de humor, cenas bem feitas e atuações competentes, fora que tem aquele clima clássico de filmes de ação dos anos 80. É notável que o diretor mistura clichês dos gêneros de ação, faroeste e policial e beneficia-se de um elenco heterogêneo que tem um bom entrosamento e se diverte em cena. A metade final do filme é inferior à primeira em termos narrativos, mas diverte mesmo assim, gostei.
O Sorriso de Mona Lisa
3.8 694 Assista AgoraA proposta inicial do filme é bem interessante. Ela traz a reflexão sobre o machismo de uma época e sobre os percalços das mulheres que pensavam diferente do habitual ao retratar a estória de uma professora que almejou dar aulas em uma escola tradicional, da alta sociedade, mas ela não era convencional e obviamente sofreu as consequências de não se encaixar nos padrões. Entretanto, no decorrer do filme, a ideia inicial se modifica e o drama de uma mulher a frente do seu tempo se transforma quase em uma comédia romântica com os clichês clássicos do gênero. Ainda bem que o desfecho é satisfatório, mas poderia ter sido bem melhor se abordasse tramas mais criativas que valorizassem mais o tema inicial.
Um Amor a Cada Esquina
3.1 108 Assista AgoraÉ uma típica comédia de erros com direito a todos os tipos de desencontros e coincidências, resultando num filme sem graça, com situações forçadas e previsíveis. Com Owen Wilson – igual em todos os filmes – na pele de um diretor da Broadway casado, que se envolve com várias mulheres que se encantam pelo seu discurso de livro de autoajuda, até que uma delas é chamada para fazer um teste para atuar em sua nova peça. Não gostei do roteiro e nem das interpretações, escolhi pelo elenco, mas deixou muito a desejar! Nenhuma das estórias me prendeu a atenção e nada aconteceu para salvar o final, que conta com a aparição repentina do Tarantino.
Virando a Página
3.0 110 Assista AgoraÉ um drama permeado por piadas sutis e que faz muito bem o uso dos clichês. A trama mostra um homem “perdido”, solitário e egoísta devido ao desejo de novamente ter sucesso, fama e o reconhecimento. O filme apresenta personagens relativamente desenvolvidos, embora um tanto estereotipados, e um enredo interessante. É um filme bom, pois, apesar de simples, ele é despretensioso e levemente divertido. Hugh Grant continua interpretando basicamente o mesmo personagem que fez em outros filmes. Marisa Tomei é quase coadjuvante, mas gostei de ver uma personagem feminina que não é imbecil ou romantizada demais, ela é apenas divertida. O machismo em algumas falas e atitudes do protagonista me incomodou um pouco, mas acho que são trazidas para serem problematizadas no decorrer da trama.
Anjos da Noite: O Despertar
3.3 1,3K Assista AgoraUnderworld nunca foi uma obra prima, mas tinha lá o seu charme. Os primeiros filmes trazem um clima gótico que se perdeu nesse. Nessa trama, Selene acorda de um coma em que era mantida depois de 12 anos, então descobre que tem uma filha de 14 anos, metade vampira, metade lobisomem, e precisa impedir que a BioCom crie lobisomens modificados em laboratório que poderão matar todos eles. Há algumas cenas legais de ação, mas a estória é fraca. Além disso, a curta duração do filme deixa tudo corrido, tem várias questões do roteiro que ficaram mal explicadas. Os lobisomens não são assustadores, pois a computação gráfica revela-se muito artificial. Senti falta do Michael no filme.
Os Garotos da Minha Vida
3.8 408 Assista AgoraO filme é baseado na autobiografia de Beverly Donofrio, uma mulher que superou várias dificuldades, incluindo ser mãe adolescente. A trama retrata o quão é difícil a gravidez na adolescência e a criação de um filho sem ter maturidade em uma cidade pequena nos anos 60. O filme é bem realista ao mostrar o preconceito da sociedade, o desapontamento dos pais da Beverly e o seu engajamento na relação em que o marido não tinha perspectiva alguma e ainda era viciado. No fim, ela não foi uma mãe ruim, ela apenas era uma "criança" que cuidava de outra criança, e criou um ótimo filho, de boa índole, que desenvolveu maturidade cedo. Um bom filme, senti angústia e indecisão junto com a personagem.
