O filme consegue desenvolver bem os personagens antes da carnificina, revelando suas particularidades e preferências. Não traz nada de original, mas é uma filmagem competente e bem executada.
Original e muito bem dirigido. Uma fotografia bela e desoladora, e atuações deslumbrantes. Uma ficção científica humana, sem a presença constante de engenhocas e parafernálias futuristas.
Kristoffer Borgli emplaca em dois anos seu segundo panorama cáustico sobre as relações sociais modernas. Em Doente de Mim, o diretor norueguês aborda a patológica vaidade da protagonista em uma sátira impagável. Aqui, já partindo para uma experiência no cinema americano, conta com um Nicolas Cage renascido para abordar a mecânica do cancelamento. O filme norueguês supracitado é muito melhor e mais original, mas aqui também vemos a criatividade exacerbada e o senso crítico afiado do diretor em grande estilo.
Uma sátira muito ousada, que flerta com o bizarro, o ridículo e o sacrílego mas consegue se manter coerente até o fim. Ótima direção e fotografia, com atuações em alto estilo (gostei especialmente da Alison Oliver, que não conhecia e parece muito promissora). Emerald Fennel, de apenas 38 anos, mostra aqui sua versatilidade e criatividade artística, dando mostras de que ainda tem muito o que contribuir para o mundo do cinema.
De tirar o fôlego. Esses grandes acontecimentos ficam muito mais impactantes quando narrados em sua língua original, e não no inglês universal, como Vivos (1993). Este filme é muito mais intimista, personalizado, e detalhado. O elenco desconhecido também torna a obra mais verossímil, humana, próxima. Enfim, o filme é impecável, candidatíssimo ao Oscar de Melhor Filme Internacional.
Cria uma atmosfera muito sombria, e as diferenças de personalidades entre as policiais gera uma boa química entre as duas. Mas o desenvolvimento decai muitas vezes para o sentimentalismo, o que quebra o ritmo do filme.
A biografia de um Incel. Inacreditável que esses estejam mesmo prosperando pelo mundo. Atuações impressionantes de Adrien e Jesse. O final, porém, se revela anti-climático.
Um contexto interessante sobre a revolução na Síria, sob a ótica de uma personagem errática mas adorável, repleta de idiossincrasias e dúvidas sobre a vida, interpretada impecavelmente por Manal Issa.
Nunca fui um grande fã de Wes Anderson, por isso não tinha muito com o que decepcionar. Esteticamente atraente e com um roteiro hermético (mas não raso), o filme decorre agradavelmente, sem momentos inesquecíveis mas com algumas cenas e diálogos impactantes. O foco principalmente é a dicotomia entre o ávido espírito científico americano e o conservadorismo que tanto o prejudica. Já o ponto algo do longa são as adoráveis bruxinhas interpretadas pelas três irmãs gêmeas. Só elas já valem o investimento.
É um bom policial, porém as situações mais intensas todas elas já estiveram presentes em outros filmes. O final é arrastado e repetitivo, e os plot-twists também parecem requentados. Nada de novo.
Um filme que você pode achar ridículo e despropositado mas ao mesmo tempo não consegue parar de ver. A trama é interessante e a Jane Widdop é uma gracinha, mas a direção faz de tudo e mais um pouco para irritar um espectador que está fazendo um esforço sobre-humano para gostar disso aqui.
Achei este o filme mais aleatório e desinteressante do Haneke entre os que vi até agora. As histórias são frias e se entrelaçam apenas muito tenuamente. Não gostei.
Demolidor! Sim, o filme poderia mais enxuto. Mas o alongamento parece intencional para representar o interminável e lento extermínio dos povos originários americanos. A situação periclitante de Molly é o exemplo perfeito desse desrespeito. E que atuação da Lily Gladstone! Ser desafiada a atuar em um filme de Scorcese e contracenar com De Niro e DiCaprio é o um desafio monumental, e a atriz literalmente rouba a cena em meio às lendas.
Inicia muito interessante, bem no estilo dos filmes do Jordan Peele, com uma ameaça velada, muita desconfiança entre os personagens e crítica comportamental afiada. Depois vai perdendo a intensidade, a situação apocalíptica fica vaga demais e as relações entre as famílias se banalizam.
Contundente, correto, bem executado. A história por si só já é valiosa, e foi explorada de forma hábil aqui. Com exceção de alguns poucos momentos exagerados, que lembram os policiais heroicos dos anos 90, o filme é dirigido de maneira verossímil e equilibrada. Não percebi nenhum sinal de provocação política, e qualquer passo nessa direção não passa de forçação de barra.
