Vale muito a pena a criticidade ácida deste filme ! O filme já começa mostrando como seria se a tal "luta contra o terrorismo" ocorresse na Europa. Trata-se de um bom gatilho para discutir questões de geopolítica relacionadas à conduta dos EUA e até mesmo sobre a forma como Hollywood procura incansavelmente estampar a bandeira norte-americana em TUDO ! Menção honrosa àquela perspectiva segunda a qual qualquer um que pensa diferente é um comunista radical.
. E U R O - T R A S H . O simples fato do filme ser alemão ou europeu não faz dele uma obra louvável e muito menos algo "cult"; não sei como obteve uma nota tão alta ! A ideia que permeia esse ARRASTADO e MOROSO filme é interessante: "brincar" com o espectador que "torce" pelas vítimas... Contudo, essa ideia parte de um pressuposto que culmina em vítimas BURRAS, ESTUPIDEZ e ATITUDES nada PLAUSÍVEIS, o que por sua vez acarreta em categóricos filmes trash. . NÃO PERCA SEU TEMPO .
. Contato é definitivamente UM DOS MELHORES filmes que já assisti ! Parece que a personagem daquele crítico gastronômico do Ratatouille -- Anton Ego -- surgiu perante todos que participaram deste filme e disse: me surpreendam ! TRISTE, perceber como uma obra cinematográfica dessa envergadura acabou sendo tão desvalorizada. Eu, amante inveterado da sétima arte e especialmente do gênero sci-fi, jamais vi este filme figurar no rol das melhores produções envolvendo contato com extraterrestres. . Sabem aquelas películas hispânicas onde tudo se encaixa do início ao fim ? Pois bem, Contato não é hispânico, mas definitivamente tem essa característica mágica. Isso se evidencia na relação entre o singelo apelido de infância da protagonista -- FAÍSCA -- e na poderosa chama que ela se torna e representa no clímax da narrativa. Outrossim, a dicotomia entre a fé (crença) e a ciência (acreditar) foi tratada de forma magistral: Contato conseguiu captar o momento tênue no qual uma das deusas da pós-modernidade, a ciência, tangencia a religião e bebe da mesma fonte... Enfim, o filme é categoricamente incrível e precisa figurar na lista "MUST SEE" de qualquer um que se diga cinéfilo ou amante da ficção-científica. .
Um filme extremamente necessário para nos afastar de uma visão míope quanto à beleza. Neste momento onde a sociedade vem passando por um processo iconoclasta de reafirmação dos indivíduos em detrimento de um padrão homogêneo e vazio, o filme, SIM, faz todo sentido e tem "plus a mais". Contudo, caso o espectador não assistisse essa obra cinematográfica nesse momento; poderíamos apontar os clichês no roteiro, situações forçadas empurradas goela abaixo no espectador, sem falar nas personagens inexpressivas ou mal exploradas por conta do foco demasiado sobre a protagonista.
Depois de assistir a uma das maiores obras contemporâneas que explora a temática de viagem no tempo -- O Predestinado -- espera-se sempre algo a altura... Definitivamente não é o caso de Crimes Temporais, o qual acaba tornando-se previsível e enfadonho. Contudo, no geral, é um filme plenamente "assistível": não é ruim, mas também não é bom.
Muito bom ver a forma através da qual a Disney vem levando sua magia às produções que deitam raízes na cultura latino-americana e na africana de uma forma mais HUMANA. Acho maravilhoso o mundo de fantasia infantil, mas retratar África e América-Latina SEMPRE como bichinhos -- papagaios, rei-leão -- já se mostra insuficiente numa época em que se clama por visibilidade; parabéns a Disney por isso.
O filme é de CAGAR: sabe aquelas franquias de terror infinitas -- fantasmas, poderes , demônios e enredos batidos, pois é, esse filme não tem NADA DISSO !! Não lembro quando foi a última vez em que assisti a um filme de terror que realmente valia a pena. Esta obra produz uma experiência extremamente IMERSIVA sob o espectador -- somos transportados à realidade ANGUSTIANTE que domina a atmosfera do filme do começo ao fim. Você se IRRITA com certas atitudes ao longo da trama, SOFRE com as personagens e VIVE o drama...
1) Alguns problemas de enredo como os jornais preservados na rua após 92 dias; 2) Sacadas e epifanias difíceis de se aceitar (como a garotinha compreendendo o lance do aparelho auditivo e frequência a qual as criaturas eram sensíveis).
