Thriller psicológico tailandês que demonstra muitas qualidades e versatilidade em sua premissa. Prefiro o remake americano de Daniel Stamm mas também me simpatizei pelo original por conta do instigante desenvolvimento da trama e algumas cenas divertidamente insanas, como a do personagem Pusit comendo fezes no seu quinto desafio. Um dos grandes méritos do filme de Chukiat Sakveerakulé além da originalidade é também o ritmo que envolve o espectador desde a primeira cena e não deixa a história cair na monotonia. A atuação de Krissada Terrence e seu carisma reforçam a áurea perturbadora do enredo que vai tonificando o desenvolvimento do personagem Pusit de forma plausível. Alguns acontecimentos inverossímeis e o desfecho capenga são os pontos negativos da película mas só quem não dá importância aos detalhes vai se divertir com essa grata surpresa asiática.
''Road movie'' do tupiniquim realizado pela produtora Alumbramento. Nada palatável e com um ritmo monótono que chega ser inevitável os bocejos e a vontade de abandonar a jornada dos quatros amigos. Nada de divino nem maravilhoso. Apenas uma experiência cinematográfica divagante sem muitos atrativos mas com um pezinho na poesia e no cinema pós-moderno que torna o filme minimamente assistível. Vale pontos pelo esforço coletivo e colaborativo dos jovens realizadores da película e pela iniciativa soberba. Devemos encarar esse filme como uma fase de engatiamento da produtora cearense e eu ficarei aqui na torcida para que, futuramente, apareça alguns projetos mais interessantes do quarteto.
Para todos cinéfilos que ainda insistem em torcer o nariz para nosso cinema deveriam arriscar assistir esse filme. ''A Floresta Que Se Move'' é uma prova de que nosso cinema está cada vez mais ousado e com produções muito bem feitas. Como exemplo, temos essa película de Vinícius Coimbra que merece a atenção do público pela destreza do cineasta em transportar a famosa obra de Willian Shakespeare para um cenário urbano e contemporâneo. Só pela iniciativa de Coimbra e o escapismo ao gênero cinematográfico tão frequente em nosso país, ganha merecidos pontos positivos. A escolha do elenco é outro fator atraente, a começar principalmente pelo retorno da exuberante Ana Paula Arósio ao meio artístico. Afastada dos holofotes desde 2010, a atriz entrega uma atuação intensa e soturna na pele da poderosa personagem Clara e em determinados momentos consegue passar a sensação de um comportamento que demonstra falta de razão e peso da culpa por mais exagerada que possa parecer em cena. O trio masculino - Gabriel Braga Nunes, Nelson Xavier e Ângelo Antônio - também promovem um grandioso espetáculo de atuação e dão aos seus respectivos personagens toda carga emocional e naturalidade que eles necessitam. A trilha sonora tem um papel importante na composição da trama e dá o tom tenebroso que rege todas as motivações dos personagens. A fotografia e os cenários minimalistas também ajudam a reforçar esse aspecto sombrio de toda película. Então, só pra finalizar: ''A Floresta Que Se Move'' é uma grata surpresa nacional que passa bem longe de tudo que você está acostumado ver nas produções de nosso cinema. Vale muitíssimo a pena.
Mais um que entra para minha lista de ''filmes vistos que só depois descubro que se trata de um remake!''. Uma situação embaraçosa envolvendo a moralidade do protagonista Elliot e um roteiro intrigante são os elementos de uma obra cheia de vigor e bem amarrada. ''13 Pecados'' já me fisgou pela surpreendente sequência de abertura e o diretor Daniel Stamm prova o seu talento ao construir um jogo psicológico poderoso e com um nível de entretenimento capaz de segurar o espectador do início ao fim. Mark Webber entrega uma atuação eficiente na pele do personagem principal e sua transformação na trama de insosso para frio e calculista se torna interessante graças ao empenho e performance do ator. Quem também ajuda no elenco e chama atenção é o ator Tom Bower, brilhando ao dar vida ao pai racista e explorador de Elliot. Fica como saldo negativo apenas alguns detalhes que podem passar despercebidos e o desfecho desanimador, mas no geral ''13 Pecados'' é um bom filme. Com substância, suspense e uma boa história. Eu aproveitei cada minuto da película e fiquei muito curioso para assistir ao original tailandês e fazer uma comparação.
