Nos tempos atuais onde a representatividade está em alta e cada vez mais ocupa espaço no mundo do entretenimento, não era de se espantar o sucesso que a série Olhos que Condenam (When They See Us) fez quando foi lançada. Mas arrisco a dizer com uma porcentagem grande de certeza, que se esta história fosse lançada na década de 2000 ou começo da década de 2010, em uma rede de TV fechada ou aberta nos EUA, não teria feito o mesmo sucesso e nem teria a mesma relevância como teve e fez ao ser lançada na Netflix, mundialmente para uma parcela imensa de pessoas planeta afora com todos os episódios já disponíveis para conferir.
Baseada em um história real, eu particularmente, nunca havia ouvido qualquer menção a este acontecimento no passado, diferente por exemplo do acontecimento que envolveu Richard Jewell nas Olimpíadas de 1996, onde ouvi sobre o acontecimento, mas não sabia dos detalhes. Me chocou bastante ver que o que acometeu os Cinco do Central Park foi não só real, mas também hediondo e nos mostra como o preconceito com o negro vai além do que possamos imaginar.
Sem me prender muito na história, que já está bem detalhada não só na sinopse, como no primeiro e estrondoso episódio, devo exaltar o elenco: De longe a melhor interpretação de todo elenco na minha mais modesta opinião...JHARREL JACKSON. Sua interpretação para Korey Wise foi magistral, o único do elenco a interpretar um dos cinco do Central Park na infância e na vida adulta... Jharrel ganhou muita massa muscular para fazer a transição de idade de Korey e tanto sua interpretação na delegacia com seu total desespero em estar confessando algo de que nem tinha ideia, como na parte adulta com suas cenas fortíssimas de isolamento por anos nas solitárias pelas prisões que passou são dignas de uma performance lembrada pelo Oscar. O quarto episódio é todo focado na experiência de Korey na prisão, e Jharrel pegou toda a angústia, desespero, esperança, desconfiança de Korey e entregou um trabalho formidável e é impossível alguém não se emocionar não s´com a série em si, mas com a passagem de Korey, e não tirar dali algo para a própria vida.
Temos também Asante Blackk e Justin Cunningham fazendo Kevin Richardson na infância e vida adulta, com um destaque maior para Asante que foi outro ator que entregou uma interpretação gritante e fortíssima, é perceptível toda a inocência que Asante trouxe para sua interpretação que é a base do que era Kevia na adolescência, um garoto ainda inocente pro mundo, que ainda não tinha conhecimentos sobre sexo.
Caleel Harris e Jovan Adepo, interpretaram Anton McCray e ambos fizeram um ótimo trabalho. Jovan até tem mais destaque por todo o relacionamento problemático com o pai, Bobby McCray, e rende cenas emocionantes com Michael K. Williams.
Ethan Herisse e Chris Chalk interpretaram Yusef Salaam, Ethan fez um trabalho incrível e era possível ver a dor do personagem estampada na interpretação de Ethan. Já Chris Chalk (Lucius Black da série Gotham) trouxe mais serenidade para o personagem na vida adulta, uma vez que o próprio Yusef é um homem muito mais sensato com o passar dos anos, como visto no programa especial com Oprah Winfrey.
Marquis Rodriguez e Freddy Miyares fizeram Raymond Santana Jr., e há um diferença entre os dois... Marquis faz um Raymond mais inocente também, porém ele entende o que precisa ser feito já de início, mesmo que seje uma mentira, ele tem conhecimento que é assim que as coisas funcionam para quem é afro-americano e pobre. Já Freddy faz um Raymond que mesmo estando deslocado com a vida e a família, sem saber por onde recomeçar, é mais centrado consigo mesmo, tem um força interior que sabe indicar o ponto certo a seguir na vida, a direção correta, porém, como a vida consegue ser cruel com algumas pessoas, ele toma um caminho errado e mesmo assim lida com isso de cabeça erguida.
Além de termos no elenco coadjuvante o já talentoso John Leguizamo, temos um elenco feminino competente que rouba a cena em vários momentos, e destaco as atrizes que já conheço... Felicity Huffman (Desperate Housewives) que faz a Advogada Linda Fairstein que é responsável por colocar os Cinco na prisão. Vera Farmiga (Invocação do Mal) que faz Elizabeth Lederer, Niecy Nash que faz a mãe de Korey, Delores, em uma interpretação fortíssima e de encher os olhos (pessoalmente, é bem difícil não pegar ranço de Delores). Além de Famke Janssen (X-Men e Busca Implacável) que faz Nancy Ryan, que sempre tentou procurar a verdade no caso ao invés de seguir o caminho mais distorcido, a falsa justiça. Fora o elenco coadjuvante masculino contendo o ótimo Joshua Jackson fazendo o Advogado dos Cinco, Mickey Joseph... Blair Underwood (Agentes da SHIELD) como Bobby Burns, advogado de Yussef...Logan Marshall-Green (Prometheus) como o oficial Roberts que desenvolve um relacionamento amigável com Korey na prisão.
Porém o destaque coadjuvante fica mesmo para Michael K. Williams que faz o pai de Anton, Bobby McCray... como visto no programa especial de Oprah, que também está no Netflix, Michael foi vítima de agressão pelo fato de ser negro no passado, o que lhe rendeu uma cicatriz no rosto, e na época que aconteceu o estupro e o julgamento, ele disse ter medo de ser tachado como alguém semelhante aos Cinco pelo fato de temer uma agressão de desconhecidos na rua. Sua atuação é brilhante e muito emocionante, com certeza teve que trazer toda uma carga dramática absurda para fazer o pai de Anton, um homem que foi injusto com seu filho e com sua família, e que mais tarde se arrependeria do que fez, porém já estava com a saúde debilitada devido a uma grave doença nos pulmões, o que implica um arrependimento para poder ser perdoado e receber ajuda de sua família... não saberemos ao certo, afinal, não cabe a nós julgar abertamente. Michael merecia e muito algum tipo de premiação ou reconhecimento pelo trabalho mostrado nesta série.
E claro, o grande mérito vai para Ava Duvernay (Selma- Uma Luta pela Igualdade) produtora, roteirista, diretora, criadora da série, reuniu esse elnco incrível e soube tirar o melhor de cada um para entregarem esta experiência incrível de cinco homens que tinham que ter suas histórias contadas para o mundo, para sabermos o que aconteceu com suas vidas depois de um acontecimento tão repugnante, tão chocante, tão desumano. Ava tem uma visão formidável para contar e montar uma história e espero que daqui para frente a indústria leve a sério seu conhecimento para que ela tenha caminho aberto para nos contar grandes histórias na TV e no cinema. E obviamente ela teve uma ajudinha de Robert De Niro e Oprah Winfrey que também foram produtores da série.
Olhos que Condenam com certeza foi uma das melhores séries do ano passado e merecia mais visibilidade das premiações, vencendo apenas o Critics Choice Awards de melhor minisserie e Ator para Jharrel Jerome, que também levou o prêmio no EMMY, que também deu o prêmio de melhor elenco para as série, porém dois prêmios de 16 indicações no EMMY é pouco, sendo que a série foi esnobada completamente no Globo de Ouro, o que foi uma surpresa gigante. Mesmo assim, não tira o mérito da série que DEVE ser conferida por qualquer ser humano que se preze, por qualquer cinéfilo que se preze. Uma Obra-Prima. (Março/2020)
A quinta temporada de Mad Men foi uma das mais interessantes de toda a série, incrível como a série de Matthew Weiner não perde o brilho de forma alguma, só melhora a cada episódio e a cada temporada.
Esta temporada tem várias nuances interessantes, uma delas é com Joan (Christina Hendricks) que acaba tendo dificuldades em seu casamento quando seu marido retorna para casa e logo em seguida sairá novamente para se ausentar por mais 1 ano. Joan acaba virando mãe solteira e além de ter ajuda da mãe nos cuidados com a criança acaba passando por uma prova de fogo na agência que muda toda sua posição lá dentro.
Peggy (Elizabeth Olsen, magnífica como sempre) é outra que sempre cresce dentro da série, claro pela posição de protagnosta, mas nesta temporada ela agrega mais, sua personagem se torna mais forte, e mais confiante, inúmeras são as vezes que ela peita Don e Megan na agência e se impõe em alguns trabalhos lá dentro... seu final é não só surpreendente como traz novos ares pra personagem para o novo ano.
Outro que se destaca é Peter Campbell (Vincent Kartheiser) que está casado, óbvio, com Trudy (Alison Brie, muito desperdiçada na série) morando no campo, com um bebê e um psto alto na agência e trazendo os melhores clientes, porém, ao decorrer da temporada Peter nos conta o quão miserável ele é, pois segundo ele, não possui nada, não tem nada, é infeliz, arruma um caso, não dá ouvidos a mulher, e o bebê pelo visto não o completa em termos de família, e na agência sempre aparece que seu esforço não é valorizado. Incrível como um homem que tem tudo, acha que não tem nada, por puro ego ou enfezamento.
Mas com certeza, quem mais me surpreendeu neste ano foi Lane Pryce (Jared Harris) um dos personagens que caiu mais no meu gosto desde que entrou na série, um dos mais engraçados e um dos que estavam com o carisma lá encima. Lane teve alguns problemas com a receita federal, logo quando sua esposa já estava afeiçoada à vida na América... esses problemas com a receita fez com que Lane tomasse algumas atitudes dentro da agência que fizeram com que seu personagem tivesse uma das mais impressionantes viradas no fim da temporada, em um dos episódios mais diferentes de toda a série até então.
Não vou citar todos porque aí fica grande demais a resenha, mas vou destacar também os atores John Slattery e Jon Hamn que dirigiram alguns episódios neste ano, 2 para Slattery o quarto e o sétimo, e um para Hamn, dirigindo o quinto. Isto mostra como o elenco está tão envolvido com o crescimento, qualidade e com a história da série.
PS: Kiernan Shipka continua brilhando, é incrível como colocam a pequena Sally envolvida em temas tão adultos como sexo oral, traição, manipulação familiar, inveja e mesmo sendo mulher, menstruação. ATRIZ com A maiúsculo. (Março/2020)
Chuck Lorre, na década de 2000 para esta de 2010 tem sido um dos melhores e maiores nomes dos Sticoms de comédia, tendo em seu portifólio os já eternizados 'Two and A Half Men', 'The Big Bang Theory', e a mais recentemente 'Mom' e esta nova série 'The Kominsky Method' que já caiu nas graças do público que assina a Netflix.
A segunda temporada continua com a mesma excelência que a primeira, bem ácida e ao mesmo bem dramática e amigável... como já havia dito da primeira temporada, acredito que 'O Método Kominsky' têm em seu trunfo o fato de não ser exatamente uma série de comédia como as já citadas acima. Chuck Lorre explora este show de uma forma diferente dos outros, aqui o foco mesmo é a amizade rabugenta entre Sandy e Norman (Michael Douglas e Alan Arkin) que evolui com os episódios sem perder a rabugentisse, e essa amizade e as consequências de seus atos em suas vidas particulares é que elevam o nível de parceria deles e trz situações muito mais dramáticas, mas de uma forma cômica. Tudo que acontece dentro da série tem sua carga dramática, tem algo mais carregado, porém a vida destes dois sujeitos são tão peculiares que esses acontecimentos acabam se tornando cômicos, e a série por mais que seje de comédia, esta comédia fica mais em segundo plano, fica mais na ácidez das falas dos personagens com as situações dramáticas e constrangedoras do que nas cenas em si. Você não vai rolar de rir como num episódio de Chaves ou Chapolin como em 'Two and A Half Men' que era comédia pura e risada garantida a cada dois minutos... ou como em 'The Big Bang Theory' diversão garantida e risos incontroláveis em uma série que pegava mais os jovens, dado o seu conteúdo nerdístico... em 'O Método Kominsky' o riso está lá, bem mais contido nos episódios, são na maneira como eles lidam com os acontecimentos que você achará graça ou soltará um sorriso mais irônico.. sendo só um pouquinho arrogante, acho que é uma comédia inteligente para pessoas peculiares.
Nesta temporada temos três participações especiais de tirar o chapéu... a primeira é Bob Odenkirk, ou Melhor chamar o Saul (de Breaking Bad e Better Caul Saul), fazendo um médico que atende Sandy com pequenos sintomas suicidas, bem hilário sem rolar de rir ( por isso a arrogância em citar comédia inteligente). A segunda e terceira é no episódio final com a incrível Alisson Jenney (de Mom, série também de Chuck Lorre) como ela mesma e Hayley Joel Osment (Sexto Sentido, 'I See Dead People') fazendo o neto de Norman em um papel cômico mas não hilário, que não é um ponto ruim, mas entendem o quero dizer com algo que é cômico,mas não é hilário de rolar de rir?
Sarah Baker tem muito mais participação neste ano, porém acho que sua interpretação ás vezes é um pouco clichê, poderia arriscar um pouco mais pois sua personagem é belo contraponto para Sandy. Uma ótima aquisição para este ano foi Paul Reiser, fazendo o 'namorido' de Mindy, Reiser têm uma ótima veia cômica, teve um entrosamento muito bacana com Michael Douglas, e gostei muito da cena no sexto episódio onde ele vai á frente do palco na aula de Sandy se apresentar aos alunos e ele acaba fazendo um pequeno monólogo sobre sua vida e o episódio termina com ele falando 'end of Scene'...achei genial e emocionante. No mais têm o retorno durante um episódio de Sarah Sullivan como Eilleen, Nancy Travis volta como Lisa, sempre muito bem... e Lisa Edelstein como Phoebe, filha de Norman que é uma ótima personagem e Lisa é uma atriz sensacional, porque vai do cômico ao dramático em segundos num estalar de dedos... poderia ser melhor aproveitada futuramente se a série for renovada.
'O Método Kominsky' está indicado em várias premiações como Globo de Ouro, SAG'S e Critics Choice em categorias como Melhor Série e Melhor Ator, e não só torcerei muito pela série como torcerei neste ano por Alan Arkin que nesta segunda temporada, matou a pau em interpretação.
Poucas séries conseguem ser excelentes desde o primeiro episódio até o último... Breaking Bad consegue esta façanha, TODOS os episódios SEM EXCEÇÃO são SENSACIONAIS, um nível de expectativa e excelência dificílimo de se ver nos outros shows.
A cada temporada que passava o nível da história dos personagens e do conteúdo só aumentava, cada vez melhorando e nunca caminhando para trás, muito mérito de Vince Gilligan criador do show que se dedicou por seis anos em criar uma história de um professor com câncer e um delinquente traficante em parceiros na criação de metanfetamina.
Bryan Cranston foi um monstro durante toda a série, criou uma atuação para seu personagem Walter White/Heinseberg brilhantemente uma atuação de encher os olhos, e todos os méritos também para ele por não só ter dirigido vários episódios do show, mas por também fazer parte da produção, mostrando que Bryan vestiu a camisa da série e se dedicou de corpo e alma ao projeto. E também, é de se encher os olhos ver a transformação de Walter White, um professor até certo ponto frouxo e omisso em Heisenberg, um senhor do crime astucioso e detalhista que alcançou tudo que almejava. E o quanto foi gratificante ver o protagonista da série por quem torcíamos para se curar do câncer e conseguir se salvar das furadas que se metia com Jesse em tentar vender suas metanfetaminas, se transformar no vilão da série, o antagonista que no final, ganhou minha antipatia e cometeu atos dos quais não aprovei e uma mudança de caráter pelo fato de o poder subir a cabeça, chegando ao ponto de torcermos contra ele e tudo o que lhe veio nos momentos derradeiros do show foi mais do que merecido.... pelo menos para mim é claro.
Não vou me aprofundar muito no restante do elenco, são muitos atores a atrizes talentosíssimos, como Krysten Ritter AKA Jessica Jones (pianinho de abertura de fundo) Bob Odenkirk, Anna Gunn entre outros, sem esquecer de Aaron Paul, que foi outro que transformou seu personagem Jesse Pickman, de um cagão em alguém que era puro remorso e rancor.
Uma das MAIORES OBRAS PRIMAS da TV americana de todos os tempos.
Mais uma vez, Mad Men segue mantendo seu altíssimo nível de excelência...esta quarta temporada conseguiu ser uma das melhores até então, graças é claro ao ótimo e competente roteiro e visão de Matthew Weiner o criador do programa.
Este ano o ponto principal em manter a série com frescor novo e ter novos contratempos, foi justamente fazer com que a Sterling-Draper-Cooper-Pryce andasse com suas próprias pernas, dando uma liberdade maior aos personagens que fazem parte do escritório de se desenvolverem com seus contratempos e rotinas, fora o fato de terem que criar para novas propagandas e companhias.
Um dos episódios mais bacanas foi o do falecimento de Anna Draper, muito emocionante a forma como se deu o último encontro entre os dois e mais á frente, a reação de Donald ao saber, por telefone , sobre a passagem de alguém que era mais família para ele do que qualquer outra pessoa. E durante esses acontecimentos, aparece a sobrinha de Anna Draper, Stephanie, interpretada pela Caity Lotz a Canário Branco de Arrow e das demais séries do DC/Warner.
Kiernan Shipka ganhou muito mais destaque do que na terceira temporada, além de ser incluída no elenco regular da série, e com episódios de muito destaque com alguns acontecimentos que me surpreenderam por se tratar de uma criança ainda interpretando situações que acometem uma mulher adulta, como falar inocentemente de sexo e quase ser pega se tocando sexualmente. Atriz muito talentosa a Kiernan.
John Slattery, que faz Roger Sterling, dirige dois episódios nesta temporada, os de números 4 e 12, algo que me deixou muito contente, já sou fã de John desde Desperate Housewives e Homem de Ferro 2, e todas suas participações no MCU, além de outros filmes como A Grande Aposta e por aí vai... saber que John se envolveu assim, tão diretamente no show, dirigindo episódios, dando sua visão, foi muito gratificante e só fez aumentar minha admiração por seu trabalho. Dos dois, o episódio 4 é o melhor até da temporada toda, ele fez um ótimo balançeamento entre humor e drama e deixou o episódio gostoso de assistir.
Pra terminar, achei uma sacanagem o Don deixar sua "namorada" Faye Miller (Carla Buono de Stranger Things), que ficou do seu lado em todos os momentos difíceis e colocou sua carreira profissional em risco/xeque por ele, para ficar com Megan (Jessica Parè) sua secretária e ainda noivar com ela num fim de semana com as crianças. Don partiu o coração dela sem pensar duas vezes...e por mais que ele tenha sido máu-caràter e canalha... devo confessar que Megan combina muito mais com ele do que a Faye, e tem um 'plus', ela é francesa... enfim...
Mad Men continua sendo um arrasa-quarteirão de entretenimento e inteligência.
A Terceira Temporada segue a mesma linha das duas anteriores, a trama segue sendo ótima e prende o público na tela. Achei muito bacana o rumo que a Sterling-Cooper tomou durante o ano pois levou a história para um rumo bem inusitado.
Kiernan Shipka, que faz a pequena Sally evoluiu muito bem neste ano, teve uma participação maior, um protagonismo mais acentuado comparado ao irmãozinho dela na serie... não sei se foi imposição de empresário ou a produção que resolveu dar mais espaço para a talentosa atriz mirim na época. Um dos momentos legais dela é quando seu avô acaba por falecer e naquele episódio ela tem toda uma sequência que mostra como ela têm uma veia ótima de atuação no campo dramático. Outro ponto que gostei foi quando ela descobriu a maquiagem da mãe e começou a se produzir, logo depois roubando o beijo do menino e o sermão que tomou da mãe lhe dizendo que são os homens que têm que chegar nas garotas e não o contrário, coisa que era bem característica da época... toda essa sequência e a jovem Kiernan interpretou muito bem.
Senti falta de mais participação da ótima Alison Brie como Trudy, esposa de Pete, acho que ela e o Vincent fazem um ótimo par em cena e deveriam ser bem mais aproveitados, colocando quem sabe até uma nova crise na vida cônjulgal do casal, ou voltando com a vontade dela de ter um filho.
Bryan Bayy que faz Salvatore, o homem que é gay reprimido num casamento que não sabemos se é realizado ou não, teve uma ótima cena quando descrevia corporalmente a cena do comercial para sua esposa no quarto, quando educadamente se negou a fazer sexo com ela, e ali ela percebeu que seu marido era afeminado demais, gostei muito da cena e acho que ele é fera demais interpretando.
Toda a sequência com a morte do Presidente JFK e seus desdobramentos na vida dos funcionários da Sterling-Cooper foi muito bacana, e é legal ver que a série têm como trunfo focar muito nos acontecimentos da época e inserir a trama dentro dela, certas atitudes de alguns personagens são afetados drasticamente pelos acontecimentos reais que aconteciam naquela década. Também foi bom ver a química de Jon Hamn e January Jones em seu casamento em crise/acabando, rendeu ótimas cenas dos dois trazendo dramaticidade certa para os episódios que ora eram densos, ora eram mais tensos. Hilário foi a sequência na Serling-Cooper onde o filho do novo dono perde os pés num acidente maroto com um novo cortador de grama... soberbo.
No mais, toda a triiha sonora da série é nota 11, desde o começo, passando pelas músicas escolhidas para fechar os episódios até as originais criadas para preencher as cenas e acontecimentos... tudo isso graças ao excelente trabalho de David Carbonara.
Menção honrosa também ao episódio que terminou com água de beber de Tom Jobim, durante os devaneios sensuais (?) de Betty.
Depois de duas temporadas com nível altíssimo, Demolidor vem com uma terceira tempoara que não só mantém o nível apresentado das outras vezes, como o eleva e o faz ser o a melhor temporada do 'Homem Sem Medo" na Netflix, e pramim, consequentemente, de todas as séries até então na plataforma de streaming em sua parceria com a Marvel/ABC.
Depois dos eventos de 'Defensores', Matt é resgatado pelos residentes da Igreja onde ele foi criado depois que sofreu seu acidente e perdendo o pai. Lá, Matt tenta se recuperar não só das suas feridas, como do seu orgulho quebrado depois de perder Elektra e de uma luta mortal conta o Tentáculo liderados pela própria Elektra.
Este começo é sensacional, puro quadrinhos baseado na fase de Frank Miller e Joe Quesada, da Graphic Novel 'A Queda de Murdock' e também 'O Demônio Na Garrafa', é nítido ver ali as inspirações, o rumo tomado, como alguns personagens se comportam, e com Matt isso salta mais aos olhos. Ver como ele está no fundo do poço, destruído e quebrado, fisicamente e espiritualmente, e aos poucos ele retornar não só a confiança como a determinação, é de encher os olhos, algo muito bem criado pelo roteiro e belissímamente interpretado por Charile Cox, que por sinal, não vejo outro hoje interpretando Matt Murdock, Cox é perfeito, já é o rosto do personagem, vestiu bem a persona e tira de letra cada fala, cada cena, cada ação dado a si em tela. Assim como Downey Jr. em Homem de Ferro, ser[a difícil substituir Cox como Demolidor, que obviamente num futuro bem á frente, a Marvel Studios irá aproveitá-lo da melhor forma.
