Uma típica história natalina; laços familiares, os cânticos, religião, a busca pelo presente mais procurado em cima da hora e... Tráfico de drogas. Afinal, ainda é um filme do Ferrara. O diretor aqui insere seu universo aos dos filmes de Natal com sua visão humana e melancólica do submundo do crime. Apesar dessa ousadia e dos personagens bem trabalhados, é sem dúvidas um Ferrara menor, meio contido, mas bom
Narrativa meio formuláica, mas sem deixar de ser um filme com a marca do Cronenberg. No entanto, entre os que ele fez nos anos 80 (praticamente todos excelentes) esse fica como um filme menor pra mim
Enquanto Spider tenta montar o quebra cabeça de um desenho, o público através da percepção desse personagem mentalmente instável, monta o quebra cabeça de seu passado. É aí que Cronenberg confunde e nos coloca dentro da cabeça de um homem doente. Spider é um retrato de uma mente adoecida disfarçada de um filme criminal. O ritmo é lento, mas necessário para melhor examinar o personagem. Mais uma história muito bem contada e ambientada de Cronenberg, o homem é à prova de erros.
Divertido, ágil e engraçado. A estética do filme é criativa e muito bem montada, mas é bem verdade que é também exagerada. O filme vai se tornando cansativo visualmente e cai em um looping narrativo: inicia batalha > acaba batalha > inicia batalha. Ainda assim, Scott Pilgrim é o filme que melhor trouxe a estética do vídeo game para os cinemas e é cheio de boas referências, além de ser uma boa sátira, mas não ofensiva, a cultura nerd/indie, um dos filmes que melhor representa culturalmente essa década.
Uma elegante e charmosa estreia de PTA na direção, o filme é pura classe. Sempre com muito cuidado em relação aos personagens, PTA consegue contar uma boa história com simplicidade estruturando-se em um bom elenco. A mancha na manga de Hall para nos lembrar que temos que viver com o nosso passado? Filme passeia por algimas discussões, mas você terá que vê-las por si próprio, como é de costume na filmografia de Anderson.
As comparações com o Batman do Nolan podem parecer inevitáveis, mas não fazem sentido. Não porque Nolan adaptou Batman quase 30 anos depois do Burton, mas porque a Gotham de Nolan nunca foi a Gotham dos quadrinhos. Burton cria aqui um universo muito particular, extravagante, exagerado, gótico, noir, bem humorado, irônico e de certa forma infantil. Coisas que dialogam com todos os filmes do diretor, ou seja, nada meramente parecido com o urbano e realista Batman de Nolan. Não que o filme não tenha problemas, ele tem, mas esse é sim um clássico muito charmoso e o Coringa do Nicholson em nada fica atrás ao do Ledger.
Cronenberg é o cineasta da degradação mental e corporal, além disso está entre os que melhor explora o inconsciente humano, o que o motiva, suas obsessões e o que o excita (mesmo quando isso causa repulsa). Crash é um trabalho hipnótico e perverso sobre fetichismo e desejo, possivelmente o filme do diretor que melhor dialoga com Videodrome que já comentava, entre outras coisas, sobre sadismo sexual. O filme é de uma atmosfera sensual e soturna, muito bem moldada por uma trilha sonora excelente, um dos trabalhos mais ousados do diretor.
Já em Gran Torino, Eastwood trazia uma reflexão sobre as consequências sociais da guerra e da cultura de violência americana. Aqui essa ideia é estabelecida desde o início na cena em que o pai de Chris Kyle, um típico texano redneck, ensina a mentalidade de "cão pastor" ao filho e o ensina a atirar. Kyle, como não poderia ser diferente, torna-se um homem bruto e que passa a ser atormentado pelos demônios de uma guerra que ele acreditava estar lá para proteger sua família/país. Essa noção é desconstruída em diversos momentos do filme e percebemos o impacto daquela violência no personagem.
Acho o final extremamente melancólico, vemos Kyle apenas repassando para seu filho o que aprendera desde cedo e sendo morto por outro soldado atormentado.
