Richard Linklater nos passa a impressão de levar seus filmes adiante através de situações banais e diálogos nada a ver. Mas isso está longe de ser verdade, pois o que vemos PRINCIPALMENTE neste terceiro filme é uma obra que foi planejada meticulosamente diálogo por diálogo, acontecimento por acontecimento, de uma forma tal que ao final do filme você pode sair juntando as pecinhas (cenas) do quebra-cabeça e formando um grande quadro subjetivo (arco) desses dois personagens. Confesso que fiquei com medo no começo, em toda aquela conversa dentro do carro, de que o filme fosse apenas uma desculpa pra juntar os dois e mostrar uma longa dinâmica de relacionamento deles só pra satisfazer os fãs. Mas Linklater não desapontou quem gosta de Waking Life e nos legou um mapa filosófico da alma de um casal. A relação feminino/masculino e marido/mulher está ali, escancarada, aberta para análise e reflexão, como a caixa-preta de um acidente de avião cujos dados são recuperados e jogados pra platéia decidir. Não há julgamentos e respostas prontas: há erros e acertos, caminhos e possibilidades. A escolha da Grécia, embora apareça pouco como cenário, nos remete ao drama grego, à Tragédia (palavra grega que significa "canto do bode", e não à toa aparece um bode no meio de uma conversa dos dois, numa cena divertidíssima).
Há uma cena fantástica que ilustra a técnica de esconder grandes significados dentro de diálogos e cenas banais, que é quando Celine diz temer uma tragédia (sem especificar nada) e, enquanto isso, Ariadni corta um tomate. Ora, tomate na frança (terra de Celine) é conhecido como "Pomme d’amour", ou "maçã do amor", por crerem que o tomate era afodisíaco. Visualmente esse amor, esse "círculo" vermelho sendo dividido em dois está nos passando a mensagem de separação, e até aquele momento a platéia ainda não sabe da gravidade do problema dos dois. Todas as conversas antes e depois disso vão preparando terreno subconscientemente para que a platéia vá se preparando pro climax, vá assimilando que tudo tem um fim. Até mesmo a idealização do casal perfeito e apaixonado que nutrimos com tanto carinho nos dois filmes anteriores. O efeito disso é arrasador, quando o momento do quarto do hotel chega. Felizmente o diretor acertou ao não incluir muito a dinâmica com os filhos (pode ficar pro próximo), mas eles estão indiretamente presentes no "peso" que ficou nas costas de Celine e como isso impactou em todo o relacionamento.
Enfim, este filme será melhor apreciado por quem está casado e já passou por alguma crise, pois tem coisas ali na atuação dos dois que são GENIAIS, impecáveis! O gestual, os olhares de Celine, a dinâmica da movimentação do corpo dos dois, a frustração contida de Jesse, enfim, a sutileza e cuidado que foi investido nas cenas dá a impressão de que ou a coisa toda foi ensaiada exaustivamente até ficar orgânica e natural ou os dois são, em algum nível, casados de verdade e conseguem se comunicar em níveis que transcendem a mera representação.
Um belo roteiro pra prestigiar os 50 anos de James Bond. Na primeira metade ilustra as mudanças pela qual o mundo passou e faz até uma paródia com o "velho" Bond, mas na segunda metade vemos o legado ser valorizado e preservado com dignidade.
Nunca pensei que o making of do primeiro Star Wars fosse tão dramático. George Lucas quase infartou! Esse é o documentário definitivo pros fãs dessa saga, pois engloba os três ÚNICOS filmes de Star Wars com entrevistas com TODOS os principais do elenco e produção.
