O filme tem uma boa proposta, mas fica só nisso, a narrativa é muito monótona, até demais, mesmo para um tema reflexivo como esse. Algumas partes do roteiro foram acertadas e geram até um resquício de introspecção, mas no geral, faltou dinamismo e mais carisma nos personagens, tanto para o mal quanto para o bem, me pareceu que a melancolia da história estava sendo forçada em todos os aspectos técnicos e humanos do filme. Achei a fotografia linda e a trilha sonora bem colocada em alguns momentos, em outros, a ausência dela deixa um vazio muito grande, a intenção é boa mas ficou faltando algo, filme parado não é sinônimo de bom cinema, já até chorei com dramas extremamente melancólicos mas que tinham vida de alguma forma, ou ao menos nos sustentavam acordados. É interessante por ser uma obra Sérvia, não me lembro de ter visto algo de lá, mas eu não acho que verei novamente. A título de comparação, Incêndios, do excelente diretor Villeneuve, é um filme extremamente cadenciado, mas a história é tão bem contada e a direção tão segura, (fora o restante do quesito técnico), que o filme se torna uma obra de arte. A questão nem está exatamente no ritmo mas sim no que o filme trás de novo, o que ele acrescenta, o título traduzido Círculos já dá um spoiler do filme: ele anda em círculos, gira, gira e não chega em lugar algum, não acrescentando nada em matéria de cinema ou de uma simples reflexão.
Parte de uma premissa dividida entre o comum e o original, pois a questão da viagem no tempo é batida, mas o porque, o como e o onde ela acontece no filme são originais e intrigantes. A busca por uma namorada desaguando no romance inicial nos leva a crer estar frente a apenas mais um romance com diálogos mais interessantes do que o comum, mas conforme o roteiro se desenvolve ficamos de frente a um filme sensível que consegue tocar em todo o âmbito da vida familiar sem soar piegas ou clichê, a preocupação e o amor pela família refletidos pelas viagens no tempo a fim de consertar certos detalhes são emocionantes. Com excelentes personagens, diálogos rápidos e bem colocados, atuações formidáveis e trilha sonora que vai de músicas dos anos 90 e 2000 até uma típica música italiana estamos frente a um dos melhores filmes do ano que se passou, roteiro simples e muito inteligente, sem exageros, com emoção na medida e realismo, apesar da premissa absurda. Impossível não se emocionar com a cena final entre pai e filho.
O filme tem um inicio arrasador. Gosto da mistura de carnificinas silenciosas, calibre doze e corpos voando da forma como foi mostrada, sem explicações, sem choro, sem discursos. Mas pra isso, exijo uma boa explicação posterior. O roteiro se mostra inteligente apesar de pouco dinâmico a partir daí, a explicação gera uma boa reflexão, apesar de não funcionar completamente pra mim, a analogia sobre o questão de ''mártir'' é interessante e a resolução final não poderia ser melhor. No quesito terror não achei tudo isso, mas num aspecto mais psicológico é interessante. Realmente o que incomodou bastante foi
aquela criatura que persegue e a machuca a menina no inicio, já dava pra sacar que era imaginação e que era ela mesmo que fazia tudo isso, mas acharam necessário criar todas aquelas perseguições e agressões gratuitas abastecidas pelos grunhidos da criatura, abordagem interessante mas poderia ser feita de outra forma
Resumindo, filme diferente, ganha pontos pelo sadismo!
Quando minha esposa me falou desse filme há tipo uns quatro anos atrás, provavelmente eu o odiaria, não só porque tem um ritmo cadenciado e se trata de um amor incomum, mas porque eu não tinha nem queria ter um dom parecido com o que o garoto tem, ele nota todo o som ao redor, e eu aprendi a notar os pequenos detalhes da vida não faz muito tempo. E esse filme é assim, notar e sentir os pequenos detalhes, os mínimos sons, o modo como a música os une em primeira mão e depois os leva de encontra um ao outro novamente é poético e belo. Pode parecer mais um draminha infantil sem gosto, mas é uma obra para alegrar o seu dia. Um filme interessante e lírico. Não há como não se apegar a esse garoto, só faltou algo mais real quando ele toca, toda a música dele é pós-produzida, o que tira um pouco o realismo, só não sei afirmar se a forma que ele toca sairia algum som rsrs, mas é um bom filme. Recomendo.
Competente slasher americano. Estou acostumado com o ritmo francês de terror, as últimas obras que vi são todas da terra do croissant, então senti saudade da falta de pudor nas cenas sangrentas e de uma técnica de cinema mais aguçada, mas fora isso, a violência está presente, o roteiro que de inicio parece absurdo vai tomando forma e beira a realidade e gostei da heroína, ela foge do padrão mocinha-inocente-gritaria e logo de inicio já mostra que sabe o que está fazendo. Acho que todo ser humano que ama a própria vida mataria por ela sem dó nem piedade numa situação dessas. O filme por si só já é um grande clichê mas sabe aproveitá-los bem e finaliza sem ofender a inteligência do público. Bom filme pra quem curte o gênero, só não espere um clássico ou muitas novidades, é crtl c + crtl v de qualidade.
