O filme retrata muito bem o dilema de nossa identidade nas redes. Quando o que somos online passa a ser tão diferente do real, nas fotos e personalidade, como uma outra pessoa.
Com um tom de paranoia ou delírio, a carga de mistério passa a existir pra conduzir essa reflexão.
Quando uma das meninas diz que Alice precisará fingir orgasmo pela primeira vez, traindo a si mesma, é neste momento que surge o clone. Ou seja, Lola se torna aquilo que querem dela e Alice já não se enxerga mais na camgirl. O sucesso dependia disso.
Quando a mãe acha Lola "mais confiante", ao mesmo tempo que Alice surge em cena cada vez mais insegura e até menos cuidada.
Por fim, no momento do confronto de sua outra personalidade, ela acaba excluindo a conta quase como uma libertação.
Quem nunca sentiu ou imaginou o alívio de excluir uma rede social? Mas como nós, Alice retorna, pois apresentar uma vida mais interessante que a real tem também o seu prazer e vício.
pra terminar com o clichê da meritocracia, estilo: "se vc quiser, não importa de onde veio, você consegue". Quando a história mostrou justamente o contrário, como a mãe se perdeu por falta de oportunidades.
...a fala de Andre que para suportar a pobreza é preciso saber que a riqueza existe entrega a tônica do filme.
É através de Sofia que a protagonista consegue transitar entre esses dois mundos. Sofia tem seus truques, mas assim como Phillipe, em algum momento será lembrada que não faz parte daquela classe social.
Os empregados aqui são evitados pelo olhar das câmeras, mas não deixam de demonstrar emoções em sua invisibilidade. Ponto alto da direção.
No fim, Maina não é mais a mesma que antes do verão com sonhos adolescentes, mas também escolhe por não se tornar a sua prima.
Uma viagem. Nem dá pra dizer que é uma realidade distópica porque o foco não é a explicação ou a construção, ou talvez estejamos apenas jogados nesse mundo do filme tão apáticos aos significados quanto os personagens. Boa experiência.
Com a sinopse e classificação imaginei que seria esse tema. Ao final, me espantei com alguns comentários aqui surpresos de que isso realmente ocorra, quando nos jornais são vários os casos de abuso intrafamiliar, até pessoas que conhecemos podem ter sido vítimas e não sabemos... Reforço a recomendação, procurem no youtube "Jout Jout - O vídeo mais importante deste canal", vale a pena.
No filme duas coisas me chamaram atenção. A temporalidade em várias cenas é subvertida, encurtada, naquilo que é brutalmente cotidiano a passagem do tempo torna-se secundária. Aqui o espectador, assim como muitas vítimas de abuso, tem lapsos do que está ocorrendo. Inclusive a câmera muitas vezes nos coloca na altura de uma criança.
Outro ponto são as portas como elemento central, enquanto no trabalho do pai/avó não há portas. Como se mostrasse que a distinção distinção público e privado, entre a normalidade e o segredo da violência.
Talvez pelo interesse em enfatizar o aprendizado moral da personagem ou por algum problema de adaptação, a história comete alguns deslizes, como a diferença da idade da avó e dos professores da escola ou mesmo o motivo do cruzamento dos animais dentro do plot principal. Mas nada que atrapalhe muito.
Ótimo filme. Flerta com o realismo fantástico, é bem humorado e contemplativo em cada cena. Mais uma vez saio do cinema encantado (e intrigado) com a originalidade do cinema pernambucano.
Uma sequência de belas imagens, confusas e curiosas. É bonito ver o encanto que Marina Abramovic tem com o mundo, o seu sentimento atravessa todo o documentário. Mas o que realmente vale a pena é acompanhar os registros feitos dessas pessoas santas e místicas, as falas, os lugares.
Além do espetáculo visual como já dito, o filme é um exemplo de um ótimo roteiro: sem furos e as cenas se desencadeiam na medida exata. Vale muito a pena.
Na verdade considerei os diálogos cansativos e até mesmo forçados, mas foi o que me fez refletir que se trata de um bom filme. Se ele conseguiu representar boa parte de uma geração nos anos 80, hoje quem o assiste pela primeira vez só acha a fórmula batida porque a história se tornou uma referência para tantas outras que vieram. Talvez agora a narrativa seria outra, mas continuam aí os conflitos com os pais, a descoberta de si mesmo e os "tipões" do colegial, todos quase atemporais para essa fase da vida.
Incrível como a Disney conseguiu neste filme reinventar de vez o padrão de suas princesas. Diferente de outros tempos, as irmãs são corajosas, fortes e inspiradoras.
