Um filme grandioso sem ser apelativo, com um ótimo elenco geral e uma dupla afinadíssima de protagonistas, mostrando aquele tipo tão bonito (e infelizmente raro) de amizade que se constrói com o tempo e a cumplicidade.
Diria que esse é um daqueles filmes que não é memorável mas vale muito à pena ser visto
"De Onde eu te Vejo" tem um tom leve, possui um elenco ótimo e extremamente bem afinado (você sai do cinema jurando que Denise Fraga e Domingos Montagner têm um caso) e uma montagem bastante original, que te prende durante todo o filme.
O eixo central da história é bem simples e direto (um casal se separa, mas vivem literalmente um na frente do outro), mas o que encanta são as histórias paralelas: fiquei com um sorriso nos lábios sempre que via a Laura Cardoso e, cinéfila que sou, quase chorei no depoimento do personagem do Juca de Oliveira.
Um dos aspectos que achei mais legal no filme é a forma respeitosa com que Ana e Fábio se relacionam, mesmo após a separação. Sempre achei tão triste ver o ódio velado que muitos casais carregam quando tomam caminhos opostos que sempre me senti bem quando vejo que, ainda que em filme, essa não precisa ser a regra. E também as cenas deles quando ainda eram um caso (em especial a que envolve uma queda de luz) são muito singelas e lindas porque poderiam perfeitamente ser reais,
O único ponto negativo, pra mim, é o roteiro, que passa por diversos temas mas não se aprofunda em nada. Não há uma "transformação" ou "revelação" durante a história, os acontecimentos apenas passam e parece que as pessoas não reagem à eles. Uma pena, pois caso contrário "De Onde.." entraria na mesma categoria de "Estômago" e "Dois Coelhos": filmes incríveis e que contam histórias universais.
Mas, pelo conjunto da obra (e em especial para ver a linda da Denise Fraga), vale a ida ao cinema.
Voltei do cinema e queria dar algumas dicas para quem (como eu) veio aqui querendo saber "o clima" do filme. Deixo três impressões sobre o file
- A trilha sonora às vezes exagera, mas quando acerta, MEU AMIGO, MINHA AMIGA. - Você não vai sentir medo do estilo "susto", mas medo porque sente que algo de muito ruim vai acontecer - Tenha em mente este é um "filme histórico", que se passa em um mundo dividido entre fé e magia e que leva ambos os aspectos ao extremo.
Perguntei a uma amiga cinéfila o que ela tinha achado do filme e a resposta foi “Muito bom, mas precisa prestar bastante atenção, porque eles falam de um mundo que não é o nosso”.
Com isso em mente, fui ao cinema, assisti The Big Short e (acho) que consigo explicar o que o filme conta para quem está perdido. Já aviso que a tentativa é de bom coração, mas caso eu erre em algum ponto, podem responder nos comentários porque realmente o filme trata de algo bem longe da realidade da maioria de nós (e, mesmo sem entendermos muito, dá pra perceber que é algo bem importante).
Bem no início do filme, em 1970/80, um banqueiro chamado Rainer (não peguei o sobrenome) teve a ideia de mudar a estratégia de captação de renda dos bancos (que antes era focada em poupança e afins, que não dão lucro) para investir em taxas mais pesadas em hipotecas, seguindo a lógica de que
1) o banco só autorizava o financiamento após uma avaliação rigorosa do solicitante, para se certificar de que ele ou ela teria condições de efetuar os pagamento mensais ;
2) as pessoas venderiam tudo antes de atrasar uma hipoteca, pois realizar “o sonho da casa própria” valeria o sacrifício. Então era um panorama perfeito para os bancos, que poderiam “abusar” mais das taxas com a certeza de receber as prestações.
E esse processo durou 20/30 anos e, à medida que a oferta de casas aumentava (com preços de compra sempre crescendo mais e mais) o número de solicitantes “de qualidade” era muito menor do que o número de casas à venda. Então os bancos “relaxaram” o cinto e passaram a conceder financiamentos a pessoas com renda menor ou instável e com maior risco de calote. Era arriscado? Sem dúvida. Mas enquanto houvesse dinheiro e pessoas comprando casas, a engrenagem continuaria funcionando, os analistas pensaram.
Todo o dinheiro que as pessoas pagavam de hipoteca (na verdade, todo o dinheiro que a gente coloca no banco, mas vamos ficar com o exemplo do filme) entrava pelo os bancos do varejo (os bancos que nós, mortais, podemos abrir uma conta, como Bradesco, Caixa, Itaú, Santander etc) e era negociado para bancos de investimento (como Safra e o próprio Deutsche Welle).
Como a soma era gigantesca, eles começaram a rotular a “qualidade” dos investimentos, para saber qual era o que tinha mais chance de dar calote e fazer o investidor perder dinheiro. Daí surgiram os tais CDOs , que existem aos montes no filme. Ele possui várias, classificações, indo do “Triple A” (que seriam os investimentos baseados no mercado imobiliário com maior chance de retorno e menor de perda) para os Double B, Triple B, C e D, os investimentos menos seguros e com maior chance de perda (os chamados subprime).
O problema? O mercado acreditava que a maioria dos investimentos de CDO era composta por financiamentos do tipo “Triple A”, mas na verdade toda a indústria era sustentada por double B, triple B, C, Ds e afins. Ou seja: milhares de bilhões estavam investidos em um mercado extremamente instável, mas ninguém via, porque a economia estava aquecida e se retroalimentava. Mas (como estávamos vendo hoje por aqui) a economia tem seu ciclo e a baixa pode demorar, mas chega.
Foi aí que, em 2005, Michael Burry/Christian Bale viu o que ninguém conseguiu enxergar e pensou num jeito de lucrar com isso. E o modo foi criar o CDS, que seria um tipo de seguro (como os de carro), no qual ele seria re-embolsado com juros e tudo o mais caso seus investimentos em CDOs ficassem desvalorizados.
No começo, vcs vão lembrar, os bancos acharam bom demais pra ser verdade: seria como se eu quisesse te comprar uma apólice de 1 bilhão para quando o sol parasse de brilhar mas, até lá, te pagasse uma mensalidade 100 mil reais por mês. O mercado estava ótimo, as produção imobiliária a todo o vapor e cada vez mais supervalorizada e os CDOs lindos e maravilhosos. Então eles criaram os CDSs e acharam que era o tipo raro de negócio que só traria lucro e nenhuma dor de cabeça.
