Não achei essa aberração todas que falaram. O início realmente é sofrível, mas depois que os looney entram em cena o filme melhora bastante. O vilão realmente é chato e enredo bobo, mas não esperava mais que isso. E lógico que nunca iria superar o primeiro.
Faltaram realmente umas referências ao primeiro filme, mas.......As que tiveram ao universo Warner foram divertidas
Reflexo das relações escravagistas do Brasil. O servo e o servido e o falso moralismo da classe média alta do Brasil.
O paradoxo do filho sentindo falta da mãe e a doméstica sentindo falta da filha. Os dois privados das relações sanguíneas.
Já se percebe o nível do filme quando a personagem da Regina Casé é gravada enquadrada diante grades. Essa é a realidade preponderante durante o filme todo.
Outro ponto é o falso discurso midiáticos em geral que vendem algo que não adotam em suas próprias vidas. A empresária não acha que estilo é adotar o seu próprio (como disse na entrevista). Se fosse, não rejeitaria o uso das canecas que ganhou, em seu aniversário.
Mas acho que o mais importante é o quanto a ascensão da classe mais baixa deixa o status quo irritado. E isso é absurdamente ligada a política e o elitismo do estado brasileiro.
No final a redenção é recompensadora, emocionalmente forte, e quem sabe: um dia real.
Escatológico e propositalmente sujo. Um reflexo da sujeira do mangue que não é lixo. É literalmente uma poesia marginal em forma de filme. Porém esse cinema indigesto de Cláudio de Assis resume o homem a sua prodridão principalmente na representação das classes mais pobres.
Confesso que fiquei chateado ao saber que não seria algo episódico, mas depois que percebi o que estava por trás da proposta de não mostrar o que aconteceu com aqueles personagens e não abrir o roteiro pra problemas que já haviam sido fechados com aqueles personagens, então achei que foi uma decisão acertada como a atriz de Phoebe disse.
Foram lindas todas as homenagens, a música e o espetáculo. Só tiraria a participação de alguns famosos que meio que quebram o clima. No mais, é um Fan Service de Friends e emociona com a "reunião" que eles faziam antes de entrar em cena e com todos aqueles detalhes como o crush que os atores realmente tiveram. Acho que Friends funciona justamente por isso:
É um slice of life da vida de atores que realmente se tornaram amigos e você vê como tudo que mais distante que possa parecer de sua realidade, meio que se encaixa na vida da gente e se sentimos inseridos ali: em um sofá pouco confortável de uma época da vida inconstante, que só uma gargalhada amiga ajuda a melhorar.
Brasileiros dando nota pra filme americano de herói : PERFEITO 5 estrelas
Brasileiro dando nota pra filme dirigido por baiano com protagonista negro que morreu lutando contra ditadura: filme chato, lento, vilão ruim, paleta de cores errada, nota 2
O vilão de Bruno Gagliasso é unilateral e novelesco? Sim. "O Que é isso Companheiro" é superior nesse quesito. Porém vou dar 5 estrelas porque é um thriller absurdo e já foi boicotado demais. E não deixa de ser impactante desde da cena inicial até a última. Um dos melhores filmes brasileiros dos últimos anos.
A cena final é poética e libertadora (não to falando da cena do pós-créditos) não sei se chega a ser uma revisionismo, porém mostra que o patriotismo foi uma prática apropriada e ressignificada por reacionários.
A música de Racionais é digna de arrepios ao conectar duas formas de arte. Ela faz inclusive paralelos com falas do Marighella. Pra quem queria um filme que retratasse a vida de Marighella fora do eixo da ditadura militar e da fase mais importante de sua vida, dê preferência a documentários e não filmes que tem que seguir uma estrutura convencional de thriller.
Meu deus ,PTA, meus parabéns. Com um elenco incrível você conseguiu fazer a fórmula mágica do sono, que de longe não é um filme surrealista, mas que não tem nem pé nem cabeça e um enredo chatíssimo digno desinteressar a continuidade da trama.