Algumas das cenas despretensiosas conquistam em cheio. Em especial a casa incrível e o ambiente acolhedor da família que, sem forçar a mão, convence pela sua felicidade, colaborando com a mensagem maior da história. Me senti dentro do filme.
Diálogos incríveis e Regina Duarte dá um show, mostrando uma personagem que oscila entre a amargura, sarcasmo e a insanidade como produtos de sua própria trajetória. Um filme para refletir cada fala.
Gostei da sutileza que se desenrola a partir de um encontro despretensioso. Os personagens vão se envolvendo e aos poucos se conhecem, tendo os atritos próprios de uma situação assim. Um bom filme.
Um filme que tem como pano de fundo a decadência do poder das famílias dos grandes coronéis, suas mudanças e resistências em um sertão contemporâneo. A história é boa, personagens desolados e uma fotografia encantadora.
Belo filme. Cria-se um vínculo com a personagem e compartilhamos sua sensação das expectativas frustradas, da rotina ao vazio. A trilha sonora com Karin Buhr e a fotografia são um show a parte.
Assisti sem expectativas e me surpreendi, um filme que transita entre o sobrenatural e um cenário de beleza ímpar. Veio em mim a sensação de criança, quando ouvia as histórias sobre bruxas, feitos mágicos e benzedeiras, convencido de que tudo aquilo aconteceu. Dá vontade de morar no filme.
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Cam
3.1 548 Assista AgoraO filme retrata muito bem o dilema de nossa identidade nas redes. Quando o que somos online passa a ser tão diferente do real, nas fotos e personalidade, como uma outra pessoa.
Com um tom de paranoia ou delírio, a carga de mistério passa a existir pra conduzir essa reflexão.
Quando uma das meninas diz que Alice precisará fingir orgasmo pela primeira vez, traindo a si mesma, é neste momento que surge o clone. Ou seja, Lola se torna aquilo que querem dela e Alice já não se enxerga mais na camgirl. O sucesso dependia disso.
Quando a mãe acha Lola "mais confiante", ao mesmo tempo que Alice surge em cena cada vez mais insegura e até menos cuidada.
Por fim, no momento do confronto de sua outra personalidade, ela acaba excluindo a conta quase como uma libertação.
Quem nunca sentiu ou imaginou o alívio de excluir uma rede social? Mas como nós, Alice retorna, pois apresentar uma vida mais interessante que a real tem também o seu prazer e vício.
Era Uma Vez um Sonho
3.5 448 Assista AgoraMais um filme que mostra como problemas estruturais esmagam famílias pobres nos EUA, a dificuldade dos jovens para manter os estudos,
pra terminar com o clichê da meritocracia, estilo: "se vc quiser, não importa de onde veio, você consegue". Quando a história mostrou justamente o contrário, como a mãe se perdeu por falta de oportunidades.
Esse final estragou o filme pra mim.
A Prima Sofia
2.6 84 Assista AgoraÉ um bom filme. Além do que já foi dito sobre amadurecimento...
...a fala de Andre que para suportar a pobreza é preciso saber que a riqueza existe entrega a tônica do filme.
É através de Sofia que a protagonista consegue transitar entre esses dois mundos. Sofia tem seus truques, mas assim como Phillipe, em algum momento será lembrada que não faz parte daquela classe social.
Os empregados aqui são evitados pelo olhar das câmeras, mas não deixam de demonstrar emoções em sua invisibilidade. Ponto alto da direção.
No fim, Maina não é mais a mesma que antes do verão com sonhos adolescentes, mas também escolhe por não se tornar a sua prima.
- Ser livre dá trabalho também.
O Lagosta
3.8 1,4K Assista AgoraUma viagem. Nem dá pra dizer que é uma realidade distópica porque o foco não é a explicação ou a construção, ou talvez estejamos apenas jogados nesse mundo do filme tão apáticos aos significados quanto os personagens. Boa experiência.
Miss Violence
3.9 1,0K Assista AgoraCom a sinopse e classificação imaginei que seria esse tema. Ao final, me espantei com alguns comentários aqui surpresos de que isso realmente ocorra, quando nos jornais são vários os casos de abuso intrafamiliar, até pessoas que conhecemos podem ter sido vítimas e não sabemos... Reforço a recomendação, procurem no youtube "Jout Jout - O vídeo mais importante deste canal", vale a pena.