Aqui é quando Steve Carrell, Ryan Gosling o irmão de Christine em The New Adventures of Old Christine & Cia também começam a ver que este é uma oportunidade única na vida (once-in-a-lifetime-opportunity) e correm para comprar CDSs e afins. O tempo passa e, com o mercado imobiliário caindo só que o preço dos CDOs subindo, eles descobrem duas coisas:
1- Os bancos não vão admitir a derrota tão facilmente 2- Existe um mercado muito mais complexo do que os CDOs: os CDOs sintéticos, que a grosso modo são investimentos baseados em apostas na qualidade de outros investimentos para inflacionar o mercado.
Por exemplo: Maria está oferecendo para João um pacote de CDOs a R$ 10 reais. Joana vê Maria oferecendo este pacote e acha que o investimento é ótimo e compra os mesmos CDOs por R$ 50 reais. Thiago, que não quer ficar de fora, também acha que esta é uma ótima forma de investimento e compra o mesmo pacote a R$ 100,00. Tudo baseado no achismo, sem lógica alguma.
Mas o dinheiro entra e é assim que eles mantêm a máquina girando (é só lembrar do chinês/japonês conversando com o Steve Carrell mais para o final do filme, dizendo que o mercado de compra e venda de CDOs de hipotecas movimenta 20 vezes mais do que o dinheiro arrecadado de fato neste tipo de negócio).
Porém, chega uma hora que o mercado entra em colapso e tudo vem à tona, mostrando que Michael Burry estava mais do que certo (mais do que certo é eufemismo pra quem catapultou as ações do seu fundo em mais de 489 por cento, mas não tenho termo melhor pra usar).
Gostei do filme: ele faz o possível para ser didático e foi montado de uma forma que achei interessante e que me motivou a buscar mais infos sobre este período. Mas, como comentaram anteriormente, é triste ver que os CDOs tinham como base os sonhos das pessoas e que, quando o valor deles virou pó, os desejos de milhões (na época, 6 milhões desempregados e 8 milhões sem casa) também se esfacelaram e que são sempre os mais pobres que pagam o preço da ousadia (ou burrice mesmo) dos mais ricos
Taí um motivo para entender quem, na verdade, controla nosso dinheiro.
PS: e também bateu um certo medo quando vi/li eu Burry agora está investindo em ÁGUA *-*
Como, por exemplo, a história do Arlen e de tudo o que ele perdeu, sem falar nos outros. A fala final no filme emociona, porque é verdadeira, mas poderia ter sido amarrada em um filme com enredo mais forte
Mesmo assim, pode assistir: Bryan Cranston está ótimo e não sei aonde estava que não vi que Ellen Fanning - muito promissora - já deve estar na idade de ir pra universidade.
1 - A diferença de Maud Watts entre o primeiro e o segundo interrogatório. Foi lindo de ver que ela acordou pra vida!
2 - Temos o costume - tão recorrente - de falar mal do Brasil, mas fiquei agradavelmente surpreendida de que o voto para mulheres foi permitido primeiramente aqui do que em países como França e Espanha (e MUUUUITO antes da Suíça, quem diria). Algo para nos ajudar a diminuir o complexo de vira- lata
Montagem: achei sensacional a ideia de seguir a história dele por meio dos anúncios de produtos, ficou bem dinâmico e consegui dar profundidade à história
Atuações: todos ótimos, sem exceção, entreteram a convenceram quem está assistindo no outro lado da tela
Achei o roteiro muito perdido em alguns momentos, como quando Jobs ficava divagando sobre o fato dele ter sido adotado e o impacto disso em sua vida. Não que não seja um fato importante, mas foi abordado de uma forma tão "solta" que fico me perguntando se não teria sido melhor cortar essa parte.
O final: de verdade senti que estavam subestimando minha inteligência. O Jobs retratado na obra é um ser totalmente grosso, egoísta, pedante, de uma imaturidade e falta de educação ímpar, trata de forma imperdoável quem demonstra gostar verdadeiramente dele, trata a filha de uma forma horrível e nos últimos 5 minutos do filme tentam glorificá-lo quase que goela a baixo, ao estilo "tudo está perdoado agora' porque ele agiu de uma forma minimamente decente - e com 19 anos de atraso. Desculpa, comigo não rolou
Um dos poucos filmes cujo título realmente resume a obra: toda a força da narrativa é empurrada pela personagem de Cate Blanchett - maravilhosa neste filme - que vive as alegrias e as dores de quem tem a coragem de se conhecer e tomar as rédeas da vida.
Excelente filme e, até onde lembro, o que melhor mostrou o trabalho jornalístico.
Sabe o que mais me machuca?
É que poderíamos usar esse exemplo para diversas, DIVERSAS situações nas quais existe toda uma engenharia aonde nos é dito que é melhor ficar quieto para não "destruir a vida" justamente da pessoa que praticou o mal.
Para pensarmos no tipo de sociedade que queremos de verdade
Se fosse para resumir "Os Oito Odiados" em três palavras: sangrento, porém cult
Tarantino trouxe uma proposta totalmente diferente do que fez em seus filmes mais recentes: uma história com ritmo próprio (que vai aumentando com o passar do tempo, mas passa longe de ser frenético), diálogos longos e bem construídos e espaço para que a gente possa aproveitar a (bela) fotografia do filme.
Mas não se engane: o sangue está lá, e mais do que presente (tanto que ele está classificado como +18 por aqui), só que usada com mais propósito e - por que não? - refinamento.
Vale muito à pena e as quase três horas passam voando.
Roteiro que magnetiza e nos faz refletir: "O que faríamos?". Olhando de fora, a resposta parece óbvia, mas analisando a situação pelos olhos de Alex a gente vê que a coisa se complica um pouco.
Nunca assisti outras adaptações de Macbeth, mas achei esta versão bela, fiel e extremamente imersiva à realidade que Shakespeare procurou retratar.
Marion Cortillard e Michael Fassbender interpretaram com muita vivacidade o casal principal da trama - a cumplicidade, as nuances de cada personalidade e suas modificações ao longo da história - e conseguiram segurar o rojão que é interpretar esta dupla tão icônica. Nenhuma atuação deixou a desejar, mas a intensidade desses dois foi tanta que eles eclipsaram os demais e levaram o longa.