Pra mim o Kyle de Eastwood não é um herói, mas sim a triste representação fidedigna de um personagem tipicamente americano. Enfim, é um assunto sensível, eu entendo, mas faz todo sentido um americano focar nesse aspecto. Eastwood, jamais poderia bem representar a visão da guerra pelo olhar de um iraquiano, é simplesmente uma realidade que o diretor desconhece. Saindo um pouco sobre o discurso do filme, é sempre interessante reforçar o trabalho direção de Clint, o homem filma cenas de ação como poucos e o que dizer de Bradley Cooper aqui? Com certeza é a atuação de sua vida.
O filme mais Spielbergiano do Carpenter, mas sem deixar de ser um filme do mestre, claro. Além disso, é a prova de que ele era um cineasta muito versátil
Olha, eu não vejo em quê esse filme fique muito atrás em relação ao imortal clássico do lumet, é claro que esse é quase uma repetição do original, mas há uma "atualização" no que se diz a respeito da questão racial e imigrante muito bem encaixada.
Não é um filme sobre o serial killer, mas usa a história do filho do Sam para mostrar uma vizinhança do Bronx, tipicamente nova iorquina, durante a época dos assassinatos. Um épico urbano sobre NYC no final dos anos 70 e seus habitantes, uma declaração de amor e ódio por Spike Lee.
Bem subestimado. As analogias sobre capitalismo, vício, classes, egoísmo, estado e etc, seguem ótimas. A evolução dos zumbis é gradual e bem desenvolvida.
Bem tenso e envolvente, acho o twist do final pouco convincente, mas o filme tem bons diálogos e consegue ser nervoso mesmo com poucos cenários. Farrell e Whitaker estão muito bem aqui
Um universo distópico muito interessante, mas que ao mesmo tempo, não é apresentado em sua totalidade ao público, por isso alguns momentos podem parecer confusos já que não sabemos muito sobre as regras desse lugar. Acho que a curta duração do filme atrapalha nesse aspecto, havia muito a se explorar sobre a mitologia desse mundo criado por George Lucas. No mais, o filme é muito espetacular em ambientação e visual, além de ter diversas analogias sobre estado e capitalismo muito interessantes. Acho que o final poderia ser mais impactante e aqueles robôs policiais não parecem nunca um grande perigo aos protagonistas (igual os stormtroopers), mas há de se considerar que é uma obra bem inventiva e à frente do seu tempo
Muita coisa converge de forma questionável para o desenrolar do filme, no início eu estava apenas detestando os personagens, mas ele foi me conquistando aos poucos. É sem dúvidas arrebatador nesse aspecto. Uma história Simples, mas que toca em temas complexos com muita delicadeza. O narrador onisciente e a boa direção de fotografia são dois elementos maravilhosos que favorecem o filme.
Excelente filme sobre os traumas da guerra. Começa sendo um drama familiar, até se transformar numa história de vingança onde o protagonista busca por um novo significado para a vida que lhe fora tirada, assim como retornar a familiaridade da batalha, talvez a única coisa que ainda faça sentido.
Impressionante, um dos filmes mais impactantes que vejo em muito tempo. A causalidade em que acontece os assassinatos e a inexistência de motivação assustam. Da para se fazer muitas reflexões sobre violência, indiferença, apatia e talvez banalização da morte. Me fez pensar sobre muita coisa, então, não serei eu que tentarei defini-lo brevemente. Direção impecável do Alan Clarke
Simplesmente maravilhoso, de encher os olhos mesmo. Uma bela estória sobre sonhos, aventura, paixão pelo desconhecido e laços familiares. James gray segue sendo um dos melhores diretores em atividade, talvez o filme do ano até o momento.
O Último Grande Herói
3.3 205 Assista AgoraCoisa linda
Das mais bonitas homenagens ao cinema, em especial ao menosprezado cinema de gênero
Sedução e Vingança
3.7 151 Assista AgoraThana did nothing wrong
Olhos de Serpente
3.8 36Quando arte e vida se confundem.
Keitel é um dos maiores atores que já viveu
Inimigos Pelo Destino
3.7 23Ferrara >> Shakespeare
Gangues do Gueto
3.4 7Uma típica história natalina; laços familiares, os cânticos, religião, a busca pelo presente mais procurado em cima da hora e... Tráfico de drogas. Afinal, ainda é um filme do Ferrara. O diretor aqui insere seu universo aos dos filmes de Natal com sua visão humana e melancólica do submundo do crime.
