Se o primeiro já era um filme mais do que perdido, aqui então vira uma lambança só!
Na obra de 1985 parece que a tentativa era fazer uma história com um enredo confuso flertando com o terror (onde ele falha miseravelmente), já nessa continuação de 1987, a confusão agora dispara pra tudo quanto é lado, se embrenhando também na comédia e na fantasia, aí o que era ruim consegue ficar ainda pior, erra tanto no terror, quanto nos outros gêneros. Não dá pra encontrar nada que se salve nele.
Se for pra chamar a atenção para algo nessa produção, vale constar apenas a formação do seu elenco, que tem Lar Park-Lincoln (mais conhecida pelo seu trabalho em "Sexta-feira 13 - Parte 7: A Matança Continua"), Jonathan Stark (de "A Hora do Espanto"), Kane Hodder (figura carimbada de filmes de terror e com maior reconhecimento por ter interpretado Jason em alguns filmes da franquia "Sexta-feira 13", inclusive o Parte 7, protagonizado pela Lar Park-Lincoln) e a Amy Yasbeck (de "O Pestinha 1 e 2").
Tô pra ver uma série de filmes mais mal feita do que essa!
Consegue entreter de maneira interessante e, acreditava que nunca conseguiria sentir antipatia por qualquer papel que Rita Hayworth interpretasse e, no começo da história até tentei ver as qualidades de Carmen graças a beleza e a sedução de Rita, mas logo a personagem mostra pra gente que não é flor que se cheire e o que parecia difícil de acontecer se faz presente, passamos a ter repulsa dela diante de tamanha indiferença e calhordice que Carmen demonstra com os outros.
Direção de arte e de fotografia muito boas (com essa última conseguindo até uma indicação ao Oscar).
Destaque para as sequências de dança e o seu final, com uma tensão curiosa.
Um triângulo amoroso que ocorre na bela África, onde os entrechos dos romances acontecem em bonitos cenários naturais que só aquele ambiente poderia proporcionar.
Logo de cara, o que nos chama a atenção é a escolha estelar do elenco principal, com uma trinca de respeito: Clark Gable, Ava Gardner e Grace Kelly. Desses três, a gente não poderia esperar algo menos do que boas atuações em cena, e é isso que ganhamos! Claro que Clark Gable está bem na tela, mas não tem como notar que quem rouba as atenções é a dupla feminina, cada uma com uma concepção de personagem com suas nuances. Enquanto Kelly (Ava Gardner) é pura autenticidade e despojamento,Linda (Grace Kelly) é mais delicada e doce, e isso fica perceptível até em momentos sutis, como na parte antes delas entrarem num jipe onde, enquanto Kelly está numa posição descontraída, com as mãos no bolso, conversando contente, Linda está logo atrás com um olhar mais tímido, carregando um sobretudo nos braços de maneira recatada, sem dizer nada.
Ambas as atrizes foram indicadas ao Oscar nas categorias de interpretação, Ava Gardner para o Oscar de Melhor Atriz e Grace Kelly a de Atriz Coadjuvante, merecidas as indicações, mas como pode-se ver nos outros comentários abaixo (e que também reafirmo), a Kelly de Ava Gardner é apaixonante! Uma personagem vivaz, carismática, com suas ironias certeiras, sem contar o fato dela ser uma mulher de uma beleza ímpar. É lógico que a Linda de Grace Kelly também tem o seu valor na obra e a beleza de Grace também é chamativa, mas a sua personagem não parece ter a mesma sintonia e carga no enredo quanto a de Ava, mas isso não desmerece a sua importância da trama, ela é fundamental para haver esse embate de personalidades.
Audrey Hepburn ganhou o seu único Oscar de Melhor Atriz por "A Princesa e o Plebeu", ela está icônica em cena, um dos filmes mais marcantes da sua carreira, sem dúvida! Mas se Ava Gardner tivesse levado o prêmio, não teria sido nenhuma injustiça. Sua atuação também era digna para levar a estatueta pra casa.
Outro ponto positivo do filme é a sua fotografia, com tomadas que enquadram os recantos da África selvagem de modo incrível, e as sequência feitas em cenários internos também são muito boas, como na cena da conversa na cabana de lona entre Linda e o seu marido Donald, onde ficam quase em apenas silhuetas. Nós podemos até questionar o fato dele não ter recebido uma indicação ao Oscar de Melhor Fotografia em Filme Colorido na época.
Sobre o seu final, achei que ele poderia ter sido mais incrementado, não que ele seja péssimo, muito longe disso, mas um fermento naquele encerramento poderia ter dado um gás a mais nele.
O que foi aquela sequência dele fingindo vomitar pra poder roubar o carro do sujeito.
Tosco, com atuações patéticas e uma história que, em vez de provocar entusiasmo, dá é vergonha alheia. Não é à toa que ele foi lançado direto para VHS e televisão a cabo lá nos Estados Unidos na época.
"Robôs" conta a história simples e carismática de Rodney Lataria, que desde criança sonha em se tornar um grande inventor, vendo que na sua cidade natal as oportunidades não são tão prósperas, decide embarcar para Robópolis para conhecer o seu ídolo, o Grande Soldador, e assim realizar o seu sonho, porém, se depara com uma cidade onde os robôs com peças antigas não tem mais espaço e, se não adquirem peças novas, irão acabar virando sucata.
A analogia que a história faz, onde os "ultrapassados" fazem referência a segregação, a pobreza, e o ideal de que apenas quando se tem peças novas modernas e bonitas é o que faz o indivíduo ficar satisfeito, casando com a busca atual pela perfeição estética, é interessante! Não sei se foi uma das inspirações, mas tive a impressão de que a obra tem um pé em "Metrópolis", filme de 1927 que é um clássico da ficção científica (num tempo em que essa palavra nem existia), onde não só o nome da cidade é parecido, mas também no visual e no contexto que o enredo segue também dão essa noção de similaridade.
É tão bacana o cuidado com os detalhes.Seja nos personagens, quanto nas cidades, tudo tem um aspecto robótico futurista, como na cena onde uma senhora robô está "alimentando" pombos de engrenagem e o vizinho do pai do Rodney que cuida da área verde em frente de casa com uma enceradeira.
Os coadjuvantes roubam a cena! Piper, Cranck, Lug, Tia Turbina e, é claro, o mais entusiasmado Manivela trazem toda a alegria pra produção, os vilões Dom Aço e Madame Junta agregam muito bem para o lado antagonista da história, Rodney e seu par Cappy também tem boa contribuição na trama, mas no caso específico do Brasil, a escolha de Reynaldo Gianecchini e Marina Person como dubladores famosos dos personagens não foi uma opção muito acertada para eles, não que eles sejam a pior coisa do mundo da dublagem do nível Luciano Huck em "Enrolados" e Sabrina Sato em "Khumba", mas parece que eles não dão tanta dramaticidade aos personagens quanto eles mereciam, mas não é nada de muito grave.
Outro ponto que parece ter um ligeiro incômodo é com relação a montagem, em algumas cenas a edição é um pouco abrupta, uma sequência pula para outra sem que uma ponte seja estabelecida, mostrando claramente que, provavelmente a produtora determinou um tempo de duração a ser cumprido a risca e, na hora de juntar tudo, não deu para se fazer muitas concessões nesse quesito.
