Animação da Blue Sky Studios mais madura do que a maioria das produções que a empresa criava.
Uma aventura sobre seres da natureza que se mistura com a trama de conexões entre a juventude e os mais velhos, seja da ligação que a filha quer ter com o pai, como a de um jovem que quer ter mais liberdade e menos pressão para a sua vida.
Os gráficos da obra são muito bem feitos, e a concepção entre o meio ambiente e as referências a monarquia são interessantes.
Ele dá a impressão de ser um genérico da DreamWorks Animation, mas com gráficos sem muito cuidado e uma história fraca.
Agora, o que é mais estranho nele é o fato dos personagens terem os olhos tão pequenos que faltam sumir na cara deles, chega a causar um certo incômodo.
Um filme sobre a luta contra o vício mostrada de forma menos pesada.
A história é simples: Uma mulher alcoólatra precisa cumprir um período em uma clínica de reabilitação após se envolver em um acidente e vai tendo que se adaptar ao lugar. Diferente dos filmes habituais sobre a temática, ele não mostra a sua protagonista como uma pessoa em completa degradação, um ambiente hostil, coadjuvantes totalmente humilhados e afins. Aqui, o modo como o enredo aborda o problema do alcoolismo é colocado de maneira menos tensa em boa parte do tempo, sem grandes alardes e momentos de extrema repulsa, ele tem seus momentos intensos, claro! Mas nada tão grotesco.
Uma concepção que flerta com a comédia e o romance em pingadas partes, mas que se equilibra mais no drama.
É louvável como Sandra Bullock tenta levar Gwen na sua trajetória, mas em certas sequências ela passa um certo ar de artificialidade na atuação, pode ser culpa da direção, mas é visível o quanto ela evoluiu em interpretação daqueles tempos pra cá.
Vale a conferida por ser um jeito mais digerível de acompanhar a construção de um tema que por muitas vezes é exibido sem muitas sutilezas em outras obras.
O trabalho de stop motion é bem rústico, em algumas cenas é possível ver os fios que sustentam os bonecos e a transição de um movimento para o outro parece travado, mas isso não quer dizer que ele seja ruim, é um trabalho que satisfaz, e a história é legal, apesar de que alguns momentos haver uma leve diminuída no ritmo, mas ainda sim gera simpatia.
Curioso ver tantos personagens clássicos do terror reunidos nessa festa divertida, não faltou ninguém! Do Conde Drácula ao Dr. Jekyll e Mr. Hyde de "O Médico e o Monstro".
As partes musicais são boas, composições agradáveis e uma das canções chega até a citar a música brasileira.
Fica altamente perceptiva a forma como ele foi referência para obras cinematográficas mais recentes como "A Noiva Cadáver", "O Estranho Mundo de Jack" e "Frankenweenie" do Tim Burton, e a mais clara de todas as inspirações, a franquia "Hotel Transilvânia".
É um filme descontraído! Não é excelente, mas garante um bom divertimento.
Que coisa bizarra ver bebês se movimentando e se comportando como se fossem mini adultos, com direito a uma sequência em que um bebê aparece caminhando pelas ruas com um charuto na boca. Sem contar o enredo que é uma das histórias mais sem graça que se pode ter como passatempo.
E é de causar surpresa encontrar os nomes de Kathleen Turner e Christopher Lloyd envolvidos nisso.
"Bebês Geniais" é um misto de medo e vergonha alheia.
Boa confluência entre o terror e a crítica que o roteiro faz ao racismo na sociedade.
"Candyman" é uma figura sanguinária surgida justamente em decorrência da crueldade que os negros tiveram (e em alguns casos, ainda tem!) com relação ao preconceito. Sua vingança é fruto da barbárie que, mesmo com anos de história, ainda acontece.
O bacana do filme é que ele se liga ao personagem de maneira respeitosa, não ignora o seu passado noventista e ainda traz um frescor ao enredo que gratifica.
A qualidade da produção também merece boas referências, seja no visual, quanto na trilha sonora. Agora fica o lembrete: vamos entender que o Jordan Peele não é o diretor do filme, ele é o produtor, então antes de nos basearmos em análises em comparativo com os filmes de renome dele como "Corra!" e "Nós", é preciso compreender que, aqui, estamos diante da visão da Nia DaCosta, e que o modo de criação dela tem suas próprias características, e ela entregou um filme muito bom.
Elenco afiado e trama interessante fazem de "A Lenda de Candyman" uma obra compensadora!
O cinema terror francês não é de se conter no que se refere a violência gráfica, suas produções muitas vezes não poupam o espectador de cenas impactantes, e "Martyrs" é um exemplo disso!
Do começo ao fim, a obra pega pesado nas sequências de brutalidade, a crueldade com os personagens é bastante desconfortante, não só pela questão física, mas também pela psicológica, e isso também é entregue para nós, onde alguns momentos de tortura são acompanhados de uma trilha sonora delicadamente mórbida, que faz com que o sentimento de pena e incômodo sejam potencializadas.
Lucie carrega um trauma tão grande que isso a desestruturou de tal maneira que ela ganha ares de selvageria, onde suas atitudes transitam entre a raiva, o medo, o ódio, a tristeza, a perturbação. Lucie perde qualquer traço de consciência para se transformar em um ser descontrolado em fúria e loucura, e nós conseguimos sentir toda essa carga dentro dela por conta de toda a maldade em que ela foi exposta.
