" Não posso viver sozinha porque tenho medo de mim mesmo. Sou causadora de meu próprio mal."
O filme é uma metáfora de um fim de casamento conturbado. Retrato até mesmo do próprio de diretor. Nada mais que uma esposa que buscava o reflexo de um marido perfeito. O monstro é um reflexo subjetivo de toda negatividade que existia na relação dos dois. A professora poderia ser também uma visão de esposa perfeita, mas prefiro achar que foi até mesmo a visão da criança da substituição de sua mãe. Achei cansativo, 2 horas é tempo demais pra filmes que tendem a ser perturbadores ou incômodos.
A dança daqueles famintos por um sentido na vida...
Uma cena curiosa foi a transição da dança pra parte da boate. Levando em consideração que ali estava cercado de pessoas vazias. Mas essa é uma interpretação do filme, não necessariamente que todas as pessoas que estão na boate que são vazias. Mas pelo contexto , entendemos isso.
Num lugar não tão diferente do Brasil, em que jovens se encontram sem emprego após formados e de um lado vemos uma diferença social enorme de uma pessoa da mesma idade dirigindo um Porsche , me faz crer que e a interpretação do filme é quando abandonarmos nossos anseios e somos " queimados" pelo falso ideal de dinheiro e felicidade. O empresário por mais rico que fosse também não via um sentido na vida, estava sempre entediado. Hae-mi abandonou um amor por interesses financeiros. Joong-soo por mais que já soubesse o que queria se sentia perdido diante de todo aquele contexto. O Thriller é mais um contexto pra abrir essa discussão existencialista.
Vamos resumir o que aprendemos da forma mais imparcial possível:
*PT ou qualquer outro partido só começou a governar com alianças com a elite política. Os políticos sempre mudam mas os grandes empresários sempre estão lá. E qualquer candidato de qualquer lado político terá que governar para os grandes empresários.
*Ao contrário do que o MBL prega o sistema de governabilidade corrupta é algo institucionalizado no Brasil desde antes da ditadura. E por si só não é uma característica exclusiva do PT ou inventado por ele.
*Impeachtement foi usado como ferramenta eleitoral pelo chefe da oposição Aécio Neves que não só não aceitou as eleições democráticas como impediu o segundo mandato da presidente eleita. O manuseio político foi abraçado pelo chefe da câmara Eduardo Cunha que perdeu a proteção no conselho de ética.
*Erros econômicos do partido do PT levaram a ascensão da oposição e insatisfação da população que abraçou um viés não tão democrático assim.
*O crime das pedaladas fiscais por si só não era o suficiente pra tirar Dilma do poder. E até o Moro admitiu que foi um pretexto para tirá-la.
* Com a nova eleição chegando, Lula o candidato com mais popularidade é engolido pelo oposição e impedido de concorrer por um juiz parcial que adota uma celeridade no processo absurda, que posteriormente se mostraria através da intercept que sua operação lava jato , que inicialmente tinha o propósito de acabar com a corrupção, tomou cunho partidário.
* Lula foi impedido de obter foro de prerrogativa de função para ser julgado pela justiça federal ( Moro).
*Polarização eleitoral e uso das redes sociais como canalizador de votos.
Na cena inicial você vê as nuances de como alguém que gosta tanto da mesma coisa que você pode não parecer com você em absolutamente em nada. Cada personagem ali morreria sem a dança, mas ao poucos você vai percebendo que é apenas isso que eles têm em comum. A dança aparece também como um reflexo até mesmo da personalidade e parece muitas vezes uma transe. Você fica hipnotizado. Plano sequência, sincronização, câmera subjetiva. Gaspar Noé do seu melhor jeito e sabendo caracterizar exatamente um inferno astral.
Tudo aparenta ser como Aldous Huxley em "as portas da percepção" descreveu como inferno esquizofrênico. Aqueles que possuem doenças como ansiedade e depressão quando experimentam de drogas como LSD ou mescalina irão provar disso. Aqueles que não, provam o paraíso esquizofrênico como aquela alemã provou.
Ps1: cena inicial vemos na estande um livro do Fritz Lang, diretor que marcou a história do cinema. Filmes famosos são " Metrópolis" e " M, vampiro de Dusseldorf"
Ps2 : vê livros e dvd's como "A aventura hippie" " Nietzsche" " suicídio" " possessão" "o inconsciente" " esquizofrênia" " Salo 120 dias " " Eraserhead " " Kafka - a metamorfose" "cinema homossexual" " táxi driver" " sociedade secretas".
Toda essa estande parede ser um prelúdio do que viria a acontecer depois. Como a dança de Selva que lembra Suspiria e Obsessão
Engraçado como o filme causou tantas visões diferentes. O fato deu defender Dean não isenta de achar que ele passou dos limites na última cena. Sim, ali ele foi abusivo e ainda fez ela perder o emprego, porém foi "compreensível" e não justificável, depois dele ter sido rejeitado por ela. Talvez ai esteja o perigo de você doar tudo para uma paixão. O Dean abandonou sua vida por ela, ele não queria uma família mas por ela aceitou a filha de outro e cuidou como sua. Por mais que ele não tivesse um emprego "tradicional" isso não isentava ele de ser um bom pai. Ela, no entanto não se encontrava mais compatível com ele. Quando você percebe que a música dos dois que toca no motel você percebe que tudo ta perdido.