Mais um daqueles filmes profundos onde o espectador é tragado por um enredo introspectivo na vida conturbada das personagens. Talvez a personagem principal tenha ficado tão bem amalgamada ao papel de pianista muda, porque já viveu na pele a dificuldade de falar... De fato o que chama a atenção no filme é a figura do piano e tudo que ele representa na vida de alguém que "fala" através da música...
O filme é extremamente imersivo, langoroso, marcado por gritos silenciosos. Fantástico como cenas simples e corriqueiras adquirem uma pesada carga de sentimento. Gostei muito da forma como essa obra se debruça sobre a questão existencialista sem ser algo autoexplicativo. Além disso, menção honrosa à forma como o filme estabelece a circularidade da dimensão tempo, rompendo com nossa noção humana de linearidade através da figura do fantasma.
Mais um filme superestimado pelo público. Acredito que falta um olhar mais crítico sobre nossas produções nacionais exatamente porque um público mais exigente instiga melhores obras cinematográficas. Deve-se admitir que Regina Casé está ótima neste filme, contrastando profundamente com suas atuações na juventude. Contudo, este é um dos problemas -- Regina Casé está ótima, mas um filme dificilmente se faz com uma única personagem. As personagens que orbitam Val (Regina Casé) são definitivamente inexpressivas -- filhos de artistas tomando uma "ponta" ou atores cuja desenvolvimento de suas personagens ficou COMPLETAMENTE solapado pela personagem principal. O pano de fundo do filme vale-se de um substrato clichê que já é conhecidíssimo, oscilando entre alguns momentos singulares e situações facilmente previsíveis. Neste caminhar, seguem algumas considerações mais pontuais a respeito da obra:
1) Realidade factual: não é em todas famílias que a figura da empregada doméstica é relegada ao status de "cidadã de segunda classe", principalmente considerando o tempo de serviço e imanente integração com o núcleo familiar. . 2) Menção honrosa a uma das metáforas mais bonitas que já testemunhei no cinema nacional: entrar piscina vs. entrar na universidade pública. Foi muito bonita mesmo: o espaço das universidades públicas, antes restrito aos estratos sociais mais altos, começa a se transformar conforme percebemos do sucesso da filha de uma empregada doméstica no vestibular da FAU-USP; a piscina, cujo acesso era "naturalmente" vedado (tal qual a universidade pública), ganha uma matiz distinta com a presença singela da empregada Val comemorando em suas águas. "Entrar na piscina" é uma alegoria fiel à forma como os estratos sociais superiores enxergam o acesso das camadas mais pobres da população aos espaços tradicionalmente ocupados por pessoas que ostentam elevado poder aquisitivo. . 3) Relação entre Val e Fabinho é extremamente forçada a artificial: se o rapaz gostava tanto da empregada, como que estaria super "deboas" com uma viagem ao exterior de 6 meses -- sem falar na forma fria e indiferente como ele contou que iria viajar. . 4) A razão pela qual o filme recebe o título "que horas ela volta" acaba sendo superficial, rasa; apenas com breves passagens que nos dão esse indicativo.
Trata-se apenas de um filme hollywoodiano superestimado, porém melhor que velozes e furiosos. O desenvolvimento das cenas de ação é minucioso e de fato impecável. Contudo, aquele enredo que mormente mostra-se cativante no primeiro movimento narrativo, começa a se desenrolar em algo completamente implausível no final do segundo e sobretudo no terceiro movimento narrativo; culminando num desfecho bem lixo e forçado demais do ponto de vista do destino das personagens. A trilha sonora acomoda-se maravilhosamente às cenas do filme; a fotografia é muito bonita nas cenas de ação... Mas no fundo é isso, não há uma história séria. Abaixo algumas das coisas que mais me incomodaram:
1) A sincronia daquele casalzinho principal (Baby e Deborah) era pífia, era um casal que não funcionava; não havia liga entre eles, era uma paixão arrebatadora vinda do nada; 2) Quem em sã consciência compromete-se em fugir com um completo estranho nos EUA, lar doce-lar dos psicopatas? Resposta a namoradinha do Baby, só ela, claro :/ 3) Doc, na pele de Kevin Spacey, mostra-se um criminoso profissional e meticuloso, rigoroso no tratamento com o Baby (Ansel Elgort). De repente, do nada, sem nenhuma razão lógica, assume riscos desnecessários e morre por Baby; alguém que ele mesmo vinha explorando inescrupulosamente. 4) A movimentação da obra consiste em uma marcha demasiadamente corrida; de modo que não há espaço para o desenvolvimento das personagens periféricas. 5) Embora conhecidíssimo pelo rigor em matéria penal, Baby arcou com "apenas" 25 anos de pena e 5 anos até a possibilidade de condicional nos EUA. Estamos falando dos EUA, país com a maior população carcerária do mundo; Por favor Hollywood, mais respeito perante o intelecto do espectador 6) O cara (Baby), passa pela cadeia como se tivesse ido no bar buscar pão; bem "de boas", só foi preso e saiu ileso após atravessar o sistema penal. 7) Claro, a despeito de todas essas circunstancias, a namorada está esperando fielmente por Baby; pura e casta até a condicional do amado apenado que ela mal conhece sair... Sério isso?