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
4.3 5,0K Assista AgoraO filme trata da simplicidade da vida, dos momentos, dos pequenos prazeres, das escolhas, e sobre persistir e lutar pelos desejos. Trata também sobre fazer o bem às pessoas ao nosso redor. Entretanto, apesar de ter uma estória boa e rica em mensagens, o estilo do filme não me cativou. O início foi legal, depois parecia que não ia acabar nunca, achei arrastado e cansativo, seria melhor se o roteiro tivesse mais foco na personagem principal e deixasse de fora os falatórios dos personagens secundários. Além disso, ficou forçado em algumas partes, ao insistirem em mostrar como todos os personagens são esquisitos.
Para Sempre Alice
4.1 2,3K Assista AgoraÉ um drama sério e complicado, cujo tema principal é a incurável e degenerativa doença cerebral de Alzheimer. Alice, professora de linguística da Universidade de Haward, começa a sofrer precocemente da doença, iniciando com o esquecimento de pequenas coisas e progressivamente para “apagões”, lacunas e lapsos de memória. Após ir ao médico com seu marido e ser diagnosticada, ela reúne os filhos para contar da doença e inicia-se a sua triste luta diária. É um drama excelente, porém é devastador e agoniante ver cada surto, cada memória perdida e o quanto afeta toda a família, que não consegue acabar com a dor e o sofrimento de Alice. A trama vai direto ao ponto, Juliane Moore foi premiadíssima pela interpretação nesse filme, ganhando o Oscar de melhor atriz de 2015.
O Casamento do Meu Ex
2.3 832Comédia com drama que acaba sendo uma terrível experiência nos dois gêneros. O filme trata da superficialidade das relações de amizade e de namoro. Todos os personagens têm uma vida aparentemente perfeita, mas no fundo são infelizes, confusos e sem propósito na vida, além disso, também estão em relacionamentos que não queriam estar. A premissa é até boa, mas o filme acaba sendo muito pretensioso, pois a estória não engrena e os atores não convencem. O diretor basicamente mandou todo mundo colocar uma roupa bonita, fumar um baseado e fazer o que quisessem. Para completar o final é aberto e sem sentido, enfim, só mais um daqueles filmes com um elenco estrelado e uma superficialidade que faz você se arrepender do tempo que perdeu ao assisti-lo.
Ele Está de Volta
3.8 681O que aconteceria se Hitler vivesse nos dias de hoje? Com uma premissa interessante, a trama mostra os passos de Hitler e de um repórter que o utiliza para tentar voltar ao seu emprego. A estória começa engraçada com situações inusitadas, mas no decorrer as piadas perdem o ritmo e se tornam repetitivas e a situação não se sustenta muito. A ideia é boa, mas não me cativou, tem horas que o filme parece que não vai chegar a lugar nenhum. Além disso, achei forçado o jornalista não ver a situação em que estava e ainda achar que o Hitler era um ator, sem falar no Hitler, que sabia que estava no futuro, mas nem pensou em se disfarçar, visto que ele leu sobre tudo o que aconteceu após a guerra. Enfim, não parece que o Hitler voltou, mas que um comediante está se passando por ele.
Chocolate
3.7 773O filme tem uma crítica social evidente mostrando a importância da quebra dos preconceitos à compreensão e aceitação do próximo. A estória tem algo místico, onde o vento é o fator que acompanha as grandes mudanças. O vento norte, um portal para o mundo da espiritualidade e o contato com os saberes ancestrais, é o mesmo vento que leva as mulheres da família de Vianne de vilarejo em vilarejo, dando a oportunidade para novas pessoas terem contato com os poderes sagrados do chocolate. Já o vento sul, ligado ao elemento água, está relacionado ao amor e à recuperação da criança interior, claramente representado na figura do personagem de Deep. Um filme romântico sem ser clichê ou piegas que reforça a autocrítica, a empatia e a gentileza, tirando, não só os religiosos, mas todos, de suas confortáveis convicções.