A entrega do elenco foi fundamental para garantir as fortes emoções durante a história, principalmente a de Mylène Jampanoï.
Angústia é uma palavra que pode resumi-lo bem. Então, pra quem é mais sensível com sequências de agressão e sofrimento, esse filme não é recomendado!
Uma aventura que consegue tocar na alma da criança que vive dentro da gente. Cada garoto e garota da trama tem a sua particularidade que, se não esteve em nós, foi visto em algum amigo ou amiga da nossa juventude, e que com suas características individuais conseguem formar um grupo que demonstrar um bem precioso, a valorização da amizade, isso em meio a uma trama que logo adentra em uma história divertida e carismática em busca de um tesouro.
E que produção primorosa! O detalhismo de todos os cenários é tão bacana. Os efeitos especiais que só os anos 80 podiam proporcionar, época em que o trabalho se empenhava em levar credibilidade com a recriação de tudo de forma palpável, real, e não com a invasão visual de computação gráfica pra tudo quanto é lado.
É é muito bom ver como tudo se encaixa na obra, da música-tema da Cyndi Lauper, "The Goonies 'R' Good Enough", um clássico oitentista, aos seus realizadores, que conta com a direção do mestre Richard Donner, do icônico "Superman" de 1978, o roteiro de Chris Columbus, que mais tarde seria o responsável por filmes como "Esqueceram de Mim", "Uma Babá Quase Perfeita", "O Homem Bicentenário", "Harry Potter e a Pedra Filosofal" entre outros, e a produção capitaneada por Steven Spielberg, que dispensa comentários.
Filme que fica guardado dentro da nossa memória afetiva de uma maneira calorosa.
O enredo é interessante, falando sobre superação, e a abordagem dele, indo mais pro lado do humor é até bacana, mas ele deixa a sensação de que falta alguma coisa, é como se ele não conseguisse atingir um grau de satisfação completo.
A atuação do Taron Egerton parece meio caricata no início, mas depois a gente percebe que Eddie era realmente daquele jeito e vai simpatizando com ele, ainda mais depois das constantes tentativas de pessoas que cruzam o caminho dele de menosprezá-lo e que tentam impedir que ele realize seu sonho.
Vale lembrar que anos depois, o diretor Dexter Fletcher e o ator Taron Egerton fariam mais uma parceria no cinema no musical "Rocketman".
Não é à toa que a produção é considerada uma das obras-primas do Fellini. Não tem como não sentir compaixão por Cabíria!
Uma prostituta que constantemente passa por desilusões, que na ânsia para encontrar o amor da sua vida acaba vendo seu sonho se perder em cada tentativa. É aquela realidade cruel, onde o amor em versos, prosas e música é perfeito, mas que no dia a dia nem sempre é compartilhada por todos. A procura por ele pode levar a caminhos errados, mas Cabíria mostra que, mesmo em momentos que parecem esmagar o seu coração, nunca se deve parar de olhar o mundo e se emocionar.
Interessante também como o enredo faz a analogia do arrebatamento religioso com a sequência do show de hipnose, e como isso se casa com o que a história propõe, afinal, o amor arrebata a gente e por vezes nos faz tomar atitudes que não percebemos.
O final é realmente tocante! Giulietta Masina resume com os olhos todo o sentimento que sua personagem tem dentro de si.
Visualmente, o filme é interessante, tem uma estética suja, agressiva, alguns enquadramentos bacanas, efeitos de iluminação curiosos, lembra uma mistura de "Mad Max" com "O Massacre da Serra Elétrica 2", mas o enredo parece confuso, muito por conta da montagem, que é um pouco embaralhada, sem contar alguns erros no roteiro.
"Amazônia - Planeta Verde" consegue provocar no espectador diferentes pontos de vista de uma maneira curiosa.
Se ele for assistido sem a dublagem a obra se mostra um mergulho contemplativo na beleza da fauna e da flora amazônica vista pela ótica de um animal selvagem que foi domesticado, já se for conferido com a dublagem de Lúcio Mauro Filho e Isabelle Drummond ela fica parecendo uma aventura na selva feita por um macaco criado fora daquele ambiente. É como se, sem a dublagem, estivéssemos diante de um documentário intimamente ligado aos seres da floresta, enquanto com a dublagem, vira um filme no estilo Sessão da Tarde, com bichos falantes aprontando "mil e umas".
Então, se você é adulto e não se incomoda em ver uma obra em que apenas os sons da natureza se fazem presente, essa é uma boa pedida! Já se você quer colocar ele pra criançada conferir, assisti-lo na versão dublada é a mais recomendada, pois Lúcio e Isabelle dão até um tom mais infantil ao conteúdo.
Mas, independente da forma como ele for visto, uma coisa é evidente: A Amazônia é um espetáculo visual!
Destinos que se cruzam em um motel a beira de estrada, numa noite chuvosa em que tramas paralelas aos poucos vão se formando e traçando o caminho de cada um dos personagens.
