Um excelente filme mostrando a fase final da luta dos argelinos pela independência em relação à França.
Com uma fotografia excelente e influenciado pelo neorrealismo italiano, "A Batalha de Argel" mostra de forma crua a miséria e a segregação do povo argelino - Argel era dividida em bairros árabes e um bairro europeu - e trata dos eventos da luta pela independência, mostrando de forma isenta os dois lados embora seja um filme feito pela própria Argélia. A produção mostra em que uma guerra, não importando os fins ou os motivos, inocentes acabam sendo os alvos preferidos dos dois lados e pagando com a própria vida por uma situação que os transcende. O filme é muito tenso e pesado e prende totalmente a atenção de quem o assiste.
Um dos melhores filmes políticos de todos os tempos! Um verdadeiro clássico e bastante fidedigno à situação real. Pode parecer uma história e um passado distante por conta das atrocidades mostradas, mas a história e o mesmo têm pouco mais de 50 anos. Obrigatório para quem quer entender as lutas do século XX.
Raríssimo documento histórico! Primordial para entender a grande máquina de propaganda nazista, e como foi o processo de desumanização e segregação dos judeus antes do Holocausto! Foi muito bem produzido e imagino o impacto que teve à época, já que o cinema tinha uma enorme penetração social e influência na Alemanha e em todo o mundo.
Pode parecer ridículo e mentiroso hoje em dia, mas para a época foi muito bem produzido, convincente, com "dados" históricos e científicos (mesmo que manipulados ou inventados para justificar o arianismo nazista) e é considerado uma das melhores produções do Terceiro Reich. Em suma, o caráter histórico desse documentário é primoroso para a compreensão do nazismo e da visão nazista sobre os judeus. Uma grande aula de história.
OBS: Classifiquei o filme com 5 estrelas pelo seu caráter de testemunho e raríssimo documento histórico, e não porque sou simpatizante ao nazismo ou afins, embora reconheça o valor e impacto do documentário em questão.
Que filme! Um relato cru e avassalador sobre a desgraça humana. Os horrores da guerra vistos sob o olhar de um garoto totalmente afetado pela vil realidade, com um destaque para a - excelente - fotografia da obra, que aumenta o desespero e o tom de realidade de quem assiste.
Uma das cenas finais, onde o menino Florya atira dezenas de vezes em um quadro de Hitler jogado num rio, é uma das cenas mais impactantes que eu vi no cinema, e a regressão histórica que sucede essa cena nos faz questionar e problematizar a todo momento como a ascensão do regime nazista foi possível, e os erros cometidos pela humanidade desde a Primeira Guerra, perpassando o nascimento de Hitler! O caráter lúdico dessa cena é fantástica, e na cabeça do jovem Florya, Hitler, mais do que qualquer que outro, era o grande responsável pelo mal e pela barbaridade que o garoto presenciara. É uma cena muito impactante para quem tem o mínimo de conhecimento histórico sobre o século XX.
Enfim, é um dos melhores filmes de guerra já produzido!
Uma das melhores produções nacionais desde sempre! Aborda questões que vão desde o relacionamento entre pais e filhos e o papel da família, ao papel da mídia nos problemas sociais, perpassando e problematizando a catástrofe dos hospitais psiquiátricos e para dependentes químicos do Brasil. Um cinema-realidade que se mostra bastante atual, debatendo questões importantes que nos deparamos rotineiramente. Um filme para quebrar tabus e evidenciar a ignorância da sociedade sobre um assunto de suma importância.
Ótimas atuações de todo o elenco do filme, além do fato - excelente! - que o mesmo aparenta ser uma produção alternativa, que confere mais realidade e drama. A prova de que um excelente filme não precisa de tanto dinheiro e nem de efeitos especiais mirabolantes, mas sim uma boa história que mostre uma realidade social que nos cerca.
O que me interessa no filme é o aspecto sociológico, cuja a premissa é interessante: uma sociedade fascista de um futuro próximo. Nesse sentido, a política de "expurgo" anual torna-se uma poderosa ferramenta de eugenia social para eliminar os pobres, os negros e a população mais vulnerável em geral. A "noite de crime" é a eliminação do fraco, do vulnerável e do doente, onde só os mais ricos conseguem escapar da onda de violência deliberada. É uma produção que mostra a ligação íntima entre o capitalismo e o fascismo, que foi muito bem evidenciada no primeiro filme.
