Sempre choro em filmes; aquele choro bonito de rolar uma lágrima solitária, mas Swan Song eu chorei feia, chorei largada, com boca tremendo, ranho, narina abrindo. Que filme lindo!
Udo Kier como jamais vi. Uma atuação delicada, sensível e tão profunda. Conseguiu trazer tanta verdade e não ser caricato mesmo com um personagem completamente caricato: o "Liberace de Sandusky". Que ator!
Algumas atuações secundárias, contudo, não têm a mesma qualidade. Ainda assim, Swan Song é maravilhoso. A solidão na velhice LGBT de uma geração quase dizimada pela AIDS, retratada de forma tão graciosa. E não só pelo conteúdo, mas em forma: direção de arte, figurino e fotografia são tão bem elaborados e marcantes e ótimos enquadramentos.
Minha maior crítica é por não ter optado por uma câmera lenta real, filmada com mais frames, invés de simplesmente diminuir a velocidade da sequência. O filme perde em textura e é uma técnica com aspecto amador.
Talvez a minha falta de proximidade com a cultura polonesa tenha dificultado um pouco. Tanto o humor quanto o terror me pareceram inocentes demais, quase que infantil. Contudo, do meio para o final, o filme cresceu em mim. Um bom entretenimento.
Bad Hair, desde o nome, é uma pegada criativa e bem humorada de um assunto sério. O filme joga com a ideia de "cabelo ruim", da necessidade de se adequar aos padrões e do trabalho exaustivo (e doloroso) que isso traz, mas de um jeito delicioso para amantes do terror. Mil pontos para as participações de peso.
Infelizmente mais um filme do gênero mal avaliado pelos usuários do Filmow. Realmente não sei o que vocês esperam de um filme de terror.
Fear Street: 1978 persiste no erro do primeiro, que provavelmente será o da franquia inteira, ao não definir seu público-alvo.
A trilogia transita entre o slasher tradicional e uma versão infanto-juvenil do mesmo.
Em alguns momentos os filmes são "limpos demais" tanto em conteúdo como em fotografia, um Goonies sangrento. Em outros parecem uma ótima homenagem aos clássicos oitentistas/noventistas, trazendo seus principais elementos (acampamento, escola, floresta, nerds, junkies, etc) e adicionando um twist interessante (a bruxa). Contudo, os atores não conseguem vender os personagens, sobretudo os rebeldes e acabam soando bastante caricatos.
Esse em especial perde bastante pro primeiro em suspense e atuação. É mais bobo.
Mas pra mim o que falta ~mesmo~ nesses filmes é apenas uma coisa: mortes memoráveis. Até agora temos uma só. Definitivamente não é o suficiente para manter uma trilogia.
Monica Bellucci de diabona é tudo que eu sempre precisei e nunca soube.
Por mim teria mais dela. O casal principal é meio insosso, sem carisma. Diferente da irmã e do amigo. Um filme muito bem feito e bastante divertido.
Um comentário sobre o filmow: nunca vou entender pessoas que se propõem a assistir um filme trash e não gostam de filmes trash. Vou dar até nota a mais pra subir a média. Cês são chatos pra c*ralho.
Holy Smoke começa bastante promissor e se carrega bem até a metade, com boas doses de humor e drama. Contudo, isso se perde no momento em que a narrativa muda drasticamente e toma ares eróticos. Não exatamente por esse motivo.
Quem não quer ver a Kate Winslet pelada, não é mesmo?
O problema é: a construção para essa guinada é completamente frágil e a partir daí os personagens parecem inconsistentes e irregulares. Sequer parece o mesmo filme. A cena do delírio no deserto é bastante interessante e nos mostra um pouco do que Jane Campion talvez objetivava, mas logo em seguida o filme se perde novamente ao entregar um fechamento bastante tosco.
Três considerações desconexas: 1 - Harvey Keitel de galã irresistível é no mínimo inverossímil 2 - Bizarro que uma personagem feminina tão ruim seja escrita por uma mulher 3 - Misericórdia, como a Pam Grier é linda!