O que aparentou é que ela simplesmente não amava mais ele e ele era perdidamente apaixonado por ela. Mas acontece, é a vida. Incompleta e imperfeita como ela é.
Gostei, mas por mais que ame ver Toy Story com uma animação linda e nova preferiria que o final da franquia fosse no 3.
A homenagem aos brinquedos antigos ficou linda. Senti falta de ver os personagens mais antigos e relativamente não curti tanto o final. Woody por mais que tivesse tanta atenção não acho que se encaixe no mundo "livre" como a Bete. Mas aí é questão de opinião e não tira o mérito do filme.
De 1076 filmes no currículo, eis aqui o único filme que me fez chorar.
Toy Story é sobre muita coisa. Abandono, esquecimento, infância, nostalgia mas a mensagem principal é uma: amizade.
De toda a trilogia e agora o quarto filme não deve ser diferente. Meu apego pelo filme sempre foi MUITO grande. Toda criança sempre imaginou vida pra seus bonecos, ainda mais quando se sentia sozinha. E como eu me senti... Perdi minha mãe cedo e nesse filme encontrei muita coisa que não conseguia explicar pequeno. Sempre tive meu universo próprio e acho que essa franquia fez parte de minha formação moral e ética. Acho não. Tenho certeza. Foi inexplicável rever isso tanto tempo depois e sentir o mesmo que sentia quando locava o VHS na locadora perto de casa (no caso do 1 e do 2) e perceber que tanto depois minha essência continua a mesma. O Buzz nos ensinou a ser quem nós verdadeiramente somos e porquê isso é importante, a Jessie nos mostrou que podemos ser amados novamente em um novo lugar e não devemos ter medo isso. Andy nos mostrou como pode ser difícil amadurecer e seguir em frente e o Woddy.... Ah o Woddy. Foi tanta coisa sabe? Mas o mais importante: é de não desistir de quem amamos.
Alguns personagens são adicionados no roteiro sem nenhuma razão, a história não tem nada de extraordinário, a resolução foi boba e principalmente como a policial achou a casa.
Parece um esqueceram de mim versão +18. O que salva são as atuações, principalmente da diva Frances McDormand.
Há tantas coisas a serem pontuadas nesse filme memorável. Mas é necessário se atentar ao foco da discussão. O que é vida ? O que nos torna humanos?
A primeira quebra importante no roteiro temos quando o mestre do fantoches, o grande vilão na história, não tem um plano mirabolante para destruir o mundo ou a raça humana. Ele apenas quer ser considerado uma vida. E acho que tanto ele quanto várias pessoas sentem essa mesma indagação.
Em um mundo repleto de gente, como em cyberpunks, e em grandes metrópoles, onde sentimos maiores opressões advindas da singularidade e pequenez do indivíduo, pensamos: o que nos faz importantes? O nos eleva além de um número na multidão?
Cada ser é único, como suas próprias vivências e memórias. E isso que nos faz humanos. Mas o filme nos leva ao questionamento de, e se a mente humana pudesse ser reproduzida sinteticamente? Por que não considerar como vida?
E por final ainda temos uma das frases mais importantes
" Seu desejo de permanecer o que você é, é o que acaba por te limitar."
Motoko assim como nós tem medo de mudar sua personalidade, de deixar de ser quem ela é. Abandonar nossa zona de conforto. E isso limita nosso mundo, possibilidades e conhecimentos.
E se perdemos nossa memória deixaremos de ser quem nós somos? Estaremos condenados a sermos fantasmas em uma concha?
" Faz dois anos que ela morreu e é isso que eu me lembro. E é disso que sinto falta. As pequenas idiossincrasias que só eu conhecia."
Esse diálogo acabou comigo. Primeiro de tudo. Me identifico muito com o Will, principalmente em relacionamentos. Sempre achei que poderia ler as pessoas pelo o que elas leem ou que poderia me tornar sábio sem conhecer o mundo lá fora. Não posso. A vivência, realidade é o dia-a-dia são muito mais complexos.
" Você pode ter lido sobre a capela cistina, mas com certeza não sentiu o cheiro de lá. "
Não há apenas uma forma de inteligência do mundo. Will poderia ser um gênio mas não sabia lidar com as pessoas. E eu sinto que sou como ele. Por mais que não seja um otário como ele foi, sempre me senti incomodado por estar rodeado de pessoas tão diferentes de mim, mas se não estivesse não teria crescido.
E nos relacionamentos...