Quanto ao filme, assim como o primeiro, é mediano e alterna entre bons e péssimos momentos (como as atuações dos atores). O ponto alto deste é a maior exposição da violência nas ruas, e o aspecto político do mesmo, que sugere uma luta de classes que tem tudo para ser bem explorada no terceiro filme da obra.
Uma sociedade ressurgida e "perfeita" que, apesar das ínfimas taxas de problemas sociais, vive 364 dias em histeria por conta do expurgo anual. A crítica social salva e desperta o interesse na produção. Vacila por ter o nome "Anarchy" o que, pelo filme, sugere que anarquia seja desordem, bagunça, chacina e afins.
A premissa do filme é até bastante interessante (recuperar obras de artes roubadas pelos nazistas, que foram os maiores ladrões de arte que a Terra já teve), mas o mesmo peca por exaltar em demasia os EUA e ser bastante maçante e com atuações ruins apesar do elenco estrelado. Não é um filme ruim, é até um filme bastante inteligente por mostrar uma história real sobre a Segunda Guerra Mundial que foi pouco abordada até então. Um bom passatempo inteligente. Nada muito além disso.
Ótimo documentário expondo de forma nua e avassaladora a ideologia que nos domina e que molda a sociedade conforme seus interesses: o neoliberalismo. Um retrato cruel das mazelas sociais (pobreza, solapamento da democracia, desemprego e leilão dos bens públicos) trazidas por essa ideologia nefasta, cujo "laboratório" foi o regime de Pinochet, uma das ditaduras mais sanguinárias dos últimos tempos. Excelente para se entender o atual momento de crise na Grécia e de como a mesma foi concebida.
O filme é bom, tem um grande elenco e prende a atenção de quem o assiste, mas o achei bastante ficcional e bem distante do fato real. Confesso que esperava mais do filme por se tratar de um dos períodos mais obscuros e lamentáveis da história brasileira e pelo mesmo ser bem aclamado dentre as produções nacionais.
Alguns setores da direita brasileira estão 50 anos atrasados, e compartilham hoje a mesma histeria e paranoia anti-vermelha (anticomunista) do general Ripper.
A histeria e patologia social norte-americana em tornos das armas de fogo, vista de uma forma crítica e irônica, onde Michael Moore tenta buscar as raízes e a explicação para a extrema violência na sociedade americana, mostrando o forte poder do lobby bélico, o racismo, a "cultura do medo", a desigualdade social e uma série de outras questões para tal entendimento.
É sempre atual e importante se discutir a violência e a histeria pela arma de fogos nos EUA, visto que casos como o de Charleston são bastante rotineiros na sociedade americana. Definitivamente, "Tiros em Columbine" trata de uma outra história americana...
Já assisti várias vezes e nunca me canso! São 3 horas bem gastas com um dos filmes mais clássicos e geniais da história do cinema! É meu filme favorito.
Um julgamento político onde está em jogo algo muito além das simples punições aos 4 juízes que tiveram ligações e foram coniventes (ou não, dependendo da sua visão sobre o caso) com o regime nazista. Excelentes e memoráveis diálogos, truques psicológicos, ótimos argumentos da defesa e da acusação, grandes questionamentos morais e éticos sobre a natureza humana e a justiça, além de fortes críticas ao "Estado de direito" e o establishment político ocidental. É um filme para ser visto e revisto de forma atenta porque é muito rico.
O capitalismo e o poder do jeito que realmente são: cínicos, sórdidos, desonestos, fraudulentos, sujos e sociopatas. Os bastidores dos grandes negócios são vistos de forma extremamente realista no filme. Apesar de ter sido produzido em 87, é bastante duro saber que a realidade do mundo nos negócios pouco mudou, e até piorou nesses últimos 28 anos. Como disse sabiamente o Gekko: "Isso é um jogo. Uns perdem para que outros possam ganhar".
Grande atuação do Michael Douglas! Ele representou muito bem o espírito sujo, cínico e ávido por poder de seu personagem.
A desgraça humana vista sob um contexto histórico específico, onde a decadência material vem acompanhada da decadência moral. Sem dúvida é uma das obras mais fascinante e impactantes da história do cinema! Recomendadíssimo!
Um documentário bastante elucidativo e imprescindível para quem se interessa pela história econômica do Brasil, e quer entender o processo de industrialização e a formação do capitalismo brasileiro. Pouco tendencioso e abordando opiniões de diferentes matrizes ideológicas.
