Uma coisa é ser fã, a outra é ser cego. Filme com enredo fraco, protagonista fazendo mais do mesmo. Aliás se Redmayne não cuidar, vai se tornar o novo Depp, que só faz papéis extremamente caricatos e desaprendeu a atuar normalmente. Filmes produzidos por dinheiro me irritam, e esse é um claro exemplo. Dan Fogler é a única boa surpresa do filme, salvando o resto do elenco. No geral, senti muita falta do misticismo e da surpresa ao ser apresentado a um mundo de "criaturas fantásticas".
Será que existem atores contemporâneos capazes de desempenhar musicais como os mestres faziam antigamente? La La Land é um filme gostoso e divertido. Homenageia clássicos do passado ao mesmo tempo que não força muito o estilo habitual dos filmes musicais. E aí não da pra saber se La La Land tentou ser mais tragável para alcançar grandes públicos, ou se falhou sendo pouco ambicioso. E eu não posso dizer que não foi ambicioso visualmente, pois foi, com longas tomadas sem cortes, as cores da casa da Mia (melhor clipe do filme), mudanças de estilo durante o filme todo. Visualmente falha quando usa, exaustivamente, do holofote para mostrar somente o protagonista enquanto o resto da tela escurece. Na cena da Mia na audição "contando uma história" no dia que foi escalada para o elenco de um filme, o uso dessa técnica foi bem cretino, pois a música não refletiu a importância do momento, então o holofote deu evidência a algo ruim, tornando a cena horrível. Aliás, onde o filme falha realmente são nas músicas. Musicais tem o hábito de te fazer ficar cantando suas músicas por semanas, e até lembrar delas anos depois (It's electrifying!). A única música que lembro agora de La La Land é City of Stars, e é tão claro que é a única boa, que foi rearranjada de três ou quatro modos diferentes para ser repetida de novo e de novo... Emma e Ryan são grandes atores, eu adoro eles, mas por serem tão bons, eu queria mais. As coreografias não tinham complexidade. Não haviam muitos exageros teatrais (como a cara da Emma enrolada na cortina durante o clipe na casa da Mia), e isso fez falta, porque é essa explosão interpretativa que caracteriza um musical. "Estamos dançando porque não da para externar esses sentimentos só falando. Preciso cantar, dançar, subir na mesa, sapatear e fazer caras e bocas". É isso que um protagonista de musical passa. E não passou em La La Land. E pior que depois de tudo isso, eu ainda dei nota 9. Porque falha como musical, mas não falha como filme. É uma falha que, por a experiência ser tão boa, a gente finge que não vê.
Certas dores simplesmente nunca passam, apenas aprendemos a conviver com elas. Esse filme é uma obra construída com cem por cento de humanidade. E não é só na dor e melancolia que a humanidade se mostra, mas na agitação da adolescência, no misto entre impaciência e compreensão nas discussões familiares, no momento em que nada pode ser pior e você acaba esquecendo onde estacionou a porra do seu carro, quando a mulher fala para sua amiga ao telefone sobre suas fantasias com o zelador. Ingenuamente nós encaramos as outras pessoas sem o mínimo de profundidade.
Uma cena muito significativa, apesar de durar menos de um minuto, é quando Lee e Patrick estão discutindo e um estranho passa e diz "Great parenting". E aí você se pega pensando "Putz, foi falar isso logo pra ele". Se ele soubesse... Se nós soubéssemos quanta besteira falamos sem pensar... E que cena aquela entre Michelle Willians e Affleck. Perdão, amor, angustia. Como falar tudo aquilo? Não há modo de dizer certas coisas. Nem modo de escrever. Não há modo de Lonergan ter botado isso no roteiro. Essa cena foi de Willians e Affleck, impecáveis.
Jogos de cores básicos e necessários para contrastar um passado alegre com um presente mórbido, uma realidade em que a vida já não faz mais sentido. Nada como o inverno para transmitir tristeza ao espectador. Por fim a desistência. "I can't beat it. I'm sorry". Lonergan não promete que tudo vai melhorar, não dá esperança, não há superação. Lee mal chora. Não há sempre um final feliz. Existem dores que nunca passam. E isso é tudo.
Nota: Deixemos de falar de Oscar. Tenham em mente que Oscar não importa, não diz nada. Todos assistimos esse filme porque ele ganhou o Oscar, mas se merecia ou desmerecia não importa. Faça um favor para si mesmo e esqueça o Oscar!