Ouro e Cobiça
3.5 120O filme mostra um obstinado protagonista que, em busca de uma reviravolta na vida, parte para a Indonésia arriscando tudo que possui, até o amor de sua vida. É um interessante retrato dos limites, exageros e maquinações do mundo da especulação, que pode levar homens à fortunas e riquezas, e em seguida à ruína completa, em questão de horas. A estória é baseada em fatos reais, um bom drama, com diálogos questionadores que mostram bem a ganância do homem e como o ouro vem fascinando gerações. A trama e as atuações foram boas, mas o filme em si foi um pouco cansativo e não me cativou muito.
Crimes em Primeiro Grau
3.4 136 Assista AgoraInicialmente é apresentada, apesar do pouco tempo de convivência, a feliz vida conjugal entre Claire e Tom Chapman. O drama começa quando Tom é preso numa operação do FBI e levado à prisão militar do Exército. Então Claire fica sabendo que ele é ex-soldado (desertor) procurado por crime de assassinato coletivo. Ela, sendo advogada, sai em busca de saber os detalhes do caso, e em conjunto com um advogado militar designado para o caso, alia-se a um ex-soldado, que é tido como expert em casos desse tipo, para defender o marido. O filme possui um enredo bem desenvolvido e um bom elenco. Claire é uma personagem cativante por sua lealdade ao marido e pela busca da verdade. Entretanto, o filme se arrasta um pouco e não é interessante o tempo todo. Uma coisa que me incomodou é que a "reviravolta" no final é bem previsível.
Frida
4.1 1,2K Assista AgoraO filme mostra o quanto Frida sofreu com seu acidente e por não poder ter tido filhos e que, apesar das limitações físicas, ela viveu intensamente, tinha um jeito peculiar de se vestir, gostava de cores vibrantes e das tradições da sua cultura. Entretanto, o filme pecou em não ter o espanhol como áudio original. O que também me incomodou foi terem atenuadas as características mais admiráveis da Frida, como sua valentia, rebeldia e até a vida política (deu a impressão de ter surgido a partir da relação com Rivera, como se ela já não tivesse antes referências e leituras comunistas). Transformaram uma grande biografia numa comédia romântica, frisando muito no romance dela com o Diego. Além disso, algumas cenas foram mal trabalhadas, como a cena do acidente que ficou confusa, e outras onde se percebe que foram cortadas.
Onde os Fracos Não Têm Vez
4.1 2,4K Assista AgoraCom uma mistura de faroeste com filme noir e com um vilão icônico, o filme critica a violência da sociedade. O elenco é ótimo, Tommy Lee Jones como o policial apático e Javier Bardem como Anton Chigurh, um vilão frio e cruel que desperta calafrios apenas com o olhar. No início há dúvida sobre quem é o protagonista, mas com o desenrolar nota-se que se trata do xerife Tom Bell, um policial cansado, que opta então por não bater de frente com o assassino, dando sentido ao título original "Sem país para homens velhos”. O enredo não apresenta os personagens, não expõe seu contexto e deixa muita coisa no ar, mas isso não incomoda, pelo contrário, desperta curiosidade e deduções. Entretanto, o filme não me cativou, gostei até a metade, depois achei lento e cansativo, sem falar que termina de uma forma abrupta que não me agrada.
Encalhados
3.2 360 Assista grátisA trama inicia interessante, afinal, todo mundo têm crises sobre que sentido dar à vida, ou sobre a dose de maturidade que temos ou deveríamos ter a certa altura da vida. Entretanto, um dos problemas do filme é que nos apresenta a protagonista com crise pessoal (namoro/noivado), profissional (tem um trabalho típico de adolescentes) e social (ser a única 'adolescente' entre as amigas adultas), mas só desenvolve o drama pessoal e exclui os outros. Poderia ser um ótimo filme, mas muitas coisas foram mal resolvidas e o final não fez jus aos questionamentos da protagonista. A personagem continuou vazia de tudo, perdida de tudo, apenas trocou seu namorado! Sem contar a amizade entre o grupo de adolescentes e a protagonista, achei bem forçado. Enfim, o filme tem uma temática legal e atual, mas o desenvolvimento foi ruim.