O filme claramente foi construído a partir de analogias bíblicas e de práticas religiosas da cristandade, a obra procura representar os conflitos gerados por diferentes interpretações acerca de "um livro" (a Bíblia) e até mesmo a relação da humanidade com a mãe-natureza... Contudo, apesar do caráter inovativo e das maravilhosas atuações, o filme que é ambientado essencialmente no mesmo cenário, não conseguiu transferir a sensação de angústia como na obra magistral "A Separação". Definitivamente acredito que Hollywood precisa lapidar mais suas produções para gerar frutos férteis no terreno "cult". Não cedam à supervalorização: assistam ao filme em casa baixando ou locando...
Filminho bem light, mamão com açúcar... De fato, o que há de interessante aqui é a atuação da personagem principal: Lee Chandler, interpretado pelo controverso Cassey Affleck.
Como "Lion" é uma obra que detém rico substrato em fatos reais, o filme revela-se como uma importante crítica ao modelo "organizacional" indiano em função da facilidade com que uma criança pode se perder em meio ao caos e frenesi dessa sociedade (80 mil se perdem anualmente). A riqueza de detalhes quanto à infância de Saroo e as agruras pelas quais ele passou são o ponto forte do filme. Sinto que, posteriormente, no terceiro movimento narrativo, quando Saroo começa a ser confrontado com suas origens, o diretor parece ter se perdido; aquele caos indiano invade a estrutura do filme de modo que no lugar de cenas bem concatenadas, tem-se uma colcha de retalhos...
"L I F E": WASTE OF TIME ! Por sorte não fui ao cinema assistir a esse filme. Mesmo sendo um aficcionado incorrigível por sci-fi movies, este definitivamente não trouxe nenhum elemento original. Contudo, talvez se possa advogar em prol do "desfecho inovador". Nenhuma atuação que mereça honrarias do tipo "salvou o filme; fotografia miserável, pois ambientada em locais escuros; primeiro movimento narrativo dessa obra praticamente não se movimentava -- estava engessado; toda atmosfera do filme é permeada por aquele heroísmo e altruísmo norte-americano que só se vê em moldura cinematográfica desde a Guerra Fria e ninguém mais tem saco para isso...
A S S I S T A ! . Em um regime como irãniano, de modo algum convém levantar críticas diretas ao governo, ao Judiciário, nem mesmo à religião. Aí entra a genialidade de diretores como Asghar Farhadi ! Nitidamente evidencia-se que o ego inflado do marido (Nader), a religiosidade dogmática e inflexível de Razieh (cuidadora), bem como a agressividade doentia oriunda do marido de Razieh, somada à inflexibilidade e à precariedade do sistema Jurídico são elementos que, juntos, advogam para criar o clima ANGUSTIANTE que nos arrasta do primeiro movimento narrativo ao último. Contudo, o clima angustiante e sufocante gerado no simples universo familiar da trama extrapola a moldura doméstica, traçando silenciosa analogia com a realidade sociopolítica do Irã atual. Aonde o ego e falta de resiliência dos poderosos tem conduzido essa nação, aonde a fidelidade cega à religião em detrimento da justiça dos homens tem levado-os, como haver um procedimento justo minimamente justo com leis sem textura aberta ?! . --> roteiro brilhante --> atuações primorosas
Eu olho os comentários pensando: VALE À PENA PERDER MEU TEMPO COM ISSO?