Esse filme conta uma história magnífica, e conta muito bem. McCarthy reuniu um elenco sensacional para um filme que não tem papéis em destaque, e isso agrega tanto à obra que incomoda os caçadores de atuações memoráveis. A narrativa corre de forma natural, sem decair e com apenas um momento de exaltação, que arrepia e nos traz ainda mais simpatia pelo esforçado repórter Michael. No mais, é tecnicamente impecável.
O filme mostra a trajetória da investigação sem nos forçar sentimentos, o que me lembrou muito de Zodíaco (2007).
Outro fato que me agradou foi a presença da igreja em vários momentos. O melhor deles foi durante o natal, num momento de total descrença do personagem de Ruffalo ele assiste a um coral infantil cantando durante um culto.
Spotlight é importante por dois motivos: trata de um assunto que não pode morrer até que seja resolvido e é um exemplo de como fazer jornalismo num mundo onde interesses contam mais do que a verdade.
É um bom filme sobre zumbis, mas tentando respeitar as opiniões de todos, essa nota 4 está meio forçada né? São muitos momentos ruins no filme. Close-ups combinados com slow motions melodramáticos mais comuns no cinema indiano sendo usados com uma intensidade dolorosa. Erros de continuidade desde os dez primeiros minutos de projeção.
A caracterização dos zumbis estava ótima, principalmente seus movimentos acelerados e contorcidos. A garotinha fez o papel dela muito bem, tem um dos choros mais convincentes que já vi na tela. Mas o vilão teve sua má índole reforçada repetidamente pelo mesmo gesto tantas vezes que cansei
Uma obra muito bela. Com uma história simples pode concentrar toda sua complexidade na construção dos personagens, principalmente nas seis crianças que juntos formam a personalidade dessa família única e cativante. Roteiro recheado de referências, cenas lindas, lições de vida, Virgo inteiro no papel e o que ficou foi a vontade de que o Noam Chomsky Day fosse realidade.
É complicado, meus caros. Sempre levo minha expectativa ao chão quando vou assistir um filme de terror. Não vemos um grande diretor contemporâneo se aventurando nesse gênero, não vemos grandes atores aceitando esses papéis, e o por quê disso é bastante óbvio - diretores consagrados estão ocupados fazendo bons filmes e bons atores leem os roteiros antes de aceitar tomar parte na tragédia. Essa parece uma critica que desmerece o filme, contudo, é um filme de terror, e ninguém deve esperar que palavras sejam proferidas em sua defesa. No entanto, lá vai - o filme tem uma premissa maravilhosa e me parece ser realmente o melhor horror movie do ano. Infelizmente isso só quer dizer que o filme é ok. Essa mania de sexualizar o roteiro para atrair publico jovem estragou o filme. Aliás, o filme poderia se chamar "A DST Maligna", o que soa ridículo, assim como essa ideia. Outra coisa que aborrece o publico e deixou até o Tarantino bolado (http://www.vulture.com/2015/08/how-quentin-tarantino-would-fix-it-follows.html#) foi que o It Follows as vezes It Stops e It Stares You. E é por isso que a proposta falha. Ainda assim a ideia é boa e a execução tem seus momentos. É engraçado como filme de terror não alcança a nota 7 no IMDB. Esse está com 6,9. Para um bom arredondador, a metade boa desse filme basta. Dei 7. Expectativa baixa, use e abuse.
Um belíssimo filme de sobre como o tempo passa. Muitos querendo que Boyhood fosse mais, tivesse um roteiro épico, ou pelo menos que alguém tivesse morrido pra dar uma animada! Mas ele é simplesmente doze anos de algumas vidas passando. O roteiro é leve em sua maioria, com questionamentos sutis sobre a vida e com uma crise explosiva e pontual de meia idade. É disso que se trata o filme. É como nós tratamos a vida.
Linklater dirige bem, é especialista em filmar duas pessoas conversando, e a escola dele é a filófica. Não da pra ir a um filme dele esperando ver a jornada do herói. E o que mais gostei é que ele não perde a linha, não deixa situações que aconteceram durante os doze anos de produção afetarem o roteiro, o estilo ou algum personagem.
Gostei. Nolan quis amarrar todas as pontas antes de acabar a história. Pelo menos dessa vez, um final.