A primeira metade é bastante divertida, equilibrando bem aventura, ação e terror. Do meio pro fim a balança pende demais para a ação e a parte do terror vira uma simples coadjuvante.
Particularmente acredito que se tivessem focado mais no aspecto zombie do filme do que numa luta física entre dois monstrões-machões-alpha, teria sido muito melhor. O suspense acaba e a luta não tem nada de muito sobrenatural. Nada que outro filme de heroísmo americano não tenha mostrado.
Por sinal, falando em heroísmo, até a parte da guerra (que foi executada tão bem no primeiro ato) enfraquece e vira um filme de um só herói no segundo.
Tommy é uma doideira gostosa de ver, mas provavelmente não pelos motivos pretendidos.
Enquanto musical, tem como ponto alto as participações especiais e não as interpretações do The Who. O clímax sendo indubitavelmente com Elton John (e difícil não citar Tina Turner).
Enquanto filme, Ann-Margret rouba todos os holofotes. Impossível prestar atenção em qualquer outra coisa quando ela aparece em cena. A atuação é intensa e há algo hipnótico em sua mera presença.
Talvez por isso o filme funcione melhor até Tommy recuperar seus sensos. A partir daí há uma mudança de foco para o protagonista e, embora as críticas sejam ótimas do início ao fim, Daltrey é um ator sofrível que realmente só convenceria atônito. O tom messiânico também, embora proposital, acaba pesando na egolatria pro final. Sendo um filme da banda, pela banda e com a banda, não poderia ser diferente, mas...
"Por que alguém deixaria sua esposa agorafóbica e suicida sozinha em uma casa?"
Se você partir por essa, já logo vai matar um dos grandes plot twists. Um dos, já que filme da Netflix é praticamente ginástica olímpica: trinta acrobacias, vinte sete twists e uma roupagem bem brega.
"Por que alguém agorafóbico abriria pra um moleque esquisito e contaria a vida toda pra ele?", seguido por "por que alguém agorafóbico contaria toda a vida pra uma mulher esquisita" e assim por diante.
São realmente muitas questões, mas a principal segue sendo: Por que um elenco deste nível se submeteria a isso?
Bloody Nose, Empty Pockets é um filme que vagueia pela fronteira da realidade e ficção; e funciona bem das duas formas. Com todo o potencial para se tornar um cult, ele acaba entrando na categoria "ame ou odeie". E, particularmente, toda a inusitada sensibilidade e a verdade/essência daquelas pessoas reais que transborda pelos personagens me fez amar.
Eu não costumo comentar antes de terminar a temporada. Muito menos no comecinho assim. Mas estamos no segundo episódio e, apesar de toda a emoção dos momentos do Pray Tell e da delícia que é a personagem Elektra, a qualidade decaiu demais.
Esse é de longe um dos piores roteiros que já vi. O conflito é apresentado e resolvido logo na sequência. Não há desenvolvimento. Tudo parece completamente atropelado e inverossímil. Pior que meus textos narrativos do fundamental.
Espero muito que melhore. Uma série maravilhosa dessas merece um desfecho a altura.
Dias é um ensaio sobre a solidão. Um filme contemplativo e melancólico. Planos longos não me incomodam, mas aqui é completamente descomedido. O filme poderia ser facilmente reduzido aos últimos 40 minutos e ainda teria o mesmo impacto.
Difícil assistir e não pensar que Two Distant Strangers provavelmente bebericou dessa fonte. Gostaria de ter assistido The Obituary of Tunde Johnson primeiro, devido a originalidade do projeto. Infelizmente, atuações secundárias fracas comprometem a qualidade do filme. Ainda assim, é um filme muito bom e que não deveria ter passado despercebido.
Todo domingo minha esposa reclama que escolho um filme para desanuviar e acabamos chorando feito bebês. Nesse não foi diferente. Um dos melhores usos de loop temporal. E olha que tem sido um recurso quase esgotado de tanto uso. Maravilhoso e necessário.
