Muito envolvente! Os personagens são muito bem desenvolvidos e conduzidos, resultando em um filme belíssimo e denso. O roteiro também se mostra um sucesso, sendo bastante preciso e convincente,
Stanley Kramer me surpreendendo mais uma vez! Roteiro muito bem escrito, aliado a poderosas atuações, que nos convidam a participar dessa reunião de "família" e nos fazem sentir tão constrangidos quanto os próprios "convidados" deste jantar.
O filme é tão vertiginoso e me doeu tanto que me emocionei/chorei em uma cena aleatória, sem nada tocante. É um filme de entregas, que corta profundamente os sentimentos humanos em situações adversas. O mais surpreendente (ou não) é que podemos ser alvo de várias delas, também. Dos segredos que a vida nos oferece.
Não apenas sobre uma espécie de "terror psicológico" que invade os homens, este filme de Bergman soube muito bem apresentar, também, o amor e suas fronteiras nada claras entre o possível do real e a loucura, o abismo que é o outro.
A ambientação no sertão nordestino reforça o tom melancólico, solitário e angustiante do filme. Mas podemos ir além: no início, pensei comigo mesmo que "este sertão é o verdadeiro Brasil, um retrato de nossa realidade social e humana". O que eu não imaginava é que, com o passar da história, este sertão na verdade se apresenta como um retrato da alma humana como um todo. É a civilização em seus estágios iniciais, sem rodeios. É a solidão e o abandono em seus sentidos mais crus e difíceis: a solidão sendo vivida sozinha, diferentemente do que as pessoas encaram nos grandes centros urbanos, por exemplo. E o fato de olharmos tudo pelos olhos do personagem que nunca mostra o rosto torna a experiência sensorial do filme ainda mais bela e profunda. Em diversos momentos, o sufoco e a claustrofobia são gritantes. Passamos por isso internamente, somos nós vivendo. Viver dói.
Filme sensível, delicado e sutil. A condução é feita de forma crescente, envolvendo-nos em meio ao universo dos personagens. A atitude de ambos (Lili e Gerda) se mostram surpreendentes!
Só penso que poderia ter sido melhor explorado o personagem da Gerda e a maneira como ela se sentia diante disso tudo. Na maior parte do filme, é claro o incômodo dela e, ao mesmo tempo, o constante suporte a Lili. No entanto, faltou um momento seu de maior "protagonismo".
Gostei bastante do roteiro, mas a condução da história em si deixou um pouco a desejar, em minha opinião. Alguns pontos ficaram mal resolvidos ou pouco convincentes - como o triângulo amoroso, a relação de John com seus pais (especialmente o seu pai) e a adaptação de Ruth a todo aquele ambiente novo. A história alterna momentos do "tradicional romance hollywoodiano" com críticas sociais, mas se perde tanto em um quanto em outro. Não sei, penso que este seria um daqueles filmes que poderiam facilmente durar umas três horas e render uma boa história, como foi com "Assim Caminha a Humanidade", por exemplo, que também conta com Liz Taylor no elenco e segue bem essa proposta comum da época de produzir "grandes narrativas". Com o material que tinham, acredito que poderiam ir muito mais longe. De todo modo, o filme vale pela atuação de Liz Taylor e Dana Andrews e, claro, pela proposta interessante de tratar o tema da colonização inglesa na Índia.
A grande sacada do filme, na minha opinião, foi trabalhar os desdobramentos (bastante profundos) do moralismo e da repressão social que giram em torno do sexo e dos "papeis" que cabem aos homens e às mulheres. O tema vai ganhando tamanha proporção que, mais para o final do filme, até me esqueci por alguns momentos o por quê de os dois terem se afastado e terminarem como terminou. Mas estava ali, o tempo todo: as pressões sociais, a ânsia por fazer valer determinados valores e funções a cada pessoa. Natalie Wood deu um show à parte - nunca tinha assistido a um filme com ela e certamente procurarei por outros!