"E nosso quintal tinha vista para um imenso espaço aberto, era só deserto, deserto, deserto até as montanhas. Não havia nada à nossa frente"
o que mais resume esse On the Road contemporâneo é uma própria frase do On the Road
"Qual é a sua estrada, homem? A estrada do místico, a estrada do louco, a estrada do arco-íris, a estrada dos peixes, qualquer estrada... Há sempre uma estrada em qualquer lugar, para qualquer pessoa, em qualquer circunstância. Como, onde, por quê?"
É impossível assistir o filme sem fazer uma alusão direta com a ditadura militar no Brasil. Chega ser um desabafo escatológico e até verborrágico do diretor descrente em qualquer tipo de manifestação social e as reformas de base de Jango. As massas adormecidas possuem uma atitude passiva diante da opressão do estado e isso perdura até hoje.
"-Está vendo como é o povo? Um imbecil, um analfabeto, um despolitizado."
Inclusive uma representação fiel do que acontecia naquela época e ainda perdura até hoje; a elite econômica domina e move o jogo político e defende a todo custo e junto (é claro) da mídia. Assim como uma denúncia aos déspotas que dizem defender/ser o povo, na verdade, apesar do discurso demagogo, são parte do todo podre movido pelo fisiologismo.
-Olhe, Imbecil. A luta de classes existe. Qual sua classe? Vamos, diga!
Acho que a questão maior dos filmes asiáticos sobre vingança é que a mensagem final nunca é tão forte quanto a violência do filme. Você pode passar horas assistindo e no final >eu< só sinto um gosto amargo e uma reflexão inversamente proporcional com toda violência e crueldade da trama. Não que seja, mas fica parecendo que tudo aquilo foi gratuitamente pra te fazer mal e o pay off nem foi tão grande assim. Por exemplo: Nazistas sendo violentos ou filmes de guerras têm a violência justificável pra tentar realçar algo do roteiro.
Qual a justificativa aqui pra ter um gore explodindo em sua cara, além de olha como eles são >psicopatas< e como o roteiro tenta o tempo todo realçar isso? Além de coincidentemente em um colégio imenso tem 3 psicopatas mirins estudando na mesma sala. No final o que prevalece é a violência gráfica e o roteiro fica quase em segundo plano.
O que mais gostei do aspectos do filme, além da constância e palpável construção daquele universo em que estávamos imersos foi a conectividade com a trama.
Se a personagem tinha dificuldades em até mesmo se perder em quem realmente era ( ao ponto de ensaiar até seus próprios trejeitos) você também se perde e esquece que ali é ela.
Enxerguei algumas críticas ao processo de vigilância global através de Webcams e as partes mais intimistas e artísticas são muito bem feitas. Principalmente no momento da " transformação".
A metáfora da borboleta em que se frisa é que realmente ela gostava de matar, gostava de sua presa. Talvez ela ate tenha despertado algo que estava submerso inconscientemente ( detalhes tbm para os divãs ao lado das máquinas.
A borboleta ao mesmo que podia significar a transformação tanto em " assassino" também é uma metáfora para troca de corpos e no final no sangue dos dois percebia um formato de asas.
Talvez o final do filme tenha sido um pouco mais fechado do que deveria ser. E o que mais me incomodou foi: o cara espancou um milionário e não surgiu nenhum segurança?
Não entendi a nota baixa, o filme tem uma vibe Scorsese em "O lobo de wall street" principalmente em mostrar as nuances e hipocrisia do mercado da guerra. Senti que faltou uma mensagem mais forte, principalmente em refletir a visão capitalista ocidental estadunidense algo que marcasse um ponto de reviravolta do protagonista.
No mais a melhor cena é que retrata os soldados indo pra guerra em contraste com os responsáveis pelo lucro e fomento dela, anulando a visão de patriotismo e liberdade pintada sobre a bandeira americana. Algo que Kubrick havia dito em Path of Glory em 1957 que sua vida seria decidida por homens numa sala que nem sabem o seu nome.
