Existem inúmeros documentários sobre a Segunda Guerra Mundial e o holocausto nazista na Europa, porém foi interessante ver um lado obscuro dessa tragédia toda: aqueles que colaboraram com o anti-semitismo e deduravam refugiados, visando ganhar um certo reconhecimento da Gestapo.
Incrível como esses jovens têm discursos um tanto sólidos, independente de suas opiniões sobre diversos assuntos - sociedade, política, racismo, perspectivas sobre o futuro, lazer, o sexo oposto. Eles usam as palavras de maneira tão matura, mas sem perder o senso de humor tipicamente inglês: "I don't care what color somebody is... unless they're blue, and I think that would be pretty peculiar".
"The snow melts". Fantástico! Me fez lembrar o quanto eu sou fascinado pela Rita Tushingham, seus trejeitos, o contorno do rosto, os olhos. Que mulher...
Uma pena que muitos só conhecem os seus covers de sucesso Without You (do Badfinger) e Everybody's Talkin' (Fred Neil). Teve uma discografia genial, se eu fosse escolher um álbum apenas, seria Son of Schmilsson.
Tem momentos muito bons em que a linha do filme e o 'filme dentro do filme' se confundem. Metafísica trabalhada sutilmente (e às vezes de maneira mais explícita).
Uma trama sobre um garoto cego que é rejeitado pelo próprio pai é algo muito fácil de se tornar desesperadamente edificante... mas está longe de ser o caso neste filme magnífico. Dos simbolismos à fotografia, tudo no seu devido lugar, passando por um caminho altamente emocional.
Primeiro filme americano do Bryan Forbes que eu assisto. Não chega nem perto dos magníficos trabalhos britânicos da década anterior, e sofre demais por parecer - estetica e narrativamente - um produto do seu tempo.
Estranha adaptação do romance do Nabokov. O Fassbinder focou demais no nazismo, e algumas das introspecções do protagonista ficaram confusas na tela. Mas, a estética pomposa dos últimos anos de sua carreira está aqui.
Acho bobagem comparar filmes que foram baseados em romances com suas origens literárias, já que se tratam de duas mídias diferentes, com propósitos diferentes. Mas, neste caso, é difícil conter a antecipação ao assistir uma adaptação daquele que, talvez, seja o grande romance do século XX. E se, nas páginas do James Joyce, a sua forma era revolucionária (mesmo revisitando métodos já existentes), como ficaria nas telas? Bem, a minha impressão é que o Ulysses é um romance um tanto cinematográfico, mesmo tendo sido lançado nos primórdios da sétima arte (concluído em 1918, distribuído na sua forma integral quatro anos depois). Em 'cinematográfico' eu quero dizer 'visual' - o momento da alucinação em Circe, por exemplo, parece digna dos experimentalismos absurdos que surgiriam no cinema ao longo das décadas. Agora, como comprimir 1106 páginas em 2 horas de um filme? Digamos que temos apenas um aperitivo do romance, com algumas omissões (Lotófagos, Cila e Caríbdis, Sereias, Eumeu) e abreviações notáveis em todos os outros capítulos. Este é um 'épico ao corpo humano', como descreveram por aí a obra-prima do Joyce, com muitas introspecções, jogos de linguagens e fluxos de consciência - como tentar, ao menos, transmitir essas sensações para uma obra audiovisual? Muitos diretores (Kubrick, Scorsese) já deixaram de adaptar algumas obras por considerarem-as 'infilmáveis'. Alguns estudiosos da questão (Truffaut, e os garotos da Cahiers du Cinema dos anos 1950) repudiavam adaptações aonde o cineasta simplesmente filmava os diálogos e transpunha as cenas de forma burocrática para o set de gravação. Este foi o grande desafio do norte americano Joseph Strick - como permanecer na linha tênue do 'pé da letra' e abstrações pessoais? De qualquer forma, muita polêmica seria levantada. Até hoje, na melhor das hipóteses, alguns consideram mais o filme pela sua audácia em retrabalhar uma obra dita sagrada pela crítica literária. Para mim, alguns momentos foram muito perspicazes, com técnicas de edição e truques narrativos para contar a história (as cenas com Blazes Boylan), já outros ficaram pálidos demais (o pub, as rochas). Porém, vale destacar que mesmo assim o autor conseguiu criar uma obra cinematográfica de valor, com muitas das características dos filmes britânicos do momento (novamente, lembro que o diretor é norte americano). Vamos supor, hipoteticamente, que fosse um roteiro original, o que seria para mim? Um filme interessante, mas longe de ser uma obra-prima transgressora de gêneros. A sensação de fadiga, paralelos com o épico de Homero, a gradiosidade em atos banais de um curso de menos de 24 horas, o caos, a ode aos órgãos do corpo humano, o contraste entre diferentes situações em cada hora do dia, narrados outrora com ritmos e formas completamente diferentes entre si, tudo isto foi filtrado por limitações práticas (e criativas também? Não sei, não conheço o trabalho do diretor). Ah, e já ia me esquecendo, apesar do romance se passar em 16 de junho de 1904 (o Bloomsday), a ambientação é moderna, estamos nos anos 1960.