Um achado. O filme consegue atingir o ponto certo onde vários filmes tentaram e falharam em algum aspecto, já que o tema é controverso e a linha entre agradar e desagradar quando o assunto é abordado é um tanto tênue. Quem nunca presenciou em restaurantes, bares e até cinemas (?!) as pessoas ligadas em seus celulares e desligadas do mundo ao seu redor? O filme trata-se absolutamente disso, a falta de diálogos, de comunicação entre os entes e a maldade e malícia que surgem na oportunidade do anonimato, tudo graças a tecnologia, a mesma tecnologia que me fez conhecer esse maravilhoso filme, mas que escraviza mentes pelo mundo inteiro através de redes sociais, qual a real finalidade disso? Com histórias paralelas que funcionam impressionantemente bem, vemos famílias ruindo enquanto têm que enfrentar problemas reais da vida real. Adorei a fotografia, aquele verde morto, sem vida. Contando com um elenco extremamente competente, o filme segue sua linha suspense-drama muito bem até o final sem apostar em desfechos impressionantes com grandes cenas melodramáticas, a vida aqui é retratada como ela é, independente do que você é na internet, fora dela, você é apenas um ser humano e nada mais. Sensacional!!!!!
Consegue equilibrar a nostalgia de ver os melhores pugilistas do cinema juntos com a ideia bem humorada da velhice e sua relação com as atualidades. O roteiro tem boas sacadas como o confronto com o UFC ou quando os videos dos dois se tornam virais no youtube e os dois não fazem a mínima ideia do que isso significa. Alan Arkin é um dos meus coadjuvantes preferidos, ele tem um sarcasmo e uma arrogância no falar que dá vida e humor a qualquer personagem. Despretensioso, fica claro que o filme é apenas para passar o tempo, não esperem nenhuma dramaticidade maior do que o Stallone já atingiu em sua carreira, já De Niro, não é necessário dizer que ele tem um timing cômico impressionante, somente a participação da Kim Basinger (que também é saudosista) gera um romance que é de longe a parte mais fraca da história, o que não tira a diversão de ver esses dois coroas se estapeando em qualquer oportunidade, mas quebra o ritmo despretensioso que o filme carregava. Ao fim, resta um bom filme para não pensar, apenas rir.
Não tenho nada contra sequências, até gosto da maioria delas. O problema é que há filmes que são únicos, ou pedem um pouco mais de empenho na hora de continuar, o que é o caso do excelente Extermínio. Essa continuação começou até bem, com um ritmo ágil e tomadas rápidas, a cena inicial naquela casa no campo até deu uma estigada... mas me enganou. Com desculpas esfarrapas e um enredo ridiculo, tentaram dar continuação ao estado de caos criado no seu antecessor de forma fraca e batida, mesmo com um elenco competente, Carlyle, Renner, Elba, o filme não engrena, tem alguns momentos de adrenalina e algumas cenas bem fortes chegando a QUASE empolgar, mas não empolga, os personagens são vazios, as situações clichê demais, num ponto onde o clichê se torna pedante e ridiculo. Fraco demais.
Pra um roteiro que está pouco se fodendo e mata seus personagens sem pudor, eles se importaram muito em deixar o pai infectado vivo até o desfecho pra proporcionar aquele embate final ridiculo entre pai e filhos.
Tinham uma idéia que poderia ser promissora em mãos e não souberam aproveitar, infelizmente.
Belo e emocionante são duas palavras que podem definir bem esse filme. Com uma boa seleção de elenco e uma tecnica impecável foi sem dúvida um dos melhores do ano retrasado. Anne Hathaway, pra mim, roubou a cena com sua pequena mas imponente participação, o seu solo foi emocionante e sua entrega ao papel lhe rendeu um Oscar mais do que merecido. Hugh Jackman competente como sempre segura bem as pontas no papel do lendário Jean Valjean, um ex-prisioneiro que não consegue largar sua condição de fugitivo por um único motivo: a sua integridade, quando uma promessa é feita ou quando alguém necessita, ele está sempre disposto a ajudar e isso é o que joga sempre na rede do inspetor Javert, um oficial extremamente ligado ao seu dever e de certo modo tão integro quanto a ''sua caça'', interpretado com segurança por Russel Crowe. Todos os Miseráveis tem uma poesia em si, suas vidas, anseios e comportamentos são vividos de maneira bem compatível com a história, que peca ao meu ver, apenas no romance que antecede o final, por mais que faça parte do enredo, achei que quebrou o clima aventureiro do filme e me fez bocejar demais pro meu gosto, mas ao final, esse trecho se mostra mais do que necessário para o desfecho, então, posso relevar. Alguns ''solos'' são bem massantes, mas nada que tire a beleza e o brilho desse filme, muito bem dirigido e com uma fotografia maravilhosa. Uma delícia para os olhos e ouvidos, como já disse, só poderia ser mais dinâmico, mas não se pode obrigar uma poesia audio-visual a ser tão moderna assim, está bom do jeito que está. Já ia me esquecendo, Sacha Baron Cohen e Helena Bonham Carter proporcionam as cenas mais engraçadas e dinâmicas da história como o casal mais pilantra da cidade. Recomendo.
Contando com Tom Hanks inspirado, um excelente elenco de coadjuvantes, uma tecnica incomparável e um roteiro adaptado de um livro do mestre King, esse é, facilmente, um dos vinte melhores filmes que eu já vi. Os sub-personagens são trabalhados perfeitamente, com cada diálogo e ação se encaixando perfeitamente na narrativa, ninguém é obsoleto na história, tudo que acontece tem seu peso dramático. Eu, apesar de ser fã do autor, nunca lerei esse livro pra não estragar a obra magnífica que é esse filme. Michael Clarke Duncan esbanja emoção e bondade no que é de longe a sua melhor atuação. Como não chorar junto com os policiais nas cenas finais? É incrivel como um filme como esse se torna atemporal, já o assisti trocentas vezes e não houve uma vez se quer que eu tenha me arrependido, é sempre uma ótima experiência. Incrivel como o intitulado ''mestre do horror'' escreveu histórias tão tocantes que se tornaram grandes filmes.