“A política nada mais é do que o hobby de um homem rico”. - Jeffrey Archer, Paths of Glory
PS: a trilha sonora é maravilhosa: Iggy Pop, Pink Floyd, Creedence
O filme é bem produzido, porém Henry Cavill não convence como Sherlock e há muitos diálogos piegas.
Sei que a obra não é Cânone, mas não estraga a experiência. O fator mais atrativo aqui é ver as discussões sobre feminismo da época, mais até mesmo que o próprio mistério.
Nicoles Cage, em seu melhor papel da carreira, convence como dois personagens completamente distintos que tem a mesma profissão e a mesma aparência. É curioso a dualidade de existir alguém que é tão "semelhante" e diferente de você. E o mais importante: você consegue identificar só pelo olhar quem são os personagens.
No mais o filme é cercado de metalinguagem, inclusive autorreferencial sobre a o roteirista Charlie Kaufman que já fez outras parcerias com o diretor Skipe Jonze. É genial como a trama se desenvolve e se justifica até mesmo em suas falhas sem parecer autocomplacente. E até mesmo com respostas aos cursos de "como ficar rico" que já estão espalhados por tantos lugares.
O arco final parece mais uma alucinação do roteirista que tentou implementar na obra sem sal das orquídeas, uma trama clichê de reviravolta que foi indicada pelo palestrante. Talvez até mesmo uma resposta do próprio Kaufman para hollywood moderna.
O fato mais interessante da história é dela não ser cânone. Isso abriu o leque para mesclar histórias já conhecidas com novos eventos da figura mais emblemática de todos os tempos: Jesus Cristo.
Nela vemos um Jesus mais humano, mais frágil e atormentando. Cheio de medo e dúvidas em relação a sua fé e em sua escolha de ser o Messias. Também vemos algumas mudanças narrativas como o fato de Judas apenas o trair a pedido do próprio Jesus ou em momentos em que defende explicitamente a violência. ( E não tô falando do templo)
O que mais me fez ver o filme com menos maldade e sem o tom de provocação que achava que teria foi a justificativa pro nome do filme. A sua última tentação foi a vontade de uma vida de homem normal.
Mas o que mais me interessa na vida de Jesus é o reconhecimento de sua figura como Pai da ContraCultura. E quiçá o primeiro contracultural. Um homem que era anti-materialista, anti-sistema e falava sobre mudança com amor? Que desvinculou a imagem de Deus de uma figura punitiva e amedrontadora para o pai paterno e receptivo, que fez seu filho nascer e ser colocado em uma manjedoura.
É fácil mover as pessoas por medo e principalmente por ódio. Vemos isso no Brasil e vemos como uma repetição da história político/social da humanidade. Mas um só homem contra o império romano e sem armas? Sem apologia de um discurso de um inimigo em comum? Amor? É talvez a maior prova que ele podia dar a si mesmo e ao mundo que sim, ele era o Messias.
É um filme que não deixaria de fazer homenagens depois de tanto tempo que havia saído seu primeiro. Obvio que seria impossível não deixar de ser autorreferencial, mas acho que não funciona como o um filme "solo" é extremamente necessário a lembrança de certos momentos do primeiro para que certas deixas funcionem aqui. Um exemplo é a ex namorada de Renton que fala "Ela é muito nova pra você" e o diálogo não faria tanto sentido se não lembrar do relacionamento dos dois.
O monólogo do Choose Life "atualizado" continua irreverente e crítico ao modelo de vida que o padrão quer que escolhemos. E criativo a ideia que originalmente o Choose Life era uma campanha anti-drogas. É paradoxal e contracultural a revolta que há nesse diálogo.
Óbvio que o filme não continua aprovando o uso das drogas e sim mostrando que ela é uma consequência desse sistema ao produzir essa sociedade doente e como os protagonistas sofreram o peso dessas escolhas, mas não deixa de ser um tom desaforado soando como " olhe a vida que vocês querem que escolhemos" é irônico, afrontoso e não mudou muita coisa de 20 anos atrás.
