eu amo em Elena Ferrante o fato dela não sacralizar as mulheres. todas as suas personagens femininas, em todos os livros, são dúbias, mentem, traem, gozam, sentem ódio, sentem inveja, sentem culpa, sentem amor. algumas até abandonam as filhas e/ou roubam bonecas de desconhecidos. são, afinal, mulheres. mulheres vivendo em um mundo machista e violento e tentando sobreviver a ele.
eu amei demais o filme! é lindo, cru e obscuro, como o livro. como a vida. por mim, Olivia Colman e Maggie Gyllenhaal ganham todos os prêmios e a obra de Ferrante chega em todas as pessoas, porque é imensa, poderosa, necessária.
que obra de arte 🖤 destaquei alguns trechos das minhas crônicas favoritas no filme:
story #1 "- o que você quer pintar? - o futuro. que é você."
"- eu cresci numa fazenda. nós não escrevíamos poesia. não fazíamos música. não esculpíamos estátuas nem pintávamos. aprendi sobre o ofício da arte e suas técnicas nos livros da livraria da prisão, e os ensino como voluntária. eu não sei o que você sabe, sei apenas o que você é. posso ver seu sofrimento. posso ver que é difícil. pode até ficar pior, mas então ficará melhor. você entenderá qualquer que seja o seu problema. qual é o seu problema? - eu não sei o que pintar. - você vai saber o que pintar, e vai acreditar em você (como eu acredito). e vai ter problemas, e então, na primavera, ou talvez no verão, possivelmente no outono, ou, no máximo, no inverno: esse novo trabalho estará completo."
story #3 "- qual foi a acusação? - amor. sabe, as pessoas podem ou não se sentirem ameaçadas por sua raiva, seu ódio, seu orgulho, mas ame da maneira errada e você se encontrará em grande perigo."
"- admiro a sua coragem, tenente. - não sou corajoso. eu só não estava a fim de ser uma decepção para todos. sou um estrangeiro, sabe? - essa cidade está cheia de nós, não? eu mesmo sou um. - procurando algo que se perdeu. sentindo falta de algo que ficou para trás. talvez, com alguma sorte, encontraremos o que nos encantou nos lugares que já chamamos de lar."
que bom que bom que bom que essa reunião aconteceu esse ano, justo nesse ano em que todos envelhecemos tanto, de repente.
eu chorei do início ao fim porque era como estar reencontrando amigos queridos que há muito tempo eu não via. e as rugas e as cicatrizes e as memórias, as memórias, as músicas, as piadas bobas para escamotear coisas sérias.
eu não sei, ainda não sei, mas quero acreditar que, como tantas outras coisas que eu desejei viver enquanto assistia a Friends ainda adolescente, uma duas três dez vezes, também isso vai virar realidade: em breve, um sofá, café, amigos. abraços. e amigos.
ai, gente, eu amei o filme! já sabia que ia gostar porque the Leslie Knope energy em tudo que Amy faz é contagiante e inspirador, mas me surpreendeu realmente. achei que todas as escolhas foram acertadas e que, apesar da pegada adolescente, trata os temas com profundidade (pelo menos a profundidade possível). mostrar, por exemplo, que na "época da mãe" não havia interseccionalidade foi muito legal, e também que o feminismo da menina branca não é o mesmo da menina negra ou da menina asiática ou da menina trans, mas que todas elas têm pelo menos um ponto em comum.
para mim, que precisava ver algo leve, Moxie foi um alento.
gostei muito da honestidade com que o romance foi desenvolvido. tem coisa mais desconfortável que primeiro encontro? não tem, né? em nenhum momento eu senti que o casal se envolveu "magicamente", pelo contrário, várias vezes houve um silêncio incômodo, um não saber onde colocar as mãos, um estranhamento. exatamente como acontece com duas pessoas que acabaram de se conhecer e que ficam juntas não por força do destino ou porque tinha que ser, mas por escolha. amor é decisão.
eu, que enquanto assistia me lembrei muito de Parasita, fiquei esperando pelo momento em que Maria colocaria um veneno no chá da patroa sim, não vou mentir.