É interessante perceber pelo cinema os diferentes graus de fundamentalismo dos países em que o Islamismo é religião de Estado. O Iraque é um dos mais liberais que já vi, onde mulheres podem chamar táxi sozinhas e até entrar em carros de outros homens, e o véu não é obrigatório em todos os locais, algo inadmissível em países como o Irã ou Líbia. Mas mesmo assim o patriarcalismo e o machismo imperam, fazendo da vida de jovens como Rojin um jogo de seus interesses e tradições arcaicas.
Absurdamente original. Mira tanto no perfeccionismo exagerado do mundo cinematográfico como na artificialidade e estratificação social da vida real, e acerta em cheio nos dois alvos! A atuação doce e melancólica da novata Fine Sendel coroa essa obra experimental e inovadora.
Muito bem executado, com fotografia excelente e direção competente. Todos os atores estão perfeitos, com destaque para a jovem Brooklynn Prince, que já demonstrou grande potencial em outros filmes.
Ao optar pela brevidade na duração, o filme negligencia muitas explicações sobre o contexto, principalmente sobre a premissa bizarra. Mas mesmo nesse vácuo conta uma história interessante, que se desenrola naturalmente e com competência tanto da direção como dos atores.
Pensive
2.3 10O filme consegue desenvolver bem os personagens antes da carnificina, revelando suas particularidades e preferências. Não traz nada de original, mas é uma filmagem competente e bem executada.
Intruso
3.0 113Original e muito bem dirigido. Uma fotografia bela e desoladora, e atuações deslumbrantes. Uma ficção científica humana, sem a presença constante de engenhocas e parafernálias futuristas.
O Homem dos Sonhos
3.5 150Kristoffer Borgli emplaca em dois anos seu segundo panorama cáustico sobre as relações sociais modernas. Em Doente de Mim, o diretor norueguês aborda a patológica vaidade da protagonista em uma sátira impagável. Aqui, já partindo para uma experiência no cinema americano, conta com um Nicolas Cage renascido para abordar a mecânica do cancelamento. O filme norueguês supracitado é muito melhor e mais original, mas aqui também vemos a criatividade exacerbada e o senso crítico afiado do diretor em grande estilo.
Saltburn
3.5 862Uma sátira muito ousada, que flerta com o bizarro, o ridículo e o sacrílego mas consegue se manter coerente até o fim. Ótima direção e fotografia, com atuações em alto estilo (gostei especialmente da Alison Oliver, que não conhecia e parece muito promissora). Emerald Fennel, de apenas 38 anos, mostra aqui sua versatilidade e criatividade artística, dando mostras de que ainda tem muito o que contribuir para o mundo do cinema.
A Sociedade da Neve
4.2 721 Assista AgoraDe tirar o fôlego. Esses grandes acontecimentos ficam muito mais impactantes quando narrados em sua língua original, e não no inglês universal, como Vivos (1993). Este filme é muito mais intimista, personalizado, e detalhado. O elenco desconhecido também torna a obra mais verossímil, humana, próxima. Enfim, o filme é impecável, candidatíssimo ao Oscar de Melhor Filme Internacional.
Abandonadas
3.1 10 Assista AgoraCria uma atmosfera muito sombria, e as diferenças de personalidades entre as policiais gera uma boa química entre as duas. Mas o desenvolvimento decai muitas vezes para o sentimentalismo, o que quebra o ritmo do filme.
Manodrome
2.6 34A biografia de um Incel. Inacreditável que esses estejam mesmo prosperando pelo mundo. Atuações impressionantes de Adrien e Jesse. O final, porém, se revela anti-climático.
How to Have Sex
3.7 110 Assista AgoraExtra-sensível e bem dirigido. Lembra Aftersun na ótima fotografia. Atuação exemplar da Mia.
A Próxima
2.4 9 Assista AgoraTerror bem elaborado, que não se fia nos sustinhos barulhentos mas em uma boa trama.
Meu Tecido Favorito
3.6 5 Assista AgoraUm contexto interessante sobre a revolução na Síria, sob a ótica de uma personagem errática mas adorável, repleta de idiossincrasias e dúvidas sobre a vida, interpretada impecavelmente por Manal Issa.