Quando você conhece alguém e fica empolgado cada vez mais por aquela pessoa ser diferente mas tem medo de ela se torne trivial. Mas no fim da vida, nos lembraremos desse momentos mais simples... Como aquele dia que deu tudo errado no rolê, quando vc quase comenteu uma gafe com a pessoa que você gosta ou quando fez xixi nas calças de tanto dar risada.
Você não encontrara alguém igual a você ou sem defeitos. E nem precisa.
Outro paralelo do filme é obsessão do professor por sucesso e status. Nunca me enganei quanto a isso. Sempre soube diferençar do que quero e do que me trará "sucesso" material.
Will no entanto tinha medo de voar, mesmo sabendo que tinha a " ficha premiada" enquanto percorria a linha tênue da diferença entre não querer algo e ter medo de ter.
" Os melhores 10 segundos do meu dia são quando eu percorro até sua porta e imagino que você não está lá e simplesmente se mandou. Sem adeus ou até logo."
Nem tudo precisa sair como você imagina pra ser perfeito.
Quando assisti a primeira vez era muito novo e não fui capaz de compreender todas as mensagens desse filme que são por sua maioria sutis.
Família, dor e fracassos. A maior parte da vida projetamos a felicidade para o futuro. Quando tivermos o carro que queremos, a casa que queremos ou o "concurso de moda" que queremos ganhar.
" A vida é um concurso de moda atrás de outro."
Quando na realidade devemos ser felizes agora! Lutando! Durante a batalha. E por mais piegas que possa soar, o avô de Oliver estava certo. Aqueles que hoje são considerados " vencedores" tiveram muitas perdas na vida, pra conseguir o que almejavam.
Desde do rico empresário ou o cantor famoso que você gosta. Todos sofreram para estarem ali, sem exceção.
E as vezes aquilo que tanto almejamos não é de fato o que realmente queremos ou precisamos. E isso não faz de nós perdedores. Não temos que seguir os passos do sucesso, não temos que seguir instituições, fórmulas mágicas ou se adequar em lugar que não somos bem-vindos por uma obsessão ou falsa impressão de felicidade.
Não há vergonha nenhuma de não ter ganhado quando demos o nosso melhor pra isso.
Dê o seu melhor, não foi suficiente? Tudo bem. Tente de novo e se por fim você notar que esse não é o seu lugar, não há nada de se chamar perdedor por buscar algo novo.
Todo mundo quer vencer, e na vida há um concurso de beleza após o outro. Então, não espere pra ser feliz só quando vence, aprecie a jornada. Porque no final, as melhores memórias serão da época que você estava lutando.
E vencer não é o mais importante e quando um dia conseguimos aquele "concurso de beleza" nos deparamos com a surpresa de que a vida não é sobre isso.
Ps1: o arco final é uma das coisas mais belas do cinema, tanto pelo avô ter colocado um pouco de sua crítica póstuma aos "concursos" de modo geral assim como "adultização" infantil tão recorrente no mundo moderno. Assim como a impressão de que o mundo é cercado de vencedores e que somente eles são felizes. Muito e muitos homens com vidas invejáveis hoje se encontram depressivos por projetarem sua felicidade nisso.
Ps2: dois atores de Breaking Bad e até o clima me lembra um pouco da série
A parte mais interessante pra mim foi a do Pyle, a cena dele no banheiro é icônica. Mais uma vez a denuncia da arte sobre a guerra do Vietnã, esta qual fez jovens reféns de ambos os lados. Não temos uma visão dicotomista aqui.
O protagonista que permaneceu quase como um mero observador tem sua inocência tomada no final do filme. É a representação do que os EUA e suas guerras fizeram e ainda fazem. Roubam sonhos, anseios e esperanças.
O arco final temos a sequência do confronto com o desconhecido, com o "vilão" e com o "monstro". Naturalmente somos levados a acreditar que algo de muito abominável nos espera naquele prédio, quando na verdade descobrimos que é apenas uma criança, que teve sua vida e sonhos, terminados ali, depois de uma puxada de gatilho.
Rever aquelas cenas na telão foi como uma viagem no tempo. Quanta coisa mudou ? E num prazo de tempo nem tão grande. Como seria se pudéssemos rever nosso passado? Passo a passo? Aquele heróis reunidos ali no ápice máximo de sinergia e euforia coletiva, todo mundo ali na sala se conectava e torcia pelo mesmo. O heroísmo que surge no último momento, o guerreiro que nunca para de lutar, e aquele que se encontra, jamais poderá ser vencido.
Um espetáculo sem dúvida alguma, porém tirando os pontos fortes como todos já sabemos, duas coisas me incomodaram: o Capitão América virar um novo Thor e o fato dele voltar pro passado sendo que existia um dele lá congelado. Sim, foi sensacional quando Steve pegou o machado, mas comandar raios? Não sou fã do Thor mas tenho que concordar de que ele ficou sub-utilizado.
Mas nada que tire o mérito do filme. É sem dúvida, um espetáculo pra quem ama histórias em quadrinho.