Apesar dessa ousadia e dos personagens bem trabalhados, é sem dúvidas um Ferrara menor, meio contido, mas bom
Scanners: Sua Mente Pode Destruir
3.5 251Narrativa meio formuláica, mas sem deixar de ser um filme com a marca do Cronenberg. No entanto, entre os que ele fez nos anos 80 (praticamente todos excelentes) esse fica como um filme menor pra mim
Spider: Desafie Sua Mente
3.5 108 Assista AgoraEnquanto Spider tenta montar o quebra cabeça de um desenho, o público através da percepção desse personagem mentalmente instável, monta o quebra cabeça de seu passado. É aí que Cronenberg confunde e nos coloca dentro da cabeça de um homem doente. Spider é um retrato de uma mente adoecida disfarçada de um filme criminal.
O ritmo é lento, mas necessário para melhor examinar o personagem. Mais uma história muito bem contada e ambientada de Cronenberg, o homem é à prova de erros.
Scott Pilgrim Contra o Mundo
3.9 3,2K Assista AgoraDivertido, ágil e engraçado. A estética do filme é criativa e muito bem montada, mas é bem verdade que é também exagerada. O filme vai se tornando cansativo visualmente e cai em um looping narrativo: inicia batalha > acaba batalha > inicia batalha. Ainda assim, Scott Pilgrim é o filme que melhor trouxe a estética do vídeo game para os cinemas e é cheio de boas referências, além de ser uma boa sátira, mas não ofensiva, a cultura nerd/indie, um dos filmes que melhor representa culturalmente essa década.
Bye and stuff
Jogada de Risco
3.6 102 Assista AgoraUma elegante e charmosa estreia de PTA na direção, o filme é pura classe. Sempre com muito cuidado em relação aos personagens, PTA consegue contar uma boa história com simplicidade estruturando-se em um bom elenco.
A mancha na manga de Hall para nos lembrar que temos que viver com o nosso passado? Filme passeia por algimas discussões, mas você terá que vê-las por si próprio, como é de costume na filmografia de Anderson.
Batman
3.5 831 Assista AgoraAs comparações com o Batman do Nolan podem parecer inevitáveis, mas não fazem sentido. Não porque Nolan adaptou Batman quase 30 anos depois do Burton, mas porque a Gotham de Nolan nunca foi a Gotham dos quadrinhos. Burton cria aqui um universo muito particular, extravagante, exagerado, gótico, noir, bem humorado, irônico e de certa forma infantil. Coisas que dialogam com todos os filmes do diretor, ou seja, nada meramente parecido com o urbano e realista Batman de Nolan. Não que o filme não tenha problemas, ele tem, mas esse é sim um clássico muito charmoso e o Coringa do Nicholson em nada fica atrás ao do Ledger.
Crash: Estranhos Prazeres
3.6 330 Assista AgoraCronenberg é o cineasta da degradação mental e corporal, além disso está entre os que melhor explora o inconsciente humano, o que o motiva, suas obsessões e o que o excita (mesmo quando isso causa repulsa).
Crash é um trabalho hipnótico e perverso sobre fetichismo e desejo, possivelmente o filme do diretor que melhor dialoga com Videodrome que já comentava, entre outras coisas, sobre sadismo sexual. O filme é de uma atmosfera sensual e soturna, muito bem moldada por uma trilha sonora excelente, um dos trabalhos mais ousados do diretor.
Interiores
4.0 230Directed by Woodymar Allenberg
Frederick, eu te abomino
Sniper Americano
3.6 1,9K Assista AgoraJá em Gran Torino, Eastwood trazia uma reflexão sobre as consequências sociais da guerra e da cultura de violência americana. Aqui essa ideia é estabelecida desde o início na cena em que o pai de Chris Kyle, um típico texano redneck, ensina a mentalidade de "cão pastor" ao filho e o ensina a atirar. Kyle, como não poderia ser diferente, torna-se um homem bruto e que passa a ser atormentado pelos demônios de uma guerra que ele acreditava estar lá para proteger sua família/país. Essa noção é desconstruída em diversos momentos do filme e percebemos o impacto daquela violência no personagem.
Acho o final extremamente melancólico, vemos Kyle apenas repassando para seu filho o que aprendera desde cedo e sendo morto por outro soldado atormentado.
Pra mim o Kyle de Eastwood não é um herói, mas sim a triste representação fidedigna de um personagem tipicamente americano.