O grande questionamento do filme é: Será que podemos reconstruir nossa história? Podemos apagar os efeitos resultantes das nossas ações do passado? O homem é capaz de começar do zero? O nosso "legado" é eterno?
Uma das melhores produções dos anos 90, mostrando a sempre atual tensão racial nos Estados Unidos, o perigo das ideologias (sobretudo para os mais jovens), as contradições das crenças humanas e o ódio pelo simples ódio. Um grande questionamento sobre nós mesmos e altamente contemporânea. O tipo de filme que a discussão deveria ser obrigatório em todas as escolas, universidades e qualquer outro órgão de ideias.
Um bom filme para entender e contextualizar o lamentável período de ausência de direitos civis para os negros americanos e segregação racial nos EUA, mas que peca por, assim como parte dos filmes hollywoodianos, dividir tudo entre os bonzinhos (norte) e os malvados (sul). No mais, é recomendado para os leigos e interessados sobre a história recente americana, e é muito elucidativo em diversos aspectos.
Um dos melhores filmes de guerra, com cenas impactantes e tensão do início ao fim! Apesar de bastante ficcional em alguns momentos e bem hollywoodiano em outros, o filme explicita bem os horrores da guerra, e os humanos sob tal horror. O antagonismo entre o Vassili e o major Konig é o ponto alto do filme.
Um filme muito bonito e bem contextualizado historicamente! Para quem gosta de futebol -- e para quem não gosta -- e história, é um prato cheio. O filme mostra como o título -- imprevisível -- da Copa de 54 reforçou o sentimento de união da Alemanha e uniu um povo que ainda carregava os males do nazismo e do traumático pós-guerra, num país dividido e bastante polarizado politicamente. O futebol foi o grande agregador das massas no período e a superação do time da Alemanha no chamado "Milagre de Berna" serviu de inspiração pra todo um povo.
Um americano de meia-idade, desempregado e sofrendo com o cotidiano estressante das grandes cidades na louca selva de pedra que é a vida na sociedade do consumo.
Cheio de valores e padrões pequeno-burgueses (patriotismo, "liberdade de expressão", xenofobia e americam dream) e com uma personalidade explosiva, William Foster vê seu mundinho de cartas ruir quando é demitido do trabalho - que ele julgava como o supra sumo pois, como todo bom americano, ele contribuía para a "defesa" de seu país dos comunistas malvadões - e divorcia-se da esposa. Ao ver seu "americam dream" ir por água abaixo, Foster abandona todos os valores e torna-se uma ameaça ao sistema que o traiu.
Não querendo usar a violência como ferramenta mas sendo obrigado a utilizá-la em um dia de total estresse, Foster perde toda sua racionalidade e valores morais nas mais diversas situações cotidianas, que mostram o quão é difícil viver em sociedade, e principalmente na sociedade de massas. A história gira em torno dessa crise de valores e o personagem vai entrando em um "clima de guerra" a partir que esta crise acentua-se.
O filme é genial e muito ácido em suas críticas ao nosso tipo de organização social, ao estressante cotidiano da sociedade capitalista, ao sistema financeiro que nos domina - exemplificado na cena do empréstimo do banco, que era apenas concedidos aos "economicamente viáveis" (leia-se ricos) -, aos lixos que os fast-food nos vendem, na crítica à sociedade da preocupação excessiva com a aparência (um cirurgião plástico ganha mais que o protagonista do filme, um cidadão correto que "protegia" seu país), à xenofobia e homofobia, à extrema-direita, ao multiculturalismo, à propriedade privada inútil (cena do golfe) e uma série de outras questões pertinentes ao sistema social que nos domina.
O diálogo final do filme transmite perfeitamente a ideia da obra e Foster assume que, apesar de ter feito tudo o que mandaram (o que o sistema mandou), mentiram para ele e ele viu sua casinhas de cartas ruir de uma hora pra outra.
O mal estar geral da civilização começa a partir de uma mentira...
Uma produção fantástica, que, apesar de ter sido produzido nos anos 70, está mais atual do que nunca e possivelmente sempre estará enquanto a informação na sociedade capitalista for tratada como uma mercadoria como outra qualquer!