Talvez eu esteja muito insensível ou cansada desse conceito de lésbicas só existirem no cinema antes da revolução industrial, mas infelizmente não senti o mesmo que vocês. The World to Come não traz nada de novo ao gênero e embora tenha ótimas atuações, não convence em química. A narração é um recurso piegas, mas aqui não incomoda tanto quanto o excesso de trilha. Trilha essa que funciona bem nos momentos de estranhamento, mas perdura por cenas onde o silêncio seria mais proveitoso. No final, o que era pra ser algo de alto nível, acaba caindo na mesma mediocridade de obras LGBT de baixo orçamento. A fotografia é muito boa e algumas falas realmente muito poéticas, para não trazer apenas pontos negativos. Uma observação bastante tonta:
É um filme acima da média, com uma execução muito boa, belas sequências e uma fotografia bem elaborada. Demônios talvez seja um dos retratos mais sinceros das inquietudes infantis e da quase nunca suave transição da infância para a adolescência. Todo o desenvolvimento é interessantíssimo e talvez por isso, pedisse por um melhor fechamento.
Não falo de nada muito fantasioso, como a sugestão de Felix encontrar o corpo. Na realidade, não haveria necessidade de solucionar o crime, até porque não seria muito realista. Mas cabia um final melhor.
Definitivamente esse ~É~ o RuPaul's Best Friend Race e eu amei.
Apesar de as participantes serem claramente menos polidas, com lipsyncs mais fracos e perucas baratas, são absurdamente mais carismáticas que as colegas americanas.
Essa é uma das temporadas mais divertidas que já assisti, se não a mais divertida.
Apesar de não ter achado a premiação necessariamente justa, foi a primeira vez que, a partir do top 4, estaria contente com qualquer uma que vencesse.
Mas no fundo, no fundo, eu dividiria o prêmio entre Rita e Jimbo. Priyanka tem uma personalidade maravilhosa, mas é crua. Serviria de Miss Congeniality
Pra não dizer que não teve defeitos: Jeffrey Bowyer-Chapman e seus maneirismos extremamente forçados. Um ator hétero faria um RuPaul melhor. Já não concordo com a opinião da galera aqui sobre a Brooke Lynn Hytes. Achei muito boa apresentadora, mas talvez tenha a ver com o fato dela ser maravilhosa e confundir minha sapatonice.
I Care a Lot é um filme bobo e cheio de furos, mas divertidíssimo.
Particularmente não esperava redenção, nem verossimilhança de um besteirol, ainda que um besteirol com bom elenco.
Todos os elementos escrachados estão lá: do absurdo ao ajudante corcunda, passando por Rosamund Pike com um mesmo figurino e modernizando o fiel cigarro de vilão com seu vape .
Talvez a presença de Rosamund Pike tenha gerado a expectativa de algo mais refinado. Mas assistir a esses personagens moralmente depravados se enrolarem numa rede de bestices foi morbidamente gostoso. "Como será que ela vai escapar agora? Tomara que se ferre muito". Guilty pleasure.
Brilho Para a Eternidade
3.5 16 Assista AgoraSempre choro em filmes; aquele choro bonito de rolar uma lágrima solitária, mas Swan Song eu chorei feia, chorei largada, com boca tremendo, ranho, narina abrindo. Que filme lindo!
Udo Kier como jamais vi. Uma atuação delicada, sensível e tão profunda. Conseguiu trazer tanta verdade e não ser caricato mesmo com um personagem completamente caricato: o "Liberace de Sandusky". Que ator!
Algumas atuações secundárias, contudo, não têm a mesma qualidade. Ainda assim, Swan Song é maravilhoso. A solidão na velhice LGBT de uma geração quase dizimada pela AIDS, retratada de forma tão graciosa. E não só pelo conteúdo, mas em forma: direção de arte, figurino e fotografia são tão bem elaborados e marcantes e ótimos enquadramentos.
Minha maior crítica é por não ter optado por uma câmera lenta real, filmada com mais frames, invés de simplesmente diminuir a velocidade da sequência. O filme perde em textura e é uma técnica com aspecto amador.