O diretor Flavio Frederico constrói uma encenação de impacto, apoiada em um promissora proposta maneirista pouco comum em nosso cinema. Adaptado da autobiografia de Hiroito de Moraes Joanides, o filme ganha pontos pela reconstituição de época e pelas soberbas atuações, principalmente do cada vez mais surpreendente ator Daniel de Oliveira. Mas o maior atrativo mesmo de ''Boca de Lixo'' reside em seu apuro estético, a boa direção de arte e o caprichado figurino. O desenvolvimento do personagem principal poderia ter sido mais trabalhado, visto que Hiroito era um bandido e no filme o personagem não demonstra tanta imponência. Em alguns momentos a trama se mostrou cansativa devido ao roteiro vago e a falta de ousadia, mas o resultado final não decepciona. ''Boca de Lixo'' é um filme muitíssimo bem intencionado. Está longe de ser uma obra-prima do cinema nacional mas merece a nossa atenção.
Esse filme é a cara da Sessão da Tarde! ''Acampamento Cucamonga'' é pura nostalgia! E como é gostoso para qualquer cinéfilo reviver um filme tão inocente da nossa infância. Jennifer Aniston dando as caras nesse seu primeiro filme é um dos bons motivos para contemplar essa pérola.
Assisti sem nenhuma expectativa, mas ''Acorrentados'' se revelou interessante logo nos primeiros minutos da película e apresentou um plot twister muito criativo que acabou me deixando boquiaberto no final. Não é um primor de produção, com atores não tão conhecido pelo grande público, mas esse terror psicológico de Jennifer Lynch tem uma boa ideia e tão bem implementada, ao meu ver, que não é difícil se deixar envolver pela sua trama fatídica logo de cara. Pela beleza dos planos e fotografia e pela boa interpretação de Vincent D’Onofrio, que entrega um excelente personagem doentio, e Eamon Farren, no papel do submisso e perturbado Rabbit, o filme merece atenção e não pode passar despercebido pelos fãs do gênero. Para os cinéfilos mais conservadores que não querem se deparar com violência explícita e tensão psicológica, devem passar longe!
Sean Anders entrega uma sequência respeitável e constrói uma narrativa muito bem humorada e que se mostra eficiente em arrancar algumas risadas com as confusões do trio protagonista. O acréscimo de dois divertidos personagens, interpretados magistralmente por Christoph Waltz e Chris Pine, garante os melhores momentos da comédia. Boas piadas são construídas sob medida para agradar os fãs do primeiro ''Horrible Bosses'' e os pontos altos da produção continuam sendo no conteúdo que explora de forma hilária os planos ''mirabolantes'' do trio de amigos, dessa vez com atuações mais paspalhas dos (ainda) carismáticos Jason Bateman, Charlie Day e Jason Sudeikis. Outro grande acerto que vale muito comentar é a permanência dos três ótimos personagens do primeiro filme como a tarada interpretada por Jennifer Aniston, o chefe psicótico por Kevin Spacey e o divertidíssimo Motherfucker Jones interpretado por Jamie Foxx. A trilha sonora, temperada com rock, eletrônica, pop, rap e outros gêneros, continua sendo um detalhe positivo, com destaque para a música ''How Do You Like Me Now?'' do grupo The Heavy que também faz parte do repertório do primeiro filme. Apesar de um ou outro exagero na trama, no fim das contas, ''Quero Matar Meu Chefe 2'' diverte sem nenhuma dificuldade e não perde para seu antecessor em termos de piadas e qualidade técnica.
Eu me diverti como à muito tempo não me divertia assistindo um bom filme de comédia como esse. ''Quero Matar Meu Chefe'' une uma premissa engenhosa com um roteiro afinadíssimo que rende muitas boas piadas, principalmente quando entra em cena o irreconhecível Colin Farrell e os eficientes Kevin Spacey, Jennifer Aniston e Jamie Foxx. O excelente timing cômico do trio protagonista, vivido pelos carismáticos Jason Bateman, Charlie Day e Jason Sudeikis, contribui muito pelo divertidíssimo desenrolar da história. As motivações dos amigos para cometerem o ''assassinato'' tornam-se um dos grandes trunfos dessa deliciosa comédia de Seth Gordon e que trás conteúdo muito superior de muitos filmes atuais do gênero. Condimentada com alguns palavrões, uma boa trilha sonora e muitas referências da cultura pop, ''Quero Matar Meu Chefe'' prova que reutilizar uma fórmula já batida no cinema (a comédia se utiliza de um clássico de Alfred Hitchcok) pode trazer um resultado ainda mais satisfatório. Ver uma Jennifer Aniston bem tarada, um Colin Farrell bem escroto e um Kevin Spacey bem psicótico já valeu o filme todo.