Na metade do filme a historia fica um pouco confusa, mas é proposital, já que vamos percebendo que produção faz uma mescla entre o que é coerente e o que parece sem lógica, e o final faz uma costura de tudo isso de modo curioso. E é notório que o filme bebeu na fonte de "Psicose".
Um exemplo de um filme que ganhou status por conta de trilha sonora, que se tornou clássica, mas se for se atentar ao roteiro, a obra se mostra bem fraca.
Personagens que geram uma certa antipatia, principalmente Jenny, que é de uma arrogância irritante, história repleta de clichês que acabam decepcionando e uma produção que não é nada de mais.
Os momentos finais até tentam conseguir um pouco de apego por conta do drama, mas isso não salva a trajetória do enredo como um todo.
Com uma estética pop, altamente influenciada pela internet, misturando o 3D dos personagens e cenários, com um visual 2D propositalmente rabiscado para ilustrar a mente criativa da protagonista Katie, "A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas" é uma produção muito boa.
Tendo como abordagem a relação de pais e filhos na adolescência e a absorção cada vez maior do universo tecnológico no dia a dia da sociedade, o filme cria uma história que é engraçada e comovente. Aliado a isso, a obra tem uma arte muito bem realizada, a criação visual de todos os elementos é um trabalho bonito, colorido, alegre, atrativo.
Uma produção altamente simpática, com uma mensagem bacana e com referências divertidas dos tempos atuais.
Interessante suspense que conseguiu dentro de um único cenário desenvolver uma história de tensão e neurose.
É curioso ver como os elementos da trama vão até Anna, pois o fato dela ser uma agorafóbica limita o seu trânsito por áreas externas e uma aproximação mais desenvolta com os outros, porém é instigante acompanhar os personagens e as situações invadirem o espaço físico e mental da protagonista.
Amy Adams dispensa comentários sobre sua performance, ótima como sempre! E o modo como ela personifica Anna é muito boa. A maneira como se comporta, em que parece acanhada mesmo dentro de sua própria casa, a forma como se veste, usando camisolas largas, dando um ar de envelhecimento, a sua aparência, denotando um desleixo consigo mesma. Anna é prisioneira de sua fobia e se comporta como uma detenta.
Com um elenco de coadjuvantes estelar, é claro que fica a vontade de ter visto eles ganharem um pouco mais de espaço em cena, mas como seus personagens tem ações específicas no transcorrer da obra, suas participações são gratificantes.
É valida a maneira como a história segue por caminhos que lembram as obras adolescentes do final dos anos 90, com situações excêntricas que amarram um romance desajustado pelas circunstâncias. Tem momentos ligeiramente jocosos, elenco formado por uma leva de jovens atores conhecidos em atuações satisfatórias e trilha sonora com uma pegada indie.
É bacana, mas deixa uma sensação de que falta algo! Não sei se foi por que o filme não se empenhou mais na comédia? Ou porque o romance parecia sem força (ou que o casal protagonista parecia não ter química o suficiente)?
O desenho animado do qual o filme originou,"Dora, a Aventureira", pra nós adultos, é uma das coisas mais irritantes que existe pois, parece tolo ao criar episódios com um didatismo pedante, então era natural o receio de que a versão cinematográfica seguisse o mesmo caminho, mas que bom que o filme não é nesse estilo.
Uma história de aventura bem realizada feita para entreter, divertir e, curiosamente, chega a debochar de si mesmo ao criar sequências que fazem piada da referência em animação, deixando a obra engraçada ao falar da sua origem.
Outro ponto que chama a atenção de forma positiva é a valorização que a produção dá a latinidade, com seus elementos, trilha sonora e elenco formados por latinos e descendentes de latinos, algo não muito comum e que deveria ser mais incentivada.
A obra acompanha os passos de Marla Grayson, que controla um esquema que tem como objetivo se apropriar dos bens de idosos. Marla conduz tranquilamente seus golpes até que acaba se deparando com uma inesperada reviravolta, uma de suas vítimas esconde fatos obscuros, o que pode colocar a sua vida em risco e de quem mais estiver por perto.
O perfil de Marla é de uma sociopata, que por trás da imagem charmosa de benevolência que tenta transparecer, está a de uma mulher manipuladora, mentirosa, sem remorso e com senso de grandeza, e os sociopatas ainda se acham merecedores de recompensa por suas façanhas, sustentando argumentos como "no mundo, só sobrevivem os mais espertos" ou que "a sociedade a faz ser assim" e outros pensamentos do tipo.
É um thriller que, por conta dos erros vindos das atitudes relacionadas a alguns personagens coadjuvantes, acaba tendo um humor bem sucinto (e em algumas sequências parecendo até involuntário) em dados momentos da obra. Porém, é a expectativa de como Marla irá escapar daquela circunstância não esperada que concentra a nossa atenção. Tem suas falhas em certas partes da estrutura do enredo? Tem! Mas ele compensa em outros âmbitos.
Elenco bem afiado! Rosamund Pike encarna uma pilantra com categoria, Dianne West dispensa comentários, sempre ótima em cena, Peter Dinklage faz um bom trabalho, e Eliza González trabalha Fran de maneira interessante.
Dá pra concluir que a história faz um circulo inteiro, onde começa e termina fechando tudo com um bom arremate.