A proposta da diretora nunca foi fazer um filme de ação e muito menos abordar a violência como forma de entretenimento. Vi comentários abaixo falando que Joaquin Phoenix "salvou" o filme ou carrega o filme nas costas, vocês não entenderam. Ele É o filme. É um estudo de personagem, de um homem atormentado por seu passado, com tendência suicidas, repetindo características freudianas de seu pai violentador: como no martelo que usava, na toalha que abafava seu rosto ou o auto-sufocamento em forma de agressão a si próprio.
Atenção também para os frames que marcam os pés dos personagens. Todos os gravados tiveram sua inocência tirada pela violência.
Ao final ainda temos a quebra de expectativa do "confronto final" em que Joe se assume fraco, por ter perdido a todos que tentou proteger, e não pode ser o "mocinho" da história, pois a menina já havia se salvado.
Detalhe pra sutileza da cena do bebedouro no início e no final em que Joe sonha com seu suicídio, demonstrando que realmente, ele nunca esteva lá.
Fiquei com vontade de conhecer o mundo de Agartha, porém muita coisa foi deixada de lado. Claro que a ideia da viagem é um pretexto para contar uma história sobre duas coisas: passado e solidão.
Para o futuro existir é necessário deixar as coisas antigas irem. Não significa que não devemos ter saudade, mas não precisamos regressar ao passado, pois ele já nos ensinou sua lição.
E a solidão de Asuna vem de uma mãe ausente que nos leva até uma discussão que tudo na trama pode ser apenas um mundo criado por uma criança, para se salvar da solidão. Falo até por mim. Quando minha mãe faleceu, na minha infância, me senti extremamente só. O que me levou a criar um mundo só meu.
Viagem para Agharta é uma animação ,sem dúvida alguma, que deve ser visitada.
Ok, entendi a questão que por mais absurdo que seja um acontecimento ele pode acontecer, e sim até o absurdo de uma chuva de animais. Mas pra que 3 horas de filme?
Assim como próprio nome já diz o filme faz uma ligação direta com o destino: algo impossível de se escapar. Atmosfera sufocante, câmera subjetiva ao extremo e incômodo. Principalmente incômodo. Até mesmo os créditos do filme iniciam do final , mostrando a alteração da temporalidade.
Podemos ver o destino se manifestando sutilmente nas cenas em o casal está na cama: o " sonho" de Alex e o braço dormente ( que posteriormente seria quebrado) de seu namorado.
" É sempre a mulher que decide" " Não sou um objeto"
O fato do filme não ser linear torna todas as frases faladas anteriormente trágicas e com um peso muito maior.
Mas mesmo com toda essa violência explícita o diretor também sabe ser sutil. Por exemplo, quando Alex não precisa dizer que está grávida para o público, bastando passar a mão sobre sua barriga após a teste e a câmera em um jogo rápido grava o teto com o poster de 2001 e a criança misteriosa. O próprio túnel em que Alex é estuprada remete a perfeita simetria dos enquadramentos de Kubrick em 2001.
E ainda temos a pergunta, o que é moral? O que seria justiça em uma situação dessas? É inegável a vontade de que "La Tênia" que tivesse o crânio esmagado ali, junto a toda aquela podridão, mas prefiro ter meu final aberto onde imagino um fim bem pior para o mesmo.
E por fim, sabem a sensação de assitir o mesmo filme e imaginar outras situações mesmo sabendo que não vai acontecer? Ou medo que você sente do protagonista não conseguir fazer tal coisa, mesmo sabendo que ele vai? Isso não acontece aqui. Temos a certeza da tragédia. A certeza que o tempo vai destruir tudo.
A temporalidade cronológica do filme nos mostra o quanto aquela tragédia foi e será , irreversível.
Possessão
3.9 592" Não posso viver sozinha porque tenho medo de mim mesmo. Sou causadora de meu próprio mal."
O filme é uma metáfora de um fim de casamento conturbado. Retrato até mesmo do próprio de diretor. Nada mais que uma esposa que buscava o reflexo de um marido perfeito. O monstro é um reflexo subjetivo de toda negatividade que existia na relação dos dois. A professora poderia ser também uma visão de esposa perfeita, mas prefiro achar que foi até mesmo a visão da criança da substituição de sua mãe. Achei cansativo, 2 horas é tempo demais pra filmes que tendem a ser perturbadores ou incômodos.
Em Chamas
3.9 379 Assista AgoraA dança daqueles famintos por um sentido na vida...
Uma cena curiosa foi a transição da dança pra parte da boate. Levando em consideração que ali estava cercado de pessoas vazias. Mas essa é uma interpretação do filme, não necessariamente que todas as pessoas que estão na boate que são vazias. Mas pelo contexto , entendemos isso.
