na primeira aparição do John Wayne, John Ford faz questão de mostrar que ali nascia uma lenda. mas o filme consegue ser muito mais que seu protagonista. todos os 9 passageiros da diligência recebem um tratamento especial, bem desenvolvidos, com eles Ford já criticava a sociedade americana. e sem falar na aula que Ford dá naquela cena em que a diligência é atacada.
revi hoje, e é muito obra-prima, tá doido. e grandes filmes são assim, conseguem melhorar com o tempo (ao meu ver). Scorsese consegue nos introduzir naquela NY suja, perturbadora, e que sufoca Travis. as cenas onde ele dirige o táxi no meio da noite, é como se estivéssemos no bando de passageiros. e quem tá achando que o final "glorifica", ou defende a idéia de que o Travis é uma espécie de "herói" tá precisando reassistir o filme, hein, hehe. o final tem uma alta dose de ironia, isso sim. todo o elenco merece destaque, especialmente o Robert De Niro que entrega uma de suas melhores atuações (e olha que são muitas). é perturbador, é tenso, é genial.
me pareceu muito mais uma experimentação, uma chuva de idéias que o Godard amadureceria pros filmes que vieram depois (principalmente "O Demônio das Onze Horas", dos que eu vi, claro). a montagem frenética em alguns momentos, os longos planos-sequência, etc. tenho que agradecer muito à essa galera da nouvelle vague.
um dos filmes mais tristes que eu já assisti, e o mais dos irmãos Coen. esse sentimento de impotência, desesperança. Billy Bob Thornton com um olhar carregado de angústia. sem falar que a fotografia é uma das mais bonitas que eu já vi. primeiro eu ia assistir uma cópia que tava 'colorida', mas ainda bem que eu mudei de idéia e fui atrás do original, o preto e branco (fenomenal) casa perfeitamente com o clima pessimista. a cena que o advogado fala do tal "homem moderno" é de arrepiar. uma obra-prima.
James Franco carrega o filme nas costas. Danny Boyle dá uma aula de como não fazer um filme, haha. negócio é que a história é bastante difícil de ser contada, e claramente precisaria de um diretor talentosíssimo, coisa que o Boyle não é. um desfile de tiques ridículos e truques inúteis.
faço parte do minúsculo grupo que gostou do filme. Shyamalan tira uma onda legal quando pega o tal "final surpresa" (que sempre exigem dele), adianta seu momento, e depois põe à prova nossa própria crença sobre tudo aquilo. bonzão.
importantíssimo pro que aconteceria nos anos 70 lá nos Estados Unidos. dá pra sacar as influências européias, principalmente na cena final. e dá pra ver que o Arthur Penn tinha total domínio da história que tava contando, usando, por exemplo, alguns planos que, mesmo que curtíssimos, nos dão justificativas/dicas pro que acontece depois. um bom filme.
a sensação no final do filme era algo do tipo: "ok, um dos, sei lá, 5 melhores filmes que eu já vi". Melville consegue fazer do filme um reflexo do interior do Costello, coisa de gênio.
consegui assistir o filme sem nenhuma espécie de expectativa, o que fica melhor na hora de julgar. gosto muito do Seth Rogen, mas o filme não ajuda (lembrando que ele escreveu o roteiro). esquemático ao extremo, quase tudo surge na tela sem um propósito, o desenvolvimento dos personagens é constrangedor (tudo bem que é pra ser descompromissado, mas o Gondry se propõe a dar um pouco de profundidade). alguns planos dá pra ver uma mão do Gondry, mas no geral, as cenas de ação são muito mal filmadas. Waltz no piloto automático com um personagem que não dá pra fazer muito mesmo, o Kato tá legal até, e a Cameron bastante dispensável.
um cinema desconfortante, estridente, furioso. os créditos ao contrário no começo do filme já indicam o que vem pela frente. Aldrich mantém um clima pesadíssimo desde o primeiro minuto, é pancada atrás de pancada, até chegar no final, quando você acha que não tem como superar os momentos anteriores... mas ele consegue. sem dúvidas, uma obra-prima.
ótimo policial, Gene Hackman numa ótima atuação, em um ótimo personagem, um policial com uma moral duvidosa (comentários racistas, métodos anti-éticos, etc.). Friedkin nos mantendo sempre próximo de Popeye, uma câmera inquieta, que nos deixa dentro de toda a história. e o que falar das cenas de perseguição? tanto as de carro, quanto a do trem, são fantásticas.