Mas percebi umas aceleradas e desaceleradas no roteiro que poderiam ter sido mais sutis. Talvez seja uma brincadeira com a relatividade, mas não acho que ele seria tãão gênio assim.
Concordo que tem um roteiro desencontrado, mas foi divertido em diversas situações. A Lilia Cabral faz um papel muito cômico e sustenta todas as outras atuações. E outro ponto forte é a cena pós crédito, que é uma autodepreciação sem tamanho do diretor! Apesar de algumas pessoas terem se ofendido, eu achei o teor de deboche muito bem cabido e hilário! Seria 4. Dei 6 pelo pós crédito.
Olha, é muito difícil fazer um filme no estilo "hand cam". Primeiro porque tem que haver uma câmera todo o tempo e, por favor, me dê um bom motivo pra carregar uma câmera o tempo todo! Neste ponto, Max Landis e Josh Trank se saíram muito bem, introduzindo a câmera na personalidade de uma das personagens.
Tanto que no final do filme, para Matt, levar a câmera até o Tibet foi como mostrar o Tibet ao próprio Andrew.
Segundo, porque a história tem que ter continuidade, sendo que não pode ser vista de vários pontos, como aconteceria em filmes normais. Em Chronicle, o desenrolar dos fatos é muito natural e bem justificado, dando consistência a um filme de super humanos de uma forma que muitos filmes não conseguem.
Outra coisa que me chamou atenção, foi que, apesar de as personagens serem marcas registradas do ensino médio norte americano, existe retorno do público, identificação, carisma.
Se tivesse terminado na parte em que a cena congela, seria demais! Seria a verdadeira representação de um herói nessa era onde não se tem mais tempo para a vida. A representação da alegria e do amor eterno. O felizes para sempre no segundo em que o tempo pára e que aquele mundo termina.
Tem o roteiro e a edição que os suecos não conseguiram trazer a uma obra desse tamanho. E mais uma vez: David Fincher é muito bom! Mas muuuito! Pena ter perdido o oscar ano passado... era realmente merecido.
Craig e suas rugas fazendo papel de cinquentão. Mandou bem, fazendo umas caras até um pouco cômicas nos momentos mais tensos, mostrando que pode deixar o 007 de lado e tomar umas pauladas, fazer cagadas, se meter em enrascadas (coisa que o Bond faz com mais profissionalidade).
Mara ainda vai ser muito lembrada por Salander depois que a trilogia acabar. Encarnou.
Enfim, o filme é muito bom, mas como já li o livro e assisti a versão sueca, estava meio cansado da história pra aguentar mais 2 hras e meia de filme. Nota 8.
Eu pensei que a estréia do Marcos Paulo ia ser chata, like a novelation. Nem foi. O cara até meteu um estilo na edição. Vale a pena pra dar umas risadas.
A princípio pensei ser um filme bem light, mas ele tem apelo bíblico e possessões, tornando-o um pouco ímpar. As personagens são carismáticas e o roteiro faz rir, mas o fato de os demônios ficarem retardados quando estão possuindo um corpo deixa o filme bem fraco. Podia ser melhor, mas é bem divertido :)
Roteiro e edição deprimentes. Personagens escrotos. Jack Black fazendo papel de Jack Black. Cenas mal cortadas. E vergonha alheia na cena final. Que filme ruim cara. Lixo meeesmo.
Pra mim, filme assim tem que ver de noite e sozinho, pra dar aquela ajudinha... É difícil fazer um filme de terror, principalmente sobre exorcismo. Porém, O Ritual manda bem. Principalmente no sentido direção em ambientes fechados. Em ambientes abertos eu digo que é bem fraco, uaehueahaue. E não podia ser diferente, pois é um filme do mesmo diretor de 1408, que eu curti também, e que se passa num quarto de hotel.
Anthony Hopkins dispensa comentários. Fora de série. Confiram aí.
Finalizei a trilogia estendida. Não faço idéia de quais são as cenas extras. É muito material, e tudo é perfeito! Senhor dos Anéis é sensacional. Saber que uma adaptação dessa escala deu certo é emocionante!
Tô com aquele gostinho de quero mais. Aposto que vereia trilogia dezenas de vezes durante minha vida. Só tenho a agradecer a Tokien e a Peter Jackson. 10/10
Vi a versão estendida ontem. Meu, 3h20 de filme. Minha nota era 9, agora é 10. Não lembrava que era tão foda. Peter Jackson e sua equipe são gênios. O casting, a trilha sonora e a fotofrafia são maravilhosos.