É impressionante a capacidade de Bergman de tecer o filme em camadas, complexificando cada vez mais a relação entre mãe e filha. O que aparentemente é só uma visita após longa distância entre ambas, torna-se um balanço sobre décadas de vida - e, consequentemente, revelam-se os compartimentos e as etapas pelas quais essa densa relação das duas foi passando. Nada escapa, tudo é dito, tudo é problematizado; no final, dos cacos de cada uma, e às suas respectivas maneiras, tentam se reconstruir. Brilhante!
Um ótimo filme do gênero, bastante completo. As atuações de Streep e Hoffman são espetaculares e contribuem decisivamente para a carga emocional da história, que ganhou um dos desfechos mais singelos que já vi.
Pra mim, tão excelente quanto Julgamento em Nuremberg. Ambos te conduzem e te prendem pelos excelentes diálogos e argumentações - fora as magistrais atuações. Imperdíveis filmes de Stanley Kramer!
O que mais me impressionou neste filme foi a belíssima condução do roteiro, gerando uma série de momentos emocionantes e inesperados. Por conta disso, e do entrelaçamento das histórias ao longo do tempo, a história prende muito bem - e convence, choca, nos coloca pra pensar. O "eu" no mundo nada mais é do que uma implosão de crenças e sentimentos que, ao extravasarem, tornam as relações humanas demasiado complexas e surpreendentes - no melhor sentido do termo.
Um filme gostoso de se assistir, com um elenco muito cativante e entrosado, reunindo vários nomes de peso. Não vá esperando "grandes temas complexos" - afinal, é uma fucking comédia romântica! Mas vale a pena enquanto entretenimento.
Um belo filme sobre relações familiares e as oscilações da vida. Diversos elementos se encontram e nos tocam, de maneira singela. A ótima trilha sonora e a ambientação certamente contribuem para isso. Tocante na medida certa.
Filme delicioso de assistir. Sem pretensão, consegue te envolver e arrancar algumas boas risadas. Impossível ficar "neutro" diante de Jasmine: há momentos em que a adorei, outros eu queria dar na cara dela, enfim. Cate conseguiu nos envolver com a personagem!
apenas o final que realmente não me agradou. Não sei.. ficou aberto demais. Queria saber se ela teria enlouquecido, de fato. Se encontrou um cara na próxima esquina, ou se voltou pra irmã com alguma mudança em mente. Há quem prefira, mas eu particularmente não gosto desses finais muito "amplos".
O roteiro caminha maravilhosamente bem. A história vai ganhando corpo e surpreende, mostrando que a rápida história de amor entre os dois ainda guardaria muitas idas e vindas. Há momentos cíclicos de felicidade e tristeza, muitíssimo bem captados por Taylor e Leight. Ambos conseguem passar toda a emoção que estavam sentindo, as alegrias e angústias. Afinal, uma verdadeira história de amor não é construída apenas pelo caminho da felicidade - para mim, é a grande "lição" desse filme. Espetacular!
Com um elenco bastante afiado, o roteiro consegue desenvolver as histórias paralelas sem perder o fio da meada, o elemento capaz de uni-las (no caso, o cotidiano do Exército). Os personagens são muito bem trabalhados, mostrando a que de fato vieram - o que pra mim é um dos maiores méritos aqui. Já vi diversos filmes onde se tentaram "complexificar" os enredos, envolvendo diversos personagens que, no final, se mostraram rasos e que pouco contribuíram para a trama. Em "A Um Passo da Eternidade", isso não ocorre. Muito mais do que uma história de guerra, procura trazer mostrar mais sobre o cotidiano de pessoas que, logo na sequência, sofreriam com as consequências do ataque a Pearl Harbor. (Particularmente, a dupla Lancaster/Clift me prendeu - que atores excepcionais!)
Como muitos já mencionaram, é difícil comentar um filme de Bergman - e especialmente este, para mim. Foram tantas as falas que expressaram exatamente o que sinto que chegaram a me chocar: eu trombei com um lado de mim que não imaginava que poderia ser transportado a um filme - e que isso se relacionasse ao encontro e aos questionamentos do Deus. O esforço de compreender o outro e a dificuldade em reunir as pessoas por meio da comunicação são um dos pontos altos do filme. Afinal, não são apenas duas pessoas: são dois universos, dois abismos que tentam penosamente se encontrar. Assim, ao me deparar com essa película, meus questionamentos, de certa forma, se ampliaram. Bergman jogou uma bomba no meu colo! Quanta coisa para refletir. Certamente um dos melhores filmes que já vi na vida.