Preminger toda hora deixando aquela dúvida pra quem tá assistindo, nada é o que parece. tem umas reviravoltas impressionantes, e o clímax do filme é dirigido com maestria. sem falar que mostra uma visão peculiar do amor, com ciúme doentio, referência a necrofilia. ótimo filme.
fácil de se identificar, Gordon-Levitt muito carismático como protagonista, e o roteiro tenta fugir de alguns clichês do gênero, mas acaba apelando pra vários outros. alguns momentos são muito bonitos, mas o problema é o Marc Webb. toda hora ele tenta fazer alguma coisa pra aparecer mais do que deve, o cara teve muitas idéias lesadas nesse aqui. as referências aos filmes do Bergman, as partes de "documentário", e outros exageros desnecessários que me fizeram ficar distante. destaque vai pra cena em que a tela fica dividida entre expectativa x realidade, muito boa mesmo.
isso aqui me atingiu. tem problemas de ritmo, a duração é extensa, mas Marcelo é um dos personagens mais complexos que já vi. esse desprezo pelo meio, mas ao mesmo tempo a falta de vontade de sair. enfim, é muita coisa que pode ser dita sobre "A Doce Vida" e tão pouco será dito.
Tourneur andando por outros caminhos, deixando o terror do começo da carreira pelo noir. e é noir como poucos! roteiro afiadíssimo, levando todos os pilares do gênero pra outras proporções, ótima direção, e um dos melhores usos de flashback que já vi.
que filme! Tourneur não desacelera um momento, toda cena serve pra aumentar o mistério, a tensão, a dúvida. e mais uma vez o cara faz um uso genial de luz e sombra. incrível como ele consegue impor toda aquela atmosfera assustadora sem precisar de cenas chocantes, repugnantes ou algo do tipo. o cara era gênio.
fantástico como Tourneur vai caminhando entre as diferentes camadas sociais da cidade, onde todos são ligados apenas por um sentimento: o medo. o cara entendia como poucos como criar atmosfera de mistério, suspense. muito bom.
No Tempo das Diligências
4.1 143 Assista Agorana primeira aparição do John Wayne, John Ford faz questão de mostrar que ali nascia uma lenda. mas o filme consegue ser muito mais que seu protagonista. todos os 9 passageiros da diligência recebem um tratamento especial, bem desenvolvidos, com eles Ford já criticava a sociedade americana. e sem falar na aula que Ford dá naquela cena em que a diligência é atacada.
Taxi Driver
4.2 2,5K Assista Agorarevi hoje, e é muito obra-prima, tá doido. e grandes filmes são assim, conseguem melhorar com o tempo (ao meu ver). Scorsese consegue nos introduzir naquela NY suja, perturbadora, e que sufoca Travis. as cenas onde ele dirige o táxi no meio da noite, é como se estivéssemos no bando de passageiros. e quem tá achando que o final "glorifica", ou defende a idéia de que o Travis é uma espécie de "herói" tá precisando reassistir o filme, hein, hehe. o final tem uma alta dose de ironia, isso sim. todo o elenco merece destaque, especialmente o Robert De Niro que entrega uma de suas melhores atuações (e olha que são muitas). é perturbador, é tenso, é genial.
Acossado
4.1 510 Assista Agorame pareceu muito mais uma experimentação, uma chuva de idéias que o Godard amadureceria pros filmes que vieram depois (principalmente "O Demônio das Onze Horas", dos que eu vi, claro). a montagem frenética em alguns momentos, os longos planos-sequência, etc. tenho que agradecer muito à essa galera da nouvelle vague.
O Homem Que Não Estava Lá
4.0 229 Assista Agoraum dos filmes mais tristes que eu já assisti, e o mais dos irmãos Coen. esse sentimento de impotência, desesperança. Billy Bob Thornton com um olhar carregado de angústia. sem falar que a fotografia é uma das mais bonitas que eu já vi. primeiro eu ia assistir uma cópia que tava 'colorida', mas ainda bem que eu mudei de idéia e fui atrás do original, o preto e branco (fenomenal) casa perfeitamente com o clima pessimista. a cena que o advogado fala do tal "homem moderno" é de arrepiar. uma obra-prima.
127 Horas
3.8 3,1K Assista AgoraJames Franco carrega o filme nas costas. Danny Boyle dá uma aula de como não fazer um filme, haha. negócio é que a história é bastante difícil de ser contada, e claramente precisaria de um diretor talentosíssimo, coisa que o Boyle não é. um desfile de tiques ridículos e truques inúteis.
Rango
3.6 1,6K Assista Agoranão é toda animação que tem piadas como:
- Ele é meu irmão.
- Mas ele é uma cobra, e você um lagarto.
- Ah... é que minha mãe tinha uma vida social... bastante intensa.
várias referências a Leone, Apocalypse Now, e várias outras. e o bom é que nem precisa sacar as referências pra poder gostar do filme. bonzão.
A Vila
3.3 1,6Kfaço parte do minúsculo grupo que gostou do filme. Shyamalan tira uma onda legal quando pega o tal "final surpresa" (que sempre exigem dele), adianta seu momento, e depois põe à prova nossa própria crença sobre tudo aquilo. bonzão.
Bonnie e Clyde - Uma Rajada de Balas
4.0 399 Assista Agoraimportantíssimo pro que aconteceria nos anos 70 lá nos Estados Unidos. dá pra sacar as influências européias, principalmente na cena final. e dá pra ver que o Arthur Penn tinha total domínio da história que tava contando, usando, por exemplo, alguns planos que, mesmo que curtíssimos, nos dão justificativas/dicas pro que acontece depois. um bom filme.