"Mal Posso Esperar" é aquele filme de adolescentes do final dos anos 90 que retrata o espírito juvenil daquele período.
Na companhia de produções como "10 Coisas que Eu Odeio em Você", "Ela é Demais", "Nunca Fui Beijada" e outros, a obra traz uma história sobre a liberdade, as dúvidas, os anseios, as adaptações, os romances no universo jovem, tudo feito de maneira descontraída, divertida, com a comédia dando leveza a essas vertentes.
Mesmo sendo obras tipicamente estadunidenses, ainda sim conseguiam dialogar com os adolescentes do resto do mundo, inclusive com os do Brasil, pois os roteiros tinham uma franca conversa com o público, e mesmo nas tramas onde a algazarra é a sua base, eles não deixam de se atentarem a abordagens mais particulares, e é isso que acontece por aqui.
O filme tem como ponto de partida o entusiasmo com uma festa regada a cerveja, paqueras, alguns flertes com o uso de substâncias ilícitas e diversão descontrolada, mas no meio disso tudo existem jovens que, ou se veem diante da euforia, que demonstram uma felicidade, um otimismo que muitas vezes não correspondem com a sua realidade, ou que estão num processo para encontrar a autoconfiança e por isso ainda possuem inseguranças. Pode não parecer no primeiro momento, mas analisando com mais atenção, você vê essas abordagens no filme, e ele faz isso de um modo tão descompromissado que você se depara com essas questões enquanto se diverte, pois ele faz isso em meio a zoação, promovendo momentos de pura ridicularização e sem se levar muito a sério.
Parece que falta isso nas obras cinematográficas voltadas para adolescentes nos dias atuais! Tirando uma e outra produção, não se vê mais essa forma de tratamento nos filmes voltados para esse público atualmente. Muitas vezes são os filmes e séries de serviços de streaming que tentam se debruçar mais nas temáticas juvenis, mas na sua grande maioria, a abordagem que elas dão aos temas ou é feita de maneira tola, alienada, com romances açucarados demais, ou vão numa pegada mais pesada, onde drogas, sexo e/ou violência são mostrados de forma grosseira e dominam boa parte do conteúdo.
Atuações, trilha sonora, enredo, tudo satisfatoriamente carregado de um bom saudosismo.
Gracioso, a parceria entre Fred Astaire e Ginger Rogers é sempre cativante, com cenas de dança bem realizadas, mas a história é um pouco fraca.
No início, o protagonista Jerry Travers é um tanto quanto inconveniente, passando a perseguir Dale Tremont de maneira muito incômoda, com o tempo tira-se um pouco essa impressão, não totalmente, mas diminui-se o desconforto com essa atitude. Depois, o roteiro faz um malabarismo para promover encontros e desencontros e evitar que seus protagonistas façam o óbvio, como perguntar nomes, estarem no mesmo local com conhecidos e por aí vai.
É preciso enaltecer o trabalho da direção de arte do filme, bem cuidado, principalmente o cenário do hotel em Veneza, que chama a atenção pela ambientação gigante do complexo.
Porém, o enredo parece não ter muito vigor, é sem intensidade, falta sustança para acompanhar o brilho do seu casal principal, e o final foi forçado.
Vale para conferir a dupla Astaire e Rogers em ótimas coreografias.
São tantas tramas paralelas dentro do filme que ele acaba não se aprofundando nelas, e consequentemente faz com que o espectador não se apegue a produção e acaba se tornando um enredo excessivo nos dramas e sem alma.
Uma animação de faroeste com personagens com aparências pouco convencionais (até estranhas) e com muita personalidade, e tudo sendo construído numa história que se apega a essência dos filmes de bang-bang e carregando consigo toda a áurea das obras do velho oeste, agora indo na direção do público infantojuvenil.
A produção ainda chega a fazer uma referência discreta ao filme "Medo e Delírio", protagonizado por Johnny Depp (que dubla o personagem título) e uma homenagem a figura clássica do Spaghetti western, o Homem Sem Nome, eternizado por Clint Eastwood na Trilogia dos Dólares.
Vale destacar também o excelente trabalho técnico da animação, com uma qualidade caprichada
Obs.: O final da versão estendida é bem divertido!
Reino Escondido
3.4 475 Assista AgoraAnimação da Blue Sky Studios mais madura do que a maioria das produções que a empresa criava.
Uma aventura sobre seres da natureza que se mistura com a trama de conexões entre a juventude e os mais velhos, seja da ligação que a filha quer ter com o pai, como a de um jovem que quer ter mais liberdade e menos pressão para a sua vida.
Os gráficos da obra são muito bem feitos, e a concepção entre o meio ambiente e as referências a monarquia são interessantes.
Bom filme!
A Força de um Sorriso
2.6 3Um docudrama televisivo bem sem sal.
A história dos personagens é até interessante, mas a forma capenga como a produção vai encenando ela não surte quase nenhum efeito.
Quadrado, artificial e apático.
Cara, Cadê o Dragão?
2.5 5 Assista AgoraEle dá a impressão de ser um genérico da DreamWorks Animation, mas com gráficos sem muito cuidado e uma história fraca.
Agora, o que é mais estranho nele é o fato dos personagens terem os olhos tão pequenos que faltam sumir na cara deles, chega a causar um certo incômodo.
