Depois de dias tentando absorver este filme, acho que consigo escrever melhor sobre ele. Pablo Giorgelli, já aclamado por "Las acácias" que não vi, decidiu fazer um filme sobre um dos temas mais evitados possíveis: o aborto. A ideia foi incrível, bem conduzida, totalmente trabalhada e absorvida por Mora Arenillas (Ely). Mas a última cena destruiu tudo. O filme tem seus altos, atuação impecável de Mora, direção cuidadosa, ritmo propício para a situação posposta e uma cena que ficará para sempre em minha mente. Entretanto, mais uma vez ficou na zona de conforto.
A bela cena em questão é a execução do hino argentino e o silêncio da jovem que não pode revenciar um país que tira seu direito de escolher. Me arrepiou. O filme angustia pela solidão, problemas da personagem que vão além da gravidez indesejada. Ely, é madura e segura, sabe que não pode dar continuidade à gravidez e luta para interrompê-la. Embora alguns tentem ajudá-la nesta situação (a amiga e o cara que a engravidou), o problema é dela e as "consequências" também, isso o filme descreveu bem. Mas como destruir um filme com uma cena? Giorgelli conseguiu. Um homem que nunca passará por isso porque homem não é punido por aborto resolve abordar o assunto. Decidi unir as situações vividas por Ely com a realidade econômica da Argentina, tornando o filme mais dramático. Tanto drama, tanto realismo, tanta agonia, para a personagem desistir de duas tentativas de aborto, inclusive uma mais assegurada, feita numa clínica. Isso não é a gota d'água, pois diante de toda a situação seria interessante misturar que diante da ilegalidade e pressão do aborto muitas mulheres desistem mesmo. O pior foi a última cena romantizar a situação. Caramba, pra que colocar a Ely tão decidida e com tantos problemas meio que parando para pensar "Filho é uma benção". Gente, então pra quê criar tanto drama para ter este final? Pra que pegar um tema tão delicado, que não é o ato do aborto em si, mas o que leva a isso para então ter um desfecho tão óbvio? Pra que alimentar o senso comum? Pra quê? Li uma crítica positiva que dizia que a maternidade é uma luz no fim do túnel para um país em crise e uma personagem tão perdida. E fiquei indignada, pois como criar um filho sem trabalho e sem expectativas dele, com uma mãe depressiva e sem a ajuda de ninguém. Não dá. Admiro demais mulheres que conseguem fazer isso. Mas no caso de "Invisível" ficou forçado e feio.
O maior exemplo de "como destruir um filme com apenas uma cena". Uma das maiores decepções pra mim em relação ao cinema.
Ainda bem que superou as expectativas de muitos, pelo simples fato de ser nacional ganha resistência de alguns. Gostei muito por retratar de forma impecável os anos 80, década que não vivi mas que conheço bem graças a arte. E nossa TV e seus podres, anos 80, década mais liberal, impossível. E nosso Brasil que nunca foi e nunca será para amadores. Porém, faltou algo, na última parte ganha uma dramaticidade que me desprendeu. E sinceramente, o cinema nacional nos últimos anos se prendeu demais a biografias, nosso cinema pode ser bem mais que isso. Daniel Rezende, puta direção ótima. Quanto a Vladimir Brichta, que maravilhoso. Sem dúvidas o trabalho de sua vida. Mostra ser bem mais que um rosto lindo. E falando em lindo, mesmo com um visual Agostinho Carrara ele consegue ser gato pra cacete.
Muito bom! Me tocou muito, ainda mais porque estou iniciando minha trajetória como atriz. A ideia de misturar a ficção x documentário, peça x situação, personagem x eu, super me agradou. Além dos conflitos do mundo artístico juntos ao universo feminino. E tudo com a bela Rússia como cenário e seu idioma lindo entrelaçando o enrendo. Que atrizes maravilhosas, em especial a Martha <3
Raro filme de estreia da famosíssima atriz iraniana, Taraneh Alidoosti. Tive a oportunidade de vê-lo pelo canal da HispanTV (rede iraniana em língua espanhola pelo Youtube). Um filme duro de uma jovem madura, decidida e corajosa. Critica a sociedade iraniana em vários aspectos: casamentos temporários, sociedade conservadora, paternidade irresponsável e até agentes comunitários. Mas o que mais chama a atenção é o talento de Taraneh, já cedo mostrando para o que veio.