Em meio a tantos filmes hollywoodianos que inundam as salas de cinema com "suspense previsível" -- o Chamado 3 -- The Awakening, diferentemente dessa categoria trash, mostrou-se uma obra cativante. Conforme já mencionaram aqui, a fotografia e o enredo são os grandes destaques dessa película. Claro, a atuação deixou a desejar um pouco e o enredo detém um pilar assaz questionável ( o que faria a base inteira desabar aos expectadores mais críticos ). Contudo, de modo geral, àqueles que apreciam um bom suspense, esta obra é o ideal; de fato não há muitos sustos, fazendo com que o filme tenda mais para categoria suspense, em detrimento do teor Thriller.
Enfim, a resposta à questão levantada é a seguinte: SIM, definitivamente vale à pena.
Filme altamente T R A S H Meu conselho, não percam tempo ou dinheiro com isso. Não há sequer cenas que surpreendem o expectador (como no filme "O grito) ou que causam sufoco e aflição como nos filmes "Os outros" ou "The Shining"... Talvez o fato de ser indicado para menores de 12 anos ao invés de 16 ou 18 convença quem quer perder tempo com esse lixo.
Team America - Detonando o Mundo
3.5 260 Assista AgoraVale muito a pena a criticidade ácida deste filme ! O filme já começa mostrando como seria se a tal "luta contra o terrorismo" ocorresse na Europa. Trata-se de um bom gatilho para discutir questões de geopolítica relacionadas à conduta dos EUA e até mesmo sobre a forma como Hollywood procura incansavelmente estampar a bandeira norte-americana em TUDO ! Menção honrosa àquela perspectiva segunda a qual qualquer um que pensa diferente é um comunista radical.
Violência Gratuita
3.8 739 Assista Agora.
E U R O - T R A S H
.
O simples fato do filme ser alemão ou europeu não faz dele uma obra louvável e muito menos algo "cult"; não sei como obteve uma nota tão alta ! A ideia que permeia esse ARRASTADO e MOROSO filme é interessante: "brincar" com o espectador que "torce" pelas vítimas... Contudo, essa ideia parte de um pressuposto que culmina em vítimas BURRAS, ESTUPIDEZ e ATITUDES nada PLAUSÍVEIS, o que por sua vez acarreta em categóricos filmes trash.
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NÃO PERCA SEU TEMPO
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Contato
4.1 804 Assista Agora.
Contato é definitivamente UM DOS MELHORES filmes que já assisti ! Parece que a personagem daquele crítico gastronômico do Ratatouille -- Anton Ego -- surgiu perante todos que participaram deste filme e disse: me surpreendam ! TRISTE, perceber como uma obra cinematográfica dessa envergadura acabou sendo tão desvalorizada. Eu, amante inveterado da sétima arte e especialmente do gênero sci-fi, jamais vi este filme figurar no rol das melhores produções envolvendo contato com extraterrestres.
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Sabem aquelas películas hispânicas onde tudo se encaixa do início ao fim ? Pois bem, Contato não é hispânico, mas definitivamente tem essa característica mágica. Isso se evidencia na relação entre o singelo apelido de infância da protagonista -- FAÍSCA -- e na poderosa chama que ela se torna e representa no clímax da narrativa. Outrossim, a dicotomia entre a fé (crença) e a ciência (acreditar) foi tratada de forma magistral: Contato conseguiu captar o momento tênue no qual uma das deusas da pós-modernidade, a ciência, tangencia a religião e bebe da mesma fonte... Enfim, o filme é categoricamente incrível e precisa figurar na lista "MUST SEE" de qualquer um que se diga cinéfilo ou amante da ficção-científica.
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Felicidade Por Um Fio
3.8 465 Assista AgoraUm filme extremamente necessário para nos afastar de uma visão míope quanto à beleza. Neste momento onde a sociedade vem passando por um processo iconoclasta de reafirmação dos indivíduos em detrimento de um padrão homogêneo e vazio, o filme, SIM, faz todo sentido e tem "plus a mais". Contudo, caso o espectador não assistisse essa obra cinematográfica nesse momento; poderíamos apontar os clichês no roteiro, situações forçadas empurradas goela abaixo no espectador, sem falar nas personagens inexpressivas ou mal exploradas por conta do foco demasiado sobre a protagonista.