A fotografia é belíssima e muito, muito sensível. Estou impressionada até agora, em especial com o jogo de luz nas últimas cenas. É lindo, quase mágico. Recomendaria o filme só pelo deleite que é "assisti-lo".
Macbeth também me serviu como aprendizado para respeitar o tempo da história e deixar que ela se desenvolva no seu próprio ritmo. Acostumada como estou aos filmes/vídeos dinâmicos, muitas vezes o ritmo mais parado me incomodava um pouco. Mas entendi que estava dentro da proposta do filme e que cabia a mim me adequar. Valeu a pena, me ajudou a entender o contexto da obra e a "entrar no clima" =)
A fotografia é linda (muito mesmo) e a história se desenvolve bem (apesar de previsível), mas o mais legal é que esse filme é baseado em uma história que serviu de inspiração para Moby Dick, um dos livros mais completos que já li (com uma p**a história, além de te ensinar tudo sobre a pesca baleeira do sécilo XIX) e é isso que é mais divertido: ter uma prévia da baleia branca antes que ela virasse alvo de obsessão do capitão Acab/Ahab.
E por esse motivo acabou ganhando 4 estrelas da minha pessoa.
SPECTRE é um filme que funciona: direção bem-feita, boa dosagens nas cenas de ação, humor e tensão, belas paisagens e uma ótima trilha sonora (até quando não têm trilha).
Algumas cenas soltas, mesmo falta de continuidade (como a posição das ambulâncias na ponte, na cena quase final) e alguns personagens que não foram bem aproveitados (tipo o Franz: nunca li 007, mas pelo o que entendi ele é o MAIOR vilão, mas, pra mim não chegou perto do Silva de Benício del Toro).
Vale à pena, mas vai na mesma pegada que Quantum. Vá ao cinema com isso na cabeça e divirta-se!
Como explicar? "Colina Escarlate" não é o tipo trailer-melhor-do-que-o-filme, mas a proposta que todos os vídeos de divulgação traziam é totalmente diferente daquilo que o filme apresenta.
Então o filme é ruim? De forma alguma (não daria para ser ruim com Tom Linddleston e Jessica Chastain), mas a história que ele se propõe a contam é bem diferente daquilo que imaginava.
Então meu conselho: esqueça tudo o que viu e faça o possível pra ir com a mente aberta que com certeza ele vc sairá satisfeito na sala =)
Tantas coisas para falar desse filme (a relação da Val com Fabinho, a dinâmica patrões\empregada, a vida que ela deixou quando veio para SP) mas só queria mencionar o que fica implícito em "A que horas ela volta?".
Não vou dar spoilers aqui, mas só queria comentar como grandes mudanças podem acontecer dentro de nós sem que ninguém perceba isso. Por que houve uma revolução na vida da Val, uma grande coragem para quebrar um círculo que estava prestes a se formar.
Isso foi o que achei de mais bonito nesse filme, pra mim, ele se mostrou grande quando ninguém esperava por isso.
Se nada der certo na vida do Chris Pratt ele pode trabalhar como segurança de boate porque, minha gente, ele está com um corpo igual ao dos personagens da Liga da Justiça!
A quarta temporada terminou matadora, já essa teve como foco (depois da limpeza clássica de elenco) o desenvolvimento dos personagens em um novo ambiente.
Minha classificação de quem mitou, quem ficou en passant e quem poderia ter ido pra nunca mais voltar:
Rick Grimes: finalmente, o "médico e o monstro" se tornaram um só. Andrew Lincoln conseguiu dar muita veracidade a esta versão do Rick, que mata quem precisar matar mas que ainda acredita que há coisas pelas quais vale à pena lutar, "além da família".
Carol Peletier: como faz pra ser amiga dela? Voltou triunfalmente, resolveu suas pendências psicológicas, abraçou o grupo como sua verdadeira família e não tem medo de ser badass (não sei como o Sam tentou virar amigo dela depois do que ela disse. Eu não teria tanta coragem xD).
Michonne: gostei do arco dela do 9º ao 16º episódio, ela também aprendeu muita coisa e reforçou sua lealdade inicial ao grupo do Rick & Cia [que parecia um pouco ~balançada~].
Glenn: esse vai pro céu. Aturou as infantilidades do Aiden, ainda tentou ajudá-lo, viu Noah morrer na sua frente (E ele pediu pro Glenn não soltá-lo: essa doeu fundo no meu coração), e ainda teve misericórdia pela ESCÓRIA de gente que é o covarde cujo nome nem me dei ao trabalho de decorar. Espero que por essa última ele não se arrependa mas, em geral, ele conquistou seu espaço.
Abraham: ainda não cheguei na história dele na HQ. Então estou esperando isso para entender como, em meio a um apocalipse zumbi, a mulher surta porque o marido está PROTEGENDO ela e os filhos, foge e não tem a capacidade de andar um quilômetro sem ser devorada. Tirando isso, achei surpreendente a maturidade com que ele perdoou Eugene (vcs me desculpem, mas eu teria matado ele mesmo) e como ele vem se consolidando como uma pessoa de liderança.
Deanna: é evidente o seu tino para a liderança e coisa e tal. Mas faltava a ela um pouco de "experiência real e prática" sobre como a realidade deles é agora. Acho que Rick conseguiu convertê-la.
Maggie: depois da montanha-russa de emoções que foi a vida dela na primeira parte desta temporada, agora ela está mais centrada e com o espírito elevado do pai dela (só isso explica ela não ter dado cabo de um certo "clérigo".
Sasha: achei poética a cena dela na vala com os agora mortos de verdade. Ela lembra o Rick no período de surto na 3ª temporada, mas a respeito porque ela acerta TODOS os tiros que dá.
Daryl: além de ser o walker's terminator de sempre, ele ficou um pouco mais quieto do que na temporada passada. Mas achei uma ótima tática: ele não desgasta a imagem e deu espaço para os outros brilharem.
Rosita: não foi O desenvolvimento, mas pelo menos ela ganhou umas cenas nas quais ela pode falar mais do que duas palavras.
Tara: outra forte candidata a beatificação e já com milagres a averiguar (como o rompante de coragem do cara do mullet).
Carl: tá crescendo, pessoal! Além do momento affair, achei bem madura e realista a visão dele sobre Alexandria e a confiança que ele tem naquilo que o pai faz.