Um dos meus preferidos. Quando era garoto assistia toda vez que passava no sbt e revendo ontem em dvd, me peguei pensando se a emissora não cortava algumas partes do filme, alguém sabe dizer? Por exemplo não me lembrava de jeito nenhum da parte do filme que ele assiste na prisão.
O filme remonta aos enredos dos slasher movies dos anos 80 com grande estilo. Na trama, duas amigas vão para a casa de campo onde mora a família de Alexia (Maïwenn), lá, elas pretendem estudar para as provas que se aproximam, sem saber que um violento maníaco se aproxima da casa. Quando anoitece, ele invade a casa armado e sem nenhuma explicação, mata a todos, poupando Alexia, o que obriga Marie a persegui-lo de perto enquanto ele deixa um rastro de sangue e violência por onde passa. Uma casa de campo, uma família indefesa e um maníaco cruel com um caminhão... com essa premissa, não preciso dar mais detalhes, não é? As cenas dos assassinatos são ótimas, muito sangue e violência sem pudor. Uma reviravolta no final tenta fechar o roteiro de modo surpreendente, talvez mais crie do que efetivamente desate os nós, mas de qualquer forma, é um filme interessante.
Esse diretor me cativou com O Labirinto do Fauno, um filme que mescla fantasia, aventura, terror e drama com o universo infantil. Nesse filme anterior, A Espinha do Diabo, ele já fazia essa mescla com sucesso. O pano de fundo é a guerra civil espanhola, as crianças estão em foco e o lado obscuro e maldoso dos adultos vem a tona novamente. O filme é, em si, uma poesia sobre o contexto de fantasma, uma poesia que se finaliza no desfecho do filme e deixa algo de onírico no ar. A Espinha do Diabo significa algo sobre crianças indesejadas, os órfãos que de uma forma ou de outra, ninguém se importa. A forma como a história é contada e como ela se encaminha para seu desfecho trágico e forte é comum, mas nas mãos do diretor toma ares bem diferentes. Fotografia muito bonita, elenco infantil e adulto competentes transformam esse filme num terror dingo, por mais que a única ligação com o gênero seja realmente o fantasma infantil que aparece e não diz muita coisa, o terror aqui, é mais social, onde um país em crise gera um povo em crise, sem motivos para viver, apenas ''sobreviver'' como um fantasma, racionando comida e sabão pra esperar um futuro que nunca vem. Interessante.
Confesso que não sou fã de filmes românticos água com açúcar, assim como não gosto de livros melosos que põe o amor como a chave pra tudo, nunca li e talvez nunca lerei Nicolas Sparks. Esse é o primeiro filme que vejo baseado em suas obras e fiquei impressionado como a forma que o amor nos é apresentado. De certa forma, minha esposa e eu matamos a charada logo no começo, mas o próprio filme já se entrega antes do final mostrando que a surpresa não era o foco e sim, o amor e a dedicação que um ser pode atribuir a outro. Com paisagens deslumbrantes, a fotografia nos cativa e o amor jovem e rebelde dos dois é apaixonante, acho que o filme perde um pouco o ritmo no final, terminando de forma abrupta e talvez até poética demais, um pouco inverossímil talvez? Não sei, sei que pra alguém como eu chorar com um filme desses é porque realmente a história nos faz refletir sobre algo. O filme é belo e deprimente em certos aspectos.
Como não decepcionar com a vida ao saber que estamos sujeitos a esquecer de quem amamos ou de quem somos? Todos estamos sujeitos a essa degeneração e deve ser cruel ver tudo que foi construído, (no caso deles, foi realmente dificil ser construido), ser esquecido em poucos minutos. Mas logo nos animamos ao ver que o amor pode superar essas barreiras e fazer milagres. Me lembrou um pouco o Amor do Michael Haneke, com a diferença de ser um pouco mais dinânico
. Ryan Gosling e Rachel McAdams estão ótimos. Um bom romance, gostei da forma que a história foi contada. Recomendado.
Uma grata surpresa. Filme ágil e bem humorado lembrando uma mistura de irmãos Coen com Tarantino que soa até original se vermos o ano de seu lançamento. Tanto a dupla principal quanto a dupla que os ''caça'' atuam muito bem e ajudam o filme a nos cativar com sua mistura de ação e humor negro. Cenas como a do assalto a banco ou da informação na garagem do hospital podem soar clichês mas no contexto do filme ficaram excelentes. Uma jóia européia pouco difundida no Brasil e talvez, até no mundo. Trilha sonora fantástica. O único ponto fraco do filme talvez seja
o fato de não haver sangue ou morte no filme, por mais que tenhamos cenas de ação, ninguém morre ou sofre nenhum dano, isso sustenta a leveza da história tirando o foco da violência e colocando-o mais no humor e na amizade que surge entre os dois, mas eu gostaria de um pouquinho de sangue quando vejo milhares de tiros sendo disparados
... mas como eu mesmo falei, mesmo isso entra no contexto da história e contribui para o filme ser o que é. Foda!
