Um soco no estômago é a melhor definição para o filme. Quase ausente de trilha sonora, o clima é construído para a tensão do início ao fim e o silêncio é a melhor forma de evidenciar tudo o que está por baixo dos panos na história contada. Julia Garner constrói sua personagem com maestria e precisão, seja no incômodo crescente de Jane ou em seus olhos constantemente marejados. O grande vilao nunca aparece, mas sabemos que ele representa não apenas Harvey Weinstein como também muitos outros nomes da indústria que continuam no poder, mas ainda não foram pegos. A direção de Kitty foi aguçada e sensível dando voz para centenas de vítimas desta mesma situação de forma tão delicada, mas firme.
“Não esquece seu cachecol.” Esta cena em particular me causou muito desconforto, que é quando Jane decide ir contra o sistema e é brutalmente desarmada por seu chefe. E mais uma vez Julia Garner serviu tudo em sua atuação. Enfim, espero que ela e Kitty sejam lembradas nas premiações, mas não me chocaria se passassem batido dado o tema que Hollywood nunca quer encarar de frente.
Uma das melhores estreias do ano para mim até então. Reese está estupenda como uma mulher classuda e detestável e Kerry brilha como a instigante Mia, o oposto de Elena. Os embates das duas são ótimos pois por trás das diferenças sociais e raciais (muito bem discutidas, por sinal) o que mais inflama a relação de ambas é a criação de seus filhos. As tramas paralelas também são boas, como o drama de Bebe e o núcleo jovem onde o cast consegue manter muito bem o nível das protagonistas. Como adaptação teve suas mudanças, mas com exceção da construção de Elena e Mia não há tanta coisa. O final da tv soou mais simbólico com a desconstrução da família de Elena, mas assim como no do livro fica aquela sensação de que há mais para conhecer dos personagens. Acredito que exista a intenção de uma nova temporada, mas caso não aconteça o final foi bem concluído e também é suficiente.
Já fazia muito tempo que queria assistir e agora posso afirmar que é um dos melhores filmes de terror psicológico que já vi, se é que pode ser classificado assim. Através da história de um casamento em ruínas, o diretor nos arrasta para um verdadeiro ciclo de tormento envolvendo o casal principal. Sugados por suas dores e arrependimentos, ambos entram num estado deplorável que os leva as piores consequências. A entrega do elenco é magnífica, não há o que discutir. As metáforas usadas nas cenas são inquietantes e podem deixar dúvidas em certos momentos, mas no final fica evidente que a possessão ali estava além do sobrenatural, era física e emocionalmente dependente um do outro. Com certeza vou pensar nele durante um tempo, uma experiência única. Os momentos de quebra da quarta parede, pqp.
Lindo e triste demais, um texto magnífico e um elenco numa sintonia radiante. Me surpreendi ao ver Gregório Duvivier num papel dramático (e odioso) e muito bom rever Carol Duarte tão intensa. Abuso físico e emocional, laços familiares, arte, a mulher inserida na sociedade e decepções são cruelmente bem explorados, as vezes causando desconforto para quem vê e trazendo em massa a realidade machista em que vivemos desde que o mundo é mundo. O final é de cortar o coração, chorei e não vou demorar a chorar de novo pois essa obra de arte DEVE ser sempre revisitada. Old que a Fernanda Montenegro um monstro da atuação.
“Eu te prometo, esta é a única coisa que me dá forças hoje. A certeza de que nós temos uma vida inteira pela frente juntas, Eurídice. Uma vida inteira. Juntas. Com amor, Guida.”
Tem queerbait, suspense e muita beleza no elenco, tudo que faz sucesso hoje em dia kkkk Queria que falassem mais sobre a pressão que estas meninas sofrem, foi uma abordagem rasa sobre bulimia, bullying e cobranças, mas em contrapartida centrou bastante nas relações familiares. Enfim, vi a temporada numa tacada só e valeu a pena meu tempo, principalmente com esse clima ruim de quarenta, deu pra se divertir.
Um soco no estômago para aqueles que acham que família sempre é o maior refúgio, as vezes ela pode ser o pior pesadelo. Carregado de críticas sociais, o filme transborda humanidade e emociona em diversas passagens graças ao grande talento do elenco, destacando o jovem protagonista que recebeu ali seu primeiro papel. É um filme triste pra uma história sofrível, mas que ainda consegue trazer luz e esperança no final.
Muito efeito especial, muita metáfora, muito conceito. Falando bastante sobre paternidade, saudade e solidão, o enredo dá algumas voltas na relação de Roy com seu pai que podem parecer chatas pra quem não gosta de filmes com desenvolvimento mais lento, mas vale muito a pena. Uma das melhores atuações do Brad Pitt para mim.