Minha Adorável Lavanderia
3.5 72Só queria saber o porquê dessa obra cinematográfica ser classificada como comédia... Filme bem fraquinho mesmo
Crimes Temporais
3.7 323Depois de assistir a uma das maiores obras contemporâneas que explora a temática de viagem no tempo -- O Predestinado -- espera-se sempre algo a altura... Definitivamente não é o caso de Crimes Temporais, o qual acaba tornando-se previsível e enfadonho. Contudo, no geral, é um filme plenamente "assistível": não é ruim, mas também não é bom.
A Corrente do Bem
4.0 1,1K Assista AgoraA ideia por trás do filme é tão fantástica que até parece real, mas em verdade, trata-se apenas de criatividade literária revivificada em filmes.
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraMuito bom ver a forma através da qual a Disney vem levando sua magia às produções que deitam raízes na cultura latino-americana e na africana de uma forma mais HUMANA. Acho maravilhoso o mundo de fantasia infantil, mas retratar África e América-Latina SEMPRE como bichinhos -- papagaios, rei-leão -- já se mostra insuficiente numa época em que se clama por visibilidade; parabéns a Disney por isso.
Um Lugar Silencioso
4.0 3,0K Assista AgoraO filme é de CAGAR: sabe aquelas franquias de terror infinitas -- fantasmas, poderes , demônios e enredos batidos, pois é, esse filme não tem NADA DISSO !! Não lembro quando foi a última vez em que assisti a um filme de terror que realmente valia a pena. Esta obra produz uma experiência extremamente IMERSIVA sob o espectador -- somos transportados à realidade ANGUSTIANTE que domina a atmosfera do filme do começo ao fim. Você se IRRITA com certas atitudes ao longo da trama, SOFRE com as personagens e VIVE o drama...
1) Alguns problemas de enredo como os jornais preservados na rua após 92 dias;
2) Sacadas e epifanias difíceis de se aceitar (como a garotinha compreendendo o lance do aparelho auditivo e frequência a qual as criaturas eram sensíveis).
O Piano
4.0 443Mais um daqueles filmes profundos onde o espectador é tragado por um enredo introspectivo na vida conturbada das personagens. Talvez a personagem principal tenha ficado tão bem amalgamada ao papel de pianista muda, porque já viveu na pele a dificuldade de falar... De fato o que chama a atenção no filme é a figura do piano e tudo que ele representa na vida de alguém que "fala" através da música...
Sombras da Vida
3.8 1,3K Assista AgoraO filme é extremamente imersivo, langoroso, marcado por gritos silenciosos. Fantástico como cenas simples e corriqueiras adquirem uma pesada carga de sentimento. Gostei muito da forma como essa obra se debruça sobre a questão existencialista sem ser algo autoexplicativo. Além disso, menção honrosa à forma como o filme estabelece a circularidade da dimensão tempo, rompendo com nossa noção humana de linearidade através da figura do fantasma.
Invocação do Mal
3.8 3,9K Assista AgoraDá para olhar, mas não traz nada inovador ou realmente assustador; mais do mesmo.
Sobrenatural
3.4 2,4K Assista AgoraFilme bem T R A S H ... Não percam tempo; rever qualquer episódio de Black Mirror ou Rick and Morty vale mais a pena.
Godzilla: Planeta dos Monstros
3.1 61 Assista AgoraPara quem curte produções que exploram ficção científica; espaço sideral, criaturas... Enredo miserável, mas um passa-tempo razoável.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraMais um filme superestimado pelo público. Acredito que falta um olhar mais crítico sobre nossas produções nacionais exatamente porque um público mais exigente instiga melhores obras cinematográficas. Deve-se admitir que Regina Casé está ótima neste filme, contrastando profundamente com suas atuações na juventude. Contudo, este é um dos problemas -- Regina Casé está ótima, mas um filme dificilmente se faz com uma única personagem. As personagens que orbitam Val (Regina Casé) são definitivamente inexpressivas -- filhos de artistas tomando uma "ponta" ou atores cuja desenvolvimento de suas personagens ficou COMPLETAMENTE solapado pela personagem principal.