Não mantém a essência do original e muito menos faz jus à grandiosidade do clássico de Stanley Kramer. É um crime grave considerá-lo como um ''remake'' pois essa versão de Kevin Hooks parece mais um brockbuster de ação, com cenas mentirosas e atuações risíveis do bom e velho Laurence Fishburne e o canastrão Stephen Baldwin. Uma boa opção pra sair do tédio.
Muitas boas piadas nerds (a comparação entre Star Trek e Star Wars na conversa do bar é genial!), gags e efeitos especiais bem toscos marcam essa divertida comédia científica britânica. Tão criativa quanto o título e apesar de sua temática ser tão batida ela é usada de forma totalmente original. Precisa-se de mais filmes assim. Engraçado e inteligente (até um pouco confuso!) na medida certa! Uma pequena pérola britânica.
Como na maioria das continuações de filmes adaptados de uma obra literária infanto-juvenil, sempre se espera algo a mais delas. Principalmente quando se trata de uma trilogia literária badalada como a de ''Maze Runner'', do escritor norte-americano James Dashner. Eu nunca folheei a obra do escritor, portanto, não tenho muito o que acrescentar em relação ao livro e sua fidelidade na adaptação cinematográfica. No primeiro filme, vibrei com a boa dinâmica da narrativa, com a edição ágil, os bons efeitos digitais e a essência sombria e fantástica da trama, entre as outras qualidades que me fizeram se apaixonar pela saga. Já essa sequência não apresentou tanto impacto e vigor em relação ao anterior e tive a impressão de que o filme foi recheado de cenas genéricas e um certo desleixo com as reviravoltas e situações. Sem o frescor do original, ''Maze Runner: Prova de Fogo'' não trouxe nada de novo e se mostrou narrativamente canhestra e pouco empolgada. Os pontos positivos se concentram apenas na fotografia e no elenco geral. De resto, é apenas mais um filme para suprir a necessidade dos fãs-leitores.
Muito mais que uma contundente obra-prima, esse filme é uma belíssima ode à intolerância racial e suas chagas. O cineasta Stanley Kramer constrói seu filme com muito vigor e com caráter denunciativo pungente, revelando uma trama incisiva arrebatadora, onde as atuações magistrais dos ''acorrentados'' Tony Curtis e Sidney Poitier elevam o filme a um nível primoroso indiscutível. Uma obra singular e que proporciona sentimentos dos mais variados e demonstra tamanha perfeição em relação ao roteiro. Palmas para o elenco coadjuvante também, que conta com algumas atuações extraordinárias, como a de Theodore Bikel e Cara Williams.
O primeiro filme foi chato. Esse foi apenas tolerável. Com personagens abobalhados e um roteiro regular, a continuação é pura fórmula pronta. É frustrante ver uma comédia com grande potencial e protagonizada por um ótimo comediante sendo transformada em uma grande bomba. Totalmente maçante e sem graça!
Difícil dizer o que é mais tosco nesse filme. Se é o título bizonho, se é a abertura dos créditos, se são os precários (de) efeitos visuais e especiais ou se são os as atuações risíveis. Trash total! ''Zombeavers'' é certamente uma boa e divertida opção para passar o tempo.
Sendo o espectador uma pessoa religiosa ou não, esse filme chama muito a atenção e seu embasamento inspirado em uma passagem bíblica é deveras interessante. E, além disso, ''Remanescentes: Esquecidos por Deus'' mantém em alguns momentos uma atmosfera pesada e aflitiva e carrega um sombrio discurso sobre fé religiosa. O filme não conta com um super elenco, as atuações são fracas mas as apostas ficam por conta da premissa que pende para o lado pretensioso e filosoficamente religioso, só com um toque bem aterrorizante. Eu sinceramente não pensei que fosse gostar tanto desse filme! Apesar das críticas negativas, eu defendo essa produção de Casey La Scala como sendo uma ótima e diferente experiência cinematográfica.
A comédia protagonizada pelo divertido Jonah Hill só merece duas de cinco estrelas, por ser demasiadamente clichê, constrangedora e pouco atraente e, enfim, mais insípida que hilária. Mas dá pra ficar entretido durante alguns momentos, principalmente quando aparece em cena o carismático elenco infantil. Outro ponto interessante também é o drama que cada criança carrega no filme e é discutido de forma corajosa, como o culto à beleza e a aceitação da sexualidade. Nada inovador, como também nada além do que se espera de uma comédia descompromissada.
Típico filme teen da Disney Channel. Bobinho, insípido, extremamente estereotipado. Dá pra divertir, sem muitas expectativas e na falta de algo melhor. Se eu assistisse na época de minha adolescência talvez a comédia-científica de Paul Hoen iria me agradar. Só dou uma estrela pela presença de China Anne McClain.