Vou citar a escolha da Liv Tyler pra fazer a Arwen, que foi perfeita. A aparição dela foi tão bem feita, que realmente passa paz de espírito pra quem assiste. Até o jeito que ela mexe a boca ressalta o modo suave dos elfos falarem.
Porra, fiquei com os olhos marejados no final. Devo ser muito Nerd mesmo. No final do filme tava batendo no peito e falando pra mim mesmo o quão foda o Boromir é.
Pessoal do CinemacomRapadura apostando que vai sair Oscar daí. Se Brad Pitt ganhar um oscar, vizinhos serão acordados. E se alguém comprometido com o cinema, como Malick, ganhar de melhor diretor, será maravilhoso.
Realmente, se faz pensar em oscar no meio do ano, é promissor. E tá chegando!
Animais Fantásticos e Onde Habitam
4.0 2,2K Assista AgoraUma coisa é ser fã, a outra é ser cego. Filme com enredo fraco, protagonista fazendo mais do mesmo. Aliás se Redmayne não cuidar, vai se tornar o novo Depp, que só faz papéis extremamente caricatos e desaprendeu a atuar normalmente. Filmes produzidos por dinheiro me irritam, e esse é um claro exemplo.
Dan Fogler é a única boa surpresa do filme, salvando o resto do elenco.
No geral, senti muita falta do misticismo e da surpresa ao ser apresentado a um mundo de "criaturas fantásticas".
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraSerá que existem atores contemporâneos capazes de desempenhar musicais como os mestres faziam antigamente?
La La Land é um filme gostoso e divertido. Homenageia clássicos do passado ao mesmo tempo que não força muito o estilo habitual dos filmes musicais. E aí não da pra saber se La La Land tentou ser mais tragável para alcançar grandes públicos, ou se falhou sendo pouco ambicioso. E eu não posso dizer que não foi ambicioso visualmente, pois foi, com longas tomadas sem cortes, as cores da casa da Mia (melhor clipe do filme), mudanças de estilo durante o filme todo. Visualmente falha quando usa, exaustivamente, do holofote para mostrar somente o protagonista enquanto o resto da tela escurece. Na cena da Mia na audição "contando uma história" no dia que foi escalada para o elenco de um filme, o uso dessa técnica foi bem cretino, pois a música não refletiu a importância do momento, então o holofote deu evidência a algo ruim, tornando a cena horrível.
Aliás, onde o filme falha realmente são nas músicas. Musicais tem o hábito de te fazer ficar cantando suas músicas por semanas, e até lembrar delas anos depois (It's electrifying!). A única música que lembro agora de La La Land é City of Stars, e é tão claro que é a única boa, que foi rearranjada de três ou quatro modos diferentes para ser repetida de novo e de novo...
Emma e Ryan são grandes atores, eu adoro eles, mas por serem tão bons, eu queria mais. As coreografias não tinham complexidade. Não haviam muitos exageros teatrais (como a cara da Emma enrolada na cortina durante o clipe na casa da Mia), e isso fez falta, porque é essa explosão interpretativa que caracteriza um musical. "Estamos dançando porque não da para externar esses sentimentos só falando. Preciso cantar, dançar, subir na mesa, sapatear e fazer caras e bocas". É isso que um protagonista de musical passa. E não passou em La La Land.
E pior que depois de tudo isso, eu ainda dei nota 9. Porque falha como musical, mas não falha como filme. É uma falha que, por a experiência ser tão boa, a gente finge que não vê.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraCertas dores simplesmente nunca passam, apenas aprendemos a conviver com elas. Esse filme é uma obra construída com cem por cento de humanidade. E não é só na dor e melancolia que a humanidade se mostra, mas na agitação da adolescência, no misto entre impaciência e compreensão nas discussões familiares, no momento em que nada pode ser pior e você acaba esquecendo onde estacionou a porra do seu carro, quando a mulher fala para sua amiga ao telefone sobre suas fantasias com o zelador. Ingenuamente nós encaramos as outras pessoas sem o mínimo de profundidade.
Uma cena muito significativa, apesar de durar menos de um minuto, é quando Lee e Patrick estão discutindo e um estranho passa e diz "Great parenting". E aí você se pega pensando "Putz, foi falar isso logo pra ele". Se ele soubesse... Se nós soubéssemos quanta besteira falamos sem pensar...