Num lugar não tão diferente do Brasil, em que jovens se encontram sem emprego após formados e de um lado vemos uma diferença social enorme de uma pessoa da mesma idade dirigindo um Porsche , me faz crer que e a interpretação do filme é quando abandonarmos nossos anseios e somos " queimados" pelo falso ideal de dinheiro e felicidade. O empresário por mais rico que fosse também não via um sentido na vida, estava sempre entediado. Hae-mi abandonou um amor por interesses financeiros. Joong-soo por mais que já soubesse o que queria se sentia perdido diante de todo aquele contexto. O Thriller é mais um contexto pra abrir essa discussão existencialista.
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KVamos resumir o que aprendemos da forma mais imparcial possível:
*PT ou qualquer outro partido só começou a governar com alianças com a elite política. Os políticos sempre mudam mas os grandes empresários sempre estão lá. E qualquer candidato de qualquer lado político terá que governar para os grandes empresários.
*Ao contrário do que o MBL prega o sistema de governabilidade corrupta é algo institucionalizado no Brasil desde antes da ditadura. E por si só não é uma característica exclusiva do PT ou inventado por ele.
*Impeachtement foi usado como ferramenta eleitoral pelo chefe da oposição Aécio Neves que não só não aceitou as eleições democráticas como impediu o segundo mandato da presidente eleita. O manuseio político foi abraçado pelo chefe da câmara Eduardo Cunha que perdeu a proteção no conselho de ética.
*Erros econômicos do partido do PT levaram a ascensão da oposição e insatisfação da população que abraçou um viés não tão democrático assim.
*O crime das pedaladas fiscais por si só não era o suficiente pra tirar Dilma do poder. E até o Moro admitiu que foi um pretexto para tirá-la.
* Com a nova eleição chegando, Lula o candidato com mais popularidade é engolido pelo oposição e impedido de concorrer por um juiz parcial que adota uma celeridade no processo absurda, que posteriormente se mostraria através da intercept que sua operação lava jato , que inicialmente tinha o propósito de acabar com a corrupção, tomou cunho partidário.
* Lula foi impedido de obter foro de prerrogativa de função para ser julgado pela justiça federal ( Moro).
*Polarização eleitoral e uso das redes sociais como canalizador de votos.
Clímax
3.6 1,1K Assista AgoraNa cena inicial você vê as nuances de como alguém que gosta tanto da mesma coisa que você pode não parecer com você em absolutamente em nada. Cada personagem ali morreria sem a dança, mas ao poucos você vai percebendo que é apenas isso que eles têm em comum. A dança aparece também como um reflexo até mesmo da personalidade e parece muitas vezes uma transe. Você fica hipnotizado. Plano sequência, sincronização, câmera subjetiva. Gaspar Noé do seu melhor jeito e sabendo caracterizar exatamente um inferno astral.
Tudo aparenta ser como Aldous Huxley em "as portas da percepção" descreveu como inferno esquizofrênico. Aqueles que possuem doenças como ansiedade e depressão quando experimentam de drogas como LSD ou mescalina irão provar disso. Aqueles que não, provam o paraíso esquizofrênico como aquela alemã provou.
Ps1: cena inicial vemos na estande um livro do Fritz Lang, diretor que marcou a história do cinema. Filmes famosos são " Metrópolis" e " M, vampiro de Dusseldorf"
Ps2 : vê livros e dvd's como "A aventura hippie" " Nietzsche" " suicídio" " possessão" "o inconsciente" " esquizofrênia" " Salo 120 dias " " Eraserhead " " Kafka - a metamorfose" "cinema homossexual" " táxi driver" " sociedade secretas".
Toda essa estande parede ser um prelúdio do que viria a acontecer depois. Como a dança de Selva que lembra Suspiria e Obsessão
Homem-Aranha: Longe de Casa
3.6 1,3K Assista AgoraAs melhores coisas do filme são :
"I love Led Zeppelin"
Interpretação do Jack Gyllenhaal
J.J aparecendo no final
O que sinto falta é do Peter Parker meio pobretão igual do Tobey Maguire.
Namorados para Sempre
3.6 2,5K Assista AgoraEngraçado como o filme causou tantas visões diferentes. O fato deu defender Dean não isenta de achar que ele passou dos limites na última cena. Sim, ali ele foi abusivo e ainda fez ela perder o emprego, porém foi "compreensível" e não justificável, depois dele ter sido rejeitado por ela. Talvez ai esteja o perigo de você doar tudo para uma paixão. O Dean abandonou sua vida por ela, ele não queria uma família mas por ela aceitou a filha de outro e cuidou como sua. Por mais que ele não tivesse um emprego "tradicional" isso não isentava ele de ser um bom pai. Ela, no entanto não se encontrava mais compatível com ele. Quando você percebe que a música dos dois que toca no motel você percebe que tudo ta perdido.
O que aparentou é que ela simplesmente não amava mais ele e ele era perdidamente apaixonado por ela. Mas acontece, é a vida. Incompleta e imperfeita como ela é.
A trilha-sonora é uma delícia.