mas que filme bom! tragicômico na medida certa, cheio de críticas e questões político-sociais extremamente importantes. tenho a minha teoria de que
Anne não conta a verdade sobre Maria a David, inventa uma história qualquer, e na cena do chá ela é ignorada não por vingança, mas por indiferença. ele não a viu. elas são invisíveis, afinal.
e assim o sistema capitalista segue enriquecendo a burguesia, explorando e desumanizando a classe trabalhadora...
ah, e Toni Collette segue sendo maravilhosa demais!
se existe um lugar seguro nesse momento, esse lugar é o documentário de Michelle Obama. a força e a determinação dessa mulher que parece ter entendido perfeitamente o propósito de sua existência - e que não recua diante disso, não hesita, não teme - são inspiradoras. e por isso o filme, como o livro, que é um dos mais poderosos que li nos últimos anos, é tão tão necessário, cheio de urgências febris e sutilezas violentas.
ao mesmo tempo em que conta sua história, Michelle abre espaço para que outras pessoas - mulheres, meninas, mulheres e meninas negras - contem as delas. e isso é tanto. isso, em tempos como os nossos, é tanto.
me fez chorar, sim, muito, mas também me deu o que poucas vezes e em poucos lugares eu encontrei nesse ano de 2020, me deu esperança.
quando todas as crianças puderem sentir orgulho de quem são, do jeitinho que são, sem precisarem se encaixar em expectativas e padrões criados por adultos, quase sempre frustrados e infelizes, o mundo será um lugar bom. até lá, seguiremos cantando: let the children lose it let the children use it let all the children boogie.
ainda não sei se considero esse filme terrível ou maravilhoso.
é terrível e maravilhoso ver a história da guerra pelos olhos de uma criança, sem todo o peso e horror que ela carrega. é terrivelmente perigoso perceber certos ídolos e messias que certas nações elegem para si e o quanto isso acaba, de um jeito ou de outro, atingindo as nossas crianças, que de repente estão por aí fazendo arminha com a mão. é maravilhoso, meu deus, maravilhoso sentir o amor dessa mãe, uma mãe capaz de deixar o filho ser nazista, se isso for protegê-lo e até livrá-lo da morte. (ainda não superei a cena do jantar, pra mim a coisa mais linda do mundo.) é maravilhoso morrer de rir e de chorar e rir e então chorar com uma história tão absolutamente terrível e maravilhosa, absurda e necessária, e urgente urgente urgente.
fuck off, hittler - and alvim, and bolnosauro. it's definitely not a good time to be a nazi.
sigo chocada com o tamanho e a força desse filme. Bacurau é imenso! é, ao mesmo tempo, um réquiem para um brasil agonizante e uma carta de amor à resistência do Nordeste. porque, sim, nós resistimos. nós somos essa resistência toda sim. que emoção ver isso na tela do cinema. saí de lá mais forte, mais brava, com mais forças para continuar, com vontade de gritar para o mundo ouvir que "ninguém há de me calar".
daqui a alguns anos é hoje e "quem (ainda) não entendeu, não perde por esperar".
ps: o brasil do sul ainda vai nos pedir desculpas por ter eleito o bonolsaro, vocês vão ver.
as lutas dessas Mulheres (tão bem representadas nesse documentário) são nossas lutas. nossas vozes. nossa resistência. nossa esperança. precisamos, tambem nós, virar a mesa do poder porque "brasil, chegou a vez de ouvir as Marias, Mahins, Marielles, malês"! 🖤
que mulher gigante, meu deus! parece que o maior propósito de todas as coisas que ela faz é deixar esse mundo um lugar maior, e melhor. tudo que ela toca, por alguma razão bonita e misteriosa, cresce. eu mesma levantei do sofá uma mulher alguns centímetros mais alta...
thank you, queen bee. que honra dividir um mesmo planeta e uma mesma época com você.
gostei do filme. me incomoda, no entanto, que as pessoas estejam achando esse mais importante que o do spike lee. não é, gente. é só mais um traço do nosso racismo estrutural achar que é mais importante que um cara branco (e racista) se sinta bem com ele mesmo ao fazer um amigo negro do que a voz e a luta de um homem negro pela própria emancipação. e sobrevivência.
outra coisa, viu. o ray charles - sim, essa lenda - foi banido da própria cidade após se negar a cantar porque pessoas negras foram impedidas de ver o seu show. e também deixou de cantar na áfrica do sul por conta do apartheid. ele e quincy jones - sim, outro gênio - diziam: "nenhuma gota da minha dignidade pela sua aceitação".