28 Dias
3.2 271 Assista AgoraUm filme sobre a luta contra o vício mostrada de forma menos pesada.
A história é simples: Uma mulher alcoólatra precisa cumprir um período em uma clínica de reabilitação após se envolver em um acidente e vai tendo que se adaptar ao lugar.
Diferente dos filmes habituais sobre a temática, ele não mostra a sua protagonista como uma pessoa em completa degradação, um ambiente hostil, coadjuvantes totalmente humilhados e afins. Aqui, o modo como o enredo aborda o problema do alcoolismo é colocado de maneira menos tensa em boa parte do tempo, sem grandes alardes e momentos de extrema repulsa, ele tem seus momentos intensos, claro! Mas nada tão grotesco.
Uma concepção que flerta com a comédia e o romance em pingadas partes, mas que se equilibra mais no drama.
É louvável como Sandra Bullock tenta levar Gwen na sua trajetória, mas em certas sequências ela passa um certo ar de artificialidade na atuação, pode ser culpa da direção, mas é visível o quanto ela evoluiu em interpretação daqueles tempos pra cá.
Vale a conferida por ser um jeito mais digerível de acompanhar a construção de um tema que por muitas vezes é exibido sem muitas sutilezas em outras obras.
A Festa do Monstro Maluco
3.9 50Bacana!
O trabalho de stop motion é bem rústico, em algumas cenas é possível ver os fios que sustentam os bonecos e a transição de um movimento para o outro parece travado, mas isso não quer dizer que ele seja ruim, é um trabalho que satisfaz, e a história é legal, apesar de que alguns momentos haver uma leve diminuída no ritmo, mas ainda sim gera simpatia.
Curioso ver tantos personagens clássicos do terror reunidos nessa festa divertida, não faltou ninguém! Do Conde Drácula ao Dr. Jekyll e Mr. Hyde de "O Médico e o Monstro".
As partes musicais são boas, composições agradáveis e uma das canções chega até a citar a música brasileira.
Fica altamente perceptiva a forma como ele foi referência para obras cinematográficas mais recentes como "A Noiva Cadáver", "O Estranho Mundo de Jack" e "Frankenweenie" do Tim Burton, e a mais clara de todas as inspirações, a franquia "Hotel Transilvânia".
É um filme descontraído! Não é excelente, mas garante um bom divertimento.
Bebês Geniais
2.1 175 Assista AgoraEsse filme é o vale da estranheza!
Que coisa bizarra ver bebês se movimentando e se comportando como se fossem mini adultos, com direito a uma sequência em que um bebê aparece caminhando pelas ruas com um charuto na boca. Sem contar o enredo que é uma das histórias mais sem graça que se pode ter como passatempo.
E é de causar surpresa encontrar os nomes de Kathleen Turner e Christopher Lloyd envolvidos nisso.
"Bebês Geniais" é um misto de medo e vergonha alheia.
A Lenda de Candyman
3.3 508 Assista AgoraBoa confluência entre o terror e a crítica que o roteiro faz ao racismo na sociedade.
"Candyman" é uma figura sanguinária surgida justamente em decorrência da crueldade que os negros tiveram (e em alguns casos, ainda tem!) com relação ao preconceito. Sua vingança é fruto da barbárie que, mesmo com anos de história, ainda acontece.
O bacana do filme é que ele se liga ao personagem de maneira respeitosa, não ignora o seu passado noventista e ainda traz um frescor ao enredo que gratifica.
A qualidade da produção também merece boas referências, seja no visual, quanto na trilha sonora. Agora fica o lembrete: vamos entender que o Jordan Peele não é o diretor do filme, ele é o produtor, então antes de nos basearmos em análises em comparativo com os filmes de renome dele como "Corra!" e "Nós", é preciso compreender que, aqui, estamos diante da visão da Nia DaCosta, e que o modo de criação dela tem suas próprias características, e ela entregou um filme muito bom.
Elenco afiado e trama interessante fazem de "A Lenda de Candyman" uma obra compensadora!
Mártires
3.9 1,6KO cinema terror francês não é de se conter no que se refere a violência gráfica, suas produções muitas vezes não poupam o espectador de cenas impactantes, e "Martyrs" é um exemplo disso!
Do começo ao fim, a obra pega pesado nas sequências de brutalidade, a crueldade com os personagens é bastante desconfortante, não só pela questão física, mas também pela psicológica, e isso também é entregue para nós, onde alguns momentos de tortura são acompanhados de uma trilha sonora delicadamente mórbida, que faz com que o sentimento de pena e incômodo sejam potencializadas.
Lucie carrega um trauma tão grande que isso a desestruturou de tal maneira que ela ganha ares de selvageria, onde suas atitudes transitam entre a raiva, o medo, o ódio, a tristeza, a perturbação. Lucie perde qualquer traço de consciência para se transformar em um ser descontrolado em fúria e loucura, e nós conseguimos sentir toda essa carga dentro dela por conta de toda a maldade em que ela foi exposta.
A entrega do elenco foi fundamental para garantir as fortes emoções durante a história, principalmente a de Mylène Jampanoï.
Angústia é uma palavra que pode resumi-lo bem. Então, pra quem é mais sensível com sequências de agressão e sofrimento, esse filme não é recomendado!