O Samurai
4.2 145a sensação no final do filme era algo do tipo: "ok, um dos, sei lá, 5 melhores filmes que eu já vi". Melville consegue fazer do filme um reflexo do interior do Costello, coisa de gênio.
Space Jam: O Jogo do Século
3.3 787 Assista Agoraé o filme que eu mais assisti na minha vida. 28 vezes. sim, eu contei, hahaha.
O Besouro Verde
2.7 1,1K Assista Agoraconsegui assistir o filme sem nenhuma espécie de expectativa, o que fica melhor na hora de julgar. gosto muito do Seth Rogen, mas o filme não ajuda (lembrando que ele escreveu o roteiro). esquemático ao extremo, quase tudo surge na tela sem um propósito, o desenvolvimento dos personagens é constrangedor (tudo bem que é pra ser descompromissado, mas o Gondry se propõe a dar um pouco de profundidade). alguns planos dá pra ver uma mão do Gondry, mas no geral, as cenas de ação são muito mal filmadas. Waltz no piloto automático com um personagem que não dá pra fazer muito mesmo, o Kato tá legal até, e a Cameron bastante dispensável.
A Origem
4.4 5,9K Assista Agoraenfraquece muito numa revisão...
A Morte num Beijo
3.8 60 Assista Agoraum cinema desconfortante, estridente, furioso. os créditos ao contrário no começo do filme já indicam o que vem pela frente. Aldrich mantém um clima pesadíssimo desde o primeiro minuto, é pancada atrás de pancada, até chegar no final, quando você acha que não tem como superar os momentos anteriores... mas ele consegue. sem dúvidas, uma obra-prima.
Operação França
3.9 254 Assista Agoraótimo policial, Gene Hackman numa ótima atuação, em um ótimo personagem, um policial com uma moral duvidosa (comentários racistas, métodos anti-éticos, etc.). Friedkin nos mantendo sempre próximo de Popeye, uma câmera inquieta, que nos deixa dentro de toda a história. e o que falar das cenas de perseguição? tanto as de carro, quanto a do trem, são fantásticas.
Laura
4.1 132 Assista AgoraPreminger toda hora deixando aquela dúvida pra quem tá assistindo, nada é o que parece. tem umas reviravoltas impressionantes, e o clímax do filme é dirigido com maestria. sem falar que mostra uma visão peculiar do amor, com ciúme doentio, referência a necrofilia. ótimo filme.
(500) Dias com Ela
4.0 5,7K Assista Agorafácil de se identificar, Gordon-Levitt muito carismático como protagonista, e o roteiro tenta fugir de alguns clichês do gênero, mas acaba apelando pra vários outros. alguns momentos são muito bonitos, mas o problema é o Marc Webb. toda hora ele tenta fazer alguma coisa pra aparecer mais do que deve, o cara teve muitas idéias lesadas nesse aqui. as referências aos filmes do Bergman, as partes de "documentário", e outros exageros desnecessários que me fizeram ficar distante. destaque vai pra cena em que a tela fica dividida entre expectativa x realidade, muito boa mesmo.
A Doce Vida
4.2 316 Assista Agoraisso aqui me atingiu. tem problemas de ritmo, a duração é extensa, mas Marcelo é um dos personagens mais complexos que já vi. esse desprezo pelo meio, mas ao mesmo tempo a falta de vontade de sair. enfim, é muita coisa que pode ser dita sobre "A Doce Vida" e tão pouco será dito.
Obrigado por Fumar
3.9 797 Assista Agorabastante esquemático, e acho que é até covarde. notaram que nenhum personagem fuma durante o filme?
M, o Vampiro de Dusseldorf
4.3 280 Assista AgoraFritz Lang era um cara à frente de seu tempo.
Casablanca
4.3 1,0K Assista Agoraé romance, mas é amargo. difícil descrever. se todos os romances tivessem a sinceridade de Casablanca...
Segurando as Pontas
3.4 565 Assista Agorahilário!
Fuga do Passado
4.0 86 Assista AgoraTourneur andando por outros caminhos, deixando o terror do começo da carreira pelo noir. e é noir como poucos! roteiro afiadíssimo, levando todos os pilares do gênero pra outras proporções, ótima direção, e um dos melhores usos de flashback que já vi.
A Morta-Viva
3.8 64que filme! Tourneur não desacelera um momento, toda cena serve pra aumentar o mistério, a tensão, a dúvida. e mais uma vez o cara faz um uso genial de luz e sombra. incrível como ele consegue impor toda aquela atmosfera assustadora sem precisar de cenas chocantes, repugnantes ou algo do tipo. o cara era gênio.
O Homem-Leopardo
3.6 23fantástico como Tourneur vai caminhando entre as diferentes camadas sociais da cidade, onde todos são ligados apenas por um sentimento: o medo. o cara entendia como poucos como criar atmosfera de mistério, suspense. muito bom.