Adorei a atuação da Michelle Williams, me convenceu com os olhares vagos, a insegurança e a voz doce de Marilyn. A história mostra o lado frágil de um dos maiores ícones de Hollywood - e consegue, por tabela, mostrar também as consequências que este meio traz para uma pessoa do status de Monroe. É como se conseguíssemos, ali (1956), já enxergar pequenas e infelizes raízes de um processo que culminaria na morte da atriz alguns anos depois. Apesar de narrar um curto e específico período de vida de Marilyn, vale a pena assistir pelas questões que levanta não só em torno dela, mas também dos bastidores da indústria cinematográfica (algumas curiosidades eu não sabia!).
Fiquei bastante envolvido com a história e os personagens, que são muito cativantes. Não, o filme não é "cult", dotado de um roteiro sensacional e toda aquela parafernalha conceitual toda que muitas vezes utilizamos pra classificar um filme como "ótimo/excelente". No entanto, para os propósitos a que foi destinado (incluindo o público-alvo, naturalmente), trata-se de um filme muito bem construído. Já fomos adolescentes um dia e muito do que está colocado ali foram nossas angústias e ideias sobre a vida. Então, penso que devemos ser menos taxativos quanto à suposta "falta de complexidade" e "excessos de bobeiras" do filme, como já vi vários comentários apontado. A história traz uma mensagem bacana sobre amadurecimento e mudanças, acompanhada de uma trilha sonora muito gostosa e de atores que me fizeram dar leves risadas - coisa que há um tempo já não me acontecia.
O filme é gracioso e leve. As atuações dispensam comentários! Apesar de alguns furos no roteiro, vale a pena pela excelente fotografia e pelas sequências de dança e canções. Rende, também, bons momentos cômicos.
Daqueles filmes cujo roteiro te prende do começo ao fim - um belo exemplo de como conduzir bem uma história. Muito disso se deve ao clima de dúvida e mistério que percorrem todo o desenrolar dos fatos. Nesse sentido, o filme se manteve fiel ao contexto de suspense que Agatha Christie costuma envolver seus leitores - mais um mérito a essa película! Os desfechos (sim, no plural, porque há muito o que ser revelado) são magistrais e dão ao filme um belo encerramento. Cabe destacar, ainda, os diálogos intensos e complexos entre os personagens - e, naturalmente, me prenderam sempre. Fiquei com aquela sensação de "não posso perder nem uma frase sequer!". E, no final, valeu a pena: pois nada do que é dito ou feito ali é gratuitamente. Os "porquês" de tudo serão incrivelmente revelados ao final.
O filme mostra duas visões sobre a guerra, de ambos os lados do campo de batalha. Além disso, vale a pena assistir pelas atuações de destaque de Brando e Clift. Porém, há problemas quanto à condução da história, o que pode fazer com que as quase 3 horas de duração se tornem cansativas.
A morte repentina de Diestl, após toda a expectativa do "encontro final" dos três personagens centrais, foi decepcionante e, na minha opinião, quebrou o andamento final do filme. Não sei, fiquei esperando outro desfecho, menos "pobre" nesse sentido.
O enredo é muito bem conduzido e traz uma visão crua e realista do contexto da guerra. Os personagens são construídos com profundidade e problemáticas na medida certa.
Ligações Perigosas
4.0 342 Assista AgoraMuito envolvente! Os personagens são muito bem desenvolvidos e conduzidos, resultando em um filme belíssimo e denso. O roteiro também se mostra um sucesso, sendo bastante preciso e convincente,
apenas achei que ficou faltando um desfecho mais claro para Danceny e Cecile - principalmente para quem não leu o livro.
Adivinhe Quem Vem Para Jantar
4.1 222 Assista AgoraStanley Kramer me surpreendendo mais uma vez! Roteiro muito bem escrito, aliado a poderosas atuações, que nos convidam a participar dessa reunião de "família" e nos fazem sentir tão constrangidos quanto os próprios "convidados" deste jantar.
