Excluindo seus truques para manipulação da audiência, o filme não oferece muita coisa. Assim como O Corpo, ele se sustenta através dos plot twists como um artifício espertinho para jogar com o espectadores, em alguns momentos se torna claro como o roteiro constrói alguns caminhos com o único objetivo de ir em uma direção contrária futuramente para tentar surpreender o público mais uma vez. À esse ponto eu não acho que essa fórmula seja surpreendente quanto o diretor acredita que é, mas dou-lhe os créditos por conseguir manter o tom de mistério e tensão pela maior parte do filme
Retrato cínico e engraçado do mundinho alienado dos Yuppies durante os últimos dias da discoteca nos anos 80. Mundo de superficialidades e auto engano constante onde os personagens batalham ao máximo para se encaixarem e serem bem sucedidos dentro do espírito daquele tempo e daquela cultura fechada. Ao mesmo tempo que o filme satiriza esse universo ele também demonstra empatia e celebração nostálgica daquela cultura sem condená-la. É o filme definitivo sobre o tema.
Sim, ele se mata. Percebam que o líder daquela outra instituição não consegue entrar na casa dele minutos antes dele encher seu drink suicida. Da mesma forma Mary não conseguiria entrar. A visão dela beijando-o é uma espécie de alucinação, visão final em vida, assim como a história que ele contou sobre o seu tio que disse que estava tocando em "solo sagrado" antes de infartar. Repare por exemplo que Mary não se mancha de sangue apesar da bata que ele vestia estar ensanguentada
Filme indeciso quanto ser biografia do freddie ou do queen, por isso acaba sendo superficial em vários aspectos das relações pessoais do vocalista, mas o que mais incomoda é a cronologia da história mostrada que é completamente equivocada. O elenco e os momentos musicais salvam Bohemian Rhapsody de um desastre maior
Eu gosto como fizeram o leatherface se tornar um personagem bem empático, além disso é sempre divertido ver o Denis Hooper nesse modo enlouquecido, mas é natural a recepção negativa, essa sequência renega completamente o que construíram no primeiro filme para se assumir como a comédia-terror gore mais bizarra do cinema em seu tempo, ainda mais sendo uma produção desse tamanho. Minha dica pra quem for ver é: esqueçam o primeiro filme e aproveitem uma amostra do que existia de mais doentio e engraçado, se esse for o tipo de coisa que te faz rir, no cinema oitentista
Comecei a ver despretensiosamente no Netflix guiado apenas pelo fato de gostar muito da Sheryl Lee, minha eterna Laura Palmer, que está muito bem no filme. Felizmente, acabei gostando bem mais do que esperava. Que filme subestimado! Inclusive foi o único filme do diretor cujo a carreira não engatou apesar desse bom início, claro que o longa tem problemas, talvez ele sofra com algumas resoluções fáceis, uma trilha sonora mais do que comum e cenas pouco imaginativas, mas é um drama com dois protagonistas muito bem escritos e complexos. Além disso, trata sobre tantra, abuso, relacionamento e auto conhecimento com um domínio muito interessante, o didatismo do filme sobre esses temas é bastante benéfico e torna tudo mais envolvente, afinal o tantra ainda é algo distante do imaginário popular. Recomendo pra qualquer pessoa que se interesse por algum desses assuntos.
É curioso que apesar dos personagens estarem sempre saindo de situações de extremo risco de vida, para entrar em uma situação pior, Dunkirk ainda consegue ser bem...chato. Toda técnica visual de Nolan é sabotada por personagens inexistentes e que carecem de qualquer capacidade de despertar empatia em alguém. Essas situações de perigo acabam não sendo muito envolventes porque logo tudo se torna cansativo e o suspense passa a ser empurrado com a barriga pela invasiva trilha sonora de Hans Zimmer. De tal modo que, nós simplesmente não nos importamos a respeito de quem vive, ou morre. Esse jeito frio e impessoal torna-se mais bobo quando entra em contraste com o tom de triunfalismo sentimental à respeito dos feitos do povo britânico, algo "digno" de alguns dos filmes de guerra americano mais cafonamente ufanistas.
"Madrugada dos Mortos" encontra "Elefante" em um thriller angustiante, Nocturama usa o cenário de paranóia e medo instalado pelos atentados terroristas na Europa para retratar a apatia de uma geração que já não se identifica com nenhum ideal, talvez apenas se reconheça no ato do consumo. O final é um soco no estômago. Direção e montagem excelentes.