Não se deve menosprezar um filme pela sinopse, uma lição que aprendi com esse excelente filme. A premissa é batida, aquela velha história de um dia que se repete e só uma pessoa sabe o que acontece, e logicamente o roteiro se foca nessa pessoa dando-lhe um objetivo ou meta pra alcançar e eliminar o ''feitiço'', mas não nesse filme, aqui, um jornalista cujo humor não é dos melhores, interpretado graciosamente por Bill Murray (no que talvez seja o seu melhor papel no cinema), vai a uma cidadezinha, que obviamente odeia, fazer uma reportagem sobre um evento local. Após um nevasca ele fica preso por lá e inexplicavelmente o dia se repete diversas vezes. O diferencial do filme é a reação despertada no personagem central que sem metas ou ''conselhos'' do além como vemos em outros filmes, resolve, de inicio, tirar vantagem da situação de diversas maneiras, variando entre crimes, sexo, etc. É lógico que as coisas não dão tão certo assim, mas qualquer coisa que eu fale daqui pra frente seria um puta spoiler.
O modo como o personagem evolui e se torna mais altruísta flui naturalmente e é lindo de se ver, o final, romântico e emocionante é único, parece clichê, mas a mansagem do ser egoísta aprendendo a não pensar em si mesmo ficou clara pra mim
É um filme ímpar, podem haver parecidos, mas perfeitos como esse, acho dificil, isso porque nem falei da técnica, e nem precisa né, só a música que toca na rádio todas as manhãs já é um show a parte.
Gostei até certo ponto. A direção é ágil no inicio e vai cadenciando conforme o amadurecimento do personagem. Esse processo de amadurecimento foi interessante mas poderia haver algo mais nesse espaço de tempo. Tirando esse fator, achei interessante a falta de pudor do filme mostrando o que parecem ser cenas reais de pornografia, soa apelativo e de certa forma o é, mas ao menos fugiu um pouco do padrão. Joseph encarna muito bem seu personagem materialista, vazio e padronizado, esse cara tem futuro tanto como ator como diretor, só o que falta na segunda opção é um pouco mais de habilidade porque em Don Jon ele já prova ter sua identidade. A crítica formada pela sequência do confessionário é a grande sacada do roteiro pra mim, a mecanização do sermão cristão e sua relação com o sexo.
O filme peca em não ter uma postura única, hora é infantil demais, hora é violento demais, exemplificando, as crianças não poderão ver e os adultos não terão paciência. O personagem principal é tão babaca na história que até nós, o público, não simpatizamos com ele. Vale a pena pela Ellen Page em uma personagem excêntrica e doida e as cenas de violência do final, de resto é descartável.
Bom filme, nada espetacular, a fotografia tem seus bons momentos mas em alguns peca do excesso de vinheta ficando um pouco amadora, as atuações são satisfatórias e o roteiro é interessante, já sabendo o final fica mais fácil pegar as deixas na história, filme bacaninha mas não acrescenta muita coisa.
O filme me surpreendeu, com aspecto de filme B e direção segura supera muitos similares do gênero utilizando bons momentos de fotografia fria bem azulada, normalmente nos flashbacks e de movimentos rápidos de câmera, fora a atuação excelente do Ray Liotta, no final temos uma boa explicação e acho que até justa pra história, grata surpresa.
Excelente filme, porém não é pra se bajular tanto, no quesito técnico é impecável, fotografia, figurino, trilha sonora, a direção é claro, de um monstro como Scorcese é realmente como deveria ser, perfeita. Mas não curti tanto o roteiro, achei que na primeira metade do filme o lance de ser ''infiltrado'' não criou o suspense merecido e a personagem da fraquinha Cameron Diaz não influencia em quase nada, o que é salvo sem dúvida nenhuma pelo talento do Day-Lewis, é incontestável que o cara é um monstro. Tecnicamente excelente, tem os seus pecados mas é uma obrigação assisti-lo, uma aula de cinema.
Impossível fazer um filme de terror sem utilizar clichês do gênero, o próprio terror já é um clichê, o louvável é saber usá-los e fazer um filme que entretêm e não zomba de nossa capacidade mental (o que difícil hj em dia no gênero). Esse filme merece aplausos por isso, a agonia é constante, até pra quem não curte muito o gênero (eu), é impossível assistir e não ficar nem ao menos ''ansioso'' pra não falar ''com a fralda mais pesada'' kkkkkkk. Tem um roteiro plausível, boa ambientação, fotografia e trilha decente aliados a um elenco competente. O filme não deve em nada, aliás, o final foi um tanto abrupto e poderia até ser diferente, mas não creio ser decepcionante, só foi decepcionante assisti-lo com legendas orientais, já que nos cinemas paulistas não havia cópias legendadas e eu tenho mais medo de dublagem do que dos fantasmas do filme, na boa, tirando esse contratempo, foi uma ótima experiência, comprarei em dvd ou bluray para aproveitá-lo com a qualidade merecida, excelente filme!
Revoltante, asqueroso e belamente filmado pelo gênio Kubrick. Aqui, todo o estrago que a hierarquia cega pode trazer, o poder na mão dos tolos dilacerando a vida dos inocentes, o filmes tem muitas sacadas fodidas, já vi 3 dos melhores filmes anti-guerra dirigidos por Kubrick, é impossível ver seus filmes e olhar pra espécie humana da mesma forma, parafraseando resumidamente o personagem de Kirk Douglas: ''eu sinto vergonha''. Excelente!