Outro ponto alto da trama tem a ver com Wilson Fisk e Ben Poindexter... sendo que aqui, Wilson Fisk ganha finalmente sua alcunha de Rei do Crime, devidamente caracterizado e de uma forma sensacional, mostrando o quanto ele tem no bolso dos profissionais nova-iorquinos, mesmo estando preso esse tempo todo, sempre mantinha seus negócios atualizados, com mão de ferro e já vislumbrava oportunidades futuras com ações feitas no passado onde poderia se aproveitar quando lhe fosse mais convincente. Sua cena onde se caracteriza com o terno branco e a rosa dada por Vanessa é ótima e já clássica e Vincent D'onofrio é MESTRE em cena e fez o melhor Rei do Crime de todos os tempos, onde o ocloco no mesmo patamar do J.J. Jameson de J.K Simmons nos filmes do Homem-Aranha de Sam Raimi... Já Ben Poindexter foi cuidadosamente introduzido na trama e por mais que sua origem destoe bastante das HQ's, aqui a liberdade criativa funciona e é bacana ver o quanto Ben vai decaindo ao ponto de se deixar levar pela sua sanidade e fome de violência e matança... sendo 'O Mercenário' dos quadrinhos, principal vilão do Demolidor, foi curioso vê-lo usando o uniforme do demônio em alguns episódios se passando por Matt, já nos mostrando um vislumbre do que ele poderia realizar quando estivesse sob a alcunha de seu alter ego das HQ's. Uma das cenas mais famosas da história do Demolidor, foi levada em cena dentro da igreja quando Ben está para assassinar Karen Page com seu bastão...com um fim diferente é claro.
Não vou me aprofundar demais nos demais personagens e atores pois todos mantém o nívem das temporadas anteriores, Deborah Ann Woll é divina e perfeita no papel de Karen Page, Elden Henson está como sempre ótimo como Foggy Nelson, bem melhor que nos quadrinhos, assim como Karen... Gostei muito de Jay Ali como Ray Nadeem, ele é ótimo demais em cena, e seu personagem é um dos mais interessantes na série e move muito nossa opinião do quanto ele está certo ou errado em suas decisões, sempre pensando no bem de sua família.
Aqui, os produtores e diretores fizeram uma homenagem a cena do corredor na primeira temporada, que ficou marcada na série como uma das melhores e mais icônicas... porém, foi superada por esta homenagem, infinitamente superior e de tirar o fôlego. Se passando dentro da prisão máxima onde se encontra Fisk, temos uma loooonga sequência onde Matt, sem seu uniforme, têm de enfrentar prisioneiros que trabalham para Fisk, policias também e alguns outros capangas, obviamente em uma cena sem cortes, que segue de corredor em corredor, sala a sala, muito bem coreografada e seuqenciada, que já mencionei tira o fôlego do espectador e do próprio Matt Murdock... sem palavras, só palmas!!
Infelizmente meses depois, com a compra da Fox pela Disney, Kevin Feige vem colocando ordem na casinha, e as séries da Netflix foram canceladas para que ele pudesse ter estes personagens, e Demolidor teria um futuro promissor em uma possível quarta temporada... ainda mais depois de como criaram todo o arco de Ben Poindexter, que viria forte como 'Mercenário' na quarta temporada, aonde nos encheria de aflição se seria desta vez que ele mataria Karen Page, personagem que já caiu nas graças de qualquer espectador da série. Infelizmente não teremos mais a sequência destes eventos, o que é triste, afinal a série não ganhou um final, assim como Luke Cage e Punho de Ferro.
De longe, a melhor temporada de Demolidor no Netflix e a melhor de todas da Marvel na plataforma.
"USS Callister", um dos melhores episódios da temporada, livremente inspirados em sagas intergalácticas como 'Star Trek' traz Jesse Plemons protagonizando o episódio de forma sensacional, tem presença de tela e um ar misterioso que combinou perfeitamente com o personagem. Bem ao estilo Black Mirror mesmo, das antigas, tem uma reviravolta até previsível de certo ponto de vista, mas que não tira o brilho do episódio. A direção de arte é fenomenal e muito bem feita e cuidada, e a fotografia, principalmente na parte de fora do jogo, no mundo real, também é muito bem trabalhada. Vale destacar Aaron Paul (Need For Speed) fazendo uma pequena ponta no final do episódio.
"Arkangel", de todos o que achei mais fraco, previsível do inicio ao fim, a história pouco empolga, apesar de a premissa ser muito boa, acabou não funcionando neste episódio... é muito bem interpretado, gostei muito do elenco e das coisas que acontecem, mas realmente não me prendeu muito, este aqui deixou bem a desejar. Episódio dirigido pela Jodie Foster (Valente).
"Crocodile", Gostei bastante, achei a frieza da protagonista bem visceral, é claro que é hediondo o que ela fez desde o começo, porém acompanhar sua força ao encobrir cada crime que cometia foi de encher os olhos, e aqui por mais que a série não tenha mostrado a cena, foi corajosa ao dar o destino para a criança da investigadora. Me prendeu do inicio ao fim, e possui uma fotografia linda e uma paisagem incrível.
"Hang the DJ" é um dos episódios mais bacanas da série, é tão gostoso acompanhar o casal desde o inicio e ver como eles realmente combinavam um com o outro, uma história tão bem feita e construída, me ganhou desde o inicio e fiquei preso a história e mal vi a hora passar... quase nota 10 por não terem se aprofundado mais no final, e que virada de roteiro foi esse. PS. Quando vi o nome do episódio, já me veio Smiths na cabeça... fiquei surpreso que realmente tinha a ver com a banda no fim das contas.
"Metalhead" Pra mim este foi o melhor episódio desta temporada, se passa em preto e branco num futuro distópico, sem grandes explicações, apenas a situação em si, com um elenco afiado e uma protagonista SENSACIONAL em cena. O mais curto de todas as temporadas, e o mais direto ao ponto, tem uma das melhores fotografias da série, muito por se passar em preto e branco, e um figurino bem criado para a proposta da história. Pra mim, uma pequenina obra prima dentro da série, com um final de cortar o coração.
"Black Museum", é ótimo, do inicio ao fim, tem uma das viradas de roteiro mais incríveis, e ao mesmo tempo, pra quem tem facilidade de sacar essas coisas, uma das mais previsíveis também. Letitia Wright mata a pau neste episódio que reúne várias 'armas' utilizadas pelos seus 'criminosos' de episódios passados da série. Elenco afiadíssimo também, são as historinhas a parte dentro do episódio que dão o charme a ele.
Esta temporada tem mais altos que baixos, mas está nítido que estão precisando impactar mais... precisamos de mais originalidade como Metalhead e USS Callister, mas precisam acertar a mão para não errar feio como em Arkangel.
“Nosedive” Episódio que gostei muito de acompanhar, estrelado pela linda Bryce Dallas Howard (de A Dama na Água), que mostra a busca incessante de ser aceito pelas pessoas dentro do universo das redes sociais, além de se bem atual, mostra o quanto uma pessoa desesperada para ter muitas curtidas e ser bem sucedida dentro dessas redes pode ser prejudicial para sua vida que realmente importa, a daqui de fora.
"Playtest", esse episódio é bacana porque faz várias referências ao mundo dos games, com o criador de jogos 'Shou Saito' sendo bem inspirado em Hideo Kojima, e a mansão onde o protagonista joga, sendo livremente inspirado na mansão dos jogos Resident Evil. Wyatt Russel é ótimo no episódio e possui muito carisma que lhe deixa próximo do personagem e um pouco aflito quando chega na reta final do episódio e seu desfecho.
“Shut Up and Dance”, episódio sensacional, gostei do ritmo que ele seguiu, que te deixa intrigado com o que vai acontecer com os personagens envolvidos e torcendo por alguns deles... é curioso ver até onde algumas pessoas vão para esconder aquilo que pode envergonha-las, ou pensar, até onde você iria para esconder algo que você se envergonha e que não quer expor. A reta final do episódio é sensacional e a fotografia é ótima.
“San Junipero”, o melhor episódio da temporada e acredito que o segundo melhor da série, San Junipero que é protagonizado pela linda da Mackenzie Davis (de Tully) é o episódio mais simples da série, o que pega mais leve, que tem seus acontecimentos se desenrolando calmamente e que nos deixa presos sem mesmo notarmos, ficamos tão imerso na história que esquecemos do que acontece a nossa volta e ficamos ali hipnotizados com a simplicidade do que nos é mostrado e a densidade das protagonistas. Tudo no episódio funciona e a forma como vamos descobrindo o que realmente se passa com as duas protagonistas e o ambiente onde elas estão inseridas é tão peculiar, que é impossível não nos relacionarmos com elas.
“Men Against Fire” Outro episódio que gostei muito, e que também nos engana, pois achamos que estamos presenciando determinado acontecimento, até vermos o que realmente estava acontecendo por de trás dos panos, além de ter acontecimentos que revoltam, mostra o quanto nós podemos ser cegos com certos questionamentos e pontos de vista a ponto de não precisarmos passar pelo programa que o novato passou para chegarmos a cometer tais atos com nossos semelhantes. A direção de arte deste episódio é explêndida e os atores são ótimos.
“Hated in the Nation”, Por fim, acredito que o segundo melhor episódio da temporada e que etsá no meu top 3 de toda a série, história sensacional, seguimento dos acontecimentos de prender o folêgo, 1h30 de um episódio que mais parece um filme, atores incríveis, com aquele sotaque britânico que adoro, temos Benedict Wong (Vingadores Guerra Infinita) muito bem no papel...nota 10 pro episódio, sem muito o que falar, não encontrei um defeito sequer neste episódio.
No geral, Black Mirror segue mantendo seu nível, mesmo depois de ser adquirido pela Netflix, não deixa em nada para os episódios anteriores.
Este episódio especial exibido no Natal na TV britânica, pra mim é o melhor episódio de toda a série Black Mirror. É difícil escolher um, até porquê é um melhor que o outro até então, mas este aqui explodiu minha cabeça, e dada sua duração, que chega próximo de um filme, foi o que assisti mais sossegado, nem vi a hora passando, de tão bom e gostoso que foi assisti-lo.
Óbvio que ajudou muito o fato de o episódio também ser protagonizado pelo ótimo Jon Hamn (de Mad Men) atorzaço de primeira linha, de quem eu sou muito fã, apesar de ter começado a acompanha-lo um pouco tarde... Gostei muito do personagem de Jon, um 'mau caráter', se assim pode-se chamá-lo, que possui uma inteligência sem igual para tirar o que precisa da pessoa culpada, e consequentemente tendo um final bem surpreendente e condizente com o que é Black Mirror.
O mais bacana é que quando você começa a assistir o episódio você realmente compra o que está vendo, e mais a frente quando nós percebemos o que realmente está se passando naquela cabana, pelo menos no meu caso, fiquei surpreso, impactado e curioso de como iria se desenrolar a trama e o que realmente se escondia por trás dos personagens apresentados.
Este foi o último episódio antes da ´serie começar a ser produzida pela Netflix, e á partir daí muita gente reclama que a série perdeu muita qualidade e a essência que a série tinha desde seu primeiro episódio...eu particularmente discordo bastante desse argumento... até a quarta temporada onde assisti a série se segura muito bem, porém confesso que tem alguns poucos episódios que deixam um pouco a desejar, mesmo entregando uma história que prende e surpreende.
Ainda assim, vai ser difícil aparecer um episódio que supere o que foi mostrado neste especial de natal, que possui uma direção de arte sensacional, tanto na cabana quanto no distrito policial, e também têm uma fotografia que rivaliza com outros episódios da série.
A segunda temporada de Mad Men está no mesmo patamar que a primeira...envolvente, empolgante, atraente, sagaz e ainda um belo retrato de seu tempo. Toda a trama que óbvio, gira em torno de Don e secundariamente Peggy, continua a premissa da primeira, em que vemos Don não conseguir lidar verdadeiramente com sua família e suas infidelidades para com sua esposa, além de ser comprometido com seu cargo na Sterling-Cooper, usando-a mais como válvula de escape para sua vida teoricamente vazia, além de Peggy que galga espaços maiores dentro da agência, ao mesmo tempo que esconde um segredo de seus colegas de serviço... sem deixar de lado todos os demais personagens coadjuvantes e seu medos, desconfianças e rotinas dentro e fora da agência.
O mais bacana neste ano é ver o quanto a guerra nuclear entre os americanos e os soviéticos permeou boa parte dos episódios, mudando um pouco a rotina diária dos personagens e como isso afetou algumas relações que andavam estremecidas, retrataram com imagens de arquivo televisivas e de rádio também, mostrando um pouco como que pode ter sido os ares naquele mês onde o medo de serem bombardeados pelos soviéticos permeou a vida dos cidadãos americanos.
Outra parte foi foi ver Don "de Férias" mostrando um lado dele que não conhecíamos quando estava ao lado da família 'Bon Vivants", e também de como foi seu passado e como se deu sua nova identidade quando visita uma pessoa importante do passado.
Quem ganhou mais protagonismo neste ano foi Pete Campbell que segurou as rédeas da agência na viagem a Califórnia, e na volta teve um papel mais a fundo quanto a questão que permeava a agência, uma possível fusão com uma empresa britânica... aí também aparições fundamentais de Roger Sterling e Duck Phillips, dois personagens que já se sobressaíram no ano anterior e aqui continuam tendo seu papel de destaque.
Fora, é claro, Peggy, que está muito mais interessante e melhor aproveitada neste ano, com seu novo posto dentro da Sterling-Cooper, muito mais decidida e confiante do que no ano anterior...como ela cresceu neste ano, como transformaram sua personagem na coisa mais legal de se acompanhar e se apaixonar dentro da série. Personagem minuciosamente construída desde o primeiro episódio desta série, e que só cresce e surpreende cada vez mais. Claro, tudo graças a soberba interpretação de Elizabeth Moss que carrega com maestria o protagonismo da série com o sensacional Jon Hamn.
A trilha da série é ótima desde a primeira temporada, as músicas compostas completam bem as cenas e casam direitinho com os acontecimentos e com o que a cena pede. Assim como as canções originais de época, muito bem escolhidas, a dedo, para ditar a década e contemplar os finais de episódios, que conseguem ser as melhores partes... Que série.
Não á toa, levou pelo segundo ano seguido o prêmio de Série Drama no Globo de Ouro e Ator para Jon Hamn.
A segunda temporada de Black Mirror consegue ser assustadoramente superior que a primeira, com premissas bem mais sagazes e que conversam com o momento atual em que os seres humanos lidam com a tecnologia moderna. Charlie Brooker, criador da série, teve um cuidado maior ao criar e supervisionar as histórias contadas nesta temporada, e mostrar que o que se passa lá é tão atual quanto nunca nestes tempos modernos e é fácil você observar estas questões nos dias de hoje, seja na TV, em notícias, nas redes sociais ou mesmo na rua, na sua cidade ou no seu país.
Os três episódios desta temporada são ótimos, sem dúvidas, mas pessoalmente o que mais me agradou e impressionou foi o segundo, "White Bear", protagonizado pela Lenora Chrichlow, 'Victoria' é uma mulher que acorda sem memória de quem é e onde está e quando sai na cidade, ninguém quer ajudá-la ou ampará-la, na verdade existe gente querendo matá-la sem ela saber a razão. O final é de surpreender qualquer pessoa que manje a fundo os chamados 'Plot Twists' (prefiro chamar de virada de roteiro), tão famosos em filmes de hoje em dia, Lenora interpreta muito bem, sua angústia e medo em cena é sensacional, ela mandou bem demais neste episódio, e vale destacar o quão isso pode ser trazido para o mundo real com a relação das pessoas com seus celulares e as coisas absurdas que acontecem por aí a fora e o mais importante hoje parece não ser chamar os especialistas na questão em si, e sim, registrar o momento em seus celulares para ser o assunto do Domingo com a família e/ou amigos.
"Be Right Back" foi outro episódio que gostei demais, um dos meus preferidos, traz a minha atriz favorita Hayley Atwell (Agent Carter, também da Netflix) que perde seu namorado Ash (Dohmnall Gleeson) e acaba tendo-o de volta de uma maneira totalmente inusitada e impensável... a premissa é ótima, conversa muito com o mundo tecnológico sobre relações amorosas, e tem uma Hayley Atwell muito a vontade no papel trazendo densidade pro episódio. A solução final pra mim é perfeita e de ficar pensando e analisando o quanto isto seria saudável para uma pessoa.
O último episódio, "The Waldo Moment" traz Jason Flemyng (de X-Men Primeira Classe), Chloe Pirrie e Daniel Rigby numa história bem atual de um desenho animado que consegue popularidade o suficiente para se candidatar ao cargo de Primeiro Ministro Britânico (acho o sotaque britânico melhor que o americano com certeza). Acho que é o episódio que casa mais com os recentes acontecimentos no mundo de uma forma geral, onde qualquer palhaço reverenciado pelo povo comum, por um motivo qualquer, consegue ser eleito para um cargo tão importante, apenas com sua visão e opinião fechada sobre os assuntos, mais afim de irritar os adversários e/ou quem pensa diferente, do que realmente trazer melhorias para a população e evolução para o país. Pra mim episódio nota 10.
A qualidade de Black Mirror não cai em nenhum episódio, só aumenta, ótimos planos sequencias de filmagem e óbvio ótima direção de arte e uma fotografia muito bem trabalhada e minuciosamente bem feita. Ainda fica na temática de que o próximo episódio que você assiste é o melhor que você já viu e melhor que o anterior.
Black Mirror continua sendo uma obra prima deste século em forma de série.
A primeira vez que vi Black Mirror, recomendado por uma Amiga, que já faz um tempo, eu fiquei abismado com o tamanho da qualidade da série, e o cuidado em se filmar e construir os episódios, e obviamente, a inteligência e perspicácia de Charlie Brooker em criar algo tão original, atual e de uma visão peculiar do que já acontece aí fora em alguns casos mostrados durante a série.
O primeiro episódio é ótimo, "The National Anthem", já fiquei de boca aberta e hipnotizado com cada ato que acontecia no episódio. Gostei muito de Rory Kinnear, o protagonista do episódio que passou toda a tensão que seu personagem vivenciou com a chantagem do criminoso e em como ele teve que lidar com o fato de ter feito sexo com uma porca... que cena!!!
O Segundo episódio, "Fifteen Million Merits" foi um dos que mais gostei, um conto bem original, com uma ideia bem ácida e incrível... Daniel Kalluya (Pantera Negra e Corra!) protagoniza o episódio junto com Jessica Borwn Findlay, e ele está sensacional, Daniel já é um atorzaço que vem fazendo bons trabalhos recentemente, protagonizando seu primeiro filme 'Corra!', e Jessica também rouba a cena quando o foco é sua personagem e a grande surpresa do episódio.
O Terceiro episódio "The Entire History of You" pra mim o melhor dos três...na verdade Black Mirror tem disto, o próximo episódio sempre vai ser o melhor e o seu favorito, pra mostrar como a série é sensacional... este episódio tem Toby Kebel (Quarteto Fantástico) e Jodie Whittaker (Doctor Who e Vênus) e foi neste episódio que conheci Jodie, atriz da qual hoje sou muito fã e merecidamente foi escolhida com a nova e primeira Doctor Who feminina. O episódio é incrível e a reviravolta nele é de deixar qualquer um desnorteado, e a premissa de poder assistir o que você ou seu amigo(a)/Namorado(a) fez durante o dia é não só instigante como pode ser viciante e destruidor, e ao mesmo tempo, como neste episódio, revelador.
Bem dirigido, bem roteirizado, bem montado, com fotografias e direção de arte impecáveis, ainda possuindo uma trilha sonora condizentes com o episódio e a tensão dos acontecimentos isolados... Black Mirror com certeza não é só a melhor série que eu já assisti, como é uma das melhores séries da atualidade e a série que define esta década.
A Marvel/Netflix conseguiu acertar a mão na segunda temporada de Punho de Ferro, com uma história mais fechada, redonda e que prende mais a atenção do espectador e intriga com algumas sub-tramas interessantes. Claro que ficou faltando, ainda, o misticismo prometido na primeira temporada, que aqui também não é explorado ao todo, ficando apenas na citação e em pequenos e leves fan-services.
Diferente da primeira, este ano de Punho de Ferro tem apenas 10 episódios (a única série solo da Marvel/Netflix com episódios reduzidos), o que o fez funcionar bem, talvez algumas pessoas possam reclamar de alguns fatos que ficaram mal explorados, porém este foi um dos pontos criticados no ano anterior e nas outras séries da casa, episódios embarrigados com sub tramas desnecessárias arrastados em longos 13 episódios, fato este que discordo...portanto, aqui a série e o ritmo é frenético e as sub-tramas também, sem se aprofundar demais e chegando logo ao que se propõe, moldar o caráter do personagem no decorrer da história.
Neste ano Danny Rand (Finn Jones) está muito mais interessante, não está perdido e abobado como no ano anterior, aqui ele está mais decidido, sabendo o que quer e pra onde vai, tomando suas próprias decisões sem precisar se consultar com ninguém, a não ser com sua namorada Coleen Wing (Jessica Henwinck). O único ponto que não gostei é o fato de a série começar com Danny deixando se controlar e/ou perder o controle para o Punho - o espírito do dragão - já que durante sua participação em um episódio do segundo ano de Luke Cage, ele se mostrava controlado e zen, tentando passar este auto-controle para Luke, que claramente estava perdido no meio da série... já no começo de Punho de Ferro, Danny parece estar perdendo o controle de suas ações devido a influência do punho e sua sede de justiça e luta... faltou explorar isto no comecinho da série e mostrar como Danny ficou zen como foi mostrado em Luke Cage e o fato de ele começar a se perder em Punho de Ferro.
As cenas de luta da série estão ótimas, bem melhores do que na primeira temporada, melhores coreografadas e fora do âmbito escuro de cenas onde foram feitas no primeiro ano. Destaque para as cenas de luta de Coleen Wing, de longe a melhor personagem desta temporada, seu crescimento como personagem foi gigante, um pouco lento no começo e condizente com o que se estava criando para ela do meio para o fim da série. E óbvio, suas cenas de luta são de tirar o fôlego em sequências sensacionais, principalmente naquela luta contra as três irmãs Garças com Misty Knight.