Ao tratar dos bastidores da imprensa, "Rede de Intrigas" toca fundo e mostra como nós, os telespectadores, somos tratados como imbecis (o apresentador de um telejornal famoso aqui no país se referiu aos seus espectadores como "Homer Simpson) pelos detentores da informação, e como esta, enquanto ferramenta de poder e dinheiro, sempre estará ao lado dos interesses dominantes e da oligarquia que a detém. Em suma, o filme mostra como as tvs e os meios de comunicação apenas mostram e falam aquilo que o espectador que ouvir e assistir, ou seja, aquilo que mantenha as massas calmas e que não desatenda os interesses dos poderosos.
Apesar de mostrar de forma cômica os meios do poder da informação, o filme aborda questões extremamente sérias, como a globalização, a alienação das massas - que frequentemente é atacada pelo apresentador "louco" -, os interesses ocultos que estão atrás de qualquer ato e uma série de outras questões pertinentes.
No rumo da sociedade atual, onde cada vez menos as pessoas sabem da dura realidade que temos, e da nossa situação real, "Rede de Intrigas" parece uma profecia produzida há 40 anos que se concretiza em passos largos...
O melhor filme de guerra que eu já vi! Diferentemente dos filmes de guerra que focam mais no aspecto bélico e no conflito armado, "Stalingrado - A Batalha Final" mostra o horrores da guerra vista de uma perspectiva humana, da batalha mais sangrenta da história. O filme mostra o caráter psicológico perverso da guerra moderna, que é a pior coisa que existe na humanidade.
Outro ponto importante no filme é a desmistificação da ideia de que todos o soldados do exército alemão eram nazistas - algo constantemente visto em produções americanas - e que concordavam com a postura dos líderes da Wehrmacht.
As cenas finais, que são passadas dentro da fortaleza dos comandantes alemães, têm diálogos excelentes que nos fazem questionar a todo momento a guerra, a vida e a nossa própria existência. O pânico e a certeza da morte que os soldados sentiam foi muito bem captado.
O filme te transporta para dentro do campo de batalha!
Um filme fantástico, baseado em uma histórica verídica e com uma trilha sonora que emociona e demonstra bem a injustiça e as arbitrariedades do julgamento dos dois anarquistas italianos, condenados à morte por motivos políticos. Alguns pontos para se destacar no filme:
- a produção retrata bem a polarização ideológica do mundo pós-Primeira Guerra Mundial, onde havia um choque evidente de doutrinas revolucionárias (anarquismo e comunismo) com doutrinas conservadoras e capitalistas;
- o clima de histeria anti-comunista que permeava a sociedade conservadora americana, o que também era visto em todo o planeta após a Revolução Russa. Que culminou com perseguições políticas nos anos 30 e 40 (sobretudo) aos "vermelhos";
- a crescente xenofobia nos Estados Unidos por parte da população nascida no país, que via nos imigrantes um problema político porque os mesmos "destruíam" os valores tradicionais da sociedade americana;
- a justiça como ferramenta de domínio da classe dominante e manutenção de um status quo que oprime as classes despossuídas;
- o preconceito contra o Anarquismo, que dura até os dias de hoje;
Em suma, o filme também levanta questionamentos morais e éticos sobre a justiça, as injustiças sociais e como a chamada "mão invisível" sempre oprime e atinge o lado mais fraco. É uma produção altamente reflexiva e que se mostra atual em diversos momentos e levanta questões cruciais das sociedades humanas.
O caso teve repercussão em todo o mundo na época e o governo norte-americano só admitiu as injustiças nos anos 70.
A Batalha de Argel
4.4 82 Assista AgoraUm excelente filme mostrando a fase final da luta dos argelinos pela independência em relação à França.
Com uma fotografia excelente e influenciado pelo neorrealismo italiano, "A Batalha de Argel" mostra de forma crua a miséria e a segregação do povo argelino - Argel era dividida em bairros árabes e um bairro europeu - e trata dos eventos da luta pela independência, mostrando de forma isenta os dois lados embora seja um filme feito pela própria Argélia. A produção mostra em que uma guerra, não importando os fins ou os motivos, inocentes acabam sendo os alvos preferidos dos dois lados e pagando com a própria vida por uma situação que os transcende. O filme é muito tenso e pesado e prende totalmente a atenção de quem o assiste.