Eugene: sei que ele é inofensivo e talz, mas quando eu penso o tanto de gente que morreu acreditando que estava ajudando a trazer a cura para o mundo, não consigo perdoá-lo.
Gabriel: esse vai QUEIMAR NO MÁRMORE DO INFERNO. Medroso, intrigueiro, chato, obtuso e ingrato. Michonne deveria tê-lo deixado morrer do lado de fora da igreja e/ou Maggie deveria ter dado um jeito nele depois de conter Sasha. Por mim é o próximo da fila.
Cara tosco que tentou matar o Glenn: ESCÓRIA de gente². Disputando com Gabriel a vaga para ser a próxima ração de zumbi
"É verdade que o homem é um grão na imensidão da Terra. Mas é um grão que guarda em si a Vida, o Amor e o Verso.
Então, se dá o reverso: o grão de pó ganha grandeza, e nós ganhamos a certeza de que a poesia indica que as eras do Universo passam. E o homem que ama, fica."
Agora se completam 10 anos de "Hoje é Dia de Maria" e ainda levo comigo muitas das cenas, dos personagens e das falas, tão cheias de poesia e de verdades sobre a vida, que foram contadas neste trabalho tão bem feito, em diversos sentidos.
Carolina Oliveira impressiona pela sua atuação tão verídica (lembro que fiquei um pouco chocada quando descobri que ela não era do interior, porque seu sotaque é muito bom), Letícia Sabatella parece que nasceu para interpretar personagens saídos do realismo fantástico e Rodrigo Santoro e Daniel de Oliveira não ficaram pra trás e fizeram muito bem seu Amado e Palhaço. Fernanda Montenegro e Osmar Prado são hors concours, então nem comento.
A trilha, as músicas, o cenário e o figurino pensados para nos mostrar o belo e terrível em uma ótica de encanto e fantasia. A missão não foi fácil, mas foi cumprida com êxito.
Não vou comentar nada do que já foi falado aqui, mas o filme é TÃO BOM que eu precisava me manifestar. Então vamos por partes:
Roteiro - Minha opinão é igual à expressada pelo Lucas Rossi, que comentou abaixo: o papel do Max neste filme foi secundário porque ele representa o olhar de quem está assistindo ao filme e acabou de cair de pára-quedas na história. Ele ajuda ( E COMO AJUDA) Charlize & Cia e dá o seu melhor, mas esse não é o show dele (o que é positivo pois dá abertura para outras sequências que, se forem iguais a essa, são mais do que bem vindas);
Cenário - TAQUIPARIU que coisa linda de se ver. Além da paisagem, o figurino e a maquiagem são essenciais no "mergulho" no mundo de Mad Max e para entender melhor a situação na qual eles se encontram (e ajudam a explicar muita coisa que não é dita no filme).
Trilha sonora - Frenética, igual a todo o filme. E o que falar do caro de guerra que vem com um guitarrista só pra dar mais emoção na caçada?!
Resumindo: vão ao cinema e TESTEMUNHEM esse filme, porque ele merece.
Terminei agora de assistir "O Amor não tira férias" e, sem dúvidas, é um filme diferente. E ouso dizer isso se deve à existência de Iris Simpkins, lindamente interpretada por Kate Winslet.
Cameron Diaz fez um ótimo papel e a performance de Jude Law só pode ser descrita como: <3 <3 <3 <3. bMas o que marca nesse filme é a trajetória da Iris.
Diferente de Amanda Woods, a empresária que encontrou sua paixão em uma situação inesperada (um evento já bem conhecido neste tipo de filme), a jornalista Iris descobriu a si mesma a partir da convivência com personagens incríveis e pode, enfim, tomar o rumo da sua vida. E como não ficar com o coração cheio de alegria ao ver um personagem voltar a acreditar em si mesmo e a ter esperança na vida? =)
O personagem de Arthur Abbott, interpretado por Eli Wallach faz toda a diferença tanto na vida de Iris (com a real e por vez cruel alusão da "Leading Lady" e da "Lady's bestfriend") como no filme em si. Para mim, que adoro cinema, foi um prazer imenso ouvi-lo falar sobre os primórdios da sua carreira como roteirista e não tive como não chorar em sua última cena.
O que também me fez gostar muito mais da história de Iris foi a forma como ela, a partir destas novas amizades (até Jack Black estava bem) e experiências, ela entendeu seu valor como pessoa e conseguiu lidar com situações que destruíam sua paz de espírito. Ponto pra ela!
Filme recomendado e que me fez pensar em algumas coisas até depois de assisti-lo
Apesar da história ser previsível, gostei do modo como foi conduzida: deu pra "entrar" dentro da vida de John Wick e deu mais credibilidade para o resto da trama.
Keanu Keeves muito a vontade no papel e só dando motivo pra gente acreditar que ele dorme no formol: 50 ANOS nas costas e "se jogando" nas cenas de ação.
Sim, o roteiro às vezes parece uma peneira, mas as cenas de ação enchem os olhos: são muito bem montadas e filmadas e devo dizer que, até onde eu me lembro, esse foi o único filme no qual eles mostram o povo recarregando as armas xD
Truman
3.9 151 Assista AgoraUm filme grandioso sem ser apelativo, com um ótimo elenco geral e uma dupla afinadíssima de protagonistas, mostrando aquele tipo tão bonito (e infelizmente raro) de amizade que se constrói com o tempo e a cumplicidade.
Sem falar no Truman <3
De Onde eu te Vejo
3.8 138Diria que esse é um daqueles filmes que não é memorável mas vale muito à pena ser visto
"De Onde eu te Vejo" tem um tom leve, possui um elenco ótimo e extremamente bem afinado (você sai do cinema jurando que Denise Fraga e Domingos Montagner têm um caso) e uma montagem bastante original, que te prende durante todo o filme.
O eixo central da história é bem simples e direto (um casal se separa, mas vivem literalmente um na frente do outro), mas o que encanta são as histórias paralelas: fiquei com um sorriso nos lábios sempre que via a Laura Cardoso e, cinéfila que sou, quase chorei no depoimento do personagem do Juca de Oliveira.