Círculos
3.6 24O filme tem uma boa proposta, mas fica só nisso, a narrativa é muito monótona, até demais, mesmo para um tema reflexivo como esse. Algumas partes do roteiro foram acertadas e geram até um resquício de introspecção, mas no geral, faltou dinamismo e mais carisma nos personagens, tanto para o mal quanto para o bem, me pareceu que a melancolia da história estava sendo forçada em todos os aspectos técnicos e humanos do filme. Achei a fotografia linda e a trilha sonora bem colocada em alguns momentos, em outros, a ausência dela deixa um vazio muito grande, a intenção é boa mas ficou faltando algo, filme parado não é sinônimo de bom cinema, já até chorei com dramas extremamente melancólicos mas que tinham vida de alguma forma, ou ao menos nos sustentavam acordados. É interessante por ser uma obra Sérvia, não me lembro de ter visto algo de lá, mas eu não acho que verei novamente. A título de comparação, Incêndios, do excelente diretor Villeneuve, é um filme extremamente cadenciado, mas a história é tão bem contada e a direção tão segura, (fora o restante do quesito técnico), que o filme se torna uma obra de arte. A questão nem está exatamente no ritmo mas sim no que o filme trás de novo, o que ele acrescenta, o título traduzido Círculos já dá um spoiler do filme: ele anda em círculos, gira, gira e não chega em lugar algum, não acrescentando nada em matéria de cinema ou de uma simples reflexão.
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraParte de uma premissa dividida entre o comum e o original, pois a questão da viagem no tempo é batida, mas o porque, o como e o onde ela acontece no filme são originais e intrigantes. A busca por uma namorada desaguando no romance inicial nos leva a crer estar frente a apenas mais um romance com diálogos mais interessantes do que o comum, mas conforme o roteiro se desenvolve ficamos de frente a um filme sensível que consegue tocar em todo o âmbito da vida familiar sem soar piegas ou clichê, a preocupação e o amor pela família refletidos pelas viagens no tempo a fim de consertar certos detalhes são emocionantes. Com excelentes personagens, diálogos rápidos e bem colocados, atuações formidáveis e trilha sonora que vai de músicas dos anos 90 e 2000 até uma típica música italiana estamos frente a um dos melhores filmes do ano que se passou, roteiro simples e muito inteligente, sem exageros, com emoção na medida e realismo, apesar da premissa absurda. Impossível não se emocionar com a cena final entre pai e filho.
Mártires
3.9 1,6KO filme tem um inicio arrasador. Gosto da mistura de carnificinas silenciosas, calibre doze e corpos voando da forma como foi mostrada, sem explicações, sem choro, sem discursos. Mas pra isso, exijo uma boa explicação posterior. O roteiro se mostra inteligente apesar de pouco dinâmico a partir daí, a explicação gera uma boa reflexão, apesar de não funcionar completamente pra mim, a analogia sobre o questão de ''mártir'' é interessante e a resolução final não poderia ser melhor. No quesito terror não achei tudo isso, mas num aspecto mais psicológico é interessante. Realmente o que incomodou bastante foi
aquela criatura que persegue e a machuca a menina no inicio, já dava pra sacar que era imaginação e que era ela mesmo que fazia tudo isso, mas acharam necessário criar todas aquelas perseguições e agressões gratuitas abastecidas pelos grunhidos da criatura, abordagem interessante mas poderia ser feita de outra forma
O Som do Coração
3.9 1,5K Assista AgoraQuando minha esposa me falou desse filme há tipo uns quatro anos atrás, provavelmente eu o odiaria, não só porque tem um ritmo cadenciado e se trata de um amor incomum, mas porque eu não tinha nem queria ter um dom parecido com o que o garoto tem, ele nota todo o som ao redor, e eu aprendi a notar os pequenos detalhes da vida não faz muito tempo. E esse filme é assim, notar e sentir os pequenos detalhes, os mínimos sons, o modo como a música os une em primeira mão e depois os leva de encontra um ao outro novamente é poético e belo. Pode parecer mais um draminha infantil sem gosto, mas é uma obra para alegrar o seu dia. Um filme interessante e lírico. Não há como não se apegar a esse garoto, só faltou algo mais real quando ele toca, toda a música dele é pós-produzida, o que tira um pouco o realismo, só não sei afirmar se a forma que ele toca sairia algum som rsrs, mas é um bom filme. Recomendo.
Você é o Próximo
3.2 1,5K Assista AgoraCompetente slasher americano. Estou acostumado com o ritmo francês de terror, as últimas obras que vi são todas da terra do croissant, então senti saudade da falta de pudor nas cenas sangrentas e de uma técnica de cinema mais aguçada, mas fora isso, a violência está presente, o roteiro que de inicio parece absurdo vai tomando forma e beira a realidade e gostei da heroína, ela foge do padrão mocinha-inocente-gritaria e logo de inicio já mostra que sabe o que está fazendo. Acho que todo ser humano que ama a própria vida mataria por ela sem dó nem piedade numa situação dessas. O filme por si só já é um grande clichê mas sabe aproveitá-los bem e finaliza sem ofender a inteligência do público. Bom filme pra quem curte o gênero, só não espere um clássico ou muitas novidades, é crtl c + crtl v de qualidade.
Os Desconectados
3.9 441 Assista AgoraUm achado. O filme consegue atingir o ponto certo onde vários filmes tentaram e falharam em algum aspecto, já que o tema é controverso e a linha entre agradar e desagradar quando o assunto é abordado é um tanto tênue. Quem nunca presenciou em restaurantes, bares e até cinemas (?!) as pessoas ligadas em seus celulares e desligadas do mundo ao seu redor? O filme trata-se absolutamente disso, a falta de diálogos, de comunicação entre os entes e a maldade e malícia que surgem na oportunidade do anonimato, tudo graças a tecnologia, a mesma tecnologia que me fez conhecer esse maravilhoso filme, mas que escraviza mentes pelo mundo inteiro através de redes sociais, qual a real finalidade disso? Com histórias paralelas que funcionam impressionantemente bem, vemos famílias ruindo enquanto têm que enfrentar problemas reais da vida real. Adorei a fotografia, aquele verde morto, sem vida. Contando com um elenco extremamente competente, o filme segue sua linha suspense-drama muito bem até o final sem apostar em desfechos impressionantes com grandes cenas melodramáticas, a vida aqui é retratada como ela é, independente do que você é na internet, fora dela, você é apenas um ser humano e nada mais. Sensacional!!!!!