Um dos melhores filmes políticos de todos os tempos! Um verdadeiro clássico e bastante fidedigno à situação real. Pode parecer uma história e um passado distante por conta das atrocidades mostradas, mas a história e o mesmo têm pouco mais de 50 anos. Obrigatório para quem quer entender as lutas do século XX.
O Eterno Judeu
3.2 31Raríssimo documento histórico! Primordial para entender a grande máquina de propaganda nazista, e como foi o processo de desumanização e segregação dos judeus antes do Holocausto! Foi muito bem produzido e imagino o impacto que teve à época, já que o cinema tinha uma enorme penetração social e influência na Alemanha e em todo o mundo.
Pode parecer ridículo e mentiroso hoje em dia, mas para a época foi muito bem produzido, convincente, com "dados" históricos e científicos (mesmo que manipulados ou inventados para justificar o arianismo nazista) e é considerado uma das melhores produções do Terceiro Reich. Em suma, o caráter histórico desse documentário é primoroso para a compreensão do nazismo e da visão nazista sobre os judeus. Uma grande aula de história.
OBS: Classifiquei o filme com 5 estrelas pelo seu caráter de testemunho e raríssimo documento histórico, e não porque sou simpatizante ao nazismo ou afins, embora reconheça o valor e impacto do documentário em questão.
Casanova e a Revolução
3.7 19Estupendo!! Te transporta para dentro da Revolução Francesa com belos momentos históricos, cenários e diálogos.
Um dos melhores filmes sobre história que eu vi! Super recomendado!
Vá e Veja
4.5 755 Assista AgoraQue filme! Um relato cru e avassalador sobre a desgraça humana. Os horrores da guerra vistos sob o olhar de um garoto totalmente afetado pela vil realidade, com um destaque para a - excelente - fotografia da obra, que aumenta o desespero e o tom de realidade de quem assiste.
Uma das cenas finais, onde o menino Florya atira dezenas de vezes em um quadro de Hitler jogado num rio, é uma das cenas mais impactantes que eu vi no cinema, e a regressão histórica que sucede essa cena nos faz questionar e problematizar a todo momento como a ascensão do regime nazista foi possível, e os erros cometidos pela humanidade desde a Primeira Guerra, perpassando o nascimento de Hitler! O caráter lúdico dessa cena é fantástica, e na cabeça do jovem Florya, Hitler, mais do que qualquer que outro, era o grande responsável pelo mal e pela barbaridade que o garoto presenciara. É uma cena muito impactante para quem tem o mínimo de conhecimento histórico sobre o século XX.
Enfim, é um dos melhores filmes de guerra já produzido!
Bicho de Sete Cabeças
4.0 1,1K Assista AgoraUma das melhores produções nacionais desde sempre! Aborda questões que vão desde o relacionamento entre pais e filhos e o papel da família, ao papel da mídia nos problemas sociais, perpassando e problematizando a catástrofe dos hospitais psiquiátricos e para dependentes químicos do Brasil. Um cinema-realidade que se mostra bastante atual, debatendo questões importantes que nos deparamos rotineiramente. Um filme para quebrar tabus e evidenciar a ignorância da sociedade sobre um assunto de suma importância.
Ótimas atuações de todo o elenco do filme, além do fato - excelente! - que o mesmo aparenta ser uma produção alternativa, que confere mais realidade e drama. A prova de que um excelente filme não precisa de tanto dinheiro e nem de efeitos especiais mirabolantes, mas sim uma boa história que mostre uma realidade social que nos cerca.
Uma Noite de Crime: Anarquia
3.5 1,2KO que me interessa no filme é o aspecto sociológico, cuja a premissa é interessante: uma sociedade fascista de um futuro próximo. Nesse sentido, a política de "expurgo" anual torna-se uma poderosa ferramenta de eugenia social para eliminar os pobres, os negros e a população mais vulnerável em geral. A "noite de crime" é a eliminação do fraco, do vulnerável e do doente, onde só os mais ricos conseguem escapar da onda de violência deliberada. É uma produção que mostra a ligação íntima entre o capitalismo e o fascismo, que foi muito bem evidenciada no primeiro filme.
Quanto ao filme, assim como o primeiro, é mediano e alterna entre bons e péssimos momentos (como as atuações dos atores). O ponto alto deste é a maior exposição da violência nas ruas, e o aspecto político do mesmo, que sugere uma luta de classes que tem tudo para ser bem explorada no terceiro filme da obra.