Um dos aspectos que achei mais legal no filme é a forma respeitosa com que Ana e Fábio se relacionam, mesmo após a separação. Sempre achei tão triste ver o ódio velado que muitos casais carregam quando tomam caminhos opostos que sempre me senti bem quando vejo que, ainda que em filme, essa não precisa ser a regra. E também as cenas deles quando ainda eram um caso (em especial a que envolve uma queda de luz) são muito singelas e lindas porque poderiam perfeitamente ser reais,
O único ponto negativo, pra mim, é o roteiro, que passa por diversos temas mas não se aprofunda em nada. Não há uma "transformação" ou "revelação" durante a história, os acontecimentos apenas passam e parece que as pessoas não reagem à eles. Uma pena, pois caso contrário "De Onde.." entraria na mesma categoria de "Estômago" e "Dois Coelhos": filmes incríveis e que contam histórias universais.
Mas, pelo conjunto da obra (e em especial para ver a linda da Denise Fraga), vale a ida ao cinema.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraVoltei do cinema e queria dar algumas dicas para quem (como eu) veio aqui querendo saber "o clima" do filme. Deixo três impressões sobre o file
- A trilha sonora às vezes exagera, mas quando acerta, MEU AMIGO, MINHA AMIGA.
- Você não vai sentir medo do estilo "susto", mas medo porque sente que algo de muito ruim vai acontecer
- Tenha em mente este é um "filme histórico", que se passa em um mundo dividido entre fé e magia e que leva ambos os aspectos ao extremo.
Dizendo isso, divirta-se!
A Grande Aposta
3.7 1,3KPerguntei a uma amiga cinéfila o que ela tinha achado do filme e a resposta foi “Muito bom, mas precisa prestar bastante atenção, porque eles falam de um mundo que não é o nosso”.
Com isso em mente, fui ao cinema, assisti The Big Short e (acho) que consigo explicar o que o filme conta para quem está perdido. Já aviso que a tentativa é de bom coração, mas caso eu erre em algum ponto, podem responder nos comentários porque realmente o filme trata de algo bem longe da realidade da maioria de nós (e, mesmo sem entendermos muito, dá pra perceber que é algo bem importante).
Senta que lá vem textão:
Parte 1 do filme
Bem no início do filme, em 1970/80, um banqueiro chamado Rainer (não peguei o sobrenome) teve a ideia de mudar a estratégia de captação de renda dos bancos (que antes era focada em poupança e afins, que não dão lucro) para investir em taxas mais pesadas em hipotecas, seguindo a lógica de que
1) o banco só autorizava o financiamento após uma avaliação rigorosa do solicitante, para se certificar de que ele ou ela teria condições de efetuar os pagamento mensais ;
2) as pessoas venderiam tudo antes de atrasar uma hipoteca, pois realizar “o sonho da casa própria” valeria o sacrifício. Então era um panorama perfeito para os bancos, que poderiam “abusar” mais das taxas com a certeza de receber as prestações.
E esse processo durou 20/30 anos e, à medida que a oferta de casas aumentava (com preços de compra sempre crescendo mais e mais) o número de solicitantes “de qualidade” era muito menor do que o número de casas à venda. Então os bancos “relaxaram” o cinto e passaram a conceder financiamentos a pessoas com renda menor ou instável e com maior risco de calote. Era arriscado? Sem dúvida. Mas enquanto houvesse dinheiro e pessoas comprando casas, a engrenagem continuaria funcionando, os analistas pensaram.
Todo o dinheiro que as pessoas pagavam de hipoteca (na verdade, todo o dinheiro que a gente coloca no banco, mas vamos ficar com o exemplo do filme) entrava pelo os bancos do varejo (os bancos que nós, mortais, podemos abrir uma conta, como Bradesco, Caixa, Itaú, Santander etc) e era negociado para bancos de investimento (como Safra e o próprio Deutsche Welle).
Como a soma era gigantesca, eles começaram a rotular a “qualidade” dos investimentos, para saber qual era o que tinha mais chance de dar calote e fazer o investidor perder dinheiro. Daí surgiram os tais CDOs , que existem aos montes no filme. Ele possui várias, classificações, indo do “Triple A” (que seriam os investimentos baseados no mercado imobiliário com maior chance de retorno e menor de perda) para os Double B, Triple B, C e D, os investimentos menos seguros e com maior chance de perda (os chamados subprime).
O problema? O mercado acreditava que a maioria dos investimentos de CDO era composta por financiamentos do tipo “Triple A”, mas na verdade toda a indústria era sustentada por double B, triple B, C, Ds e afins. Ou seja: milhares de bilhões estavam investidos em um mercado extremamente instável, mas ninguém via, porque a economia estava aquecida e se retroalimentava. Mas (como estávamos vendo hoje por aqui) a economia tem seu ciclo e a baixa pode demorar, mas chega.
Foi aí que, em 2005, Michael Burry/Christian Bale viu o que ninguém conseguiu enxergar e pensou num jeito de lucrar com isso. E o modo foi criar o CDS, que seria um tipo de seguro (como os de carro), no qual ele seria re-embolsado com juros e tudo o mais caso seus investimentos em CDOs ficassem desvalorizados.
No começo, vcs vão lembrar, os bancos acharam bom demais pra ser verdade: seria como se eu quisesse te comprar uma apólice de 1 bilhão para quando o sol parasse de brilhar mas, até lá, te pagasse uma mensalidade 100 mil reais por mês. O mercado estava ótimo, as produção imobiliária a todo o vapor e cada vez mais supervalorizada e os CDOs lindos e maravilhosos. Então eles criaram os CDSs e acharam que era o tipo raro de negócio que só traria lucro e nenhuma dor de cabeça.
Parte 2 do comentário
Aqui é quando Steve Carrell, Ryan Gosling o irmão de Christine em The New Adventures of Old Christine & Cia também começam a ver que este é uma oportunidade única na vida (once-in-a-lifetime-opportunity) e correm para comprar CDSs e afins. O tempo passa e, com o mercado imobiliário caindo só que o preço dos CDOs subindo, eles descobrem duas coisas:
1- Os bancos não vão admitir a derrota tão facilmente
2- Existe um mercado muito mais complexo do que os CDOs: os CDOs sintéticos, que a grosso modo são investimentos baseados em apostas na qualidade de outros investimentos para inflacionar o mercado.
Por exemplo: Maria está oferecendo para João um pacote de CDOs a R$ 10 reais. Joana vê Maria oferecendo este pacote e acha que o investimento é ótimo e compra os mesmos CDOs por R$ 50 reais. Thiago, que não quer ficar de fora, também acha que esta é uma ótima forma de investimento e compra o mesmo pacote a R$ 100,00. Tudo baseado no achismo, sem lógica alguma.