Babel
3.9 996 Assista AgoraO filme é tão vertiginoso e me doeu tanto que me emocionei/chorei em uma cena aleatória, sem nada tocante. É um filme de entregas, que corta profundamente os sentimentos humanos em situações adversas. O mais surpreendente (ou não) é que podemos ser alvo de várias delas, também. Dos segredos que a vida nos oferece.
A Hora do Lobo
4.2 308Não apenas sobre uma espécie de "terror psicológico" que invade os homens, este filme de Bergman soube muito bem apresentar, também, o amor e suas fronteiras nada claras entre o possível do real e a loucura, o abismo que é o outro.
Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo
3.9 501 Assista AgoraA ambientação no sertão nordestino reforça o tom melancólico, solitário e angustiante do filme. Mas podemos ir além: no início, pensei comigo mesmo que "este sertão é o verdadeiro Brasil, um retrato de nossa realidade social e humana". O que eu não imaginava é que, com o passar da história, este sertão na verdade se apresenta como um retrato da alma humana como um todo. É a civilização em seus estágios iniciais, sem rodeios. É a solidão e o abandono em seus sentidos mais crus e difíceis: a solidão sendo vivida sozinha, diferentemente do que as pessoas encaram nos grandes centros urbanos, por exemplo. E o fato de olharmos tudo pelos olhos do personagem que nunca mostra o rosto torna a experiência sensorial do filme ainda mais bela e profunda. Em diversos momentos, o sufoco e a claustrofobia são gritantes. Passamos por isso internamente, somos nós vivendo. Viver dói.
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraFilme sensível, delicado e sutil. A condução é feita de forma crescente, envolvendo-nos em meio ao universo dos personagens. A atitude de ambos (Lili e Gerda) se mostram surpreendentes!
Só penso que poderia ter sido melhor explorado o personagem da Gerda e a maneira como ela se sentia diante disso tudo. Na maior parte do filme, é claro o incômodo dela e, ao mesmo tempo, o constante suporte a Lili. No entanto, faltou um momento seu de maior "protagonismo".
No Caminho dos Elefantes
3.4 19 Assista AgoraGostei bastante do roteiro, mas a condução da história em si deixou um pouco a desejar, em minha opinião. Alguns pontos ficaram mal resolvidos ou pouco convincentes - como o triângulo amoroso, a relação de John com seus pais (especialmente o seu pai) e a adaptação de Ruth a todo aquele ambiente novo. A história alterna momentos do "tradicional romance hollywoodiano" com críticas sociais, mas se perde tanto em um quanto em outro. Não sei, penso que este seria um daqueles filmes que poderiam facilmente durar umas três horas e render uma boa história, como foi com "Assim Caminha a Humanidade", por exemplo, que também conta com Liz Taylor no elenco e segue bem essa proposta comum da época de produzir "grandes narrativas". Com o material que tinham, acredito que poderiam ir muito mais longe. De todo modo, o filme vale pela atuação de Liz Taylor e Dana Andrews e, claro, pela proposta interessante de tratar o tema da colonização inglesa na Índia.
Clamor do Sexo
4.2 92 Assista AgoraA grande sacada do filme, na minha opinião, foi trabalhar os desdobramentos (bastante profundos) do moralismo e da repressão social que giram em torno do sexo e dos "papeis" que cabem aos homens e às mulheres. O tema vai ganhando tamanha proporção que, mais para o final do filme, até me esqueci por alguns momentos o por quê de os dois terem se afastado e terminarem como terminou. Mas estava ali, o tempo todo: as pressões sociais, a ânsia por fazer valer determinados valores e funções a cada pessoa. Natalie Wood deu um show à parte - nunca tinha assistido a um filme com ela e certamente procurarei por outros!
Sonata de Outono
4.5 492É impressionante a capacidade de Bergman de tecer o filme em camadas, complexificando cada vez mais a relação entre mãe e filha. O que aparentemente é só uma visita após longa distância entre ambas, torna-se um balanço sobre décadas de vida - e, consequentemente, revelam-se os compartimentos e as etapas pelas quais essa densa relação das duas foi passando. Nada escapa, tudo é dito, tudo é problematizado; no final, dos cacos de cada uma, e às suas respectivas maneiras, tentam se reconstruir. Brilhante!
