O documentário passeia sobre diversas facetas que giram em torno da intermitente confecção de jeans em Toritama, a estilista que faz uma customização a laser de peças, o “vitrine humana”, o operário e os autônomos “das facções”, todos aparentemente satisfeitos pela sensação de realização e suposto sentimento de dignidade experimentado pelos trabalhos que fazem. Essa satisfação é sempre posta em xeque, em alguns trechos que dão um toque de realidade através dos relatos dos entrevistados, seja a resposta pensativa de um “não é difícil” (o trabalho do jeans) de um trabalhador que antes já foi cortador de cana e carregador de caminhão ou dá estilista que passa maior parte do tempo no seu carro se deslocando para fazer as encomendas. O Design de áudio do filme é sensacional, fazendo com que quem assista perceba por outros sentidos a realidade o qual os entrevistados parecem estarem anestesiados. Em cena marcante em que o som é cortado, com uma trilha sonora clássica ao fundo, traduz o estranhamento do diretor àquela realidade de trabalho repetitivo cujos trabalhadores da cidade de Toritama parecem estar alheios: "o barulho da máquina me deixa ansioso. corto o áudio. coloco uma trilha sonora. mudo o ponto de vista. mas a luz da repetição continua a mesma". O menino catarrento “brincando” na máquina de costura debaixo dos gritos da mãe “vá pra outro setor, menino, vá” é um presságio de que muito provavelmente o menino já está predestinado levar adiante o sustento “pelo jeans”, aderido pela lógica do empreendimento do jeans da cidade de Toritama. É mostrado também a ilusão do operário da ascensão em empreender “trabalhando para si mesmo” fazendo o mesmo trabalho braçal das fábricas, incessante e repetitivo, dia após dia, transformando a sua casa em uma mini-fábrica de confecções. Repetindo o mesmo serviço e ritmo de fábrica, mas agora no “conforto” de seu lar, e com o engodo de ser seu próprio patrão, já que as pausas são feitas independente de prévia solicitação/supervisão. Entretanto, os “autônomos” já denunciam parecer estarem tragados pela lógica capitalista pelas falas “se a gente trabalha mais a gente ganha mais” ou em um determinado momento em que é confidenciado o “privilégio” proporcionado pela produção diária de 1000 peças que pode gerar um lucro de quase 100 reais por dia, pois muito provavelmente é um rendimento inalcançável em qualquer outra profissão em Toritama. Para além da alienação do trabalhador de realizar movimentos repetitivos, que dialoga com a perspectiva de apertar de parafusos de “Tempos Modernos” de Chaplin, e das imagens de pilhas jeans pra todo lado, é notória a dualidade existente entre aquele “império” que garante o alimento dentro de casa e com a extenuante jornada que inicia as 6h da manhã e só finda às 22h: “ aí a gente para, toma banho e fica morto na cama”. Curioso também a demonstração de uma promessa de “futuro promissor” a um operário que vende a sua mão de obra de servente de pedreiro na construção de uma habitação, como moeda de troca para garantir a vaga “de ouro” de vir a trabalhar futuramente nessa casa que terá uma fábrica de quintal (“facção”), a qual o operário poderá ficar orgulhoso de - nas palavras do narrador da película – ser mais um trabalhador de Toritama “dono do seu próprio tempo”.
Abel Ferrara marca seu lugar, trazendo uma atmosfera muito mais pesada que os prequels anteriores usando e abusando da desconfiança dos substitutos infiltrados. Filme Foda, merecia mais prestígio. De fato, lembra arquivo x, mas diferente de arquivo x que deixa tudo oculto e subtendido o embate aqui é presente. Tem um ritmo diferente do anterior (1978) em que a merda vai fedendo aos poucos e também diferente do de 1956, que é mais glamouroso e menos dark...mas cada um com no seu quadrado . Aqui a podreira começa cedo enfim... Um swag mais trash aqui. Remake bacana!
us = united states -- critica social dos invisiveis na sociedade/ temor de perder status quo dos bem nascidos, ou serem literalmente assassinados, saqueados... --- todos de mãos dadas = plano elaborado pela personagem de lupita ( primeira cena la do comercial dos "america united" todos de mãos dadas... -- Lupita ser a unica que fala comprova o fato de ele realmente ter sido trocada pro mundo de baixo..... mas enfim
Não curti muito o conjunto da obra. Mas esse diretor é muito talentoso. Destaque para o primeiro ato - com o drama visceral - e as cenas lisérgicas que acompanham o desenrolar da trama. O resto infelizmente é bem enfadonho.
Kim Basinger maravilhosa como sempre mas bastante comedida com cabelo curto e roupas folgadas. O Diretor não mediu esforços em protagonizar Julie Andrews. Burt Reynolds brega mesmo naquela época demarcam bem o ritmo de comédia pastelão americana.