Mas o dinheiro entra e é assim que eles mantêm a máquina girando (é só lembrar do chinês/japonês conversando com o Steve Carrell mais para o final do filme, dizendo que o mercado de compra e venda de CDOs de hipotecas movimenta 20 vezes mais do que o dinheiro arrecadado de fato neste tipo de negócio).
Porém, chega uma hora que o mercado entra em colapso e tudo vem à tona, mostrando que Michael Burry estava mais do que certo (mais do que certo é eufemismo pra quem catapultou as ações do seu fundo em mais de 489 por cento, mas não tenho termo melhor pra usar).
Gostei do filme: ele faz o possível para ser didático e foi montado de uma forma que achei interessante e que me motivou a buscar mais infos sobre este período. Mas, como comentaram anteriormente, é triste ver que os CDOs tinham como base os sonhos das pessoas e que, quando o valor deles virou pó, os desejos de milhões (na época, 6 milhões desempregados e 8 milhões sem casa) também se esfacelaram e que são sempre os mais pobres que pagam o preço da ousadia (ou burrice mesmo) dos mais ricos
Taí um motivo para entender quem, na verdade, controla nosso dinheiro.
PS: e também bateu um certo medo quando vi/li eu Burry agora está investindo em ÁGUA *-*
Trumbo: Lista Negra
3.9 375 Assista AgoraO filme é muito bom (mesmo), mas achei que suavizaram muito a história para deixá-la mais atraente para um público maior.
Como, por exemplo, a história do Arlen e de tudo o que ele perdeu, sem falar nos outros. A fala final no filme emociona, porque é verdadeira, mas poderia ter sido amarrada em um filme com enredo mais forte
Mesmo assim, pode assistir: Bryan Cranston está ótimo e não sei aonde estava que não vi que Ellen Fanning - muito promissora - já deve estar na idade de ir pra universidade.
As Sufragistas
4.1 778 Assista AgoraDuas coisa muito legais nesse filme que valem a pena comentar:
1 - A diferença de Maud Watts entre o primeiro e o segundo interrogatório. Foi lindo de ver que ela acordou pra vida!
2 - Temos o costume - tão recorrente - de falar mal do Brasil, mas fiquei agradavelmente surpreendida de que o voto para mulheres foi permitido primeiramente aqui do que em países como França e Espanha (e MUUUUITO antes da Suíça, quem diria). Algo para nos ajudar a diminuir o complexo de vira- lata
Steve Jobs
3.5 591 Assista AgoraPontos legais do filme:
Montagem: achei sensacional a ideia de seguir a história dele por meio dos anúncios de produtos, ficou bem dinâmico e consegui dar profundidade à história
Atuações: todos ótimos, sem exceção, entreteram a convenceram quem está assistindo no outro lado da tela
Críticas
Achei o roteiro muito perdido em alguns momentos, como quando Jobs ficava divagando sobre o fato dele ter sido adotado e o impacto disso em sua vida. Não que não seja um fato importante, mas foi abordado de uma forma tão "solta" que fico me perguntando se não teria sido melhor cortar essa parte.
O final: de verdade senti que estavam subestimando minha inteligência. O Jobs retratado na obra é um ser totalmente grosso, egoísta, pedante, de uma imaturidade e falta de educação ímpar, trata de forma imperdoável quem demonstra gostar verdadeiramente dele, trata a filha de uma forma horrível e nos últimos 5 minutos do filme tentam glorificá-lo quase que goela a baixo, ao estilo "tudo está perdoado agora' porque ele agiu de uma forma minimamente decente - e com 19 anos de atraso. Desculpa, comigo não rolou
Carol
3.9 1,5K Assista AgoraUm dos poucos filmes cujo título realmente resume a obra: toda a força da narrativa é empurrada pela personagem de Cate Blanchett - maravilhosa neste filme - que vive as alegrias e as dores de quem tem a coragem de se conhecer e tomar as rédeas da vida.
Spotlight - Segredos Revelados
4.1 1,7K Assista AgoraExcelente filme e, até onde lembro, o que melhor mostrou o trabalho jornalístico.
Sabe o que mais me machuca?
É que poderíamos usar esse exemplo para diversas, DIVERSAS situações nas quais existe toda uma engenharia aonde nos é dito que é melhor ficar quieto para não "destruir a vida" justamente da pessoa que praticou o mal.
Para pensarmos no tipo de sociedade que queremos de verdade
Os Oito Odiados
4.1 2,4K Assista AgoraSe fosse para resumir "Os Oito Odiados" em três palavras: sangrento, porém cult
Tarantino trouxe uma proposta totalmente diferente do que fez em seus filmes mais recentes: uma história com ritmo próprio (que vai aumentando com o passar do tempo, mas passa longe de ser frenético), diálogos longos e bem construídos e espaço para que a gente possa aproveitar a (bela) fotografia do filme.
Mas não se engane: o sangue está lá, e mais do que presente (tanto que ele está classificado como +18 por aqui), só que usada com mais propósito e - por que não? - refinamento.
Vale muito à pena e as quase três horas passam voando.
O Clã
3.7 198 Assista AgoraQue filme, minha gente!
Roteiro que magnetiza e nos faz refletir: "O que faríamos?". Olhando de fora, a resposta parece óbvia, mas analisando a situação pelos olhos de Alex a gente vê que a coisa se complica um pouco.
Atuações maravilhosas, trilha sonora muito boa e
um final, MAS UM FINAL, que não imaginaria
Macbeth: Ambição e Guerra
3.5 383 Assista AgoraNunca assisti outras adaptações de Macbeth, mas achei esta versão bela, fiel e extremamente imersiva à realidade que Shakespeare procurou retratar.
Marion Cortillard e Michael Fassbender interpretaram com muita vivacidade o casal principal da trama - a cumplicidade, as nuances de cada personalidade e suas modificações ao longo da história - e conseguiram segurar o rojão que é interpretar esta dupla tão icônica. Nenhuma atuação deixou a desejar, mas a intensidade desses dois foi tanta que eles eclipsaram os demais e levaram o longa.
A fotografia é belíssima e muito, muito sensível. Estou impressionada até agora, em especial com o jogo de luz nas últimas cenas. É lindo, quase mágico. Recomendaria o filme só pelo deleite que é "assisti-lo".
