no momento em que ele "vira", e então passa a acontecer num mundo com covid, eu levei um susto grande. perceber o quanto Terri, a heroína, envelheceu nesse intervalo de quase um ano fez com que eu me visse um pouquinho nela, com que eu visse, aliás, todas as pessoas que conheço e amo.
estamos todos um tanto mais velhos, mais cansados, mais tristes. estamos mais fortes, claro. mais conscientes de nossa força, de nossa coragem. talvez estejamos mais esperançosos. acho que o que fica dessa temporada, porque se repete de alguma forma, com muita delicadeza, em cada um dos episódios, é o lembrete, o alívio, a responsabilidade: estamos vivos.
revi todas as temporadas há uns dois meses e terminei pensando que, em 2021, Veep é a série mais triste do mundo todinho. todas as situações exageradas, os escândalos, as relações, as cenas em que a gente pensa "mas não é possível que algo assim aconteça, que uma decisão que vai afetar a vida de milhares de pessoas seja tomada dessa forma". nada disso é metáfora para o brasil, é tudo o que estamos vivendo, literalmente, nos últimos anos. que tristeza.
fora isso, que série genial! engraçada demais, demais! mostra porque Julia Louis-Dreyfus é a melhor atriz estadunidense (entre homens e mulheres) fazendo comédia. a mulher é gigante faz muito tempo (alô, seinfeld), mas em Veep ela ultrapassa todos os limites, é impressionante e bonito de ver.
quando os musicais surgiram, lá pela década de 1920, com suas tramas simples, fantasiosas e escapistas, foram recebidos como um alento por uma sociedade americana que vivia naquele momento, vejam só, a grande depressão. parece-me que saber desse fato enquanto se assiste a crazy ex-girlfriend faz muita - senão toda - diferença.
comovente! essa série é comovente, não só porque subverte e ironiza o que se espera dela - mais uma comédia romântica clichê - mas porque, enquanto faz isso, fala sobre assuntos tão tão importantes. gente, fala sobre saúde mental. não é à toa que os números musicais são o refúgio de rebecca, o lugar para onde ela vai sempre que o mundo já não faz sentido - quase nunca faz. não é à toa também que depois de uma jornada longa, que inclui tentativa de suicídio, diagnóstico, idas e vindas na terapia, medicação errada, medicação correta - além de muita loucura, claro - a personagem, lá no finalzinho, tenha sentido esse desejo tão bonito de reunir todas as pessoas que ama para, finalmente, a ouvirem cantar uma música que ela escreveu. isso é lindo. é imenso.
espero que todas as pessoas sejam tocadas por essa série como eu fui. ela me comoveu, me emocionou, me fez gargalhar. e isso, em tempos como os nossos, é mesmo um alento.
talvez eu esteja um pouquinho obcecada pela rachel bloom e já tenha visto todos os vídeos do canal dela no youtube (aliás maravilhoso)? talvez sim, but hey i'm not crazy. or am i?!?!?!
é incrível, e absolutamente maravilhoso, o quanto essa série foi além de contar a história de uma garota pretensiosa e mimada e seus white people problems (mesmo!) na prisão - que reproduz, afinal, as estruturas da sociedade.
aqui se falou sobre assuntos importantíssimos, urgentes, reais, através de escolhas narrativas estrategicamente pensadas para te fazer ou morrer de rir ou de chorar ou te dar uns bons socos no estômago. porque uma coisa é certa: de orange is the new black você não sai ileso.
nessa última temporada, entre tantas, três coisas me comoveram especialmente: 1. a metáfora do galinheiro, sutil e certeira; 2. o amadurecimento de suzanne; e 3. natasha lyonne 🖤
also: everything can be a dildo if you're brave enough!
ler elena ferrante esse ano - sobretudo esse ano - foi uma das experiências mais lindas e arrebatadoras que meu corpo e alma já sentiram. e agora poder ver essa história, que eu acompanhei - atenta e entregue - durante quatro livros, ser tão fielmente adaptada para a tv me fez chorar de encanto.