"o que um homem diz uma vez, nós temos de dizer cinco vezes", a bjork falou certa vez.
não acho que seja um filme sobre o que se faz por amor ao outro, ou pela falta de amor próprio, como estão dizendo aí embaixo. nem (apenas) sobre as nuances de um relacionamento abusivo. acho que é um filme que escancara o desafio complexo que é ser uma mulher. e, sobretudo, que é ser uma mulher e escrever. e ser tão talentosa ou mais que um homem. porque, né, ainda hoje, salvo raríssimas exceções, as obras de autoras mulheres têm permanecido fora das grandes premiações, das universidades e dos círculos da crítica literária.
ou vocês acham que a joan teria ganhado o nobel prize se os livros - os mesmos livros - tivessem sido publicados com o nome dela?
A Filha Perdida
3.6 573eu amo em Elena Ferrante o fato dela não sacralizar as mulheres. todas as suas personagens femininas, em todos os livros, são dúbias, mentem, traem, gozam, sentem ódio, sentem inveja, sentem culpa, sentem amor. algumas até abandonam as filhas e/ou roubam bonecas de desconhecidos.
são, afinal, mulheres.
mulheres vivendo em um mundo machista e violento e tentando sobreviver a ele.
eu amei demais o filme! é lindo, cru e obscuro, como o livro. como a vida.
por mim, Olivia Colman e Maggie Gyllenhaal ganham todos os prêmios e a obra de Ferrante chega em todas as pessoas, porque é imensa, poderosa, necessária.
A Crônica Francesa
3.5 285 Assista Agoraque obra de arte 🖤
destaquei alguns trechos das minhas crônicas favoritas no filme:
story #1
"- o que você quer pintar?
- o futuro. que é você."
"- eu cresci numa fazenda.
nós não escrevíamos poesia.
não fazíamos música.
não esculpíamos estátuas nem pintávamos.
aprendi sobre o ofício da arte e suas técnicas nos livros da livraria da prisão, e os ensino como voluntária.
eu não sei o que você sabe, sei apenas o que você é. posso ver seu sofrimento. posso ver que é difícil. pode até ficar pior, mas então ficará melhor. você entenderá qualquer que seja o seu problema.
qual é o seu problema?
- eu não sei o que pintar.
- você vai saber o que pintar, e vai acreditar em você (como eu acredito). e vai ter problemas, e então, na primavera, ou talvez no verão, possivelmente no outono, ou, no máximo, no inverno: esse novo trabalho estará completo."
story #3
"- qual foi a acusação?
- amor.
sabe, as pessoas podem ou não se sentirem ameaçadas por sua raiva, seu ódio, seu orgulho, mas ame da maneira errada e você se encontrará em grande perigo."
"- admiro a sua coragem, tenente.
- não sou corajoso. eu só não estava a fim de ser uma decepção para todos. sou um estrangeiro, sabe?
- essa cidade está cheia de nós, não? eu mesmo sou um.
- procurando algo que se perdeu. sentindo falta de algo que ficou para trás.
talvez, com alguma sorte, encontraremos o que nos encantou nos lugares que já chamamos de lar."
NO CRYING
Friends: A Reunião
4.3 330 Assista Agoraque bom que bom que bom
que essa reunião aconteceu esse ano,
justo nesse ano em que todos envelhecemos tanto, de repente.
eu chorei do início ao fim porque era como estar reencontrando amigos queridos que há muito tempo eu não via.
e as rugas e as cicatrizes e as memórias,
as memórias,
as músicas,
as piadas bobas para escamotear coisas sérias.
eu não sei,
ainda não sei,
mas quero acreditar que,
como tantas outras coisas que eu desejei viver enquanto assistia a Friends ainda adolescente,
uma duas três dez vezes,
também isso vai virar realidade:
em breve,
um sofá, café, amigos.
abraços. e amigos.
obrigada,
amigos 💙
Fevereiros
4.3 35 Assista Agorabethânia é o brasil que a gente deseja e acredita.