É aquela animação para ver sem compromisso e relaxar! E o seu final, ao som de "Get Up Offa That Thing" do James Brown, encerra da melhor maneira dançante possível.
Curioso como o roteiro decidiu colocar suas atenções, onde, em vez de se apegar de modo extremamente fiel a realidade e deixar o seu foco no paisagista André Le Notre, ele optou pela liberdade artística e criou Sabine de Barra e isso fez a trama ganhar ainda mais dramaticidade.
Grande parte das produções de época do período da realeza mostram os homens como seres frios, sem grandes demonstrações emocionais, a não ser em rompantes de raiva, vilania e/ou teor sexual, e as mulheres como personagens comedidas, subjugadas e tementes a figura masculina, já em "Um Pouco de Caos" Sabine de Barra, além de ganhar mais atenção, é apresentada como uma trabalhadora, de perspicaz inteligência, que rompe essa característica de mulher fraca e que serve apenas para obediência e o prazer dos homens e carrega a imagem de uma personagem que faz a ação e que traz a emoção para o enredo.
Sabine é um mulher forte, mas que, após uma conflituosa tensão no início, se vê diante do amor que aos poucos floresce entre ela e Andre Le Notre, e vai se rendendo aos sentimentos, emoções essas que também vão colocando em evidência traumas do seu passado que se misturam a pressão por terminar o projeto do Bosquet de la Salle-de-Bal. Essa opção por escolher uma figura feminina para guiar a história faz a diferença no filme, o drama aflora e deixa até mesmo as figuras masculinas com mais humanidade.
A cena dela reunida com as outras mulheres da corte em uma sala a parte, onde cada uma comenta sobre os seus dramas pessoais, como perdas de filhos e, logo depois a fala de Sabine diante do rei fazendo uma analogia entre as flores e as mulheres é um exemplo do olhar feminino colaborando para a emoção na trama.
Boas atuações, roteiro interessante e trabalho visual bem realizado!
Diria que é um filme "confortável". Acolhe de um modo agradável, tem momentos que emocionam, mas ele deixa a sensação de que falta algo ali, talvez por conta do roteiro simples mas sem muito impacto.
Na parte técnica o filme é um acerto, com ênfase no trabalho de direção de fotografia e direção de arte, onde os cenários internos e externos ficam muito bonitos de se ver na tela, a trilha sonora faz o espectador entrar no espírito da história, dando um ar carismático, a montagem dele também ganha boa atenção, com uma edição caprichada.
Sobre as atuações, gratificam! Não são interpretações espetaculares, mas cumpre bem suas funções.
Já a história é frugal, simpática mas sem grandes pretensões, uma e outra sequência mais elevada, mas em grande parte fica algo muito leve, principalmente na parte da aventura, não chega a ser um crime no caso dessa obra, mas permanece bem pouco tempo na nossa lembrança. A impressão que dá é de que as versões em desenho animado são mais emocionantes e engraçadas do que o live action.
Navega no drama, aporta no família, passa discreto na aventura e faz uma volta rápida na comédia.
Um entretenimento afável para as crianças pequenas, já para as maiores, não sei se pode conquistar tanto.
O filme nada mais é do que uma reciclagem de vários argumentos de outras produções. É visual que vislumbra os de "Caravana da Coragem" e "Ewoks - A Batalha de Endor", vilão que parece ter saído de alguma obra da franquia "Mad Max" dos anos 80, mote de viagem no tempo já visto em obras como "De Volta Para o Futuro", até piadas que os próprios Trapalhões já fizeram são reaproveitadas, como a sequência do refrigerante, que está em "A Princesa Xuxa e os Trapalhões", ou seja, nada de novo. É a clara percepção de que a dupla Didi e Dedé, os remanescentes do antigo quarteto, já não conseguiam ter a mesma qualidade no humor como antes.
Pra tentar manter uma característica que, nitidamente eram uma tática dos filmes dos Trapalhões para atrair mais gente aos cinemas, a história dá um jeito de colocar artistas musicais na obra, mas aqui a participação deles se resumem a apresentações em um palco, inseridos entre as cenas sem qualquer contribuição influente na trama, como se a produção misturasse os acontecimentos no passado com os que ocorrem no presente. A seleção até tem alguns grupos que mantiveram a sua imagem tempos depois, como O Rappa e Raimundos, já outras escolhas sumiram rápido do universo da música, como o trio SNZ e o Ricardo Aragão (????)... Pois é! A grande maioria também não faz ideia de quem seja, mas pelo sobrenome já dá pra sacar o porquê dele estar no filme.
Apesar dos pesares, "O Trapalhão e a Luz Azul" é uma das últimas produções com o mínimo de consistência feita pelo Renato Aragão. Após o filme, Renato e Dedé Santana se separaram e as obras posteriores foram ficando cada vez piores.
É quase que uma certeza absoluta: Quem ainda consegue ver ele por uma perspectiva positiva, faz isso mais por conta da nostalgia da infância do que por qualquer outra coisa.
"Procura-se Susan Desesperadamente", um dos poucos filme da carreira da Madonna a ter boas críticas de grande parte do público e da imprensa na época do seu lançamento, é bacana dentro das suas medições.
O enredo em alguns momentos parece um tanto quanto forçado em certas partes, deixando algumas situações cômodas na história, mas nada de muito grave, há um humor na trama que agrada se for visto de maneira descompromissada.
A atuação de Rosanna Arquette consegue nos fazer ter simpatia pela obra, ela vai num tom de comédia bem sutil, sem exageros, Aidan Quinn cumpre bem a sua tarefa, a Madonna faz um trabalho satisfatório (dentro das suas limitações como atriz) e Mark Blum está bom em cena, onde é colocado em surreais acontecimentos que vão aparecendo diante do seu personagem.
Vale destacar a trilha sonora do filme, tanto a instrumental, composta por Thomas Newman, que cria uma atmosfera muito interessante, e a seleção musical, com canções de artistas como Iggy Pop, Aretha Franklin, Carly Simon e outros, mas é notório que a música- tema "Into the Groove" cantada pela própria Madonna, acabou sendo a sua maior referência depois de se tornar um mega sucesso mundial.
O filme me soa uma produção que só poderia se encaixar nos anos 80 mesmo, se fosse nos dias atuais, seria algo que não teria a mesma repercussão e talvez nem a mesma essência.
A gente até tenta olhar pra ele com os olhos do contexto da época em que a história se passa, mas é extremamente incômodo o modo como o enredo se desenvolve, de uma maneira totalmente incoerente e sexista.
Logo nos primeiros segundos após os créditos iniciais (não é nem nos primeiros minutos, é nos primeiros segundos mesmo) Adam se mostra um sujeito altamente prepotente, arrogante, que chega a cidade disposto a encontrar uma mulher que faça os afazeres de sua casa, e na primeira sequência musical a letra da canção que ele canta já demonstra isso de cara, enquanto ele vai descaradamente na direção de qualquer mulher, chegando a fazer uma espécie de "processo de escolha". Aí o mais surreal acontece, ele vê Milly, uma moça que está cortando lenha e servindo comida em um bar e restaurante, diz que quer ter ela como esposa, e em menos de 2 minutos de duração na tela eles se casam, num dos desenvolvimentos de relacionamento mais toscos que se pode ter! Não tem paixão, não tem apego, não tem tempo nem pra eles e nem para nós refletirmos sobre os dois, a união deles é assim, do nada.