Cidadão Kane
4.3 992 Assista Agora"Talvez se não fosse tão rico tivesse se tornado um homem bom"
Influência da imprensa e do jornalismo em uma nação e um viés questionador da vida de homem grande e rico que possuía tudo e ao mesmo tempo nada.
Toy Story 4
4.1 1,4K Assista AgoraGostei, mas por mais que ame ver Toy Story com uma animação linda e nova preferiria que o final da franquia fosse no 3.
A homenagem aos brinquedos antigos ficou linda. Senti falta de ver os personagens mais antigos e relativamente não curti tanto o final. Woody por mais que tivesse tanta atenção não acho que se encaixe no mundo "livre" como a Bete. Mas aí é questão de opinião e não tira o mérito do filme.
Toy Story 3
4.4 3,6K Assista AgoraDe 1076 filmes no currículo, eis aqui o único filme que me fez chorar.
Toy Story é sobre muita coisa. Abandono, esquecimento, infância, nostalgia mas a mensagem principal é uma: amizade.
De toda a trilogia e agora o quarto filme não deve ser diferente. Meu apego pelo filme sempre foi MUITO grande. Toda criança sempre imaginou vida pra seus bonecos, ainda mais quando se sentia sozinha. E como eu me senti... Perdi minha mãe cedo e nesse filme encontrei muita coisa que não conseguia explicar pequeno. Sempre tive meu universo próprio e acho que essa franquia fez parte de minha formação moral e ética. Acho não. Tenho certeza. Foi inexplicável rever isso tanto tempo depois e sentir o mesmo que sentia quando locava o VHS na locadora perto de casa (no caso do 1 e do 2) e perceber que tanto depois minha essência continua a mesma. O Buzz nos ensinou a ser quem nós verdadeiramente somos e porquê isso é importante, a Jessie nos mostrou que podemos ser amados novamente em um novo lugar e não devemos ter medo isso. Andy nos mostrou como pode ser difícil amadurecer e seguir em frente e o Woddy.... Ah o Woddy. Foi tanta coisa sabe? Mas o mais importante: é de não desistir de quem amamos.
Vício Inerente
3.5 554 Assista Agora- você é a grande besta?
- não querida é um policial
- senhora está dirigindo de faróis apagados
- mas eu posso enxergar no escuro
KKKKKKK
Fargo: Uma Comédia de Erros
3.9 921 Assista AgoraAlguns personagens são adicionados no roteiro sem nenhuma razão, a história não tem nada de extraordinário, a resolução foi boba e principalmente como a policial achou a casa.
Parece um esqueceram de mim versão +18. O que salva são as atuações, principalmente da diva Frances McDormand.
Hellboy
2.6 423 Assista AgoraFui assistir pra esvaziar a cabeça e enchi ela de merda.
Digam o Que Quiserem
3.7 352"Ninguém acha que vai dar certo, acham? "
"Você acabou de descrever cada história de sucesso."
O Fantasma do Futuro
4.1 395 Assista AgoraHá tantas coisas a serem pontuadas nesse filme memorável. Mas é necessário se atentar ao foco da discussão. O que é vida ? O que nos torna humanos?
A primeira quebra importante no roteiro temos quando o mestre do fantoches, o grande vilão na história, não tem um plano mirabolante para destruir o mundo ou a raça humana. Ele apenas quer ser considerado uma vida. E acho que tanto ele quanto várias pessoas sentem essa mesma indagação.
Em um mundo repleto de gente, como em cyberpunks, e em grandes metrópoles, onde sentimos maiores opressões advindas da singularidade e pequenez do indivíduo, pensamos: o que nos faz importantes? O nos eleva além de um número na multidão?
Cada ser é único, como suas próprias vivências e memórias. E isso que nos faz humanos. Mas o filme nos leva ao questionamento de, e se a mente humana pudesse ser reproduzida sinteticamente? Por que não considerar como vida?
E por final ainda temos uma das frases mais importantes
" Seu desejo de permanecer o que você é, é o que acaba por te limitar."
Motoko assim como nós tem medo de mudar sua personalidade, de deixar de ser quem ela é. Abandonar nossa zona de conforto. E isso limita nosso mundo, possibilidades e conhecimentos.
E se perdemos nossa memória deixaremos de ser quem nós somos? Estaremos condenados a sermos fantasmas em uma concha?
Gênio Indomável
4.2 1,3K Assista Agora" Faz dois anos que ela morreu e é isso que eu me lembro. E é disso que sinto falta. As pequenas idiossincrasias que só eu conhecia."
Esse diálogo acabou comigo. Primeiro de tudo. Me identifico muito com o Will, principalmente em relacionamentos. Sempre achei que poderia ler as pessoas pelo o que elas leem ou que poderia me tornar sábio sem conhecer o mundo lá fora. Não posso. A vivência, realidade é o dia-a-dia são muito mais complexos.