A filosofia de Renton assim como dos outros personagens se assemelha a uma visão irreverente dos padrões sociais (e por que não,norte-americanos) do homem moderno. O monólogo inicial ,assim como sua montagem, revela um niilismo moral, uma revolta social de não escolher nada quando se é pressionado a escolher tudo. De não seguir os padrões morais e as únicas possibilidades que lhe deram pra suas vidas. E como esse modelo materialista e vazio gera uma anomalia de adictos e doentes.
O filme não romantiza as drogas em nenhum momento e mostra efetivamente como funciona a mente de um viciado. A cena da morte do bebê é ainda mais perturbadora quando a resposta de nosso protagonista é "apenas" as 4 palavras : "vou preparar outra dose".
No entanto, esse pensamento amoral e a filosofia que permeia foi um problema social que a Europa enfrentou com a popularidade da heroína e como suas consequências que perseguem os personagens até o final. Principalmente na culpa de Renton em ter "apresentado" a substância a Tommy que perdeu tudo.
A montagem do filme também é impecável em contrastar momentos de pensamentos que se conectam, mesmo que não sejam propriamente pra cena. Um exemplo foi o pai que assistia futebol e dizia "sabia que ele faria isso" enquanto seu filho roubava dinheiro em seu quarto, conectando e explicitando o pensamento de desistência paterno.
E por final o termo "Trainspotting " que quando assisti há 5 anos atrás não sabia o que era, significa "Ver trens" algo que o autor do livro considera banal, uma perda de tempo ou como jogar a vida fora.
Irreverente e um dos melhores.
All the fresh air in the world won't make any fucking difference.
O fator mais estético e chamativo desse filme foi o olhar do protagonista e como ele se transforma durante o filme. Se fizermos um paralelo da inocência da criança antes e depois de testemunhar as maiores atrocidades da guerra é condizente com toda a montagem e trilha-sonora do filme.
"O filme mais aterrorizante não é um filme de terror."
A sensação de agonia, pertubação e loucura refletem a cerne do indivíduo trazendo um aspecto de confusão mental em quem assiste.
É ensurdecedor. Eis aqui a importância do cinema incomodo em não permitir que essa história se torne novamente uma realidade.
Acho interessante o fato de tantos diretores ocidentais como Tarantino e Scorsese beberem de fontes asiáticas. A trilha-sonora fantástica que retrata a solidão dos grandes centros urbanos e o sufocamento da vida ali em um cenário com cores vibrantes que parecem que vão te engolir a qualquer momento. E um constante Blur que mesmo estando diante de tudo, você está sozinho e diante de nada.
A cena final em que eles andaram pelo corredor do hospital na qual a repórter questionava "há quem consuma esse tipo de filme?" enquanto todos ao redor fintavam ardentemente pra ver a cena na tv foi uma crítica arrebatadora.
Space Jam: Um Novo Legado
2.9 350 Assista AgoraNão achei essa aberração todas que falaram. O início realmente é sofrível, mas depois que os looney entram em cena o filme melhora bastante. O vilão realmente é chato e enredo bobo, mas não esperava mais que isso. E lógico que nunca iria superar o primeiro.
Faltaram realmente umas referências ao primeiro filme, mas.......As que tiveram ao universo Warner foram divertidas
O que fizeram com patolino eu não me importei porque nunca fui muito fã dele.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraReflexo das relações escravagistas do Brasil. O servo e o servido e o falso moralismo da classe média alta do Brasil.
O paradoxo do filho sentindo falta da mãe e a doméstica sentindo falta da filha. Os dois privados das relações sanguíneas.
Já se percebe o nível do filme quando a personagem da Regina Casé é gravada enquadrada diante grades. Essa é a realidade preponderante durante o filme todo.