O filme faz referências visuais ao original, como mostrar a Lightcycle antiga e o "trem" com asas de borboleta, mas avança no design de forma mais contida, menos colorida. As motos ganharam uma repaginada, assim como a nave em forma de |"|, e um detalhe interessante é que dessa vez o brilho das roupas é REAL, e não computação gráfica (ou animação). O mundo das máquinas está sombrio, feio mesmo, mas evoluiu graficamente assim como o nossos computadores: agora tem gráficos fotorrealistas (como a casa do Flynn) e processamento de partículas (chuva, poeira, fogo, etc). Há piadinhas com frases do filme original, e além de Jeff Bridges (Flynn) o ator que fez Tron está de volta ao seu papel, graças a uma tecnologia que irá marcar o cinema daqui pra frente: o rejuvenescimento por computador. Há um review esotérico do filme aqui
Contato, do diretor Robert Zemeckis, é um filme de ficção científica de 1997, adaptado do romance homônimo do cientista norte-americano Carl Sagan, tendo como atriz principal Jodie Foster no papel da Drª Eleanor Ann "Ellie" Arroway. O filme conta a história de uma cientista e sua incessante busca por contato com alguma civilização extraterreste. Eleanor Arroway é uma radioastrônoma que consegue, depois de muita dedicação pessoal e anos de luta, descobrir um sinal extraterrestre transmitido a partir da estrela Vega. A partir daí temos o desenrolar de como a humanidade vai lidar com essa notícia, o conflito entre ciência e religião, ética, razão e fé.
Mas o filme é, antes de tudo, uma reflexão sobre a existência.
Fazendo uso preciso e apaixonado do conhecimento científico, Carl Sagan constrói um enredo que gera expectativa a cada passo e nos aproxima de problemas que não cansam de desafiar a imaginação dos homens. As perguntas sobre a existência de Deus, por exemplo, ganham aqui uma tonalidade nova, à luz do estranhamento produzido pelo contato com um mundo muito diferente do nosso. Enquanto nos captura com sua ficção científica, Sagan também nos convida a contemplar os mistérios do Universo, a experimentar o deslumbramento que alimenta os místicos, os cientistas e os poetas.
É uma comédia de primeira, do tipo Sessão da Tarde, mas do tempo em que Sessão da Tarde era bom. Com muito humor ácido, esse filme conta a história de Phil (Murray), um cara arrogante que fica preso em um dia em particular, que ele tem de reviver infinitamente, e onde as coisas ocorrem sempre igual (a menos que ele interfira nos acontecimentos). Assisti a primeira vez e nem me liguei. Da segunda, vi com o pessoal do CEPEC (Centro de pesquisa da evolução da Consciência) e foi fantástico perceber como o diretor conduziu (conscientemente ou não) os fatos para que cada dia daquele represente uma encarnação. Essa é a "chave". Quem já viu o filme pode apreciar este viés encarnacionista aqui
Se construíssem uma cápsula do tempo pra proteger o patrimônio da humanidade, este filme teria de estar lá representando a arte japonesa. E não falo nem só no aspecto animação: o filme é pura arte nos quesitos direção, direção de arte, "fotografia", música inesquecível, roteiro bem montado, diálogos que vão fazer você chorar e, sim, excelente animação. Não é um filme pra crianças.
Não é o melhor filme de Tarantino, mas fica muito a cara dele na meia hora final, que é excelente. Eu achei que Di Caprio ia roubar o show, ou talvez o Hanz Landa, mas quem fez isso foi Samuel L. Jackson, que está impagável. E o personagem dele DOMINA as cenas, só comendo pelas beiradas. A cena dele na biblioteca só ilustra isso. O uso de rap pareceu um pouco forçado, talvez referência ao cinema de blackxploitation, mas ainda assim eu "saía do filme" toda vez que tocava. Ao contrário dos outros filmes de Tarantino, desta vez não encaixou um estilo no outro. Por outro lado, a música de Morricone (nas poucas vezes que aparecia) é LINDISSIMA e só mostra do que um MESTRE é capaz.
Vi esse filme umas sete vezes, várias com uma trilha de comentário diferente pra poder absorver TUDO o que esse filme tem, e é muita, MUITA coisa. Fincher pensou em cada detalhe, Brad Pitt tava ON FIRE nesse filme, Freeman com uma atuação contida e CHEIA de detalhes sutis (até o nível de ter fios soltos no paletó), uma fotografia nota 10, enfim, esse é um dos melhores filmes de suspense já feitos (e sim, estou incluindo você, Hitchcock!)
Um excelente filme, a diretora demonstra aqui que seu primeiro filme não foi um acidente e que ela sabe muito bem manter o ritmo de uma história que, a primeira vista, pode ser chata e irritante nas mãos erradas, pois tem muitos detalhes, personagens secundários e depende muito da sua atenção durante o filme. a-tensão. E de tensão a Kathryn entende.
