Não fosse o elenco e o nome do Scorsese ia ser lembrado dentre os piores remakes americanos. Não chega aos pés de Infernal Affairs I e II; o texto é pobre (cada vez que o personagem do Nicholson abre a boca é pra falar de rola, sexo e/ou chamar alguém de "bicha"), o personagem do Wahlberg é insuportável e inútil, o filme é mal editado e o Scorsese podia pegar uma dica ou duas de como usar músicas no meio das cenas com o Michael Mann. O triângulo amoroso não acrescenta nada e o elenco, — mesmo sendo bom, — não alcança metade do estudo de personagem que o Tony Leung faz sozinho no original. Todos os bons momentos aqui são reencenações diretas do filme honconguês. Dos 13 que vi do Scorsese, esse é o mais fraco.
Até começa ok de um jeito completamente profano que tenta fazer todo o oposto do original (mesmo parecendo escrito por um guri de 13 anos), mas a segunda metade é só um slasher adolescente idiota qualquer.
Não consigo não rir cada vez que o Michael Myers ATRAVESSA UMA PAREDE NA CABEÇADA
Tão over e preocupado em criar um mito ao redor de si mesmo que grande parte da graça da série, que morava entre a realidade crua e a fantasia, se esvai (aqui até coice de cavalo é usado como arma mortal), mas ao mesmo tempo é tão bem feito (e bonito) que é impossível não gostar. Tenho de admirar um diretor que foca sua megalomania em set design e coreografias, coisa rara. O ato final é literalmente um videogame que vai trocando de cenários para o John Wick enfrentar sub-bosses (dignos de capangas de 007) e chefões da maneira mais criativa possível. É satisfatório ver alguém criar um universo típico de HQ/Videogame no cinema.
É pior que o 2. O JJ é MUITO inferior tanto ao De Palma quanto ao Woo, principalmente nas cenas de ação. Eu nunca realmente me incomodei com o tesão dele por lens flare até agora. O roteiro é um amontoado de clichês e o filme é brega (o 2 também, mas é uma cafonice no tom do filme ao menos). Previsível em toda e qualquer decisão que toma, por mais que tente usar de cada ferramenta de blockbuster para tornar uma sequência épica, no momento que você abriu a história com um flashforward toda e qualquer emoção almejada é perdida quando se sabe exatamente aonde aquilo vai dar. Aquela cena inteira da ponte a gente sabia exatamente como ia terminar. Os plot twists são só um repeteco do que já foi feito no 1 e no 2.
Ainda assim funciona como blockbuster genérico e o elenco é muito bom. No uso de gadgets de espião pelo menos é o que melhor o faz dos 3 primeiros. Não tem suficiente Maggie Q e Jonathan Rhys Meyers (principalmente falando italiano). Vou dar mais ½* pelo Philip Seymour Hoffman.
A Jill parece um cosplay sem alma e o fanservice mais atrapalha do que colabora. Prefiro o primeiro mesmo com a falta de "fidelidade", mas terem entregado na mão de um diretor de segunda unidade com certeza não ajudou no resultado final.
Altamente não-recomendado para aqueles não familiares com o Sion Sono. É muito mais uma sopa de todas as loucuras dele do que um filme de serial killer.
É o início dos anos 2000 num filme, parece uma mistura de todos os slashers toscos da época. Tão estúpido quanto um filme pode ser; isso poderia até ser divertido, não fosse tão mal filmado que fica mais fácil enxergar quando se está no ponto de vista do Predador.
Pode ter mais mortais e slow motion do que devia, — e você consegue claramente ver que entre M:I e M:I 2 o Tom Cruise começava a perder a sanidade, — mas ainda é um bom filme de ação e espionagem. Isso veio logo depois de Matrix, não dá para se ignorar o espírito da época e o momento em que ele se encaixa. O plot de terrorismo biológico é tão ou até mais interessante que o do primeiro, o romance é cafona, mas as cenas de perseguição são ótimas.
Gostaria que tivesse apostado mais no lado slasher do que na ação, toma caminhos de blockbuster com explosões pirotécnicas e drama barato, mas não é nem de perto tão ruim quanto a média do site sugere. PWSA parece ter um gosto por criar personagens burros, mas em AvP eles estão tão alheios, quase meros espectadores na batalha entre deuses, que isso incomoda muito pouco. A premissa da Caçada e o setting da pirâmide que se move são excelentes, e dá um show de efeitos práticos para uma época que CGI ruim era a regra.
Parece muito mais algo que se encaixa no universo Predador do que no universo Alien, e é uma sequência/expansão melhor para Predador do que o 2.