Outro ponto é o falso discurso midiáticos em geral que vendem algo que não adotam em suas próprias vidas. A empresária não acha que estilo é adotar o seu próprio (como disse na entrevista). Se fosse, não rejeitaria o uso das canecas que ganhou, em seu aniversário.
Mas acho que o mais importante é o quanto a ascensão da classe mais baixa deixa o status quo irritado. E isso é absurdamente ligada a política e o elitismo do estado brasileiro.
No final a redenção é recompensadora, emocionalmente forte, e quem sabe: um dia real.
Febre do Rato
4.0 657Escatológico e propositalmente sujo. Um reflexo da sujeira do mangue que não é lixo. É literalmente uma poesia marginal em forma de filme. Porém esse cinema indigesto de Cláudio de Assis resume o homem a sua prodridão principalmente na representação das classes mais pobres.
Friends: A Reunião
4.2 329 Assista AgoraConfesso que fiquei chateado ao saber que não seria algo episódico, mas depois que percebi o que estava por trás da proposta de não mostrar o que aconteceu com aqueles personagens e não abrir o roteiro pra problemas que já haviam sido fechados com aqueles personagens, então achei que foi uma decisão acertada como a atriz de Phoebe disse.
Foram lindas todas as homenagens, a música e o espetáculo. Só tiraria a participação de alguns famosos que meio que quebram o clima. No mais, é um Fan Service de Friends e emociona com a "reunião" que eles faziam antes de entrar em cena e com todos aqueles detalhes como o crush que os atores realmente tiveram. Acho que Friends funciona justamente por isso:
É um slice of life da vida de atores que realmente se tornaram amigos e você vê como tudo que mais distante que possa parecer de sua realidade, meio que se encaixa na vida da gente e se sentimos inseridos ali: em um sofá pouco confortável de uma época da vida inconstante, que só uma gargalhada amiga ajuda a melhorar.
Marighella
3.9 1,1K Assista AgoraBrasileiros dando nota pra filme americano de herói : PERFEITO 5 estrelas
Brasileiro dando nota pra filme dirigido por baiano com protagonista negro que morreu lutando contra ditadura: filme chato, lento, vilão ruim, paleta de cores errada, nota 2
O vilão de Bruno Gagliasso é unilateral e novelesco? Sim. "O Que é isso Companheiro" é superior nesse quesito. Porém vou dar 5 estrelas porque é um thriller absurdo e já foi boicotado demais. E não deixa de ser impactante desde da cena inicial até a última. Um dos melhores filmes brasileiros dos últimos anos.
A cena final é poética e libertadora (não to falando da cena do pós-créditos) não sei se chega a ser uma revisionismo, porém mostra que o patriotismo foi uma prática apropriada e ressignificada por reacionários.
A música de Racionais é digna de arrepios ao conectar duas formas de arte. Ela faz inclusive paralelos com falas do Marighella.
Pra quem queria um filme que retratasse a vida de Marighella fora do eixo da ditadura militar e da fase mais importante de sua vida, dê preferência a documentários e não filmes que tem que seguir uma estrutura convencional de thriller.
Operação Corvo
3.8 66 Assista AgoraUma afronta a razão, coesão e racionalidade humana. É tão tosco e caricato que é digno de risadas. Tão ruim que é bom.
O Mestre
3.7 1,0K Assista AgoraMeu deus ,PTA, meus parabéns. Com um elenco incrível você conseguiu fazer a fórmula mágica do sono, que de longe não é um filme surrealista, mas que não tem nem pé nem cabeça e um enredo chatíssimo digno desinteressar a continuidade da trama.
Nomadland
3.9 896 Assista Agora"E nosso quintal tinha vista para um imenso espaço aberto, era só deserto, deserto, deserto até as montanhas. Não havia nada à nossa frente"
o que mais resume esse On the Road contemporâneo é uma própria frase do On the Road
"Qual é a sua estrada, homem? A estrada do místico, a estrada do louco, a estrada do arco-íris, a estrada dos peixes, qualquer estrada... Há sempre uma estrada em qualquer lugar, para qualquer pessoa, em qualquer circunstância. Como, onde, por quê?"