Ajuste de Contas
3.5 369 Assista AgoraConsegue equilibrar a nostalgia de ver os melhores pugilistas do cinema juntos com a ideia bem humorada da velhice e sua relação com as atualidades. O roteiro tem boas sacadas como o confronto com o UFC ou quando os videos dos dois se tornam virais no youtube e os dois não fazem a mínima ideia do que isso significa. Alan Arkin é um dos meus coadjuvantes preferidos, ele tem um sarcasmo e uma arrogância no falar que dá vida e humor a qualquer personagem.
Despretensioso, fica claro que o filme é apenas para passar o tempo, não esperem nenhuma dramaticidade maior do que o Stallone já atingiu em sua carreira, já De Niro, não é necessário dizer que ele tem um timing cômico impressionante, somente a participação da Kim Basinger (que também é saudosista) gera um romance que é de longe a parte mais fraca da história, o que não tira a diversão de ver esses dois coroas se estapeando em qualquer oportunidade, mas quebra o ritmo despretensioso que o filme carregava. Ao fim, resta um bom filme para não pensar, apenas rir.
Extermínio 2
3.5 628 Assista AgoraNão tenho nada contra sequências, até gosto da maioria delas. O problema é que há filmes que são únicos, ou pedem um pouco mais de empenho na hora de continuar, o que é o caso do excelente Extermínio. Essa continuação começou até bem, com um ritmo ágil e tomadas rápidas, a cena inicial naquela casa no campo até deu uma estigada... mas me enganou.
Com desculpas esfarrapas e um enredo ridiculo, tentaram dar continuação ao estado de caos criado no seu antecessor de forma fraca e batida, mesmo com um elenco competente, Carlyle, Renner, Elba, o filme não engrena, tem alguns momentos de adrenalina e algumas cenas bem fortes chegando a QUASE empolgar, mas não empolga, os personagens são vazios, as situações clichê demais, num ponto onde o clichê se torna pedante e ridiculo. Fraco demais.
Pra um roteiro que está pouco se fodendo e mata seus personagens sem pudor, eles se importaram muito em deixar o pai infectado vivo até o desfecho pra proporcionar aquele embate final ridiculo entre pai e filhos.
Os Miseráveis
4.1 4,2K Assista AgoraBelo e emocionante são duas palavras que podem definir bem esse filme. Com uma boa seleção de elenco e uma tecnica impecável foi sem dúvida um dos melhores do ano retrasado. Anne Hathaway, pra mim, roubou a cena com sua pequena mas imponente participação, o seu solo foi emocionante e sua entrega ao papel lhe rendeu um Oscar mais do que merecido. Hugh Jackman competente como sempre segura bem as pontas no papel do lendário Jean Valjean, um ex-prisioneiro que não consegue largar sua condição de fugitivo por um único motivo: a sua integridade, quando uma promessa é feita ou quando alguém necessita, ele está sempre disposto a ajudar e isso é o que joga sempre na rede do inspetor Javert, um oficial extremamente ligado ao seu dever e de certo modo tão integro quanto a ''sua caça'', interpretado com segurança por Russel Crowe. Todos os Miseráveis tem uma poesia em si, suas vidas, anseios e comportamentos são vividos de maneira bem compatível com a história, que peca ao meu ver, apenas no romance que antecede o final, por mais que faça parte do enredo, achei que quebrou o clima aventureiro do filme e me fez bocejar demais pro meu gosto, mas ao final, esse trecho se mostra mais do que necessário para o desfecho, então, posso relevar. Alguns ''solos'' são bem massantes, mas nada que tire a beleza e o brilho desse filme, muito bem dirigido e com uma fotografia maravilhosa. Uma delícia para os olhos e ouvidos, como já disse, só poderia ser mais dinâmico, mas não se pode obrigar uma poesia audio-visual a ser tão moderna assim, está bom do jeito que está. Já ia me esquecendo, Sacha Baron Cohen e Helena Bonham Carter proporcionam as cenas mais engraçadas e dinâmicas da história como o casal mais pilantra da cidade. Recomendo.
À Espera de Um Milagre
4.4 2,1K Assista AgoraContando com Tom Hanks inspirado, um excelente elenco de coadjuvantes, uma tecnica incomparável e um roteiro adaptado de um livro do mestre King, esse é, facilmente, um dos vinte melhores filmes que eu já vi.
Os sub-personagens são trabalhados perfeitamente, com cada diálogo e ação se encaixando perfeitamente na narrativa, ninguém é obsoleto na história, tudo que acontece tem seu peso dramático. Eu, apesar de ser fã do autor, nunca lerei esse livro pra não estragar a obra magnífica que é esse filme. Michael Clarke Duncan esbanja emoção e bondade no que é de longe a sua melhor atuação. Como não chorar junto com os policiais nas cenas finais? É incrivel como um filme como esse se torna atemporal, já o assisti trocentas vezes e não houve uma vez se quer que eu tenha me arrependido, é sempre uma ótima experiência. Incrivel como o intitulado ''mestre do horror'' escreveu histórias tão tocantes que se tornaram grandes filmes.