Como fã confesso da trilogia, fui ver com altas expectativas e, de certo modo, posso dizer que elas foram cumpridas. Primeiro porque ''Cubo Zero'' esclarece alguns elementos importantes deixados no primeiro filme, fazendo uma ótima conexão com o original e nos levando por trás dos ''bastidores'' do sádico cubo. Segundo bom motivo pelo qual valeu a pena ter conferido esse terceiro filme é o vilão Jax, interpretado por Michael Riley. É um vilão assustador, na minha opinião, onde o que mais chama a atenção é o lado frio e impiedoso de seu personagem. Superior ao desastroso segundo filme da franquia, esse até que é tolerável e assistível. Dá pra passar o tempo.
''Cubo 2: Hipercubo'' é exatamente o que se poderia esperar de uma sequência desnecessária para uma trilogia que pegou carona na fórmula do notável filme original. Sem o charme do anterior, essa continuação é desastrosa e carece de um elemento surpresa que fisgue ou empolgue o espectador. O embasamento psicológico e teórico é até um bom atrativo para quem acompanha a agonia dos personagens trancafiados dentro do cubo. Não deixa de ser uma idéia funcional e interessante, de fato, mas peca pelo exagero de elementos sem sentido e soluções previsíveis. As atuações ainda continuam sofríveis e os personagens deixam muito a desejar por não apresentarem carisma nenhuma. Não soube mostrar eficiência e impacto como no filme original, resultando em uma sequência totalmente dispensável.
O violento sci-fi canadense tem seus momentos bons e na maior parte do tempo a história consegue prender muito a atenção devido à atmosfera claustrofóbica presente em cada cena. É interessante e original a idéia do cubo e tenho certeza que muitos filmes do gênero ''armadilha'' atuais (a franquia ''Jogos Mortais'', por exemplo) beberam dessa fonte. A produção é simples mas apresenta um plot interessante e muito criativo e por ter marcado muito a minha juventude eu não poderia deixar de incluir em meus favoritos. O que ficou muito a desejar mesmo em ''Cubo'' foi o elenco que conta com atuações fraquíssimas e forçadas. Mas tirando isso, a fórmula do filme funciona bem e o suspense e a tensão proporcionam uma grande diversão. Recomendíssimo para todos apreciadores de ficção científica que querem sair da rotina.
O terror de Vincenzo Natali tem lá os seus elementos originais que o diferencia de muitos filmes do gênero com temas sobrenaturais já batido. Assisti com baixas expectativas e já sabendo que não se tratava de nenhuma obra notável mas por fim acabei me deparando com um filme bonzinho, porém com um roteiro confuso e clichê. Não diria que é um filme totalmente de terror, mas sim de mistério e com interessantes reviravoltas. O destaque fica por conta da linda Abigail Breslin, uma atriz com grande potencial que carrega todo o filme nas costas. Outro destaque é o ator Stephen McHattie, que entrega uma atuação vigorosa e exala todo o ar de veracidade que a trama precisa. Com pouquíssimos momentos de sustos mas com uma abordagem corajosa, ''Assombrada Pelo Passado'' possui alguns pontos que merecem atenção e para quem gosta de terror com cara de quebra-cabeças, esse é uma boa opção.
Um filme importante para a história do cinema e um dos maiores representantes cinematográfico do Expressionismo Alemão. ''O Gabinete do Dr. Caligari'' me proporcionou uma experiência poeticamente bizarra e me transportou para uma atmosfera insana através dos cenários distorcidos e o jogo de luzes e sombras. É discrepante a superioridade da obra de Robert Wiene e impressiona pela narrativa onírica, em razão da direção de arte, das atuações soturna e da hipnótica trilha sonora. Uma obra épica, sem dúvidas, e certamente uma das mais belas representações da loucura que já se viu no cinema.
13 Desafios
3.3 97Thriller psicológico tailandês que demonstra muitas qualidades e versatilidade em sua premissa.
Prefiro o remake americano de Daniel Stamm mas também me simpatizei pelo original por conta do instigante desenvolvimento da trama e algumas cenas divertidamente insanas, como a do personagem Pusit comendo fezes no seu quinto desafio.
Um dos grandes méritos do filme de Chukiat Sakveerakulé além da originalidade é também o ritmo que envolve o espectador desde a primeira cena e não deixa a história cair na monotonia.
A atuação de Krissada Terrence e seu carisma reforçam a áurea perturbadora do enredo que vai tonificando o desenvolvimento do personagem Pusit de forma plausível.
Alguns acontecimentos inverossímeis e o desfecho capenga são os pontos negativos da película mas só quem não dá importância aos detalhes vai se divertir com essa grata surpresa asiática.