Terra em Transe
4.1 286 Assista AgoraÉ impossível assistir o filme sem fazer uma alusão direta com a ditadura militar no Brasil. Chega ser um desabafo escatológico e até verborrágico do diretor descrente em qualquer tipo de manifestação social e as reformas de base de Jango. As massas adormecidas possuem uma atitude passiva diante da opressão do estado e isso perdura até hoje.
"-Está vendo como é o povo? Um imbecil, um analfabeto, um despolitizado."
Inclusive uma representação fiel do que acontecia naquela época e ainda perdura até hoje; a elite econômica domina e move o jogo político e defende a todo custo e junto (é claro) da mídia. Assim como uma denúncia aos déspotas que dizem defender/ser o povo, na verdade, apesar do discurso demagogo, são parte do todo podre movido pelo fisiologismo.
-Olhe, Imbecil. A luta de classes existe. Qual sua classe? Vamos, diga!
Confissões
4.2 855Esse colégio fica onde? No inferno?
Acho que a questão maior dos filmes asiáticos sobre vingança é que a mensagem final nunca é tão forte quanto a violência do filme. Você pode passar horas assistindo e no final >eu< só sinto um gosto amargo e uma reflexão inversamente proporcional com toda violência e crueldade da trama. Não que seja, mas fica parecendo que tudo aquilo foi gratuitamente pra te fazer mal e o pay off nem foi tão grande assim. Por exemplo: Nazistas sendo violentos ou filmes de guerras têm a violência justificável pra tentar realçar algo do roteiro.
Qual a justificativa aqui pra ter um gore explodindo em sua cara, além de olha como eles são >psicopatas< e como o roteiro tenta o tempo todo realçar isso?
Além de coincidentemente em um colégio imenso tem 3 psicopatas mirins estudando na mesma sala. No final o que prevalece é a violência gráfica e o roteiro fica quase em segundo plano.
Possessor
3.4 302 Assista AgoraO que mais gostei do aspectos do filme, além da constância e palpável construção daquele universo em que estávamos imersos foi a conectividade com a trama.
Se a personagem tinha dificuldades em até mesmo se perder em quem realmente era ( ao ponto de ensaiar até seus próprios trejeitos) você também se perde e esquece que ali é ela.
Enxerguei algumas críticas ao processo de vigilância global através de Webcams e as partes mais intimistas e artísticas são muito bem feitas. Principalmente no momento da " transformação".
A metáfora da borboleta em que se frisa é que realmente ela gostava de matar, gostava de sua presa. Talvez ela ate tenha despertado algo que estava submerso inconscientemente ( detalhes tbm para os divãs ao lado das máquinas.
A borboleta ao mesmo que podia significar a transformação tanto em " assassino" também é uma metáfora para troca de corpos e no final no sangue dos dois percebia um formato de asas.
Talvez o final do filme tenha sido um pouco mais fechado do que deveria ser. E o que mais me incomodou foi: o cara espancou um milionário e não surgiu nenhum segurança?
Mulher-Maravilha 1984
3.0 1,4K Assista AgoraQue roteiro podre foi esse na moral , " pedra que realiza desejos " GENIAL
Druk: Mais Uma Rodada
3.9 798 Assista AgoraA cena final foi uma delícia, chuchuzinho , dona do mundo
Cães de Guerra
3.6 313 Assista AgoraNão entendi a nota baixa, o filme tem uma vibe Scorsese em "O lobo de wall street" principalmente em mostrar as nuances e hipocrisia do mercado da guerra. Senti que faltou uma mensagem mais forte, principalmente em refletir a visão capitalista ocidental estadunidense algo que marcasse um ponto de reviravolta do protagonista.
No mais a melhor cena é que retrata os soldados indo pra guerra em contraste com os responsáveis pelo lucro e fomento dela, anulando a visão de patriotismo e liberdade pintada sobre a bandeira americana. Algo que Kubrick havia dito em Path of Glory em 1957 que sua vida seria decidida por homens numa sala que nem sabem o seu nome.