" Você pode ter lido sobre a capela cistina, mas com certeza não sentiu o cheiro de lá. "
Não há apenas uma forma de inteligência do mundo. Will poderia ser um gênio mas não sabia lidar com as pessoas. E eu sinto que sou como ele. Por mais que não seja um otário como ele foi, sempre me senti incomodado por estar rodeado de pessoas tão diferentes de mim, mas se não estivesse não teria crescido.
E nos relacionamentos...
Quando você conhece alguém e fica empolgado cada vez mais por aquela pessoa ser diferente mas tem medo de ela se torne trivial. Mas no fim da vida, nos lembraremos desse momentos mais simples... Como aquele dia que deu tudo errado no rolê, quando vc quase comenteu uma gafe com a pessoa que você gosta ou quando fez xixi nas calças de tanto dar risada.
Você não encontrara alguém igual a você ou sem defeitos. E nem precisa.
Outro paralelo do filme é obsessão do professor por sucesso e status. Nunca me enganei quanto a isso. Sempre soube diferençar do que quero e do que me trará "sucesso" material.
Will no entanto tinha medo de voar, mesmo sabendo que tinha a " ficha premiada" enquanto percorria a linha tênue da diferença entre não querer algo e ter medo de ter.
" Os melhores 10 segundos do meu dia são quando eu percorro até sua porta e imagino que você não está lá e simplesmente se mandou. Sem adeus ou até logo."
Acho que ele encontrou a resposta.
Um Homem com uma Câmera
4.4 196 Assista AgoraA obra do homem é a sua visão sobre o mundo.
Pequena Miss Sunshine
4.1 2,8K Assista AgoraNem tudo precisa sair como você imagina pra ser perfeito.
Quando assisti a primeira vez era muito novo e não fui capaz de compreender todas as mensagens desse filme que são por sua maioria sutis.
Família, dor e fracassos. A maior parte da vida projetamos a felicidade para o futuro. Quando tivermos o carro que queremos, a casa que queremos ou o "concurso de moda" que queremos ganhar.
" A vida é um concurso de moda atrás de outro."
Quando na realidade devemos ser felizes agora! Lutando! Durante a batalha. E por mais piegas que possa soar, o avô de Oliver estava certo. Aqueles que hoje são considerados " vencedores" tiveram muitas perdas na vida, pra conseguir o que almejavam.
Desde do rico empresário ou o cantor famoso que você gosta. Todos sofreram para estarem ali, sem exceção.
E as vezes aquilo que tanto almejamos não é de fato o que realmente queremos ou precisamos. E isso não faz de nós perdedores. Não temos que seguir os passos do sucesso, não temos que seguir instituições, fórmulas mágicas ou se adequar em lugar que não somos bem-vindos por uma obsessão ou falsa impressão de felicidade.
Não há vergonha nenhuma de não ter ganhado quando demos o nosso melhor pra isso.
Dê o seu melhor, não foi suficiente? Tudo bem. Tente de novo e se por fim você notar que esse não é o seu lugar, não há nada de se chamar perdedor por buscar algo novo.
Todo mundo quer vencer, e na vida há um concurso de beleza após o outro. Então, não espere pra ser feliz só quando vence, aprecie a jornada. Porque no final, as melhores memórias serão da época que você estava lutando.
E vencer não é o mais importante e quando um dia conseguimos aquele "concurso de beleza" nos deparamos com a surpresa de que a vida não é sobre isso.
Ps1: o arco final é uma das coisas mais belas do cinema, tanto pelo avô ter colocado um pouco de sua crítica póstuma aos "concursos" de modo geral assim como "adultização" infantil tão recorrente no mundo moderno. Assim como a impressão de que o mundo é cercado de vencedores e que somente eles são felizes. Muito e muitos homens com vidas invejáveis hoje se encontram depressivos por projetarem sua felicidade nisso.
Ps2: dois atores de Breaking Bad e até o clima me lembra um pouco da série
Nascido Para Matar
4.3 1,1K Assista AgoraA parte mais interessante pra mim foi a do Pyle, a cena dele no banheiro é icônica. Mais uma vez a denuncia da arte sobre a guerra do Vietnã, esta qual fez jovens reféns de ambos os lados. Não temos uma visão dicotomista aqui.
O protagonista que permaneceu quase como um mero observador tem sua inocência tomada no final do filme. É a representação do que os EUA e suas guerras fizeram e ainda fazem. Roubam sonhos, anseios e esperanças.
O arco final temos a sequência do confronto com o desconhecido, com o "vilão" e com o "monstro". Naturalmente somos levados a acreditar que algo de muito abominável nos espera naquele prédio, quando na verdade descobrimos que é apenas uma criança, que teve sua vida e sonhos, terminados ali, depois de uma puxada de gatilho.
Vingadores: Ultimato
4.3 2,6K Assista AgoraRever aquelas cenas na telão foi como uma viagem no tempo. Quanta coisa mudou ? E num prazo de tempo nem tão grande. Como seria se pudéssemos rever nosso passado? Passo a passo? Aquele heróis reunidos ali no ápice máximo de sinergia e euforia coletiva, todo mundo ali na sala se conectava e torcia pelo mesmo. O heroísmo que surge no último momento, o guerreiro que nunca para de lutar, e aquele que se encontra, jamais poderá ser vencido.