Fraco como terror, principalmente graças a ultra exposição da criatura, e um fracasso quanto drama sobre traumas na infância, crescimento e abuso. Os melhores momentos são quando as crianças estão apenas sendo crianças, isso porque a química entre os atores é boa e o filme entretêm, mas o saldo final é um terror genérico e um drama raso.
Uma cápsula do tempo para os anos áureos da technicolor, acho que nunca vi um trabalho referencial conseguir construir tão perfeitamente essa ambientação, tudo extremamente detalhado, incrível. Ainda assim, nada justifica 2h de filme, the love witch tem um problema sério de ritmo, mas é sem dúvida um trabalho fascinante.
Algumas cenas funcionam isoladamente e de certa forma o filme conseguiu me sensibilizar, mas não dá pra ignorar a atuação irritante do James Franco, o que deveria ser tristeza acaba parecendo um artista babaca fazendo pose de "profundo", dessa forma fica difícil criar uma ligação de empatia com o personagem. Infelizmente esse não é o único problema aqui, se Paris, Texas impressiona pela sua beleza e sutileza, a direção de Wenders dessa vez vai na direção oposta e dá de encontro com um pieguismo bobo. Mas o que é mais incompreensível é o tom de mistério e suspense que emerge do filme em diversos momentos, simplesmente gratuito, não fortalece o argumento de forma alguma. O resultado final é uma bagunça, a edição também atrapalha, o fato é que quanto mais eu penso a respeito desse filme, eu me convenço de que esse é um grande deslize na carreira do diretor.
A cena em que a personagem da Kim Min Hee confronta o diretor é maravilhosa, ainda mais sabendo do tom pessoal dessa história para ela e o Hong Sang Soo, foi como se o filme estivesse questionando a própria existência.
Algumas coisas me chamaram atenção em eaten alive, primeiro é o fato de parecer uma produção tão pequena quanto o massacre da serra elétrica, do mesmo Tobe Hooper, apesar de ter sido lançando depois do sucesso de seu maior clássico. Outra coisa foi o fato de que o crocodilo assassino não faz a linha de "animal maldito" de filmes de terror, ele é mais um elemento do filme e não o grande assassino que o imaginário sugere, mas isso funciona positivamente porque o verdadeiro antagonista é bem elaborado e um tanto perturbador. Ainda que não seja tão tenso, brilhante e angustiante quanto o antecessor do diretor, eaten alive é um filme bem cru e anárquico. Uma boa amostra do cinema B setentista e uma experiência agradável pra quem gosta do gênero.
Talvez seja o filme síntese da nova Hollywood. Experimenta a linguagem do cinema com bastante liberdade ao mesmo tempo que retrata toda àquela geração com naturalidade e de forma bem melancólica.
Funciona muito bem ao estabelecer uma atmosfera de desconfiança e paranóia entre os personagens, It comes at night é um filme constantemente tenso, mas fica estagnado na superfície de filme pós apocalíptico. Há indícios da intenção de assumir mais profundamente o seu contorno sobrenatural, porém esse momento nunca chega, isso me incomoda na medida que o mistério, fundamental para a construção do suspense aqui, acaba sendo escanteado, parece até que faltou um pouco de imaginação para tomar algum rumo.
Salve-se Quem Puder (A Vida)
3.4 20A autocrítica masculina do godard
Um Contratempo
4.2 2,0KExcluindo seus truques para manipulação da audiência, o filme não oferece muita coisa. Assim como O Corpo, ele se sustenta através dos plot twists como um artifício espertinho para jogar com o espectadores, em alguns momentos se torna claro como o roteiro constrói alguns caminhos com o único objetivo de ir em uma direção contrária futuramente para tentar surpreender o público mais uma vez. À esse ponto eu não acho que essa fórmula seja surpreendente quanto o diretor acredita que é, mas dou-lhe os créditos por conseguir manter o tom de mistério e tensão pela maior parte do filme
Guava Island
4.0 248Serve mais como material promocional para os últimos lançamentos do Childish Gambino, mas só isso mesmo.