E que cena aquela entre Michelle Willians e Affleck. Perdão, amor, angustia. Como falar tudo aquilo? Não há modo de dizer certas coisas. Nem modo de escrever. Não há modo de Lonergan ter botado isso no roteiro. Essa cena foi de Willians e Affleck, impecáveis.
Jogos de cores básicos e necessários para contrastar um passado alegre com um presente mórbido, uma realidade em que a vida já não faz mais sentido. Nada como o inverno para transmitir tristeza ao espectador.
Por fim a desistência. "I can't beat it. I'm sorry". Lonergan não promete que tudo vai melhorar, não dá esperança, não há superação. Lee mal chora. Não há sempre um final feliz. Existem dores que nunca passam. E isso é tudo.
Spotlight - Segredos Revelados
4.1 1,7K Assista AgoraNota: Deixemos de falar de Oscar. Tenham em mente que Oscar não importa, não diz nada. Todos assistimos esse filme porque ele ganhou o Oscar, mas se merecia ou desmerecia não importa. Faça um favor para si mesmo e esqueça o Oscar!
Esse filme conta uma história magnífica, e conta muito bem. McCarthy reuniu um elenco sensacional para um filme que não tem papéis em destaque, e isso agrega tanto à obra que incomoda os caçadores de atuações memoráveis. A narrativa corre de forma natural, sem decair e com apenas um momento de exaltação, que arrepia e nos traz ainda mais simpatia pelo esforçado repórter Michael. No mais, é tecnicamente impecável.
O filme mostra a trajetória da investigação sem nos forçar sentimentos, o que me lembrou muito de Zodíaco (2007).
Outro fato que me agradou foi a presença da igreja em vários momentos. O melhor deles foi durante o natal, num momento de total descrença do personagem de Ruffalo ele assiste a um coral infantil cantando durante um culto.
Spotlight é importante por dois motivos: trata de um assunto que não pode morrer até que seja resolvido e é um exemplo de como fazer jornalismo num mundo onde interesses contam mais do que a verdade.
Invasão Zumbi
4.0 2,1K Assista AgoraÉ um bom filme sobre zumbis, mas tentando respeitar as opiniões de todos, essa nota 4 está meio forçada né?
São muitos momentos ruins no filme. Close-ups combinados com slow motions melodramáticos mais comuns no cinema indiano sendo usados com uma intensidade dolorosa. Erros de continuidade desde os dez primeiros minutos de projeção.
A caracterização dos zumbis estava ótima, principalmente seus movimentos acelerados e contorcidos. A garotinha fez o papel dela muito bem, tem um dos choros mais convincentes que já vi na tela. Mas o vilão teve sua má índole reforçada repetidamente pelo mesmo gesto tantas vezes que cansei
(jogar alguém pros zumbis e sair correndo)
Valeu pela diversão, mas para mim está longe de ser um dos melhores do gênero.
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraUma obra muito bela. Com uma história simples pode concentrar toda sua complexidade na construção dos personagens, principalmente nas seis crianças que juntos formam a personalidade dessa família única e cativante.
Roteiro recheado de referências, cenas lindas, lições de vida, Virgo inteiro no papel e o que ficou foi a vontade de que o Noam Chomsky Day fosse realidade.
Corrente do Mal
3.2 1,8K Assista AgoraÉ complicado, meus caros. Sempre levo minha expectativa ao chão quando vou assistir um filme de terror. Não vemos um grande diretor contemporâneo se aventurando nesse gênero, não vemos grandes atores aceitando esses papéis, e o por quê disso é bastante óbvio - diretores consagrados estão ocupados fazendo bons filmes e bons atores leem os roteiros antes de aceitar tomar parte na tragédia.
Essa parece uma critica que desmerece o filme, contudo, é um filme de terror, e ninguém deve esperar que palavras sejam proferidas em sua defesa. No entanto, lá vai - o filme tem uma premissa maravilhosa e me parece ser realmente o melhor horror movie do ano.
Infelizmente isso só quer dizer que o filme é ok.
Essa mania de sexualizar o roteiro para atrair publico jovem estragou o filme. Aliás, o filme poderia se chamar "A DST Maligna", o que soa ridículo, assim como essa ideia.
Outra coisa que aborrece o publico e deixou até o Tarantino bolado (http://www.vulture.com/2015/08/how-quentin-tarantino-would-fix-it-follows.html#) foi que o It Follows as vezes It Stops e It Stares You. E é por isso que a proposta falha.