Tirando o Lon Chaney, o filme é medíocre. Desde a primeiríssima cena já dá para notar que o filme estava sendo conduzido de forma desorganizada, resultando num trabalho que nem é visualmente impressionante, nem tem uma trama muito bem atada. Válido por um ser um dos pioneiros nas adaptações de romances de terror para o cinema, apesar de tudo. Ah sim, e tem a sequência em uma coloração precária no meio do filme que pode despertar alguma atenção. Prefira os gênios do Expressionismo Alemão, com seus Caligari, Nosferatu, Fausto e afins...
Pensei que seria exagerado demais no início, pesando demais a mão no absurdo e no cinismo, mas ao longo do filme houve uma bela compensação. Para quem gostou, recomendo os filmes do mestre britânico Lindsay Anderson.
"E um pavoroso combate se travava então... cortavam a luz nas câmaras de gás, estava escuro, não se via nada, e os mais fortes queriam subir, subir sempre, ficar mais alto. Sem dúvida sentiam que quanto mais subiam menos o ar lhes faltava. Podiam respirar melhor. Se travava uma batalha, e ao mesmo tempo quase todos se precipitavam para a porta. Era psicológico, a porta estava ali... se lançavam contra ela, como para forçá-la! Instinto irreprimível neste combate contra a morte. E por isso as crianças, os mais débeis e os velhos ficavam embaixo e os mais fortes em cima. Neste combate contra a morte, o pai esquecia que seu filho estava ali, debaixo dele. (E quando abriam as portas): Caiam... caiam como um bloco de pedra... uma avalanche de grossos blocos que caiam de um caminhão. E ali onde o Zyclon havia sido jogado estava vazio. No lugar dos cristais não havia ninguém. Sim, todo um espaço vazio. Provavelmente as vítimas sentiam que ali o Zyclon agia mais. As pessoas estavam... estavam feridas, pois no escuro era uma luta. Se debatiam, combatiam, sujos, manchados, ensanguentados, sangrando pelas orelhas, pelo nariz. Também observávamos algumas vezes que os que jaziam no solo estavam, por causa da pressão dos outros, totalmente irreconhecíveis... crianças com o crânio rebentado. (...) Vômitos, sangue. Dos ouvidos, do nariz... Talvez também sangue menstrual. Talvez não, certamente! Havia de tudo neste combate pela vida, este combate contra a morte. Era horrível de se ver. E era o mais difícil".
Mais um documento social do que uma mera gravação do festival em si. Aliás, aparentemente este ficou com menos da metade da duração total do filme. Tem uns momentos hilariantes com o Richard Pryor também. E, como era de se esperar, o Isaac Hayes é o momento máximo do show.
Nunca assisti a série Starsky and Hutch, dos Estados Unidos, lançada um ano antes deste filme do Deodato, mas algo me diz que foi de lá que veio a 'inspiração' desde filme. Afinal, no chamado 'cinema B italiano' dos anos 60, 70 e 80, quase todas as grandes tendências (principalmente norte americanas) eram adaptadas de maneira mais econômica e, geralmente, mais violenta.
Pra quem gostou, recomendo que vejam Divine Trash, documentário de 1998, com entrevistas do John Waters, Mink Stole e até mesmo nomes fortes do cinema como Jim Jarmusch e Steve Buscemi.
Diário de um Jornalista Bêbado
3.0 774 Assista grátisÉ mais Bruce Robinson do que Hunter S. Thompson.
A Tristeza e a Piedade
3.8 15Existem inúmeros documentários sobre a Segunda Guerra Mundial e o holocausto nazista na Europa, porém foi interessante ver um lado obscuro dessa tragédia toda: aqueles que colaboraram com o anti-semitismo e deduravam refugiados, visando ganhar um certo reconhecimento da Gestapo.
O Pequeno Fugitivo
4.2 15Pré-Cassavetes, pós-neorealismo italiano, deliciosamente no meio termo.
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraTwist. Twist. E depois mais um twist.
E o eterno 'ator-cara-de-bunda'.
Divertido, mas o Fincher já virou refém do seu método. E não adianta tentar 'amadurecer o estilo que o consagrou com Se7en' que eu não engulo.
Ah, e o negócio da metáfora do personagem inspirado pela Amy em paralelo com o que ela própria se transformou, nem me fale...
Forasteiro da Noite
3.7 8Da série de curtos e eficientes filmes do começo da carreira do mestre Anthony Mann, antes dele entrar no gênero Western (e dominá-lo absolutamente).