Os Goonies
4.1 1,3K Assista AgoraUma produção com a essência de infância boa!
Uma aventura que consegue tocar na alma da criança que vive dentro da gente. Cada garoto e garota da trama tem a sua particularidade que, se não esteve em nós, foi visto em algum amigo ou amiga da nossa juventude, e que com suas características individuais conseguem formar um grupo que demonstrar um bem precioso, a valorização da amizade, isso em meio a uma trama que logo adentra em uma história divertida e carismática em busca de um tesouro.
E que produção primorosa! O detalhismo de todos os cenários é tão bacana. Os efeitos especiais que só os anos 80 podiam proporcionar, época em que o trabalho se empenhava em levar credibilidade com a recriação de tudo de forma palpável, real, e não com a invasão visual de computação gráfica pra tudo quanto é lado.
É é muito bom ver como tudo se encaixa na obra, da música-tema da Cyndi Lauper, "The Goonies 'R' Good Enough", um clássico oitentista, aos seus realizadores, que conta com a direção do mestre Richard Donner, do icônico "Superman" de 1978, o roteiro de Chris Columbus, que mais tarde seria o responsável por filmes como "Esqueceram de Mim", "Uma Babá Quase Perfeita", "O Homem Bicentenário", "Harry Potter e a Pedra Filosofal" entre outros, e a produção capitaneada por Steven Spielberg, que dispensa comentários.
Filme que fica guardado dentro da nossa memória afetiva de uma maneira calorosa.
Voando Alto
3.8 173O enredo é interessante, falando sobre superação, e a abordagem dele, indo mais pro lado do humor é até bacana, mas ele deixa a sensação de que falta alguma coisa, é como se ele não conseguisse atingir um grau de satisfação completo.
A atuação do Taron Egerton parece meio caricata no início, mas depois a gente percebe que Eddie era realmente daquele jeito e vai simpatizando com ele, ainda mais depois das constantes tentativas de pessoas que cruzam o caminho dele de menosprezá-lo e que tentam impedir que ele realize seu sonho.
Vale lembrar que anos depois, o diretor Dexter Fletcher e o ator Taron Egerton fariam mais uma parceria no cinema no musical "Rocketman".
Noites de Cabíria
4.5 381 Assista AgoraNão é à toa que a produção é considerada uma das obras-primas do Fellini. Não tem como não sentir compaixão por Cabíria!
Uma prostituta que constantemente passa por desilusões, que na ânsia para encontrar o amor da sua vida acaba vendo seu sonho se perder em cada tentativa.
É aquela realidade cruel, onde o amor em versos, prosas e música é perfeito, mas que no dia a dia nem sempre é compartilhada por todos. A procura por ele pode levar a caminhos errados, mas Cabíria mostra que, mesmo em momentos que parecem esmagar o seu coração, nunca se deve parar de olhar o mundo e se emocionar.
Interessante também como o enredo faz a analogia do arrebatamento religioso com a sequência do show de hipnose, e como isso se casa com o que a história propõe, afinal, o amor arrebata a gente e por vezes nos faz tomar atitudes que não percebemos.
O final é realmente tocante! Giulietta Masina resume com os olhos todo o sentimento que sua personagem tem dentro de si.
Fellini incrível!
O Corte da Navalha
3.0 52Visualmente, o filme é interessante, tem uma estética suja, agressiva, alguns enquadramentos bacanas, efeitos de iluminação curiosos, lembra uma mistura de "Mad Max" com "O Massacre da Serra Elétrica 2", mas o enredo parece confuso, muito por conta da montagem, que é um pouco embaralhada, sem contar alguns erros no roteiro.
Amazônia - Planeta Verde
3.4 53 Assista Agora"Amazônia - Planeta Verde" consegue provocar no espectador diferentes pontos de vista de uma maneira curiosa.
Se ele for assistido sem a dublagem a obra se mostra um mergulho contemplativo na beleza da fauna e da flora amazônica vista pela ótica de um animal selvagem que foi domesticado, já se for conferido com a dublagem de Lúcio Mauro Filho e Isabelle Drummond ela fica parecendo uma aventura na selva feita por um macaco criado fora daquele ambiente.
É como se, sem a dublagem, estivéssemos diante de um documentário intimamente ligado aos seres da floresta, enquanto com a dublagem, vira um filme no estilo Sessão da Tarde, com bichos falantes aprontando "mil e umas".
Então, se você é adulto e não se incomoda em ver uma obra em que apenas os sons da natureza se fazem presente, essa é uma boa pedida! Já se você quer colocar ele pra criançada conferir, assisti-lo na versão dublada é a mais recomendada, pois Lúcio e Isabelle dão até um tom mais infantil ao conteúdo.
Mas, independente da forma como ele for visto, uma coisa é evidente: A Amazônia é um espetáculo visual!
Identidade
3.8 868 Assista AgoraBem interessante!
Destinos que se cruzam em um motel a beira de estrada, numa noite chuvosa em que tramas paralelas aos poucos vão se formando e traçando o caminho de cada um dos personagens.
Na metade do filme a historia fica um pouco confusa, mas é proposital, já que vamos percebendo que produção faz uma mescla entre o que é coerente e o que parece sem lógica, e o final faz uma costura de tudo isso de modo curioso.