Jessica Stroup, que faz Joy Meachum, está no meio termo neste ano, eu esperava bastante de suas personagem nesta temporada pelo o que foi mostrado no final da primeira temporada, e até o meio da série ela está muito bem, é mostrada como a vilã deste ano, está focada em sua vingança contra Danny Rand e não medirá esforços para chegar ao seu objetivo... teve uma mudança de visual, não só nas roupas, como no cabelo e na postura. Porém, á partir do quinto episódio sua personagem tem uma leve reviravolta, com algumas verdades reveladas a Ward Meachum, seu irmão, fizeram sua personagem mudar o rumo e seguir um caminho oposto...pra mim ficou no meio termo, gostei e decepcionou um pouquinho.
Já Ward (Tom Pelphrey) está ok neste ano, sem a pomposidade do primeiro ano, sem a dualidade de caráter também, aqui ele está mais humanizado, mais próximo de Danny, sempre tentando salvar a irmã, e com uma sub-trama que é interessante, ms não muda em nada seu caminho no final da série, uma vez que ele está perdido desde o primeiro episódio, com seu relacionamento com sua irmã ser o principal foco de sua atitude final.
A melhor surpresa da série e o personagem mais legal e interessante foi Mary Walker (Alice Eve, LINDA), personagem que nos quadrinhos é conhecida por 'Mary Tiffoyd', não conheço quase nada da personagem nos quadrinhos a não ser participações como vilã em histórias de Demolidor e Deadpool... mas na série criaram sua trama de uma forma bem bacana e a mais interessante de se acompanhar no decorrer da trama. Assim como nos quadrinhos, ela tem outra personalidade, Mary, a boazinha, que é colocada como a personalidade secundária, e Walker, a má, que é colocada como a principal... e no decorrer da trama temos novas surpresas com a personagem que a fazem ter o plot mais interessante da série e deixando um hype gigantesco pro futuro dela na série - coisa que infelizmente não acontecerá com o cancelamento das séries na Netflix.
Vale mencionar Davos, o vilão mesmo deste ano, gostei muito dele...e Rob Morgan como 'Turk', o agora novo onipotente em todas as séries da Netflix, fazendo sua pequena ponta como de costume. Também temos citações de Walker á Sokovia, país que fica no leste europeu fictício, criado para o MCU, apresentado em Vingadores Era de Ultron, fazendo sua conexão com os filmes da Marvel.
Este segundo ano - e final - sai no lucro, com certeza bem melhor de se acompanhar do que o primeiro...e que episódio e cena final, foi de cair o queixo, nunca pensei em ver Danny daquela forma, nem ele e nem o Ward, sem falar em tudo o que Mary Walker e Coleen Wing prometiam no próximo ano, ou seja, quando Punho de Ferro realmente começou a acertar a mão e ficar interessante, a série acaba. Uma pena.
Vencedora do Globo de Ouro de Melhor série dramática em 2008 já em sua temporada de estreia, Mad Men com certeza é um marco na história da TV a Cabo americana, uma das melhores séries já produzidas nestes tempos modernos, um arrasa quarteirão de história e carisma, na época que o mundo era sujo e complicado.
Mad Men se passa nos anos 60, dentro de um escritório de publicidade chamada Sterling-Cooper, onde os publicitários (Mad Men, como se autodenominaram na época, fato verídico) lutam para conquistar clientes e bolar slogans para alavancar o nome e sucesso da agência. Neste contexto, temos um dos homens fortes da agência e protagonista da série Don Draper (Jon Hamn), um homem que esconde um segredo pessoal de seu passado e lida com seu casamento com Betty Draper (January Jones), com quem tem dois filhos.
Fora isso na agência temos outros funcionários como Pete Campbell (Vincent Kartheiser), Ken Crosgroce (Aaron Staton), Paul Kinsey (Michael Gladis), Harry Crane (Rich Sommer), Joan Holloway (Cristina Hendricks), além de John Slaterry como Roger Sterling e Elisabeth Moss como a novata Peggy Olson.
São 13 episódios que são praticamente um tapa na cara de tão bom que a série é, os acontecimentos, os problemas pessoais e familiares que cada personagem tem, suas ambições, o jogo de gato e rato no escritório, os interesses amorosos, as traições, as festas, os segredos, tudo isso dentro da realidade dos anos 1960, do momento atual na América, cultural e social, com a corrida espacial contra os soviéticos, a iminente briga presidencial entre Nixon e Kennedy, e o principal, a ascenção do mercado do tabaco, quando naquela época praticamente TODO MUNDO FUMAVA em todos os lugares possíveis e até 2 maços por dia...e advertir no maço, rádio ou TV que aquilo trazia doenças, câncer, era impensável e inadmissível.
De longe, dois atores se destacam, na verdade três... Jon Hamn é o melhor, quem não queria ser Don Draper, acho que foi o melhor papel de Jon na carreira dele, e olha que em Black Mirror ele esteve soberbo. Como Don Draper ele é firme e seguro e decidido, uma atuação rara de se ver em séries, parece que ele foi extraído direto dos anos 1960 para protagonizar a série e devolvido ao seu tempo, tamanho é o brilho dele em cena. Elisabeth Moss é a segunda que traz também a série para um altíssimo nível de excelência, ainda jovem na casa dos 20 anos, Moss mata a pau na série com sua Peggy Olsen, impossível não sentir carisma por ela, e também não se apaixonar e querer proteger a menina... Peggy é forte e comprometida com o trabalho a ponto de galgar degraus dentro do escritório, o que faz com que sua personagem cresça de relevância dentro da série... fantástica! O terceiro é Vincent Kartheiser, que na pele de Pete Campbell entrega uma performance sensacional de um jovem que está na agência não por merecimento e sim por indicação de seus pais poderosos no meio. Assim, Pete busca almejar o cargo de Don Draper a qualquer custo e acompanhar sua ambição é muito prazeroso, dado o nível de interpretação de Vincent, que é acima da média, que ator versátil. Ame e/ou odeie-o, seu personagem na série é um dos mais interessantes.
Cito também mais dois que estão ótimos, John Slattery, de quem sou fã desde Desperate Housewives e suas participações no MCU como Howard Stark, que aqui em Mad Men está em perfeita forma como Roger Sterling, sócio-fundador da agência, e que dá um show em todas as cenas que aparece. E também a LINDA E SENSUAL Cristina Hendricks, a ruiva que faz Joan Holloway, conselheira (?) de Peggy Olson quando chega na agência e amante de Roger, e os dois em cena juntos é um show a parte.
Fora as atuações, Mad Men é um colírio quando se trata da direção de arte, da figuração tanto dos escritórios, como das casas dos personagens, tudo minuciosamente remetendo aos anos 1960, da TV, ao telefone, á campainha, as marcas de cigarro, as roupas, aos automóveis, as citações dos personagens sobre a cultura social da época, cabelos, tudo mesmo...é um trabalho esplendido o que o pessoal da técnica realizou com a ambientação da série.
Um dos meus episódios favoritos foi a da festa após a ideia de Peggy ter sido escolhida para a propaganda dos batons, todo o episódio é bacana com a parte da festa onde Peggy se magoa sendo a melhor parte. Por falar em Peggy, era nítido notar que a partir do sexto, sétimo episódio, Elisabeth Moss estava mais cheinha, com silhueta, usando a saia até a altura limite dos seios, como quem estivesse escondendo a barriga. Imaginei que ela poderia estar grávida na vida real, porém não achei nenhuma notícia de que ela estivesse grávida naquela época, e no último episódio ela descobre que está grávida e já dá a luz, não sei se teve uma pequena passagem de tempo e eu não peguei na hora, mas pra mim ficou confuso ela não saber que estava grávida, já sentir as dores, já ganhar, tudo muito rápido em poucos frames...fica o registro.
Mad Men é uma obra prima em forma de série, e isso só na primeira temporada, a de estreia e já premiada no Globo de Ouro...merecidamente por sinal batendo House, The Tudors e outros.
Demorei muito tempo para ver a 2ª temporada de Agent Carter pois quando foi exibida na Sony eu acabei não acompanhando...quando entrou no Netflix não perdi tempo e fui conferir a que foi a última temporada de uma série que merecia ao menos mais uma temporada.
Peggy Carter troca Nova York por Los Angeles e agora precisa lidar com os poderosos que dominam a cidade, um desses poderosos é Calvin Chadwick, homem forte na política de Los Angeles e que é casado com a famosíssima atriz 'Whitney Frost' (Wynn Everett) que nos quadrinhos é o alter ego da 'Madame Máscara' uma das vilãs do Homem de Ferro. Gostei muito da adição de uma vilão conhecido dos quadrinhos na série, e ela foi uma da principais, para não dizer a principal antagonista do 2º ano, onde foi construída inteligentemente pelos roteiristas e teve uma crescente bem interessante durantes os 10 episódios que a série teve.
A mudança de palco, Nova York por Los Angeles, pra mim também foi certeiro, tivemos uma nova roupagem para a nova temporada, com cenários mais abertos menos urbanos, de certo ponto de vista mais glamouroso, o que deixou a direção de arte deste novo ano sensacional e muito bem construído...fora que a fotografia deste ano está muito mais exposto e vivo do que na primeira temporada, onde era tudo mais cinzento e escuro.
Todos os ótimos coadjuvantes voltam neste ano, como Dominic Cooper em poucos episódios, novamente pelo fato de estar protagonizando 'Preacher', além de um protagonismo maior para Chad Michael Murray e seu Jack Thompson, que neste ano está melhor do que no primeiro, muito mais interessante e bem melhor construído e instruído na trama, com um final surpreendente. Enver Gjokaj como Daniel Souza também está melhor que no primeiro ano, fazendo um triângulo amoroso com Peggy e Vernon (Kurtwood Smith). Temos também a esposa de Edwin Jarvis, Ana Jarvis (Lotte Verbeek), que no primeiro ano só tinha voz, e aqui já tem uma ótima participação na série caindo de início nas graças do espectador, com um carisma incrível. Bridget Regan também volta como Dottie Underwood em uma participação mais certeira... pra mim uma das melhores antagonistas da série sem dúvidas. Sobre James D'Arcy e Hayley Atwell nem preciso falar nada, já falei no primeiro ano e os dois em minha modesta opinião são a alma da série, a engrenagem principal que faz os acontecimentos se desenrolarem. Que Dupla Dinâmica!!! (sem trocadilhos)
Temos uns dois episódios que são um pouco mais devagar, é aquela famosa barriga, que serve pra rechear a trama enquanto o clímax é armado, e geralmente esses episódios são os menos interessantes pela falta de ação e conteúdo, você enche de diálogos e mais diálogos entre os personganes que não avançam a lugar nenhum esperando o episódio onde as coisas se desenrolam e tomem forma. Nada que estrague a experiência dos 10 episódios.
Uma pena que a série teve um fim tão breve, Agent Carter servia para preencher o meio de temporada de Agents of SHIELD no canal ABC, então quando SHIELD pausava em seu episódio 8 no fim do ano, Agent Carter ocupava seu lugar até a volta da mesma... talvez Agent Carter não tenha dado tanto retorno assim pra ABC como SHIELD deve dar, é a única explicação plausível para terminar uma série que só vinha crescendo em originalidade e fanbase.
Sem falar que ela termina com um cliffhanger que daria uma ótima terceira temporada. Bem que poderiam ter a brilhante ideia de trazer a série de volta no futuro Disney+, só pra dar um fim digno pras aventuras de Peggy Carter, os fãs e os atores iriam adorar.
Quando Agent Carter foi anunciada para ser exibida no intervalo de fim de ano de Agents of SHIELD, eu fiquei entusiasmado em ver uma série focada em uma personagem que nos quadrinhos nunca teve relevância, afinal nas HQ's a Agente 13, Sharon Carter é quem tinha o protagonismo. Ao dar relevância e espaço á sua tia, Peggy Carter no MCU, e ainda um curta e agora uma série de 8 episódios, eu fiquei curiosíssimo em ver como isso ia ser explorado.
Esta 1ª temporada eu assisti ao todo 3 vezes, a primeira no canal Sony na época e mais duas vezes na Netflix, e com certeza essa série é sensacional, nota 10, e uma das melhores incursões da Marvel TV nos canais estadunidenses. Não só é criado todo um arco que envolve a personagem de Hayley Atwell, como ainda traz para o MCU as empresas Roxxon, bem conhecida nos quadrinhos, e também alguns poucos vilões do terceiro escalão da Marvel, em papéis pontuais.
Todo o discurso feminino no show é bem criado e retratado, bem ao que acontecia na época em que a série se passava, e trazia discursos ácidos, inteligentes, e certeiros de 'Peggy Carter' para como seus colegas de trabalho, que nunca reconheciam o verdadeiro potencial que Peggy tinha, que já era de conhecimento do espectador por 'Capitão América: O Primeiro Vingador', mas desconhecidos do resto dos homens da agência.
O mais legal é ver como Peggy vai desconstruindo este preconceito e esta mal visão que eles possuem pelo fato de ela ser uma mulher fazendo serviço que seria somente de Homens, e aos poucos vai ganhando o respeito de seus companheiros Daniel Souza (por quem este tem uma queda por ela), Spyder Raymond, Jack Thompson e o Chefe Dooley (interpretado pelo ótimo Shea Wingham).
Temos também na série a volta de Dominic Cooper como Howard Stark que também aparece no filme do Capitão, e aqui faz alguma participações nos episódios, uma vez que não pôde aparecer em grande parte pois estava entrando em gravações da série 'Preacher'. E o mais legal, foi ver o personagem Edwin Jarvis, eterno mordomo da mansão dos Vingadores nos quadrinhos, que no MCU é a inteligência artificial da armadura do Homem De Ferro, e com toda certeza, Tony o batizou assim por causa do mordomo de seu pai, que fez parte de sua infância e possível adolescência, e que na série é interpretado pelo ótimo e competente James D'Arcy, ator de quem já virei fã e sempre irei o acompanhar... com certeza as melhores cenas na série são protagonizadas quando Hayley e James estão juntos em cena...sem falar nos DubMash e nas competições contra os atores de Agents of SHIELD Clark Gregg e Chloe Bennett nos stories do Instagram e em vídeos em seus canais do Youtube, simplesmente hilário.
Saldo mais do que positivo com esta primeira temporada que tem ritmo frenético e alucinante com personagens muito bem construídos desde os coadjuvantes, aos antagonistas e os vilões. Nota 10.
PS: Não posso esquecer da lindíssima Bridget Regan, que faz Dottie Underwood, nada mais nada menos do que uma das primeiras cobaias do que viria ser o projeto 'Viuva Negra' da KGB, fazendo um belo e sedutor sotaque russo.
Quando vi Wanderlust no catálogo da Netflix, só salvei na minha lista pelo fato de ser protagonizado pela Toni Collette, atriz de que sou mega fã desde 'Pequena Miss Sunshine'. Quando fui assistir a série, que contém apenas 6 episódios, fui surpreendido pela maravilha que foi ver uma das melhores séries que assisti nos últimos tempos, simplesmente sensacional, adorável, engraçada, dramática e de uma sensibilidade incrível.
Por ser curta, nada na série ficou 'embarrigado', cenas ou episódios só pra encher linguiça.. ficou redondo, certeiro, completo, tudo é explicado no tempo certo, isso se você já não pegou as coisas nas entrelinhas. A história trata de um casal, Joy e Alan Richards (Toni Collette e o ótimo Steven Mackintosh) que depois de muitos anos de casado, com três filhos crescidos, perdem o apetite sexual, logo depois de Joy sofrer um acidente em sua bicicleta. Mesmo com esse problema na vida conjugal, os dois ainda sem amam, nutrem sentimentos fortes um pelo outro, e então, sugerido por Joy, acabam entrando em um acordo onde os dois irão sair e transar com outras pessoas pelas quais eles sentem prazer. À Partir daí, uma série de consequências acontecem que fazem os dois repensarem seu relacionamento, que também afeta seus filhos que lidam com seus próprios problemas amorosos.
Wanderlust é ótima, gostosíssima de se acompanhar, não há 1 segundo sequer que você se canse de acompanhar os acontecimentos da série, que segue a vida do casal á partir do acidente de Joy quando andava de bicicleta. Há algumas cenas que sugerem que algo aconteceu antes deste acidente, mas sem nos mostrar nada, e daí criamos uma ideia do que acontece com o casamento de Joy e Alan, e assim seguimos acompanhando episódios que ora são bem engraçados com situações embaraçosas, ora com episódios bem dramáticos que nos fazem ver como os dois protagonistas faziam um ótimo trabalho na série.
Para mim, de longe, o melhor episódio da série é o quinto, onde ele é inteiramente passado na sala da psicóloga de Joy, Angela (Sophie Okonedo) e é uma 'conversa' entre as duas, durante todo o episódio de mais de 50 minutos... algo surreal de se fazer em um episódio de qualquer série, onde ele foca apenas neste plano de visão e consegue nos prender a atenção de uma maneira explendida, com diálogos retos e diretos. Neste episódio vemos algo na interpretação de Toni Collette que é de se aplaudir, temos alguns takes de 1 minuto, ás vezes 50 segundos, onde Joy olha pra psicóloga, ou pro nada, e fica muda, nada sai de sua boca, nem um som na cena e nem trilha de fundo, e isto te prende e você se imagina o que Joy está pensando, o que ela pode estar passando naqueles segundos, o que virá a sair de sua boca em seguida, e isso se repete em outros episódios da série que traz um densidade muito grande á personagem trazido pela experiência de Toni.
A série faz uma crítica ao relacionamento moderno ou de longa data, como se depois de um tempo fosse natural perder um pouco o brilho com o parceiro ou parceira, e pinta como algo sadio você se divertir com pessoas diferentes ao mesmo tempo que ainda nutra sentimentos de amor e paixão por quem ainda se está casado(a). Algo que a princípio parece ser hediondo, a série pinta de uma maneira sadia dentro da perspectiva dos dois protagonistas. Quanto á história de Joy na série, é á partir do episódio 5, já comentado acima que descobrimos o que de fato se passou antes de seu acidente de bicicleta, que nos fazem ter conhecimento do real motivo de Joy sugerir esse acordo com seu marido Alan. Algo muito bem construído no roteiro.
Steven Mackintosh está incrível na série, não o conhecia ainda, e ele é um ator bem versátil, traz várias nuances ao seu personagem, trazendo também uma serenidade na forma de atuação, fez uma bela dupla com Toni Collette e era gostoso demais ver os dois atuando juntos, eles tinham muita química. Toni Collette é chover no molhado, essa atriz é de outro mundo, mas comparado aos filmes dela que já assisti, acredito que 'Wanderlust' é um dos seus melhores trabalhos, a forma como essa mulher construiu a Joy, como ela interpretou, as cenas onde ela parecia totalemtne perdida, ou iluminadamente feliz, é coisa de outro mundo... trouxe densidade á personagem, uma expressão facial sem igual pra alguém que não pareia realizada, mas sabia exatamente aonde queria estar. Toni Collette já foi indicada várias vezes ao Globo de Ouro e ao Bafta, além de uma indicação ao Oscar, mas precisa muito ser reconhecida, pelo menos pelos dois primeiros, que são mais justos na hora de premiar pelo menos.
O resto do elenco é ótimo, atores competentes e bem versáteis também...adorei todos os coadjuvantes da série.
'Wanderlust' não é uma obra prima em forma de série, mas com certeza é uma das melhores coisas que assisti nos últimos tempos... acredito que séries curtas, contendo poucos episódios se desenvolvem melhor e conversam mais fácil com o público... e 'Wanderlust' tem exatamente essa premissa. Além de ser uma série em pudores, que trata o sexo de forma bem comum, sem estresse, nos proporcionado cenas que NUNCA seriam exibidas em novelas da Globo, porém, são atos que qualquer pessoa no mundo fez, ou tem vontade de fazer, e na série é tratado de uma maneira bem deliberada, sem agredir o público que não tenha vergonha com este tipo de assunto.
O Método Kominsky ganhou o prêmio de melhor série Comédia/Musical no Globo de Ouro este ano, surpreendendo muita gente, incluindo eu, por não achar que uma série novata e curta já fosse conquistar os críticos estrangeiros de hollywood assim tão rápido.
Ao assistir a série recentemente no Netflix, fui surpreendido positivamente. A série trata de dois amigos na terceira idade, Sandy e Norman (Michael Douglas e Alan Arkin), o primeiro um ex-sucesso em Hollywood e hoje um professor de atuação respeitado, e o outro seu ex-agente, que agora na velhice têm que lidar com situações que os homens nesta idade precisam lidar. No caso de Sandy (Douglas) a solterice e uma nova namorada de sua faixa etária, com seu temperamento e arrogância no caminho para atrapalhar as coisas, problemas financeiros, uma turma de alunos um tanto quanto disfuncionais e a descoberta de uma doença que o leva a passar pela a horrível experiência de passar por um urologista (cena esta que me deu coisas, como diria o Doutor Chapatin). Já Norman (Arkin) precisa lidar com a morte de sua esposa depois de 50 anos juntos, a solidão recente, a volta da filha viciada e desviada, a rabugentisse coloquial e o assédio de pessoas interessadas em sua pessoa depois que sua esposa falece. Dentro deste contexto todo, os dois ainda tentam fortalecer a sua amizade que vêm de anos.
Tanto Michael Douglas quanto Alan Arkin têm uma química incrível juntos, afinal já são atores de décadas de experiência, mas o roteiro funcionou perfeitamente para os dois, e ambos dão um show em cena, roubando a atenção do show, e as melhores cenas são quando os dois estão juntos contracenando e se estranhando. E Michael Douglas levou o globo de Ouro de Melhor Ator em uma série cômica/Musical por seu papel como Sandy Kominsky.
Chuck Lorre (de The Big Bang Theory, Two and a Half Men e Mom) criou mais uma série de humor interessantíssima, porém diferente das três citadas, além do humor ela têm a terceira idade como pano de fundo, sem deixar de passar certas mensagens, mais na linha do caráter. Diferentes das outras séries citadas, aqui você não vai ficar rolando de rir (em Big Bang e Tho and a Half Men, você rola de rir, mesmo com episódios repetidos, que você já sabe qual a piada, mas ri como se fosse a primeira vez), mas vai encontrar situações cômicas que farão você se impressionar e sentir vergonha alheia pelo personagem e vai se pegar sorrindo com o acontecido... ou seja, a piada não está nas falas e sim nas ocasiões. Esse é o grande trunfo da série de Chuck Lorre, uma comédia mais cabeça, mais adulta se assim posso dizer, algo mais amadurecido, sem o peso de uma emissora de TV, que dá a liberdade necessária para a série ser do jeito que ela acabou sendo.
Temos ótimos personagens coadjuvantes, com as ótimas atrizes Emily Osment, Sarah Baker e Nancy Travis e Susan Sullivan, todas ótimas em seu papel, com destaque para Susan Sullivan como Eilleen, a esposa de Norman que falece e que têm ótimas cenas com Alan Arkin.