Estrada para Ythaca
3.0 19''Road movie'' do tupiniquim realizado pela produtora Alumbramento.
Nada palatável e com um ritmo monótono que chega ser inevitável os bocejos e a vontade de abandonar a jornada dos quatros amigos.
Nada de divino nem maravilhoso. Apenas uma experiência cinematográfica divagante sem muitos atrativos mas com um pezinho na poesia e no cinema pós-moderno que torna o filme minimamente assistível.
Vale pontos pelo esforço coletivo e colaborativo dos jovens realizadores da película e pela iniciativa soberba.
Devemos encarar esse filme como uma fase de engatiamento da produtora cearense e eu ficarei aqui na torcida para que, futuramente, apareça alguns projetos mais interessantes do quarteto.
A Floresta Que se Move
3.1 99Para todos cinéfilos que ainda insistem em torcer o nariz para nosso cinema deveriam arriscar assistir esse filme.
''A Floresta Que Se Move'' é uma prova de que nosso cinema está cada vez mais ousado e com produções muito bem feitas.
Como exemplo, temos essa película de Vinícius Coimbra que merece a atenção do público pela destreza do cineasta em transportar a famosa obra de Willian Shakespeare para um cenário urbano e contemporâneo.
Só pela iniciativa de Coimbra e o escapismo ao gênero cinematográfico tão frequente em nosso país, ganha merecidos pontos positivos.
A escolha do elenco é outro fator atraente, a começar principalmente pelo retorno da exuberante Ana Paula Arósio ao meio artístico.
Afastada dos holofotes desde 2010, a atriz entrega uma atuação intensa e soturna na pele da poderosa personagem Clara e em determinados momentos consegue passar a sensação de um comportamento que demonstra falta de razão e peso da culpa por mais exagerada que possa parecer em cena.
O trio masculino - Gabriel Braga Nunes, Nelson Xavier e Ângelo Antônio - também promovem um grandioso espetáculo de atuação e dão aos seus respectivos personagens toda carga emocional e naturalidade que eles necessitam.
A trilha sonora tem um papel importante na composição da trama e dá o tom tenebroso que rege todas as motivações dos personagens.
A fotografia e os cenários minimalistas também ajudam a reforçar esse aspecto sombrio de toda película.
Então, só pra finalizar: ''A Floresta Que Se Move'' é uma grata surpresa nacional que passa bem longe de tudo que você está acostumado ver nas produções de nosso cinema. Vale muitíssimo a pena.
Os 13 Pecados
3.2 286 Assista AgoraMais um que entra para minha lista de ''filmes vistos que só depois descubro que se trata de um remake!''.
Uma situação embaraçosa envolvendo a moralidade do protagonista Elliot e um roteiro intrigante são os elementos de uma obra cheia de vigor e bem amarrada.
''13 Pecados'' já me fisgou pela surpreendente sequência de abertura e o diretor Daniel Stamm prova o seu talento ao construir um jogo psicológico poderoso e com um nível de entretenimento capaz de segurar o espectador do início ao fim.
Mark Webber entrega uma atuação eficiente na pele do personagem principal e sua transformação na trama de insosso para frio e calculista se torna interessante graças ao empenho e performance do ator.
Quem também ajuda no elenco e chama atenção é o ator Tom Bower, brilhando ao dar vida ao pai racista e explorador de Elliot.
Fica como saldo negativo apenas alguns detalhes que podem passar despercebidos e o desfecho desanimador, mas no geral ''13 Pecados'' é um bom filme. Com substância, suspense e uma boa história.
Eu aproveitei cada minuto da película e fiquei muito curioso para assistir ao original tailandês e fazer uma comparação.
Cão que Ladra Não Morde
2.9 9Uma excelente opção para os pequenos. Um filme leve que certamente vai agradar também a criança que existe dentro de nós!
Boca do Lixo
2.8 117O diretor Flavio Frederico constrói uma encenação de impacto, apoiada em um promissora proposta maneirista pouco comum em nosso cinema. Adaptado da autobiografia de Hiroito de Moraes Joanides, o filme ganha pontos pela reconstituição de época e pelas soberbas atuações, principalmente do cada vez mais surpreendente ator Daniel de Oliveira.
Mas o maior atrativo mesmo de ''Boca de Lixo'' reside em seu apuro estético, a boa direção de arte e o caprichado figurino.
O desenvolvimento do personagem principal poderia ter sido mais trabalhado, visto que Hiroito era um bandido e no filme o personagem não demonstra tanta imponência.
Em alguns momentos a trama se mostrou cansativa devido ao roteiro vago e a falta de ousadia, mas o resultado final não decepciona.