Impactante, tem um excelente diálogo sobre racismo, negritude e privilégio branco ao abordar a vida social de Starr em seu colégio. Pensei que seria um filme leve, mas em diversos momentos fiquei com um nó na garganta.
"Não é o ódio que você semeia, é o ódio que nós semeamos, mas podemos quebrar o ciclo."
Um grande filme, mas que provavelmente seria um desastre sem um ator como Joaquín Phoenix para guiar a história. No meio da narrativa sobre empatia e hipocrisia americana, vemos um homem em declínio engolido por sua loucura em cada faceta que Phoenix revela na tela. A trilha intensa coopera MUITO BEM para o caos que Gotham se encontra e algumas sequências são arrebatadoras, não só pelo choque da violência, mas MAIS UMA VEZ graças à perfeição que Phoenix chegou na construção de seu personagem, em alguns momentos deu pra prender o fôlego. Maravilhoso.
Estranho, perturbador e agoniante, poucos filmes me causaram um desconforto como este, mesmo sem nenhum grande susto a atmosfera criada por Aster esmaga quem assiste. A história gira e nos leva em sua viagem, aumentando o clímax, nos abandonando num ponto e voltando com um golpe certeiro para impressionar. Dois filmes e já é possível distinguir a identidade de Aster através dos simbolismos, dramas densas em meio ao sobrenatural e sua narrativa crescente. Florence, a protagonista, é uma surpresa maravilhosa e sustenta muito bem seu papel, mais uma que sairá injustiçada nas premiações tal como aconteceu com Toni Collette em Hereditário.
Nem como entretenimento barato isso serve, PORQUE ATÉ NISSO ELE FALHA. Por incrível que pareça, a única coisa boa aqui é a Taissa Farmiga, então cheguei a conclusão que não sabem aproveitá-la em AHS.
As atuações engoliram o roteiro, mas ainda assim memorável. Uma mistura de amor e ódio, antes de estrear eu achava desnecessária, depois amei, agora achei desnecessária, mas bem feita. Se tiver, pode entrar a terceira temporada, vou reclamar assistindo com gosto.
Três certezas: Meryl Streep, Nicole Kidman e Laura Dern já podem sentir o Emmy nas mãos.
Uma mistura de tristeza e alegria por ter visto essa obra prima. Essas três conseguiram trazer tantos sentimentos a tona. Demorei um tempo para reconhecer a Nicole kkkk Ed Harris também não fica atrás e todos estão lidando com algum estágio da depressão, que é muito bem abordada. A carta de despedida da Virginia, meu pai. Perfeito demais.
"Leonard, sempre os anos entre nós. Sempre os anos. Sempre... o amor. Sempre... as horas."
Hitchcock tem uma visão única para a direção de seus filmes, aqui nos coloca quase como voyeurs esperando pelo próximo passo de nossos vizinhos. A história empolga, mas não gostei muito do ritmo. Grace Kelly belíssima.
Adorei demais essa temporada mais curta, mas tão emocionante quanto as anteriores, o nível não caiu em nada e, por mim, se tivesse sido encerrada aqui estaria perfeito. Eleven, Will, Nancy e Billy foram o auge da atuação.
"Cometa erros e aprenda com eles. E quando a vida te machucar, porque ela irá, lembre-se da dor. A dor é boa, significa que você saiu da caverna."
Fiquei impressionado quando vi que é o primeiro filme deste diretor, começou com o pé direito. Tem uma ótima tensão, uma atmosfera muito bem construída e o velho "ele disse, ela disse" que prevalece durante a história prende muito o espectador. O elenco coopera para que acreditemos naquilo e a Hillary Swank vende muito bem seu papel de acusadora. O final é bem "ame ou odeie" e eu amei. Entendi? Mais ou menos, mas amei mesmo assim. Parabéns, Netflix.
A Assistente
3.3 199 Assista AgoraUm soco no estômago é a melhor definição para o filme. Quase ausente de trilha sonora, o clima é construído para a tensão do início ao fim e o silêncio é a melhor forma de evidenciar tudo o que está por baixo dos panos na história contada. Julia Garner constrói sua personagem com maestria e precisão, seja no incômodo crescente de Jane ou em seus olhos constantemente marejados. O grande vilao nunca aparece, mas sabemos que ele representa não apenas Harvey Weinstein como também muitos outros nomes da indústria que continuam no poder, mas ainda não foram pegos.
A direção de Kitty foi aguçada e sensível dando voz para centenas de vítimas desta mesma situação de forma tão delicada, mas firme.
“Não esquece seu cachecol.”