O slogan do pôster promocional de Cloud Atlas ("Tudo Está Conectado") parece um marketing nova era, mas é na verdade a alma do filme, a chave para melhor apreciá-lo. Não à toa os irmãos Wachowski procuraram o diretor Tom Tykwer pra co-dirigir o filme com eles. O trabalho mais famoso desse cara é "Corra, Lola, Corra", que trata justamente de ESCOLHAS. E essa é uma história de rebelião, de lutar contra o sistema, como em "V de vingança". Por exemplo, a questão do escravagismo e do papel da mulher na sociedade é colocada pelo personagem Adam Ewing (o advogado do navio) da seguinte forma: "Se Deus criou o mundo, como saberemos que coisas devem mudar e o que deve permanecer sagrado e inviolável?" É também sobre reencarnação, como a clone Sonmi nos ensina: "Nossas vidas não são propriamente nossas. Do útero ao túmulo, estamos ligados à outros. Passado e presente. E por cada crime, e cada bondade, renasce nosso futuro." Fiz um videocast analisando o filme aqui:
Simplesmente o melhor filme de 2012 (mas só vi agora, por conta do Oscar). Quem como eu achar que é só uma fábula com visual incrível e sem muito conteúdo, pode reconsiderar e ver este filme IMEDIATAMENTE. A história ficou na minha mente por semanas e ainda me pego pensando no Richard Parker toda vez que olho pra minha gatinha (especialmente quando ela está chateada comigo). O Oscar foi ingrato com Ben Affleck por não ter sido indicado (e ganho) direção. Mas o Oscar de melhor filme cairia muito bem pra "As aventuras de Pi" (título horrível que só incentiva a pensar que é um filme pra crianças).
De todos os filmes da Pixar, este (e Carros 2) está entre os mais fracos. Isso não significa que seja ruim, mas que a Pixar nos acostumou mal com personagens inesquecíveis, situações absurdas com naturalidade e piadas que nos fazem estourar de rir. Isso não há em Valente, que segue mais a fórmula das animações dos concorrentes. O roteiro é bom, mas parece que a Brenda pesou a mão na DR entre mãe e filha e a coisa ficou um pouco chata (pelo menos pro público masculino), mas ainda dá pra ver um pouco da magia Pixar quando
Por trás de todos os palavrões e o politicamente incorreto existe uma bela história sobre as dificuldades do amadurecimento, da convivência entre amigos e mulher, entre trabalho e lazer. Realmente me pegou de surpresa. Parabéns, Seth.
Há um texto bem profundo sobre esse filme que mostra que há mais nele do que só uma refilmagem de um conto clássico para a nova geração de meninas de 12 anos. O filme é feito para MULHERES, e lida com as facetas do feminino em cada uma delas, acessadas através da mitologia e simbolismo.
Moonrise Kingdom é mais um típico filme de Wes Anderson. Uma história que, de tão boba, chega a ser boa! Um ritmo e direção peculiar e atuações que, à primeira vista, parece não demonstrar nenhuma emoção. Mas no decorrer do filme você vê que tem um diretor no comando, e um bom diretor (pra o que se propõe). São duas crianças que resolvem "fugir" (se é que é possível fugir numa ilha) de suas realidades e criar pra si mesmos uma nova vida. E a beleza disso está em que as crianças falam e se comportam de forma mais madura que os adultos, que são incapazes de tomar certas decisões por serem extremamente vacilantes e imaturos. A interpretação de Edward Norton aqui é brilhante, e só Bruce Willis que não consegue passar por inteiro insegurança, porque, vocês sabem, o cara é BRUCE FUCKING WILLIS! Enfim, por trás de uma historinha boba existe toda uma proposta, um clima, uma idéia que pode ou não ser plantada na sua mente, se você estiver receptivo. Então relaxe e curta, sem pressa, como qualquer filme de Wes Anderson.
