Um filme que ninguém pediu, um prelúdio pro ótimo clássico A Profecia. O resultado é bom com ressalvas. O roteiro tenta desenvolver toda uma trama pra justificar o que é visto no começo do original, ao mesmo tempo que faz suas mudanças pra se tornar autêntico (logo, por mais que funcione como prelúdio e se ligue ao antigo, tb tem liberdades criativas o suficiente pra algo novo).
A premissa interessante demora pra mostrar seus frutos. Tem toda uma boa ideia, mas de começo não parece saber equilibrar as coisas. Senti que faltou um melhor desenvolvimento em relação aos conflitos internos da protagonista. Inclusive ela se dedicando a sua missão e sendo tentada a provar o que ela tá abdicando renderia muito mais do que rendeu, mas o filme tem outros objetivos, embora insistam num paralelo (justificável) dela com outra garota, mas que tb não é tão desenvolvido assim.
Tem referências ao original, mas nem sempre há tanto peso. Tentam manter o estilo lento e de suspense igual era antes, mas há pouco mistério a ser descoberto aqui e não passa o mesmo clima de antigamente. Existem alguns poucos jumpscares e todos são horríveis. Mas quando não tá tentando nada disso, consegue prender a atenção, traz momentos importantes, cria caminhos promissores.
As coisas vão melhorando aos poucos e tomando um rumo que traz um ar de curiosidade conforme tudo vai sendo revelado, sejam previsíveis ou não. O filme começa então a andar e as peças a se encaixarem. O trunfo tá nas personagens principais, na abordagem do papel feminino, na vontade de saber como tudo será interligado. O clímax contínuo é o auge.
Ao fim, A Primeira Profecia é o bom que poderia ser melhor, que agrada em alguns pontos e desagrada em outros, que poderia ser um filme qualquer se não carregasse o peso do nome da franquia, mas que mantém o interesse suficiente justamente por fazer parte. Não duvido se lançarem novos filmes.
Controverso documentário sobre o incidente no submarino. Vi polêmica sobre pessoas que quiseram ter suas participações removidas, assim como avaliações que criticaram a ausência do lado da vítima na trama, mas tb vi alguns elogios. A verdade é que Isso aqui era pra ser uma coisa e se tornou outra. Era pra ser um doc sobre a jornada do Madsen, até que o crime ocorreu e o foco mudou.
Ou seja, ainda é um doc sobre esses "últimos meses" antes do crime até o veredito do crime, meio que mostrando como o cotidiano era normal ali, mas com algumas suspeitas aqui e ali de que algo poderia acontecer (que só é possível confirmar pq tudo aconteceu). Entendi a proposta, mas ainda foi um vacilo excluírem quase que por completo qualquer coisa sobre a vítima. O foco do doc mesmo é, além de acompanhar o futuro criminoso, acompanhar tb sua equipe reagindo as situações conforme tudo foi sendo revelado.
Revendo após mais de uma década esse longa que marcou o cinema 20 anos atrás. Polêmico, o sucesso foi tanto que até hoje é lembrado. O filme se baseia não só nos quatro evangelhos da Bíblia, mas tb em materiais adicionais e liberdades criativas desde que não interferisse no conteúdo principal. Ele não busca se aprofundar na história de Jesus nem nada do tipo, se focando apenas nas horas finais de sua vida na Terra, salvo alguns flashbacks rápidos. Acusado de romantizar violência, visto que metade do longa mostra Jesus sendo torturado, espancado, sofrendo, sangrando, tendo a carne exposta, na verdade é uma experiência cinematográfica de vivenciar o momento. É incômodo mesmo. É pra sentir. Acusado tb de ofender os judeus como os culpados por tudo, o filme apenas busca relatar as coisas como foram, e não em culpar um grupo específico, tanto que o povo tb pediu pela crucificação e os romanos se aproveitaram de forma sádica dos atos envoltos. Baita filme com um baita peso.
Um dos filmes já feitos. É claramente um filme do Kong com algumas referências ao Godzilla, então o mamaco aparece BEM mais, enquanto o rei só fica aparecendo aqui e ali. O roteiro é batidão mesmo, bobo, clichê, desinteressante, tanto faz, mas pelo menos não é cansativo igual foi no anterior. Temos Kong e kongzinho contra mamacos, rendendo as melhores cenas; Godzilla contra kaijus aleatórios, agradável de ver, mas só aparece pra dizer que apareceu; e arco humano explorando um sinal na Terra Oca, básico só pra ter alguma base. Nhe. Mas como falar mal de um filme onde a melhor cena dele se passa no Brasil? Não tem como kk [Se fizerem um terceiro, pelo amor, que abracem logo o caos que nem Godzilla 2 fez, pq a galhofa já abraçaram.]
É aquele bom que faltou algo. Parece tudo muito corrido e jogado na tela. Agrada por um lado, mas fica devendo por outro. Por conhecer a história entendi melhor, mas só pelo filme soa um tanto raso. Vale a curiosidade. Merecia um remake, inclusive com mais espaço pros sambas.
Filmaço de julgamento. Bem dirigido, diálogos interessantes, boas atuações, roteiro que consegue manter o mistério do início ao fim. Mais de duas horas que passam depressa. A temática muito bem trabalhada. Na trama, o filho cego volta de uma caminhada com seu cão e encontra seu pai morto na frente de casa. Em meio aos questionamentos se foi acidental ou proposital, sua mãe, que estava no local, se torna a principal suspeita. Acompanhamos o processo de investigações e de depoimentos, que vão tornando o caso cada vez mais complexo pra se chegar num veredito.