''Boca de Lixo'' é um filme muitíssimo bem intencionado. Está longe de ser uma obra-prima do cinema nacional mas merece a nossa atenção.
Acampamento Cucamonga
3.0 60Esse filme é a cara da Sessão da Tarde!
''Acampamento Cucamonga'' é pura nostalgia! E como é gostoso para qualquer cinéfilo reviver um filme tão inocente da nossa infância.
Jennifer Aniston dando
as caras nesse seu primeiro filme é um dos bons motivos para contemplar essa pérola.
Acorrentados
3.4 293 Assista AgoraAssisti sem nenhuma expectativa, mas ''Acorrentados'' se revelou interessante logo nos primeiros minutos da película e apresentou um plot twister muito criativo que acabou me deixando boquiaberto no final.
Não é um primor de produção, com atores não tão conhecido pelo grande público, mas esse terror psicológico de Jennifer Lynch tem uma boa ideia e tão bem implementada, ao meu ver, que não é difícil se deixar envolver pela sua trama fatídica logo de cara.
Pela beleza dos planos e fotografia e pela boa interpretação de
Vincent D’Onofrio, que entrega um excelente personagem doentio, e Eamon Farren, no papel do submisso e perturbado Rabbit, o filme merece atenção e não pode passar despercebido pelos fãs do gênero.
Para os cinéfilos mais conservadores que não querem se deparar com violência explícita e tensão psicológica, devem passar longe!
Quero Matar Meu Chefe 2
3.2 461 Assista AgoraSean Anders entrega uma sequência respeitável e constrói uma narrativa muito bem humorada e que se mostra eficiente em arrancar algumas risadas com as confusões do trio protagonista.
O acréscimo de dois divertidos personagens, interpretados magistralmente por Christoph Waltz e Chris Pine, garante os melhores momentos da comédia. Boas piadas são construídas sob medida para agradar os fãs do primeiro ''Horrible Bosses'' e os pontos altos da produção continuam sendo no conteúdo que explora de forma hilária os planos ''mirabolantes'' do trio de amigos, dessa vez com atuações mais paspalhas dos (ainda) carismáticos Jason Bateman, Charlie Day e Jason Sudeikis.
Outro grande acerto que vale muito comentar é a permanência dos três ótimos personagens do primeiro filme como a tarada interpretada por Jennifer Aniston, o chefe psicótico por Kevin Spacey e o divertidíssimo Motherfucker Jones interpretado por Jamie Foxx.
A trilha sonora, temperada com rock, eletrônica, pop, rap e outros gêneros, continua sendo um detalhe positivo, com destaque para a música ''How Do You Like Me Now?'' do grupo The Heavy que também faz parte do repertório do primeiro filme.
Apesar de um ou outro exagero na trama, no fim das contas, ''Quero Matar Meu Chefe 2'' diverte sem nenhuma dificuldade e não perde para seu antecessor em termos de piadas e qualidade técnica.
Quero Matar Meu Chefe
3.4 1,7K Assista AgoraEu me diverti como à muito tempo não me divertia assistindo um bom filme de comédia como esse.
''Quero Matar Meu Chefe'' une uma premissa engenhosa com um roteiro afinadíssimo que rende muitas boas piadas, principalmente quando entra em cena o irreconhecível Colin Farrell e os eficientes Kevin Spacey, Jennifer Aniston e Jamie Foxx.
O excelente timing cômico do trio protagonista, vivido pelos carismáticos Jason Bateman, Charlie Day e Jason Sudeikis, contribui muito pelo divertidíssimo desenrolar da história.
As motivações dos amigos para cometerem o ''assassinato'' tornam-se um dos grandes trunfos dessa deliciosa comédia de Seth Gordon e que trás conteúdo muito superior de muitos filmes atuais do gênero.
Condimentada com alguns palavrões, uma boa trilha sonora e muitas referências da cultura pop, ''Quero Matar Meu Chefe'' prova que reutilizar uma fórmula já batida no cinema (a comédia se utiliza de um clássico de Alfred Hitchcok) pode trazer um resultado ainda mais satisfatório.
Ver uma Jennifer Aniston bem tarada, um Colin Farrell bem escroto e um Kevin Spacey bem
psicótico já valeu o filme todo.
A Caçada
2.9 37 Assista AgoraNão mantém a essência do original e muito menos faz jus à grandiosidade do clássico de Stanley Kramer.
É um crime grave considerá-lo como um ''remake'' pois essa versão de Kevin Hooks parece mais um brockbuster de ação, com cenas mentirosas e atuações risíveis do bom e velho Laurence Fishburne e o canastrão Stephen Baldwin.