Thunderball soube dosar a seriedade de From Russia With Love com o lado bobo da espionagem de Goldfinger. Trama simples, mas que funciona, é o mais engraçado até aqui, o vilão é bom, a bond girl é excelente e não só um item decorativo, e a subtrama de fundo da SPECTRE continua interessante. Pra mim é o melhor dos 4 primeiros.
O que eu gosto em Prometheus é o exercício de mythmaking e a expansão do universo Alien, Ridley Scott nunca se propôs a contar a mesma história que já tinha sido exaurida e destruída por outros. Covenant é decepcionante nesse sentido, já que é essencialmente um filme de herói em sua estrutura, mas...
Se você quer a visão original, só assista Alien, O Oitavo Passageiro. Se quer diversão e ação bem conduzida com um final feliz, pare em Aliens. Se quer um desfecho pessimista, mas conclusivo, fique com Alien³. Agora, se você quer um monte de baboseira ridícula, o texto misógino de sempre do Whedon e um bebê-gosma-xenomorfo-gigante esse daqui é o filme para você.
1* pelo design de produção e + 0,5* pelo pobre do elenco que não tinha o que fazer para salvar.
Eu sei sobre a produção problemática e como é um filho renegado do Fincher - o que meio que se correlaciona com o filme em si -, mas no meio de toda essa bagunça tem um embrião muito bom. Depois do filme de ação do Cameron, esse tenta (algumas vezes com sucesso, outras nem tanto) trazer a franquia de volta às raízes, tanto em temas quanto em estilo. Toma algumas decisões criativas arriscadas ao longo do curso, mas eu aceitei o passeio.
Alien³ é pessimista, cínico, corajoso, niilista até certo ponto e, intencionalmente e não-intencionalmente, exaustivo. Enquanto o filme do Cameron é uma história maternal, aqui a mãe odeia tanto sua prole que prefere se matar. Só se pode parar a máquina de matar definitiva através do sacrifício final.
Tem alguns bons pontos sobre o colapso da família tradicional japonesa e o impacto da tecnologia e da recessão asiática do início do século. Mas também tem mais ambição do que consegue lidar e o texto é um tanto expositivo, por vezes beirando o cliché, o que faz os bons momentos quase sempre se perderem aí no meio. A abertura com 'Caroline, No' (The Beach Boys) é maravilhosa, e visualmente tem algumas sacadas incríveis ao nível de Eureka. O conteúdo já não chega perto do antecessor.
Por que apareceu um diretor (claro, e bem mais velho do que ela) no início do filme que simplesmente embebeda e transa com a Scarlett Johansson e nem aparece mais? Para mostrar que ela era "burra" e "ingênua" e esqueceu da entrevista? Puta merda.
O que mais me espanta é que o Woody Allen deve achar que realmente é engraçado com essas piadas de vovô que quer parecer jovem referenciando ansiedade e McDonald's. Ian McShane, Charles Dance e Anthony Head estão no filme, todos coadjuvantes e subaproveitados, enquanto o próprio Woody Allen faz o protagonista insuportável cheio de tiques e trejeitos irritantes. Queria eu ter um pouquinho desse ego e amor próprio.
Não é nada excepcional e até um pouco datado, mas sempre gosto de lembrar que filmes já foram só sobre imagens bonitas e uma história engraçadinha. Alita Naughton cantando Pretty Little Turtle Dove.
Don't Go Breaking My Heart 2
3.4 4Eu nunca me senti tão traído na minha vida.
Os Infiltrados
4.2 1,7K Assista AgoraNão fosse o elenco e o nome do Scorsese ia ser lembrado dentre os piores remakes americanos. Não chega aos pés de Infernal Affairs I e II; o texto é pobre (cada vez que o personagem do Nicholson abre a boca é pra falar de rola, sexo e/ou chamar alguém de "bicha"), o personagem do Wahlberg é insuportável e inútil, o filme é mal editado e o Scorsese podia pegar uma dica ou duas de como usar músicas no meio das cenas com o Michael Mann. O triângulo amoroso não acrescenta nada e o elenco, — mesmo sendo bom, — não alcança metade do estudo de personagem que o Tony Leung faz sozinho no original. Todos os bons momentos aqui são reencenações diretas do filme honconguês. Dos 13 que vi do Scorsese, esse é o mais fraco.
Fim dos Tempos
2.5 1,4K Assista AgoraO ódio a esse filme é um surto epidêmico mais inexplicável do que o do filme em si.