O pano de fundo do filme vale-se de um substrato clichê que já é conhecidíssimo, oscilando entre alguns momentos singulares e situações facilmente previsíveis. Neste caminhar, seguem algumas considerações mais pontuais a respeito da obra:
1) Realidade factual: não é em todas famílias que a figura da empregada doméstica é relegada ao status de "cidadã de segunda classe", principalmente considerando o tempo de serviço e imanente integração com o núcleo familiar.
.
2) Menção honrosa a uma das metáforas mais bonitas que já testemunhei no cinema nacional: entrar piscina vs. entrar na universidade pública. Foi muito bonita mesmo: o espaço das universidades públicas, antes restrito aos estratos sociais mais altos, começa a se transformar conforme percebemos do sucesso da filha de uma empregada doméstica no vestibular da FAU-USP; a piscina, cujo acesso era "naturalmente" vedado (tal qual a universidade pública), ganha uma matiz distinta com a presença singela da empregada Val comemorando em suas águas. "Entrar na piscina" é uma alegoria fiel à forma como os estratos sociais superiores enxergam o acesso das camadas mais pobres da população aos espaços tradicionalmente ocupados por pessoas que ostentam elevado poder aquisitivo.
.
3) Relação entre Val e Fabinho é extremamente forçada a artificial: se o rapaz gostava tanto da empregada, como que estaria super "deboas" com uma viagem ao exterior de 6 meses -- sem falar na forma fria e indiferente como ele contou que iria viajar.
.
4) A razão pela qual o filme recebe o título "que horas ela volta" acaba sendo superficial, rasa; apenas com breves passagens que nos dão esse indicativo.
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraTrata-se apenas de um filme hollywoodiano superestimado, porém melhor que velozes e furiosos. O desenvolvimento das cenas de ação é minucioso e de fato impecável. Contudo, aquele enredo que mormente mostra-se cativante no primeiro movimento narrativo, começa a se desenrolar em algo completamente implausível no final do segundo e sobretudo no terceiro movimento narrativo; culminando num desfecho bem lixo e forçado demais do ponto de vista do destino das personagens. A trilha sonora acomoda-se maravilhosamente às cenas do filme; a fotografia é muito bonita nas cenas de ação... Mas no fundo é isso, não há uma história séria. Abaixo algumas das coisas que mais me incomodaram:
1) A sincronia daquele casalzinho principal (Baby e Deborah) era pífia, era um casal que não funcionava; não havia liga entre eles, era uma paixão arrebatadora vinda do nada;
2) Quem em sã consciência compromete-se em fugir com um completo estranho nos EUA, lar doce-lar dos psicopatas? Resposta a namoradinha do Baby, só ela, claro :/
3) Doc, na pele de Kevin Spacey, mostra-se um criminoso profissional e meticuloso, rigoroso no tratamento com o Baby (Ansel Elgort). De repente, do nada, sem nenhuma razão lógica, assume riscos desnecessários e morre por Baby; alguém que ele mesmo vinha explorando inescrupulosamente.
4) A movimentação da obra consiste em uma marcha demasiadamente corrida; de modo que não há espaço para o desenvolvimento das personagens periféricas.
5) Embora conhecidíssimo pelo rigor em matéria penal, Baby arcou com "apenas" 25 anos de pena e 5 anos até a possibilidade de condicional nos EUA. Estamos falando dos EUA, país com a maior população carcerária do mundo; Por favor Hollywood, mais respeito perante o intelecto do espectador
6) O cara (Baby), passa pela cadeia como se tivesse ido no bar buscar pão; bem "de boas", só foi preso e saiu ileso após atravessar o sistema penal.
7) Claro, a despeito de todas essas circunstancias, a namorada está esperando fielmente por Baby; pura e casta até a condicional do amado apenado que ela mal conhece sair... Sério isso?
A Forma da Água
3.9 2,7KOs filmes mais instigantes acabam sempre sendo atrasados aqui no Brasil... Agora esses filminho hollywoodiano fraquinho -_-
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraO filme claramente foi construído a partir de analogias bíblicas e de práticas religiosas da cristandade, a obra procura representar os conflitos gerados por diferentes interpretações acerca de "um livro" (a Bíblia) e até mesmo a relação da humanidade com a mãe-natureza... Contudo, apesar do caráter inovativo e das maravilhosas atuações, o filme que é ambientado essencialmente no mesmo cenário, não conseguiu transferir a sensação de angústia como na obra magistral "A Separação". Definitivamente acredito que Hollywood precisa lapidar mais suas produções para gerar frutos férteis no terreno "cult". Não cedam à supervalorização: assistam ao filme em casa baixando ou locando...