No filme duas coisas me chamaram atenção. A temporalidade em várias cenas é subvertida, encurtada, naquilo que é brutalmente cotidiano a passagem do tempo torna-se secundária. Aqui o espectador, assim como muitas vítimas de abuso, tem lapsos do que está ocorrendo. Inclusive a câmera muitas vezes nos coloca na altura de uma criança.
Outro ponto são as portas como elemento central, enquanto no trabalho do pai/avó não há portas. Como se mostrasse que a distinção distinção público e privado, entre a normalidade e o segredo da violência.
Mary e a Flor da Feiticeira
3.7 90Um bom presente para quem gosta do gênero. O destaque fica para a qualidade da animação e a trilha sonora.
Talvez pelo interesse em enfatizar o aprendizado moral da personagem ou por algum problema de adaptação, a história comete alguns deslizes, como a diferença da idade da avó e dos professores da escola ou mesmo o motivo do cruzamento dos animais dentro do plot principal. Mas nada que atrapalhe muito.
Animal Político
3.5 57Ótimo filme. Flerta com o realismo fantástico, é bem humorado e contemplativo em cada cena. Mais uma vez saio do cinema encantado (e intrigado) com a originalidade do cinema pernambucano.
Espaço Além - Marina Abramović e o Brasil
4.3 131Uma sequência de belas imagens, confusas e curiosas. É bonito ver o encanto que Marina Abramovic tem com o mundo, o seu sentimento atravessa todo o documentário. Mas o que realmente vale a pena é acompanhar os registros feitos dessas pessoas santas e místicas, as falas, os lugares.
A parte em que encontram um senhor tocando "Eu sei que vou te amar" em um bar
Quando Mãe Filhinha, após falar sobre vida e morte, está no quintal e some em seguida, anunciando sua morte,
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraÉ um bom filme, cumpre o que promete. Senti que o clímax da história demorou para acontecer e, depois disso, não tinham mais o que mostrar.
Mogli: O Menino Lobo
3.8 1,0K Assista AgoraAlém do espetáculo visual como já dito, o filme é um exemplo de um ótimo roteiro: sem furos e as cenas se desencadeiam na medida exata. Vale muito a pena.
Clube dos Cinco
4.2 2,6K Assista AgoraNa verdade considerei os diálogos cansativos e até mesmo forçados, mas foi o que me fez refletir que se trata de um bom filme. Se ele conseguiu representar boa parte de uma geração nos anos 80, hoje quem o assiste pela primeira vez só acha a fórmula batida porque a história se tornou uma referência para tantas outras que vieram.
Talvez agora a narrativa seria outra, mas continuam aí os conflitos com os pais, a descoberta de si mesmo e os "tipões" do colegial, todos quase atemporais para essa fase da vida.
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraIncrível como a Disney conseguiu neste filme reinventar de vez o padrão de suas princesas. Diferente de outros tempos, as irmãs são corajosas, fortes e inspiradoras.
E o ato de amor verdadeiro ser o sacrifício pela irmã e não o esperado (e clichê) beijo romântico foi genial.
Atual e marcante.
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraAlgumas das cenas despretensiosas conquistam em cheio. Em especial a casa incrível e o ambiente acolhedor da família que, sem forçar a mão, convence pela sua felicidade, colaborando com a mensagem maior da história. Me senti dentro do filme.
Gata Velha Ainda Mia
3.6 97 Assista AgoraDiálogos incríveis e Regina Duarte dá um show, mostrando uma personagem que oscila entre a amargura, sarcasmo e a insanidade como produtos de sua própria trajetória. Um filme para refletir cada fala.
Final de Semana
3.9 518 Assista AgoraGostei da sutileza que se desenrola a partir de um encontro despretensioso. Os personagens vão se envolvendo e aos poucos se conhecem, tendo os atritos próprios de uma situação assim. Um bom filme.
Boa Sorte, Meu Amor
3.2 35Um filme que tem como pano de fundo a decadência do poder das famílias dos grandes coronéis, suas mudanças e resistências em um sertão contemporâneo. A história é boa, personagens desolados e uma fotografia encantadora.
Era Uma Vez Eu, Verônica
3.5 198Belo filme. Cria-se um vínculo com a personagem e compartilhamos sua sensação das expectativas frustradas, da rotina ao vazio. A trilha sonora com Karin Buhr e a fotografia são um show a parte.
A Antropóloga
2.6 51Assisti sem expectativas e me surpreendi, um filme que transita entre o sobrenatural e um cenário de beleza ímpar. Veio em mim a sensação de criança, quando ouvia as histórias sobre bruxas, feitos mágicos e benzedeiras, convencido de que tudo aquilo aconteceu. Dá vontade de morar no filme.