Ainda assim a ideia é boa e a execução tem seus momentos.
É engraçado como filme de terror não alcança a nota 7 no IMDB. Esse está com 6,9. Para um bom arredondador, a metade boa desse filme basta. Dei 7.
Expectativa baixa, use e abuse.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraUm belíssimo filme de sobre como o tempo passa.
Muitos querendo que Boyhood fosse mais, tivesse um roteiro épico, ou pelo menos que alguém tivesse morrido pra dar uma animada! Mas ele é simplesmente doze anos de algumas vidas passando.
O roteiro é leve em sua maioria, com questionamentos sutis sobre a vida e com uma crise explosiva e pontual de meia idade. É disso que se trata o filme. É como nós tratamos a vida.
Linklater dirige bem, é especialista em filmar duas pessoas conversando, e a escola dele é a filófica. Não da pra ir a um filme dele esperando ver a jornada do herói. E o que mais gostei é que ele não perde a linha, não deixa situações que aconteceram durante os doze anos de produção afetarem o roteiro, o estilo ou algum personagem.
Merece mesmo a indicação.
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraGostei. Nolan quis amarrar todas as pontas antes de acabar a história. Pelo menos dessa vez, um final.
Mas percebi umas aceleradas e desaceleradas no roteiro que poderiam ter sido mais sutis. Talvez seja uma brincadeira com a relatividade, mas não acho que ele seria tãão gênio assim.
A primeira morte foi bem tosca. O cara ficou se enrolando fora da nave até não dar mais tempo de entrar. Umas três cenas desse tipo tiraram a nota 10.
Mas fiquei com vontade de ver de novo. Aposto que tem mais entrelinhas do que percebemos em uma primeira olhada.
Júlio Sumiu
2.5 134Concordo que tem um roteiro desencontrado, mas foi divertido em diversas situações.
A Lilia Cabral faz um papel muito cômico e sustenta todas as outras atuações.
E outro ponto forte é a cena pós crédito, que é uma autodepreciação sem tamanho do diretor! Apesar de algumas pessoas terem se ofendido, eu achei o teor de deboche muito bem cabido e hilário!
Seria 4. Dei 6 pelo pós crédito.
The Art of Flight
4.2 6Queria eu viver da prática de um esporte. Ainda mais se esse esporte me proporcionasse a alegria de ter tanta beleza diante dos olhos.
Imagens sensacionais, atletas de ponta e inovação na filmagem.
Um documentário muito lindo.
Poder Sem Limites
3.4 1,7K Assista AgoraOlha, é muito difícil fazer um filme no estilo "hand cam". Primeiro porque tem que haver uma câmera todo o tempo e, por favor, me dê um bom motivo pra carregar uma câmera o tempo todo! Neste ponto, Max Landis e Josh Trank se saíram muito bem, introduzindo a câmera na personalidade de uma das personagens.
Tanto que no final do filme, para Matt, levar a câmera até o Tibet foi como mostrar o Tibet ao próprio Andrew.
Segundo, porque a história tem que ter continuidade, sendo que não pode ser vista de vários pontos, como aconteceria em filmes normais. Em Chronicle, o desenrolar dos fatos é muito natural e bem justificado, dando consistência a um filme de super humanos de uma forma que muitos filmes não conseguem.
Outra coisa que me chamou atenção, foi que, apesar de as personagens serem marcas registradas do ensino médio norte americano, existe retorno do público, identificação, carisma.
Minha reação quando Andrew matou Steve foi: Puuuuts, que cagada! Cara mó gente boa!
Eu recomendo, me diverti bastante assistindo.
Contra o Tempo
3.8 2,0K Assista AgoraSe tivesse terminado na parte em que a cena congela, seria demais! Seria a verdadeira representação de um herói nessa era onde não se tem mais tempo para a vida. A representação da alegria e do amor eterno. O felizes para sempre no segundo em que o tempo pára e que aquele mundo termina.
Mas mesmo assim é muito bom :)
Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres
4.2 3,1K Assista AgoraTem o roteiro e a edição que os suecos não conseguiram trazer a uma obra desse tamanho.
E mais uma vez: David Fincher é muito bom! Mas muuuito!
Pena ter perdido o oscar ano passado... era realmente merecido.