brilhante! estou mesmo muitíssimo grata por essa primeira temporada brilhante.
depois de ler o livro e de, agora, ter assistido a série, tem duas coisas em que eu não consigo parar de pensar. primeiramente, fora temer. depois, em como são frágeis os mecanismos que resguardam os nossos direitos. embora seja a situação de boa parte das mulheres do planeta, vocês já imaginaram viver assim? é tão ingênuo pensar que só porque nós conquistamos alguns direitos, eles não nos poderão ser tomados. será que o solo onde pisamos - e sua ilusória firmeza - aguentaria qualquer abalo ou crise? se você quiser ter alguma ideia de como será o futuro se as ideias dos fundamentalistas que estão hoje subindo ao governo derem certo, leia o livro. assista a essa série. eles falam sobre coisas que todo mundo deveria saber. coisas gigantes, importantes, urgentes, antigas e muito, muito contemporâneas.
Queer Eye: Mais Que um Makeover (6ª Temporada)
4.5 32o episódio um me quebrou inteira.
no momento em que ele "vira", e então passa a acontecer num mundo com covid, eu levei um susto grande.
perceber o quanto Terri, a heroína, envelheceu nesse intervalo de quase um ano fez com que eu me visse um pouquinho nela, com que eu visse, aliás, todas as pessoas que conheço e amo.
estamos todos um tanto mais velhos, mais cansados, mais tristes.
estamos mais fortes, claro. mais conscientes de nossa força, de nossa coragem. talvez estejamos mais esperançosos.
acho que o que fica dessa temporada, porque se repete de alguma forma, com muita delicadeza, em cada um dos episódios, é o lembrete, o alívio, a responsabilidade:
estamos vivos.
Seinfeld (3ª Temporada)
4.5 101 Assista Agorai hate men, but i'm not a lesbian
Veep (7ª Temporada)
4.4 51 Assista Agorarevi todas as temporadas há uns dois meses e terminei pensando que, em 2021, Veep é a série mais triste do mundo todinho.
todas as situações exageradas, os escândalos, as relações, as cenas em que a gente pensa "mas não é possível que algo assim aconteça, que uma decisão que vai afetar a vida de milhares de pessoas seja tomada dessa forma". nada disso é metáfora para o brasil, é tudo o que estamos vivendo, literalmente, nos últimos anos. que tristeza.
fora isso,
que série genial! engraçada demais, demais!
mostra porque Julia Louis-Dreyfus é a melhor atriz estadunidense (entre homens e mulheres) fazendo comédia. a mulher é gigante faz muito tempo (alô, seinfeld), mas em Veep ela ultrapassa todos os limites, é impressionante e bonito de ver.
Amor Moderno (2ª Temporada)
3.6 199"here's to healing
in all it's forms"
o amor, gente.
o amor...
Como Defender um Assassino (6ª Temporada)
4.2 321 Assista Agoraa Viola Davis é gigante!!!
deus é uma mulher preta sim 🖤
The Home Edit: A Arte de Organizar (1ª Temporada)
3.6 21neil patrick harris e david burtka, me adotem, por favor
Crazy Ex-Girlfriend (4ª Temporada)
4.2 56 Assista Agoraquando os musicais surgiram, lá pela década de 1920, com suas tramas simples, fantasiosas e escapistas, foram recebidos como um alento por uma sociedade americana que vivia naquele momento, vejam só, a grande depressão. parece-me que saber desse fato enquanto se assiste a crazy ex-girlfriend faz muita - senão toda - diferença.
comovente! essa série é comovente, não só porque subverte e ironiza o que se espera dela - mais uma comédia romântica clichê - mas porque, enquanto faz isso, fala sobre assuntos tão tão importantes.
gente, fala sobre saúde mental.