Asteroid City
3.1 196 Assista AgoraNunca fui um grande fã de Wes Anderson, por isso não tinha muito com o que decepcionar. Esteticamente atraente e com um roteiro hermético (mas não raso), o filme decorre agradavelmente, sem momentos inesquecíveis mas com algumas cenas e diálogos impactantes. O foco principalmente é a dicotomia entre o ávido espírito científico americano e o conservadorismo que tanto o prejudica. Já o ponto algo do longa são as adoráveis bruxinhas interpretadas pelas três irmãs gêmeas. Só elas já valem o investimento.
Dias Difíceis
2.9 5 Assista AgoraÉ um bom policial, porém as situações mais intensas todas elas já estiveram presentes em outros filmes. O final é arrastado e repetitivo, e os plot-twists também parecem requentados. Nada de novo.
O Mistério do Moinho
2.8 14Uma boa premissa, com ótimas reflexões sobre o mercado de trabalho. O desenvolvimento é fraco, no entanto.
Um Conto Fatal
2.4 24Um filme que você pode achar ridículo e despropositado mas ao mesmo tempo não consegue parar de ver. A trama é interessante e a Jane Widdop é uma gracinha, mas a direção faz de tudo e mais um pouco para irritar um espectador que está fazendo um esforço sobre-humano para gostar disso aqui.
Código Desconhecido
3.7 79 Assista AgoraAchei este o filme mais aleatório e desinteressante do Haneke entre os que vi até agora. As histórias são frias e se entrelaçam apenas muito tenuamente. Não gostei.
Assassinos da Lua das Flores
4.1 615 Assista AgoraDemolidor! Sim, o filme poderia mais enxuto. Mas o alongamento parece intencional para representar o interminável e lento extermínio dos povos originários americanos. A situação periclitante de Molly é o exemplo perfeito desse desrespeito. E que atuação da Lily Gladstone! Ser desafiada a atuar em um filme de Scorcese e contracenar com De Niro e DiCaprio é o um desafio monumental, e a atriz literalmente rouba a cena em meio às lendas.
O Mundo Depois de Nós
3.2 896 Assista AgoraInicia muito interessante, bem no estilo dos filmes do Jordan Peele, com uma ameaça velada, muita desconfiança entre os personagens e crítica comportamental afiada. Depois vai perdendo a intensidade, a situação apocalíptica fica vaga demais e as relações entre as famílias se banalizam.
Som da Liberdade
3.8 482 Assista AgoraContundente, correto, bem executado. A história por si só já é valiosa, e foi explorada de forma hábil aqui. Com exceção de alguns poucos momentos exagerados, que lembram os policiais heroicos dos anos 90, o filme é dirigido de maneira verossímil e equilibrada. Não percebi nenhum sinal de provocação política, e qualquer passo nessa direção não passa de forçação de barra.
O Exame
3.5 1É interessante perceber pelo cinema os diferentes graus de fundamentalismo dos países em que o Islamismo é religião de Estado. O Iraque é um dos mais liberais que já vi, onde mulheres podem chamar táxi sozinhas e até entrar em carros de outros homens, e o véu não é obrigatório em todos os locais, algo inadmissível em países como o Irã ou Líbia. Mas mesmo assim o patriarcalismo e o machismo imperam, fazendo da vida de jovens como Rojin um jogo de seus interesses e tradições arcaicas.
The Ordinaries
4.0 2Absurdamente original. Mira tanto no perfeccionismo exagerado do mundo cinematográfico como na artificialidade e estratificação social da vida real, e acerta em cheio nos dois alvos! A atuação doce e melancólica da novata Fine Sendel coroa essa obra experimental e inovadora.
A Filha do Rei do Pântano
2.8 48 Assista AgoraMuito bem executado, com fotografia excelente e direção competente. Todos os atores estão perfeitos, com destaque para a jovem Brooklynn Prince, que já demonstrou grande potencial em outros filmes.
Bom Garoto
2.5 167 Assista AgoraAo optar pela brevidade na duração, o filme negligencia muitas explicações sobre o contexto, principalmente sobre a premissa bizarra. Mas mesmo nesse vácuo conta uma história interessante, que se desenrola naturalmente e com competência tanto da direção como dos atores.
Futebol Infinito
2.6 2 Assista AgoraTem algumas pérolas em meio a muita embromação.
A Garota da Fábrica de Fósforos
3.9 161 Assista AgoraPoucas vezes senti tanta empatia por uma personagem. Tadinha da Iris. Qualquer coisa que ela decidisse fazer seria plenamente justificado.