É incrível como filmes com temática similar me pegam "Nasce uma estrela" "Hiroshima, meu amor" e agora "Atriz milenar" os dois últimos com ligação com o Japão. País que um grande amor amava a cultura. E todos os filmes sobre atrizes, memórias, amores e perdas. Sou uma atriz iniciante, mas assim como o amor de Chiyoko, o meu também era artista, não vivia disso, mas desenhava e morreu ao defender alguém, além de sempre ter estado envolvido em causas nas quais ele acreditava e defendia.
Enfim, coisas da vida. E a ficção mais uma vez nos dando espelhos e nos fazendo reviver momentos bons e ruins. Obrigada, Satoshi. Que você esteja brilhando lá em cima como uma estrela milenar :'(
Satoshi Kon foi minha maior descoberta de 2017. Adorei "Paprika" e amei "Perfect blue" (por enquanto, o melhor filme que vi este ano). Mas como todo gênio erra, eis o seu erro, na minha opinião, lógico. Espero que este tenha sido o maior e único. Não rolou. Filme cansativo, vi a sequência de 45 minutos que pareceram horas e comecei a pular os pedaços totalmente previsíveis e cheios de coincidências forçadas. Espero que os próximos filmes que eu venha ver de Satoshi sejam tão grandiosos quanto os primeiros que vi.
A primeira a comentar sobre este belo filme? Bora lá! Na 40ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo "El amparo" estava na minha lista de interesse e acabei não o vendo. Que mancada. O filme acabou levando o prêmio de direção, merecidamente. Um ano depois, tenho a oportunidade de vê-lo no Belas Artes, única sala que está o exibindo. "El amparo" é duro, triste e sensorial. Um trabalho detalhista e minucioso do diretor Calzadilla. Pra mim o maior destaque do filme é a direção. As atuações são ótimas, nota-se dedicação e entrega de todo elenco. Só o roteiro não saiu 100% mas acho que foi erro na hora de traduzi-lo, muitos diálogos no início do filme se perdem e nos tira um pouco da obra. Eu mesma entendo um pouco da língua espanhola e não consegui entender tanto aquele linguajar regional. No entanto, vale a pena demais. Uma amostra do quanto o cinema venezuelano é competente!
Satoshi Kon, a minha maior descoberta de 2017. Uma pena que este gênio tenha partido tão cedo. Aham, o cara que tanto "influenciou" consagrados filmes de Hollywood. Mas a merda toda é que o verdadeiro gênio fica as sombras. "Paprika" não é fácil de compreender. Uma viagem psicodélica, complexa e deliciosa. Mesmo sem entender 100% o filme, amei!
Gente, que coisa mais linda este filme! Já nos créditos iniciais fiquei com os olhos cheios de lágrimas. Um mix de música japonesa e persa, mais créditos alinhados de atores japoneses e persas. Sem mais e nem menos, exaltando ao mesmo tempo este dois grandes e belos países. Como um filme tão lindo como este pode ser tão desconhecido? De 2003, mas parece que ficou esquecido, ao menos pelas bandas do mundo Ocidental. Filmes como este deveriam servir de exemplo, inspiração, uma verdadeira lição de tolerância e respeito. A cena de um cidadão japonês fazendo reverências budistas dentro de uma imensa mesquita deveria servir de exemplo para o Mianmar, num caos de intolerância. E por que não a nosso Brasil e ao mundo? Amor, amizade, cooperativismo, sensibilidade, costumes, crenças, tradição, intercâmbio, cor, arte, poesia, música, e muitos mais. Tudo isso resume ainda pouco do que “The wind carpet” mostra. Uma união dos dois maiores produtores cinematográficos da Ásia, com exceção da Índia e creio que Coreia do Sul. Irã e Japão se unem num mesmo filme com um único propósito: mostrar a antiga tradição dos tapetes persas. Mas vai além disso. A cidade de Isfahã como locação do filme foi perfeita, sem dúvidas, a mais bela cidade persa. Os enquadramentos são lindos, muitas cenas memoráveis. A arte que quebra fronteiras. Muitas vezes não precisamos entender uma palavra sequer de uma língua, mas vemos o afeto transmitido pelo olhar, toque ou sorriso. Achei incrível mostrar a hospitalidade real do povo iraniano, não é mera melação, quem viu o Globo Repórter recentemente mostrando este povo acolhedor, sabe que isso não é exagero. Juro que ficarei com este filme por muito tempo na cabeça. Com os rostos lindos de Sakura e Rouzbeh. A cena exuberante de duas mulheres a tear o tão belíssimo tapete como se compusessem uma canção, suas linhas como que representando as cordas de uma harpa, foi uma das coisas mais perfeitas que já vi na sétima arte. E no fim, não pude deixar de fazer um pedido também no último nó do tapete. Obrigada, MKO. Sem o trabalho destes verdadeiros cinéfilos acho que nunca veria, nem conheceria obra tão simples, mas poderosíssima.