Logo Milly percebe que o ideal de ter um lar só seu e de seu marido não é o que parece, pois ela descobre que eles vão ter que conviver numa cabana com os seis irmão de Adam, todos igualmente xucros como o irmão mais velho com quem ela se casou. Rapidamente, ela tenta mudar esse perfil rude dos irmãos, e ela nota que eles também querem ter as suas companheiras, e é nesse momento que o filme parece entrar num rumo, digamos, mais harmonioso. Na mesma velocidade com que aconteceu o encontro de Adam e Milly, os outros irmãos também encontram mulheres que lhe causam interesse, mas diferente do que ocorreu no início do filme, percebesse aqui um afloramento de sentimentos, indo do flerte (mesmo que rápido) ao apreço que os rapazes passam a sentir pela moças, mas a trama é derrubada de novo por culpa de Adam que, em um certo momento, inflama os irmãos a terem uma atitude grotesca.
O incentivo dele ao sequestro das mulheres e com a música que diz que "se elas chorarem, é mais fácil para amarrá-las" é de uma falta de respeito degradante!
Vale lembrar que a atitude de Milly em tentar mudar o comportamento dos irmãos não é praticada por ela com Adam, e isso faz com que o personagem dele cause antipatia constantemente.
Pra piorar, em certa parte do roteiro, há uma posição subserviente a aquele ambiente tóxico, dando uma romantização a tudo aquilo. Assim, obra entra em desnível, em que os momentos musicais ficam atrelados a situações mal estruturadas.
No final, até tenta-se consertar o erro que foi cometido durante todo o trajeto, mas, de novo, isso é feito de maneira mal elaborada.
O mais irônico é que o filme brasileiro "O Casamento dos Trapalhões", que é praticamente um remake nacional de "Sete Noivas Para Sete Irmãos", não tem essas falhas graves no seu desenvolvimento, pois ele consegue dar motivação coerente e afável e, principalmente, respeitosa aos personagens. Enquanto em "Sete Noivas..." os homens são grosseiros e machistas com o incentivo de Adam, em "O Casamento dos Trapalhões" os homens, nos poucos momentos em que são broncos, eles são sem trato mas sem serem desrespeitosos, e o irmão mais velho Didi até recrimina eles quando os mesmos não se comportam bem, diferente de Adam, que parece ter gosto em ver os irmãos sendo ogros.
Pra não dizer que a produção é uma causa perdida, a sequência de "The Barn Dance", que virou a cena icônica do filme, é o ponto alto da obra. Muito bem coreografada e com um bom trabalho de edição. Uma pena algo similar não se repetir durante a projeção.
Para alguns, o momento em que um(a) noivo(a) vai fazer parte da família do(a) companheiro(a) pode não ser a parte mais tranquila das ações como casal, pode existir uma leve tensão naquele evento de união, e aqui, a história engloba isso a uma carga de terror, o que deixa as coisas ainda mais temerosas.
No caso da protagonista Grace, a cerimônia de casamento já vai acontecer na residência da família do futuro esposo, uma pessoa abastarda e que, de maneira sutil, o filme mostra a intimidação que ela sente por não ser, digamos, do mesmo nível social deles, mas que por conta do amor que sente por Alex, Grace consegue tirar de letra a situação. Mas em pequenos detalhes, em poucos minutos, percebemos que há um clima estranho no ar, e que é explicitamente detectado na sinistra tia da família, e logo somos apresentados ao curioso ritual tradicional para a entrada de novos membro na família. Grace terá que escolher uma carta com um nome de um jogo e, como a própria proposta impõe, participar da "brincadeira", mas dependendo do jogo que ela sortear, a brincadeira pode não ser tão rápida e, não muito divertida para ela, e como estamos falando de um filme de horror, já sabem em que rumo o caminho vai levar.
"Casamento Sangrento" traz um enredo sanguinolento com pitadas de comédia que, de maneira descompromissada, garante diversão para quem confere. Pontos positivos não só na parte técnica relacionada as sequências de mortes, que são muito bem produzidas, mas também no cuidado na direção de arte, em que a mansão da família Le Domas é de uma beleza ímpar, dando um toque refinado esteticamente entre as cenas de perseguição e homicídios. A iluminação, em sua grande maioria soturna, também é uma boa sacada, pois com os ambientes com pouca claridade criasse uma atmosfera tensa bem bacana.
Sobre as atuações, que bom ver um elenco que se empenha de verdade em cena! Ótimas interpretações, com um casting afiado, principalmente Samara Weaving, excelente na tela. E por termos uma trama que podemos coloca-la na categoria de "Terrir" (Terror e Comédia), dá pra notar em Grace até um um pouco de referência ao personagem Ash de "The Evil Dead - A Morte do Demônio" (um clássico do gênero), quando ela porta sua escopeta e o cinto de balas.
O problema do filme é que ele já começa nos provocando antipatia por quase todos os personagens, incluindo a própria protagonista, Dona Xepa, que em poucos segundo já incomoda com seu temperamento difícil e falar gritado e jeito estourado, já o seu filho Edson, que poderia ter tido uma construção de personalidade mais receptivo, se mostra um sujeito chato logo na sua primeira aparição, mas que, ainda bem, vai mudando de impressão no decorrer do filme, mas sem que isso faça a gente criar muito apreço a sua imagem, ficamos indiferente com a sua situação, enquanto a filha de Dona Xepa, Rosália, é a concepção da moça que tem vergonha da mãe por sua condição humilde e se irrita por ser pobre, ou seja, no caso dela, a personagem é pra ser propositalmente repulsiva.
No meio de tantos integrantes principais gerando aversão, fica difícil sentir afinidade pelos personagens, acabamos tendo pouca conexão com eles, mas nem tudo está perdido, graças aos coadjuvantes. São os não protagonistas que salvam o filme e nos tiram risadas e nos provocam simpatia durante a trama, principalmente Colé Santana, com o seu Coralino, e a incrível Zezé Macedo como Camila, que apesar de terem poucos momentos na tela, são eles que fazem a gente abrir um sorriso quando aparecem em cena. Aliás, Zezé Macedo, que ficou mais conhecida do grande público por conta da personagem Dona Bela da "Escolinha do Professor Raimundo", tem uma história no cinema nos tempos da chanchada que merece ser reconhecida, que talento ela tinha no campo do humor, que de maneira simples conseguia nos fazer rir naturalmente. Grande Zezé!
"Os Croods 2: Uma Nova Era" eleva esteticamente o visual do primeiro filme. Com muito mais cores, novos personagens, níveis de aventura, a produção cresce aos olhos com o acréscimo de elementos na obra. O enredo faz ainda mais brincadeiras com as referências da nossa cultura atual sendo colocadas no período em que a trama se passa, onde existe o "iPedra", a "janela televisão" e etc.
Antes, a construção da história estava no embate entre as novidades e a ideia de que existia um mundo a ser desbravado trazidas por Guy a família dos Croods, com a tentativa do patriarca Grug em manter as tradições pré-históricas e isoladas deles, já nessa continuação, a descoberta de um ambiente mais prospero, cômodo e o comportamento evoluído acaba trazendo conflitos entre o que os Croods e os Bemelhores consideram como realmente importantes para os membros de suas famílias. É a concepção da "distinção de classes sociais".