Elogiado e baseado em fatos, levando recentemente um Oscar, Zona de Interesse entrega uma proposta interessante num resultado que não é pra todos. Acompanhamos o dia a dia normal de uma família alemã... Ao lado de um enorme campo de concentração durante da segunda guerra. Pois é. A sacada da premissa é essa, mostrar a indiferença perante a situação. Sem explicitar visualmente sofrimento além, o filme causa impacto pelo silêncio e pela tranquilidade que as coisas acontecem bem do lado da desgraça. As fumaças saindo das chaminés e a vida continuando. Alguns detalhes dão mais peso para a trama. Antes da metade do longa tive a impressão de estar vendo um curta/média, e ele já se sustentaria até ali, mas o roteiro prossegue nessa experiência até o fim, continuando sua narrativa, que, não diria incompleta, mas que prefere encerrar num ponto a trazer reflexões. E ficou bom. Acabei lendo depois sobre os ocorridos posteriores.
Duna de 1984. Já tinha conhecimento desse filme, mas enrolei tanto pra ver que já conferi as novas versões (kk). Mas avaliando sem tentar comparar, essa versão antiga de Duna até se esforça em espremer todo o conteúdo em pouco mais de duas horas, mas o resultado deixa muito a desejar. Tem os conflitos, tem a traição, tem a passagem no deserto, tem o arco do messias, tem tudo. Só não tem desenvolvimento. Não sei se "resumir" seria a palavra correta, pq o filme é corrido demais, inserindo todo o conteúdo possível. Tem cenas até que colocam narração pra explicar os ocorridos naquele período.
O começo é monótono e cansativo. Meia hora de filme já tava desanimado. Só depois que "anda" e olhe lá. Pra ver que, mesmo a nova versão sendo mais lenta (e extremamente melhor feita), deixa muito mais espaço pra desenvolvimento e isso faz uma diferença absurda. Nessa versão antiga nem surpresas maiores nós temos, pq qualquer mistério o roteiro faz questão de jogar na tela através de diálogos aleatórios. E qualquer conflito parece já ser resolvido na cena seguinte.
Sei que existem outras edições desse filme, incluindo uma versão de três horas, nenhuma aprovada pelo diretor até onde eu saiba (se bem que nem essa versão dele ele gostou, além do fato do estúdio ficar cortando gastos e resultar no que resultou) e talvez eu confira no futuro, embora depois desse resultado nem sei mais. Curioso notar como as opiniões variam. O filme foi detonado, mal recebido, mas tem esse filme no YouTube e lá tem muita gente elogiando ele. Tem gente até que achou melhor que os novos. Gosto é gosto, né (he). Mal gosto cada um tem o seu.
Incrível como uma revisitada pode mudar muito a visão, mesmo se recente. O ambiente visto, a mente no momento de assistir, tudo influencia a experiência. Lembro de ter comentado sobre o filme ter os mesmos erros e acertos do primeiro e não ter entendido como a galera achou esse tão melhor assim se na minha mente tava no mesmo nível. Mantenho esse pensamento em parte, mas fui rever o longa em IMAX e gostei muito mais que da primeira vez. Revi antes em casa a parte 1 pra poder relembrar das coisas melhor e apreciei mais ainda a parte 2. Achei menos cansativo e mais empolgante dessa vez. Ainda não sei se coloco num pedestal igual muitos estão fazendo, mas que é bom é, muito bom mesmo. Quero logo a terceira parte.
As vezes é preciso rever um filme pra maturar melhor a ideia. Eu já tinha achado muito bom da primeira vez, mas da segunda foi melhor ainda. Apesar de longo, ele pouco cansa e pouco se nota sua duração. Prende a atenção do início ao fim.
A segunda parte de Duna chegou pra encerrar a adaptação do famoso livro de mesmo nome, o primeiro de uma saga. Elogiadíssimo, a galera dizendo como melhoraram, como era mais ágil e tinha mais ação, mas não foi o que vi. Pra mim, continua tão bom quanto foi o primeiro, mas não necessariamente melhor, seguindo seus mesmos erros e acertos. Há momentos que parecem esticar além da conta, mas tb há momentos que parecem não ter tempo suficiente pra desenvolver. A vontade de continuar assistindo, entretanto, se mantém.
O filme continua a jornada de onde o primeiro parou, e a todo momento desenvolvem a questão messiânica. Uma grande guerra está por vir e supostamente temos o messias entre nós. O arco principal basicamente se resume em sua premissa. Em paralelo, temos a retomada de outrora demais personagens e a introdução de novos, estes que não são tão aprofundados assim, mas estão lá por fazer parte da trama e ter alguma importância em algum momento. Ou quem sabe no futuro. O primeiro chegou a fazer isso.
Pode ser impressão minha e eu posso estar equivocado, mas o primeiro soou ter mais conteúdo, já que tudo era novidade e precisavam apresentar ao público os detalhes para compreensão desse universo. Na segunda parte, porém, com muito já construído, temos algo mais voltado ao grandioso com o seguimento da jornada rumo ao seu clímax. Não o clímax de encerramento de tudo, mas o clímax desse "arco inicial". Mas, apesar de toda e qualquer grandiosidade e temática desenvolvida, as melhores cenas para mim ainda estão no primeiro filme: A da primeira vez que o protagonista enfrenta o verme gigante e a cena da destruição do reino.
Com efeitos excelentes e uma trama curiosa, Duna Parte 2 entrega mais um épico dirigido pelo Villeneuve. Do modo que o resultado ficou, não parecia precisar de quase três horas de duração, mas ainda assim conseguiram o que conseguiram. E é estranho de avaliar assim. Com o filme sendo posto num pedestal de perfeição ou próximo a isso, sinto que para no "muito bom". Talvez um filme único de quatro horas em vez de duas partes tivesse sido melhor? Talvez, mas duas partes tb foi um acerto. Só sei que quero Parte 3 pra ontem. Eu zoei o primeiro filme dizendo que conseguiram fazer um ótimo filme de mais de duas horas de introdução, mas esse segundo tb é meio que um filme de introdução tb kk Deu vontade de ler os livros.