Uma sociedade ressurgida e "perfeita" que, apesar das ínfimas taxas de problemas sociais, vive 364 dias em histeria por conta do expurgo anual. A crítica social salva e desperta o interesse na produção. Vacila por ter o nome "Anarchy" o que, pelo filme, sugere que anarquia seja desordem, bagunça, chacina e afins.
Caçadores de Obras-Primas
3.1 476 Assista AgoraA premissa do filme é até bastante interessante (recuperar obras de artes roubadas pelos nazistas, que foram os maiores ladrões de arte que a Terra já teve), mas o mesmo peca por exaltar em demasia os EUA e ser bastante maçante e com atuações ruins apesar do elenco estrelado. Não é um filme ruim, é até um filme bastante inteligente por mostrar uma história real sobre a Segunda Guerra Mundial que foi pouco abordada até então. Um bom passatempo inteligente. Nada muito além disso.
Catastroika
4.1 13Ótimo documentário expondo de forma nua e avassaladora a ideologia que nos domina e que molda a sociedade conforme seus interesses: o neoliberalismo. Um retrato cruel das mazelas sociais (pobreza, solapamento da democracia, desemprego e leilão dos bens públicos) trazidas por essa ideologia nefasta, cujo "laboratório" foi o regime de Pinochet, uma das ditaduras mais sanguinárias dos últimos tempos. Excelente para se entender o atual momento de crise na Grécia e de como a mesma foi concebida.
Este sistema age de forma meticulosa.
O Que é Isso, Companheiro?
3.8 339 Assista AgoraO filme é bom, tem um grande elenco e prende a atenção de quem o assiste, mas o achei bastante ficcional e bem distante do fato real. Confesso que esperava mais do filme por se tratar de um dos períodos mais obscuros e lamentáveis da história brasileira e pelo mesmo ser bem aclamado dentre as produções nacionais.
Dr. Fantástico
4.2 665 Assista AgoraAlguns setores da direita brasileira estão 50 anos atrasados, e compartilham hoje a mesma histeria e paranoia anti-vermelha (anticomunista) do general Ripper.
Tiros em Columbine
4.2 350A histeria e patologia social norte-americana em tornos das armas de fogo, vista de uma forma crítica e irônica, onde Michael Moore tenta buscar as raízes e a explicação para a extrema violência na sociedade americana, mostrando o forte poder do lobby bélico, o racismo, a "cultura do medo", a desigualdade social e uma série de outras questões para tal entendimento.
É sempre atual e importante se discutir a violência e a histeria pela arma de fogos nos EUA, visto que casos como o de Charleston são bastante rotineiros na sociedade americana. Definitivamente, "Tiros em Columbine" trata de uma outra história americana...
Julgamento em Nuremberg
4.4 139 Assista AgoraJá assisti várias vezes e nunca me canso! São 3 horas bem gastas com um dos filmes mais clássicos e geniais da história do cinema! É meu filme favorito.
Um julgamento político onde está em jogo algo muito além das simples punições aos 4 juízes que tiveram ligações e foram coniventes (ou não, dependendo da sua visão sobre o caso) com o regime nazista. Excelentes e memoráveis diálogos, truques psicológicos, ótimos argumentos da defesa e da acusação, grandes questionamentos morais e éticos sobre a natureza humana e a justiça, além de fortes críticas ao "Estado de direito" e o establishment político ocidental. É um filme para ser visto e revisto de forma atenta porque é muito rico.
Um verdadeiro clássico, e como tal, é atemporal.
Wall Street: Poder e Cobiça
3.7 246 Assista AgoraO capitalismo e o poder do jeito que realmente são: cínicos, sórdidos, desonestos, fraudulentos, sujos e sociopatas. Os bastidores dos grandes negócios são vistos de forma extremamente realista no filme. Apesar de ter sido produzido em 87, é bastante duro saber que a realidade do mundo nos negócios pouco mudou, e até piorou nesses últimos 28 anos. Como disse sabiamente o Gekko: "Isso é um jogo. Uns perdem para que outros possam ganhar".
Grande atuação do Michael Douglas! Ele representou muito bem o espírito sujo, cínico e ávido por poder de seu personagem.
Alemanha, Ano Zero
4.3 92A desgraça humana vista sob um contexto histórico específico, onde a decadência material vem acompanhada da decadência moral. Sem dúvida é uma das obras mais fascinante e impactantes da história do cinema! Recomendadíssimo!