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraFilminho bem light, mamão com açúcar... De fato, o que há de interessante aqui é a atuação da personagem principal: Lee Chandler, interpretado pelo controverso Cassey Affleck.
Lion: Uma Jornada para Casa
4.3 1,9K Assista AgoraComo "Lion" é uma obra que detém rico substrato em fatos reais, o filme revela-se como uma importante crítica ao modelo "organizacional" indiano em função da facilidade com que uma criança pode se perder em meio ao caos e frenesi dessa sociedade (80 mil se perdem anualmente). A riqueza de detalhes quanto à infância de Saroo e as agruras pelas quais ele passou são o ponto forte do filme. Sinto que, posteriormente, no terceiro movimento narrativo, quando Saroo começa a ser confrontado com suas origens, o diretor parece ter se perdido; aquele caos indiano invade a estrutura do filme de modo que no lugar de cenas bem concatenadas, tem-se uma colcha de retalhos...
Vida
3.4 1,2K Assista Agora"L I F E": WASTE OF TIME ! Por sorte não fui ao cinema assistir a esse filme. Mesmo sendo um aficcionado incorrigível por sci-fi movies, este definitivamente não trouxe nenhum elemento original. Contudo, talvez se possa advogar em prol do "desfecho inovador". Nenhuma atuação que mereça honrarias do tipo "salvou o filme; fotografia miserável, pois ambientada em locais escuros; primeiro movimento narrativo dessa obra praticamente não se movimentava -- estava engessado; toda atmosfera do filme é permeada por aquele heroísmo e altruísmo norte-americano que só se vê em moldura cinematográfica desde a Guerra Fria e ninguém mais tem saco para isso...
A Separação
4.2 726 Assista AgoraA S S I S T A !
.
Em um regime como irãniano, de modo algum convém levantar críticas diretas ao governo, ao Judiciário, nem mesmo à religião. Aí entra a genialidade de diretores como Asghar Farhadi ! Nitidamente evidencia-se que o ego inflado do marido (Nader), a religiosidade dogmática e inflexível de Razieh (cuidadora), bem como a agressividade doentia oriunda do marido de Razieh, somada à inflexibilidade e à precariedade do sistema Jurídico são elementos que, juntos, advogam para criar o clima ANGUSTIANTE que nos arrasta do primeiro movimento narrativo ao último. Contudo, o clima angustiante e sufocante gerado no simples universo familiar da trama extrapola a moldura doméstica, traçando silenciosa analogia com a realidade sociopolítica do Irã atual. Aonde o ego e falta de resiliência dos poderosos tem conduzido essa nação, aonde a fidelidade cega à religião em detrimento da justiça dos homens tem levado-os, como haver um procedimento justo minimamente justo com leis sem textura aberta ?!
.
--> roteiro brilhante
--> atuações primorosas
O Despertar
3.4 914 Assista AgoraEu olho os comentários pensando: VALE À PENA PERDER MEU TEMPO COM ISSO?
Em meio a tantos filmes hollywoodianos que inundam as salas de cinema com "suspense previsível" -- o Chamado 3 -- The Awakening, diferentemente dessa categoria trash, mostrou-se uma obra cativante. Conforme já mencionaram aqui, a fotografia e o enredo são os grandes destaques dessa película. Claro, a atuação deixou a desejar um pouco e o enredo detém um pilar assaz questionável ( o que faria a base inteira desabar aos expectadores mais críticos ). Contudo, de modo geral, àqueles que apreciam um bom suspense, esta obra é o ideal; de fato não há muitos sustos, fazendo com que o filme tenda mais para categoria suspense, em detrimento do teor Thriller.
Enfim, a resposta à questão levantada é a seguinte: SIM, definitivamente vale à pena.
O Chamado 3
2.3 1,2K Assista AgoraFilme altamente T R A S H
Meu conselho, não percam tempo ou dinheiro com isso. Não há sequer cenas que surpreendem o expectador (como no filme "O grito) ou que causam sufoco e aflição como nos filmes "Os outros" ou "The Shining"...
Talvez o fato de ser indicado para menores de 12 anos ao invés de 16 ou 18 convença quem quer perder tempo com esse lixo.