E pensar que estamos cada vez mais perto de parte desse filme se tornar real. Já temos os elementos apresentados. É o Metaverso encontrando Fortnite. O maior fanservice da cultura pop que o cinema já fez. Detona Ralph chora perto disso. "Jogador Número Um" revisto. Gostei mais que da primeira vez, quando tinha achado mais ok que tudo. Dessa vez foi bem divertido. Saquei mais referências tb. O roteiro soa repleto de conveniências pra fazer a trama andar, mas a experiência é que vale. Uma aventura sobre jogadores tentando salvar os mundos. Ainda pretendo ler o livro. Dessa vez conferi no óculos VR mesmo, pra ser mais "imersivo". Que o futuro do mundo virtual seja assim. A questão da vida real aí a gente resolve depois ou deixa pra lá igual a premissa do filme mostrou (rs).
As garotas vão pra floresta pra se esconderem do vilão. Ele tem acesso a todos os tipos de rastreios. Elas decidem ir numa lanchonete pra comer, mas escondidas e sem chamar a atenção. Uns garotos começam a olhar pra elas e elas vão falar com eles (???). Um cara na lanchonete as reconhece e liga pra polícia pq viu a foto delas no jornal. O vilão rastreia e descobre onde elas estão. As garotas sobem na mesa e começam a dançar Toxic da Britney Spears que tava tocando na rádio (???). Tudo isso pq não podiam chamar a atenção kk This is cinema. E a protagonista acelerando o carro pra poder chegar a tempo no local enquanto a mesma música toca.
A protagonista tem o poder de ver o futuro. Daí tem uma cena que ela não vê o futuro, mas sim conversa com o vilão que não tá no local (tipo o que a Rey e o Kylo Ren fizeram num dos Star Wars através da Força). Então tem uma cena que ela vê o passado da mãe e até interage com ela, sendo que até então só se falava nela ver o futuro. Inclusive depois nem se fala mais nesses dois casos e ainda reforça mais ainda sobre ver o futuro, e não outros poderes. Eis que no fim ela tem o poder de se dividir e estar em vários lugares próximos ao mesmo tempo. Mas ok. Dá pra inventar desculpa que ela ainda tá descobrindo, só que o filme não fica justificando esses poderes. Só tira do nada e joga na tela. E só fala em ver o futuro.
Desculpa Morbius, desculpa Venom. Temos o vencedor. Madame Teia é não só o maior clickbait dos filmes de heróis como tb um dos piores. Mas ele não é ruim por ser mal feito, mas sim ruim por ser desinteressante. Até tem uma cena ou outra bacana, principalmente na primeira parte, mas de resto é chato. O desenvolvimento consegue soar estagnado mesmo com uma trama de perseguição contínua, as visões variam entre cenas boas e cenas ruins (a do trem foi cansativa), o vilão é sem graça, as quase inexistentes lutas são descartáveis. Parece um longo episódio piloto de herói da CW lançado no cinema com um roteiro curto esticado até onde deram.
O filme da Madame Teia (e as Mulheres-Aranhas) mal tem Madame Teia (e menos ainda Mulheres-Aranhas) kk Tá mais pra um suspense onde mulheres comuns (com exceção das premonições da protagonista) fogem de um homem com poderes. O marketing engana direitinho. Pelo menos os atores envolvidos são bons, mas não o suficiente pra salvar essa bomba. Pra um filme de herói, até que por um tempo é um filme ok de paramédico, foi mais empolgante que o restante da obra, apesar de depois virar um filme estranho de perseguição.
Cinebiografia da "rainha do rock brasileiro". Filme bacana. Não conhecia a cantora de nome, mas conhecia as músicas. Apesar do começo do filme parecer ser mais puxado pro seu irmão, Tony Campello, é apenas uma introdução ao contexto, com a Celly Campello tomando foco com o tempo. A precursora do rock no Brasil teve uma curta carreira, mas até hoje se ouve as músicas gravadas por ela. É um filme simples, sem grandes surpresas, sem tantos acontecimentos, sem maiores dramas, mas feito de um jeito agradável. Seu final brusco combinou com os eventos que se desenrolaram. Taubaté um dia já foi conhecido por outras coisas que não as de hoje.
Vi na maior boa vontade, visto que o filme foi detonado e eu tb não sou aquele grande fã dos Mamonas igual a galera era, e... É até ok. Talvez a qualidade que se salva nele, o que o torna "bom", é por ser dos Mamonas. Embora exista uma diferença enorme de qualidade cinematográfica, seria tipo dizer que Bohemian Rhapsody é bom mais por ser do Queen que por qualquer outra coisa (o que é verdade rs).
Nas partes musicais o elenco manda bem. O ator que faz o Dinho incorporou legal o personagem ao longo do filme. Quanto ao filme em si, ele soa corrido e ainda assim estende pontos que poderiam ser resumidos. Chega a ter músicas repetidas, enquanto passagens da história do grupo são citadas numa cena só. Já o maior foco fora dos palcos foi ou mostrar a banda tendo suas inspirações, e isso foi um dos maiores acertos, ou mostrar seus interesses amorosos. E ok. As vezes tb parece faltar um jogo melhor de câmeras pra dar mais energia, uma direção melhor, uma edição melhor.
Lembro que que o projeto era uma série, deu treta com as famílias e agora anos depois saiu esse filme, o que pode explicar a correria da edição e o roteiro picotado (mas parece que a série vai sair sim, só não sei se da forma original que queriam). O filme tem uma pegada mais amadora, uma produção de baixo orçamento, mas não consigo ver essa ruindade não. Nenhum filmão, dava pra ser muito melhor, mas não é ruim.