Diversos diretores foram chamados não só para dar sua visão de Paris, como para roteirizar seus segmentos de 10 minutos cada com grandes atores. O resultado é inconsistente, onde se alternam grandes momentos com coisas que são, no mínimo, um desperdício de celulóide. Vale a pena assistir pois é retratada nas histórias uma Paris mais distante dos típicos cartões postais (intercaladas com cenas dos cartões postais, claro, que indicam o começo de cada segmento). A história da socorrista, da Natalie Portman e do Walter Salles são verdadeiras pérolas. A do mímico é ingenuamente engraçada e a dos Irmãos Cohen é bem... Irmãos Cohen, ou seja, não decepciona o fã.
Adorei o Jimmy Wong, me lembra muito o chinesinho de Goonies (Data), achei que o Freddy Wong foi subutilizado (ele faz papéis ótimos nos videos dele do Youtube) mas foi escolha dele mesmo. Os personagens são legais, fiquei morrendo de vontade de jogar FPS novamente num time de conhecidos (infelizmente não tenho!) e o climax é legal. Os diálogos, entretanto, são fracos.
A pegada de Hunger Games é muito mais uma critica ao Big Brother, ao show, ao glamour da desgraça alheia que cultivamos. O cara até pergunta: "e se eles parassem de assistir?" e ela responde "nunca vão parar de assistir". A primeira metade é impecável. Já a segunda eu achei muito corrida, com pouco desenvolvimento. Dizem que o livro é muito melhor. Ainda assim, um bom filme.
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista AgoraRichard Linklater nos passa a impressão de levar seus filmes adiante através de situações banais e diálogos nada a ver. Mas isso está longe de ser verdade, pois o que vemos PRINCIPALMENTE neste terceiro filme é uma obra que foi planejada meticulosamente diálogo por diálogo, acontecimento por acontecimento, de uma forma tal que ao final do filme você pode sair juntando as pecinhas (cenas) do quebra-cabeça e formando um grande quadro subjetivo (arco) desses dois personagens.
Confesso que fiquei com medo no começo, em toda aquela conversa dentro do carro, de que o filme fosse apenas uma desculpa pra juntar os dois e mostrar uma longa dinâmica de relacionamento deles só pra satisfazer os fãs. Mas Linklater não desapontou quem gosta de Waking Life e nos legou um mapa filosófico da alma de um casal. A relação feminino/masculino e marido/mulher está ali, escancarada, aberta para análise e reflexão, como a caixa-preta de um acidente de avião cujos dados são recuperados e jogados pra platéia decidir. Não há julgamentos e respostas prontas: há erros e acertos, caminhos e possibilidades.
A escolha da Grécia, embora apareça pouco como cenário, nos remete ao drama grego, à Tragédia (palavra grega que significa "canto do bode", e não à toa aparece um bode no meio de uma conversa dos dois, numa cena divertidíssima).
Há uma cena fantástica que ilustra a técnica de esconder grandes significados dentro de diálogos e cenas banais, que é quando Celine diz temer uma tragédia (sem especificar nada) e, enquanto isso, Ariadni corta um tomate. Ora, tomate na frança (terra de Celine) é conhecido como "Pomme d’amour", ou "maçã do amor", por crerem que o tomate era afodisíaco. Visualmente esse amor, esse "círculo" vermelho sendo dividido em dois está nos passando a mensagem de separação, e até aquele momento a platéia ainda não sabe da gravidade do problema dos dois. Todas as conversas antes e depois disso vão preparando terreno subconscientemente para que a platéia vá se preparando pro climax, vá assimilando que tudo tem um fim. Até mesmo a idealização do casal perfeito e apaixonado que nutrimos com tanto carinho nos dois filmes anteriores. O efeito disso é arrasador, quando o momento do quarto do hotel chega.
Felizmente o diretor acertou ao não incluir muito a dinâmica com os filhos (pode ficar pro próximo), mas eles estão indiretamente presentes no "peso" que ficou nas costas de Celine e como isso impactou em todo o relacionamento.
Enfim, este filme será melhor apreciado por quem está casado e já passou por alguma crise, pois tem coisas ali na atuação dos dois que são GENIAIS, impecáveis! O gestual, os olhares de Celine, a dinâmica da movimentação do corpo dos dois, a frustração contida de Jesse, enfim, a sutileza e cuidado que foi investido nas cenas dá a impressão de que ou a coisa toda foi ensaiada exaustivamente até ficar orgânica e natural ou os dois são, em algum nível, casados de verdade e conseguem se comunicar em níveis que transcendem a mera representação.