Um dos meus preferidos. Quando era garoto assistia toda vez que passava no sbt e revendo ontem em dvd, me peguei pensando se a emissora não cortava algumas partes do filme, alguém sabe dizer? Por exemplo não me lembrava de jeito nenhum da parte do filme que ele assiste na prisão.
Alta Tensão
3.5 571O filme remonta aos enredos dos slasher movies dos anos 80 com grande estilo. Na trama, duas amigas vão para a casa de campo onde mora a família de Alexia (Maïwenn), lá, elas pretendem estudar para as provas que se aproximam, sem saber que um violento maníaco se aproxima da casa. Quando anoitece, ele invade a casa armado e sem nenhuma explicação, mata a todos, poupando Alexia, o que obriga Marie a persegui-lo de perto enquanto ele deixa um rastro de sangue e violência por onde passa.
Uma casa de campo, uma família indefesa e um maníaco cruel com um caminhão... com essa premissa, não preciso dar mais detalhes, não é? As cenas dos assassinatos são ótimas, muito sangue e violência sem pudor. Uma reviravolta no final tenta fechar o roteiro de modo surpreendente, talvez mais crie do que efetivamente desate os nós, mas de qualquer forma, é um filme interessante.
A Espinha do Diabo
3.8 351 Assista AgoraEsse diretor me cativou com O Labirinto do Fauno, um filme que mescla fantasia, aventura, terror e drama com o universo infantil. Nesse filme anterior, A Espinha do Diabo, ele já fazia essa mescla com sucesso. O pano de fundo é a guerra civil espanhola, as crianças estão em foco e o lado obscuro e maldoso dos adultos vem a tona novamente. O filme é, em si, uma poesia sobre o contexto de fantasma, uma poesia que se finaliza no desfecho do filme e deixa algo de onírico no ar. A Espinha do Diabo significa algo sobre crianças indesejadas, os órfãos que de uma forma ou de outra, ninguém se importa. A forma como a história é contada e como ela se encaminha para seu desfecho trágico e forte é comum, mas nas mãos do diretor toma ares bem diferentes. Fotografia muito bonita, elenco infantil e adulto competentes transformam esse filme num terror dingo, por mais que a única ligação com o gênero seja realmente o fantasma infantil que aparece e não diz muita coisa, o terror aqui, é mais social, onde um país em crise gera um povo em crise, sem motivos para viver, apenas ''sobreviver'' como um fantasma, racionando comida e sabão pra esperar um futuro que nunca vem. Interessante.
Diário de uma Paixão
4.1 2,6K Assista AgoraConfesso que não sou fã de filmes românticos água com açúcar, assim como não gosto de livros melosos que põe o amor como a chave pra tudo, nunca li e talvez nunca lerei Nicolas Sparks. Esse é o primeiro filme que vejo baseado em suas obras e fiquei impressionado como a forma que o amor nos é apresentado. De certa forma, minha esposa e eu matamos a charada logo no começo, mas o próprio filme já se entrega antes do final mostrando que a surpresa não era o foco e sim, o amor e a dedicação que um ser pode atribuir a outro. Com paisagens deslumbrantes, a fotografia nos cativa e o amor jovem e rebelde dos dois é apaixonante, acho que o filme perde um pouco o ritmo no final, terminando de forma abrupta e talvez até poética demais, um pouco inverossímil talvez? Não sei, sei que pra alguém como eu chorar com um filme desses é porque realmente a história nos faz refletir sobre algo. O filme é belo e deprimente em certos aspectos.
Como não decepcionar com a vida ao saber que estamos sujeitos a esquecer de quem amamos ou de quem somos? Todos estamos sujeitos a essa degeneração e deve ser cruel ver tudo que foi construído, (no caso deles, foi realmente dificil ser construido), ser esquecido em poucos minutos. Mas logo nos animamos ao ver que o amor pode superar essas barreiras e fazer milagres. Me lembrou um pouco o Amor do Michael Haneke, com a diferença de ser um pouco mais dinânico
Knockin' on Heaven's Door
3.7 13Uma grata surpresa. Filme ágil e bem humorado lembrando uma mistura de irmãos Coen com Tarantino que soa até original se vermos o ano de seu lançamento. Tanto a dupla principal quanto a dupla que os ''caça'' atuam muito bem e ajudam o filme a nos cativar com sua mistura de ação e humor negro. Cenas como a do assalto a banco ou da informação na garagem do hospital podem soar clichês mas no contexto do filme ficaram excelentes. Uma jóia européia pouco difundida no Brasil e talvez, até no mundo. Trilha sonora fantástica. O único ponto fraco do filme talvez seja
o fato de não haver sangue ou morte no filme, por mais que tenhamos cenas de ação, ninguém morre ou sofre nenhum dano, isso sustenta a leveza da história tirando o foco da violência e colocando-o mais no humor e na amizade que surge entre os dois, mas eu gostaria de um pouquinho de sangue quando vejo milhares de tiros sendo disparados
... mas como eu mesmo falei, mesmo isso entra no contexto da história e contribui para o filme ser o que é. Foda!