"Já que a galera vive revivendo esse filme e xingando a Xuxa, bora conferir então pra ver se é tudo isso de polêmica mesmo". Nhe. Ele passa alguma crítica ali sobre conservadorismo, tem a questão dos políticos indo na casa e tal, as coisas sendo feitas as escondidas, mas é um filme fraco. Quase mira numa espécie Pretty Baby na ideia de uma criança indo morar num local desses, adicionando temas bem diferentes da comparação que fiz, mas acerta no vazio. Sobre a Xuxa, ela é a de menos. A mãe do garoto faz muito pior. Que errado. No mais, a galera que geralmente mais reclama não só não viu esse filme como tb não conhece outros mundo afora, como o já citado.
Se em filmes como Menina Bonita, A Filha da Minha Mulher e Boda Branca tratam de relacionamentos entre um homem adulto e uma menina criança/adolescente [pedo], com o homem sabendo que é errado, mas não conseguindo resistir aos impulsos, em Amor Estranho Amor esse tipo de relacionamento tem outro teor: O de provocar mesmo, de alimentar o tabu, onde a mãe se relaciona com o filho [pedo + incesto], num grande Complexo de Édipo. E a outra mulher confronta a mãe da criança ao se deitar com ele, já que ela proíbe as demais mulheres de fazerem isso.
Todos esses filmes tentam passar alguma mensagem (considerando tb o amadurecimento prematuro dessas crianças) de forma equivocada, mostrando os atos de alguma forma. A nudez de menor, quando artística, é considerada aceitável (apesar disso ser debatido até hoje), mas, ao inserir uma relação sexual de maior com menor, muda completamente a situação.
Tem potencial, mas ainda precisa melhorar. Com dois projetos de universo expandido do Snyder em andamento na Netflix, temos, além do de zumbis, esse que é sua fanfic de Star Wars, um roteiro rejeitado que ganhou vida própria no streaming do N vermelho. E sendo melhor que o desastre que foi Army of the Dead, já é uma coisa boa. Pelo menos.
A parte 1 de Rebel Moon passa longe do horror que algumas críticas consideraram, mas tb não vai tão além. É um genérico espacial que consegue, pelo menos, se sustentar. Protagonista com passado sombrio recrutando pessoas pra derrubar o império ditador. E é só isso mesmo. Nada tão marcante, nada tão profundo, mas tem a marca do diretor, seja no visual, seja em suas cenas de câmeras lentas, e isso valoriza o resultado. As vezes nem tanto, mas na grande maior parte sim. Rende wallpaper (rs). Não é ruim. Dá pra ver de boa. Tem seus momentos. Se mantém.
O que me deixa incomodado é que essa versão não é definitiva, que teremos ainda a tal "versão do diretor", que meio que se tornou marca do Snyder (o homem dos cortes, como visto no churrasco). Que ironia. Por isso demorei pra ver esse. Tava esperando a outra versão, mas a curiosidade falou mais alto. Vai ter que valer demais pra justificar revisitar esse filme. O argumento é de que será mais "adulto" (rs). Mas pelo histórico deve valer sim, vide BvS e Liga, que, em comparação com suas versões de cinema, as estendidas são muito melhores. Mas agora uma "versão de cinema" pra streaming é novidade kk Enfim. Bora esperar.
Me pareceu um projeto que deveria ter sido feito em série de temporadas, pq pretende ser sim uma série, mas em formato de filmes. No aguardo da parte 2, que finaliza esse começo de universo. Se der certo, o cara já quer muito mais e talvez isso justifique o formato de longas, podendo explorar derivados. É o visionário, não tem jeito. Espero que dê certo mesmo, senão é melhor ele criar um universo próprio de heróis e trabalhar em cima (bem que eu queria, na real, mais que esses dois projetos atuais). No aguardo da tal versão estendida da parte 1 tb.
O doc é apenas um ponto de partida pro debate. Ele basicamente fica apresentando os dois lados, um rebatendo o outro, e o público que escolhe. Nos meios tempos tem cenas de stand-up pra representar os conteúdos tratados. Ri de algumas poucas coisas, mas quanta piada bosta kk Tem umas paradas bem sem graça mesmo. Legal outras opiniões, mas deveriam ter mantido as entrevistas apenas entre humoristas ou pessoas que trabalham com o humor em geral. Seria mais interessante. Passaria mais um ar de questionamentos dentro da profissão. Rafinha Bastos, Gentili, Léo Lins, Laerte, Nanny People, etc.
Particularmente, por um lado eu defendo que tem que se fazer piada de tudo sim, ou de quase tudo, mas por outro lado tb defendo que existem limites. Tem que ter uma base, não pode soar gratuita. As vezes eu rio de alguma piada errada e sinto o peso na consciência sabendo que aquilo é errado. As vezes não rio, acho um absurdo, mesmo com muitos rindo. Mas qual o limite? Difícil definir com exatidão. Tb não acredito no papo de que toda piada tem que agregar algum valor ou algo do tipo. Humor é, acima de qualquer crítica, diversão. Obviamente, ao reforçar algo, o humor está fazendo uma crítica, direta ou indiretamente, mas o ato ainda é divertir. Cabe a quem tá fazendo entender como usar. No mais, independente de lados, o humorista só não pode ser hipócrita, pq já vi humorista que critica algo, mas faz o mesmo.
A Primeira Profecia
3.5 84Um filme que ninguém pediu, um prelúdio pro ótimo clássico A Profecia. O resultado é bom com ressalvas. O roteiro tenta desenvolver toda uma trama pra justificar o que é visto no começo do original, ao mesmo tempo que faz suas mudanças pra se tornar autêntico (logo, por mais que funcione como prelúdio e se ligue ao antigo, tb tem liberdades criativas o suficiente pra algo novo).
A premissa interessante demora pra mostrar seus frutos. Tem toda uma boa ideia, mas de começo não parece saber equilibrar as coisas. Senti que faltou um melhor desenvolvimento em relação aos conflitos internos da protagonista. Inclusive ela se dedicando a sua missão e sendo tentada a provar o que ela tá abdicando renderia muito mais do que rendeu, mas o filme tem outros objetivos, embora insistam num paralelo (justificável) dela com outra garota, mas que tb não é tão desenvolvido assim.