“A política nada mais é do que o hobby de um homem rico”.
- Jeffrey Archer, Paths of Glory
PS: a trilha sonora é maravilhosa: Iggy Pop, Pink Floyd, Creedence
Enola Holmes
3.5 816 Assista AgoraO filme é bem produzido, porém Henry Cavill não convence como Sherlock e há muitos diálogos piegas.
Sei que a obra não é Cânone, mas não estraga a experiência. O fator mais atrativo aqui é ver as discussões sobre feminismo da época, mais até mesmo que o próprio mistério.
Millie Bobby Brown tem futuro.
Adaptação.
3.9 707 Assista AgoraNicoles Cage, em seu melhor papel da carreira, convence como dois personagens completamente distintos que tem a mesma profissão e a mesma aparência. É curioso a dualidade de existir alguém que é tão "semelhante" e diferente de você. E o mais importante: você consegue identificar só pelo olhar quem são os personagens.
No mais o filme é cercado de metalinguagem, inclusive autorreferencial sobre a o roteirista Charlie Kaufman que já fez outras parcerias com o diretor Skipe Jonze. É genial como a trama se desenvolve e se justifica até mesmo em suas falhas sem parecer autocomplacente. E até mesmo com respostas aos cursos de "como ficar rico" que já estão espalhados por tantos lugares.
O arco final parece mais uma alucinação do roteirista que tentou implementar na obra sem sal das orquídeas, uma trama clichê de reviravolta que foi indicada pelo palestrante. Talvez até mesmo uma resposta do próprio Kaufman para hollywood moderna.
A Última Tentação de Cristo
4.0 297 Assista AgoraO fato mais interessante da história é dela não ser cânone. Isso abriu o leque para mesclar histórias já conhecidas com novos eventos da figura mais emblemática de todos os tempos: Jesus Cristo.
Nela vemos um Jesus mais humano, mais frágil e atormentando. Cheio de medo e dúvidas em relação a sua fé e em sua escolha de ser o Messias. Também vemos algumas mudanças narrativas como o fato de Judas apenas o trair a pedido do próprio Jesus ou em momentos em que defende explicitamente a violência. ( E não tô falando do templo)
O que mais me fez ver o filme com menos maldade e sem o tom de provocação que achava que teria foi a justificativa pro nome do filme. A sua última tentação foi a vontade de uma vida de homem normal.
Mas o que mais me interessa na vida de Jesus é o reconhecimento de sua figura como Pai da ContraCultura. E quiçá o primeiro contracultural. Um homem que era anti-materialista, anti-sistema e falava sobre mudança com amor? Que desvinculou a imagem de Deus de uma figura punitiva e amedrontadora para o pai paterno e receptivo, que fez seu filho nascer e ser colocado em uma manjedoura.
É fácil mover as pessoas por medo e principalmente por ódio. Vemos isso no Brasil e vemos como uma repetição da história político/social da humanidade. Mas um só homem contra o império romano e sem armas? Sem apologia de um discurso de um inimigo em comum? Amor? É talvez a maior prova que ele podia dar a si mesmo e ao mundo que sim, ele era o Messias.
T2: Trainspotting
4.0 695 Assista AgoraÉ um filme que não deixaria de fazer homenagens depois de tanto tempo que havia saído seu primeiro. Obvio que seria impossível não deixar de ser autorreferencial, mas acho que não funciona como o um filme "solo" é extremamente necessário a lembrança de certos momentos do primeiro para que certas deixas funcionem aqui. Um exemplo é a ex namorada de Renton que fala "Ela é muito nova pra você" e o diálogo não faria tanto sentido se não lembrar do relacionamento dos dois.
O monólogo do Choose Life "atualizado" continua irreverente e crítico ao modelo de vida que o padrão quer que escolhemos. E criativo a ideia que originalmente o Choose Life era uma campanha anti-drogas. É paradoxal e contracultural a revolta que há nesse diálogo.