Mas que final estranho heim, eu me refiro ao momento final mesmo, os últimos segundos...
O Assado de Satã
3.7 11Sutileza raramente foi uma das características do Fassbinder, e aqui o deboche ganhou um tom um tanto histérico.
7 Plus Seven
4.2 5Incrível como esses jovens têm discursos um tanto sólidos, independente de suas opiniões sobre diversos assuntos - sociedade, política, racismo, perspectivas sobre o futuro, lazer, o sexo oposto. Eles usam as palavras de maneira tão matura, mas sem perder o senso de humor tipicamente inglês:
"I don't care what color somebody is... unless they're blue, and I think that would be pretty peculiar".
Vício Inerente
3.5 554 Assista AgoraNovo do Paul Thomas Anderson, aguardando há um bom tempo!
Um Amor Sem Esperanças
3.6 5"The snow melts".
Fantástico! Me fez lembrar o quanto eu sou fascinado pela Rita Tushingham, seus trejeitos, o contorno do rosto, os olhos. Que mulher...
Who Is Harry Nilsson (And Why Is Everybody Talkin' About …
3.9 3Uma pena que muitos só conhecem os seus covers de sucesso Without You (do Badfinger) e Everybody's Talkin' (Fred Neil). Teve uma discografia genial, se eu fosse escolher um álbum apenas, seria Son of Schmilsson.
E que amigos ele teve, heim...
Who's Camus Anyway?
3.5 1Tem momentos muito bons em que a linha do filme e o 'filme dentro do filme' se confundem. Metafísica trabalhada sutilmente (e às vezes de maneira mais explícita).
A Cor do Paraíso
4.2 194 Assista AgoraUma trama sobre um garoto cego que é rejeitado pelo próprio pai é algo muito fácil de se tornar desesperadamente edificante... mas está longe de ser o caso neste filme magnífico. Dos simbolismos à fotografia, tudo no seu devido lugar, passando por um caminho altamente emocional.
Esposas em Conflito
3.6 91Primeiro filme americano do Bryan Forbes que eu assisto. Não chega nem perto dos magníficos trabalhos britânicos da década anterior, e sofre demais por parecer - estetica e narrativamente - um produto do seu tempo.
Despair - Uma Viagem na Luz
3.7 6Estranha adaptação do romance do Nabokov. O Fassbinder focou demais no nazismo, e algumas das introspecções do protagonista ficaram confusas na tela. Mas, a estética pomposa dos últimos anos de sua carreira está aqui.
O Comboio do Medo
4.1 135Dos melhores remakes já feitos pelo cinema norte americano!
Mártires
3.9 1,6KSempre desconfie de um 'torture porn' que se leva tão a sério...
A Alucinação de Ulisses
3.7 13Acho bobagem comparar filmes que foram baseados em romances com suas origens literárias, já que se tratam de duas mídias diferentes, com propósitos diferentes. Mas, neste caso, é difícil conter a antecipação ao assistir uma adaptação daquele que, talvez, seja o grande romance do século XX. E se, nas páginas do James Joyce, a sua forma era revolucionária (mesmo revisitando métodos já existentes), como ficaria nas telas? Bem, a minha impressão é que o Ulysses é um romance um tanto cinematográfico, mesmo tendo sido lançado nos primórdios da sétima arte (concluído em 1918, distribuído na sua forma integral quatro anos depois). Em 'cinematográfico' eu quero dizer 'visual' - o momento da alucinação em Circe, por exemplo, parece digna dos experimentalismos absurdos que surgiriam no cinema ao longo das décadas.
Agora, como comprimir 1106 páginas em 2 horas de um filme? Digamos que temos apenas um aperitivo do romance, com algumas omissões (Lotófagos, Cila e Caríbdis, Sereias, Eumeu) e abreviações notáveis em todos os outros capítulos. Este é um 'épico ao corpo humano', como descreveram por aí a obra-prima do Joyce, com muitas introspecções, jogos de linguagens e fluxos de consciência - como tentar, ao menos, transmitir essas sensações para uma obra audiovisual?
Muitos diretores (Kubrick, Scorsese) já deixaram de adaptar algumas obras por considerarem-as 'infilmáveis'. Alguns estudiosos da questão (Truffaut, e os garotos da Cahiers du Cinema dos anos 1950) repudiavam adaptações aonde o cineasta simplesmente filmava os diálogos e transpunha as cenas de forma burocrática para o set de gravação. Este foi o grande desafio do norte americano Joseph Strick - como permanecer na linha tênue do 'pé da letra' e abstrações pessoais? De qualquer forma, muita polêmica seria levantada. Até hoje, na melhor das hipóteses, alguns consideram mais o filme pela sua audácia em retrabalhar uma obra dita sagrada pela crítica literária.