Feitiço do Tempo
3.9 754 Assista AgoraNão se deve menosprezar um filme pela sinopse, uma lição que aprendi com esse excelente filme. A premissa é batida, aquela velha história de um dia que se repete e só uma pessoa sabe o que acontece, e logicamente o roteiro se foca nessa pessoa dando-lhe um objetivo ou meta pra alcançar e eliminar o ''feitiço'', mas não nesse filme, aqui, um jornalista cujo humor não é dos melhores, interpretado graciosamente por Bill Murray (no que talvez seja o seu melhor papel no cinema), vai a uma cidadezinha, que obviamente odeia, fazer uma reportagem sobre um evento local. Após um nevasca ele fica preso por lá e inexplicavelmente o dia se repete diversas vezes. O diferencial do filme é a reação despertada no personagem central que sem metas ou ''conselhos'' do além como vemos em outros filmes, resolve, de inicio, tirar vantagem da situação de diversas maneiras, variando entre crimes, sexo, etc. É lógico que as coisas não dão tão certo assim, mas qualquer coisa que eu fale daqui pra frente seria um puta spoiler.
O modo como o personagem evolui e se torna mais altruísta flui naturalmente e é lindo de se ver, o final, romântico e emocionante é único, parece clichê, mas a mansagem do ser egoísta aprendendo a não pensar em si mesmo ficou clara pra mim
Como Não Perder Essa Mulher
3.0 1,4K Assista AgoraGostei até certo ponto. A direção é ágil no inicio e vai cadenciando conforme o amadurecimento do personagem. Esse processo de amadurecimento foi interessante mas poderia haver algo mais nesse espaço de tempo. Tirando esse fator, achei interessante a falta de pudor do filme mostrando o que parecem ser cenas reais de pornografia, soa apelativo e de certa forma o é, mas ao menos fugiu um pouco do padrão. Joseph encarna muito bem seu personagem materialista, vazio e padronizado, esse cara tem futuro tanto como ator como diretor, só o que falta na segunda opção é um pouco mais de habilidade porque em Don Jon ele já prova ter sua identidade. A crítica formada pela sequência do confessionário é a grande sacada do roteiro pra mim, a mecanização do sermão cristão e sua relação com o sexo.
Super
3.4 603O filme peca em não ter uma postura única, hora é infantil demais, hora é violento demais, exemplificando, as crianças não poderão ver e os adultos não terão paciência. O personagem principal é tão babaca na história que até nós, o público, não simpatizamos com ele. Vale a pena pela Ellen Page em uma personagem excêntrica e doida e as cenas de violência do final, de resto é descartável.
Nossa Vida Não Cabe Num Opala
3.1 51Um filme que consegue ser ruim em qualquer aspecto, roteiro, elenco, atuações, direção, com certeza um dos piores que já vi.
O Ilusionista
3.8 1,4K Assista AgoraBom filme, nada espetacular, a fotografia tem seus bons momentos mas em alguns peca do excesso de vinheta ficando um pouco amadora, as atuações são satisfatórias e o roteiro é interessante, já sabendo o final fica mais fácil pegar as deixas na história, filme bacaninha mas não acrescenta muita coisa.
Narc
3.4 43O filme me surpreendeu, com aspecto de filme B e direção segura supera muitos similares do gênero utilizando bons momentos de fotografia fria bem azulada, normalmente nos flashbacks e de movimentos rápidos de câmera, fora a atuação excelente do Ray Liotta, no final temos uma boa explicação e acho que até justa pra história, grata surpresa.
Gangues de Nova York
3.8 790Excelente filme, porém não é pra se bajular tanto, no quesito técnico é impecável, fotografia, figurino, trilha sonora, a direção é claro, de um monstro como Scorcese é realmente como deveria ser, perfeita. Mas não curti tanto o roteiro, achei que na primeira metade do filme o lance de ser ''infiltrado'' não criou o suspense merecido e a personagem da fraquinha Cameron Diaz não influencia em quase nada, o que é salvo sem dúvida nenhuma pelo talento do Day-Lewis, é incontestável que o cara é um monstro. Tecnicamente excelente, tem os seus pecados mas é uma obrigação assisti-lo, uma aula de cinema.
Invocação do Mal
3.8 3,9K Assista AgoraImpossível fazer um filme de terror sem utilizar clichês do gênero, o próprio terror já é um clichê, o louvável é saber usá-los e fazer um filme que entretêm e não zomba de nossa capacidade mental (o que difícil hj em dia no gênero). Esse filme merece aplausos por isso, a agonia é constante, até pra quem não curte muito o gênero (eu), é impossível assistir e não ficar nem ao menos ''ansioso'' pra não falar ''com a fralda mais pesada'' kkkkkkk. Tem um roteiro plausível, boa ambientação, fotografia e trilha decente aliados a um elenco competente. O filme não deve em nada, aliás, o final foi um tanto abrupto e poderia até ser diferente, mas não creio ser decepcionante, só foi decepcionante assisti-lo com legendas orientais, já que nos cinemas paulistas não havia cópias legendadas e eu tenho mais medo de dublagem do que dos fantasmas do filme, na boa, tirando esse contratempo, foi uma ótima experiência, comprarei em dvd ou bluray para aproveitá-lo com a qualidade merecida, excelente filme!
Glória Feita de Sangue
4.4 448 Assista AgoraRevoltante, asqueroso e belamente filmado pelo gênio Kubrick. Aqui, todo o estrago que a hierarquia cega pode trazer, o poder na mão dos tolos dilacerando a vida dos inocentes, o filmes tem muitas sacadas fodidas, já vi 3 dos melhores filmes anti-guerra dirigidos por Kubrick, é impossível ver seus filmes e olhar pra espécie humana da mesma forma, parafraseando resumidamente o personagem de Kirk Douglas: ''eu sinto vergonha''. Excelente!
Se Beber, Não Case! - Parte III
3.3 1,5K Assista AgoraTem alguns poucos bons momentos, mas de resto é de longe o mais fraco da franquia. O Zach e o china são ''engraçadinhos'' de vez em quando e só.