não é à toa que os números musicais são o refúgio de rebecca, o lugar para onde ela vai sempre que o mundo já não faz sentido - quase nunca faz. não é à toa também que depois de uma jornada longa, que inclui tentativa de suicídio, diagnóstico, idas e vindas na terapia, medicação errada, medicação correta - além de muita loucura, claro - a personagem, lá no finalzinho, tenha sentido esse desejo tão bonito de reunir todas as pessoas que ama para, finalmente, a ouvirem cantar uma música que ela escreveu. isso é lindo. é imenso.
espero que todas as pessoas sejam tocadas por essa série como eu fui.
ela me comoveu, me emocionou, me fez gargalhar. e isso, em tempos como os nossos, é mesmo um alento.
talvez eu esteja um pouquinho obcecada pela rachel bloom e já tenha visto todos os vídeos do canal dela no youtube (aliás maravilhoso)?
talvez sim, but hey i'm not crazy.
or am i?!?!?!
Orange is the New Black (7ª Temporada)
4.3 302é incrível, e absolutamente maravilhoso, o quanto essa série foi além de contar a história de uma garota pretensiosa e mimada e seus white people problems (mesmo!) na prisão - que reproduz, afinal, as estruturas da sociedade.
aqui se falou sobre assuntos importantíssimos, urgentes, reais, através de escolhas narrativas estrategicamente pensadas para te fazer ou morrer de rir ou de chorar ou te dar uns bons socos no estômago. porque uma coisa é certa: de orange is the new black você não sai ileso.
nessa última temporada, entre tantas, três coisas me comoveram especialmente:
1. a metáfora do galinheiro, sutil e certeira;
2. o amadurecimento de suzanne; e
3. natasha lyonne 🖤
also: everything can be a dildo if you're brave enough!
A Amiga Genial (1ª Temporada)
4.5 80 Assista Agoraler elena ferrante esse ano - sobretudo esse ano - foi uma das experiências mais lindas e arrebatadoras que meu corpo e alma já sentiram. e agora poder ver essa história, que eu acompanhei - atenta e entregue - durante quatro livros, ser tão fielmente adaptada para a tv me fez chorar de encanto.
brilhante!
estou mesmo muitíssimo grata por essa primeira temporada brilhante.
Wanderlust - Navegar É Preciso
4.0 65o episódio 5 é uma das coisas mais bonitas que eu já vi na tv.
quanto potência numa mulher que se quebra inteira e se reconstrói.
quanta força.
O Conto da Aia (1ª Temporada)
4.7 1,5K Assista Agoradepois de ler o livro e de, agora, ter assistido a série, tem duas coisas em que eu não consigo parar de pensar.
primeiramente, fora temer.
depois, em como são frágeis os mecanismos que resguardam os nossos direitos. embora seja a situação de boa parte das mulheres do planeta, vocês já imaginaram viver assim?
é tão ingênuo pensar que só porque nós conquistamos alguns direitos, eles não nos poderão ser tomados. será que o solo onde pisamos - e sua ilusória firmeza - aguentaria qualquer abalo ou crise?
se você quiser ter alguma ideia de como será o futuro se as ideias dos fundamentalistas que estão hoje subindo ao governo derem certo, leia o livro. assista a essa série.
eles falam sobre coisas que todo mundo deveria saber. coisas gigantes, importantes, urgentes, antigas e muito, muito contemporâneas.
the future is a fucking nightmare!
Unbreakable Kimmy Schmidt (3ª Temporada)
4.0 115 Assista Agoratina fey, sua gênia.
mulherão da porra!
Parks and Recreation (7ª Temporada)
4.4 192leslie knope is, literally, the best human being. ever. <3
Orange Is The New Black (4ª Temporada)
4.4 838 Assista Agora"sabe qual é a diferença entre a dor e o sofrimento?
a dor sempre existe, porque a vida dói pra caralho, certo? mas sofrer é uma escolha."
fuck season, man. fuck season! <3
The Good Wife (7ª Temporada)
3.8 111"i'll love you forever." <3
Fuller House (1ª Temporada)
4.1 237 Assista AgoraHoly chalupas! <3
Orange Is The New Black (3ª Temporada)
4.2 793 Assista AgoraOh my Norma! <3