Craig e suas rugas fazendo papel de cinquentão. Mandou bem, fazendo umas caras até um pouco cômicas nos momentos mais tensos, mostrando que pode deixar o 007 de lado e tomar umas pauladas, fazer cagadas, se meter em enrascadas (coisa que o Bond faz com mais profissionalidade).
Mara ainda vai ser muito lembrada por Salander depois que a trilogia acabar. Encarnou.
Enfim, o filme é muito bom, mas como já li o livro e assisti a versão sueca, estava meio cansado da história pra aguentar mais 2 hras e meia de filme. Nota 8.
Assalto ao Banco Central
3.0 1,3KEu pensei que a estréia do Marcos Paulo ia ser chata, like a novelation. Nem foi. O cara até meteu um estilo na edição.
Vale a pena pra dar umas risadas.
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2
4.3 5,2K Assista AgoraAchei esse melhor que o primeiro. A primeira metade do filme é perfeita.
Eu queria poder dar um beijo na Helena Bonhan Carter. Cara, ela imitou a Hermione com maestria, ushuashus.
Sempre há alguns poréns, mas é um bom final.
E eu estava esperando mais do CGI no envelhecimento das personagens.
Hellraiser: Renascido do Inferno
3.5 857 Assista AgoraTirando alguns pontos escrotos, como o conformismo do Steve ao ver os Cenobites, o filme é ótimo.
Maquiagem muito foda, e muito suspense.
Vamos ver as continuações #medo
Os Caça-Fantasmas
3.7 732 Assista AgoraA princípio pensei ser um filme bem light, mas ele tem apelo bíblico e possessões, tornando-o um pouco ímpar.
As personagens são carismáticas e o roteiro faz rir, mas o fato de os demônios ficarem retardados quando estão possuindo um corpo deixa o filme bem fraco.
Podia ser melhor, mas é bem divertido :)
As Viagens de Gulliver
2.6 920Roteiro e edição deprimentes. Personagens escrotos. Jack Black fazendo papel de Jack Black. Cenas mal cortadas. E vergonha alheia na cena final.
Que filme ruim cara. Lixo meeesmo.
O Ritual
3.3 1,9K Assista AgoraPra mim, filme assim tem que ver de noite e sozinho, pra dar aquela ajudinha...
É difícil fazer um filme de terror, principalmente sobre exorcismo. Porém, O Ritual manda bem. Principalmente no sentido direção em ambientes fechados. Em ambientes abertos eu digo que é bem fraco, uaehueahaue. E não podia ser diferente, pois é um filme do mesmo diretor de 1408, que eu curti também, e que se passa num quarto de hotel.
Anthony Hopkins dispensa comentários. Fora de série.
Confiram aí.
Namorados para Sempre
3.6 2,5K Assista AgoraAe galera, é um filmaço. Lindo e super real, mas
se for apostar em algum filme pro dia dos namorados, vá assistir uma comédia romantica que tua noite estará mais garantida
O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei
4.5 1,8K Assista AgoraFinalizei a trilogia estendida. Não faço idéia de quais são as cenas extras. É muito material, e tudo é perfeito!
Senhor dos Anéis é sensacional. Saber que uma adaptação dessa escala deu certo é emocionante!
Tô com aquele gostinho de quero mais. Aposto que vereia trilogia dezenas de vezes durante minha vida.
Só tenho a agradecer a Tokien e a Peter Jackson.
10/10
O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel
4.4 1,9K Assista AgoraVi a versão estendida ontem. Meu, 3h20 de filme. Minha nota era 9, agora é 10.
Não lembrava que era tão foda.
Peter Jackson e sua equipe são gênios. O casting, a trilha sonora e a fotofrafia são maravilhosos.
Vou citar a escolha da Liv Tyler pra fazer a Arwen, que foi perfeita. A aparição dela foi tão bem feita, que realmente passa paz de espírito pra quem assiste. Até o jeito que ela mexe a boca ressalta o modo suave dos elfos falarem.
Porra, fiquei com os olhos marejados no final.
Devo ser muito Nerd mesmo. No final do filme tava batendo no peito e falando pra mim mesmo o quão foda o Boromir é.
Sensacional!
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraPessoal do CinemacomRapadura apostando que vai sair Oscar daí.
Se Brad Pitt ganhar um oscar, vizinhos serão acordados. E se alguém comprometido com o cinema, como Malick, ganhar de melhor diretor, será maravilhoso.
Realmente, se faz pensar em oscar no meio do ano, é promissor.
E tá chegando!