A série é bem gostosa de se assistir e te prende desde o primeiro episódio, com duração mínima, não há episódios arrastados e não cansa no meio do caminho, tudo flui naturalmente e os episódios são bem dirigidos. Não é o melhor trabalho de Chuck Lorre, mas é algo diferente, fora da curva dos sucessos que ele vêm apresentando na TV americana nos últimos anos.
Recomendado para qualquer pessoa que goste de maratonar séries bacanas.
PS: Com certeza o episódio 2 é o melhor de todo o show.
Quando 'Dead to Me' estreou no Netflix e vi que tinha James Marsden e Linda Cardellini no elenco, eu sabia que eu iria assistir de cara, sem me preocupar com a sinopse, e logo depois vi que é protagonizada pela a já competente Christina Applegate da série Married With Children, do super engraçado Al, lembram?
Por ter toda essa galera que sou fã, fui assistir a série as cegas e me surpreendi com a melhor série que eu assisti nos últimos tempos, muita cômica, drama na medida certa, personagens mais do que carismáticos, trama envolvente e sem firulas ou 'barriga'. É incrível como tudo na série funciona perfeitamente, na é forçado e se desenrola numa naturalidade gostosa, que te envolve com a trama e os personagens, até os coadjuvantes... não é surpresa nenhuma se você se pegar torcendo para ambas Jen e Judy, ou até mesmo o Steve, pegar empatia pelo Abe, ou não conseguir pegar raiva pela mãe do falecido esposo de Jen.
Depois que o marido de Jen (Crhistina Applegate) é atropelado na estrada por um Mustang 66, ela vai para um grupo de apoio que lida com perdas, relutante no começo, ela acaba fazendo amizade com Judy (Linda Cardellini) que na verdade é a autora do atropelamento do marido de Jen. Judy se sente culpada e quer compensar o seu ato ajudando Jen de alguma forma, sendo amiga por exemplo. Judy está se separando de Steve (James Marsden) e a partir daí, inúmeras situações, cômicas e dramáticas acontecem.
Christina está INCRÍVEL como Jen, doida, descontrolada, sagaz, fútil, direta, "Não" a cada dez palavras que profere, ela dá um show de interpretação principalmente nas cenas dramáticas, como segura bem uma cena que exige demais da atriz. Obviamente suas melhores cenas são contracenando com Linda Cardellini, ali é de deixar o espectador hipnotizado tamanha é a competência das duas.
Linda está perfeita no papel de Judy, parece que o papel foi criado pra ela, todos os trejeitos que Linda criou para personagem, não parece algo criado, para ser já genuíno, parece que a personagem tem vida e as duas são irmãs gêmeas. Gosto muito da Jen, mas Judy é minha personagem preferida da série, adoro ela de paixão, casaria com Judy fácil, ela doida e apaixonante, mas tem um defeito adorável que é baixar a cabeça para todos, sempre querendo agradar. Sempre que Steve grita com ela, ou segura ela com força machucando-a, Judy reclama, Steve pede desculpas e eela solta "It's OK'... e não é só pra ele, é com todo mundo, com Jen principalmente, com Abe também, com todos... você perde as contas de quantas vezes alguém diz 'Sorry' pra ela, estando erradíssimo e ela em seguida responde 'It's OK' trazendo a culpa pro lado dela...hilário e apaixonante.
James Marsden está ótimo como Steve, gosto muito dele, o acho um ator completo e muito profissional, e faz ótimas cenas tanto com Linda Cadellini quanto com Christina Applegate. Como já sou fã dele desde o Ciclope de X-Men, Encantada, A Caixa, entre outros filmes, ele foi a razão de eu ver a série ás cegas.
'Dead to Me' é ótima, uma série super gostosa de assistir e que não cansa de jeito nenhum, você quer matar a série logo, na hora, não quer esperar pra ver o outro episódio no dia seguinte, coisa que fiz, dá vontade de ja ver o próximo, e o que faz a série sair ganhando é que é curtinha, de 25 a 30 minutos por episódio, o que faz ela não ser cansativa, de não ter cenas que enchem linguiça pra preencher espaço...tudo já explicado bem e salta para o próximo acontecimento. Eu mesmo já quero assistir tudo de novo, porque não enjoa, é muito divertido...que série sensacional.
Olha dou nota 10 fácil, não é uma obra-prima, mas é brilhantemente bem construída.
Das séries da Marvel/Netflix que saíram antes de Defensores, a que mais me surpreendeu foi Luke Cage, por mais que a reta final tenha sido um pouco fora da curva, bem fantasiosa, destoando da proposta geral da série, ainda assim foi algo maravilhoso, inteligentemente bem criado, trazendo muito conteúdo da comunidade negra americana... foi uma grata suprersa. Já esta segunda temporada, infelizmente ela não manteve aquele alto nível apresentado no primeiro ano, caindo um pouco de produção e sendo bem imparcial com alguns personagens.
Um dos pontos principais pra este ano não ter funcionado tanto é o protagonista, Luke Cage, seu arco é bem desinteressante, soando por vezes arrogante demais, confiante demais, sendo que visivelmente ele estava sempre um pé atrás das pessoas que ele estava tentando derrubar. Cage não evolui muito durante a série, sempre está na mesma posição, com os mesmos princípios, mesmo quando sabe que está equivocado ou quando não é o melhor caminho a seguir, os primeiros episódios envolvendo sua relação com Claire Temple é bem clichê, e o resultado final se torna bem previsível e maçante.
Muito do fato de o arco de Cage ser desinteressante e não prender a minha atenção nele se deve aos vilões que tomam o protagonismo na série, o arco deles é dez vezes mais interessante que a de Cage, mesmo a construção inicial de Bushmaster ter sido bem abaixo, bem clichê, e bem deixada no ar, á partir que os episódios avançam, algumas peças começam a se encaixar e entendemos melhor o passado do vilão e suas motivações ficam mais claras, mais conclusivas, mais diretas, mesmo vindo tardiamente na trama, passamos a enxergá-lo diferente do que no começo e até a torcer bem timidamente em sua vingança contra os Stokes.
Pra mim, o ponto alto da série com toda a certeza foi Alfre Woodard, como Mariah Stokes, atriz que já conheço dos tempos de 'Desperate Housewives', super competente e incrível, Alfre dá um show de interpretação na série e toma toda a atenção pra si. Seus trejeitos, a rigidez, a arrogância, a ganancia, a insegurança e a auto confiança dessa personagem fizeram ele ater um crescimento absurdo na série ao ponto de boa parte do protagonismo ser direcionado a ela. Com certeza, de inúmeras cenas sensacionais e impactantes que temos dela na temporada, duas se destacam: - O diálogo com a filha, Tilda (Gabrielle Dennis), no episódio 9, foi um dos diálogos mais sensacionais que vi em séries dramáticas, foi um colírio ver Alfre dando um show de interpretação e dramaticidade, uma cena forte e vigorosa de encher os olhos. Foram mais de 5 minutos de puro brilhantismo artístico. - A cena na Gwen's, no massacre, e quando Mariah Stokes Dillard acaba por queimar vivo um personagem com o rum bushmaster...ali sua personagem deu uma virada parecida com a da primeira temporada, e ali ela se perdeu completamente em suas motivações, caindo em desgraça, selando seu destino. Sensacional.
Theo Rossi esteve muito melhor como Hernan 'Shades' Alvarez, além de gostar muito de Theo atuando, virei fã do ator, peguei empatia para com Shades, mesmo com sua dualidade no caráter, e nesta temporada ele está bem melhor trabalhado.
Mustafa Shakir como Bushmaster, esteve muito bem no seu papel e seu sotaque jamaicano, seu personagem demorou um pouco para engrenar, fazer sentido, se enteirar na trama, mas uma vez que conseguiu se firmar passou a ter empatia de minha parte.
Simone Missick esteve ótima como sempre fazendo a Misty Knight, agora finalmente ganhando seu braço biônico, quando parecia que faltava protagonismo para ela, isto foi compensado nos episódios finais onde ela teve uma participação maior na resolução da trama.
No mais temos as participações de Elden Henson como Foggy Nelson, Finn Jones como Danny Rand, fazendo a menção com os quadrinhos da Marvel, onde Luke Cage e Punho De Ferro protagonizam a revista 'Heróis de Aluguel' frase mencionada na série. Também temos Jessiva Henwing como Coleen Wing em um episódio, também fazendo menção aos quadrinhos da Marvel, afinal, Misty e Colleen trabalham juntas nos quadrinhos, como heróis de Aluguel em uma nova formação e também em uma revista chamada 'Filhas do Dragão'. E se Rosario Dawson, a Claire, era a onipresente nas séries da Marvel/Netflix, agora nós temos Rob Morgan como Turk Barrett sendo o onipresente, aparecendo em todas as séries da casa.
O segundo ano de Luke Cage desce dois degraus comparado ao primeiro ano, a boate 'Harlem's Paradise' continua trazendo artistas conhecidos e desconhecidos incríveis para se apresentar durante os episódios, assim como na primeira temporada, além de termos o sensacional Gary Clark Jr.,temos um músico que não consegui encontrar o nome dele mas eu o achei sensacional, pra quem assistiu a série, é um gordinho que toca guitarra numa precisão e verocidade incrível, ele é ótimo, muito bom e possui um conhecimento técnico para tocar guitarra invejável...e o principal, toca com a alma. Porém,a boate perde um pouco de protagonismo sendo mais coadjuvante na série em termos artísticos, sendo apenas um ponto de encontro para se resolver assuntos ou soltar ameaças. Uma pena, a boate é a alma da série.
A reta final é bem morna...temos alguns desfechos, uns interessantes, outros bem clichês...mas no geral, o saldo é bem regular... esperava um pouco mais desta temporada, que acabou sendo a última infelizmente.
Depois de uma estreia bem competente, mostrando uma Jessica Jones bem mais áspera que a dos quadrinhos de Brian Bendis, e uma participação até que convincente na série dos Defensores... a segunda temporada acabou nos mostrando mais do mesmo em relação ao que foi apresentado na primeira temporada, com a diferença de que aqui não há um vilão pré-definido.
A trama desta temporada gira em torno de Jessica descobrir mais sobre como ganhou seus poderes no passado, devido a acontecimentos recentes de pessoas com poderes estarem sendo exterminados por uma empresa de fachada. A substância usada por essas pessoas que estão sendo exterminadas se assemelha muito ao MGH (Hormônio de crescimento Mutante) visto nos quadrinhos da Marvel para quem lê as revistas.
O fato desta temporada não ter um vilão propriamente definido, sim há um vilão que precisa ser derrotado no final, mas assistindo bem a série, o espectador irá perceber que não se trata realmente do vilão principal da série, e sim um antagonista que está vinculado com a história de Jessica. A escolha deste 'vilão' e de trazer de volta este passado da Jessica e vincular com muitas questões, ao meu ver de início não havia sido uma grande casada, achei muito clichê e uma desculpa boa para dar a virada no meio da série, porém não vou negar que nos últimos episódios, o peso dramático ficou adequado e de repente essa sequência toda encaixou no final que eles pretendiam contar, e aí começou a ficar aceitável e interessante de se acompanhar o desfecho.
Tudo que eu podia falar da Kyrtsen Ritter já falei no comentário da primeira temporada, ela é sensacional, competente, profissional, inteligente e vai do cômico ao dramático e ao ocasional com uma facilidade absurda...atriz completa e que segura muito bem a série.
Já Rachel Taylor está muito melhor neste ano, gosto muito dela atuando e ela tem umas nuances incríveis, e aqui sua personagem está muito mais dramática do que na temporada anterior. Eka Darville, ator fantástico, e como cresce seu personagem neste ano, nem de ´perto parece o Malcolm do ano anterior, muito mais seguro, decidido e centrado nos ideais.
Carrie Anne Moss, com sua Jeri Hogarth, neste ano tinha uma trama que seria sensacional pra acompanhar, com a descoberta de uma doença fatal para uma personagem que trata as pessoas como se fossem seus súditos, porém, infelizmente, o roteiro não favoreceu este aspecto, sua personagem depois da descoberta da doença, ao invés de lidar com os efeitos e as nuances que a mesma traria, acabou deixando isto de lado e focou na fragilidade com que Jeri têm em enxergar as pessoas em sua essência e também em sua montanha russa emocional devido á doença...poderia ter sido muito melhor do que foi e no final não influenciou tanto assim na trama como um todo. De positivo, apenas mostrou que Jeri no final não mudou tanto assim de caráter devido ao que lhe aconteceu (apesar de seu caráter ser bem duvidoso, ela só se tornou mais forte).
Brian Hutchinson esteve ótimo no papel de Dale, e cresceu muito a cada episódio que passou. Porém quem eu destaco mesmo foi Janet McTeer como Alisa Jones, Janet deu 'UM SHOW' nesta série, interpretou maravilhosamente bem e fez um par com Kyrsten que ficou interessantíssimo de se acompanhar, principalmente na cena onde as duas estão no quarto de hotel nos episódios finais e elas t~em uma longa conversa. Nota 10 pra ela.
Fora isso, as voltas de Wil Traval como Simpson por 1 episódio e a participação de Elden Henson como Foggy Nelson diretamente de Demolidor, participação bem pequena infelizmente. Além de David Tennant como Killgrave também uma participação breve, achava que seria em mais episódios, mas foi bom vê-lo de volta.
Ao meu ver o segundo ano não deixou a desejar, com um final de arco bem bacana, porém comparado ao primeiro ano, está um degrau abaixo.
É incrível como a série Agents of Shield melhora a cada temporada. Esta quarta temporada com certeza é a melhor temporada de todas, praticamente uma revista em quadrinhos em foras de série de TV, trazendo até algumas coisas bem clichês, mas é um clichê tão sutil, que não insulta a inteligência do fã (talvez apenas só a do telespectador comum).
Esta temporada é dividida em três atos: - O Primeiro é focado no Motorista Fantasma (Robbie Reyes), se não me engane, a terceira encarnação do personagem nos quadrinhos, á qual ainda não li, então fui de peito aberto para acompanhar algo que eu não conhecia ainda... um Ghost Rider que guia um carro, com um outro senso de justiça. Achei o Gabirel Luna foda como o personagem, ele colocou sua própria personificação de Ghost Rider, e fez um Robbie Reyes que foge um pouco dos quadrinhos, pelo que eu pude perceber do pouco que vi da HQ. Não á toa, depois de 2 anos da exibição da temporada, ele retorna ao personagem em uma série própria que será feita pela HULU...estou super empolgado.
-A Segunda é focada na MVA, Modelo de Vida Artificial, AIDA, que é criada pelo Dr. Radcliffe (John Hannah, da trilogia 'A Múmia'), ator que gosto muito por sinal. Todo este ato da AIDA, que deixa de ser uma serviçal de Radcliffe para se tornar a grande vilã da temporada é sensacional, e ver como tudo isto se desenrola, como ela quase tem razão em seus atos é algo magistroso. Mallory Janssen, a atriz que faz AIDA, é incrível na sua forma de atuar alguém que é um robô praticamente, e também quando tem que atuar sendo uma humana, atriz mais que linda, uma deusa, e super competente...já virei fã dela.
- O Terceiro ato, o melhor da temporada e de toda a série até aqui, se passa em poucos episódios, no fim da temporada intitulado, 'Agents of Hydra'. Dentro do 'Mainframe', um mundo criado por Radcliffe e AIDA, a Hydra domina o mundo e a SHIELD é vista como rebeldes, e tudo lá é diferente, com papéis invertidos do mundo real, sem entregar muitos spoilers, mas só pra se ter uma ideia, Fitz é um vilão nesse mundo e Simmons está morta neste mundo... isso não estragará a sua experiência, porque neste mundo, nem tudo é o que parece... fora que antigos personagens que há tempos não aparece e outros que já morreram, voltam a aparecer neste mundo (menos uma dupla que eu adoro, infelizmente).
Dos rostos novos, além Mallory e Gabriel Luna, nós temos John O'Mara como o Protetor, novo diretor da SHIELD, é legal ver que a Marvel TV traz personagens bem obscuros das HQ's que eu até desconhecia, e os insere na série de TV de uma forma totalmente inusitada (pena terem deixado Clay Quartermain de lado até hoje). José Zuñiga, como o tio de Robbie Reyes, Eli Morrow... Zach McGowan como o vilão Anton Ivanov, está muito bem no papel... Além das voltas de Natalia Cordova-Buckley como a 'YO-YO Rodriguez' a parceira/caso amoroso de Mack. Patton Oswald fazendo os irmãos Koening, gosto muito deste ator, muito versátil na forma de atuar. Além de sempre ser bom ver Adrian Pasdar como 'Glenn Talbot', acho ele muito bom...e a volta de Brent Dalton dentro do 'Mainframe' como Grant Ward.
Essa temporada tem muitos pontos altos, e diferente da terceira que tinha mais cenas emotivas dentro de uma assunto mais instigante e inteligente...nesta temos mais ação ininterrupta e assuntos complexos como, daonde ve a origem do Motorista Fantasma e a que mundo ele pertence...o inferno mesmo? Fora toda tecnologia que envolve AIDA e a criação do 'Mainframe'. De longe é a melhor temporada de todas.
PS: o elenco principal nem merece mais linhas, não só dominam muitos bem seus personagens, como se tornaram e cresceram como grandes atores...em especial Clark Gregg e Chloe Bennet. Sem falar que Iain De Caestecker, que faz Fitz deveria levar um Emmy, algum prêmio...que ator completo...ele e a linda da Elizabeth Henstridge, atriz completaça que nesta temporada tem sua melhor performance, superando a da terceira...
Agents of Shield vai a cada ano só melhorando e melhorando.
PS 2: Pra não deixar de citar...aqui a repercussões com os acontecimentos de Capitão América Guerra Civil e o registro dos Super-dotados.
Quando a Marvel Studios anunciou sua fase 3 lá em 2015, 'Inumanos' era o filme que fecharia essa fase, logo depois do filme da Capitã Marcel, bem depois de Vingadores Guerra Infinita. Óbvio que muita coisa mudou, e no caso de 'Inumanos', o projeto deixou de ser um filme, onde encontrou muitas dificuldade, para se tornar uma série de 8 episódios. Desde começo fiquei empolgado e curioso para saber como seria um filme dos Inumanos, mas depois que ela virou uma série, os meus ânimos baixaram por ficar me perguntando como ela se ligaria ao MCU agora que foi transplantada para a TV. Quem já assistiu sabe que a série não faz nenhuma menção ao MCU e vive ali no seu mundinho fechado, que já é um erro tremendo.
Depois de tardiamente acompanhar os 8 episódios na Netflix, posso dizer que 'Inumanos' é uma série fraquíssima, chatinha, horrível e nada inspiradora, que não tira o melhor do que os Inumanos são.
Os Inumanos são seres humanos que foram modificados geneticamente pela raça Kree (que aparece no filme da Capitã Marvel) em sua primeira passagem pela Terra. Eles deixam para essa raça os Cristais Terrígenos, que uma vez que usados em humanos potencial genéticos, acabam despertando sua forma Inumana, pode ser apenas com poderes como o Raio Negro, ou em sua forma como Triton e Gorgon.
Sempre li poucas coisas dos Inumanos nos quadrinhos pela falta de revistas próprias dos mesmos, então os via mais em grandes sagas ou nas histórias do Quarteto Fantástico... mas já chegava preparado para uma adaptação para as telas. Me decepcionei...
A série como falei é fraquíssima, não explora os Inumanos como deveria, tenta os tratar como uma família, mas que aqui é bem disfuncional e não convence como uma família real. Não desenvolve bem seus personagens, os protagonistas da série, apesar de serem talentosos, não passam o protagonismo que deveriam passar... a virada na história acontece muito no começo sem dar tempo de apresentar os personagens ao público, e toda a trama é bem básica e pouco inspirada.
Raio Negro (Anson Mount) foi pouco aproveitado na série, mais pro final ele tem um certo protagonismo, não é o fato de não falar que o faz dele pouco interessante, mas o roteiro falhar em dar a ele o protagonismo que o personagem merecia. O protagonismo mesmo fica com Medusa (Serinda Swan) que é boa atriz, mas que na minha opinião sofreu com a escolha dos roteiristas em deixar Medusa mais como uma fugitiva/justiceira aspirante do que a legítima rainha de Attilan, e óbvio a péssima e horrenda ideia de raspar seu cabelo, que é o poder dela de Inumana, e passar a série toda sem poder, sem cabelo, correndo pra lá e pra cá, sem resolver muita coisa... descaracterizaram a personagem vergonhosamente.
Ainda temos na série Ken Leung (como Karnak) e Henry Ian Cusick fazendo novamente uma série juntos desde 'Lost'. Mike Moh fez 'Triton' o Inumano aquático que ficou boa parte da série fora, e no final não teve uma cena de destaque, vai entender os roteiristas. E minha grande crítica vai para Isabelle Cornish, que faz Crystalis, de longe a pior interpretação da série... fraca, boba, sem inspiração, sem nada, pior que a Bela em Crepúsculo, destoaram totalmente da Crystalis que conhecemos, e a atriz fez uma adolsecente bem birrenta, que depois fica deslumbrada com a Terra e um jovem, em pseudo romance totalmente desnecessário e bobo. Horrível, nem os poderes dela foram bem aproveitados. Dentinho, o cão inumano de Crystalis, criado em CGI ficou bem bonitinho, mas bem mal aproveitado também...
Não tem muito mais o que falar, parece mais uma série tipo B, as cenas de ação são péssimas e os efeitos bem pobres, chega dá vergonha. Como se fosse aquelas séries que passavam no SBT no começo dos anos 2000, com orçamento reduzido. O único ponto positivo da série foi Iwan Rheon, como o vilão Maximus, irmão de Raio Negro, ator ótimo com uma veia dramática excelente, vinha de Game of Thrones para trazer seu talento para uma série sem inspiração... e olha que ele se doou, fez um belo trabalho.
Prefiro os Inumanos apresentado e representados na série Agents of Shield...lá ficou muito mais interessante e bacana.
Olhos que Condenam
4.7 680 Assista AgoraNos tempos atuais onde a representatividade está em alta e cada vez mais ocupa espaço no mundo do entretenimento, não era de se espantar o sucesso que a série Olhos que Condenam (When They See Us) fez quando foi lançada. Mas arrisco a dizer com uma porcentagem grande de certeza, que se esta história fosse lançada na década de 2000 ou começo da década de 2010, em uma rede de TV fechada ou aberta nos EUA, não teria feito o mesmo sucesso e nem teria a mesma relevância como teve e fez ao ser lançada na Netflix, mundialmente para uma parcela imensa de pessoas planeta afora com todos os episódios já disponíveis para conferir.
Baseada em um história real, eu particularmente, nunca havia ouvido qualquer menção a este acontecimento no passado, diferente por exemplo do acontecimento que envolveu Richard Jewell nas Olimpíadas de 1996, onde ouvi sobre o acontecimento, mas não sabia dos detalhes. Me chocou bastante ver que o que acometeu os Cinco do Central Park foi não só real, mas também hediondo e nos mostra como o preconceito com o negro vai além do que possamos imaginar.