E é notório que o filme bebeu na fonte de "Psicose".
Vale a conferida!
Love Story: Uma História de Amor
3.4 207 Assista AgoraUm exemplo de um filme que ganhou status por conta de trilha sonora, que se tornou clássica, mas se for se atentar ao roteiro, a obra se mostra bem fraca.
Personagens que geram uma certa antipatia, principalmente Jenny, que é de uma arrogância irritante, história repleta de clichês que acabam decepcionando e uma produção que não é nada de mais.
Os momentos finais até tentam conseguir um pouco de apego por conta do drama, mas isso não salva a trajetória do enredo como um todo.
"Love Story" tá mais pra "Boring Story"!
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
4.0 494Com uma estética pop, altamente influenciada pela internet, misturando o 3D dos personagens e cenários, com um visual 2D propositalmente rabiscado para ilustrar a mente criativa da protagonista Katie, "A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas" é uma produção muito boa.
Tendo como abordagem a relação de pais e filhos na adolescência e a absorção cada vez maior do universo tecnológico no dia a dia da sociedade, o filme cria uma história que é engraçada e comovente. Aliado a isso, a obra tem uma arte muito bem realizada, a criação visual de todos os elementos é um trabalho bonito, colorido, alegre, atrativo.
Uma produção altamente simpática, com uma mensagem bacana e com referências divertidas dos tempos atuais.
Sony Animation mandando muito bem!
A Mulher na Janela
3.0 1,1K Assista AgoraInteressante suspense que conseguiu dentro de um único cenário desenvolver uma história de tensão e neurose.
É curioso ver como os elementos da trama vão até Anna, pois o fato dela ser uma agorafóbica limita o seu trânsito por áreas externas e uma aproximação mais desenvolta com os outros, porém é instigante acompanhar os personagens e as situações invadirem o espaço físico e mental da protagonista.
Amy Adams dispensa comentários sobre sua performance, ótima como sempre! E o modo como ela personifica Anna é muito boa. A maneira como se comporta, em que parece acanhada mesmo dentro de sua própria casa, a forma como se veste, usando camisolas largas, dando um ar de envelhecimento, a sua aparência, denotando um desleixo consigo mesma. Anna é prisioneira de sua fobia e se comporta como uma detenta.
Com um elenco de coadjuvantes estelar, é claro que fica a vontade de ter visto eles ganharem um pouco mais de espaço em cena, mas como seus personagens tem ações específicas no transcorrer da obra, suas participações são gratificantes.
Bom filme!
Nick & Norah: Uma Noite de Amor e Música
3.5 847É valida a maneira como a história segue por caminhos que lembram as obras adolescentes do final dos anos 90, com situações excêntricas que amarram um romance desajustado pelas circunstâncias. Tem momentos ligeiramente jocosos, elenco formado por uma leva de jovens atores conhecidos em atuações satisfatórias e trilha sonora com uma pegada indie.
É bacana, mas deixa uma sensação de que falta algo!
Não sei se foi por que o filme não se empenhou mais na comédia? Ou porque o romance parecia sem força (ou que o casal protagonista parecia não ter química o suficiente)?
Produção simpática!
Dora e a Cidade Perdida
3.2 151 Assista AgoraSurpreendentemente bacana!
O desenho animado do qual o filme originou,"Dora, a Aventureira", pra nós adultos, é uma das coisas mais irritantes que existe pois, parece tolo ao criar episódios com um didatismo pedante, então era natural o receio de que a versão cinematográfica seguisse o mesmo caminho, mas que bom que o filme não é nesse estilo.
Uma história de aventura bem realizada feita para entreter, divertir e, curiosamente, chega a debochar de si mesmo ao criar sequências que fazem piada da referência em animação, deixando a obra engraçada ao falar da sua origem.
Outro ponto que chama a atenção de forma positiva é a valorização que a produção dá a latinidade, com seus elementos, trilha sonora e elenco formados por latinos e descendentes de latinos, algo não muito comum e que deveria ser mais incentivada.
Um bom passatempo!
Eu Me Importo
3.3 1,2K Assista AgoraA obra acompanha os passos de Marla Grayson, que controla um esquema que tem como objetivo se apropriar dos bens de idosos. Marla conduz tranquilamente seus golpes até que acaba se deparando com uma inesperada reviravolta, uma de suas vítimas esconde fatos obscuros, o que pode colocar a sua vida em risco e de quem mais estiver por perto.
O perfil de Marla é de uma sociopata, que por trás da imagem charmosa de benevolência que tenta transparecer, está a de uma mulher manipuladora, mentirosa, sem remorso e com senso de grandeza, e os sociopatas ainda se acham merecedores de recompensa por suas façanhas, sustentando argumentos como "no mundo, só sobrevivem os mais espertos" ou que "a sociedade a faz ser assim" e outros pensamentos do tipo.
É um thriller que, por conta dos erros vindos das atitudes relacionadas a alguns personagens coadjuvantes, acaba tendo um humor bem sucinto (e em algumas sequências parecendo até involuntário) em dados momentos da obra. Porém, é a expectativa de como Marla irá escapar daquela circunstância não esperada que concentra a nossa atenção.