O segundo filme continua tão interessante quanto o seu antecessor, agora com maior ênfase na aventura, mantendo o divertimento, proporcionando momentos de humor bem agradáveis, mas é no desbravar de novos acontecimentos que ele se apoia.
A estética gótica que Werner Herzog mostra é muito bem realizada, as atuações, principalmente de Klaus Kinski e Isabelle Adjani, são ótimas, o roteiro é deveras interessante, mas o ritmo do filme peca por ser vagaroso demais e sem muito incremento para ligar os pontos altos da história.
Tem momentos positivos, como o seu início macabro e a sequência do garoto com o violino, que pelo fato dele tocar mal o instrumento, o barulho causa um incômodo tremendo, mas algumas partes vão num marasmo que, mesmo sendo num clima soturno, faz perder um pouco a carga de intensidade.
As várias continuações de "Pânico no Lago" e "Anaconda" já eram ruins por si só, aí tentaram fazer um crossover delas e ficou um trabalho mais tosco ainda!
O CGI desse filme chega a ser vergonhosos de tão mal feito, as atuações canastronas são horríveis e a história é pífia.
É aquele filme que mesmo de graça ainda fica devendo.
Tem até alguns momentos engraçados, mas outros acabam casando as situações de humor que tentam ser hilário, mas soa gritado, com interpretações mais do mesmo dos atores.
Sanguinolento e voraz, "Halloween Kills: O Terror Continua" não só aumenta o grau de carnificina na nova fase da franquia, como também proporciona homenagens aos outros filmes da série original, recriando cenas e ainda fazendo uma volta no tempo, trazendo a composição clássica de John Carpenter e mostrando um novo caminho que liga o filme de 2018 com o primeiro filme de 1978 até chegar nessa continuação e, assim, nos fazendo compreender melhor o porquê de terem ignorado o segundo filme da saga original ("Halloween II - O Pesadelo Continua" de 1981).
Um ponto interessante, e positivo dele, é o fato dos atores tomarem os personagens para si e se levarem a sério. Eles dizem "Eu vou lá e vou fazer isso!" com propriedade, elenco empenhado, dando um vigor a história de maneira gratificante.
A obra não é redonda, tem seus furos, sequências cômodas e situações estrahas, mas são casos isolados, pouca coisa que não desmerecem em nada a qualidade que o filme carrega durante boa parte da produção. Algumas até podem ser justificadas, se formos pegar as referências do passado.
A cena do bar, onde Tommy Doyle faz um discurso para apresentar ele e os personagens sobreviventes da história de 1978 é um tanto quanto esquisita, mas talvez tenha sido feita para apresentar eles as novas gerações que desconhecem a obra original. E a cena onde a filha da Laurie, Karen, sem motivo, volta ao andar de cima da casa e acaba sendo morta por Michael, essa parte é a reencenação de sequências típicas de slashers de outrora, onde momentos do tipo eram criadas para dar fim a personagens fadados a morrer.
"Halloween Kills" faz seu trajeto com bastante vítimas e mostrando um Michael não só sobre-humano, como também cruel. Não há meio termo, aqui ele pura maldade.
Que venha "Halloween Ends" pra fechar esse ciclo de uma franquia que, depois de tantos percalços com continuações ruins como "Halloween 6: A Última Vingança" e "Halloween - Ressurreição" (se salvando o ótimo "Halloween H20", espremido entre essas duas bombas) e prequelas desnecessárias como "Halloween - O Início" e "Halloween 2" de 2009, merecia ressurgir das cinzas com produções dignas.
A Natalie Portman chegou a comentar que aceitou fazer filmes mais 'leves' após "Cisne Negro" para poder se livrar um pouco da carga intensa que Nina tinha deixado nela, já que a sua entrega para a personagem foi bastante exaustiva. É louvável da parte dela ter essa atitude, mas não há como negar que ver ela fazendo um filme tão "méh!" como esse é constrangedor.
A impressão que dá é que a Natalie tá numa festa estranha com gente esquisita, é uma obra tão inferior ao que ela é como atriz. É impressionante como ela tem um preparo em cena excelente, das cenas mais simples até as que precisam de mais drama, a Natalie Portman é ótima atuando, mas ela estar dando vida a uma personagem que pode ser facilmente jogada nos braços de atrizes como Katherine Heigl e Elizabeth Banks causa uma certa vergonha. E pra piorar, ela ainda divide o protagonismo com o Ashton Kutcher, que parece estar sempre debochando em cena em qualquer filme que ele faça.
Mais uma daquelas comédias românticas apelativas, sem graça e bobas que fazem a gente esquecer do que acabou de assistir segundos após o seu fim.
Se o primeiro não foi lá essas coisas, aqui a continuação cai na armadilha da obviedade, onde é fácil prever o que vai acontecer e os clichês acabam dando as caras de maneira não muito atrativa.
Os efeitos especiais são bons, o humor é o fermento para fazer o bolo crescer, mas o enredo deixa sempre a sensação de que falta alguma coisa, aquela impressão de que não consegue chegar a um momento pungente.
Sobre as atuações, Tom Hardy com a mesma cara de porre em todas as cenas, numa interpretação fraca, Woody Harrelson quase ultrapassa a linha do caricato com Cletus, fica ali no limite, Michelle Williams até tem seus momentos interessantes, mas é pouco aproveitada, agora são é o desenvolvimento dos personagens de Naomie Harris e Reid Scott que acabam se sobressaindo entre os outros.
No final, além da clara percepção de que o filme é mais curto do que se imaginava (o que no caso dele é bom, porque quando uma coisa não anda bem, não adianta enrolar), quase que sacramenta a noção de que Venom é só mais um no meio da multidão das adaptações cinematográficas da Marvel. Não chega a ser a pior coisa do mundo, mas também não vai perdurar muito na lembrança.
A Casa do Espanto 2
2.7 98Se o primeiro já era um filme mais do que perdido, aqui então vira uma lambança só!
Na obra de 1985 parece que a tentativa era fazer uma história com um enredo confuso flertando com o terror (onde ele falha miseravelmente), já nessa continuação de 1987, a confusão agora dispara pra tudo quanto é lado, se embrenhando também na comédia e na fantasia, aí o que era ruim consegue ficar ainda pior, erra tanto no terror, quanto nos outros gêneros. Não dá pra encontrar nada que se salve nele.
Se for pra chamar a atenção para algo nessa produção, vale constar apenas a formação do seu elenco, que tem Lar Park-Lincoln (mais conhecida pelo seu trabalho em "Sexta-feira 13 - Parte 7: A Matança Continua"), Jonathan Stark (de "A Hora do Espanto"), Kane Hodder (figura carimbada de filmes de terror e com maior reconhecimento por ter interpretado Jason em alguns filmes da franquia "Sexta-feira 13", inclusive o Parte 7, protagonizado pela Lar Park-Lincoln) e a Amy Yasbeck (de "O Pestinha 1 e 2").
Tô pra ver uma série de filmes mais mal feita do que essa!
O Avental Rosa
2.7 11Parece uma novela no estilo dramalhão mexicano, mas sem as caras e bocas e condensada em 110 minutos.
Tedioso em boa parte do tempo e nos poucos momentos em que sai do marasmo acaba fazendo umas coisas tão artificiais, desconexas.
Fraco!