Sem me prender muito na história, que já está bem detalhada não só na sinopse, como no primeiro e estrondoso episódio, devo exaltar o elenco:
De longe a melhor interpretação de todo elenco na minha mais modesta opinião...JHARREL JACKSON. Sua interpretação para Korey Wise foi magistral, o único do elenco a interpretar um dos cinco do Central Park na infância e na vida adulta... Jharrel ganhou muita massa muscular para fazer a transição de idade de Korey e tanto sua interpretação na delegacia com seu total desespero em estar confessando algo de que nem tinha ideia, como na parte adulta com suas cenas fortíssimas de isolamento por anos nas solitárias pelas prisões que passou são dignas de uma performance lembrada pelo Oscar. O quarto episódio é todo focado na experiência de Korey na prisão, e Jharrel pegou toda a angústia, desespero, esperança, desconfiança de Korey e entregou um trabalho formidável e é impossível alguém não se emocionar não s´com a série em si, mas com a passagem de Korey, e não tirar dali algo para a própria vida.
Temos também Asante Blackk e Justin Cunningham fazendo Kevin Richardson na infância e vida adulta, com um destaque maior para Asante que foi outro ator que entregou uma interpretação gritante e fortíssima, é perceptível toda a inocência que Asante trouxe para sua interpretação que é a base do que era Kevia na adolescência, um garoto ainda inocente pro mundo, que ainda não tinha conhecimentos sobre sexo.
Caleel Harris e Jovan Adepo, interpretaram Anton McCray e ambos fizeram um ótimo trabalho. Jovan até tem mais destaque por todo o relacionamento problemático com o pai, Bobby McCray, e rende cenas emocionantes com Michael K. Williams.
Ethan Herisse e Chris Chalk interpretaram Yusef Salaam, Ethan fez um trabalho incrível e era possível ver a dor do personagem estampada na interpretação de Ethan. Já Chris Chalk (Lucius Black da série Gotham) trouxe mais serenidade para o personagem na vida adulta, uma vez que o próprio Yusef é um homem muito mais sensato com o passar dos anos, como visto no programa especial com Oprah Winfrey.
Marquis Rodriguez e Freddy Miyares fizeram Raymond Santana Jr., e há um diferença entre os dois... Marquis faz um Raymond mais inocente também, porém ele entende o que precisa ser feito já de início, mesmo que seje uma mentira, ele tem conhecimento que é assim que as coisas funcionam para quem é afro-americano e pobre. Já Freddy faz um Raymond que mesmo estando deslocado com a vida e a família, sem saber por onde recomeçar, é mais centrado consigo mesmo, tem um força interior que sabe indicar o ponto certo a seguir na vida, a direção correta, porém, como a vida consegue ser cruel com algumas pessoas, ele toma um caminho errado e mesmo assim lida com isso de cabeça erguida.
Além de termos no elenco coadjuvante o já talentoso John Leguizamo, temos um elenco feminino competente que rouba a cena em vários momentos, e destaco as atrizes que já conheço... Felicity Huffman (Desperate Housewives) que faz a Advogada Linda Fairstein que é responsável por colocar os Cinco na prisão. Vera Farmiga (Invocação do Mal) que faz Elizabeth Lederer, Niecy Nash que faz a mãe de Korey, Delores, em uma interpretação fortíssima e de encher os olhos (pessoalmente, é bem difícil não pegar ranço de Delores). Além de Famke Janssen (X-Men e Busca Implacável) que faz Nancy Ryan, que sempre tentou procurar a verdade no caso ao invés de seguir o caminho mais distorcido, a falsa justiça.
Fora o elenco coadjuvante masculino contendo o ótimo Joshua Jackson fazendo o Advogado dos Cinco, Mickey Joseph... Blair Underwood (Agentes da SHIELD) como Bobby Burns, advogado de Yussef...Logan Marshall-Green (Prometheus) como o oficial Roberts que desenvolve um relacionamento amigável com Korey na prisão.
Porém o destaque coadjuvante fica mesmo para Michael K. Williams que faz o pai de Anton, Bobby McCray... como visto no programa especial de Oprah, que também está no Netflix, Michael foi vítima de agressão pelo fato de ser negro no passado, o que lhe rendeu uma cicatriz no rosto, e na época que aconteceu o estupro e o julgamento, ele disse ter medo de ser tachado como alguém semelhante aos Cinco pelo fato de temer uma agressão de desconhecidos na rua.
Sua atuação é brilhante e muito emocionante, com certeza teve que trazer toda uma carga dramática absurda para fazer o pai de Anton, um homem que foi injusto com seu filho e com sua família, e que mais tarde se arrependeria do que fez, porém já estava com a saúde debilitada devido a uma grave doença nos pulmões, o que implica um arrependimento para poder ser perdoado e receber ajuda de sua família... não saberemos ao certo, afinal, não cabe a nós julgar abertamente. Michael merecia e muito algum tipo de premiação ou reconhecimento pelo trabalho mostrado nesta série.
E claro, o grande mérito vai para Ava Duvernay (Selma- Uma Luta pela Igualdade) produtora, roteirista, diretora, criadora da série, reuniu esse elnco incrível e soube tirar o melhor de cada um para entregarem esta experiência incrível de cinco homens que tinham que ter suas histórias contadas para o mundo, para sabermos o que aconteceu com suas vidas depois de um acontecimento tão repugnante, tão chocante, tão desumano. Ava tem uma visão formidável para contar e montar uma história e espero que daqui para frente a indústria leve a sério seu conhecimento para que ela tenha caminho aberto para nos contar grandes histórias na TV e no cinema. E obviamente ela teve uma ajudinha de Robert De Niro e Oprah Winfrey que também foram produtores da série.
Olhos que Condenam com certeza foi uma das melhores séries do ano passado e merecia mais visibilidade das premiações, vencendo apenas o Critics Choice Awards de melhor minisserie e Ator para Jharrel Jerome, que também levou o prêmio no EMMY, que também deu o prêmio de melhor elenco para as série, porém dois prêmios de 16 indicações no EMMY é pouco, sendo que a série foi esnobada completamente no Globo de Ouro, o que foi uma surpresa gigante.
Mesmo assim, não tira o mérito da série que DEVE ser conferida por qualquer ser humano que se preze, por qualquer cinéfilo que se preze.
Uma Obra-Prima.
(Março/2020)
Mad Men (5ª Temporada)
4.6 206 Assista AgoraA quinta temporada de Mad Men foi uma das mais interessantes de toda a série, incrível como a série de Matthew Weiner não perde o brilho de forma alguma, só melhora a cada episódio e a cada temporada.
Esta temporada tem várias nuances interessantes, uma delas é com Joan (Christina Hendricks) que acaba tendo dificuldades em seu casamento quando seu marido retorna para casa e logo em seguida sairá novamente para se ausentar por mais 1 ano. Joan acaba virando mãe solteira e além de ter ajuda da mãe nos cuidados com a criança acaba passando por uma prova de fogo na agência que muda toda sua posição lá dentro.
Peggy (Elizabeth Olsen, magnífica como sempre) é outra que sempre cresce dentro da série, claro pela posição de protagnosta, mas nesta temporada ela agrega mais, sua personagem se torna mais forte, e mais confiante, inúmeras são as vezes que ela peita Don e Megan na agência e se impõe em alguns trabalhos lá dentro... seu final é não só surpreendente como traz novos ares pra personagem para o novo ano.
Outro que se destaca é Peter Campbell (Vincent Kartheiser) que está casado, óbvio, com Trudy (Alison Brie, muito desperdiçada na série) morando no campo, com um bebê e um psto alto na agência e trazendo os melhores clientes, porém, ao decorrer da temporada Peter nos conta o quão miserável ele é, pois segundo ele, não possui nada, não tem nada, é infeliz, arruma um caso, não dá ouvidos a mulher, e o bebê pelo visto não o completa em termos de família, e na agência sempre aparece que seu esforço não é valorizado. Incrível como um homem que tem tudo, acha que não tem nada, por puro ego ou enfezamento.
Mas com certeza, quem mais me surpreendeu neste ano foi Lane Pryce (Jared Harris) um dos personagens que caiu mais no meu gosto desde que entrou na série, um dos mais engraçados e um dos que estavam com o carisma lá encima. Lane teve alguns problemas com a receita federal, logo quando sua esposa já estava afeiçoada à vida na América... esses problemas com a receita fez com que Lane tomasse algumas atitudes dentro da agência que fizeram com que seu personagem tivesse uma das mais impressionantes viradas no fim da temporada, em um dos episódios mais diferentes de toda a série até então.
Não vou citar todos porque aí fica grande demais a resenha, mas vou destacar também os atores John Slattery e Jon Hamn que dirigiram alguns episódios neste ano, 2 para Slattery o quarto e o sétimo, e um para Hamn, dirigindo o quinto. Isto mostra como o elenco está tão envolvido com o crescimento, qualidade e com a história da série.
PS: Kiernan Shipka continua brilhando, é incrível como colocam a pequena Sally envolvida em temas tão adultos como sexo oral, traição, manipulação familiar, inveja e mesmo sendo mulher, menstruação. ATRIZ com A maiúsculo.
(Março/2020)
O Método Kominsky (2ª Temporada)
4.3 50 Assista AgoraChuck Lorre, na década de 2000 para esta de 2010 tem sido um dos melhores e maiores nomes dos Sticoms de comédia, tendo em seu portifólio os já eternizados 'Two and A Half Men', 'The Big Bang Theory', e a mais recentemente 'Mom' e esta nova série 'The Kominsky Method' que já caiu nas graças do público que assina a Netflix.
A segunda temporada continua com a mesma excelência que a primeira, bem ácida e ao mesmo bem dramática e amigável... como já havia dito da primeira temporada, acredito que 'O Método Kominsky' têm em seu trunfo o fato de não ser exatamente uma série de comédia como as já citadas acima. Chuck Lorre explora este show de uma forma diferente dos outros, aqui o foco mesmo é a amizade rabugenta entre Sandy e Norman (Michael Douglas e Alan Arkin) que evolui com os episódios sem perder a rabugentisse, e essa amizade e as consequências de seus atos em suas vidas particulares é que elevam o nível de parceria deles e trz situações muito mais dramáticas, mas de uma forma cômica.
Tudo que acontece dentro da série tem sua carga dramática, tem algo mais carregado, porém a vida destes dois sujeitos são tão peculiares que esses acontecimentos acabam se tornando cômicos, e a série por mais que seje de comédia, esta comédia fica mais em segundo plano, fica mais na ácidez das falas dos personagens com as situações dramáticas e constrangedoras do que nas cenas em si. Você não vai rolar de rir como num episódio de Chaves ou Chapolin como em 'Two and A Half Men' que era comédia pura e risada garantida a cada dois minutos... ou como em 'The Big Bang Theory' diversão garantida e risos incontroláveis em uma série que pegava mais os jovens, dado o seu conteúdo nerdístico... em 'O Método Kominsky' o riso está lá, bem mais contido nos episódios, são na maneira como eles lidam com os acontecimentos que você achará graça ou soltará um sorriso mais irônico.. sendo só um pouquinho arrogante, acho que é uma comédia inteligente para pessoas peculiares.
Nesta temporada temos três participações especiais de tirar o chapéu... a primeira é Bob Odenkirk, ou Melhor chamar o Saul (de Breaking Bad e Better Caul Saul), fazendo um médico que atende Sandy com pequenos sintomas suicidas, bem hilário sem rolar de rir ( por isso a arrogância em citar comédia inteligente). A segunda e terceira é no episódio final com a incrível Alisson Jenney (de Mom, série também de Chuck Lorre) como ela mesma e Hayley Joel Osment (Sexto Sentido, 'I See Dead People') fazendo o neto de Norman em um papel cômico mas não hilário, que não é um ponto ruim, mas entendem o quero dizer com algo que é cômico,mas não é hilário de rolar de rir?
Sarah Baker tem muito mais participação neste ano, porém acho que sua interpretação ás vezes é um pouco clichê, poderia arriscar um pouco mais pois sua personagem é belo contraponto para Sandy.
Uma ótima aquisição para este ano foi Paul Reiser, fazendo o 'namorido' de Mindy, Reiser têm uma ótima veia cômica, teve um entrosamento muito bacana com Michael Douglas, e gostei muito da cena no sexto episódio onde ele vai á frente do palco na aula de Sandy se apresentar aos alunos e ele acaba fazendo um pequeno monólogo sobre sua vida e o episódio termina com ele falando 'end of Scene'...achei genial e emocionante.
No mais têm o retorno durante um episódio de Sarah Sullivan como Eilleen, Nancy Travis volta como Lisa, sempre muito bem... e Lisa Edelstein como Phoebe, filha de Norman que é uma ótima personagem e Lisa é uma atriz sensacional, porque vai do cômico ao dramático em segundos num estalar de dedos... poderia ser melhor aproveitada futuramente se a série for renovada.
'O Método Kominsky' está indicado em várias premiações como Globo de Ouro, SAG'S e Critics Choice em categorias como Melhor Série e Melhor Ator, e não só torcerei muito pela série como torcerei neste ano por Alan Arkin que nesta segunda temporada, matou a pau em interpretação.
21/12/19
Breaking Bad (5ª Temporada)
4.8 3,0K Assista AgoraPoucas séries conseguem ser excelentes desde o primeiro episódio até o último... Breaking Bad consegue esta façanha, TODOS os episódios SEM EXCEÇÃO são SENSACIONAIS, um nível de expectativa e excelência dificílimo de se ver nos outros shows.
A cada temporada que passava o nível da história dos personagens e do conteúdo só aumentava, cada vez melhorando e nunca caminhando para trás, muito mérito de Vince Gilligan criador do show que se dedicou por seis anos em criar uma história de um professor com câncer e um delinquente traficante em parceiros na criação de metanfetamina.
Bryan Cranston foi um monstro durante toda a série, criou uma atuação para seu personagem Walter White/Heinseberg brilhantemente uma atuação de encher os olhos, e todos os méritos também para ele por não só ter dirigido vários episódios do show, mas por também fazer parte da produção, mostrando que Bryan vestiu a camisa da série e se dedicou de corpo e alma ao projeto.
E também, é de se encher os olhos ver a transformação de Walter White, um professor até certo ponto frouxo e omisso em Heisenberg, um senhor do crime astucioso e detalhista que alcançou tudo que almejava. E o quanto foi gratificante ver o protagonista da série por quem torcíamos para se curar do câncer e conseguir se salvar das furadas que se metia com Jesse em tentar vender suas metanfetaminas, se transformar no vilão da série, o antagonista que no final, ganhou minha antipatia e cometeu atos dos quais não aprovei e uma mudança de caráter pelo fato de o poder subir a cabeça, chegando ao ponto de torcermos contra ele e tudo o que lhe veio nos momentos derradeiros do show foi mais do que merecido.... pelo menos para mim é claro.
Não vou me aprofundar muito no restante do elenco, são muitos atores a atrizes talentosíssimos, como Krysten Ritter AKA Jessica Jones (pianinho de abertura de fundo) Bob Odenkirk, Anna Gunn entre outros, sem esquecer de Aaron Paul, que foi outro que transformou seu personagem Jesse Pickman, de um cagão em alguém que era puro remorso e rancor.
Uma das MAIORES OBRAS PRIMAS da TV americana de todos os tempos.
Mad Men (4ª Temporada)
4.6 173 Assista AgoraMais uma vez, Mad Men segue mantendo seu altíssimo nível de excelência...esta quarta temporada conseguiu ser uma das melhores até então, graças é claro ao ótimo e competente roteiro e visão de Matthew Weiner o criador do programa.
Este ano o ponto principal em manter a série com frescor novo e ter novos contratempos, foi justamente fazer com que a Sterling-Draper-Cooper-Pryce andasse com suas próprias pernas, dando uma liberdade maior aos personagens que fazem parte do escritório de se desenvolverem com seus contratempos e rotinas, fora o fato de terem que criar para novas propagandas e companhias.
Um dos episódios mais bacanas foi o do falecimento de Anna Draper, muito emocionante a forma como se deu o último encontro entre os dois e mais á frente, a reação de Donald ao saber, por telefone , sobre a passagem de alguém que era mais família para ele do que qualquer outra pessoa. E durante esses acontecimentos, aparece a sobrinha de Anna Draper, Stephanie, interpretada pela Caity Lotz a Canário Branco de Arrow e das demais séries do DC/Warner.
Kiernan Shipka ganhou muito mais destaque do que na terceira temporada, além de ser incluída no elenco regular da série, e com episódios de muito destaque com alguns acontecimentos que me surpreenderam por se tratar de uma criança ainda interpretando situações que acometem uma mulher adulta, como falar inocentemente de sexo e quase ser pega se tocando sexualmente. Atriz muito talentosa a Kiernan.
John Slattery, que faz Roger Sterling, dirige dois episódios nesta temporada, os de números 4 e 12, algo que me deixou muito contente, já sou fã de John desde Desperate Housewives e Homem de Ferro 2, e todas suas participações no MCU, além de outros filmes como A Grande Aposta e por aí vai... saber que John se envolveu assim, tão diretamente no show, dirigindo episódios, dando sua visão, foi muito gratificante e só fez aumentar minha admiração por seu trabalho. Dos dois, o episódio 4 é o melhor até da temporada toda, ele fez um ótimo balançeamento entre humor e drama e deixou o episódio gostoso de assistir.
Pra terminar, achei uma sacanagem o Don deixar sua "namorada" Faye Miller (Carla Buono de Stranger Things), que ficou do seu lado em todos os momentos difíceis e colocou sua carreira profissional em risco/xeque por ele, para ficar com Megan (Jessica Parè) sua secretária e ainda noivar com ela num fim de semana com as crianças.
Don partiu o coração dela sem pensar duas vezes...e por mais que ele tenha sido máu-caràter e canalha... devo confessar que Megan combina muito mais com ele do que a Faye, e tem um 'plus', ela é francesa... enfim...
Mad Men continua sendo um arrasa-quarteirão de entretenimento e inteligência.
Mad Men (3ª Temporada)
4.5 155 Assista AgoraA Terceira Temporada segue a mesma linha das duas anteriores, a trama segue sendo ótima e prende o público na tela. Achei muito bacana o rumo que a Sterling-Cooper tomou durante o ano pois levou a história para um rumo bem inusitado.
Kiernan Shipka, que faz a pequena Sally evoluiu muito bem neste ano, teve uma participação maior, um protagonismo mais acentuado comparado ao irmãozinho dela na serie... não sei se foi imposição de empresário ou a produção que resolveu dar mais espaço para a talentosa atriz mirim na época. Um dos momentos legais dela é quando seu avô acaba por falecer e naquele episódio ela tem toda uma sequência que mostra como ela têm uma veia ótima de atuação no campo dramático. Outro ponto que gostei foi quando ela descobriu a maquiagem da mãe e começou a se produzir, logo depois roubando o beijo do menino e o sermão que tomou da mãe lhe dizendo que são os homens que têm que chegar nas garotas e não o contrário, coisa que era bem característica da época... toda essa sequência e a jovem Kiernan interpretou muito bem.
Senti falta de mais participação da ótima Alison Brie como Trudy, esposa de Pete, acho que ela e o Vincent fazem um ótimo par em cena e deveriam ser bem mais aproveitados, colocando quem sabe até uma nova crise na vida cônjulgal do casal, ou voltando com a vontade dela de ter um filho.
Bryan Bayy que faz Salvatore, o homem que é gay reprimido num casamento que não sabemos se é realizado ou não, teve uma ótima cena quando descrevia corporalmente a cena do comercial para sua esposa no quarto, quando educadamente se negou a fazer sexo com ela, e ali ela percebeu que seu marido era afeminado demais, gostei muito da cena e acho que ele é fera demais interpretando.
Toda a sequência com a morte do Presidente JFK e seus desdobramentos na vida dos funcionários da Sterling-Cooper foi muito bacana, e é legal ver que a série têm como trunfo focar muito nos acontecimentos da época e inserir a trama dentro dela, certas atitudes de alguns personagens são afetados drasticamente pelos acontecimentos reais que aconteciam naquela década.
Também foi bom ver a química de Jon Hamn e January Jones em seu casamento em crise/acabando, rendeu ótimas cenas dos dois trazendo dramaticidade certa para os episódios que ora eram densos, ora eram mais tensos.
Hilário foi a sequência na Serling-Cooper onde o filho do novo dono perde os pés num acidente maroto com um novo cortador de grama... soberbo.
No mais, toda a triiha sonora da série é nota 11, desde o começo, passando pelas músicas escolhidas para fechar os episódios até as originais criadas para preencher as cenas e acontecimentos... tudo isso graças ao excelente trabalho de David Carbonara.
Menção honrosa também ao episódio que terminou com água de beber de Tom Jobim, durante os devaneios sensuais (?) de Betty.
Demolidor (3ª Temporada)
4.3 452 Assista AgoraDepois de duas temporadas com nível altíssimo, Demolidor vem com uma terceira tempoara que não só mantém o nível apresentado das outras vezes, como o eleva e o faz ser o a melhor temporada do 'Homem Sem Medo" na Netflix, e pramim, consequentemente, de todas as séries até então na plataforma de streaming em sua parceria com a Marvel/ABC.
Depois dos eventos de 'Defensores', Matt é resgatado pelos residentes da Igreja onde ele foi criado depois que sofreu seu acidente e perdendo o pai. Lá, Matt tenta se recuperar não só das suas feridas, como do seu orgulho quebrado depois de perder Elektra e de uma luta mortal conta o Tentáculo liderados pela própria Elektra.
Este começo é sensacional, puro quadrinhos baseado na fase de Frank Miller e Joe Quesada, da Graphic Novel 'A Queda de Murdock' e também 'O Demônio Na Garrafa', é nítido ver ali as inspirações, o rumo tomado, como alguns personagens se comportam, e com Matt isso salta mais aos olhos. Ver como ele está no fundo do poço, destruído e quebrado, fisicamente e espiritualmente, e aos poucos ele retornar não só a confiança como a determinação, é de encher os olhos, algo muito bem criado pelo roteiro e belissímamente interpretado por Charile Cox, que por sinal, não vejo outro hoje interpretando Matt Murdock, Cox é perfeito, já é o rosto do personagem, vestiu bem a persona e tira de letra cada fala, cada cena, cada ação dado a si em tela. Assim como Downey Jr. em Homem de Ferro, ser[a difícil substituir Cox como Demolidor, que obviamente num futuro bem á frente, a Marvel Studios irá aproveitá-lo da melhor forma.