Canção de Ninar
3.6 4Talvez a minha falta de proximidade com a cultura polonesa tenha dificultado um pouco. Tanto o humor quanto o terror me pareceram inocentes demais, quase que infantil.
Contudo, do meio para o final, o filme cresceu em mim. Um bom entretenimento.
Bad Hair
2.9 37 Assista AgoraBad Hair, desde o nome, é uma pegada criativa e bem humorada de um assunto sério.
O filme joga com a ideia de "cabelo ruim", da necessidade de se adequar aos padrões e do trabalho exaustivo (e doloroso) que isso traz, mas de um jeito delicioso para amantes do terror. Mil pontos para as participações de peso.
Infelizmente mais um filme do gênero mal avaliado pelos usuários do Filmow. Realmente não sei o que vocês esperam de um filme de terror.
Tenho Medo Toureiro
3.8 34Por que eu tenho a impressão de já ter visto esse plot antes? Em algum curta ou longa.
Vocês saberiam me dizer?
Rua do Medo: 1978 - Parte 2
3.5 549 Assista AgoraFear Street: 1978 persiste no erro do primeiro, que provavelmente será o da franquia inteira, ao não definir seu público-alvo.
A trilogia transita entre o slasher tradicional e uma versão infanto-juvenil do mesmo.
Em alguns momentos os filmes são "limpos demais" tanto em conteúdo como em fotografia, um Goonies sangrento. Em outros parecem uma ótima homenagem aos clássicos oitentistas/noventistas, trazendo seus principais elementos (acampamento, escola, floresta, nerds, junkies, etc) e adicionando um twist interessante (a bruxa). Contudo, os atores não conseguem vender os personagens, sobretudo os rebeldes e acabam soando bastante caricatos.
Esse em especial perde bastante pro primeiro em suspense e atuação. É mais bobo.
Mas pra mim o que falta ~mesmo~ nesses filmes é apenas uma coisa: mortes memoráveis. Até agora temos uma só. Definitivamente não é o suficiente para manter uma trilogia.
Nekrotronic
2.5 35 Assista AgoraMonica Bellucci de diabona é tudo que eu sempre precisei e nunca soube.
Por mim teria mais dela. O casal principal é meio insosso, sem carisma. Diferente da irmã e do amigo.
Um filme muito bem feito e bastante divertido.
Um comentário sobre o filmow: nunca vou entender pessoas que se propõem a assistir um filme trash e não gostam de filmes trash. Vou dar até nota a mais pra subir a média. Cês são chatos pra c*ralho.
Fogo Sagrado!
3.1 34Holy Smoke começa bastante promissor e se carrega bem até a metade, com boas doses de humor e drama.
Contudo, isso se perde no momento em que a narrativa muda drasticamente e toma ares eróticos. Não exatamente por esse motivo.
Quem não quer ver a Kate Winslet pelada, não é mesmo?
O problema é: a construção para essa guinada é completamente frágil e a partir daí os personagens parecem inconsistentes e irregulares. Sequer parece o mesmo filme.
A cena do delírio no deserto é bastante interessante e nos mostra um pouco do que Jane Campion talvez objetivava, mas logo em seguida o filme se perde novamente ao entregar um fechamento bastante tosco.
Três considerações desconexas:
1 - Harvey Keitel de galã irresistível é no mínimo inverossímil
2 - Bizarro que uma personagem feminina tão ruim seja escrita por uma mulher
3 - Misericórdia, como a Pam Grier é linda!
Operação Overlord
3.3 503 Assista AgoraA primeira metade é bastante divertida, equilibrando bem aventura, ação e terror. Do meio pro fim a balança pende demais para a ação e a parte do terror vira uma simples coadjuvante.
Particularmente acredito que se tivessem focado mais no aspecto zombie do filme do que numa luta física entre dois monstrões-machões-alpha, teria sido muito melhor. O suspense acaba e a luta não tem nada de muito sobrenatural. Nada que outro filme de heroísmo americano não tenha mostrado.