Os Amores de Carmen
3.7 26 Assista AgoraBoa produção!
Consegue entreter de maneira interessante e, acreditava que nunca conseguiria sentir antipatia por qualquer papel que Rita Hayworth interpretasse e, no começo da história até tentei ver as qualidades de Carmen graças a beleza e a sedução de Rita, mas logo a personagem mostra pra gente que não é flor que se cheire e o que parecia difícil de acontecer se faz presente, passamos a ter repulsa dela diante de tamanha indiferença e calhordice que Carmen demonstra com os outros.
Direção de arte e de fotografia muito boas (com essa última conseguindo até uma indicação ao Oscar).
Destaque para as sequências de dança e o seu final, com uma tensão curiosa.
Mogambo
3.6 27 Assista AgoraInteressante produção!
Um triângulo amoroso que ocorre na bela África, onde os entrechos dos romances acontecem em bonitos cenários naturais que só aquele ambiente poderia proporcionar.
Logo de cara, o que nos chama a atenção é a escolha estelar do elenco principal, com uma trinca de respeito: Clark Gable, Ava Gardner e Grace Kelly.
Desses três, a gente não poderia esperar algo menos do que boas atuações em cena, e é isso que ganhamos! Claro que Clark Gable está bem na tela, mas não tem como notar que quem rouba as atenções é a dupla feminina, cada uma com uma concepção de personagem com suas nuances.
Enquanto Kelly (Ava Gardner) é pura autenticidade e despojamento,Linda (Grace Kelly) é mais delicada e doce, e isso fica perceptível até em momentos sutis, como na parte antes delas entrarem num jipe onde, enquanto Kelly está numa posição descontraída, com as mãos no bolso, conversando contente, Linda está logo atrás com um olhar mais tímido, carregando um sobretudo nos braços de maneira recatada, sem dizer nada.
Ambas as atrizes foram indicadas ao Oscar nas categorias de interpretação, Ava Gardner para o Oscar de Melhor Atriz e Grace Kelly a de Atriz Coadjuvante, merecidas as indicações, mas como pode-se ver nos outros comentários abaixo (e que também reafirmo), a Kelly de Ava Gardner é apaixonante! Uma personagem vivaz, carismática, com suas ironias certeiras, sem contar o fato dela ser uma mulher de uma beleza ímpar.
É lógico que a Linda de Grace Kelly também tem o seu valor na obra e a beleza de Grace também é chamativa, mas a sua personagem não parece ter a mesma sintonia e carga no enredo quanto a de Ava, mas isso não desmerece a sua importância da trama, ela é fundamental para haver esse embate de personalidades.
Audrey Hepburn ganhou o seu único Oscar de Melhor Atriz por "A Princesa e o Plebeu", ela está icônica em cena, um dos filmes mais marcantes da sua carreira, sem dúvida! Mas se Ava Gardner tivesse levado o prêmio, não teria sido nenhuma injustiça. Sua atuação também era digna para levar a estatueta pra casa.
Outro ponto positivo do filme é a sua fotografia, com tomadas que enquadram os recantos da África selvagem de modo incrível, e as sequência feitas em cenários internos também são muito boas, como na cena da conversa na cabana de lona entre Linda e o seu marido Donald, onde ficam quase em apenas silhuetas. Nós podemos até questionar o fato dele não ter recebido uma indicação ao Oscar de Melhor Fotografia em Filme Colorido na época.
Sobre o seu final, achei que ele poderia ter sido mais incrementado, não que ele seja péssimo, muito longe disso, mas um fermento naquele encerramento poderia ter dado um gás a mais nele.
Vale a conferida!
Loucademia de Ninjas
2.7 3Como o próprio título sugere, o filme é uma tentativa de embarcar no sucesso de "Loucademia de Polícia", mas falha categoricamente nisso.
Tenta ser um pastelão nonsense, mas não consegue fazer o humor funcionar em nenhum momento, sendo fraco e chato.
Uma perda de tempo!
X: A Marca da Morte
3.4 1,2K Assista AgoraO trailer trazendo fortes referências a "O Massacre da Serra Elétrica".
Parece que vem coisa boa por aí!
Capitão América: O Filme
2.4 137 Assista AgoraE eu achando que não poderia existir produção sobre super-herói pior do que "Batman & Robin" de 1998...
O que foi aquela sequência dele fingindo vomitar pra poder roubar o carro do sujeito.
Tosco, com atuações patéticas e uma história que, em vez de provocar entusiasmo, dá é vergonha alheia.
Não é à toa que ele foi lançado direto para VHS e televisão a cabo lá nos Estados Unidos na época.
Robôs
3.3 487 Assista AgoraDivertido!
"Robôs" conta a história simples e carismática de Rodney Lataria, que desde criança sonha em se tornar um grande inventor, vendo que na sua cidade natal as oportunidades não são tão prósperas, decide embarcar para Robópolis para conhecer o seu ídolo, o Grande Soldador, e assim realizar o seu sonho, porém, se depara com uma cidade onde os robôs com peças antigas não tem mais espaço e, se não adquirem peças novas, irão acabar virando sucata.
A analogia que a história faz, onde os "ultrapassados" fazem referência a segregação, a pobreza, e o ideal de que apenas quando se tem peças novas modernas e bonitas é o que faz o indivíduo ficar satisfeito, casando com a busca atual pela perfeição estética, é interessante!
Não sei se foi uma das inspirações, mas tive a impressão de que a obra tem um pé em "Metrópolis", filme de 1927 que é um clássico da ficção científica (num tempo em que essa palavra nem existia), onde não só o nome da cidade é parecido, mas também no visual e no contexto que o enredo segue também dão essa noção de similaridade.
É tão bacana o cuidado com os detalhes.Seja nos personagens, quanto nas cidades, tudo tem um aspecto robótico futurista, como na cena onde uma senhora robô está "alimentando" pombos de engrenagem e o vizinho do pai do Rodney que cuida da área verde em frente de casa com uma enceradeira.
Os coadjuvantes roubam a cena! Piper, Cranck, Lug, Tia Turbina e, é claro, o mais entusiasmado Manivela trazem toda a alegria pra produção, os vilões Dom Aço e Madame Junta agregam muito bem para o lado antagonista da história, Rodney e seu par Cappy também tem boa contribuição na trama, mas no caso específico do Brasil, a escolha de Reynaldo Gianecchini e Marina Person como dubladores famosos dos personagens não foi uma opção muito acertada para eles, não que eles sejam a pior coisa do mundo da dublagem do nível Luciano Huck em "Enrolados" e Sabrina Sato em "Khumba", mas parece que eles não dão tanta dramaticidade aos personagens quanto eles mereciam, mas não é nada de muito grave.
Outro ponto que parece ter um ligeiro incômodo é com relação a montagem, em algumas cenas a edição é um pouco abrupta, uma sequência pula para outra sem que uma ponte seja estabelecida, mostrando claramente que, provavelmente a produtora determinou um tempo de duração a ser cumprido a risca e, na hora de juntar tudo, não deu para se fazer muitas concessões nesse quesito.
É aquela animação para ver sem compromisso e relaxar! E o seu final, ao som de "Get Up Offa That Thing" do James Brown, encerra da melhor maneira dançante possível.