Ali
3.6 173 Assista AgoraHis hands can't hit what his eyes can't see
Float like a butterfly, sting like a bee
Speed Racer
2.8 410 Assista AgoraDe todas as médias burras desse site, essa talvez seja a mais burra de todas.
Vocês mataram a criança aí dentro.
Guang yin de gu shi
3.8 2Um filme com 3 de 4 segmentos bons/ótimos é um saldo bastante positivo.
Os dois primeiros são pura sensibilidade, e o último é muito divertido.
Halloween: O Início
3.2 861 Assista AgoraAté começa ok de um jeito completamente profano que tenta fazer todo o oposto do original (mesmo parecendo escrito por um guri de 13 anos), mas a segunda metade é só um slasher adolescente idiota qualquer.
Não consigo não rir cada vez que o Michael Myers ATRAVESSA UMA PAREDE NA CABEÇADA
O Pacto
3.2 265I'm Charles Manson of the information age
Duna de Jodorowsky
4.5 143Imagine preparar seu filho para ser uma máquina de matar ideal em nome da arte.
John Wick 3: Parabellum
3.9 1,0K Assista AgoraTão over e preocupado em criar um mito ao redor de si mesmo que grande parte da graça da série, que morava entre a realidade crua e a fantasia, se esvai (aqui até coice de cavalo é usado como arma mortal), mas ao mesmo tempo é tão bem feito (e bonito) que é impossível não gostar. Tenho de admirar um diretor que foca sua megalomania em set design e coreografias, coisa rara. O ato final é literalmente um videogame que vai trocando de cenários para o John Wick enfrentar sub-bosses (dignos de capangas de 007) e chefões da maneira mais criativa possível. É satisfatório ver alguém criar um universo típico de HQ/Videogame no cinema.
Missão: Impossível 3
3.4 513 Assista AgoraÉ pior que o 2. O JJ é MUITO inferior tanto ao De Palma quanto ao Woo, principalmente nas cenas de ação. Eu nunca realmente me incomodei com o tesão dele por lens flare até agora. O roteiro é um amontoado de clichês e o filme é brega (o 2 também, mas é uma cafonice no tom do filme ao menos). Previsível em toda e qualquer decisão que toma, por mais que tente usar de cada ferramenta de blockbuster para tornar uma sequência épica, no momento que você abriu a história com um flashforward toda e qualquer emoção almejada é perdida quando se sabe exatamente aonde aquilo vai dar. Aquela cena inteira da ponte a gente sabia exatamente como ia terminar. Os plot twists são só um repeteco do que já foi feito no 1 e no 2.
Ainda assim funciona como blockbuster genérico e o elenco é muito bom. No uso de gadgets de espião pelo menos é o que melhor o faz dos 3 primeiros. Não tem suficiente Maggie Q e Jonathan Rhys Meyers (principalmente falando italiano).
Vou dar mais ½* pelo Philip Seymour Hoffman.
Resident Evil 2: Apocalipse
3.3 823 Assista AgoraA Jill parece um cosplay sem alma e o fanservice mais atrapalha do que colabora. Prefiro o primeiro mesmo com a falta de "fidelidade", mas terem entregado na mão de um diretor de segunda unidade com certeza não ajudou no resultado final.
Floresta de Sangue
3.2 55Altamente não-recomendado para aqueles não familiares com o Sion Sono.
É muito mais uma sopa de todas as loucuras dele do que um filme de serial killer.
Alien vs. Predador 2
2.4 413 Assista AgoraÉ o início dos anos 2000 num filme, parece uma mistura de todos os slashers toscos da época. Tão estúpido quanto um filme pode ser; isso poderia até ser divertido, não fosse tão mal filmado que fica mais fácil enxergar quando se está no ponto de vista do Predador.
Missão: Impossível 2
3.1 491 Assista AgoraPode ter mais mortais e slow motion do que devia, — e você consegue claramente ver que entre M:I e M:I 2 o Tom Cruise começava a perder a sanidade, — mas ainda é um bom filme de ação e espionagem. Isso veio logo depois de Matrix, não dá para se ignorar o espírito da época e o momento em que ele se encaixa. O plot de terrorismo biológico é tão ou até mais interessante que o do primeiro, o romance é cafona, mas as cenas de perseguição são ótimas.
Alien vs. Predador
2.7 473 Assista AgoraGostaria que tivesse apostado mais no lado slasher do que na ação, toma caminhos de blockbuster com explosões pirotécnicas e drama barato, mas não é nem de perto tão ruim quanto a média do site sugere. PWSA parece ter um gosto por criar personagens burros, mas em AvP eles estão tão alheios, quase meros espectadores na batalha entre deuses, que isso incomoda muito pouco. A premissa da Caçada e o setting da pirâmide que se move são excelentes, e dá um show de efeitos práticos para uma época que CGI ruim era a regra.