Esta cena em particular me causou muito desconforto, que é quando Jane decide ir contra o sistema e é brutalmente desarmada por seu chefe. E mais uma vez Julia Garner serviu tudo em sua atuação. Enfim, espero que ela e Kitty sejam lembradas nas premiações, mas não me chocaria se passassem batido dado o tema que Hollywood nunca quer encarar de frente.
Pequenos Incêndios Por Toda Parte
4.3 526 Assista AgoraUma das melhores estreias do ano para mim até então. Reese está estupenda como uma mulher classuda e detestável e Kerry brilha como a instigante Mia, o oposto de Elena. Os embates das duas são ótimos pois por trás das diferenças sociais e raciais (muito bem discutidas, por sinal) o que mais inflama a relação de ambas é a criação de seus filhos. As tramas paralelas também são boas, como o drama de Bebe e o núcleo jovem onde o cast consegue manter muito bem o nível das protagonistas. Como adaptação teve suas mudanças, mas com exceção da construção de Elena e Mia não há tanta coisa. O final da tv soou mais simbólico com a desconstrução da família de Elena, mas assim como no do livro fica aquela sensação de que há mais para conhecer dos personagens. Acredito que exista a intenção de uma nova temporada, mas caso não aconteça o final foi bem concluído e também é suficiente.
Possessão
3.9 588Já fazia muito tempo que queria assistir e agora posso afirmar que é um dos melhores filmes de terror psicológico que já vi, se é que pode ser classificado assim. Através da história de um casamento em ruínas, o diretor nos arrasta para um verdadeiro ciclo de tormento envolvendo o casal principal. Sugados por suas dores e arrependimentos, ambos entram num estado deplorável que os leva as piores consequências. A entrega do elenco é magnífica, não há o que discutir. As metáforas usadas nas cenas são inquietantes e podem deixar dúvidas em certos momentos, mas no final fica evidente que a possessão ali estava além do sobrenatural, era física e emocionalmente dependente um do outro. Com certeza vou pensar nele durante um tempo, uma experiência única. Os momentos de quebra da quarta parede, pqp.
A Vida Invisível
4.3 642Lindo e triste demais, um texto magnífico e um elenco numa sintonia radiante. Me surpreendi ao ver Gregório Duvivier num papel dramático (e odioso) e muito bom rever Carol Duarte tão intensa. Abuso físico e emocional, laços familiares, arte, a mulher inserida na sociedade e decepções são cruelmente bem explorados, as vezes causando desconforto para quem vê e trazendo em massa a realidade machista em que vivemos desde que o mundo é mundo. O final é de cortar o coração, chorei e não vou demorar a chorar de novo pois essa obra de arte DEVE ser sempre revisitada. Old que a Fernanda Montenegro um monstro da atuação.
“Eu te prometo, esta é a única coisa que me dá forças hoje. A certeza de que nós temos uma vida inteira pela frente juntas, Eurídice. Uma vida inteira. Juntas. Com amor, Guida.”
Não Provoque (1ª Temporada)
3.4 62 Assista AgoraTem queerbait, suspense e muita beleza no elenco, tudo que faz sucesso hoje em dia kkkk Queria que falassem mais sobre a pressão que estas meninas sofrem, foi uma abordagem rasa sobre bulimia, bullying e cobranças, mas em contrapartida centrou bastante nas relações familiares. Enfim, vi a temporada numa tacada só e valeu a pena meu tempo, principalmente com esse clima ruim de quarenta, deu pra se divertir.
Cafarnaum
4.6 673 Assista AgoraUm soco no estômago para aqueles que acham que família sempre é o maior refúgio, as vezes ela pode ser o pior pesadelo. Carregado de críticas sociais, o filme transborda humanidade e emociona em diversas passagens graças ao grande talento do elenco, destacando o jovem protagonista que recebeu ali seu primeiro papel. É um filme triste pra uma história sofrível, mas que ainda consegue trazer luz e esperança no final.
Ad Astra: Rumo às Estrelas
3.3 850 Assista AgoraMuito efeito especial, muita metáfora, muito conceito. Falando bastante sobre paternidade, saudade e solidão, o enredo dá algumas voltas na relação de Roy com seu pai que podem parecer chatas pra quem não gosta de filmes com desenvolvimento mais lento, mas vale muito a pena. Uma das melhores atuações do Brad Pitt para mim.
O Ódio que Você Semeia
4.3 457Impactante, tem um excelente diálogo sobre racismo, negritude e privilégio branco ao abordar a vida social de Starr em seu colégio. Pensei que seria um filme leve, mas em diversos momentos fiquei com um nó na garganta.
"Não é o ódio que você semeia, é o ódio que nós semeamos, mas podemos quebrar o ciclo."