Para mim, alguns momentos foram muito perspicazes, com técnicas de edição e truques narrativos para contar a história (as cenas com Blazes Boylan), já outros ficaram pálidos demais (o pub, as rochas). Porém, vale destacar que mesmo assim o autor conseguiu criar uma obra cinematográfica de valor, com muitas das características dos filmes britânicos do momento (novamente, lembro que o diretor é norte americano). Vamos supor, hipoteticamente, que fosse um roteiro original, o que seria para mim? Um filme interessante, mas longe de ser uma obra-prima transgressora de gêneros.
A sensação de fadiga, paralelos com o épico de Homero, a gradiosidade em atos banais de um curso de menos de 24 horas, o caos, a ode aos órgãos do corpo humano, o contraste entre diferentes situações em cada hora do dia, narrados outrora com ritmos e formas completamente diferentes entre si, tudo isto foi filtrado por limitações práticas (e criativas também? Não sei, não conheço o trabalho do diretor).
Ah, e já ia me esquecendo, apesar do romance se passar em 16 de junho de 1904 (o Bloomsday), a ambientação é moderna, estamos nos anos 1960.
O Fantasma da Ópera
3.9 82 Assista AgoraTirando o Lon Chaney, o filme é medíocre. Desde a primeiríssima cena já dá para notar que o filme estava sendo conduzido de forma desorganizada, resultando num trabalho que nem é visualmente impressionante, nem tem uma trama muito bem atada. Válido por um ser um dos pioneiros nas adaptações de romances de terror para o cinema, apesar de tudo. Ah sim, e tem a sequência em uma coloração precária no meio do filme que pode despertar alguma atenção. Prefira os gênios do Expressionismo Alemão, com seus Caligari, Nosferatu, Fausto e afins...
A Classe Governante
3.9 14 Assista AgoraPensei que seria exagerado demais no início, pesando demais a mão no absurdo e no cinismo, mas ao longo do filme houve uma bela compensação.
Para quem gostou, recomendo os filmes do mestre britânico Lindsay Anderson.
Shoah
4.5 37"E um pavoroso combate se travava então... cortavam a luz nas câmaras de gás, estava escuro, não se via nada, e os mais fortes queriam subir, subir sempre, ficar mais alto. Sem dúvida sentiam que quanto mais subiam menos o ar lhes faltava. Podiam respirar melhor. Se travava uma batalha, e ao mesmo tempo quase todos se precipitavam para a porta. Era psicológico, a porta estava ali... se lançavam contra ela, como para forçá-la! Instinto irreprimível neste combate contra a morte. E por isso as crianças, os mais débeis e os velhos ficavam embaixo e os mais fortes em cima. Neste combate contra a morte, o pai esquecia que seu filho estava ali, debaixo dele. (E quando abriam as portas): Caiam... caiam como um bloco de pedra... uma avalanche de grossos blocos
que caiam de um caminhão. E ali onde o Zyclon havia sido jogado estava vazio. No lugar dos cristais não havia ninguém. Sim, todo um espaço vazio. Provavelmente as vítimas sentiam que ali o Zyclon agia mais. As pessoas estavam... estavam feridas, pois no escuro era uma luta. Se debatiam, combatiam, sujos, manchados, ensanguentados, sangrando pelas orelhas, pelo nariz. Também observávamos algumas vezes que os que jaziam no solo estavam, por causa da pressão dos outros, totalmente irreconhecíveis... crianças com o crânio rebentado. (...) Vômitos, sangue. Dos ouvidos, do nariz... Talvez também sangue menstrual. Talvez não, certamente! Havia de tudo
neste combate pela vida, este combate contra a morte. Era horrível de se ver. E era o mais difícil".
Frances Ha
4.1 1,5K Assista AgoraO Godard da primeira fase e Woody Allen de Manhattan numa versão moderna mais inofensiva.
Wattstax
4.4 4Mais um documento social do que uma mera gravação do festival em si. Aliás, aparentemente este ficou com menos da metade da duração total do filme. Tem uns momentos hilariantes com o Richard Pryor também. E, como era de se esperar, o Isaac Hayes é o momento máximo do show.
Uomini Si Nasce, Poliziotti Si Muore
3.5 7Nunca assisti a série Starsky and Hutch, dos Estados Unidos, lançada um ano antes deste filme do Deodato, mas algo me diz que foi de lá que veio a 'inspiração' desde filme. Afinal, no chamado 'cinema B italiano' dos anos 60, 70 e 80, quase todas as grandes tendências (principalmente norte americanas) eram adaptadas de maneira mais econômica e, geralmente, mais violenta.
Eu Sou Divine
4.2 26Pra quem gostou, recomendo que vejam Divine Trash, documentário de 1998, com entrevistas do John Waters, Mink Stole e até mesmo nomes fortes do cinema como Jim Jarmusch e Steve Buscemi.