Terapia do Prazer
3.4 91Trata-se de um drama com dois protagonistas complexos, onde a abordagem psicológica é o ponto principal do filme. Ao tratar do casal, o terapeuta tântrico vai abordar assuntos sensíveis e pouco explorados como a sexualidade feminina, e o quanto históricos de abuso afetam a vida sexual, e consequentemente, outros aspectos dela. Algumas frases a respeito das mulheres e a terapia a respeito da segurança do homem saber dar prazer à esposa e não só prezar o seu são incríveis. É interessante como no decorrer do filme é evidente a cumplicidade do casal, ambos começam a compreender mais sobre a relação e o amor. Um ponto negativo do filme é ser meio arrastado, algumas cenas poderiam ser cortadas ou diminuídas.
Casa Comigo?
3.6 1,5K Assista AgoraO título original do filme faz referência a uma tradição irlandesa onde num ano bissexto, no dia 29 de fevereiro, as mulheres costumam pedir seus parceiros em casamento. É esse o plano de Anna, entretanto, até chegar lá, ela terá uma aventura no interior do país, na companhia de Declan, dono de um pub que tem a missão de levá-la até a capital da Irlanda. Anna é bem sucedida na carreira e sempre tem tudo sob controle. Ir à Irlanda pedir o namorado em casamento, talvez tenha sido o seu maior descontrole. Os primeiros 30 minutos de filme foram bem difíceis para mim, quase desisti de ver, pois além dos habituais clichês e a previsibilidade do roteiro, esse filme apresenta situações muito forçadas que me irritaram profundamente. Depois melhorou um pouco, sem falar que as lindas paisagens da Irlanda também me ajudaram a continuar.
A Proposta
3.5 2,1K Assista AgoraUm dos problemas das comédias românticas é que são basicamente iguais, com raras exceções. Sempre há o casal que não se bica e aos poucos vão se aproximando, e só percebem que estão apaixonados quando um está indo embora. E nesse filme não é diferente, Sandra Bullock vive o velho estereótipo hollywoodiano, de que para ser bem-sucedida profissionalmente a mulher precisa ser uma megera, uma solteirona abandonada e carente de amor, já Ryan Reynolds é o galã perfeito e sem defeitos, de bom coração que vai contra o pai milionário para viver seu sonho. Apesar dos protagonistas serem parecidos a centenas de outros filmes, a química e o timing cômico deles funcionou muito bem. Enfim, mesmo sendo clichê é um filme simples, sem muitos exageros, com boas atuações e cenas que rendem boas risadas.
Versões de um Crime
3.2 410 Assista AgoraUm advogado criminalista vai defender um adolescente acusado de matar o pai milionário. O pai, antes da morte, é acusado de agredir frequentemente a mulher, o que é usado pelo adolescente como justificativa para o crime. O roteiro foca nas estratégias do advogado para tentar vencer o processo. As suas divagações são expostas por uma desnecessária narração de fatos evidentes. Os relatos das testemunhas são representados por rápidos flashbacks, o que proporciona certo interesse pelo passado dos personagens, mas que, de tão usuais, passam a ser efêmeros. Enfim, o roteiro é fraco e previsível, não aprofundou nos personagens e as más atuações fizeram com que as reviravoltas perdessem o impacto, tornando-se um filme esquecível, mais uma tentativa de clonagem de tantos outros.
Wildflower
2.6 15Chloe é uma garota solitária, com uma vida simples e um passado desconhecido, que encontra consolo de uma infância difícil em sua arte. Mas quando um sonho aterrorizante se repete noite após noite, Chloe começa a acreditar que o pesadelo é uma memória reprimida e que ela pode estar ligada ao desaparecimento estranho de uma garota doze anos atrás. Uma trama com atuações fracas, que poderia ser mais bem explorada, no entanto, a estória possui algumas situações que fazem pensar.