Os Últimos Embalos da Disco
3.5 34Retrato cínico e engraçado do mundinho alienado dos Yuppies durante os últimos dias da discoteca nos anos 80. Mundo de superficialidades e auto engano constante onde os personagens batalham ao máximo para se encaixarem e serem bem sucedidos dentro do espírito daquele tempo e daquela cultura fechada. Ao mesmo tempo que o filme satiriza esse universo ele também demonstra empatia e celebração nostálgica daquela cultura sem condená-la.
É o filme definitivo sobre o tema.
Fé Corrompida
3.7 376 Assista AgoraDeus nos perdoará por destruir sua criação?
Minha interpretação do final (admito que sempre há outras possíveis):
Sim, ele se mata. Percebam que o líder daquela outra instituição não consegue entrar na casa dele minutos antes dele encher seu drink suicida. Da mesma forma Mary não conseguiria entrar. A visão dela beijando-o é uma espécie de alucinação, visão final em vida, assim como a história que ele contou sobre o seu tio que disse que estava tocando em "solo sagrado" antes de infartar. Repare por exemplo que Mary não se mancha de sangue apesar da bata que ele vestia estar ensanguentada
Bohemian Rhapsody
4.1 2,2K Assista AgoraFilme indeciso quanto ser biografia do freddie ou do queen, por isso acaba sendo superficial em vários aspectos das relações pessoais do vocalista, mas o que mais incomoda é a cronologia da história mostrada que é completamente equivocada. O elenco e os momentos musicais salvam Bohemian Rhapsody de um desastre maior
Fuga Para a Vitória
3.1 122 Assista AgoraYou give me ball. And I do thiiis, thiiiis, thiiiis, thiiiis, thiiiis, goal. Easy!
O Massacre da Serra Elétrica 2
2.8 346Eu gosto como fizeram o leatherface se tornar um personagem bem empático, além disso é sempre divertido ver o Denis Hooper nesse modo enlouquecido, mas é natural a recepção negativa, essa sequência renega completamente o que construíram no primeiro filme para se assumir como a comédia-terror gore mais bizarra do cinema em seu tempo, ainda mais sendo uma produção desse tamanho. Minha dica pra quem for ver é: esqueçam o primeiro filme e aproveitem uma amostra do que existia de mais doentio e engraçado, se esse for o tipo de coisa que te faz rir, no cinema oitentista
Terapia do Prazer
3.4 91Comecei a ver despretensiosamente no Netflix guiado apenas pelo fato de gostar muito da Sheryl Lee, minha eterna Laura Palmer, que está muito bem no filme. Felizmente, acabei gostando bem mais do que esperava.
Que filme subestimado! Inclusive foi o único filme do diretor cujo a carreira não engatou apesar desse bom início, claro que o longa tem problemas, talvez ele sofra com algumas resoluções fáceis, uma trilha sonora mais do que comum e cenas pouco imaginativas, mas é um drama com dois protagonistas muito bem escritos e complexos. Além disso, trata sobre tantra, abuso, relacionamento e auto conhecimento com um domínio muito interessante, o didatismo do filme sobre esses temas é bastante benéfico e torna tudo mais envolvente, afinal o tantra ainda é algo distante do imaginário popular. Recomendo pra qualquer pessoa que se interesse por algum desses assuntos.
Dunkirk
3.8 2,0K Assista AgoraÉ curioso que apesar dos personagens estarem sempre saindo de situações de extremo risco de vida, para entrar em uma situação pior, Dunkirk ainda consegue ser bem...chato. Toda técnica visual de Nolan é sabotada por personagens inexistentes e que carecem de qualquer capacidade de despertar empatia em alguém. Essas situações de perigo acabam não sendo muito envolventes porque logo tudo se torna cansativo e o suspense passa a ser empurrado com a barriga pela invasiva trilha sonora de Hans Zimmer. De tal modo que, nós simplesmente não nos importamos a respeito de quem vive, ou morre. Esse jeito frio e impessoal torna-se mais bobo quando entra em contraste com o tom de triunfalismo sentimental à respeito dos feitos do povo britânico, algo "digno" de alguns dos filmes de guerra americano mais cafonamente ufanistas.
Paterson
3.9 353 Assista AgoraUma ode ao dia-a-dia ordinário.
Nocturama
3.2 45"Madrugada dos Mortos" encontra "Elefante" em um thriller angustiante, Nocturama usa o cenário de paranóia e medo instalado pelos atentados terroristas na Europa para retratar a apatia de uma geração que já não se identifica com nenhum ideal, talvez apenas se reconheça no ato do consumo. O final é um soco no estômago. Direção e montagem excelentes.