Uma boa opção pra sair do tédio.
Perguntas Mais Frequentes Sobre Viagem No Tempo
3.7 119 Assista AgoraMuitas boas piadas nerds (a comparação entre Star Trek e Star Wars na conversa do bar é genial!), gags e efeitos especiais bem toscos marcam essa divertida comédia científica britânica.
Tão criativa quanto o título e apesar de sua temática ser tão batida ela é usada de forma totalmente original.
Precisa-se de mais filmes assim. Engraçado e inteligente (até um pouco confuso!) na medida certa!
Uma pequena pérola britânica.
Maze Runner: Prova de Fogo
3.4 1,2K Assista AgoraComo na maioria das continuações de filmes adaptados de uma obra literária infanto-juvenil, sempre se espera algo a mais delas. Principalmente quando se trata de uma trilogia literária badalada como a de ''Maze Runner'', do escritor norte-americano James Dashner.
Eu nunca folheei a obra do escritor, portanto, não tenho muito o que acrescentar em relação ao livro e sua fidelidade na adaptação cinematográfica.
No primeiro filme, vibrei com a boa dinâmica da narrativa, com a edição ágil, os bons efeitos digitais e a essência sombria e fantástica da trama, entre as outras qualidades que me fizeram se apaixonar pela saga. Já essa sequência não apresentou tanto impacto e vigor em relação ao anterior e tive a impressão de que o filme foi recheado de cenas genéricas e um certo desleixo com as reviravoltas e situações.
Sem o frescor do original, ''Maze Runner: Prova de Fogo'' não trouxe nada de novo e se mostrou narrativamente canhestra e pouco empolgada.
Os pontos positivos se concentram apenas na fotografia e no elenco geral.
De resto, é apenas mais um filme para suprir a necessidade dos fãs-leitores.
Acorrentados
3.8 44 Assista AgoraMuito mais que uma contundente obra-prima, esse filme é uma belíssima ode à intolerância racial e suas chagas.
O cineasta Stanley Kramer constrói seu filme com muito vigor e com caráter denunciativo pungente, revelando uma trama incisiva arrebatadora, onde as atuações magistrais dos ''acorrentados'' Tony Curtis e Sidney Poitier elevam o filme a um nível primoroso indiscutível.
Uma obra singular e que proporciona sentimentos dos mais variados e demonstra tamanha perfeição em relação ao roteiro.
Palmas para o elenco coadjuvante também, que conta com algumas atuações extraordinárias, como a de Theodore Bikel e Cara Williams.
Segurança de Shopping 2
2.5 93 Assista AgoraO primeiro filme foi chato. Esse foi apenas tolerável.
Com personagens abobalhados e um roteiro regular, a continuação é pura fórmula pronta.
É frustrante ver uma comédia com grande potencial e protagonizada por um ótimo comediante sendo transformada em uma grande bomba.
Totalmente maçante e sem graça!
Zombeavers: Terror no Lago
2.3 144Difícil dizer o que é mais tosco nesse filme. Se é o título bizonho, se é a abertura dos créditos, se são os precários (de) efeitos visuais e especiais ou se são os as atuações risíveis.
Trash total!
''Zombeavers'' é certamente uma boa e divertida opção para passar o tempo.
Remanescentes: Esquecidos por Deus
2.2 143 Assista AgoraSendo o espectador uma pessoa religiosa ou não, esse filme chama muito a atenção e seu embasamento inspirado em uma passagem bíblica é deveras interessante.
E, além disso, ''Remanescentes: Esquecidos por Deus'' mantém em alguns momentos uma atmosfera pesada e aflitiva e carrega um sombrio discurso sobre fé religiosa.
O filme não conta com um super elenco, as atuações são fracas mas as apostas ficam por conta da premissa que pende para o lado pretensioso e filosoficamente religioso, só com um toque bem aterrorizante.
Eu sinceramente não pensei que fosse gostar tanto desse filme! Apesar das críticas negativas, eu defendo essa produção de Casey La Scala como sendo uma ótima e diferente experiência cinematográfica.
O Babá(Ca)
2.8 280 Assista AgoraA comédia protagonizada pelo divertido Jonah Hill só merece duas de cinco estrelas, por ser demasiadamente clichê, constrangedora e pouco atraente e, enfim, mais insípida que hilária.
Mas dá pra ficar entretido durante alguns momentos, principalmente quando aparece em cena o carismático elenco infantil.
Outro ponto interessante também é o drama que cada criança carrega no filme e é discutido de forma corajosa, como o culto à beleza e a aceitação da sexualidade.