Bem de longe me lembrou "7 caixas". Talvez pelo fato de ter ação e muito sangue, e sem dúvidas, por ser um filme de um país também sem tradição cinematográfica como o Paraguai. Mas "Viva Riva" me encantou mais. Um retrato duro e cru de um país que no momento vive uma guerra sem fim. Este filme é quase um prelúdio da corrupção, pobreza e miséria de um povo que hoje busca refúgio. Bem comercial por motivos óbvios. O Congo merece ser mostrado ao mundo. Competente ao que prometeu. Valeu a pena conferir!
Me lembrou um pouco "A guarda costeira". Kim Ki Duk não romantiza a guerra, colonialismo e militarismo. Mostra que em ambientes de conflitos, mesmo aqueles que apenas abrigam bases militares, não há espaço para o amor ou inocência. Bem, como em outros filmes dele as cenas expondo animais à agressões me incomodou, e muito. Mas, tudo isso serve para embasar algo maior. O racismo. Algo que eu nunca havia visto sendo mostrado no cinema coreano ou oriental.
O mestiço=cão vira-lata. Ambos tratados de forma similar. E sem via de dúvidas a questão do vira-latismo, algo tão marcante em nossa cultura também é mostrada em "Endereço desconhecido" em forma de veneração, exploração e diferença. E mais uma vez, um "infeliz para sempre".
Dizem que “Deus e o diabo na terra do sol” revolucionou o cinema brasileiro. Acredito que só tecnicamente, pois o enredo não traz nada novo. Bem ao contrário, lembra muito três outros clássicos brasileiros anteriores a ele: “Vidas secas”, “O cangaceiro” e “O pagador de promessas”. Ironicamente, os diretores dos dois últimos eram atacados por Glauber Rocha, vistos como “comercias” o que discordo totalmente. “O cangaceiro” e “O pagador de promessas” não têm nada de comercial, em especial o último, mas parece que Glauber Rocha só ovacionava os diretores de seu movimento, o Cinema Novo. Uma pena. Nosso cinema perdeu muito com essa divisão. Confesso que vi “Deus e o diabo na terra do sol” já com uma pulga atrás da orelha, pois amo “O pagador de promessas” e sabia que veria várias similaridades, não que isso seja ruim, mas para mim é irônico, para não dizer maldoso, já que Glauber Rocha tanto menosprezou a Palma de Ouro conquistada por Anselmo Duarte em “O pagador de promessas” e depois fez um filme com elementos tão parecidos. Não poupou nem o nome da esposa dos protagonistas. Gloria Menezes sem via de dúvidas é minha Rosa preferida. As atuações demasiadas teatrais muito me decepcionaram. Isso era comum na época, mas diante da ideia “uma câmera na mão e uma ideia” pecou, e feio. E aquelas figurações? Péssimas. Aliás, descobri de onde veio essa inspiração que não gosto de nosso cinema, a tal naturalidade. Por exemplo, ao utilizar atores não profissionais, muitas vezes residentes das locações, tentam dar tanta naturalidade a coisa que fica feio. Engraçado, que amo o conceito de cinema-documentário, elenco de atores não profissionais, mas aqui no Brasil poucos sabem conduzir isso, acredito que Anselmo Duarte foi mestre ao conduzir uma direção perfeita em “O pagador de promessas” com um elenco enorme de figurantes e até não profissionais. Glauber Rocha errou nisso. E as cenas de conflitos? Horríveis. Teatros amadores fazem cenas melhores. Os atores principais não convencem ser sertanejos, mostram mesmo ser apenas personagens. Bem, chega de críticas negativas. Devo reconhecer que a trilha sonora é uma das coisas mais lindas que já ouvi no cinema, embora não tenha gostado tanto das canções nas quais as letras descrevem a cena. A fotografia, enquadramentos são o que mais chamam a atenção, isso mostra porque Glauber Rocha é talvez o diretor mais aclamado do Brasil. Tecnicamente ele era perfeito, um prato cheio para estudantes e especialistas. No entanto, uma obra não é feita apenas de técnica. Agora o roteiro achei razoável, o ritmo totalmente arrastado. Acredito que “Deus e o diabo na terra do sol” é quase uma peça filmada, no palco funciona perfeitamente, no cinema não, lógico que a fotografia e técnica são perfeitas, mas de resto tem todo o formato de um espetáculo teatral. Mas o filme não é ruim, é bom, mas superestimado demais. Não sei se o veria de novo, talvez daqui a alguns anos. Não gosto de julgar um diretor por um filme, pois muitos produzem obras boas e ruins, mas acredito que ele tenha obras melhores. Que venham mais filmes de Glauber Rocha para a minha lista!