Kramer vs. Kramer
4.1 546 Assista AgoraUm ótimo filme do gênero, bastante completo. As atuações de Streep e Hoffman são espetaculares e contribuem decisivamente para a carga emocional da história, que ganhou um dos desfechos mais singelos que já vi.
O Vento Será Tua Herança
4.4 104 Assista AgoraPra mim, tão excelente quanto Julgamento em Nuremberg. Ambos te conduzem e te prendem pelos excelentes diálogos e argumentações - fora as magistrais atuações. Imperdíveis filmes de Stanley Kramer!
Alabama Monroe
4.3 1,4KO que mais me impressionou neste filme foi a belíssima condução do roteiro, gerando uma série de momentos emocionantes e inesperados. Por conta disso, e do entrelaçamento das histórias ao longo do tempo, a história prende muito bem - e convence, choca, nos coloca pra pensar. O "eu" no mundo nada mais é do que uma implosão de crenças e sentimentos que, ao extravasarem, tornam as relações humanas demasiado complexas e surpreendentes - no melhor sentido do termo.
"Eu sou um macaco. Eu estou com medo".
O Casamento do Ano
2.8 561 Assista AgoraUm filme gostoso de se assistir, com um elenco muito cativante e entrosado, reunindo vários nomes de peso. Não vá esperando "grandes temas complexos" - afinal, é uma fucking comédia romântica! Mas vale a pena enquanto entretenimento.
Num Lago Dourado
3.9 78 Assista AgoraUm belo filme sobre relações familiares e as oscilações da vida. Diversos elementos se encontram e nos tocam, de maneira singela. A ótima trilha sonora e a ambientação certamente contribuem para isso. Tocante na medida certa.
Blue Jasmine
3.7 1,7K Assista AgoraFilme delicioso de assistir. Sem pretensão, consegue te envolver e arrancar algumas boas risadas. Impossível ficar "neutro" diante de Jasmine: há momentos em que a adorei, outros eu queria dar na cara dela, enfim. Cate conseguiu nos envolver com a personagem!
apenas o final que realmente não me agradou. Não sei.. ficou aberto demais. Queria saber se ela teria enlouquecido, de fato. Se encontrou um cara na próxima esquina, ou se voltou pra irmã com alguma mudança em mente. Há quem prefira, mas eu particularmente não gosto desses finais muito "amplos".
A Ponte de Waterloo
4.2 38 Assista AgoraO roteiro caminha maravilhosamente bem. A história vai ganhando corpo e surpreende, mostrando que a rápida história de amor entre os dois ainda guardaria muitas idas e vindas. Há momentos cíclicos de felicidade e tristeza, muitíssimo bem captados por Taylor e Leight. Ambos conseguem passar toda a emoção que estavam sentindo, as alegrias e angústias. Afinal, uma verdadeira história de amor não é construída apenas pelo caminho da felicidade - para mim, é a grande "lição" desse filme. Espetacular!
A Um Passo da Eternidade
3.9 154 Assista AgoraCom um elenco bastante afiado, o roteiro consegue desenvolver as histórias paralelas sem perder o fio da meada, o elemento capaz de uni-las (no caso, o cotidiano do Exército). Os personagens são muito bem trabalhados, mostrando a que de fato vieram - o que pra mim é um dos maiores méritos aqui. Já vi diversos filmes onde se tentaram "complexificar" os enredos, envolvendo diversos personagens que, no final, se mostraram rasos e que pouco contribuíram para a trama. Em "A Um Passo da Eternidade", isso não ocorre. Muito mais do que uma história de guerra, procura trazer mostrar mais sobre o cotidiano de pessoas que, logo na sequência, sofreriam com as consequências do ataque a Pearl Harbor. (Particularmente, a dupla Lancaster/Clift me prendeu - que atores excepcionais!)