Um Sonho Intenso
4.2 14Um documentário bastante elucidativo e imprescindível para quem se interessa pela história econômica do Brasil, e quer entender o processo de industrialização e a formação do capitalismo brasileiro. Pouco tendencioso e abordando opiniões de diferentes matrizes ideológicas.
A Outra História Americana
4.4 2,2K Assista AgoraO grande questionamento do filme é: Será que podemos reconstruir nossa história? Podemos apagar os efeitos resultantes das nossas ações do passado? O homem é capaz de começar do zero? O nosso "legado" é eterno?
Uma das melhores produções dos anos 90, mostrando a sempre atual tensão racial nos Estados Unidos, o perigo das ideologias (sobretudo para os mais jovens), as contradições das crenças humanas e o ódio pelo simples ódio. Um grande questionamento sobre nós mesmos e altamente contemporânea. O tipo de filme que a discussão deveria ser obrigatório em todas as escolas, universidades e qualquer outro órgão de ideias.
Mississipi em Chamas
4.2 332 Assista AgoraUm bom filme para entender e contextualizar o lamentável período de ausência de direitos civis para os negros americanos e segregação racial nos EUA, mas que peca por, assim como parte dos filmes hollywoodianos, dividir tudo entre os bonzinhos (norte) e os malvados (sul). No mais, é recomendado para os leigos e interessados sobre a história recente americana, e é muito elucidativo em diversos aspectos.
Círculo de Fogo
4.0 455 Assista AgoraUm dos melhores filmes de guerra, com cenas impactantes e tensão do início ao fim! Apesar de bastante ficcional em alguns momentos e bem hollywoodiano em outros, o filme explicita bem os horrores da guerra, e os humanos sob tal horror. O antagonismo entre o Vassili e o major Konig é o ponto alto do filme.
O Ovo da Serpente
4.0 130"O putsch de Munique fracassou. Hitler e seu bando subestimaram a força da democracia alemã."
O Milagre de Berna
3.8 26 Assista AgoraUm filme muito bonito e bem contextualizado historicamente! Para quem gosta de futebol -- e para quem não gosta -- e história, é um prato cheio. O filme mostra como o título -- imprevisível -- da Copa de 54 reforçou o sentimento de união da Alemanha e uniu um povo que ainda carregava os males do nazismo e do traumático pós-guerra, num país dividido e bastante polarizado politicamente. O futebol foi o grande agregador das massas no período e a superação do time da Alemanha no chamado "Milagre de Berna" serviu de inspiração pra todo um povo.
O cinema alemão sempre me surpreendendo!
Um Dia de Fúria
3.9 893 Assista AgoraExplosivo! Clássico!
Um americano de meia-idade, desempregado e sofrendo com o cotidiano estressante das grandes cidades na louca selva de pedra que é a vida na sociedade do consumo.
Cheio de valores e padrões pequeno-burgueses (patriotismo, "liberdade de expressão", xenofobia e americam dream) e com uma personalidade explosiva, William Foster vê seu mundinho de cartas ruir quando é demitido do trabalho - que ele julgava como o supra sumo pois, como todo bom americano, ele contribuía para a "defesa" de seu país dos comunistas malvadões - e divorcia-se da esposa. Ao ver seu "americam dream" ir por água abaixo, Foster abandona todos os valores e torna-se uma ameaça ao sistema que o traiu.
Não querendo usar a violência como ferramenta mas sendo obrigado a utilizá-la em um dia de total estresse, Foster perde toda sua racionalidade e valores morais nas mais diversas situações cotidianas, que mostram o quão é difícil viver em sociedade, e principalmente na sociedade de massas. A história gira em torno dessa crise de valores e o personagem vai entrando em um "clima de guerra" a partir que esta crise acentua-se.
O filme é genial e muito ácido em suas críticas ao nosso tipo de organização social, ao estressante cotidiano da sociedade capitalista, ao sistema financeiro que nos domina - exemplificado na cena do empréstimo do banco, que era apenas concedidos aos "economicamente viáveis" (leia-se ricos) -, aos lixos que os fast-food nos vendem, na crítica à sociedade da preocupação excessiva com a aparência (um cirurgião plástico ganha mais que o protagonista do filme, um cidadão correto que "protegia" seu país), à xenofobia e homofobia, à extrema-direita, ao multiculturalismo, à propriedade privada inútil (cena do golfe) e uma série de outras questões pertinentes ao sistema social que nos domina.