por aqui, seguem ecoando as
palavras-oração dela em janeiro desse ano:
vacina,
respeito,
verdade e
misericórdia
pra nós.
pra bolsonaro, cadeia
(essas palavras são minhas)
Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta
3.6 214 Assista AgoraAmy Poehler, por favor, dirija a minha vida 🖤
ai, gente, eu amei o filme!
já sabia que ia gostar porque the Leslie Knope energy em tudo que Amy faz é contagiante e inspirador, mas me surpreendeu realmente. achei que todas as escolhas foram acertadas e que, apesar da pegada adolescente, trata os temas com profundidade (pelo menos a profundidade possível). mostrar, por exemplo, que na "época da mãe" não havia interseccionalidade foi muito legal, e também que o feminismo da menina branca não é o mesmo da menina negra ou da menina asiática ou da menina trans, mas que todas elas têm pelo menos um ponto em comum.
para mim, que precisava ver algo leve, Moxie foi um alento.
A Fotografia
3.6 55gostei muito da honestidade com que o romance foi desenvolvido.
tem coisa mais desconfortável que primeiro encontro? não tem, né?
em nenhum momento eu senti que o casal se envolveu "magicamente", pelo contrário, várias vezes houve um silêncio incômodo, um não saber onde colocar as mãos, um estranhamento. exatamente como acontece com duas pessoas que acabaram de se conhecer e que ficam juntas não por força do destino ou porque tinha que ser, mas por escolha.
amor é decisão.
Madame
3.2 100eu, que enquanto assistia me lembrei muito de Parasita, fiquei esperando pelo momento em que Maria colocaria um veneno no chá da patroa sim, não vou mentir.
mas que filme bom! tragicômico na medida certa, cheio de críticas e questões político-sociais extremamente importantes.
tenho a minha teoria de que
Anne não conta a verdade sobre Maria a David, inventa uma história qualquer, e na cena do chá ela é ignorada não por vingança, mas por indiferença. ele não a viu. elas são invisíveis, afinal.
e assim o sistema capitalista segue enriquecendo a burguesia, explorando e desumanizando a classe trabalhadora...
ah, e Toni Collette segue sendo maravilhosa demais!
Becoming: A Minha História
4.2 52 Assista Agorase existe um lugar seguro nesse momento, esse lugar é o documentário de Michelle Obama.
a força e a determinação dessa mulher que parece ter entendido perfeitamente o propósito de sua existência - e que não recua diante disso, não hesita, não teme - são inspiradoras. e por isso o filme, como o livro, que é um dos mais poderosos que li nos últimos anos, é tão tão necessário, cheio de urgências febris e sutilezas violentas.
ao mesmo tempo em que conta sua história, Michelle abre espaço para que outras pessoas - mulheres, meninas, mulheres e meninas negras - contem as delas. e isso é tanto.
isso, em tempos como os nossos, é tanto.
me fez chorar, sim, muito, mas também me deu o que poucas vezes e em poucos lugares eu encontrei nesse ano de 2020, me deu esperança.
💙
Tropa Zero
4.0 169 Assista Agoraque coisa mais linda do universo inteirinho!
quando todas as crianças puderem sentir orgulho de quem são, do jeitinho que são, sem precisarem se encaixar em expectativas e padrões criados por adultos, quase sempre frustrados e infelizes, o mundo será um lugar bom.
até lá, seguiremos cantando:
let the children lose it
let the children use it
let all the children boogie.
ps: Viola Davis, você é minha starwoman.
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista Agoraainda não sei se considero esse filme terrível ou maravilhoso.
é terrível e maravilhoso ver a história da guerra pelos olhos de uma criança, sem todo o peso e horror que ela carrega.
é terrivelmente perigoso perceber certos ídolos e messias que certas nações elegem para si e o quanto isso acaba, de um jeito ou de outro, atingindo as nossas crianças, que de repente estão por aí fazendo arminha com a mão.
é maravilhoso, meu deus, maravilhoso sentir o amor dessa mãe, uma mãe capaz de deixar o filho ser nazista, se isso for protegê-lo e até livrá-lo da morte. (ainda não superei a cena do jantar, pra mim a coisa mais linda do mundo.)