O Espetacular Homem-Aranha
3.4 4,9K Assista AgoraSpiderman meets Twilight.
007: Operação Skyfall
3.9 2,5K Assista AgoraUm belo roteiro pra prestigiar os 50 anos de James Bond. Na primeira metade ilustra as mudanças pela qual o mundo passou e faz até uma paródia com o "velho" Bond, mas na segunda metade vemos o legado ser valorizado e preservado com dignidade.
Império dos Sonhos: A História da Trilogia Star Wars
4.3 51 Assista AgoraNunca pensei que o making of do primeiro Star Wars fosse tão dramático. George Lucas quase infartou! Esse é o documentário definitivo pros fãs dessa saga, pois engloba os três ÚNICOS filmes de Star Wars com entrevistas com TODOS os principais do elenco e produção.
Tron: O Legado
3.2 1,8K Assista AgoraO filme faz referências visuais ao original, como mostrar a Lightcycle antiga e o "trem" com asas de borboleta, mas avança no design de forma mais contida, menos colorida. As motos ganharam uma repaginada, assim como a nave em forma de |"|, e um detalhe interessante é que dessa vez o brilho das roupas é REAL, e não computação gráfica (ou animação). O mundo das máquinas está sombrio, feio mesmo, mas evoluiu graficamente assim como o nossos computadores: agora tem gráficos fotorrealistas (como a casa do Flynn) e processamento de partículas (chuva, poeira, fogo, etc). Há piadinhas com frases do filme original, e além de Jeff Bridges (Flynn) o ator que fez Tron está de volta ao seu papel, graças a uma tecnologia que irá marcar o cinema daqui pra frente: o rejuvenescimento por computador.
Há um review esotérico do filme aqui
Contato
4.1 804 Assista AgoraContato, do diretor Robert Zemeckis, é um filme de ficção científica de 1997, adaptado do romance homônimo do cientista norte-americano Carl Sagan, tendo como atriz principal Jodie Foster no papel da Drª Eleanor Ann "Ellie" Arroway. O filme conta a história de uma cientista e sua incessante busca por contato com alguma civilização extraterreste. Eleanor Arroway é uma radioastrônoma que consegue, depois de muita dedicação pessoal e anos de luta, descobrir um sinal extraterrestre transmitido a partir da estrela Vega. A partir daí temos o desenrolar de como a humanidade vai lidar com essa notícia, o conflito entre ciência e religião, ética, razão e fé.
Mas o filme é, antes de tudo, uma reflexão sobre a existência.
Fazendo uso preciso e apaixonado do conhecimento científico, Carl Sagan constrói um enredo que gera expectativa a cada passo e nos aproxima de problemas que não cansam de desafiar a imaginação dos homens. As perguntas sobre a existência de Deus, por exemplo, ganham aqui uma tonalidade nova, à luz do estranhamento produzido pelo contato com um mundo muito diferente do nosso. Enquanto nos captura com sua ficção científica, Sagan também nos convida a contemplar os mistérios do Universo, a experimentar o deslumbramento que alimenta os místicos, os cientistas e os poetas.
Feitiço do Tempo
3.9 754 Assista AgoraÉ uma comédia de primeira, do tipo Sessão da Tarde, mas do tempo em que Sessão da Tarde era bom. Com muito humor ácido, esse filme conta a história de Phil (Murray), um cara arrogante que fica preso em um dia em particular, que ele tem de reviver infinitamente, e onde as coisas ocorrem sempre igual (a menos que ele interfira nos acontecimentos). Assisti a primeira vez e nem me liguei. Da segunda, vi com o pessoal do CEPEC (Centro de pesquisa da evolução da Consciência) e foi fantástico perceber como o diretor conduziu (conscientemente ou não) os fatos para que cada dia daquele represente uma encarnação. Essa é a "chave".