O diálogo final do filme transmite perfeitamente a ideia da obra e Foster assume que, apesar de ter feito tudo o que mandaram (o que o sistema mandou), mentiram para ele e ele viu sua casinhas de cartas ruir de uma hora pra outra.
O mal estar geral da civilização começa a partir de uma mentira...
Rede de Intrigas
4.2 360 Assista AgoraUma produção fantástica, que, apesar de ter sido produzido nos anos 70, está mais atual do que nunca e possivelmente sempre estará enquanto a informação na sociedade capitalista for tratada como uma mercadoria como outra qualquer!
Ao tratar dos bastidores da imprensa, "Rede de Intrigas" toca fundo e mostra como nós, os telespectadores, somos tratados como imbecis (o apresentador de um telejornal famoso aqui no país se referiu aos seus espectadores como "Homer Simpson) pelos detentores da informação, e como esta, enquanto ferramenta de poder e dinheiro, sempre estará ao lado dos interesses dominantes e da oligarquia que a detém. Em suma, o filme mostra como as tvs e os meios de comunicação apenas mostram e falam aquilo que o espectador que ouvir e assistir, ou seja, aquilo que mantenha as massas calmas e que não desatenda os interesses dos poderosos.
Apesar de mostrar de forma cômica os meios do poder da informação, o filme aborda questões extremamente sérias, como a globalização, a alienação das massas - que frequentemente é atacada pelo apresentador "louco" -, os interesses ocultos que estão atrás de qualquer ato e uma série de outras questões pertinentes.
No rumo da sociedade atual, onde cada vez menos as pessoas sabem da dura realidade que temos, e da nossa situação real, "Rede de Intrigas" parece uma profecia produzida há 40 anos que se concretiza em passos largos...
Stalingrado - A Batalha Final
4.0 63O melhor filme de guerra que eu já vi! Diferentemente dos filmes de guerra que focam mais no aspecto bélico e no conflito armado, "Stalingrado - A Batalha Final" mostra o horrores da guerra vista de uma perspectiva humana, da batalha mais sangrenta da história. O filme mostra o caráter psicológico perverso da guerra moderna, que é a pior coisa que existe na humanidade.
Outro ponto importante no filme é a desmistificação da ideia de que todos o soldados do exército alemão eram nazistas - algo constantemente visto em produções americanas - e que concordavam com a postura dos líderes da Wehrmacht.
As cenas finais, que são passadas dentro da fortaleza dos comandantes alemães, têm diálogos excelentes que nos fazem questionar a todo momento a guerra, a vida e a nossa própria existência. O pânico e a certeza da morte que os soldados sentiam foi muito bem captado.
O filme te transporta para dentro do campo de batalha!
Sacco e Vanzetti
4.3 29Um filme fantástico, baseado em uma histórica verídica e com uma trilha sonora que emociona e demonstra bem a injustiça e as arbitrariedades do julgamento dos dois anarquistas italianos, condenados à morte por motivos políticos. Alguns pontos para se destacar no filme:
- a produção retrata bem a polarização ideológica do mundo pós-Primeira Guerra Mundial, onde havia um choque evidente de doutrinas revolucionárias (anarquismo e comunismo) com doutrinas conservadoras e capitalistas;
- o clima de histeria anti-comunista que permeava a sociedade conservadora americana, o que também era visto em todo o planeta após a Revolução Russa. Que culminou com perseguições políticas nos anos 30 e 40 (sobretudo) aos "vermelhos";
- a crescente xenofobia nos Estados Unidos por parte da população nascida no país, que via nos imigrantes um problema político porque os mesmos "destruíam" os valores tradicionais da sociedade americana;
- a justiça como ferramenta de domínio da classe dominante e manutenção de um status quo que oprime as classes despossuídas;
- o preconceito contra o Anarquismo, que dura até os dias de hoje;
Em suma, o filme também levanta questionamentos morais e éticos sobre a justiça, as injustiças sociais e como a chamada "mão invisível" sempre oprime e atinge o lado mais fraco. É uma produção altamente reflexiva e que se mostra atual em diversos momentos e levanta questões cruciais das sociedades humanas.
O caso teve repercussão em todo o mundo na época e o governo norte-americano só admitiu as injustiças nos anos 70.