é maravilhoso morrer de rir e de chorar e rir e então chorar com uma história tão absolutamente terrível e maravilhosa, absurda e necessária, e urgente urgente urgente.
fuck off, hittler - and alvim, and bolnosauro. it's definitely not a good time to be a nazi.
Bacurau
4.3 2,7K Assista Agorasigo chocada com o tamanho e a força desse filme. Bacurau é imenso!
é, ao mesmo tempo, um réquiem para um brasil agonizante e uma carta de amor à resistência do Nordeste.
porque, sim, nós resistimos.
nós somos essa resistência toda sim.
que emoção ver isso na tela do cinema.
saí de lá mais forte, mais brava, com mais forças para continuar, com vontade de gritar para o mundo ouvir que "ninguém há de me calar".
daqui a alguns anos é hoje e "quem (ainda) não entendeu, não perde por esperar".
ps: o brasil do sul ainda vai nos pedir desculpas por ter eleito o bonolsaro, vocês vão ver.
Virando a Mesa do Poder
4.2 37poderoso. inspirador. urgente. necessário.
as lutas dessas Mulheres (tão bem representadas nesse documentário) são nossas lutas. nossas vozes. nossa resistência. nossa esperança.
precisamos, tambem nós, virar a mesa do poder porque "brasil, chegou a vez de ouvir as Marias, Mahins, Marielles, malês"!
🖤
ps: seria Ocasio a Leslie Knope da vida real?
HOMECOMING: A Film by Beyoncé
4.5 311que mulher gigante, meu deus!
parece que o maior propósito de todas as coisas que ela faz é deixar esse mundo um lugar maior, e melhor. tudo que ela toca, por alguma razão bonita e misteriosa, cresce. eu mesma levantei do sofá uma mulher alguns centímetros mais alta...
thank you, queen bee.
que honra dividir um mesmo planeta e uma mesma época com você.
Green Book: O Guia
4.1 1,5K Assista Agoragostei do filme.
me incomoda, no entanto, que as pessoas estejam achando esse mais importante que o do spike lee. não é, gente.
é só mais um traço do nosso racismo estrutural achar que é mais importante que um cara branco (e racista) se sinta bem com ele mesmo ao fazer um amigo negro do que a voz e a luta de um homem negro pela própria emancipação. e sobrevivência.
outra coisa, viu. o ray charles - sim, essa lenda - foi banido da própria cidade após se negar a cantar porque pessoas negras foram impedidas de ver o seu show. e também deixou de cantar na áfrica do sul por conta do apartheid. ele e quincy jones - sim, outro gênio - diziam:
"nenhuma gota da minha dignidade pela sua aceitação".
sabe? é isso. mais do que nunca, é isso.
Infiltrado na Klan
4.3 1,9K Assista Agoraque filme importante da porra!
é preciso não esquecer que discurso de ódio mata e mata muito.
ouviu, mundo desmemoriado? discurso de ódio mata. e mata muito.
A Esposa
3.8 557 Assista Agora"o que um homem diz uma vez, nós temos de dizer cinco vezes", a bjork falou certa vez.
não acho que seja um filme sobre o que se faz por amor ao outro, ou pela falta de amor próprio, como estão dizendo aí embaixo. nem (apenas) sobre as nuances de um relacionamento abusivo.
acho que é um filme que escancara o desafio complexo que é ser uma mulher. e, sobretudo, que é ser uma mulher e escrever. e ser tão talentosa ou mais que um homem.
porque, né, ainda hoje, salvo raríssimas exceções, as obras de autoras mulheres têm permanecido fora das grandes premiações, das universidades e dos círculos da crítica literária.
ou vocês acham que a joan teria ganhado o nobel prize se os livros - os mesmos livros - tivessem sido publicados com o nome dela?
moral da história? leia mulheres.
Tully
3.9 562 Assista Agora"o mundo é uma descarga barulhenta."
que filmão! 💙
Girl Rising
4.5 70"quantos medos uma mulher pode carregar?"
Eu, Você e Todos Nós
3.8 166"you think you deserve that pain, but you don't." <3
Amy
4.4 1,0K Assista Agora"she was a very old soul in a very young body."
Hector e a Procura da Felicidade
3.9 22814. listening is loving.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista Agorawhat we talk about when we talk about love?