Tem referências ao original, mas nem sempre há tanto peso. Tentam manter o estilo lento e de suspense igual era antes, mas há pouco mistério a ser descoberto aqui e não passa o mesmo clima de antigamente. Existem alguns poucos jumpscares e todos são horríveis. Mas quando não tá tentando nada disso, consegue prender a atenção, traz momentos importantes, cria caminhos promissores.
As coisas vão melhorando aos poucos e tomando um rumo que traz um ar de curiosidade conforme tudo vai sendo revelado, sejam previsíveis ou não. O filme começa então a andar e as peças a se encaixarem. O trunfo tá nas personagens principais, na abordagem do papel feminino, na vontade de saber como tudo será interligado. O clímax contínuo é o auge.
Ao fim, A Primeira Profecia é o bom que poderia ser melhor, que agrada em alguns pontos e desagrada em outros, que poderia ser um filme qualquer se não carregasse o peso do nome da franquia, mas que mantém o interesse suficiente justamente por fazer parte. Não duvido se lançarem novos filmes.
Assassinato nas Profundezas
3.1 19Poucos anos depois desse doc, a HBO lançou sua própria versão, bem melhor que essa.
Assassinato nas Profundezas
3.1 19Controverso documentário sobre o incidente no submarino. Vi polêmica sobre pessoas que quiseram ter suas participações removidas, assim como avaliações que criticaram a ausência do lado da vítima na trama, mas tb vi alguns elogios. A verdade é que Isso aqui era pra ser uma coisa e se tornou outra. Era pra ser um doc sobre a jornada do Madsen, até que o crime ocorreu e o foco mudou.
Ou seja, ainda é um doc sobre esses "últimos meses" antes do crime até o veredito do crime, meio que mostrando como o cotidiano era normal ali, mas com algumas suspeitas aqui e ali de que algo poderia acontecer (que só é possível confirmar pq tudo aconteceu). Entendi a proposta, mas ainda foi um vacilo excluírem quase que por completo qualquer coisa sobre a vítima. O foco do doc mesmo é, além de acompanhar o futuro criminoso, acompanhar tb sua equipe reagindo as situações conforme tudo foi sendo revelado.
A Paixão de Cristo
3.7 1,2K Assista AgoraRevendo após mais de uma década esse longa que marcou o cinema 20 anos atrás. Polêmico, o sucesso foi tanto que até hoje é lembrado. O filme se baseia não só nos quatro evangelhos da Bíblia, mas tb em materiais adicionais e liberdades criativas desde que não interferisse no conteúdo principal. Ele não busca se aprofundar na história de Jesus nem nada do tipo, se focando apenas nas horas finais de sua vida na Terra, salvo alguns flashbacks rápidos. Acusado de romantizar violência, visto que metade do longa mostra Jesus sendo torturado, espancado, sofrendo, sangrando, tendo a carne exposta, na verdade é uma experiência cinematográfica de vivenciar o momento. É incômodo mesmo. É pra sentir. Acusado tb de ofender os judeus como os culpados por tudo, o filme apenas busca relatar as coisas como foram, e não em culpar um grupo específico, tanto que o povo tb pediu pela crucificação e os romanos se aproveitaram de forma sádica dos atos envoltos. Baita filme com um baita peso.
Godzilla e Kong: O Novo Império
3.2 107Um dos filmes já feitos. É claramente um filme do Kong com algumas referências ao Godzilla, então o mamaco aparece BEM mais, enquanto o rei só fica aparecendo aqui e ali. O roteiro é batidão mesmo, bobo, clichê, desinteressante, tanto faz, mas pelo menos não é cansativo igual foi no anterior. Temos Kong e kongzinho contra mamacos, rendendo as melhores cenas; Godzilla contra kaijus aleatórios, agradável de ver, mas só aparece pra dizer que apareceu; e arco humano explorando um sinal na Terra Oca, básico só pra ter alguma base. Nhe. Mas como falar mal de um filme onde a melhor cena dele se passa no Brasil? Não tem como kk [Se fizerem um terceiro, pelo amor, que abracem logo o caos que nem Godzilla 2 fez, pq a galhofa já abraçaram.]
Noel - Poeta da Vila
3.6 93 Assista AgoraÉ aquele bom que faltou algo. Parece tudo muito corrido e jogado na tela. Agrada por um lado, mas fica devendo por outro. Por conhecer a história entendi melhor, mas só pelo filme soa um tanto raso. Vale a curiosidade. Merecia um remake, inclusive com mais espaço pros sambas.
Anatomia de uma Queda
4.0 795 Assista AgoraFilmaço de julgamento. Bem dirigido, diálogos interessantes, boas atuações, roteiro que consegue manter o mistério do início ao fim. Mais de duas horas que passam depressa. A temática muito bem trabalhada. Na trama, o filho cego volta de uma caminhada com seu cão e encontra seu pai morto na frente de casa. Em meio aos questionamentos se foi acidental ou proposital, sua mãe, que estava no local, se torna a principal suspeita. Acompanhamos o processo de investigações e de depoimentos, que vão tornando o caso cada vez mais complexo pra se chegar num veredito.
Zona de Interesse
3.6 584 Assista AgoraElogiado e baseado em fatos, levando recentemente um Oscar, Zona de Interesse entrega uma proposta interessante num resultado que não é pra todos. Acompanhamos o dia a dia normal de uma família alemã... Ao lado de um enorme campo de concentração durante da segunda guerra. Pois é. A sacada da premissa é essa, mostrar a indiferença perante a situação. Sem explicitar visualmente sofrimento além, o filme causa impacto pelo silêncio e pela tranquilidade que as coisas acontecem bem do lado da desgraça. As fumaças saindo das chaminés e a vida continuando. Alguns detalhes dão mais peso para a trama. Antes da metade do longa tive a impressão de estar vendo um curta/média, e ele já se sustentaria até ali, mas o roteiro prossegue nessa experiência até o fim, continuando sua narrativa, que, não diria incompleta, mas que prefere encerrar num ponto a trazer reflexões. E ficou bom. Acabei lendo depois sobre os ocorridos posteriores.