Sempre em Frente
3.9 160C'mpé, C'mpé
Um Pouco de Caos
3.4 146 Assista AgoraCurioso como o roteiro decidiu colocar suas atenções, onde, em vez de se apegar de modo extremamente fiel a realidade e deixar o seu foco no paisagista André Le Notre, ele optou pela liberdade artística e criou Sabine de Barra e isso fez a trama ganhar ainda mais dramaticidade.
Grande parte das produções de época do período da realeza mostram os homens como seres frios, sem grandes demonstrações emocionais, a não ser em rompantes de raiva, vilania e/ou teor sexual, e as mulheres como personagens comedidas, subjugadas e tementes a figura masculina, já em "Um Pouco de Caos" Sabine de Barra, além de ganhar mais atenção, é apresentada como uma trabalhadora, de perspicaz inteligência, que rompe essa característica de mulher fraca e que serve apenas para obediência e o prazer dos homens e carrega a imagem de uma personagem que faz a ação e que traz a emoção para o enredo.
Sabine é um mulher forte, mas que, após uma conflituosa tensão no início, se vê diante do amor que aos poucos floresce entre ela e Andre Le Notre, e vai se rendendo aos sentimentos, emoções essas que também vão colocando em evidência traumas do seu passado que se misturam a pressão por terminar o projeto do Bosquet de la Salle-de-Bal.
Essa opção por escolher uma figura feminina para guiar a história faz a diferença no filme, o drama aflora e deixa até mesmo as figuras masculinas com mais humanidade.
A cena dela reunida com as outras mulheres da corte em uma sala a parte, onde cada uma comenta sobre os seus dramas pessoais, como perdas de filhos e, logo depois a fala de Sabine diante do rei fazendo uma analogia entre as flores e as mulheres é um exemplo do olhar feminino colaborando para a emoção na trama.
Boas atuações, roteiro interessante e trabalho visual bem realizado!
Turma da Mônica: Laços
3.6 605 Assista AgoraDiria que é um filme "confortável". Acolhe de um modo agradável, tem momentos que emocionam, mas ele deixa a sensação de que falta algo ali, talvez por conta do roteiro simples mas sem muito impacto.
Na parte técnica o filme é um acerto, com ênfase no trabalho de direção de fotografia e direção de arte, onde os cenários internos e externos ficam muito bonitos de se ver na tela, a trilha sonora faz o espectador entrar no espírito da história, dando um ar carismático, a montagem dele também ganha boa atenção, com uma edição caprichada.
Sobre as atuações, gratificam! Não são interpretações espetaculares, mas cumpre bem suas funções.
Já a história é frugal, simpática mas sem grandes pretensões, uma e outra sequência mais elevada, mas em grande parte fica algo muito leve, principalmente na parte da aventura, não chega a ser um crime no caso dessa obra, mas permanece bem pouco tempo na nossa lembrança.
A impressão que dá é de que as versões em desenho animado são mais emocionantes e engraçadas do que o live action.
Navega no drama, aporta no família, passa discreto na aventura e faz uma volta rápida na comédia.
Um entretenimento afável para as crianças pequenas, já para as maiores, não sei se pode conquistar tanto.
P.S.: E como não ficar na expectativa de ver a Turma do Penadinho na parte em que as crianças encontram o cemitério. Pena eles não terem aparecido!
O Trapalhão e a Luz Azul
2.0 86O filme nada mais é do que uma reciclagem de vários argumentos de outras produções.
É visual que vislumbra os de "Caravana da Coragem" e "Ewoks - A Batalha de Endor", vilão que parece ter saído de alguma obra da franquia "Mad Max" dos anos 80, mote de viagem no tempo já visto em obras como "De Volta Para o Futuro", até piadas que os próprios Trapalhões já fizeram são reaproveitadas, como a sequência do refrigerante, que está em "A Princesa Xuxa e os Trapalhões", ou seja, nada de novo. É a clara percepção de que a dupla Didi e Dedé, os remanescentes do antigo quarteto, já não conseguiam ter a mesma qualidade no humor como antes.
Pra tentar manter uma característica que, nitidamente eram uma tática dos filmes dos Trapalhões para atrair mais gente aos cinemas, a história dá um jeito de colocar artistas musicais na obra, mas aqui a participação deles se resumem a apresentações em um palco, inseridos entre as cenas sem qualquer contribuição influente na trama, como se a produção misturasse os acontecimentos no passado com os que ocorrem no presente. A seleção até tem alguns grupos que mantiveram a sua imagem tempos depois, como O Rappa e Raimundos, já outras escolhas sumiram rápido do universo da música, como o trio SNZ e o Ricardo Aragão (????)... Pois é! A grande maioria também não faz ideia de quem seja, mas pelo sobrenome já dá pra sacar o porquê dele estar no filme.
Apesar dos pesares, "O Trapalhão e a Luz Azul" é uma das últimas produções com o mínimo de consistência feita pelo Renato Aragão. Após o filme, Renato e Dedé Santana se separaram e as obras posteriores foram ficando cada vez piores.
É quase que uma certeza absoluta: Quem ainda consegue ver ele por uma perspectiva positiva, faz isso mais por conta da nostalgia da infância do que por qualquer outra coisa.
Procura-se Susan Desesperadamente
3.2 172 Assista Agora"Procura-se Susan Desesperadamente", um dos poucos filme da carreira da Madonna a ter boas críticas de grande parte do público e da imprensa na época do seu lançamento, é bacana dentro das suas medições.
O enredo em alguns momentos parece um tanto quanto forçado em certas partes, deixando algumas situações cômodas na história, mas nada de muito grave, há um humor na trama que agrada se for visto de maneira descompromissada.
A atuação de Rosanna Arquette consegue nos fazer ter simpatia pela obra, ela vai num tom de comédia bem sutil, sem exageros, Aidan Quinn cumpre bem a sua tarefa, a Madonna faz um trabalho satisfatório (dentro das suas limitações como atriz) e Mark Blum está bom em cena, onde é colocado em surreais acontecimentos que vão aparecendo diante do seu personagem.
Vale destacar a trilha sonora do filme, tanto a instrumental, composta por Thomas Newman, que cria uma atmosfera muito interessante, e a seleção musical, com canções de artistas como Iggy Pop, Aretha Franklin, Carly Simon e outros, mas é notório que a música- tema "Into the Groove" cantada pela própria Madonna, acabou sendo a sua maior referência depois de se tornar um mega sucesso mundial.
O filme me soa uma produção que só poderia se encaixar nos anos 80 mesmo, se fosse nos dias atuais, seria algo que não teria a mesma repercussão e talvez nem a mesma essência.
Sete Noivas Para Sete Irmãos
3.9 117 Assista AgoraA gente até tenta olhar pra ele com os olhos do contexto da época em que a história se passa, mas é extremamente incômodo o modo como o enredo se desenvolve, de uma maneira totalmente incoerente e sexista.
Logo nos primeiros segundos após os créditos iniciais (não é nem nos primeiros minutos, é nos primeiros segundos mesmo) Adam se mostra um sujeito altamente prepotente, arrogante, que chega a cidade disposto a encontrar uma mulher que faça os afazeres de sua casa, e na primeira sequência musical a letra da canção que ele canta já demonstra isso de cara, enquanto ele vai descaradamente na direção de qualquer mulher, chegando a fazer uma espécie de "processo de escolha". Aí o mais surreal acontece, ele vê Milly, uma moça que está cortando lenha e servindo comida em um bar e restaurante, diz que quer ter ela como esposa, e em menos de 2 minutos de duração na tela eles se casam, num dos desenvolvimentos de relacionamento mais toscos que se pode ter!