Por sinal, falando em heroísmo, até a parte da guerra (que foi executada tão bem no primeiro ato) enfraquece e vira um filme de um só herói no segundo.
Aqueles que me Desejam a Morte
2.8 256 Assista AgoraNão darei nota pra preservar Angelina Jolie.
Tommy
3.9 168 Assista AgoraTommy é uma doideira gostosa de ver, mas provavelmente não pelos motivos pretendidos.
Enquanto musical, tem como ponto alto as participações especiais e não as interpretações do The Who. O clímax sendo indubitavelmente com Elton John (e difícil não citar Tina Turner).
Enquanto filme, Ann-Margret rouba todos os holofotes. Impossível prestar atenção em qualquer outra coisa quando ela aparece em cena. A atuação é intensa e há algo hipnótico em sua mera presença.
Talvez por isso o filme funcione melhor até Tommy recuperar seus sensos. A partir daí há uma mudança de foco para o protagonista e, embora as críticas sejam ótimas do início ao fim, Daltrey é um ator sofrível que realmente só convenceria atônito. O tom messiânico também, embora proposital, acaba pesando na egolatria pro final. Sendo um filme da banda, pela banda e com a banda, não poderia ser diferente, mas...
A Mulher na Janela
3.0 1,1K Assista AgoraA Mulher na Janela é um filme que suscita muitas questões.
"Por que alguém deixaria sua esposa agorafóbica e suicida sozinha em uma casa?"
Se você partir por essa, já logo vai matar um dos grandes plot twists. Um dos, já que filme da Netflix é praticamente ginástica olímpica: trinta acrobacias, vinte sete twists e uma roupagem bem brega.
"Por que alguém agorafóbico abriria pra um moleque esquisito e contaria a vida toda pra ele?", seguido por "por que alguém agorafóbico contaria toda a vida pra uma mulher esquisita" e assim por diante.
São realmente muitas questões, mas a principal segue sendo:
Por que um elenco deste nível se submeteria a isso?
Nariz Sangrando, Bolsos Vazios
3.7 7Bloody Nose, Empty Pockets é um filme que vagueia pela fronteira da realidade e ficção; e funciona bem das duas formas.
Com todo o potencial para se tornar um cult, ele acaba entrando na categoria "ame ou odeie". E, particularmente, toda a inusitada sensibilidade e a verdade/essência daquelas pessoas reais que transborda pelos personagens me fez amar.
Pose (3ª Temporada)
4.4 104Eu não costumo comentar antes de terminar a temporada. Muito menos no comecinho assim. Mas estamos no segundo episódio e, apesar de toda a emoção dos momentos do Pray Tell e da delícia que é a personagem Elektra, a qualidade decaiu demais.
Esse é de longe um dos piores roteiros que já vi. O conflito é apresentado e resolvido logo na sequência. Não há desenvolvimento. Tudo parece completamente atropelado e inverossímil. Pior que meus textos narrativos do fundamental.
Espero muito que melhore. Uma série maravilhosa dessas merece um desfecho a altura.
Janelle Monáe: Dirty Computer
4.4 20Lady Gaga apenas sonha.
Por essa estética absurda e pela mensagem, acabo desconsiderando as atuações medianas e o roteiro fraco.
Dias
3.8 20Dias é um ensaio sobre a solidão. Um filme contemplativo e melancólico.
Planos longos não me incomodam, mas aqui é completamente descomedido. O filme poderia ser facilmente reduzido aos últimos 40 minutos e ainda teria o mesmo impacto.
The Obituary of Tunde Johnson
3.9 6Difícil assistir e não pensar que Two Distant Strangers provavelmente bebericou dessa fonte.
Gostaria de ter assistido The Obituary of Tunde Johnson primeiro, devido a originalidade do projeto. Infelizmente, atuações secundárias fracas comprometem a qualidade do filme.
Ainda assim, é um filme muito bom e que não deveria ter passado despercebido.