Pee Nak
1.2 1 Assista AgoraPensei que tinham feito remake de Pee Mak, mas daí reparei o nome rs
Duna
2.9 412 Assista AgoraDuna de 1984. Já tinha conhecimento desse filme, mas enrolei tanto pra ver que já conferi as novas versões (kk). Mas avaliando sem tentar comparar, essa versão antiga de Duna até se esforça em espremer todo o conteúdo em pouco mais de duas horas, mas o resultado deixa muito a desejar. Tem os conflitos, tem a traição, tem a passagem no deserto, tem o arco do messias, tem tudo. Só não tem desenvolvimento. Não sei se "resumir" seria a palavra correta, pq o filme é corrido demais, inserindo todo o conteúdo possível. Tem cenas até que colocam narração pra explicar os ocorridos naquele período.
O começo é monótono e cansativo. Meia hora de filme já tava desanimado. Só depois que "anda" e olhe lá. Pra ver que, mesmo a nova versão sendo mais lenta (e extremamente melhor feita), deixa muito mais espaço pra desenvolvimento e isso faz uma diferença absurda. Nessa versão antiga nem surpresas maiores nós temos, pq qualquer mistério o roteiro faz questão de jogar na tela através de diálogos aleatórios. E qualquer conflito parece já ser resolvido na cena seguinte.
Sei que existem outras edições desse filme, incluindo uma versão de três horas, nenhuma aprovada pelo diretor até onde eu saiba (se bem que nem essa versão dele ele gostou, além do fato do estúdio ficar cortando gastos e resultar no que resultou) e talvez eu confira no futuro, embora depois desse resultado nem sei mais. Curioso notar como as opiniões variam. O filme foi detonado, mal recebido, mas tem esse filme no YouTube e lá tem muita gente elogiando ele. Tem gente até que achou melhor que os novos. Gosto é gosto, né (he). Mal gosto cada um tem o seu.
Duna: Parte 2
4.4 609Incrível como uma revisitada pode mudar muito a visão, mesmo se recente. O ambiente visto, a mente no momento de assistir, tudo influencia a experiência. Lembro de ter comentado sobre o filme ter os mesmos erros e acertos do primeiro e não ter entendido como a galera achou esse tão melhor assim se na minha mente tava no mesmo nível. Mantenho esse pensamento em parte, mas fui rever o longa em IMAX e gostei muito mais que da primeira vez. Revi antes em casa a parte 1 pra poder relembrar das coisas melhor e apreciei mais ainda a parte 2. Achei menos cansativo e mais empolgante dessa vez. Ainda não sei se coloco num pedestal igual muitos estão fazendo, mas que é bom é, muito bom mesmo. Quero logo a terceira parte.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraAs vezes é preciso rever um filme pra maturar melhor a ideia. Eu já tinha achado muito bom da primeira vez, mas da segunda foi melhor ainda. Apesar de longo, ele pouco cansa e pouco se nota sua duração. Prende a atenção do início ao fim.
Duna: Parte 2
4.4 609A segunda parte de Duna chegou pra encerrar a adaptação do famoso livro de mesmo nome, o primeiro de uma saga. Elogiadíssimo, a galera dizendo como melhoraram, como era mais ágil e tinha mais ação, mas não foi o que vi. Pra mim, continua tão bom quanto foi o primeiro, mas não necessariamente melhor, seguindo seus mesmos erros e acertos. Há momentos que parecem esticar além da conta, mas tb há momentos que parecem não ter tempo suficiente pra desenvolver. A vontade de continuar assistindo, entretanto, se mantém.
O filme continua a jornada de onde o primeiro parou, e a todo momento desenvolvem a questão messiânica. Uma grande guerra está por vir e supostamente temos o messias entre nós. O arco principal basicamente se resume em sua premissa. Em paralelo, temos a retomada de outrora demais personagens e a introdução de novos, estes que não são tão aprofundados assim, mas estão lá por fazer parte da trama e ter alguma importância em algum momento. Ou quem sabe no futuro. O primeiro chegou a fazer isso.
Pode ser impressão minha e eu posso estar equivocado, mas o primeiro soou ter mais conteúdo, já que tudo era novidade e precisavam apresentar ao público os detalhes para compreensão desse universo. Na segunda parte, porém, com muito já construído, temos algo mais voltado ao grandioso com o seguimento da jornada rumo ao seu clímax. Não o clímax de encerramento de tudo, mas o clímax desse "arco inicial". Mas, apesar de toda e qualquer grandiosidade e temática desenvolvida, as melhores cenas para mim ainda estão no primeiro filme: A da primeira vez que o protagonista enfrenta o verme gigante e a cena da destruição do reino.
Com efeitos excelentes e uma trama curiosa, Duna Parte 2 entrega mais um épico dirigido pelo Villeneuve. Do modo que o resultado ficou, não parecia precisar de quase três horas de duração, mas ainda assim conseguiram o que conseguiram. E é estranho de avaliar assim. Com o filme sendo posto num pedestal de perfeição ou próximo a isso, sinto que para no "muito bom". Talvez um filme único de quatro horas em vez de duas partes tivesse sido melhor? Talvez, mas duas partes tb foi um acerto. Só sei que quero Parte 3 pra ontem. Eu zoei o primeiro filme dizendo que conseguiram fazer um ótimo filme de mais de duas horas de introdução, mas esse segundo tb é meio que um filme de introdução tb kk Deu vontade de ler os livros.