Tem suas falhas em certas partes da estrutura do enredo? Tem! Mas ele compensa em outros âmbitos.
Elenco bem afiado! Rosamund Pike encarna uma pilantra com categoria, Dianne West dispensa comentários, sempre ótima em cena, Peter Dinklage faz um bom trabalho, e Eliza González trabalha Fran de maneira interessante.
Dá pra concluir que a história faz um circulo inteiro, onde começa e termina fechando tudo com um bom arremate.
O filho de uma das idosas, que aparece logo no início do filme, volta e dá fim a Marla, que começou e terminou estando no auge de suas artimanhas.
E a ironia, Marla se considerava uma leoa, mas até os leões tem o seu predador: o ser humano.
Mal Posso Esperar
3.2 131 Assista Agora"Mal Posso Esperar" é aquele filme de adolescentes do final dos anos 90 que retrata o espírito juvenil daquele período.
Na companhia de produções como "10 Coisas que Eu Odeio em Você", "Ela é Demais", "Nunca Fui Beijada" e outros, a obra traz uma história sobre a liberdade, as dúvidas, os anseios, as adaptações, os romances no universo jovem, tudo feito de maneira descontraída, divertida, com a comédia dando leveza a essas vertentes.
Mesmo sendo obras tipicamente estadunidenses, ainda sim conseguiam dialogar com os adolescentes do resto do mundo, inclusive com os do Brasil, pois os roteiros tinham uma franca conversa com o público, e mesmo nas tramas onde a algazarra é a sua base, eles não deixam de se atentarem a abordagens mais particulares, e é isso que acontece por aqui.
O filme tem como ponto de partida o entusiasmo com uma festa regada a cerveja, paqueras, alguns flertes com o uso de substâncias ilícitas e diversão descontrolada, mas no meio disso tudo existem jovens que, ou se veem diante da euforia, que demonstram uma felicidade, um otimismo que muitas vezes não correspondem com a sua realidade, ou que estão num processo para encontrar a autoconfiança e por isso ainda possuem inseguranças. Pode não parecer no primeiro momento, mas analisando com mais atenção, você vê essas abordagens no filme, e ele faz isso de um modo tão descompromissado que você se depara com essas questões enquanto se diverte, pois ele faz isso em meio a zoação, promovendo momentos de pura ridicularização e sem se levar muito a sério.
Parece que falta isso nas obras cinematográficas voltadas para adolescentes nos dias atuais! Tirando uma e outra produção, não se vê mais essa forma de tratamento nos filmes voltados para esse público atualmente. Muitas vezes são os filmes e séries de serviços de streaming que tentam se debruçar mais nas temáticas juvenis, mas na sua grande maioria, a abordagem que elas dão aos temas ou é feita de maneira tola, alienada, com romances açucarados demais, ou vão numa pegada mais pesada, onde drogas, sexo e/ou violência são mostrados de forma grosseira e dominam boa parte do conteúdo.
Atuações, trilha sonora, enredo, tudo satisfatoriamente carregado de um bom saudosismo.
Ah! Os anos 90...
O Picolino
4.1 110 Assista AgoraGracioso, a parceria entre Fred Astaire e Ginger Rogers é sempre cativante, com cenas de dança bem realizadas, mas a história é um pouco fraca.
No início, o protagonista Jerry Travers é um tanto quanto inconveniente, passando a perseguir Dale Tremont de maneira muito incômoda, com o tempo tira-se um pouco essa impressão, não totalmente, mas diminui-se o desconforto com essa atitude. Depois, o roteiro faz um malabarismo para promover encontros e desencontros e evitar que seus protagonistas façam o óbvio, como perguntar nomes, estarem no mesmo local com conhecidos e por aí vai.
É preciso enaltecer o trabalho da direção de arte do filme, bem cuidado, principalmente o cenário do hotel em Veneza, que chama a atenção pela ambientação gigante do complexo.
Porém, o enredo parece não ter muito vigor, é sem intensidade, falta sustança para acompanhar o brilho do seu casal principal, e o final foi forçado.
Vale para conferir a dupla Astaire e Rogers em ótimas coreografias.
Fama
3.7 75 Assista AgoraSão tantas tramas paralelas dentro do filme que ele acaba não se aprofundando nelas, e consequentemente faz com que o espectador não se apegue a produção e acaba se tornando um enredo excessivo nos dramas e sem alma.
Tem estilo, mas faltou carisma!
Rango
3.6 1,6K Assista AgoraMuito bom!
Uma animação de faroeste com personagens com aparências pouco convencionais (até estranhas) e com muita personalidade, e tudo sendo construído numa história que se apega a essência dos filmes de bang-bang e carregando consigo toda a áurea das obras do velho oeste, agora indo na direção do público infantojuvenil.
A produção ainda chega a fazer uma referência discreta ao filme "Medo e Delírio", protagonizado por Johnny Depp (que dubla o personagem título) e uma homenagem a figura clássica do Spaghetti western, o Homem Sem Nome, eternizado por Clint Eastwood na Trilogia dos Dólares.
Vale destacar também o excelente trabalho técnico da animação, com uma qualidade caprichada
Obs.: O final da versão estendida é bem divertido!