Parece muito mais algo que se encaixa no universo Predador do que no universo Alien, e é uma sequência/expansão melhor para Predador do que o 2.
007 Contra a Chantagem Atômica
3.5 160 Assista AgoraThunderball soube dosar a seriedade de From Russia With Love com o lado bobo da espionagem de Goldfinger. Trama simples, mas que funciona, é o mais engraçado até aqui, o vilão é bom, a bond girl é excelente e não só um item decorativo, e a subtrama de fundo da SPECTRE continua interessante. Pra mim é o melhor dos 4 primeiros.
Alien: Covenant
3.0 1,2K Assista AgoraO que eu gosto em Prometheus é o exercício de mythmaking e a expansão do universo Alien, Ridley Scott nunca se propôs a contar a mesma história que já tinha sido exaurida e destruída por outros. Covenant é decepcionante nesse sentido, já que é essencialmente um filme de herói em sua estrutura, mas...
Eu não consigo odiar um filme de super-herói com algumas doses de gore e um final onde o vilão FINALMENTE VENCE. Muito satisfatório.
Alien: A Ressurreição
3.1 489 Assista AgoraSe você quer a visão original, só assista Alien, O Oitavo Passageiro.
Se quer diversão e ação bem conduzida com um final feliz, pare em Aliens.
Se quer um desfecho pessimista, mas conclusivo, fique com Alien³.
Agora, se você quer um monte de baboseira ridícula, o texto misógino de sempre do Whedon e um bebê-gosma-xenomorfo-gigante esse daqui é o filme para você.
1* pelo design de produção e + 0,5* pelo pobre do elenco que não tinha o que fazer para salvar.
Alien 3
3.2 540 Assista AgoraEu sei sobre a produção problemática e como é um filho renegado do Fincher - o que meio que se correlaciona com o filme em si -, mas no meio de toda essa bagunça tem um embrião muito bom. Depois do filme de ação do Cameron, esse tenta (algumas vezes com sucesso, outras nem tanto) trazer a franquia de volta às raízes, tanto em temas quanto em estilo. Toma algumas decisões criativas arriscadas ao longo do curso, mas eu aceitei o passeio.
Alien³ é pessimista, cínico, corajoso, niilista até certo ponto e, intencionalmente e não-intencionalmente, exaustivo. Enquanto o filme do Cameron é uma história maternal, aqui a mãe odeia tanto sua prole que prefere se matar. Só se pode parar a máquina de matar definitiva através do sacrifício final.
Talvez seja meu guilty pleasure.
A Lua no Deserto
3.4 3Tem alguns bons pontos sobre o colapso da família tradicional japonesa e o impacto da tecnologia e da recessão asiática do início do século. Mas também tem mais ambição do que consegue lidar e o texto é um tanto expositivo, por vezes beirando o cliché, o que faz os bons momentos quase sempre se perderem aí no meio.
A abertura com 'Caroline, No' (The Beach Boys) é maravilhosa, e visualmente tem algumas sacadas incríveis ao nível de Eureka. O conteúdo já não chega perto do antecessor.
Scoop - O Grande Furo
3.4 386 Assista AgoraPor que apareceu um diretor (claro, e bem mais velho do que ela) no início do filme que simplesmente embebeda e transa com a Scarlett Johansson e nem aparece mais? Para mostrar que ela era "burra" e "ingênua" e esqueceu da entrevista? Puta merda.
O que mais me espanta é que o Woody Allen deve achar que realmente é engraçado com essas piadas de vovô que quer parecer jovem referenciando ansiedade e McDonald's. Ian McShane, Charles Dance e Anthony Head estão no filme, todos coadjuvantes e subaproveitados, enquanto o próprio Woody Allen faz o protagonista insuportável cheio de tiques e trejeitos irritantes. Queria eu ter um pouquinho desse ego e amor próprio.
French Dressing
3.1 2Não é nada excepcional e até um pouco datado, mas sempre gosto de lembrar que filmes já foram só sobre imagens bonitas e uma história engraçadinha.
Alita Naughton cantando Pretty Little Turtle Dove.
Modo de Sobrevivência 5
4.0 43Tenho de amar o Tadanobu Asano voando nas costas de um homem-pássaro ao som de I Will Survive.
E que bonitinho o Ryunosuke Kamiki criança.