Outro ponto alto da trama tem a ver com Wilson Fisk e Ben Poindexter... sendo que aqui, Wilson Fisk ganha finalmente sua alcunha de Rei do Crime, devidamente caracterizado e de uma forma sensacional, mostrando o quanto ele tem no bolso dos profissionais nova-iorquinos, mesmo estando preso esse tempo todo, sempre mantinha seus negócios atualizados, com mão de ferro e já vislumbrava oportunidades futuras com ações feitas no passado onde poderia se aproveitar quando lhe fosse mais convincente. Sua cena onde se caracteriza com o terno branco e a rosa dada por Vanessa é ótima e já clássica e Vincent D'onofrio é MESTRE em cena e fez o melhor Rei do Crime de todos os tempos, onde o ocloco no mesmo patamar do J.J. Jameson de J.K Simmons nos filmes do Homem-Aranha de Sam Raimi...
Já Ben Poindexter foi cuidadosamente introduzido na trama e por mais que sua origem destoe bastante das HQ's, aqui a liberdade criativa funciona e é bacana ver o quanto Ben vai decaindo ao ponto de se deixar levar pela sua sanidade e fome de violência e matança... sendo 'O Mercenário' dos quadrinhos, principal vilão do Demolidor, foi curioso vê-lo usando o uniforme do demônio em alguns episódios se passando por Matt, já nos mostrando um vislumbre do que ele poderia realizar quando estivesse sob a alcunha de seu alter ego das HQ's. Uma das cenas mais famosas da história do Demolidor, foi levada em cena dentro da igreja quando Ben está para assassinar Karen Page com seu bastão...com um fim diferente é claro.
Não vou me aprofundar demais nos demais personagens e atores pois todos mantém o nívem das temporadas anteriores, Deborah Ann Woll é divina e perfeita no papel de Karen Page, Elden Henson está como sempre ótimo como Foggy Nelson, bem melhor que nos quadrinhos, assim como Karen...
Gostei muito de Jay Ali como Ray Nadeem, ele é ótimo demais em cena, e seu personagem é um dos mais interessantes na série e move muito nossa opinião do quanto ele está certo ou errado em suas decisões, sempre pensando no bem de sua família.
Aqui, os produtores e diretores fizeram uma homenagem a cena do corredor na primeira temporada, que ficou marcada na série como uma das melhores e mais icônicas... porém, foi superada por esta homenagem, infinitamente superior e de tirar o fôlego. Se passando dentro da prisão máxima onde se encontra Fisk, temos uma loooonga sequência onde Matt, sem seu uniforme, têm de enfrentar prisioneiros que trabalham para Fisk, policias também e alguns outros capangas, obviamente em uma cena sem cortes, que segue de corredor em corredor, sala a sala, muito bem coreografada e seuqenciada, que já mencionei tira o fôlego do espectador e do próprio Matt Murdock... sem palavras, só palmas!!
Infelizmente meses depois, com a compra da Fox pela Disney, Kevin Feige vem colocando ordem na casinha, e as séries da Netflix foram canceladas para que ele pudesse ter estes personagens, e Demolidor teria um futuro promissor em uma possível quarta temporada... ainda mais depois de como criaram todo o arco de Ben Poindexter, que viria forte como 'Mercenário' na quarta temporada, aonde nos encheria de aflição se seria desta vez que ele mataria Karen Page, personagem que já caiu nas graças de qualquer espectador da série. Infelizmente não teremos mais a sequência destes eventos, o que é triste, afinal a série não ganhou um final, assim como Luke Cage e Punho de Ferro.
De longe, a melhor temporada de Demolidor no Netflix e a melhor de todas da Marvel na plataforma.
Black Mirror (4ª Temporada)
3.8 1,3K Assista Agora"USS Callister", um dos melhores episódios da temporada, livremente inspirados em sagas intergalácticas como 'Star Trek' traz Jesse Plemons protagonizando o episódio de forma sensacional, tem presença de tela e um ar misterioso que combinou perfeitamente com o personagem. Bem ao estilo Black Mirror mesmo, das antigas, tem uma reviravolta até previsível de certo ponto de vista, mas que não tira o brilho do episódio. A direção de arte é fenomenal e muito bem feita e cuidada, e a fotografia, principalmente na parte de fora do jogo, no mundo real, também é muito bem trabalhada. Vale destacar Aaron Paul (Need For Speed) fazendo uma pequena ponta no final do episódio.
"Arkangel", de todos o que achei mais fraco, previsível do inicio ao fim, a história pouco empolga, apesar de a premissa ser muito boa, acabou não funcionando neste episódio... é muito bem interpretado, gostei muito do elenco e das coisas que acontecem, mas realmente não me prendeu muito, este aqui deixou bem a desejar. Episódio dirigido pela Jodie Foster (Valente).
"Crocodile", Gostei bastante, achei a frieza da protagonista bem visceral, é claro que é hediondo o que ela fez desde o começo, porém acompanhar sua força ao encobrir cada crime que cometia foi de encher os olhos, e aqui por mais que a série não tenha mostrado a cena, foi corajosa ao dar o destino para a criança da investigadora. Me prendeu do inicio ao fim, e possui uma fotografia linda e uma paisagem incrível.
"Hang the DJ" é um dos episódios mais bacanas da série, é tão gostoso acompanhar o casal desde o inicio e ver como eles realmente combinavam um com o outro, uma história tão bem feita e construída, me ganhou desde o inicio e fiquei preso a história e mal vi a hora passar... quase nota 10 por não terem se aprofundado mais no final, e que virada de roteiro foi esse.
PS. Quando vi o nome do episódio, já me veio Smiths na cabeça... fiquei surpreso que realmente tinha a ver com a banda no fim das contas.
"Metalhead" Pra mim este foi o melhor episódio desta temporada, se passa em preto e branco num futuro distópico, sem grandes explicações, apenas a situação em si, com um elenco afiado e uma protagonista SENSACIONAL em cena. O mais curto de todas as temporadas, e o mais direto ao ponto, tem uma das melhores fotografias da série, muito por se passar em preto e branco, e um figurino bem criado para a proposta da história. Pra mim, uma pequenina obra prima dentro da série, com um final de cortar o coração.
"Black Museum", é ótimo, do inicio ao fim, tem uma das viradas de roteiro mais incríveis, e ao mesmo tempo, pra quem tem facilidade de sacar essas coisas, uma das mais previsíveis também. Letitia Wright mata a pau neste episódio que reúne várias 'armas' utilizadas pelos seus 'criminosos' de episódios passados da série. Elenco afiadíssimo também, são as historinhas a parte dentro do episódio que dão o charme a ele.
Esta temporada tem mais altos que baixos, mas está nítido que estão precisando impactar mais... precisamos de mais originalidade como Metalhead e USS Callister, mas precisam acertar a mão para não errar feio como em Arkangel.
Black Mirror (3ª Temporada)
4.5 1,3K Assista Agora“Nosedive” Episódio que gostei muito de acompanhar, estrelado pela linda Bryce Dallas Howard (de A Dama na Água), que mostra a busca incessante de ser aceito pelas pessoas dentro do universo das redes sociais, além de se bem atual, mostra o quanto uma pessoa desesperada para ter muitas curtidas e ser bem sucedida dentro dessas redes pode ser prejudicial para sua vida que realmente importa, a daqui de fora.
"Playtest", esse episódio é bacana porque faz várias referências ao mundo dos games, com o criador de jogos 'Shou Saito' sendo bem inspirado em Hideo Kojima, e a mansão onde o protagonista joga, sendo livremente inspirado na mansão dos jogos Resident Evil. Wyatt Russel é ótimo no episódio e possui muito carisma que lhe deixa próximo do personagem e um pouco aflito quando chega na reta final do episódio e seu desfecho.
“Shut Up and Dance”, episódio sensacional, gostei do ritmo que ele seguiu, que te deixa intrigado com o que vai acontecer com os personagens envolvidos e torcendo por alguns deles... é curioso ver até onde algumas pessoas vão para esconder aquilo que pode envergonha-las, ou pensar, até onde você iria para esconder algo que você se envergonha e que não quer expor. A reta final do episódio é sensacional e a fotografia é ótima.
“San Junipero”, o melhor episódio da temporada e acredito que o segundo melhor da série, San Junipero que é protagonizado pela linda da Mackenzie Davis (de Tully) é o episódio mais simples da série, o que pega mais leve, que tem seus acontecimentos se desenrolando calmamente e que nos deixa presos sem mesmo notarmos, ficamos tão imerso na história que esquecemos do que acontece a nossa volta e ficamos ali hipnotizados com a simplicidade do que nos é mostrado e a densidade das protagonistas. Tudo no episódio funciona e a forma como vamos descobrindo o que realmente se passa com as duas protagonistas e o ambiente onde elas estão inseridas é tão peculiar, que é impossível não nos relacionarmos com elas.
“Men Against Fire” Outro episódio que gostei muito, e que também nos engana, pois achamos que estamos presenciando determinado acontecimento, até vermos o que realmente estava acontecendo por de trás dos panos, além de ter acontecimentos que revoltam, mostra o quanto nós podemos ser cegos com certos questionamentos e pontos de vista a ponto de não precisarmos passar pelo programa que o novato passou para chegarmos a cometer tais atos com nossos semelhantes. A direção de arte deste episódio é explêndida e os atores são ótimos.
“Hated in the Nation”, Por fim, acredito que o segundo melhor episódio da temporada e que etsá no meu top 3 de toda a série, história sensacional, seguimento dos acontecimentos de prender o folêgo, 1h30 de um episódio que mais parece um filme, atores incríveis, com aquele sotaque britânico que adoro, temos Benedict Wong (Vingadores Guerra Infinita) muito bem no papel...nota 10 pro episódio, sem muito o que falar, não encontrei um defeito sequer neste episódio.
No geral, Black Mirror segue mantendo seu nível, mesmo depois de ser adquirido pela Netflix, não deixa em nada para os episódios anteriores.
Black Mirror: White Christmas
4.5 452Este episódio especial exibido no Natal na TV britânica, pra mim é o melhor episódio de toda a série Black Mirror. É difícil escolher um, até porquê é um melhor que o outro até então, mas este aqui explodiu minha cabeça, e dada sua duração, que chega próximo de um filme, foi o que assisti mais sossegado, nem vi a hora passando, de tão bom e gostoso que foi assisti-lo.
Óbvio que ajudou muito o fato de o episódio também ser protagonizado pelo ótimo Jon Hamn (de Mad Men) atorzaço de primeira linha, de quem eu sou muito fã, apesar de ter começado a acompanha-lo um pouco tarde...
Gostei muito do personagem de Jon, um 'mau caráter', se assim pode-se chamá-lo, que possui uma inteligência sem igual para tirar o que precisa da pessoa culpada, e consequentemente tendo um final bem surpreendente e condizente com o que é Black Mirror.
O mais bacana é que quando você começa a assistir o episódio você realmente compra o que está vendo, e mais a frente quando nós percebemos o que realmente está se passando naquela cabana, pelo menos no meu caso, fiquei surpreso, impactado e curioso de como iria se desenrolar a trama e o que realmente se escondia por trás dos personagens apresentados.
Este foi o último episódio antes da ´serie começar a ser produzida pela Netflix, e á partir daí muita gente reclama que a série perdeu muita qualidade e a essência que a série tinha desde seu primeiro episódio...eu particularmente discordo bastante desse argumento... até a quarta temporada onde assisti a série se segura muito bem, porém confesso que tem alguns poucos episódios que deixam um pouco a desejar, mesmo entregando uma história que prende e surpreende.
Ainda assim, vai ser difícil aparecer um episódio que supere o que foi mostrado neste especial de natal, que possui uma direção de arte sensacional, tanto na cabana quanto no distrito policial, e também têm uma fotografia que rivaliza com outros episódios da série.
Mad Men (2ª Temporada)
4.4 113 Assista AgoraA segunda temporada de Mad Men está no mesmo patamar que a primeira...envolvente, empolgante, atraente, sagaz e ainda um belo retrato de seu tempo.
Toda a trama que óbvio, gira em torno de Don e secundariamente Peggy, continua a premissa da primeira, em que vemos Don não conseguir lidar verdadeiramente com sua família e suas infidelidades para com sua esposa, além de ser comprometido com seu cargo na Sterling-Cooper, usando-a mais como válvula de escape para sua vida teoricamente vazia, além de Peggy que galga espaços maiores dentro da agência, ao mesmo tempo que esconde um segredo de seus colegas de serviço... sem deixar de lado todos os demais personagens coadjuvantes e seu medos, desconfianças e rotinas dentro e fora da agência.
O mais bacana neste ano é ver o quanto a guerra nuclear entre os americanos e os soviéticos permeou boa parte dos episódios, mudando um pouco a rotina diária dos personagens e como isso afetou algumas relações que andavam estremecidas, retrataram com imagens de arquivo televisivas e de rádio também, mostrando um pouco como que pode ter sido os ares naquele mês onde o medo de serem bombardeados pelos soviéticos permeou a vida dos cidadãos americanos.
Outra parte foi foi ver Don "de Férias" mostrando um lado dele que não conhecíamos quando estava ao lado da família 'Bon Vivants", e também de como foi seu passado e como se deu sua nova identidade quando visita uma pessoa importante do passado.
Quem ganhou mais protagonismo neste ano foi Pete Campbell que segurou as rédeas da agência na viagem a Califórnia, e na volta teve um papel mais a fundo quanto a questão que permeava a agência, uma possível fusão com uma empresa britânica... aí também aparições fundamentais de Roger Sterling e Duck Phillips, dois personagens que já se sobressaíram no ano anterior e aqui continuam tendo seu papel de destaque.
Fora, é claro, Peggy, que está muito mais interessante e melhor aproveitada neste ano, com seu novo posto dentro da Sterling-Cooper, muito mais decidida e confiante do que no ano anterior...como ela cresceu neste ano, como transformaram sua personagem na coisa mais legal de se acompanhar e se apaixonar dentro da série. Personagem minuciosamente construída desde o primeiro episódio desta série, e que só cresce e surpreende cada vez mais. Claro, tudo graças a soberba interpretação de Elizabeth Moss que carrega com maestria o protagonismo da série com o sensacional Jon Hamn.
A trilha da série é ótima desde a primeira temporada, as músicas compostas completam bem as cenas e casam direitinho com os acontecimentos e com o que a cena pede. Assim como as canções originais de época, muito bem escolhidas, a dedo, para ditar a década e contemplar os finais de episódios, que conseguem ser as melhores partes...
Que série.
Não á toa, levou pelo segundo ano seguido o prêmio de Série Drama no Globo de Ouro e Ator para Jon Hamn.
Black Mirror (2ª Temporada)
4.4 753 Assista AgoraA segunda temporada de Black Mirror consegue ser assustadoramente superior que a primeira, com premissas bem mais sagazes e que conversam com o momento atual em que os seres humanos lidam com a tecnologia moderna.
Charlie Brooker, criador da série, teve um cuidado maior ao criar e supervisionar as histórias contadas nesta temporada, e mostrar que o que se passa lá é tão atual quanto nunca nestes tempos modernos e é fácil você observar estas questões nos dias de hoje, seja na TV, em notícias, nas redes sociais ou mesmo na rua, na sua cidade ou no seu país.
Os três episódios desta temporada são ótimos, sem dúvidas, mas pessoalmente o que mais me agradou e impressionou foi o segundo, "White Bear", protagonizado pela Lenora Chrichlow, 'Victoria' é uma mulher que acorda sem memória de quem é e onde está e quando sai na cidade, ninguém quer ajudá-la ou ampará-la, na verdade existe gente querendo matá-la sem ela saber a razão. O final é de surpreender qualquer pessoa que manje a fundo os chamados 'Plot Twists' (prefiro chamar de virada de roteiro), tão famosos em filmes de hoje em dia, Lenora interpreta muito bem, sua angústia e medo em cena é sensacional, ela mandou bem demais neste episódio, e vale destacar o quão isso pode ser trazido para o mundo real com a relação das pessoas com seus celulares e as coisas absurdas que acontecem por aí a fora e o mais importante hoje parece não ser chamar os especialistas na questão em si, e sim, registrar o momento em seus celulares para ser o assunto do Domingo com a família e/ou amigos.
"Be Right Back" foi outro episódio que gostei demais, um dos meus preferidos, traz a minha atriz favorita Hayley Atwell (Agent Carter, também da Netflix) que perde seu namorado Ash (Dohmnall Gleeson) e acaba tendo-o de volta de uma maneira totalmente inusitada e impensável... a premissa é ótima, conversa muito com o mundo tecnológico sobre relações amorosas, e tem uma Hayley Atwell muito a vontade no papel trazendo densidade pro episódio. A solução final pra mim é perfeita e de ficar pensando e analisando o quanto isto seria saudável para uma pessoa.
O último episódio, "The Waldo Moment" traz Jason Flemyng (de X-Men Primeira Classe), Chloe Pirrie e Daniel Rigby numa história bem atual de um desenho animado que consegue popularidade o suficiente para se candidatar ao cargo de Primeiro Ministro Britânico (acho o sotaque britânico melhor que o americano com certeza).
Acho que é o episódio que casa mais com os recentes acontecimentos no mundo de uma forma geral, onde qualquer palhaço reverenciado pelo povo comum, por um motivo qualquer, consegue ser eleito para um cargo tão importante, apenas com sua visão e opinião fechada sobre os assuntos, mais afim de irritar os adversários e/ou quem pensa diferente, do que realmente trazer melhorias para a população e evolução para o país. Pra mim episódio nota 10.
A qualidade de Black Mirror não cai em nenhum episódio, só aumenta, ótimos planos sequencias de filmagem e óbvio ótima direção de arte e uma fotografia muito bem trabalhada e minuciosamente bem feita. Ainda fica na temática de que o próximo episódio que você assiste é o melhor que você já viu e melhor que o anterior.
Black Mirror continua sendo uma obra prima deste século em forma de série.
Black Mirror (1ª Temporada)
4.4 1,3K Assista AgoraA primeira vez que vi Black Mirror, recomendado por uma Amiga, que já faz um tempo, eu fiquei abismado com o tamanho da qualidade da série, e o cuidado em se filmar e construir os episódios, e obviamente, a inteligência e perspicácia de Charlie Brooker em criar algo tão original, atual e de uma visão peculiar do que já acontece aí fora em alguns casos mostrados durante a série.
O primeiro episódio é ótimo, "The National Anthem", já fiquei de boca aberta e hipnotizado com cada ato que acontecia no episódio. Gostei muito de Rory Kinnear, o protagonista do episódio que passou toda a tensão que seu personagem vivenciou com a chantagem do criminoso e em como ele teve que lidar com o fato de ter feito sexo com uma porca... que cena!!!
O Segundo episódio, "Fifteen Million Merits" foi um dos que mais gostei, um conto bem original, com uma ideia bem ácida e incrível... Daniel Kalluya (Pantera Negra e Corra!) protagoniza o episódio junto com Jessica Borwn Findlay, e ele está sensacional, Daniel já é um atorzaço que vem fazendo bons trabalhos recentemente, protagonizando seu primeiro filme 'Corra!', e Jessica também rouba a cena quando o foco é sua personagem e a grande surpresa do episódio.
O Terceiro episódio "The Entire History of You" pra mim o melhor dos três...na verdade Black Mirror tem disto, o próximo episódio sempre vai ser o melhor e o seu favorito, pra mostrar como a série é sensacional... este episódio tem Toby Kebel (Quarteto Fantástico) e Jodie Whittaker (Doctor Who e Vênus) e foi neste episódio que conheci Jodie, atriz da qual hoje sou muito fã e merecidamente foi escolhida com a nova e primeira Doctor Who feminina.
O episódio é incrível e a reviravolta nele é de deixar qualquer um desnorteado, e a premissa de poder assistir o que você ou seu amigo(a)/Namorado(a) fez durante o dia é não só instigante como pode ser viciante e destruidor, e ao mesmo tempo, como neste episódio, revelador.
Bem dirigido, bem roteirizado, bem montado, com fotografias e direção de arte impecáveis, ainda possuindo uma trilha sonora condizentes com o episódio e a tensão dos acontecimentos isolados... Black Mirror com certeza não é só a melhor série que eu já assisti, como é uma das melhores séries da atualidade e a série que define esta década.
Punho de Ferro (2ª Temporada)
3.2 122 Assista AgoraA Marvel/Netflix conseguiu acertar a mão na segunda temporada de Punho de Ferro, com uma história mais fechada, redonda e que prende mais a atenção do espectador e intriga com algumas sub-tramas interessantes. Claro que ficou faltando, ainda, o misticismo prometido na primeira temporada, que aqui também não é explorado ao todo, ficando apenas na citação e em pequenos e leves fan-services.
Diferente da primeira, este ano de Punho de Ferro tem apenas 10 episódios (a única série solo da Marvel/Netflix com episódios reduzidos), o que o fez funcionar bem, talvez algumas pessoas possam reclamar de alguns fatos que ficaram mal explorados, porém este foi um dos pontos criticados no ano anterior e nas outras séries da casa, episódios embarrigados com sub tramas desnecessárias arrastados em longos 13 episódios, fato este que discordo...portanto, aqui a série e o ritmo é frenético e as sub-tramas também, sem se aprofundar demais e chegando logo ao que se propõe, moldar o caráter do personagem no decorrer da história.
Neste ano Danny Rand (Finn Jones) está muito mais interessante, não está perdido e abobado como no ano anterior, aqui ele está mais decidido, sabendo o que quer e pra onde vai, tomando suas próprias decisões sem precisar se consultar com ninguém, a não ser com sua namorada Coleen Wing (Jessica Henwinck). O único ponto que não gostei é o fato de a série começar com Danny deixando se controlar e/ou perder o controle para o Punho - o espírito do dragão - já que durante sua participação em um episódio do segundo ano de Luke Cage, ele se mostrava controlado e zen, tentando passar este auto-controle para Luke, que claramente estava perdido no meio da série... já no começo de Punho de Ferro, Danny parece estar perdendo o controle de suas ações devido a influência do punho e sua sede de justiça e luta... faltou explorar isto no comecinho da série e mostrar como Danny ficou zen como foi mostrado em Luke Cage e o fato de ele começar a se perder em Punho de Ferro.
As cenas de luta da série estão ótimas, bem melhores do que na primeira temporada, melhores coreografadas e fora do âmbito escuro de cenas onde foram feitas no primeiro ano.
Destaque para as cenas de luta de Coleen Wing, de longe a melhor personagem desta temporada, seu crescimento como personagem foi gigante, um pouco lento no começo e condizente com o que se estava criando para ela do meio para o fim da série. E óbvio, suas cenas de luta são de tirar o fôlego em sequências sensacionais, principalmente naquela luta contra as três irmãs Garças com Misty Knight.