Filme magistral e corajoso de nosso cinema, um tapa na cara daqueles que dizem que o cinema nacional é ruim. Direção competente de Luís Sérgio Person, que infelizmente morreu prematuramente, teria feito muito mais ainda pelo nosso cinema. Roteiro perfeito de Jean-Claude Bernardet e João Alamy Filho. E, logicamente, atuações seguras e convincentes de um elenco bem escolhido. Acredito que "O caso dos irmãos Naves" seja objeto de estudo nos cursos de direito de todo o país até hoje. Mas o que mais impressiona é a violência gratuita e parece até cultural de quem deveria nos defender, desta forma "O caso dos irmãos Naves" não é um filme isolado, pois trata de um tema bastante atual ao escancarar a violência policial, e, melhor ainda, ter mostrado isso nos nebulosos tempos da ditadura.
Bons monólogos e atuações ótimas de Zé do Caixão e da Cigana. O filme não me prendeu tanto, mas deve poucos a filmes de terror da época e até atuais. Infelizmente, José Mojica Marins é mais um injustiçado do cinema brasileiro.
Galera especialista em cinema coreano, me respondam, pelo amor de Tupã. Por que o cinema coreano "ama" hostilizar policiais? Seria uma crítica ao sistema de segurança do país? Ou seria uma sátira aos filmes hollywoodianos que endeusam seus policiais, em especial o FBI? Não é coincidência, praticamente todos os filmes coreanos que já vi que há policiais eles são burros, atrapalhados e incompetentes. A maior lição que o filme deixa
Demorei uns oito anos para ver "Aurora" mas valeu a pena. Ao contrário de muita gente que acha o cinema mudo tedioso, eu o acho belo e glamouroso. Há anos não via um filme mudo, o último havia sido o clássico lindoso e brazuca "Limite" que indico para quem não viu.
Acho que o final teria sido mais significativo se o marido tivesse morrido, seria o jogo virando e a vida sendo totalmente irônica. Quando ele a protegeu com o cinturão de galhos achei que ele morreria, mas de fato houve um final feliz. Mas era de se esperar, é Hollywood.
então o comunismo só veio para destruir a família de Xu? Mas depois parei e pensei, fisicamente sim, mas antes dele surgir Xu era apenas apegado ao vício do jogo, não dava importância alguma a família. De certa forma o regime o uniu a família. Entretanto, a lição que fica é a questão da família e sua importância, embora haja um pano de fundo político e histórico, as lições mais preciosas foram outras.
Que trilha linda, meu Deus. E as marionetes me deixaram apaixonada!
Segundo o cinema coreano, a polícia da Coreia do Sul é a mais incompetente do mundo. PQP, os caras só passam vergonha. "Eu vi o diabo" é mais um filme entre centenas de filmes de seu país de origem sobre vingança, porém este crítica este gênero que o país ganhou espaço, cinematograficamente falando, mas ao mesmo tempo o reverencia. Bem contraditório. Mas o que mais me incomodou foram as cenas gore, nível hard, exageradas mesmo que não convencem que um ser humano viveria depois de tantos golpes na cabeça. Tá bom, é cinema, mas poderiam ter dado mais veracidade a esses detalhes!