Dois Estranhos
4.2 291 Assista AgoraTodo domingo minha esposa reclama que escolho um filme para desanuviar e acabamos chorando feito bebês. Nesse não foi diferente.
Um dos melhores usos de loop temporal. E olha que tem sido um recurso quase esgotado de tanto uso.
Maravilhoso e necessário.
Um Fascinante Novo Mundo
3.5 123 Assista AgoraTalvez eu esteja muito insensível ou cansada desse conceito de lésbicas só existirem no cinema antes da revolução industrial, mas infelizmente não senti o mesmo que vocês.
The World to Come não traz nada de novo ao gênero e embora tenha ótimas atuações, não convence em química.
A narração é um recurso piegas, mas aqui não incomoda tanto quanto o excesso de trilha. Trilha essa que funciona bem nos momentos de estranhamento, mas perdura por cenas onde o silêncio seria mais proveitoso.
No final, o que era pra ser algo de alto nível, acaba caindo na mesma mediocridade de obras LGBT de baixo orçamento.
A fotografia é muito boa e algumas falas realmente muito poéticas, para não trazer apenas pontos negativos.
Uma observação bastante tonta:
um dos poucos filmes em que o cadáver realmente parece um cadáver.
Esquadrão Trovão
2.4 189 Assista AgoraPessoas que assistem a um besteirol esperando que não seja besta.
Demônios
3.3 29É um filme acima da média, com uma execução muito boa, belas sequências e uma fotografia bem elaborada.
Demônios talvez seja um dos retratos mais sinceros das inquietudes infantis e da quase nunca suave transição da infância para a adolescência. Todo o desenvolvimento é interessantíssimo e talvez por isso, pedisse por um melhor fechamento.
Não falo de nada muito fantasioso, como a sugestão de Felix encontrar o corpo. Na realidade, não haveria necessidade de solucionar o crime, até porque não seria muito realista. Mas cabia um final melhor.
Drag Race Canadá (1ª Temporada)
3.7 69Definitivamente esse ~É~ o RuPaul's Best Friend Race e eu amei.
Apesar de as participantes serem claramente menos polidas, com lipsyncs mais fracos e perucas baratas, são absurdamente mais carismáticas que as colegas americanas.
Essa é uma das temporadas mais divertidas que já assisti, se não a mais divertida.
Apesar de não ter achado a premiação necessariamente justa, foi a primeira vez que, a partir do top 4, estaria contente com qualquer uma que vencesse.
Mas no fundo, no fundo, eu dividiria o prêmio entre Rita e Jimbo. Priyanka tem uma personalidade maravilhosa, mas é crua. Serviria de Miss Congeniality
Pra não dizer que não teve defeitos: Jeffrey Bowyer-Chapman e seus maneirismos extremamente forçados. Um ator hétero faria um RuPaul melhor. Já não concordo com a opinião da galera aqui sobre a Brooke Lynn Hytes. Achei muito boa apresentadora, mas talvez tenha a ver com o fato dela ser maravilhosa e confundir minha sapatonice.
Nós Duas
4.0 43 Assista AgoraFaltou realismo
Um casal lésbico jamais abandonaria um gato no corredor.
Brincadeira! Que filme mais doce, mesmo com toda sua tristeza!
Que bom que ele existe.
Eu Me Importo
3.3 1,2K Assista AgoraI Care a Lot é um filme bobo e cheio de furos, mas divertidíssimo.
Particularmente não esperava redenção, nem verossimilhança de um besteirol, ainda que um besteirol com bom elenco.
Todos os elementos escrachados estão lá: do absurdo ao ajudante corcunda, passando por Rosamund Pike com um mesmo figurino e modernizando o fiel cigarro de vilão com seu vape .
Talvez a presença de Rosamund Pike tenha gerado a expectativa de algo mais refinado. Mas assistir a esses personagens moralmente depravados se enrolarem numa rede de bestices foi morbidamente gostoso. "Como será que ela vai escapar agora? Tomara que se ferre muito". Guilty pleasure.
Uma Mulher Alta
3.8 112Que besteira russa é essa?