Vingadores: Ultimato
4.3 2,6K Assista AgoraUm espetáculo sem dúvida alguma, porém tirando os pontos fortes como todos já sabemos, duas coisas me incomodaram: o Capitão América virar um novo Thor e o fato dele voltar pro passado sendo que existia um dele lá congelado. Sim, foi sensacional quando Steve pegou o machado, mas comandar raios? Não sou fã do Thor mas tenho que concordar de que ele ficou sub-utilizado.
Mas nada que tire o mérito do filme. É sem dúvida, um espetáculo pra quem ama histórias em quadrinho.
Você Nunca Esteve Realmente Aqui
3.6 521 Assista AgoraNão é definitivamente um filme para o grande público. A prova maior disso é uma nota média baixa, 3,6 no filmow.
A proposta da diretora nunca foi fazer um filme de ação e muito menos abordar a violência como forma de entretenimento. Vi comentários abaixo falando que Joaquin Phoenix "salvou" o filme ou carrega o filme nas costas, vocês não entenderam. Ele É o filme. É um estudo de personagem, de um homem atormentado por seu passado, com tendência suicidas, repetindo características freudianas de seu pai violentador: como no martelo que usava, na toalha que abafava seu rosto ou o auto-sufocamento em forma de agressão a si próprio.
Atenção também para os frames que marcam os pés dos personagens. Todos os gravados tiveram sua inocência tirada pela violência.
Ao final ainda temos a quebra de expectativa do "confronto final" em que Joe se assume fraco, por ter perdido a todos que tentou proteger, e não pode ser o "mocinho" da história, pois a menina já havia se salvado.
Detalhe pra sutileza da cena do bebedouro no início e no final em que Joe sonha com seu suicídio, demonstrando que realmente, ele nunca esteva lá.
Viagem Para Agartha
4.0 158 Assista AgoraGostei mais da ideia do que da execução.
Fiquei com vontade de conhecer o mundo de Agartha, porém muita coisa foi deixada de lado. Claro que a ideia da viagem é um pretexto para contar uma história sobre duas coisas: passado e solidão.
Para o futuro existir é necessário deixar as coisas antigas irem. Não significa que não devemos ter saudade, mas não precisamos regressar ao passado, pois ele já nos ensinou sua lição.
E a solidão de Asuna vem de uma mãe ausente que nos leva até uma discussão que tudo na trama pode ser apenas um mundo criado por uma criança, para se salvar da solidão. Falo até por mim. Quando minha mãe faleceu, na minha infância, me senti extremamente só. O que me levou a criar um mundo só meu.
Viagem para Agharta é uma animação ,sem dúvida alguma, que deve ser visitada.
Magnólia
4.1 1,3K Assista AgoraOk, entendi a questão que por mais absurdo que seja um acontecimento ele pode acontecer, e sim até o absurdo de uma chuva de animais. Mas pra que 3 horas de filme?
Irreversível
4.0 1,8K Assista AgoraAssim como próprio nome já diz o filme faz uma ligação direta com o destino: algo impossível de se escapar. Atmosfera sufocante, câmera subjetiva ao extremo e incômodo. Principalmente incômodo. Até mesmo os créditos do filme iniciam do final , mostrando a alteração da temporalidade.
Podemos ver o destino se manifestando sutilmente nas cenas em o casal está na cama: o " sonho" de Alex e o braço dormente ( que posteriormente seria quebrado) de seu namorado.
" É sempre a mulher que decide"
" Não sou um objeto"
O fato do filme não ser linear torna todas as frases faladas anteriormente trágicas e com um peso muito maior.
Mas mesmo com toda essa violência explícita o diretor também sabe ser sutil. Por exemplo, quando Alex não precisa dizer que está grávida para o público, bastando passar a mão sobre sua barriga após a teste e a câmera em um jogo rápido grava o teto com o poster de 2001 e a criança misteriosa. O próprio túnel em que Alex é estuprada remete a perfeita simetria dos enquadramentos de Kubrick em 2001.
E ainda temos a pergunta, o que é moral? O que seria justiça em uma situação dessas? É inegável a vontade de que "La Tênia" que tivesse o crânio esmagado ali, junto a toda aquela podridão, mas prefiro ter meu final aberto onde imagino um fim bem pior para o mesmo.
E por fim, sabem a sensação de assitir o mesmo filme e imaginar outras situações mesmo sabendo que não vai acontecer? Ou medo que você sente do protagonista não conseguir fazer tal coisa, mesmo sabendo que ele vai? Isso não acontece aqui. Temos a certeza da tragédia. A certeza que o tempo vai destruir tudo.
A temporalidade cronológica do filme nos mostra o quanto aquela tragédia foi e será , irreversível.