Quem já viu o filme pode apreciar este viés encarnacionista aqui
Rurouni Kenshin: Tsuiokuhen
4.6 86Se construíssem uma cápsula do tempo pra proteger o patrimônio da humanidade, este filme teria de estar lá representando a arte japonesa. E não falo nem só no aspecto animação: o filme é pura arte nos quesitos direção, direção de arte, "fotografia", música inesquecível, roteiro bem montado, diálogos que vão fazer você chorar e, sim, excelente animação. Não é um filme pra crianças.
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraNão é o melhor filme de Tarantino, mas fica muito a cara dele na meia hora final, que é excelente. Eu achei que Di Caprio ia roubar o show, ou talvez o Hanz Landa, mas quem fez isso foi Samuel L. Jackson, que está impagável. E o personagem dele DOMINA as cenas, só comendo pelas beiradas. A cena dele na biblioteca só ilustra isso. O uso de rap pareceu um pouco forçado, talvez referência ao cinema de blackxploitation, mas ainda assim eu "saía do filme" toda vez que tocava. Ao contrário dos outros filmes de Tarantino, desta vez não encaixou um estilo no outro. Por outro lado, a música de Morricone (nas poucas vezes que aparecia) é LINDISSIMA e só mostra do que um MESTRE é capaz.
Amar... Não Tem Preço
3.5 185 Assista AgoraÓTIMO!!
Seven: Os Sete Crimes Capitais
4.3 2,7K Assista AgoraVi esse filme umas sete vezes, várias com uma trilha de comentário diferente pra poder absorver TUDO o que esse filme tem, e é muita, MUITA coisa. Fincher pensou em cada detalhe, Brad Pitt tava ON FIRE nesse filme, Freeman com uma atuação contida e CHEIA de detalhes sutis (até o nível de ter fios soltos no paletó), uma fotografia nota 10, enfim, esse é um dos melhores filmes de suspense já feitos (e sim, estou incluindo você, Hitchcock!)
A Hora Mais Escura
3.6 1,1K Assista AgoraUm excelente filme, a diretora demonstra aqui que seu primeiro filme não foi um acidente e que ela sabe muito bem manter o ritmo de uma história que, a primeira vista, pode ser chata e irritante nas mãos erradas, pois tem muitos detalhes, personagens secundários e depende muito da sua atenção durante o filme. a-tensão. E de tensão a Kathryn entende.
Uma História de Amor e Fúria
4.0 658É o Cloud Atlas brasileiro!
G.I. Joe: Retaliação
3.0 870 Assista AgoraBruce Willis, meu fio, o que é que você tá fazendo aí?
A Viagem
3.7 2,5K Assista AgoraO slogan do pôster promocional de Cloud Atlas ("Tudo Está Conectado") parece um marketing nova era, mas é na verdade a alma do filme, a chave para melhor apreciá-lo. Não à toa os irmãos Wachowski procuraram o diretor Tom Tykwer pra co-dirigir o filme com eles. O trabalho mais famoso desse cara é "Corra, Lola, Corra", que trata justamente de ESCOLHAS.
E essa é uma história de rebelião, de lutar contra o sistema, como em "V de vingança". Por exemplo, a questão do escravagismo e do papel da mulher na sociedade é colocada pelo personagem Adam Ewing (o advogado do navio) da seguinte forma: "Se Deus criou o mundo, como saberemos que coisas devem mudar e o que deve permanecer sagrado e inviolável?"
É também sobre reencarnação, como a clone Sonmi nos ensina: "Nossas vidas não são propriamente nossas. Do útero ao túmulo, estamos ligados à outros. Passado e presente. E por cada crime, e cada bondade, renasce nosso futuro."
Fiz um videocast analisando o filme aqui:
As Aventuras de Pi
3.9 4,4KSimplesmente o melhor filme de 2012 (mas só vi agora, por conta do Oscar). Quem como eu achar que é só uma fábula com visual incrível e sem muito conteúdo, pode reconsiderar e ver este filme IMEDIATAMENTE. A história ficou na minha mente por semanas e ainda me pego pensando no Richard Parker toda vez que olho pra minha gatinha (especialmente quando ela está chateada comigo). O Oscar foi ingrato com Ben Affleck por não ter sido indicado (e ganho) direção. Mas o Oscar de melhor filme cairia muito bem pra "As aventuras de Pi" (título horrível que só incentiva a pensar que é um filme pra crianças).