Jessica Stroup, que faz Joy Meachum, está no meio termo neste ano, eu esperava bastante de suas personagem nesta temporada pelo o que foi mostrado no final da primeira temporada, e até o meio da série ela está muito bem, é mostrada como a vilã deste ano, está focada em sua vingança contra Danny Rand e não medirá esforços para chegar ao seu objetivo... teve uma mudança de visual, não só nas roupas, como no cabelo e na postura. Porém, á partir do quinto episódio sua personagem tem uma leve reviravolta, com algumas verdades reveladas a Ward Meachum, seu irmão, fizeram sua personagem mudar o rumo e seguir um caminho oposto...pra mim ficou no meio termo, gostei e decepcionou um pouquinho.
Já Ward (Tom Pelphrey) está ok neste ano, sem a pomposidade do primeiro ano, sem a dualidade de caráter também, aqui ele está mais humanizado, mais próximo de Danny, sempre tentando salvar a irmã, e com uma sub-trama que é interessante, ms não muda em nada seu caminho no final da série, uma vez que ele está perdido desde o primeiro episódio, com seu relacionamento com sua irmã ser o principal foco de sua atitude final.
A melhor surpresa da série e o personagem mais legal e interessante foi Mary Walker (Alice Eve, LINDA), personagem que nos quadrinhos é conhecida por 'Mary Tiffoyd', não conheço quase nada da personagem nos quadrinhos a não ser participações como vilã em histórias de Demolidor e Deadpool... mas na série criaram sua trama de uma forma bem bacana e a mais interessante de se acompanhar no decorrer da trama. Assim como nos quadrinhos, ela tem outra personalidade, Mary, a boazinha, que é colocada como a personalidade secundária, e Walker, a má, que é colocada como a principal... e no decorrer da trama temos novas surpresas com a personagem que a fazem ter o plot mais interessante da série e deixando um hype gigantesco pro futuro dela na série - coisa que infelizmente não acontecerá com o cancelamento das séries na Netflix.
Vale mencionar Davos, o vilão mesmo deste ano, gostei muito dele...e Rob Morgan como 'Turk', o agora novo onipotente em todas as séries da Netflix, fazendo sua pequena ponta como de costume.
Também temos citações de Walker á Sokovia, país que fica no leste europeu fictício, criado para o MCU, apresentado em Vingadores Era de Ultron, fazendo sua conexão com os filmes da Marvel.
Este segundo ano - e final - sai no lucro, com certeza bem melhor de se acompanhar do que o primeiro...e que episódio e cena final, foi de cair o queixo, nunca pensei em ver Danny daquela forma, nem ele e nem o Ward, sem falar em tudo o que Mary Walker e Coleen Wing prometiam no próximo ano, ou seja, quando Punho de Ferro realmente começou a acertar a mão e ficar interessante, a série acaba. Uma pena.
Mad Men (1ª Temporada)
4.4 346 Assista AgoraVencedora do Globo de Ouro de Melhor série dramática em 2008 já em sua temporada de estreia, Mad Men com certeza é um marco na história da TV a Cabo americana, uma das melhores séries já produzidas nestes tempos modernos, um arrasa quarteirão de história e carisma, na época que o mundo era sujo e complicado.
Mad Men se passa nos anos 60, dentro de um escritório de publicidade chamada Sterling-Cooper, onde os publicitários (Mad Men, como se autodenominaram na época, fato verídico) lutam para conquistar clientes e bolar slogans para alavancar o nome e sucesso da agência.
Neste contexto, temos um dos homens fortes da agência e protagonista da série Don Draper (Jon Hamn), um homem que esconde um segredo pessoal de seu passado e lida com seu casamento com Betty Draper (January Jones), com quem tem dois filhos.
Fora isso na agência temos outros funcionários como Pete Campbell (Vincent Kartheiser), Ken Crosgroce (Aaron Staton), Paul Kinsey (Michael Gladis), Harry Crane (Rich Sommer), Joan Holloway (Cristina Hendricks), além de John Slaterry como Roger Sterling e Elisabeth Moss como a novata Peggy Olson.
São 13 episódios que são praticamente um tapa na cara de tão bom que a série é, os acontecimentos, os problemas pessoais e familiares que cada personagem tem, suas ambições, o jogo de gato e rato no escritório, os interesses amorosos, as traições, as festas, os segredos, tudo isso dentro da realidade dos anos 1960, do momento atual na América, cultural e social, com a corrida espacial contra os soviéticos, a iminente briga presidencial entre Nixon e Kennedy, e o principal, a ascenção do mercado do tabaco, quando naquela época praticamente TODO MUNDO FUMAVA em todos os lugares possíveis e até 2 maços por dia...e advertir no maço, rádio ou TV que aquilo trazia doenças, câncer, era impensável e inadmissível.
De longe, dois atores se destacam, na verdade três... Jon Hamn é o melhor, quem não queria ser Don Draper, acho que foi o melhor papel de Jon na carreira dele, e olha que em Black Mirror ele esteve soberbo. Como Don Draper ele é firme e seguro e decidido, uma atuação rara de se ver em séries, parece que ele foi extraído direto dos anos 1960 para protagonizar a série e devolvido ao seu tempo, tamanho é o brilho dele em cena.
Elisabeth Moss é a segunda que traz também a série para um altíssimo nível de excelência, ainda jovem na casa dos 20 anos, Moss mata a pau na série com sua Peggy Olsen, impossível não sentir carisma por ela, e também não se apaixonar e querer proteger a menina... Peggy é forte e comprometida com o trabalho a ponto de galgar degraus dentro do escritório, o que faz com que sua personagem cresça de relevância dentro da série... fantástica!
O terceiro é Vincent Kartheiser, que na pele de Pete Campbell entrega uma performance sensacional de um jovem que está na agência não por merecimento e sim por indicação de seus pais poderosos no meio. Assim, Pete busca almejar o cargo de Don Draper a qualquer custo e acompanhar sua ambição é muito prazeroso, dado o nível de interpretação de Vincent, que é acima da média, que ator versátil. Ame e/ou odeie-o, seu personagem na série é um dos mais interessantes.
Cito também mais dois que estão ótimos, John Slattery, de quem sou fã desde Desperate Housewives e suas participações no MCU como Howard Stark, que aqui em Mad Men está em perfeita forma como Roger Sterling, sócio-fundador da agência, e que dá um show em todas as cenas que aparece.
E também a LINDA E SENSUAL Cristina Hendricks, a ruiva que faz Joan Holloway, conselheira (?) de Peggy Olson quando chega na agência e amante de Roger, e os dois em cena juntos é um show a parte.
Fora as atuações, Mad Men é um colírio quando se trata da direção de arte, da figuração tanto dos escritórios, como das casas dos personagens, tudo minuciosamente remetendo aos anos 1960, da TV, ao telefone, á campainha, as marcas de cigarro, as roupas, aos automóveis, as citações dos personagens sobre a cultura social da época, cabelos, tudo mesmo...é um trabalho esplendido o que o pessoal da técnica realizou com a ambientação da série.
Um dos meus episódios favoritos foi a da festa após a ideia de Peggy ter sido escolhida para a propaganda dos batons, todo o episódio é bacana com a parte da festa onde Peggy se magoa sendo a melhor parte.
Por falar em Peggy, era nítido notar que a partir do sexto, sétimo episódio, Elisabeth Moss estava mais cheinha, com silhueta, usando a saia até a altura limite dos seios, como quem estivesse escondendo a barriga. Imaginei que ela poderia estar grávida na vida real, porém não achei nenhuma notícia de que ela estivesse grávida naquela época, e no último episódio ela descobre que está grávida e já dá a luz, não sei se teve uma pequena passagem de tempo e eu não peguei na hora, mas pra mim ficou confuso ela não saber que estava grávida, já sentir as dores, já ganhar, tudo muito rápido em poucos frames...fica o registro.
Mad Men é uma obra prima em forma de série, e isso só na primeira temporada, a de estreia e já premiada no Globo de Ouro...merecidamente por sinal batendo House, The Tudors e outros.
Agente Carter (2ª Temporada)
4.0 136 Assista AgoraDemorei muito tempo para ver a 2ª temporada de Agent Carter pois quando foi exibida na Sony eu acabei não acompanhando...quando entrou no Netflix não perdi tempo e fui conferir a que foi a última temporada de uma série que merecia ao menos mais uma temporada.
Peggy Carter troca Nova York por Los Angeles e agora precisa lidar com os poderosos que dominam a cidade, um desses poderosos é Calvin Chadwick, homem forte na política de Los Angeles e que é casado com a famosíssima atriz 'Whitney Frost' (Wynn Everett) que nos quadrinhos é o alter ego da 'Madame Máscara' uma das vilãs do Homem de Ferro.
Gostei muito da adição de uma vilão conhecido dos quadrinhos na série, e ela foi uma da principais, para não dizer a principal antagonista do 2º ano, onde foi construída inteligentemente pelos roteiristas e teve uma crescente bem interessante durantes os 10 episódios que a série teve.
A mudança de palco, Nova York por Los Angeles, pra mim também foi certeiro, tivemos uma nova roupagem para a nova temporada, com cenários mais abertos menos urbanos, de certo ponto de vista mais glamouroso, o que deixou a direção de arte deste novo ano sensacional e muito bem construído...fora que a fotografia deste ano está muito mais exposto e vivo do que na primeira temporada, onde era tudo mais cinzento e escuro.
Todos os ótimos coadjuvantes voltam neste ano, como Dominic Cooper em poucos episódios, novamente pelo fato de estar protagonizando 'Preacher', além de um protagonismo maior para Chad Michael Murray e seu Jack Thompson, que neste ano está melhor do que no primeiro, muito mais interessante e bem melhor construído e instruído na trama, com um final surpreendente.
Enver Gjokaj como Daniel Souza também está melhor que no primeiro ano, fazendo um triângulo amoroso com Peggy e Vernon (Kurtwood Smith).
Temos também a esposa de Edwin Jarvis, Ana Jarvis (Lotte Verbeek), que no primeiro ano só tinha voz, e aqui já tem uma ótima participação na série caindo de início nas graças do espectador, com um carisma incrível.
Bridget Regan também volta como Dottie Underwood em uma participação mais certeira... pra mim uma das melhores antagonistas da série sem dúvidas.
Sobre James D'Arcy e Hayley Atwell nem preciso falar nada, já falei no primeiro ano e os dois em minha modesta opinião são a alma da série, a engrenagem principal que faz os acontecimentos se desenrolarem. Que Dupla Dinâmica!!! (sem trocadilhos)
Temos uns dois episódios que são um pouco mais devagar, é aquela famosa barriga, que serve pra rechear a trama enquanto o clímax é armado, e geralmente esses episódios são os menos interessantes pela falta de ação e conteúdo, você enche de diálogos e mais diálogos entre os personganes que não avançam a lugar nenhum esperando o episódio onde as coisas se desenrolam e tomem forma. Nada que estrague a experiência dos 10 episódios.
Uma pena que a série teve um fim tão breve, Agent Carter servia para preencher o meio de temporada de Agents of SHIELD no canal ABC, então quando SHIELD pausava em seu episódio 8 no fim do ano, Agent Carter ocupava seu lugar até a volta da mesma... talvez Agent Carter não tenha dado tanto retorno assim pra ABC como SHIELD deve dar, é a única explicação plausível para terminar uma série que só vinha crescendo em originalidade e fanbase.
Sem falar que ela termina com um cliffhanger que daria uma ótima terceira temporada.
Bem que poderiam ter a brilhante ideia de trazer a série de volta no futuro Disney+, só pra dar um fim digno pras aventuras de Peggy Carter, os fãs e os atores iriam adorar.
Agente Carter (1ª Temporada)
4.2 204Quando Agent Carter foi anunciada para ser exibida no intervalo de fim de ano de Agents of SHIELD, eu fiquei entusiasmado em ver uma série focada em uma personagem que nos quadrinhos nunca teve relevância, afinal nas HQ's a Agente 13, Sharon Carter é quem tinha o protagonismo. Ao dar relevância e espaço á sua tia, Peggy Carter no MCU, e ainda um curta e agora uma série de 8 episódios, eu fiquei curiosíssimo em ver como isso ia ser explorado.
Esta 1ª temporada eu assisti ao todo 3 vezes, a primeira no canal Sony na época e mais duas vezes na Netflix, e com certeza essa série é sensacional, nota 10, e uma das melhores incursões da Marvel TV nos canais estadunidenses.
Não só é criado todo um arco que envolve a personagem de Hayley Atwell, como ainda traz para o MCU as empresas Roxxon, bem conhecida nos quadrinhos, e também alguns poucos vilões do terceiro escalão da Marvel, em papéis pontuais.
Todo o discurso feminino no show é bem criado e retratado, bem ao que acontecia na época em que a série se passava, e trazia discursos ácidos, inteligentes, e certeiros de 'Peggy Carter' para como seus colegas de trabalho, que nunca reconheciam o verdadeiro potencial que Peggy tinha, que já era de conhecimento do espectador por 'Capitão América: O Primeiro Vingador', mas desconhecidos do resto dos homens da agência.
O mais legal é ver como Peggy vai desconstruindo este preconceito e esta mal visão que eles possuem pelo fato de ela ser uma mulher fazendo serviço que seria somente de Homens, e aos poucos vai ganhando o respeito de seus companheiros Daniel Souza (por quem este tem uma queda por ela), Spyder Raymond, Jack Thompson e o Chefe Dooley (interpretado pelo ótimo Shea Wingham).
Temos também na série a volta de Dominic Cooper como Howard Stark que também aparece no filme do Capitão, e aqui faz alguma participações nos episódios, uma vez que não pôde aparecer em grande parte pois estava entrando em gravações da série 'Preacher'.
E o mais legal, foi ver o personagem Edwin Jarvis, eterno mordomo da mansão dos Vingadores nos quadrinhos, que no MCU é a inteligência artificial da armadura do Homem De Ferro, e com toda certeza, Tony o batizou assim por causa do mordomo de seu pai, que fez parte de sua infância e possível adolescência, e que na série é interpretado pelo ótimo e competente James D'Arcy, ator de quem já virei fã e sempre irei o acompanhar... com certeza as melhores cenas na série são protagonizadas quando Hayley e James estão juntos em cena...sem falar nos DubMash e nas competições contra os atores de Agents of SHIELD Clark Gregg e Chloe Bennett nos stories do Instagram e em vídeos em seus canais do Youtube, simplesmente hilário.
Saldo mais do que positivo com esta primeira temporada que tem ritmo frenético e alucinante com personagens muito bem construídos desde os coadjuvantes, aos antagonistas e os vilões.
Nota 10.
PS: Não posso esquecer da lindíssima Bridget Regan, que faz Dottie Underwood, nada mais nada menos do que uma das primeiras cobaias do que viria ser o projeto 'Viuva Negra' da KGB, fazendo um belo e sedutor sotaque russo.
Wanderlust - Navegar É Preciso
4.0 65Quando vi Wanderlust no catálogo da Netflix, só salvei na minha lista pelo fato de ser protagonizado pela Toni Collette, atriz de que sou mega fã desde 'Pequena Miss Sunshine'. Quando fui assistir a série, que contém apenas 6 episódios, fui surpreendido pela maravilha que foi ver uma das melhores séries que assisti nos últimos tempos, simplesmente sensacional, adorável, engraçada, dramática e de uma sensibilidade incrível.
Por ser curta, nada na série ficou 'embarrigado', cenas ou episódios só pra encher linguiça.. ficou redondo, certeiro, completo, tudo é explicado no tempo certo, isso se você já não pegou as coisas nas entrelinhas.
A história trata de um casal, Joy e Alan Richards (Toni Collette e o ótimo Steven Mackintosh) que depois de muitos anos de casado, com três filhos crescidos, perdem o apetite sexual, logo depois de Joy sofrer um acidente em sua bicicleta. Mesmo com esse problema na vida conjugal, os dois ainda sem amam, nutrem sentimentos fortes um pelo outro, e então, sugerido por Joy, acabam entrando em um acordo onde os dois irão sair e transar com outras pessoas pelas quais eles sentem prazer. À Partir daí, uma série de consequências acontecem que fazem os dois repensarem seu relacionamento, que também afeta seus filhos que lidam com seus próprios problemas amorosos.
Wanderlust é ótima, gostosíssima de se acompanhar, não há 1 segundo sequer que você se canse de acompanhar os acontecimentos da série, que segue a vida do casal á partir do acidente de Joy quando andava de bicicleta. Há algumas cenas que sugerem que algo aconteceu antes deste acidente, mas sem nos mostrar nada, e daí criamos uma ideia do que acontece com o casamento de Joy e Alan, e assim seguimos acompanhando episódios que ora são bem engraçados com situações embaraçosas, ora com episódios bem dramáticos que nos fazem ver como os dois protagonistas faziam um ótimo trabalho na série.
Para mim, de longe, o melhor episódio da série é o quinto, onde ele é inteiramente passado na sala da psicóloga de Joy, Angela (Sophie Okonedo) e é uma 'conversa' entre as duas, durante todo o episódio de mais de 50 minutos... algo surreal de se fazer em um episódio de qualquer série, onde ele foca apenas neste plano de visão e consegue nos prender a atenção de uma maneira explendida, com diálogos retos e diretos. Neste episódio vemos algo na interpretação de Toni Collette que é de se aplaudir, temos alguns takes de 1 minuto, ás vezes 50 segundos, onde Joy olha pra psicóloga, ou pro nada, e fica muda, nada sai de sua boca, nem um som na cena e nem trilha de fundo, e isto te prende e você se imagina o que Joy está pensando, o que ela pode estar passando naqueles segundos, o que virá a sair de sua boca em seguida, e isso se repete em outros episódios da série que traz um densidade muito grande á personagem trazido pela experiência de Toni.
A série faz uma crítica ao relacionamento moderno ou de longa data, como se depois de um tempo fosse natural perder um pouco o brilho com o parceiro ou parceira, e pinta como algo sadio você se divertir com pessoas diferentes ao mesmo tempo que ainda nutra sentimentos de amor e paixão por quem ainda se está casado(a). Algo que a princípio parece ser hediondo, a série pinta de uma maneira sadia dentro da perspectiva dos dois protagonistas.
Quanto á história de Joy na série, é á partir do episódio 5, já comentado acima que descobrimos o que de fato se passou antes de seu acidente de bicicleta, que nos fazem ter conhecimento do real motivo de Joy sugerir esse acordo com seu marido Alan. Algo muito bem construído no roteiro.
Steven Mackintosh está incrível na série, não o conhecia ainda, e ele é um ator bem versátil, traz várias nuances ao seu personagem, trazendo também uma serenidade na forma de atuação, fez uma bela dupla com Toni Collette e era gostoso demais ver os dois atuando juntos, eles tinham muita química.
Toni Collette é chover no molhado, essa atriz é de outro mundo, mas comparado aos filmes dela que já assisti, acredito que 'Wanderlust' é um dos seus melhores trabalhos, a forma como essa mulher construiu a Joy, como ela interpretou, as cenas onde ela parecia totalemtne perdida, ou iluminadamente feliz, é coisa de outro mundo... trouxe densidade á personagem, uma expressão facial sem igual pra alguém que não pareia realizada, mas sabia exatamente aonde queria estar. Toni Collette já foi indicada várias vezes ao Globo de Ouro e ao Bafta, além de uma indicação ao Oscar, mas precisa muito ser reconhecida, pelo menos pelos dois primeiros, que são mais justos na hora de premiar pelo menos.
O resto do elenco é ótimo, atores competentes e bem versáteis também...adorei todos os coadjuvantes da série.
'Wanderlust' não é uma obra prima em forma de série, mas com certeza é uma das melhores coisas que assisti nos últimos tempos... acredito que séries curtas, contendo poucos episódios se desenvolvem melhor e conversam mais fácil com o público... e 'Wanderlust' tem exatamente essa premissa. Além de ser uma série em pudores, que trata o sexo de forma bem comum, sem estresse, nos proporcionado cenas que NUNCA seriam exibidas em novelas da Globo, porém, são atos que qualquer pessoa no mundo fez, ou tem vontade de fazer, e na série é tratado de uma maneira bem deliberada, sem agredir o público que não tenha vergonha com este tipo de assunto.
"Wanderlust' foi um grande achado prazeroso!!!
O Método Kominsky (1ª Temporada)
4.1 102 Assista AgoraO Método Kominsky ganhou o prêmio de melhor série Comédia/Musical no Globo de Ouro este ano, surpreendendo muita gente, incluindo eu, por não achar que uma série novata e curta já fosse conquistar os críticos estrangeiros de hollywood assim tão rápido.
Ao assistir a série recentemente no Netflix, fui surpreendido positivamente. A série trata de dois amigos na terceira idade, Sandy e Norman (Michael Douglas e Alan Arkin), o primeiro um ex-sucesso em Hollywood e hoje um professor de atuação respeitado, e o outro seu ex-agente, que agora na velhice têm que lidar com situações que os homens nesta idade precisam lidar.
No caso de Sandy (Douglas) a solterice e uma nova namorada de sua faixa etária, com seu temperamento e arrogância no caminho para atrapalhar as coisas, problemas financeiros, uma turma de alunos um tanto quanto disfuncionais e a descoberta de uma doença que o leva a passar pela a horrível experiência de passar por um urologista (cena esta que me deu coisas, como diria o Doutor Chapatin).
Já Norman (Arkin) precisa lidar com a morte de sua esposa depois de 50 anos juntos, a solidão recente, a volta da filha viciada e desviada, a rabugentisse coloquial e o assédio de pessoas interessadas em sua pessoa depois que sua esposa falece. Dentro deste contexto todo, os dois ainda tentam fortalecer a sua amizade que vêm de anos.
Tanto Michael Douglas quanto Alan Arkin têm uma química incrível juntos, afinal já são atores de décadas de experiência, mas o roteiro funcionou perfeitamente para os dois, e ambos dão um show em cena, roubando a atenção do show, e as melhores cenas são quando os dois estão juntos contracenando e se estranhando.
E Michael Douglas levou o globo de Ouro de Melhor Ator em uma série cômica/Musical por seu papel como Sandy Kominsky.
Chuck Lorre (de The Big Bang Theory, Two and a Half Men e Mom) criou mais uma série de humor interessantíssima, porém diferente das três citadas, além do humor ela têm a terceira idade como pano de fundo, sem deixar de passar certas mensagens, mais na linha do caráter.
Diferentes das outras séries citadas, aqui você não vai ficar rolando de rir (em Big Bang e Tho and a Half Men, você rola de rir, mesmo com episódios repetidos, que você já sabe qual a piada, mas ri como se fosse a primeira vez), mas vai encontrar situações cômicas que farão você se impressionar e sentir vergonha alheia pelo personagem e vai se pegar sorrindo com o acontecido... ou seja, a piada não está nas falas e sim nas ocasiões. Esse é o grande trunfo da série de Chuck Lorre, uma comédia mais cabeça, mais adulta se assim posso dizer, algo mais amadurecido, sem o peso de uma emissora de TV, que dá a liberdade necessária para a série ser do jeito que ela acabou sendo.