Macbeth também me serviu como aprendizado para respeitar o tempo da história e deixar que ela se desenvolva no seu próprio ritmo. Acostumada como estou aos filmes/vídeos dinâmicos, muitas vezes o ritmo mais parado me incomodava um pouco. Mas entendi que estava dentro da proposta do filme e que cabia a mim me adequar. Valeu a pena, me ajudou a entender o contexto da obra e a "entrar no clima" =)
No Coração do Mar
3.6 776 Assista AgoraAcredito que esse é o tipo que exige um conhecimento prévio pra ser bem aproveitado.
A fotografia é linda (muito mesmo) e a história se desenvolve bem (apesar de previsível), mas o mais legal é que esse filme é baseado em uma história que serviu de inspiração para Moby Dick, um dos livros mais completos que já li (com uma p**a história, além de te ensinar tudo sobre a pesca baleeira do sécilo XIX) e é isso que é mais divertido: ter uma prévia da baleia branca antes que ela virasse alvo de obsessão do capitão Acab/Ahab.
E por esse motivo acabou ganhando 4 estrelas da minha pessoa.
007 Contra Spectre
3.3 1,0K Assista AgoraSPECTRE é um filme que funciona: direção bem-feita, boa dosagens nas cenas de ação, humor e tensão, belas paisagens e uma ótima trilha sonora (até quando não têm trilha).
Mas não foi o melhor 007 que assisti
Algumas cenas soltas, mesmo falta de continuidade (como a posição das ambulâncias na ponte, na cena quase final) e alguns personagens que não foram bem aproveitados (tipo o Franz: nunca li 007, mas pelo o que entendi ele é o MAIOR vilão, mas, pra mim não chegou perto do Silva de Benício del Toro).
Vale à pena, mas vai na mesma pegada que Quantum. Vá ao cinema com isso na cabeça e divirta-se!
A Colina Escarlate
3.3 1,3K Assista AgoraEntão:
Como explicar? "Colina Escarlate" não é o tipo trailer-melhor-do-que-o-filme, mas a proposta que todos os vídeos de divulgação traziam é totalmente diferente daquilo que o filme apresenta.
Então o filme é ruim? De forma alguma (não daria para ser ruim com Tom Linddleston e Jessica Chastain), mas a história que ele se propõe a contam é bem diferente daquilo que imaginava.
Então meu conselho: esqueça tudo o que viu e faça o possível pra ir com a mente aberta que com certeza ele vc sairá satisfeito na sala =)
Corrente do Mal
3.2 1,8K Assista AgoraFilme com uma proposta interessante e uma protagonista (Maika Monroe) que segurou o BO que é um filme de terror nos dias de hoje.
Mas o que ganhou meu coração foi a fotografia: TAQUIPARIU, que coisa maravilhosa!
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraTantas coisas para falar desse filme (a relação da Val com Fabinho, a dinâmica patrões\empregada, a vida que ela deixou quando veio para SP) mas só queria mencionar o que fica implícito em "A que horas ela volta?".
Não vou dar spoilers aqui, mas só queria comentar como grandes mudanças podem acontecer dentro de nós sem que ninguém perceba isso. Por que houve uma revolução na vida da Val, uma grande coragem para quebrar um círculo que estava prestes a se formar.
Isso foi o que achei de mais bonito nesse filme, pra mim, ele se mostrou grande quando ninguém esperava por isso.
Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros
3.6 3,0K Assista AgoraSe nada der certo na vida do Chris Pratt ele pode trabalhar como segurança de boate porque, minha gente, ele está com um corpo igual ao dos personagens da Liga da Justiça!
The Walking Dead (5ª Temporada)
4.2 1,4K Assista AgoraU.A.U
A quarta temporada terminou matadora, já essa teve como foco (depois da limpeza clássica de elenco) o desenvolvimento dos personagens em um novo ambiente.
Minha classificação de quem mitou, quem ficou en passant e quem poderia ter ido pra nunca mais voltar:
Tops
Rick Grimes: finalmente, o "médico e o monstro" se tornaram um só. Andrew Lincoln conseguiu dar muita veracidade a esta versão do Rick, que mata quem precisar matar mas que ainda acredita que há coisas pelas quais vale à pena lutar, "além da família".
Carol Peletier: como faz pra ser amiga dela? Voltou triunfalmente, resolveu suas pendências psicológicas, abraçou o grupo como sua verdadeira família e não tem medo de ser badass (não sei como o Sam tentou virar amigo dela depois do que ela disse. Eu não teria tanta coragem xD).
Michonne: gostei do arco dela do 9º ao 16º episódio, ela também aprendeu muita coisa e reforçou sua lealdade inicial ao grupo do Rick & Cia [que parecia um pouco ~balançada~].
Glenn: esse vai pro céu. Aturou as infantilidades do Aiden, ainda tentou ajudá-lo, viu Noah morrer na sua frente (E ele pediu pro Glenn não soltá-lo: essa doeu fundo no meu coração), e ainda teve misericórdia pela ESCÓRIA de gente que é o covarde cujo nome nem me dei ao trabalho de decorar. Espero que por essa última ele não se arrependa mas, em geral, ele conquistou seu espaço.
Abraham: ainda não cheguei na história dele na HQ. Então estou esperando isso para entender como, em meio a um apocalipse zumbi, a mulher surta porque o marido está PROTEGENDO ela e os filhos, foge e não tem a capacidade de andar um quilômetro sem ser devorada. Tirando isso, achei surpreendente a maturidade com que ele perdoou Eugene (vcs me desculpem, mas eu teria matado ele mesmo) e como ele vem se consolidando como uma pessoa de liderança.
Deanna: é evidente o seu tino para a liderança e coisa e tal. Mas faltava a ela um pouco de "experiência real e prática" sobre como a realidade deles é agora. Acho que Rick conseguiu convertê-la.
Quem se saiu bem
Maggie: depois da montanha-russa de emoções que foi a vida dela na primeira parte desta temporada, agora ela está mais centrada e com o espírito elevado do pai dela (só isso explica ela não ter dado cabo de um certo "clérigo".
Sasha: achei poética a cena dela na vala com os agora mortos de verdade. Ela lembra o Rick no período de surto na 3ª temporada, mas a respeito porque ela acerta TODOS os tiros que dá.