Valente
3.8 2,8K Assista AgoraDe todos os filmes da Pixar, este (e Carros 2) está entre os mais fracos. Isso não significa que seja ruim, mas que a Pixar nos acostumou mal com personagens inesquecíveis, situações absurdas com naturalidade e piadas que nos fazem estourar de rir. Isso não há em Valente, que segue mais a fórmula das animações dos concorrentes. O roteiro é bom, mas parece que a Brenda pesou a mão na DR entre mãe e filha e a coisa ficou um pouco chata (pelo menos pro público masculino), mas ainda dá pra ver um pouco da magia Pixar quando
a mãe se transforma num urso
Ted
3.1 3,4K Assista AgoraPor trás de todos os palavrões e o politicamente incorreto existe uma bela história sobre as dificuldades do amadurecimento, da convivência entre amigos e mulher, entre trabalho e lazer. Realmente me pegou de surpresa. Parabéns, Seth.
The Pirate Bay Longe do Teclado
3.9 71 Assista AgoraSó uma coisa: Anakata Rull3Z
Branca de Neve e o Caçador
3.0 4,3K Assista AgoraHá um texto bem profundo sobre esse filme que mostra que há mais nele do que só uma refilmagem de um conto clássico para a nova geração de meninas de 12 anos. O filme é feito para MULHERES, e lida com as facetas do feminino em cada uma delas, acessadas através da mitologia e simbolismo.
Moonrise Kingdom
4.2 2,1K Assista AgoraMoonrise Kingdom é mais um típico filme de Wes Anderson. Uma história que, de tão boba, chega a ser boa! Um ritmo e direção peculiar e atuações que, à primeira vista, parece não demonstrar nenhuma emoção. Mas no decorrer do filme você vê que tem um diretor no comando, e um bom diretor (pra o que se propõe). São duas crianças que resolvem "fugir" (se é que é possível fugir numa ilha) de suas realidades e criar pra si mesmos uma nova vida. E a beleza disso está em que as crianças falam e se comportam de forma mais madura que os adultos, que são incapazes de tomar certas decisões por serem extremamente vacilantes e imaturos. A interpretação de Edward Norton aqui é brilhante, e só Bruce Willis que não consegue passar por inteiro insegurança, porque, vocês sabem, o cara é BRUCE FUCKING WILLIS!
Enfim, por trás de uma historinha boba existe toda uma proposta, um clima, uma idéia que pode ou não ser plantada na sua mente, se você estiver receptivo. Então relaxe e curta, sem pressa, como qualquer filme de Wes Anderson.
Paris, Te Amo
3.8 453Diversos diretores foram chamados não só para dar sua visão de Paris, como para roteirizar seus segmentos de 10 minutos cada com grandes atores. O resultado é inconsistente, onde se alternam grandes momentos com coisas que são, no mínimo, um desperdício de celulóide.
Vale a pena assistir pois é retratada nas histórias uma Paris mais distante dos típicos cartões postais (intercaladas com cenas dos cartões postais, claro, que indicam o começo de cada segmento).
A história da socorrista, da Natalie Portman e do Walter Salles são verdadeiras pérolas. A do mímico é ingenuamente engraçada e a dos Irmãos Cohen é bem... Irmãos Cohen, ou seja, não decepciona o fã.
Colégio de Video Game (1ª Temporada)
3.8 43Adorei o Jimmy Wong, me lembra muito o chinesinho de Goonies (Data), achei que o Freddy Wong foi subutilizado (ele faz papéis ótimos nos videos dele do Youtube) mas foi escolha dele mesmo. Os personagens são legais, fiquei morrendo de vontade de jogar FPS novamente num time de conhecidos (infelizmente não tenho!) e o climax é legal. Os diálogos, entretanto, são fracos.
Jogos Vorazes
3.8 5,0K Assista AgoraA pegada de Hunger Games é muito mais uma critica ao Big Brother, ao show, ao glamour da desgraça alheia que cultivamos. O cara até pergunta: "e se eles parassem de assistir?" e ela responde "nunca vão parar de assistir".
A primeira metade é impecável. Já a segunda eu achei muito corrida, com pouco desenvolvimento. Dizem que o livro é muito melhor. Ainda assim, um bom filme.