Enfim, é um assunto sensível, eu entendo, mas faz todo sentido um americano focar nesse aspecto. Eastwood, jamais poderia bem representar a visão da guerra pelo olhar de um iraquiano, é simplesmente uma realidade que o diretor desconhece. Saindo um pouco sobre o discurso do filme, é sempre interessante reforçar o trabalho direção de Clint, o homem filma cenas de ação como poucos e o que dizer de Bradley Cooper aqui? Com certeza é a atuação de sua vida.
Starman: O Homem das Estrelas
3.4 98 Assista AgoraO filme mais Spielbergiano do Carpenter, mas sem deixar de ser um filme do mestre, claro. Além disso, é a prova de que ele era um cineasta muito versátil
12 Homens e Uma Sentença
4.1 148 Assista AgoraOlha, eu não vejo em quê esse filme fique muito atrás em relação ao imortal clássico do lumet, é claro que esse é quase uma repetição do original, mas há uma "atualização" no que se diz a respeito da questão racial e imigrante muito bem encaixada.
O Verão de Sam
3.7 66Não é um filme sobre o serial killer, mas usa a história do filho do Sam para mostrar uma vizinhança do Bronx, tipicamente nova iorquina, durante a época dos assassinatos. Um épico urbano sobre NYC no final dos anos 70 e seus habitantes, uma declaração de amor e ódio por Spike Lee.
Terra dos Mortos
3.0 292 Assista AgoraBem subestimado.
As analogias sobre capitalismo, vício, classes, egoísmo, estado e etc, seguem ótimas. A evolução dos zumbis é gradual e bem desenvolvida.
Por um Fio
3.4 590 Assista AgoraBem tenso e envolvente, acho o twist do final pouco convincente, mas o filme tem bons diálogos e consegue ser nervoso mesmo com poucos cenários. Farrell e Whitaker estão muito bem aqui
Conquista Sangrenta
3.7 62 Assista AgoraA visão misantropa e brutal de Verhoeven chega a era medieval. Como sempre ninguém é poupado
THX 1138
3.5 201 Assista AgoraUm universo distópico muito interessante, mas que ao mesmo tempo, não é apresentado em sua totalidade ao público, por isso alguns momentos podem parecer confusos já que não sabemos muito sobre as regras desse lugar. Acho que a curta duração do filme atrapalha nesse aspecto, havia muito a se explorar sobre a mitologia desse mundo criado por George Lucas.
No mais, o filme é muito espetacular em ambientação e visual, além de ter diversas analogias sobre estado e capitalismo muito interessantes. Acho que o final poderia ser mais impactante e aqueles robôs policiais não parecem nunca um grande perigo aos protagonistas (igual os stormtroopers), mas há de se considerar que é uma obra bem inventiva e à frente do seu tempo
E Sua Mãe Também
4.0 519Muita coisa converge de forma questionável para o desenrolar do filme, no início eu estava apenas detestando os personagens, mas ele foi me conquistando aos poucos. É sem dúvidas arrebatador nesse aspecto. Uma história Simples, mas que toca em temas complexos com muita delicadeza. O narrador onisciente e a boa direção de fotografia são dois elementos maravilhosos que favorecem o filme.
A Outra Face da Violência
3.5 44Excelente filme sobre os traumas da guerra. Começa sendo um drama familiar, até se transformar numa história de vingança onde o protagonista busca por um novo significado para a vida que lhe fora tirada, assim como retornar a familiaridade da batalha, talvez a única coisa que ainda faça sentido.
Elephant
3.6 22Impressionante, um dos filmes mais impactantes que vejo em muito tempo.
A causalidade em que acontece os assassinatos e a inexistência de motivação assustam.
Da para se fazer muitas reflexões sobre violência, indiferença, apatia e talvez banalização da morte. Me fez pensar sobre muita coisa, então, não serei eu que tentarei defini-lo brevemente.
Direção impecável do Alan Clarke
Z: A Cidade Perdida
3.4 320 Assista AgoraSimplesmente maravilhoso, de encher os olhos mesmo. Uma bela estória sobre sonhos, aventura, paixão pelo desconhecido e laços familiares.
James gray segue sendo um dos melhores diretores em atividade, talvez o filme do ano até o momento.