Óbvio que o filme não continua aprovando o uso das drogas e sim mostrando que ela é uma consequência desse sistema ao produzir essa sociedade doente e como os protagonistas sofreram o peso dessas escolhas, mas não deixa de ser um tom desaforado soando como " olhe a vida que vocês querem que escolhemos" é irônico, afrontoso e não mudou muita coisa de 20 anos atrás.
Trainspotting: Sem Limites
4.2 1,9K Assista AgoraO retrato existencial de uma geração perdida.
A filosofia de Renton assim como dos outros personagens se assemelha a uma visão irreverente dos padrões sociais (e por que não,norte-americanos) do homem moderno. O monólogo inicial ,assim como sua montagem, revela um niilismo moral, uma revolta social de não escolher nada quando se é pressionado a escolher tudo. De não seguir os padrões morais e as únicas possibilidades que lhe deram pra suas vidas. E como esse modelo materialista e vazio gera uma anomalia de adictos e doentes.
O filme não romantiza as drogas em nenhum momento e mostra efetivamente como funciona a mente de um viciado. A cena da morte do bebê é ainda mais perturbadora quando a resposta de nosso protagonista é "apenas" as 4 palavras : "vou preparar outra dose".
No entanto, esse pensamento amoral e a filosofia que permeia foi um problema social que a Europa enfrentou com a popularidade da heroína e como suas consequências que perseguem os personagens até o final. Principalmente na culpa de Renton em ter "apresentado" a substância a Tommy que perdeu tudo.
A montagem do filme também é impecável em contrastar momentos de pensamentos que se conectam, mesmo que não sejam propriamente pra cena. Um exemplo foi o pai que assistia futebol e dizia "sabia que ele faria isso" enquanto seu filho roubava dinheiro em seu quarto, conectando e explicitando o pensamento de desistência paterno.
E por final o termo "Trainspotting " que quando assisti há 5 anos atrás não sabia o que era, significa "Ver trens" algo que o autor do livro considera banal, uma perda de tempo ou como jogar a vida fora.
Irreverente e um dos melhores.
All the fresh air in the world won't make any fucking difference.
A Noiva Cadáver
3.8 1,4K Assista AgoraO paradoxo que faz parecer o mundo dos mortos mais feliz que o dos vivos.
Tim Burton de fato AMA o expressionismo alemão.
Vá e Veja
4.5 756 Assista AgoraO fator mais estético e chamativo desse filme foi o olhar do protagonista e como ele se transforma durante o filme. Se fizermos um paralelo da inocência da criança antes e depois de testemunhar as maiores atrocidades da guerra é condizente com toda a montagem e trilha-sonora do filme.
"O filme mais aterrorizante não é um filme de terror."
A sensação de agonia, pertubação e loucura refletem a cerne do indivíduo trazendo um aspecto de confusão mental em quem assiste.
É ensurdecedor.
Eis aqui a importância do cinema incomodo em não permitir que essa história se torne novamente uma realidade.
Amores Expressos
4.2 357 Assista AgoraFaye Wong amor de minha vida.
Acho interessante o fato de tantos diretores ocidentais como Tarantino e Scorsese beberem de fontes asiáticas. A trilha-sonora fantástica que retrata a solidão dos grandes centros urbanos e o sufocamento da vida ali em um cenário com cores vibrantes que parecem que vão te engolir a qualquer momento. E um constante Blur que mesmo estando diante de tudo, você está sozinho e diante de nada.
Morte ao Vivo
3.8 209 Assista AgoraA cena final em que eles andaram pelo corredor do hospital na qual a repórter questionava "há quem consuma esse tipo de filme?" enquanto todos ao redor fintavam ardentemente pra ver a cena na tv foi uma crítica arrebatadora.
De Volta Para o Futuro 2
4.2 886 Assista AgoraTodo mundo nesse filme parece ter baixa visão, falta de audição e algum tipo de retardo.