Não tem paixão, não tem apego, não tem tempo nem pra eles e nem para nós refletirmos sobre os dois, a união deles é assim, do nada.
Logo Milly percebe que o ideal de ter um lar só seu e de seu marido não é o que parece, pois ela descobre que eles vão ter que conviver numa cabana com os seis irmão de Adam, todos igualmente xucros como o irmão mais velho com quem ela se casou. Rapidamente, ela tenta mudar esse perfil rude dos irmãos, e ela nota que eles também querem ter as suas companheiras, e é nesse momento que o filme parece entrar num rumo, digamos, mais harmonioso. Na mesma velocidade com que aconteceu o encontro de Adam e Milly, os outros irmãos também encontram mulheres que lhe causam interesse, mas diferente do que ocorreu no início do filme, percebesse aqui um afloramento de sentimentos, indo do flerte (mesmo que rápido) ao apreço que os rapazes passam a sentir pela moças, mas a trama é derrubada de novo por culpa de Adam que, em um certo momento, inflama os irmãos a terem uma atitude grotesca.
O incentivo dele ao sequestro das mulheres e com a música que diz que "se elas chorarem, é mais fácil para amarrá-las" é de uma falta de respeito degradante!
Vale lembrar que a atitude de Milly em tentar mudar o comportamento dos irmãos não é praticada por ela com Adam, e isso faz com que o personagem dele cause antipatia constantemente.
Pra piorar, em certa parte do roteiro, há uma posição subserviente a aquele ambiente tóxico, dando uma romantização a tudo aquilo. Assim, obra entra em desnível, em que os momentos musicais ficam atrelados a situações mal estruturadas.
No final, até tenta-se consertar o erro que foi cometido durante todo o trajeto, mas, de novo, isso é feito de maneira mal elaborada.
O mais irônico é que o filme brasileiro "O Casamento dos Trapalhões", que é praticamente um remake nacional de "Sete Noivas Para Sete Irmãos", não tem essas falhas graves no seu desenvolvimento, pois ele consegue dar motivação coerente e afável e, principalmente, respeitosa aos personagens. Enquanto em "Sete Noivas..." os homens são grosseiros e machistas com o incentivo de Adam, em "O Casamento dos Trapalhões" os homens, nos poucos momentos em que são broncos, eles são sem trato mas sem serem desrespeitosos, e o irmão mais velho Didi até recrimina eles quando os mesmos não se comportam bem, diferente de Adam, que parece ter gosto em ver os irmãos sendo ogros.
Pra não dizer que a produção é uma causa perdida, a sequência de "The Barn Dance", que virou a cena icônica do filme, é o ponto alto da obra. Muito bem coreografada e com um bom trabalho de edição. Uma pena algo similar não se repetir durante a projeção.
Filme bastante irregular!
Casamento Sangrento
3.5 946 Assista AgoraGrata surpresa!
Para alguns, o momento em que um(a) noivo(a) vai fazer parte da família do(a) companheiro(a) pode não ser a parte mais tranquila das ações como casal, pode existir uma leve tensão naquele evento de união, e aqui, a história engloba isso a uma carga de terror, o que deixa as coisas ainda mais temerosas.
No caso da protagonista Grace, a cerimônia de casamento já vai acontecer na residência da família do futuro esposo, uma pessoa abastarda e que, de maneira sutil, o filme mostra a intimidação que ela sente por não ser, digamos, do mesmo nível social deles, mas que por conta do amor que sente por Alex, Grace consegue tirar de letra a situação. Mas em pequenos detalhes, em poucos minutos, percebemos que há um clima estranho no ar, e que é explicitamente detectado na sinistra tia da família, e logo somos apresentados ao curioso ritual tradicional para a entrada de novos membro na família. Grace terá que escolher uma carta com um nome de um jogo e, como a própria proposta impõe, participar da "brincadeira", mas dependendo do jogo que ela sortear, a brincadeira pode não ser tão rápida e, não muito divertida para ela, e como estamos falando de um filme de horror, já sabem em que rumo o caminho vai levar.
"Casamento Sangrento" traz um enredo sanguinolento com pitadas de comédia que, de maneira descompromissada, garante diversão para quem confere. Pontos positivos não só na parte técnica relacionada as sequências de mortes, que são muito bem produzidas, mas também no cuidado na direção de arte, em que a mansão da família Le Domas é de uma beleza ímpar, dando um toque refinado esteticamente entre as cenas de perseguição e homicídios. A iluminação, em sua grande maioria soturna, também é uma boa sacada, pois com os ambientes com pouca claridade criasse uma atmosfera tensa bem bacana.
Sobre as atuações, que bom ver um elenco que se empenha de verdade em cena! Ótimas interpretações, com um casting afiado, principalmente Samara Weaving, excelente na tela. E por termos uma trama que podemos coloca-la na categoria de "Terrir" (Terror e Comédia), dá pra notar em Grace até um um pouco de referência ao personagem Ash de "The Evil Dead - A Morte do Demônio" (um clássico do gênero), quando ela porta sua escopeta e o cinto de balas.
Muito bom!
Dona Xepa
3.5 7O problema do filme é que ele já começa nos provocando antipatia por quase todos os personagens, incluindo a própria protagonista, Dona Xepa, que em poucos segundo já incomoda com seu temperamento difícil e falar gritado e jeito estourado, já o seu filho Edson, que poderia ter tido uma construção de personalidade mais receptivo, se mostra um sujeito chato logo na sua primeira aparição, mas que, ainda bem, vai mudando de impressão no decorrer do filme, mas sem que isso faça a gente criar muito apreço a sua imagem, ficamos indiferente com a sua situação, enquanto a filha de Dona Xepa, Rosália, é a concepção da moça que tem vergonha da mãe por sua condição humilde e se irrita por ser pobre, ou seja, no caso dela, a personagem é pra ser propositalmente repulsiva.
No meio de tantos integrantes principais gerando aversão, fica difícil sentir afinidade pelos personagens, acabamos tendo pouca conexão com eles, mas nem tudo está perdido, graças aos coadjuvantes. São os não protagonistas que salvam o filme e nos tiram risadas e nos provocam simpatia durante a trama, principalmente Colé Santana, com o seu Coralino, e a incrível Zezé Macedo como Camila, que apesar de terem poucos momentos na tela, são eles que fazem a gente abrir um sorriso quando aparecem em cena.
Aliás, Zezé Macedo, que ficou mais conhecida do grande público por conta da personagem Dona Bela da "Escolinha do Professor Raimundo", tem uma história no cinema nos tempos da chanchada que merece ser reconhecida, que talento ela tinha no campo do humor, que de maneira simples conseguia nos fazer rir naturalmente. Grande Zezé!
Um filme regular, com altos e baixos.
Os Croods 2: Uma Nova Era
3.5 150 Assista AgoraAnimação bacana!
"Os Croods 2: Uma Nova Era" eleva esteticamente o visual do primeiro filme. Com muito mais cores, novos personagens, níveis de aventura, a produção cresce aos olhos com o acréscimo de elementos na obra.