Daryl: além de ser o walker's terminator de sempre, ele ficou um pouco mais quieto do que na temporada passada. Mas achei uma ótima tática: ele não desgasta a imagem e deu espaço para os outros brilharem.
Rosita: não foi O desenvolvimento, mas pelo menos ela ganhou umas cenas nas quais ela pode falar mais do que duas palavras.
Tara: outra forte candidata a beatificação e já com milagres a averiguar (como o rompante de coragem do cara do mullet).
Carl: tá crescendo, pessoal! Além do momento affair, achei bem madura e realista a visão dele sobre Alexandria e a confiança que ele tem naquilo que o pai faz.
Quem já está ocupando espaço::
Eugene: sei que ele é inofensivo e talz, mas quando eu penso o tanto de gente que morreu acreditando que estava ajudando a trazer a cura para o mundo, não consigo perdoá-lo.
Gabriel: esse vai QUEIMAR NO MÁRMORE DO INFERNO. Medroso, intrigueiro, chato, obtuso e ingrato. Michonne deveria tê-lo deixado morrer do lado de fora da igreja e/ou Maggie deveria ter dado um jeito nele depois de conter Sasha. Por mim é o próximo da fila.
Cara tosco que tentou matar o Glenn: ESCÓRIA de gente². Disputando com Gabriel a vaga para ser a próxima ração de zumbi
E que venha logo outubro!
Hoje é Dia de Maria 1ª Jornada
4.3 212"É verdade que o homem é um grão na imensidão da Terra. Mas é um grão que guarda em si a Vida, o Amor e o Verso.
Então, se dá o reverso: o grão de pó ganha grandeza, e nós ganhamos a certeza de que a poesia indica que as eras do Universo passam. E o homem que ama, fica."
Agora se completam 10 anos de "Hoje é Dia de Maria" e ainda levo comigo muitas das cenas, dos personagens e das falas, tão cheias de poesia e de verdades sobre a vida, que foram contadas neste trabalho tão bem feito, em diversos sentidos.
Carolina Oliveira impressiona pela sua atuação tão verídica (lembro que fiquei um pouco chocada quando descobri que ela não era do interior, porque seu sotaque é muito bom), Letícia Sabatella parece que nasceu para interpretar personagens saídos do realismo fantástico e Rodrigo Santoro e Daniel de Oliveira não ficaram pra trás e fizeram muito bem seu Amado e Palhaço. Fernanda Montenegro e Osmar Prado são hors concours, então nem comento.
A trilha, as músicas, o cenário e o figurino pensados para nos mostrar o belo e terrível em uma ótica de encanto e fantasia. A missão não foi fácil, mas foi cumprida com êxito.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraNão vou comentar nada do que já foi falado aqui, mas o filme é TÃO BOM que eu precisava me manifestar. Então vamos por partes:
Roteiro - Minha opinão é igual à expressada pelo Lucas Rossi, que comentou abaixo: o papel do Max neste filme foi secundário porque ele representa o olhar de quem está assistindo ao filme e acabou de cair de pára-quedas na história. Ele ajuda ( E COMO AJUDA) Charlize & Cia e dá o seu melhor, mas esse não é o show dele (o que é positivo pois dá abertura para outras sequências que, se forem iguais a essa, são mais do que bem vindas);
Cenário - TAQUIPARIU que coisa linda de se ver. Além da paisagem, o figurino e a maquiagem são essenciais no "mergulho" no mundo de Mad Max e para entender melhor a situação na qual eles se encontram (e ajudam a explicar muita coisa que não é dita no filme).
Trilha sonora - Frenética, igual a todo o filme. E o que falar do caro de guerra que vem com um guitarrista só pra dar mais emoção na caçada?!
Resumindo: vão ao cinema e TESTEMUNHEM esse filme, porque ele merece.
O Cavaleiro Vingador
3.6 3Filme bem legal: só o par romântico do final que não me convenceu (mesmo).
O Amor Não Tira Férias
3.7 1,5K Assista AgoraTerminei agora de assistir "O Amor não tira férias" e, sem dúvidas, é um filme diferente. E ouso dizer isso se deve à existência de Iris Simpkins, lindamente interpretada por Kate Winslet.
Cameron Diaz fez um ótimo papel e a performance de Jude Law só pode ser descrita como: <3 <3 <3 <3. bMas o que marca nesse filme é a trajetória da Iris.
Diferente de Amanda Woods, a empresária que encontrou sua paixão em uma situação inesperada (um evento já bem conhecido neste tipo de filme), a jornalista Iris descobriu a si mesma a partir da convivência com personagens incríveis e pode, enfim, tomar o rumo da sua vida. E como não ficar com o coração cheio de alegria ao ver um personagem voltar a acreditar em si mesmo e a ter esperança na vida? =)
O personagem de Arthur Abbott, interpretado por Eli Wallach faz toda a diferença tanto na vida de Iris (com a real e por vez cruel alusão da "Leading Lady" e da "Lady's bestfriend") como no filme em si. Para mim, que adoro cinema, foi um prazer imenso ouvi-lo falar sobre os primórdios da sua carreira como roteirista e não tive como não chorar em sua última cena.
O que também me fez gostar muito mais da história de Iris foi a forma como ela, a partir destas novas amizades (até Jack Black estava bem) e experiências, ela entendeu seu valor como pessoa e conseguiu lidar com situações que destruíam sua paz de espírito. Ponto pra ela!
Filme recomendado e que me fez pensar em algumas coisas até depois de assisti-lo
John Wick: De Volta ao Jogo
3.8 1,8K Assista AgoraApesar da história ser previsível, gostei do modo como foi conduzida: deu pra "entrar" dentro da vida de John Wick e deu mais credibilidade para o resto da trama.
Keanu Keeves muito a vontade no papel e só dando motivo pra gente acreditar que ele dorme no formol: 50 ANOS nas costas e "se jogando" nas cenas de ação.
Sim, o roteiro às vezes parece uma peneira, mas as cenas de ação enchem os olhos: são muito bem montadas e filmadas e devo dizer que, até onde eu me lembro, esse foi o único filme no qual eles mostram o povo recarregando as armas xD
Moral da história:
Se você não ensina seu filho mal criado a não mexer com quem está quieto, Alguém vai ensinar.
Detalhe engraçado:
JURAVA que Charlie, o dono da "loja de limpeza" era parente do ator que fez o Freddy Krueger