Nada inovador, como também nada além do que se espera de uma comédia descompromissada.
Como Criar o Garoto Perfeito
2.6 28 Assista AgoraTípico filme teen da Disney Channel.
Bobinho, insípido, extremamente estereotipado. Dá pra divertir, sem muitas expectativas e na falta de algo melhor.
Se eu assistisse na época de minha adolescência talvez a comédia-científica de Paul Hoen iria me agradar. Só dou uma estrela pela presença de China Anne McClain.
Cubo Zero
2.8 237 Assista AgoraComo fã confesso da trilogia, fui ver com altas expectativas e, de certo modo, posso dizer que elas foram cumpridas.
Primeiro porque ''Cubo Zero'' esclarece alguns elementos importantes deixados no primeiro filme, fazendo uma ótima conexão com o original e nos levando por trás dos ''bastidores'' do sádico cubo.
Segundo bom motivo pelo qual valeu a pena ter conferido esse terceiro filme é o vilão Jax, interpretado por Michael Riley.
É um vilão assustador, na minha opinião, onde o que mais chama a atenção é o lado frio e impiedoso de seu personagem.
Superior ao desastroso segundo filme da franquia, esse até que é tolerável e assistível.
Dá pra passar o tempo.
Cubo 2: Hipercubo
2.6 306 Assista Agora''Cubo 2: Hipercubo'' é exatamente o que se poderia esperar de uma sequência desnecessária para uma trilogia que pegou carona na fórmula do notável filme original.
Sem o charme do anterior, essa continuação é desastrosa e carece de um elemento surpresa que fisgue ou empolgue o espectador.
O embasamento psicológico e teórico é até um bom atrativo para quem acompanha a agonia dos personagens trancafiados dentro do cubo. Não deixa de ser uma idéia funcional e interessante, de fato, mas peca pelo exagero de elementos sem sentido e soluções previsíveis.
As atuações ainda continuam sofríveis e os personagens deixam muito a desejar por não apresentarem carisma nenhuma. Não soube mostrar eficiência e impacto como no filme original, resultando em uma sequência totalmente dispensável.
Cubo
3.3 880 Assista AgoraO violento sci-fi canadense tem seus momentos bons e na maior parte do tempo a história consegue prender muito a atenção devido à atmosfera claustrofóbica presente em cada cena.
É interessante e original a idéia do cubo e tenho certeza que muitos filmes do gênero ''armadilha'' atuais (a franquia ''Jogos Mortais'', por exemplo) beberam dessa fonte.
A produção é simples mas apresenta um plot interessante e muito criativo e por ter marcado muito a minha juventude eu não poderia deixar de incluir em meus favoritos.
O que ficou muito a desejar mesmo em ''Cubo'' foi o elenco que conta com atuações fraquíssimas e forçadas.
Mas tirando isso, a fórmula do filme funciona bem e o suspense e a tensão proporcionam uma grande diversão.
Recomendíssimo para todos apreciadores de ficção científica que querem sair da rotina.
Assombrada pelo Passado
3.0 213 Assista AgoraO terror de Vincenzo Natali tem lá os seus elementos originais que o diferencia de muitos filmes do gênero com temas sobrenaturais já batido.
Assisti com baixas expectativas e já sabendo que não se tratava de nenhuma obra notável mas por fim acabei me deparando com um filme bonzinho, porém com um roteiro confuso e clichê. Não diria que é um filme totalmente de terror, mas sim de mistério e com interessantes reviravoltas.
O destaque fica por conta da linda Abigail Breslin, uma atriz com grande potencial que carrega todo o filme nas costas. Outro destaque é o ator Stephen McHattie, que entrega uma atuação vigorosa e exala todo o ar de veracidade que a trama precisa.
Com pouquíssimos momentos de sustos mas com uma abordagem corajosa, ''Assombrada Pelo Passado'' possui alguns pontos que merecem atenção e para quem gosta de terror com cara de quebra-cabeças, esse é uma boa opção.
O Gabinete do Dr. Caligari
4.3 524 Assista AgoraUm filme importante para a história do cinema e um dos maiores representantes cinematográfico do Expressionismo Alemão.
''O Gabinete do Dr. Caligari'' me proporcionou uma experiência poeticamente bizarra e me transportou para uma atmosfera insana através dos cenários distorcidos e o jogo de luzes e sombras.
É discrepante a superioridade da obra de Robert Wiene e impressiona pela narrativa onírica, em razão da direção de arte, das atuações soturna e da hipnótica trilha sonora.
Uma obra épica, sem dúvidas, e certamente uma das mais belas representações da loucura que já se viu no cinema.