Luz de Inverno
4.3 173Como muitos já mencionaram, é difícil comentar um filme de Bergman - e especialmente este, para mim. Foram tantas as falas que expressaram exatamente o que sinto que chegaram a me chocar: eu trombei com um lado de mim que não imaginava que poderia ser transportado a um filme - e que isso se relacionasse ao encontro e aos questionamentos do Deus. O esforço de compreender o outro e a dificuldade em reunir as pessoas por meio da comunicação são um dos pontos altos do filme. Afinal, não são apenas duas pessoas: são dois universos, dois abismos que tentam penosamente se encontrar. Assim, ao me deparar com essa película, meus questionamentos, de certa forma, se ampliaram. Bergman jogou uma bomba no meu colo! Quanta coisa para refletir. Certamente um dos melhores filmes que já vi na vida.
Sete Dias com Marilyn
3.7 1,7K Assista AgoraAdorei a atuação da Michelle Williams, me convenceu com os olhares vagos, a insegurança e a voz doce de Marilyn. A história mostra o lado frágil de um dos maiores ícones de Hollywood - e consegue, por tabela, mostrar também as consequências que este meio traz para uma pessoa do status de Monroe. É como se conseguíssemos, ali (1956), já enxergar pequenas e infelizes raízes de um processo que culminaria na morte da atriz alguns anos depois. Apesar de narrar um curto e específico período de vida de Marilyn, vale a pena assistir pelas questões que levanta não só em torno dela, mas também dos bastidores da indústria cinematográfica (algumas curiosidades eu não sabia!).
Cidades de Papel
3.0 1,3K Assista AgoraFiquei bastante envolvido com a história e os personagens, que são muito cativantes. Não, o filme não é "cult", dotado de um roteiro sensacional e toda aquela parafernalha conceitual toda que muitas vezes utilizamos pra classificar um filme como "ótimo/excelente". No entanto, para os propósitos a que foi destinado (incluindo o público-alvo, naturalmente), trata-se de um filme muito bem construído. Já fomos adolescentes um dia e muito do que está colocado ali foram nossas angústias e ideias sobre a vida. Então, penso que devemos ser menos taxativos quanto à suposta "falta de complexidade" e "excessos de bobeiras" do filme, como já vi vários comentários apontado. A história traz uma mensagem bacana sobre amadurecimento e mudanças, acompanhada de uma trilha sonora muito gostosa e de atores que me fizeram dar leves risadas - coisa que há um tempo já não me acontecia.
Cinderela em Paris
4.0 419 Assista AgoraO filme é gracioso e leve. As atuações dispensam comentários! Apesar de alguns furos no roteiro, vale a pena pela excelente fotografia e pelas sequências de dança e canções. Rende, também, bons momentos cômicos.
Testemunha de Acusação
4.5 355 Assista AgoraDaqueles filmes cujo roteiro te prende do começo ao fim - um belo exemplo de como conduzir bem uma história. Muito disso se deve ao clima de dúvida e mistério que percorrem todo o desenrolar dos fatos. Nesse sentido, o filme se manteve fiel ao contexto de suspense que Agatha Christie costuma envolver seus leitores - mais um mérito a essa película! Os desfechos (sim, no plural, porque há muito o que ser revelado) são magistrais e dão ao filme um belo encerramento. Cabe destacar, ainda, os diálogos intensos e complexos entre os personagens - e, naturalmente, me prenderam sempre. Fiquei com aquela sensação de "não posso perder nem uma frase sequer!". E, no final, valeu a pena: pois nada do que é dito ou feito ali é gratuitamente. Os "porquês" de tudo serão incrivelmente revelados ao final.
Os Deuses Vencidos
3.8 33 Assista AgoraO filme mostra duas visões sobre a guerra, de ambos os lados do campo de batalha. Além disso, vale a pena assistir pelas atuações de destaque de Brando e Clift. Porém, há problemas quanto à condução da história, o que pode fazer com que as quase 3 horas de duração se tornem cansativas.
A morte repentina de Diestl, após toda a expectativa do "encontro final" dos três personagens centrais, foi decepcionante e, na minha opinião, quebrou o andamento final do filme. Não sei, fiquei esperando outro desfecho, menos "pobre" nesse sentido.
Glória Feita de Sangue
4.4 448 Assista AgoraO enredo é muito bem conduzido e traz uma visão crua e realista do contexto da guerra. Os personagens são construídos com profundidade e problemáticas na medida certa.