Inevitavelmente a Direção de Blake Edwards e a atuação de Burt Reynolds soa um pouco enfadonha ao refilmar um Truffaut mas é divertida. Vale a pena ver a versão US.
Você pode substituir sua melatonina, histamina, clonazepam, rivotril por essa droga chamada AD ASTRA.
AD ASTRA age no sistema nervoso central despertando um SONO PROFUNDO. É prescrito por psiquiatras a pacientes em crise de ansiedade – nos casos em que o sofrimento e ansiedade causa insônia e atrapalha o sono diário. Apenas alguns minutos de AD ASTRA o sono profundo virá imediatamente.
AD ASTRA Não precisa de prescrição médica, mas se vc ministrar doses de AD ASTRA e sua insônia persistir procure orientação médica imediatamente, nesse caso vc sofre de algo gravíssimo que necessita de ajuda profissional.
Somos analfabetos emocionais, aprendemos anatomia e métodos de cultivo na África sabemos fórmulas matemáticas de cor e salteado, mas não nos ensinaram nada sobre nossas almas.
Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar
4.3 209O documentário passeia sobre diversas facetas que giram em torno da intermitente confecção de jeans em Toritama, a estilista que faz uma customização a laser de peças, o “vitrine humana”, o operário e os autônomos “das facções”, todos aparentemente satisfeitos pela sensação de realização e suposto sentimento de dignidade experimentado pelos trabalhos que fazem. Essa satisfação é sempre posta em xeque, em alguns trechos que dão um toque de realidade através dos relatos dos entrevistados, seja a resposta pensativa de um “não é difícil” (o trabalho do jeans) de um trabalhador que antes já foi cortador de cana e carregador de caminhão ou dá estilista que passa maior parte do tempo no seu carro se deslocando para fazer as encomendas. O Design de áudio do filme é sensacional, fazendo com que quem assista perceba por outros sentidos a realidade o qual os entrevistados parecem estarem anestesiados.
Em cena marcante em que o som é cortado, com uma trilha sonora clássica ao fundo, traduz o estranhamento do diretor àquela realidade de trabalho repetitivo cujos trabalhadores da cidade de Toritama parecem estar alheios: "o barulho da máquina me deixa ansioso. corto o áudio. coloco uma trilha sonora. mudo o ponto de vista. mas a luz da repetição continua a mesma".
O menino catarrento “brincando” na máquina de costura debaixo dos gritos da mãe “vá pra outro setor, menino, vá” é um presságio de que muito provavelmente o menino já está predestinado levar adiante o sustento “pelo jeans”, aderido pela lógica do empreendimento do jeans da cidade de Toritama.
É mostrado também a ilusão do operário da ascensão em empreender “trabalhando para si mesmo” fazendo o mesmo trabalho braçal das fábricas, incessante e repetitivo, dia após dia, transformando a sua casa em uma mini-fábrica de confecções. Repetindo o mesmo serviço e ritmo de fábrica, mas agora no “conforto” de seu lar, e com o engodo de ser seu próprio patrão, já que as pausas são feitas independente de prévia solicitação/supervisão. Entretanto, os “autônomos” já denunciam parecer estarem tragados pela lógica capitalista pelas falas “se a gente trabalha mais a gente ganha mais” ou em um determinado momento em que é confidenciado o “privilégio” proporcionado pela produção diária de 1000 peças que pode gerar um lucro de quase 100 reais por dia, pois muito provavelmente é um rendimento inalcançável em qualquer outra profissão em Toritama.
Para além da alienação do trabalhador de realizar movimentos repetitivos, que dialoga com a perspectiva de apertar de parafusos de “Tempos Modernos” de Chaplin, e das imagens de pilhas jeans pra todo lado, é notória a dualidade existente entre aquele “império” que garante o alimento dentro de casa e com a extenuante jornada que inicia as 6h da manhã e só finda às 22h: “ aí a gente para, toma banho e fica morto na cama”.
Curioso também a demonstração de uma promessa de “futuro promissor” a um operário que vende a sua mão de obra de servente de pedreiro na construção de uma habitação, como moeda de troca para garantir a vaga “de ouro” de vir a trabalhar futuramente nessa casa que terá uma fábrica de quintal (“facção”), a qual o operário poderá ficar orgulhoso de - nas palavras do narrador da película – ser mais um trabalhador de Toritama “dono do seu próprio tempo”.
Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar
4.3 209"orgulhosos de serem donos do seu próprio tempo"
Os Invasores de Corpos: A Invasão Continua
3.0 83 Assista AgoraAbel Ferrara marca seu lugar, trazendo uma atmosfera muito mais pesada que os prequels anteriores usando e abusando da desconfiança dos substitutos infiltrados. Filme Foda, merecia mais prestígio. De fato, lembra arquivo x, mas diferente de arquivo x que deixa tudo oculto e subtendido o embate aqui é presente. Tem um ritmo diferente do anterior (1978) em que a merda vai fedendo aos poucos e também diferente do de 1956, que é mais glamouroso e menos dark...mas cada um com no seu quadrado . Aqui a podreira começa cedo enfim... Um swag mais trash aqui. Remake bacana!
Queen & Slim
4.3 298 Assista AgoraLil Baby - Catch The Sun
Nós
3.8 2,3K Assista Agoravi várias sacadas legais
us = united states
-- critica social dos invisiveis na sociedade/ temor de perder status quo dos bem nascidos, ou serem literalmente assassinados, saqueados...
--- todos de mãos dadas = plano elaborado pela personagem de lupita ( primeira cena la do comercial dos "america united" todos de mãos dadas...
-- Lupita ser a unica que fala comprova o fato de ele realmente ter sido trocada pro mundo de baixo..... mas enfim
Só não vi ninguém falar nada sobre:
QUAL A EXPLICAÇÃO DAQUELES COELHOS oras? só pra dar o outfit de suspense maluco mesmo??
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraNão curti muito o conjunto da obra. Mas esse diretor é muito talentoso. Destaque para o primeiro ato - com o drama visceral - e as cenas lisérgicas que acompanham o desenrolar da trama. O resto infelizmente é bem enfadonho.
A Casa
3.1 591 Assista Agorasó eu que viajei na maionese achando que o cara era corno e queria se vingar ?kkkkkkkkkkk
A Casa
3.1 591 Assista Agoratorneira com goteira
O Escândalo
3.6 459 Assista Agora???????? Charlize Theron ????????
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KEDUARDO CUNHA, VOCÊ É UM GANGSTER!
Entre Facas e Segredos
4.0 1,5K Assista AgoraExcelente surpresa, em meio a tanto filme medíocre ultimamente (2019/2020)!
Má Educação
3.6 106 Assista Agoratorrent?
Assassinato às Cegas
3.8 78não é isso que andam comentando.
Queen & Slim
4.3 298 Assista Agoratorrent?
A Menina que Matou os Pais
3.1 679 Assista Agorajá tem torrent?
O Poço
3.7 2,1K Assista AgoraAlgumas reflexões que o filme desperta:
- Pouco sem Deus é muito, muito sem Deus é nada.
- As vezes nossos planos mais genias não vão a frente por mero detalhe visto por alguém de fora....
- As vezes precisamos chegar ao fundo do poço para enxergar a salvação.
O Farol
3.8 1,6K Assista Agorachato pa k7
Meus Problemas Com As Mulheres
3.1 6Kim Basinger maravilhosa como sempre mas bastante comedida com cabelo curto e roupas folgadas. O Diretor não mediu esforços em protagonizar Julie Andrews. Burt Reynolds brega mesmo naquela época demarcam bem o ritmo de comédia pastelão americana.
Inevitavelmente a Direção de Blake Edwards e a atuação de Burt Reynolds soa um pouco enfadonha ao refilmar um Truffaut mas é divertida. Vale a pena ver a versão US.
O Homem que Amava as Mulheres
4.0 102"...Seria definitivamente impossível ter prazer sem fazer outra pessoa sofrer?"
Ad Astra: Rumo às Estrelas
3.3 850 Assista AgoraVocê pode substituir sua melatonina, histamina, clonazepam, rivotril por essa droga chamada AD ASTRA.
AD ASTRA age no sistema nervoso central despertando um SONO PROFUNDO. É prescrito por psiquiatras a pacientes em crise de ansiedade – nos casos em que o sofrimento e ansiedade causa insônia e atrapalha o sono diário. Apenas alguns minutos de AD ASTRA o sono profundo virá imediatamente.
AD ASTRA Não precisa de prescrição médica, mas se vc ministrar doses de AD ASTRA e sua insônia persistir procure orientação médica imediatamente, nesse caso vc sofre de algo gravíssimo que necessita de ajuda profissional.
Indústria Americana
3.6 168Chineses tem 28 dias uteis (2 folgas) no mes/ 12h de trampo por dia, salario absurdamente menor... almolço de bolinho ana maria. Foda.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista Agoraa briguinha( "i hate u") foi robada do filme de Bergman. Isso ngm fala.... Rhum
Cenas de um Casamento
4.4 232Somos analfabetos emocionais, aprendemos anatomia e métodos de cultivo na África sabemos fórmulas matemáticas de cor e salteado, mas não nos ensinaram nada sobre nossas almas.
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraANSIEDADE DO CAPIROTO PO#@