Jogador Nº 1
3.9 1,4K Assista AgoraE pensar que estamos cada vez mais perto de parte desse filme se tornar real. Já temos os elementos apresentados. É o Metaverso encontrando Fortnite. O maior fanservice da cultura pop que o cinema já fez. Detona Ralph chora perto disso. "Jogador Número Um" revisto. Gostei mais que da primeira vez, quando tinha achado mais ok que tudo. Dessa vez foi bem divertido. Saquei mais referências tb. O roteiro soa repleto de conveniências pra fazer a trama andar, mas a experiência é que vale. Uma aventura sobre jogadores tentando salvar os mundos. Ainda pretendo ler o livro. Dessa vez conferi no óculos VR mesmo, pra ser mais "imersivo". Que o futuro do mundo virtual seja assim. A questão da vida real aí a gente resolve depois ou deixa pra lá igual a premissa do filme mostrou (rs).
Madame Teia
2.1 234 Assista AgoraEu gostei da cena da lanchonete.
As garotas vão pra floresta pra se esconderem do vilão. Ele tem acesso a todos os tipos de rastreios. Elas decidem ir numa lanchonete pra comer, mas escondidas e sem chamar a atenção. Uns garotos começam a olhar pra elas e elas vão falar com eles (???). Um cara na lanchonete as reconhece e liga pra polícia pq viu a foto delas no jornal. O vilão rastreia e descobre onde elas estão. As garotas sobem na mesa e começam a dançar Toxic da Britney Spears que tava tocando na rádio (???). Tudo isso pq não podiam chamar a atenção kk This is cinema. E a protagonista acelerando o carro pra poder chegar a tempo no local enquanto a mesma música toca.
Madame Teia
2.1 234 Assista AgoraFalando sobre os poderes da Madame Teia:
A protagonista tem o poder de ver o futuro. Daí tem uma cena que ela não vê o futuro, mas sim conversa com o vilão que não tá no local (tipo o que a Rey e o Kylo Ren fizeram num dos Star Wars através da Força). Então tem uma cena que ela vê o passado da mãe e até interage com ela, sendo que até então só se falava nela ver o futuro. Inclusive depois nem se fala mais nesses dois casos e ainda reforça mais ainda sobre ver o futuro, e não outros poderes. Eis que no fim ela tem o poder de se dividir e estar em vários lugares próximos ao mesmo tempo. Mas ok. Dá pra inventar desculpa que ela ainda tá descobrindo, só que o filme não fica justificando esses poderes. Só tira do nada e joga na tela. E só fala em ver o futuro.
Madame Teia
2.1 234 Assista AgoraDesculpa Morbius, desculpa Venom. Temos o vencedor. Madame Teia é não só o maior clickbait dos filmes de heróis como tb um dos piores. Mas ele não é ruim por ser mal feito, mas sim ruim por ser desinteressante. Até tem uma cena ou outra bacana, principalmente na primeira parte, mas de resto é chato. O desenvolvimento consegue soar estagnado mesmo com uma trama de perseguição contínua, as visões variam entre cenas boas e cenas ruins (a do trem foi cansativa), o vilão é sem graça, as quase inexistentes lutas são descartáveis. Parece um longo episódio piloto de herói da CW lançado no cinema com um roteiro curto esticado até onde deram.
O filme da Madame Teia (e as Mulheres-Aranhas) mal tem Madame Teia (e menos ainda Mulheres-Aranhas) kk Tá mais pra um suspense onde mulheres comuns (com exceção das premonições da protagonista) fogem de um homem com poderes. O marketing engana direitinho. Pelo menos os atores envolvidos são bons, mas não o suficiente pra salvar essa bomba. Pra um filme de herói, até que por um tempo é um filme ok de paramédico, foi mais empolgante que o restante da obra, apesar de depois virar um filme estranho de perseguição.
Um Broto Legal
3.1 7Cinebiografia da "rainha do rock brasileiro". Filme bacana. Não conhecia a cantora de nome, mas conhecia as músicas. Apesar do começo do filme parecer ser mais puxado pro seu irmão, Tony Campello, é apenas uma introdução ao contexto, com a Celly Campello tomando foco com o tempo. A precursora do rock no Brasil teve uma curta carreira, mas até hoje se ouve as músicas gravadas por ela. É um filme simples, sem grandes surpresas, sem tantos acontecimentos, sem maiores dramas, mas feito de um jeito agradável. Seu final brusco combinou com os eventos que se desenrolaram. Taubaté um dia já foi conhecido por outras coisas que não as de hoje.
Mamonas Assassinas: O Filme
2.4 215 Assista AgoraVi na maior boa vontade, visto que o filme foi detonado e eu tb não sou aquele grande fã dos Mamonas igual a galera era, e... É até ok. Talvez a qualidade que se salva nele, o que o torna "bom", é por ser dos Mamonas. Embora exista uma diferença enorme de qualidade cinematográfica, seria tipo dizer que Bohemian Rhapsody é bom mais por ser do Queen que por qualquer outra coisa (o que é verdade rs).
Nas partes musicais o elenco manda bem. O ator que faz o Dinho incorporou legal o personagem ao longo do filme. Quanto ao filme em si, ele soa corrido e ainda assim estende pontos que poderiam ser resumidos. Chega a ter músicas repetidas, enquanto passagens da história do grupo são citadas numa cena só. Já o maior foco fora dos palcos foi ou mostrar a banda tendo suas inspirações, e isso foi um dos maiores acertos, ou mostrar seus interesses amorosos. E ok. As vezes tb parece faltar um jogo melhor de câmeras pra dar mais energia, uma direção melhor, uma edição melhor.