O enredo faz ainda mais brincadeiras com as referências da nossa cultura atual sendo colocadas no período em que a trama se passa, onde existe o "iPedra", a "janela televisão" e etc.
Antes, a construção da história estava no embate entre as novidades e a ideia de que existia um mundo a ser desbravado trazidas por Guy a família dos Croods, com a tentativa do patriarca Grug em manter as tradições pré-históricas e isoladas deles, já nessa continuação, a descoberta de um ambiente mais prospero, cômodo e o comportamento evoluído acaba trazendo conflitos entre o que os Croods e os Bemelhores consideram como realmente importantes para os membros de suas famílias. É a concepção da "distinção de classes sociais".
O segundo filme continua tão interessante quanto o seu antecessor, agora com maior ênfase na aventura, mantendo o divertimento, proporcionando momentos de humor bem agradáveis, mas é no desbravar de novos acontecimentos que ele se apoia.
Bom entretenimento!
Sky High: Super Escola de Heróis
2.7 365 Assista AgoraSurpreende a quantidade de atores reconhecidos no elenco num filme bem "Sessão da Tarde".
Diverte e entretêm! Não é nenhuma produção épica, mas é bem realizado pro seu público alvo.
Bacana a participação de Lynda Carter, chegando até a fazer uma brincadeira rápida no texto em forma de referência ao seu passado como super heroína.
Nosferatu: O Vampiro da Noite
4.0 248A estética gótica que Werner Herzog mostra é muito bem realizada, as atuações, principalmente de Klaus Kinski e Isabelle Adjani, são ótimas, o roteiro é deveras interessante, mas o ritmo do filme peca por ser vagaroso demais e sem muito incremento para ligar os pontos altos da história.
Tem momentos positivos, como o seu início macabro e a sequência do garoto com o violino, que pelo fato dele tocar mal o instrumento, o barulho causa um incômodo tremendo, mas algumas partes vão num marasmo que, mesmo sendo num clima soturno, faz perder um pouco a carga de intensidade.
No saldo final, vale a conferida!
Pânico No Lago: Projeto Anaconda
1.6 95 Assista AgoraAs várias continuações de "Pânico no Lago" e "Anaconda" já eram ruins por si só, aí tentaram fazer um crossover delas e ficou um trabalho mais tosco ainda!
O CGI desse filme chega a ser vergonhosos de tão mal feito, as atuações canastronas são horríveis e a história é pífia.
É aquele filme que mesmo de graça ainda fica devendo.
A Casa Caiu - Um Cassino na Vizinhança
2.8 107Um tanto quanto forçado!
Tem até alguns momentos engraçados, mas outros acabam casando as situações de humor que tentam ser hilário, mas soa gritado, com interpretações mais do mesmo dos atores.
Halloween Kills: O Terror Continua
3.0 683 Assista AgoraSanguinolento e voraz, "Halloween Kills: O Terror Continua" não só aumenta o grau de carnificina na nova fase da franquia, como também proporciona homenagens aos outros filmes da série original, recriando cenas e ainda fazendo uma volta no tempo, trazendo a composição clássica de John Carpenter e mostrando um novo caminho que liga o filme de 2018 com o primeiro filme de 1978 até chegar nessa continuação e, assim, nos fazendo compreender melhor o porquê de terem ignorado o segundo filme da saga original ("Halloween II - O Pesadelo Continua" de 1981).
Um ponto interessante, e positivo dele, é o fato dos atores tomarem os personagens para si e se levarem a sério. Eles dizem "Eu vou lá e vou fazer isso!" com propriedade, elenco empenhado, dando um vigor a história de maneira gratificante.
A obra não é redonda, tem seus furos, sequências cômodas e situações estrahas, mas são casos isolados, pouca coisa que não desmerecem em nada a qualidade que o filme carrega durante boa parte da produção. Algumas até podem ser justificadas, se formos pegar as referências do passado.
A cena do bar, onde Tommy Doyle faz um discurso para apresentar ele e os personagens sobreviventes da história de 1978 é um tanto quanto esquisita, mas talvez tenha sido feita para apresentar eles as novas gerações que desconhecem a obra original. E a cena onde a filha da Laurie, Karen, sem motivo, volta ao andar de cima da casa e acaba sendo morta por Michael, essa parte é a reencenação de sequências típicas de slashers de outrora, onde momentos do tipo eram criadas para dar fim a personagens fadados a morrer.
"Halloween Kills" faz seu trajeto com bastante vítimas e mostrando um Michael não só sobre-humano, como também cruel. Não há meio termo, aqui ele pura maldade.
Que venha "Halloween Ends" pra fechar esse ciclo de uma franquia que, depois de tantos percalços com continuações ruins como "Halloween 6: A Última Vingança" e "Halloween - Ressurreição" (se salvando o ótimo "Halloween H20", espremido entre essas duas bombas) e prequelas desnecessárias como "Halloween - O Início" e "Halloween 2" de 2009, merecia ressurgir das cinzas com produções dignas.
Sexo Sem Compromisso
3.3 2,2K Assista AgoraA Natalie Portman chegou a comentar que aceitou fazer filmes mais 'leves' após "Cisne Negro" para poder se livrar um pouco da carga intensa que Nina tinha deixado nela, já que a sua entrega para a personagem foi bastante exaustiva. É louvável da parte dela ter essa atitude, mas não há como negar que ver ela fazendo um filme tão "méh!" como esse é constrangedor.
A impressão que dá é que a Natalie tá numa festa estranha com gente esquisita, é uma obra tão inferior ao que ela é como atriz. É impressionante como ela tem um preparo em cena excelente, das cenas mais simples até as que precisam de mais drama, a Natalie Portman é ótima atuando, mas ela estar dando vida a uma personagem que pode ser facilmente jogada nos braços de atrizes como Katherine Heigl e Elizabeth Banks causa uma certa vergonha. E pra piorar, ela ainda divide o protagonismo com o Ashton Kutcher, que parece estar sempre debochando em cena em qualquer filme que ele faça.
Mais uma daquelas comédias românticas apelativas, sem graça e bobas que fazem a gente esquecer do que acabou de assistir segundos após o seu fim.
Venom: Tempo de Carnificina
2.7 637 Assista AgoraSe o primeiro não foi lá essas coisas, aqui a continuação cai na armadilha da obviedade, onde é fácil prever o que vai acontecer e os clichês acabam dando as caras de maneira não muito atrativa.
Os efeitos especiais são bons, o humor é o fermento para fazer o bolo crescer, mas o enredo deixa sempre a sensação de que falta alguma coisa, aquela impressão de que não consegue chegar a um momento pungente.
Sobre as atuações, Tom Hardy com a mesma cara de porre em todas as cenas, numa interpretação fraca, Woody Harrelson quase ultrapassa a linha do caricato com Cletus, fica ali no limite, Michelle Williams até tem seus momentos interessantes, mas é pouco aproveitada, agora são é o desenvolvimento dos personagens de Naomie Harris e Reid Scott que acabam se sobressaindo entre os outros.
No final, além da clara percepção de que o filme é mais curto do que se imaginava (o que no caso dele é bom, porque quando uma coisa não anda bem, não adianta enrolar), quase que sacramenta a noção de que Venom é só mais um no meio da multidão das adaptações cinematográficas da Marvel. Não chega a ser a pior coisa do mundo, mas também não vai perdurar muito na lembrança.