Temos ótimos personagens coadjuvantes, com as ótimas atrizes Emily Osment, Sarah Baker e Nancy Travis e Susan Sullivan, todas ótimas em seu papel, com destaque para Susan Sullivan como Eilleen, a esposa de Norman que falece e que têm ótimas cenas com Alan Arkin.
A série é bem gostosa de se assistir e te prende desde o primeiro episódio, com duração mínima, não há episódios arrastados e não cansa no meio do caminho, tudo flui naturalmente e os episódios são bem dirigidos. Não é o melhor trabalho de Chuck Lorre, mas é algo diferente, fora da curva dos sucessos que ele vêm apresentando na TV americana nos últimos anos.
Recomendado para qualquer pessoa que goste de maratonar séries bacanas.
PS: Com certeza o episódio 2 é o melhor de todo o show.
Disque Amiga para Matar (1ª Temporada)
4.0 187 Assista AgoraQuando 'Dead to Me' estreou no Netflix e vi que tinha James Marsden e Linda Cardellini no elenco, eu sabia que eu iria assistir de cara, sem me preocupar com a sinopse, e logo depois vi que é protagonizada pela a já competente Christina Applegate da série Married With Children, do super engraçado Al, lembram?
Por ter toda essa galera que sou fã, fui assistir a série as cegas e me surpreendi com a melhor série que eu assisti nos últimos tempos, muita cômica, drama na medida certa, personagens mais do que carismáticos, trama envolvente e sem firulas ou 'barriga'.
É incrível como tudo na série funciona perfeitamente, na é forçado e se desenrola numa naturalidade gostosa, que te envolve com a trama e os personagens, até os coadjuvantes... não é surpresa nenhuma se você se pegar torcendo para ambas Jen e Judy, ou até mesmo o Steve, pegar empatia pelo Abe, ou não conseguir pegar raiva pela mãe do falecido esposo de Jen.
Depois que o marido de Jen (Crhistina Applegate) é atropelado na estrada por um Mustang 66, ela vai para um grupo de apoio que lida com perdas, relutante no começo, ela acaba fazendo amizade com Judy (Linda Cardellini) que na verdade é a autora do atropelamento do marido de Jen. Judy se sente culpada e quer compensar o seu ato ajudando Jen de alguma forma, sendo amiga por exemplo. Judy está se separando de Steve (James Marsden) e a partir daí, inúmeras situações, cômicas e dramáticas acontecem.
Christina está INCRÍVEL como Jen, doida, descontrolada, sagaz, fútil, direta, "Não" a cada dez palavras que profere, ela dá um show de interpretação principalmente nas cenas dramáticas, como segura bem uma cena que exige demais da atriz. Obviamente suas melhores cenas são contracenando com Linda Cardellini, ali é de deixar o espectador hipnotizado tamanha é a competência das duas.
Linda está perfeita no papel de Judy, parece que o papel foi criado pra ela, todos os trejeitos que Linda criou para personagem, não parece algo criado, para ser já genuíno, parece que a personagem tem vida e as duas são irmãs gêmeas.
Gosto muito da Jen, mas Judy é minha personagem preferida da série, adoro ela de paixão, casaria com Judy fácil, ela doida e apaixonante, mas tem um defeito adorável que é baixar a cabeça para todos, sempre querendo agradar. Sempre que Steve grita com ela, ou segura ela com força machucando-a, Judy reclama, Steve pede desculpas e eela solta "It's OK'... e não é só pra ele, é com todo mundo, com Jen principalmente, com Abe também, com todos... você perde as contas de quantas vezes alguém diz 'Sorry' pra ela, estando erradíssimo e ela em seguida responde 'It's OK' trazendo a culpa pro lado dela...hilário e apaixonante.
James Marsden está ótimo como Steve, gosto muito dele, o acho um ator completo e muito profissional, e faz ótimas cenas tanto com Linda Cadellini quanto com Christina Applegate. Como já sou fã dele desde o Ciclope de X-Men, Encantada, A Caixa, entre outros filmes, ele foi a razão de eu ver a série ás cegas.
'Dead to Me' é ótima, uma série super gostosa de assistir e que não cansa de jeito nenhum, você quer matar a série logo, na hora, não quer esperar pra ver o outro episódio no dia seguinte, coisa que fiz, dá vontade de ja ver o próximo, e o que faz a série sair ganhando é que é curtinha, de 25 a 30 minutos por episódio, o que faz ela não ser cansativa, de não ter cenas que enchem linguiça pra preencher espaço...tudo já explicado bem e salta para o próximo acontecimento.
Eu mesmo já quero assistir tudo de novo, porque não enjoa, é muito divertido...que série sensacional.
Olha dou nota 10 fácil, não é uma obra-prima, mas é brilhantemente bem construída.
Luke Cage (2ª Temporada)
3.5 147Das séries da Marvel/Netflix que saíram antes de Defensores, a que mais me surpreendeu foi Luke Cage, por mais que a reta final tenha sido um pouco fora da curva, bem fantasiosa, destoando da proposta geral da série, ainda assim foi algo maravilhoso, inteligentemente bem criado, trazendo muito conteúdo da comunidade negra americana... foi uma grata suprersa.
Já esta segunda temporada, infelizmente ela não manteve aquele alto nível apresentado no primeiro ano, caindo um pouco de produção e sendo bem imparcial com alguns personagens.
Um dos pontos principais pra este ano não ter funcionado tanto é o protagonista, Luke Cage, seu arco é bem desinteressante, soando por vezes arrogante demais, confiante demais, sendo que visivelmente ele estava sempre um pé atrás das pessoas que ele estava tentando derrubar. Cage não evolui muito durante a série, sempre está na mesma posição, com os mesmos princípios, mesmo quando sabe que está equivocado ou quando não é o melhor caminho a seguir, os primeiros episódios envolvendo sua relação com Claire Temple é bem clichê, e o resultado final se torna bem previsível e maçante.
Muito do fato de o arco de Cage ser desinteressante e não prender a minha atenção nele se deve aos vilões que tomam o protagonismo na série, o arco deles é dez vezes mais interessante que a de Cage, mesmo a construção inicial de Bushmaster ter sido bem abaixo, bem clichê, e bem deixada no ar, á partir que os episódios avançam, algumas peças começam a se encaixar e entendemos melhor o passado do vilão e suas motivações ficam mais claras, mais conclusivas, mais diretas, mesmo vindo tardiamente na trama, passamos a enxergá-lo diferente do que no começo e até a torcer bem timidamente em sua vingança contra os Stokes.
Pra mim, o ponto alto da série com toda a certeza foi Alfre Woodard, como Mariah Stokes, atriz que já conheço dos tempos de 'Desperate Housewives', super competente e incrível, Alfre dá um show de interpretação na série e toma toda a atenção pra si.
Seus trejeitos, a rigidez, a arrogância, a ganancia, a insegurança e a auto confiança dessa personagem fizeram ele ater um crescimento absurdo na série ao ponto de boa parte do protagonismo ser direcionado a ela.
Com certeza, de inúmeras cenas sensacionais e impactantes que temos dela na temporada, duas se destacam:
- O diálogo com a filha, Tilda (Gabrielle Dennis), no episódio 9, foi um dos diálogos mais sensacionais que vi em séries dramáticas, foi um colírio ver Alfre dando um show de interpretação e dramaticidade, uma cena forte e vigorosa de encher os olhos. Foram mais de 5 minutos de puro brilhantismo artístico.
- A cena na Gwen's, no massacre, e quando Mariah Stokes Dillard acaba por queimar vivo um personagem com o rum bushmaster...ali sua personagem deu uma virada parecida com a da primeira temporada, e ali ela se perdeu completamente em suas motivações, caindo em desgraça, selando seu destino. Sensacional.
Theo Rossi esteve muito melhor como Hernan 'Shades' Alvarez, além de gostar muito de Theo atuando, virei fã do ator, peguei empatia para com Shades, mesmo com sua dualidade no caráter, e nesta temporada ele está bem melhor trabalhado.
Mustafa Shakir como Bushmaster, esteve muito bem no seu papel e seu sotaque jamaicano, seu personagem demorou um pouco para engrenar, fazer sentido, se enteirar na trama, mas uma vez que conseguiu se firmar passou a ter empatia de minha parte.
Simone Missick esteve ótima como sempre fazendo a Misty Knight, agora finalmente ganhando seu braço biônico, quando parecia que faltava protagonismo para ela, isto foi compensado nos episódios finais onde ela teve uma participação maior na resolução da trama.
No mais temos as participações de Elden Henson como Foggy Nelson, Finn Jones como Danny Rand, fazendo a menção com os quadrinhos da Marvel, onde Luke Cage e Punho De Ferro protagonizam a revista 'Heróis de Aluguel' frase mencionada na série.
Também temos Jessiva Henwing como Coleen Wing em um episódio, também fazendo menção aos quadrinhos da Marvel, afinal, Misty e Colleen trabalham juntas nos quadrinhos, como heróis de Aluguel em uma nova formação e também em uma revista chamada 'Filhas do Dragão'. E se Rosario Dawson, a Claire, era a onipresente nas séries da Marvel/Netflix, agora nós temos Rob Morgan como Turk Barrett sendo o onipresente, aparecendo em todas as séries da casa.
O segundo ano de Luke Cage desce dois degraus comparado ao primeiro ano, a boate 'Harlem's Paradise' continua trazendo artistas conhecidos e desconhecidos incríveis para se apresentar durante os episódios, assim como na primeira temporada, além de termos o sensacional Gary Clark Jr.,temos um músico que não consegui encontrar o nome dele mas eu o achei sensacional, pra quem assistiu a série, é um gordinho que toca guitarra numa precisão e verocidade incrível, ele é ótimo, muito bom e possui um conhecimento técnico para tocar guitarra invejável...e o principal, toca com a alma.
Porém,a boate perde um pouco de protagonismo sendo mais coadjuvante na série em termos artísticos, sendo apenas um ponto de encontro para se resolver assuntos ou soltar ameaças. Uma pena, a boate é a alma da série.
A reta final é bem morna...temos alguns desfechos, uns interessantes, outros bem clichês...mas no geral, o saldo é bem regular... esperava um pouco mais desta temporada, que acabou sendo a última infelizmente.
Jessica Jones (2ª Temporada)
3.6 286 Assista AgoraDepois de uma estreia bem competente, mostrando uma Jessica Jones bem mais áspera que a dos quadrinhos de Brian Bendis, e uma participação até que convincente na série dos Defensores... a segunda temporada acabou nos mostrando mais do mesmo em relação ao que foi apresentado na primeira temporada, com a diferença de que aqui não há um vilão pré-definido.
A trama desta temporada gira em torno de Jessica descobrir mais sobre como ganhou seus poderes no passado, devido a acontecimentos recentes de pessoas com poderes estarem sendo exterminados por uma empresa de fachada. A substância usada por essas pessoas que estão sendo exterminadas se assemelha muito ao MGH (Hormônio de crescimento Mutante) visto nos quadrinhos da Marvel para quem lê as revistas.
O fato desta temporada não ter um vilão propriamente definido, sim há um vilão que precisa ser derrotado no final, mas assistindo bem a série, o espectador irá perceber que não se trata realmente do vilão principal da série, e sim um antagonista que está vinculado com a história de Jessica.
A escolha deste 'vilão' e de trazer de volta este passado da Jessica e vincular com muitas questões, ao meu ver de início não havia sido uma grande casada, achei muito clichê e uma desculpa boa para dar a virada no meio da série, porém não vou negar que nos últimos episódios, o peso dramático ficou adequado e de repente essa sequência toda encaixou no final que eles pretendiam contar, e aí começou a ficar aceitável e interessante de se acompanhar o desfecho.
Tudo que eu podia falar da Kyrtsen Ritter já falei no comentário da primeira temporada, ela é sensacional, competente, profissional, inteligente e vai do cômico ao dramático e ao ocasional com uma facilidade absurda...atriz completa e que segura muito bem a série.
Já Rachel Taylor está muito melhor neste ano, gosto muito dela atuando e ela tem umas nuances incríveis, e aqui sua personagem está muito mais dramática do que na temporada anterior.
Eka Darville, ator fantástico, e como cresce seu personagem neste ano, nem de ´perto parece o Malcolm do ano anterior, muito mais seguro, decidido e centrado nos ideais.
Carrie Anne Moss, com sua Jeri Hogarth, neste ano tinha uma trama que seria sensacional pra acompanhar, com a descoberta de uma doença fatal para uma personagem que trata as pessoas como se fossem seus súditos, porém, infelizmente, o roteiro não favoreceu este aspecto, sua personagem depois da descoberta da doença, ao invés de lidar com os efeitos e as nuances que a mesma traria, acabou deixando isto de lado e focou na fragilidade com que Jeri têm em enxergar as pessoas em sua essência e também em sua montanha russa emocional devido á doença...poderia ter sido muito melhor do que foi e no final não influenciou tanto assim na trama como um todo. De positivo, apenas mostrou que Jeri no final não mudou tanto assim de caráter devido ao que lhe aconteceu (apesar de seu caráter ser bem duvidoso, ela só se tornou mais forte).
Brian Hutchinson esteve ótimo no papel de Dale, e cresceu muito a cada episódio que passou. Porém quem eu destaco mesmo foi Janet McTeer como Alisa Jones, Janet deu 'UM SHOW' nesta série, interpretou maravilhosamente bem e fez um par com Kyrsten que ficou interessantíssimo de se acompanhar, principalmente na cena onde as duas estão no quarto de hotel nos episódios finais e elas t~em uma longa conversa. Nota 10 pra ela.
Fora isso, as voltas de Wil Traval como Simpson por 1 episódio e a participação de Elden Henson como Foggy Nelson diretamente de Demolidor, participação bem pequena infelizmente.
Além de David Tennant como Killgrave também uma participação breve, achava que seria em mais episódios, mas foi bom vê-lo de volta.
Ao meu ver o segundo ano não deixou a desejar, com um final de arco bem bacana, porém comparado ao primeiro ano, está um degrau abaixo.
Agentes da S.H.I.E.L.D. (4ª Temporada)
4.2 124 Assista AgoraÉ incrível como a série Agents of Shield melhora a cada temporada. Esta quarta temporada com certeza é a melhor temporada de todas, praticamente uma revista em quadrinhos em foras de série de TV, trazendo até algumas coisas bem clichês, mas é um clichê tão sutil, que não insulta a inteligência do fã (talvez apenas só a do telespectador comum).
Esta temporada é dividida em três atos:
- O Primeiro é focado no Motorista Fantasma (Robbie Reyes), se não me engane, a terceira encarnação do personagem nos quadrinhos, á qual ainda não li, então fui de peito aberto para acompanhar algo que eu não conhecia ainda... um Ghost Rider que guia um carro, com um outro senso de justiça. Achei o Gabirel Luna foda como o personagem, ele colocou sua própria personificação de Ghost Rider, e fez um Robbie Reyes que foge um pouco dos quadrinhos, pelo que eu pude perceber do pouco que vi da HQ. Não á toa, depois de 2 anos da exibição da temporada, ele retorna ao personagem em uma série própria que será feita pela HULU...estou super empolgado.
-A Segunda é focada na MVA, Modelo de Vida Artificial, AIDA, que é criada pelo Dr. Radcliffe (John Hannah, da trilogia 'A Múmia'), ator que gosto muito por sinal. Todo este ato da AIDA, que deixa de ser uma serviçal de Radcliffe para se tornar a grande vilã da temporada é sensacional, e ver como tudo isto se desenrola, como ela quase tem razão em seus atos é algo magistroso. Mallory Janssen, a atriz que faz AIDA, é incrível na sua forma de atuar alguém que é um robô praticamente, e também quando tem que atuar sendo uma humana, atriz mais que linda, uma deusa, e super competente...já virei fã dela.
- O Terceiro ato, o melhor da temporada e de toda a série até aqui, se passa em poucos episódios, no fim da temporada intitulado, 'Agents of Hydra'.
Dentro do 'Mainframe', um mundo criado por Radcliffe e AIDA, a Hydra domina o mundo e a SHIELD é vista como rebeldes, e tudo lá é diferente, com papéis invertidos do mundo real, sem entregar muitos spoilers, mas só pra se ter uma ideia, Fitz é um vilão nesse mundo e Simmons está morta neste mundo... isso não estragará a sua experiência, porque neste mundo, nem tudo é o que parece... fora que antigos personagens que há tempos não aparece e outros que já morreram, voltam a aparecer neste mundo (menos uma dupla que eu adoro, infelizmente).
Dos rostos novos, além Mallory e Gabriel Luna, nós temos John O'Mara como o Protetor, novo diretor da SHIELD, é legal ver que a Marvel TV traz personagens bem obscuros das HQ's que eu até desconhecia, e os insere na série de TV de uma forma totalmente inusitada (pena terem deixado Clay Quartermain de lado até hoje).
José Zuñiga, como o tio de Robbie Reyes, Eli Morrow...
Zach McGowan como o vilão Anton Ivanov, está muito bem no papel...
Além das voltas de Natalia Cordova-Buckley como a 'YO-YO Rodriguez' a parceira/caso amoroso de Mack.
Patton Oswald fazendo os irmãos Koening, gosto muito deste ator, muito versátil na forma de atuar.
Além de sempre ser bom ver Adrian Pasdar como 'Glenn Talbot', acho ele muito bom...e a volta de Brent Dalton dentro do 'Mainframe' como Grant Ward.
Essa temporada tem muitos pontos altos, e diferente da terceira que tinha mais cenas emotivas dentro de uma assunto mais instigante e inteligente...nesta temos mais ação ininterrupta e assuntos complexos como, daonde ve a origem do Motorista Fantasma e a que mundo ele pertence...o inferno mesmo? Fora toda tecnologia que envolve AIDA e a criação do 'Mainframe'.
De longe é a melhor temporada de todas.
PS: o elenco principal nem merece mais linhas, não só dominam muitos bem seus personagens, como se tornaram e cresceram como grandes atores...em especial Clark Gregg e Chloe Bennet. Sem falar que Iain De Caestecker, que faz Fitz deveria levar um Emmy, algum prêmio...que ator completo...ele e a linda da Elizabeth Henstridge, atriz completaça que nesta temporada tem sua melhor performance, superando a da terceira...
Agents of Shield vai a cada ano só melhorando e melhorando.
PS 2: Pra não deixar de citar...aqui a repercussões com os acontecimentos de Capitão América Guerra Civil e o registro dos Super-dotados.
Inumanos (1ª Temporada)
2.2 118Quando a Marvel Studios anunciou sua fase 3 lá em 2015, 'Inumanos' era o filme que fecharia essa fase, logo depois do filme da Capitã Marcel, bem depois de Vingadores Guerra Infinita.
Óbvio que muita coisa mudou, e no caso de 'Inumanos', o projeto deixou de ser um filme, onde encontrou muitas dificuldade, para se tornar uma série de 8 episódios.
Desde começo fiquei empolgado e curioso para saber como seria um filme dos Inumanos, mas depois que ela virou uma série, os meus ânimos baixaram por ficar me perguntando como ela se ligaria ao MCU agora que foi transplantada para a TV. Quem já assistiu sabe que a série não faz nenhuma menção ao MCU e vive ali no seu mundinho fechado, que já é um erro tremendo.
Depois de tardiamente acompanhar os 8 episódios na Netflix, posso dizer que 'Inumanos' é uma série fraquíssima, chatinha, horrível e nada inspiradora, que não tira o melhor do que os Inumanos são.
Os Inumanos são seres humanos que foram modificados geneticamente pela raça Kree (que aparece no filme da Capitã Marvel) em sua primeira passagem pela Terra. Eles deixam para essa raça os Cristais Terrígenos, que uma vez que usados em humanos potencial genéticos, acabam despertando sua forma Inumana, pode ser apenas com poderes como o Raio Negro, ou em sua forma como Triton e Gorgon.
Sempre li poucas coisas dos Inumanos nos quadrinhos pela falta de revistas próprias dos mesmos, então os via mais em grandes sagas ou nas histórias do Quarteto Fantástico... mas já chegava preparado para uma adaptação para as telas.
Me decepcionei...
A série como falei é fraquíssima, não explora os Inumanos como deveria, tenta os tratar como uma família, mas que aqui é bem disfuncional e não convence como uma família real. Não desenvolve bem seus personagens, os protagonistas da série, apesar de serem talentosos, não passam o protagonismo que deveriam passar... a virada na história acontece muito no começo sem dar tempo de apresentar os personagens ao público, e toda a trama é bem básica e pouco inspirada.
Raio Negro (Anson Mount) foi pouco aproveitado na série, mais pro final ele tem um certo protagonismo, não é o fato de não falar que o faz dele pouco interessante, mas o roteiro falhar em dar a ele o protagonismo que o personagem merecia.
O protagonismo mesmo fica com Medusa (Serinda Swan) que é boa atriz, mas que na minha opinião sofreu com a escolha dos roteiristas em deixar Medusa mais como uma fugitiva/justiceira aspirante do que a legítima rainha de Attilan, e óbvio a péssima e horrenda ideia de raspar seu cabelo, que é o poder dela de Inumana, e passar a série toda sem poder, sem cabelo, correndo pra lá e pra cá, sem resolver muita coisa... descaracterizaram a personagem vergonhosamente.
Ainda temos na série Ken Leung (como Karnak) e Henry Ian Cusick fazendo novamente uma série juntos desde 'Lost'. Mike Moh fez 'Triton' o Inumano aquático que ficou boa parte da série fora, e no final não teve uma cena de destaque, vai entender os roteiristas.
E minha grande crítica vai para Isabelle Cornish, que faz Crystalis, de longe a pior interpretação da série... fraca, boba, sem inspiração, sem nada, pior que a Bela em Crepúsculo, destoaram totalmente da Crystalis que conhecemos, e a atriz fez uma adolsecente bem birrenta, que depois fica deslumbrada com a Terra e um jovem, em pseudo romance totalmente desnecessário e bobo. Horrível, nem os poderes dela foram bem aproveitados.
Dentinho, o cão inumano de Crystalis, criado em CGI ficou bem bonitinho, mas bem mal aproveitado também...
Não tem muito mais o que falar, parece mais uma série tipo B, as cenas de ação são péssimas e os efeitos bem pobres, chega dá vergonha. Como se fosse aquelas séries que passavam no SBT no começo dos anos 2000, com orçamento reduzido.
O único ponto positivo da série foi Iwan Rheon, como o vilão Maximus, irmão de Raio Negro, ator ótimo com uma veia dramática excelente, vinha de Game of Thrones para trazer seu talento para uma série sem inspiração... e olha que ele se doou, fez um belo trabalho.
Prefiro os Inumanos apresentado e representados na série Agents of Shield...lá ficou muito mais interessante e bacana.