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraUm grande filme, mas que provavelmente seria um desastre sem um ator como Joaquín Phoenix para guiar a história. No meio da narrativa sobre empatia e hipocrisia americana, vemos um homem em declínio engolido por sua loucura em cada faceta que Phoenix revela na tela. A trilha intensa coopera MUITO BEM para o caos que Gotham se encontra e algumas sequências são arrebatadoras, não só pelo choque da violência, mas MAIS UMA VEZ graças à perfeição que Phoenix chegou na construção de seu personagem, em alguns momentos deu pra prender o fôlego. Maravilhoso.
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraEstranho, perturbador e agoniante, poucos filmes me causaram um desconforto como este, mesmo sem nenhum grande susto a atmosfera criada por Aster esmaga quem assiste. A história gira e nos leva em sua viagem, aumentando o clímax, nos abandonando num ponto e voltando com um golpe certeiro para impressionar. Dois filmes e já é possível distinguir a identidade de Aster através dos simbolismos, dramas densas em meio ao sobrenatural e sua narrativa crescente. Florence, a protagonista, é uma surpresa maravilhosa e sustenta muito bem seu papel, mais uma que sairá injustiçada nas premiações tal como aconteceu com Toni Collette em Hereditário.
Bacurau
4.3 2,7K Assista AgoraSE FOR, VÁ NA PAZ, CARALHO!
Podres de Ricos
3.5 509 Assista AgoraA elite escandalosa de Singapura.
Rocketman
4.0 922 Assista AgoraPerfeito, incrível, maravilhoso, tudo o que Bohemian Rhapsody NUNCA vai ser.
A Freira
2.5 1,5K Assista AgoraNem como entretenimento barato isso serve, PORQUE ATÉ NISSO ELE FALHA. Por incrível que pareça, a única coisa boa aqui é a Taissa Farmiga, então cheguei a conclusão que não sabem aproveitá-la em AHS.
Big Little Lies (2ª Temporada)
4.2 480As atuações engoliram o roteiro, mas ainda assim memorável. Uma mistura de amor e ódio, antes de estrear eu achava desnecessária, depois amei, agora achei desnecessária, mas bem feita. Se tiver, pode entrar a terceira temporada, vou reclamar assistindo com gosto.
Três certezas: Meryl Streep, Nicole Kidman e Laura Dern já podem sentir o Emmy nas mãos.
As Horas
4.2 1,4KUma mistura de tristeza e alegria por ter visto essa obra prima. Essas três conseguiram trazer tantos sentimentos a tona. Demorei um tempo para reconhecer a Nicole kkkk Ed Harris também não fica atrás e todos estão lidando com algum estágio da depressão, que é muito bem abordada. A carta de despedida da Virginia, meu pai. Perfeito demais.
"Leonard, sempre os anos entre nós. Sempre os anos. Sempre... o amor. Sempre... as horas."
Janela Indiscreta
4.3 1,2K Assista AgoraHitchcock tem uma visão única para a direção de seus filmes, aqui nos coloca quase como voyeurs esperando pelo próximo passo de nossos vizinhos. A história empolga, mas não gostei muito do ritmo. Grace Kelly belíssima.
Stranger Things (3ª Temporada)
4.2 1,3KAdorei demais essa temporada mais curta, mas tão emocionante quanto as anteriores, o nível não caiu em nada e, por mim, se tivesse sido encerrada aqui estaria perfeito. Eleven, Will, Nancy e Billy foram o auge da atuação.
"Cometa erros e aprenda com eles. E quando a vida te machucar, porque ela irá, lembre-se da dor. A dor é boa, significa que você saiu da caverna."
Annabelle 3: De Volta Para Casa
2.8 680 Assista AgoraPoderia ser melhor.
A Esposa
3.8 557 Assista AgoraUma obra de arte, sim ou claro?
Segredo de Sangue
3.0 161 Assista AgoraLange sendo cínica foi tudo pra mim.
A Garota no Trem
3.6 1,6K Assista AgoraA força deste filme é a Emily Blunt, ela delira em seu personagem e deixa tudo mais denso do que o aparentemente planejado.
The Perfection
3.3 720 Assista AgoraGostei das duas meninas, mas achei mirabolante demais. Uma versão menos gostosa da obsessão de Cisne Negro. Nunca assistiria de novo.
I Am Mother
3.4 495 Assista AgoraFiquei impressionado quando vi que é o primeiro filme deste diretor, começou com o pé direito. Tem uma ótima tensão, uma atmosfera muito bem construída e o velho "ele disse, ela disse" que prevalece durante a história prende muito o espectador. O elenco coopera para que acreditemos naquilo e a Hillary Swank vende muito bem seu papel de acusadora. O final é bem "ame ou odeie" e eu amei. Entendi? Mais ou menos, mas amei mesmo assim. Parabéns, Netflix.