Lembro que que o projeto era uma série, deu treta com as famílias e agora anos depois saiu esse filme, o que pode explicar a correria da edição e o roteiro picotado (mas parece que a série vai sair sim, só não sei se da forma original que queriam). O filme tem uma pegada mais amadora, uma produção de baixo orçamento, mas não consigo ver essa ruindade não. Nenhum filmão, dava pra ser muito melhor, mas não é ruim.
Amor Estranho Amor
2.7 420"Já que a galera vive revivendo esse filme e xingando a Xuxa, bora conferir então pra ver se é tudo isso de polêmica mesmo". Nhe. Ele passa alguma crítica ali sobre conservadorismo, tem a questão dos políticos indo na casa e tal, as coisas sendo feitas as escondidas, mas é um filme fraco. Quase mira numa espécie Pretty Baby na ideia de uma criança indo morar num local desses, adicionando temas bem diferentes da comparação que fiz, mas acerta no vazio. Sobre a Xuxa, ela é a de menos. A mãe do garoto faz muito pior. Que errado. No mais, a galera que geralmente mais reclama não só não viu esse filme como tb não conhece outros mundo afora, como o já citado.
Se em filmes como Menina Bonita, A Filha da Minha Mulher e Boda Branca tratam de relacionamentos entre um homem adulto e uma menina criança/adolescente [pedo], com o homem sabendo que é errado, mas não conseguindo resistir aos impulsos, em Amor Estranho Amor esse tipo de relacionamento tem outro teor: O de provocar mesmo, de alimentar o tabu, onde a mãe se relaciona com o filho [pedo + incesto], num grande Complexo de Édipo. E a outra mulher confronta a mãe da criança ao se deitar com ele, já que ela proíbe as demais mulheres de fazerem isso.
Todos esses filmes tentam passar alguma mensagem (considerando tb o amadurecimento prematuro dessas crianças) de forma equivocada, mostrando os atos de alguma forma. A nudez de menor, quando artística, é considerada aceitável (apesar disso ser debatido até hoje), mas, ao inserir uma relação sexual de maior com menor, muda completamente a situação.
Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo
2.6 301 Assista AgoraTem potencial, mas ainda precisa melhorar. Com dois projetos de universo expandido do Snyder em andamento na Netflix, temos, além do de zumbis, esse que é sua fanfic de Star Wars, um roteiro rejeitado que ganhou vida própria no streaming do N vermelho. E sendo melhor que o desastre que foi Army of the Dead, já é uma coisa boa. Pelo menos.
A parte 1 de Rebel Moon passa longe do horror que algumas críticas consideraram, mas tb não vai tão além. É um genérico espacial que consegue, pelo menos, se sustentar. Protagonista com passado sombrio recrutando pessoas pra derrubar o império ditador. E é só isso mesmo. Nada tão marcante, nada tão profundo, mas tem a marca do diretor, seja no visual, seja em suas cenas de câmeras lentas, e isso valoriza o resultado. As vezes nem tanto, mas na grande maior parte sim. Rende wallpaper (rs). Não é ruim. Dá pra ver de boa. Tem seus momentos. Se mantém.
O que me deixa incomodado é que essa versão não é definitiva, que teremos ainda a tal "versão do diretor", que meio que se tornou marca do Snyder (o homem dos cortes, como visto no churrasco). Que ironia. Por isso demorei pra ver esse. Tava esperando a outra versão, mas a curiosidade falou mais alto. Vai ter que valer demais pra justificar revisitar esse filme. O argumento é de que será mais "adulto" (rs). Mas pelo histórico deve valer sim, vide BvS e Liga, que, em comparação com suas versões de cinema, as estendidas são muito melhores. Mas agora uma "versão de cinema" pra streaming é novidade kk Enfim. Bora esperar.
Me pareceu um projeto que deveria ter sido feito em série de temporadas, pq pretende ser sim uma série, mas em formato de filmes. No aguardo da parte 2, que finaliza esse começo de universo. Se der certo, o cara já quer muito mais e talvez isso justifique o formato de longas, podendo explorar derivados. É o visionário, não tem jeito. Espero que dê certo mesmo, senão é melhor ele criar um universo próprio de heróis e trabalhar em cima (bem que eu queria, na real, mais que esses dois projetos atuais). No aguardo da tal versão estendida da parte 1 tb.
Acme
1Filme com risco de ser cancelado e deletado mesmo estando pronto, assim como aconteceu com Batgirl.
Angel
2.5 1Que sinopse curiosa.
O Riso dos Outros
4.2 152O doc é apenas um ponto de partida pro debate. Ele basicamente fica apresentando os dois lados, um rebatendo o outro, e o público que escolhe. Nos meios tempos tem cenas de stand-up pra representar os conteúdos tratados. Ri de algumas poucas coisas, mas quanta piada bosta kk Tem umas paradas bem sem graça mesmo. Legal outras opiniões, mas deveriam ter mantido as entrevistas apenas entre humoristas ou pessoas que trabalham com o humor em geral. Seria mais interessante. Passaria mais um ar de questionamentos dentro da profissão. Rafinha Bastos, Gentili, Léo Lins, Laerte, Nanny People, etc.
Particularmente, por um lado eu defendo que tem que se fazer piada de tudo sim, ou de quase tudo, mas por outro lado tb defendo que existem limites. Tem que ter uma base, não pode soar gratuita. As vezes eu rio de alguma piada errada e sinto o peso na consciência sabendo que aquilo é errado. As vezes não rio, acho um absurdo, mesmo com muitos rindo. Mas qual o limite? Difícil definir com exatidão. Tb não acredito no papo de que toda piada tem que agregar algum valor ou algo do tipo. Humor é, acima de qualquer crítica, diversão. Obviamente, ao reforçar algo, o humor está fazendo uma crítica, direta ou indiretamente, mas o ato ainda é divertir. Cabe a quem tá fazendo entender como usar. No mais, independente de lados, o humorista só não pode ser hipócrita, pq já vi humorista que critica algo, mas faz o mesmo.