O Dia Depois
3.5 40 Assista AgoraKim Min Hee é a maior atriz da atualidade e ninguém irá me convencer do contrário
It: A Coisa
3.9 3,0K Assista AgoraFraco como terror, principalmente graças a ultra exposição da criatura, e um fracasso quanto drama sobre traumas na infância, crescimento e abuso. Os melhores momentos são quando as crianças estão apenas sendo crianças, isso porque a química entre os atores é boa e o filme entretêm, mas o saldo final é um terror genérico e um drama raso.
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraQue besteira pretensiosa.
Mirou Polanski e acertou um Projeto X bíblico
A Bruxa do Amor
3.6 206 Assista AgoraUma cápsula do tempo para os anos áureos da technicolor, acho que nunca vi um trabalho referencial conseguir construir tão perfeitamente essa ambientação, tudo extremamente detalhado, incrível. Ainda assim, nada justifica 2h de filme, the love witch tem um problema sério de ritmo, mas é sem dúvida um trabalho fascinante.
Tudo Vai Ficar Bem
2.8 117 Assista grátisAlgumas cenas funcionam isoladamente e de certa forma o filme conseguiu me sensibilizar, mas não dá pra ignorar a atuação irritante do James Franco, o que deveria ser tristeza acaba parecendo um artista babaca fazendo pose de "profundo", dessa forma fica difícil criar uma ligação de empatia com o personagem.
Infelizmente esse não é o único problema aqui, se Paris, Texas impressiona pela sua beleza e sutileza, a direção de Wenders dessa vez vai na direção oposta e dá de encontro com um pieguismo bobo.
Mas o que é mais incompreensível é o tom de mistério e suspense que emerge do filme em diversos momentos, simplesmente gratuito, não fortalece o argumento de forma alguma. O resultado final é uma bagunça, a edição também atrapalha, o fato é que quanto mais eu penso a respeito desse filme, eu me convenço de que esse é um grande deslize na carreira do diretor.
Na Praia à Noite Sozinha
3.6 68A cena em que a personagem da Kim Min Hee confronta o diretor é maravilhosa, ainda mais sabendo do tom pessoal dessa história para ela e o Hong Sang Soo, foi como se o filme estivesse questionando a própria existência.
Devorado Vivo
3.1 65 Assista AgoraAlgumas coisas me chamaram atenção em eaten alive, primeiro é o fato de parecer uma produção tão pequena quanto o massacre da serra elétrica, do mesmo Tobe Hooper, apesar de ter sido lançando depois do sucesso de seu maior clássico. Outra coisa foi o fato de que o crocodilo assassino não faz a linha de "animal maldito" de filmes de terror, ele é mais um elemento do filme e não o grande assassino que o imaginário sugere, mas isso funciona positivamente porque o verdadeiro antagonista é bem elaborado e um tanto perturbador. Ainda que não seja tão tenso, brilhante e angustiante quanto o antecessor do diretor, eaten alive é um filme bem cru e anárquico. Uma boa amostra do cinema B setentista e uma experiência agradável pra quem gosta do gênero.
Amor e Revolução
3.9 298 Assista AgoraDrama apelativo, mal escrito e forçado até dizer chega. Meu Deus, que aberração, o pior é o romance que não convence em momento algum
Corrida Sem Fim
3.9 59Talvez seja o filme síntese da nova Hollywood. Experimenta a linguagem do cinema com bastante liberdade ao mesmo tempo que retrata toda àquela geração com naturalidade e de forma bem melancólica.
Twin Peaks (3ª Temporada)
4.4 622 Assista AgoraWhat year is it?
Ao Cair da Noite
3.1 977 Assista AgoraFunciona muito bem ao estabelecer uma atmosfera de desconfiança e paranóia entre os personagens, It comes at night é um filme constantemente tenso, mas fica estagnado na superfície de filme pós apocalíptico. Há indícios da intenção de assumir mais profundamente o seu contorno sobrenatural, porém esse momento nunca chega, isso me incomoda na medida que o mistério, fundamental para a construção do suspense aqui, acaba sendo escanteado, parece até que faltou um pouco de imaginação para tomar algum rumo.
Império dos Sonhos
3.8 433Pesadelo filmado.
Uma das experiências mais perturbadoras e intensas que se pode ter com cinema