O filme tem personagens sem foco e situações sem sentido, algumas situações não encaixaram e nem convenceram. De resto é interessante, com atuação brilhante da personagem da mãe. Um filme que desromantiza a maternidade perfeita desde cedo, vide a tentativa de assassinato do filho e o suicídio que não obtiveram sucesso. Se não fosse pelos erros de direção, furos no roteiro e algumas atuações fracas teria sido um grande filme.
De resto, mais um filme com características já marcantes do cinema coreano: vingança, sangue e algumas cenas até grotescas. E acredito que este filme tenha influenciado "Pietá" de Kim Ki Duk, embora o filme inspirado tenha sido bem superior.
Filme coreano, com trilha árabe, e acredito que o único de Kim Ki Duk com atores estrangeiros. Lembra "Amen" que viria anos depois. Mais um filme que mostra que a tal "Liberdade, igualdade e fraternidade" é só teoria. Interessante nesses aspectos, mas cansativo, o filme mais fraco deste diretor que julgo um dos melhores da atualidade.
Filmão da porra disparamente! Roteiro impecável! Meu terceiro anime, uma pena que os outros tenham me decepcionado um pouco. Trama psicológica e uma desconstrução do mundo do entretenimento. Foda. Favoritado!
Faltou explorar melhor a relação de Hachi e o dono. Embora eles tenham convivido pouco tempo juntos, senti falta de mostrar mais o carinho de ambos. E sim, deveriam ter informado no final do filme a estátua que foi erguida em homenagem a ele. De resto um filme belo sobre uma amizade linda e sincera. Impossível não se emocionar!
Invisível
3.2 60Depois de dias tentando absorver este filme, acho que consigo escrever melhor sobre ele. Pablo Giorgelli, já aclamado por "Las acácias" que não vi, decidiu fazer um filme sobre um dos temas mais evitados possíveis: o aborto. A ideia foi incrível, bem conduzida, totalmente trabalhada e absorvida por Mora Arenillas (Ely). Mas a última cena destruiu tudo. O filme tem seus altos, atuação impecável de Mora, direção cuidadosa, ritmo propício para a situação posposta e uma cena que ficará para sempre em minha mente. Entretanto, mais uma vez ficou na zona de conforto.
A bela cena em questão é a execução do hino argentino e o silêncio da jovem que não pode revenciar um país que tira seu direito de escolher. Me arrepiou. O filme angustia pela solidão, problemas da personagem que vão além da gravidez indesejada. Ely, é madura e segura, sabe que não pode dar continuidade à gravidez e luta para interrompê-la. Embora alguns tentem ajudá-la nesta situação (a amiga e o cara que a engravidou), o problema é dela e as "consequências" também, isso o filme descreveu bem. Mas como destruir um filme com uma cena? Giorgelli conseguiu. Um homem que nunca passará por isso porque homem não é punido por aborto resolve abordar o assunto. Decidi unir as situações vividas por Ely com a realidade econômica da Argentina, tornando o filme mais dramático. Tanto drama, tanto realismo, tanta agonia, para a personagem desistir de duas tentativas de aborto, inclusive uma mais assegurada, feita numa clínica. Isso não é a gota d'água, pois diante de toda a situação seria interessante misturar que diante da ilegalidade e pressão do aborto muitas mulheres desistem mesmo. O pior foi a última cena romantizar a situação. Caramba, pra que colocar a Ely tão decidida e com tantos problemas meio que parando para pensar "Filho é uma benção". Gente, então pra quê criar tanto drama para ter este final? Pra que pegar um tema tão delicado, que não é o ato do aborto em si, mas o que leva a isso para então ter um desfecho tão óbvio? Pra que alimentar o senso comum? Pra quê?
Li uma crítica positiva que dizia que a maternidade é uma luz no fim do túnel para um país em crise e uma personagem tão perdida. E fiquei indignada, pois como criar um filho sem trabalho e sem expectativas dele, com uma mãe depressiva e sem a ajuda de ninguém. Não dá. Admiro demais mulheres que conseguem fazer isso. Mas no caso de "Invisível" ficou forçado e feio.
O maior exemplo de "como destruir um filme com apenas uma cena". Uma das maiores decepções pra mim em relação ao cinema.
Bingo - O Rei das Manhãs
4.1 1,1K Assista AgoraAinda bem que superou as expectativas de muitos, pelo simples fato de ser nacional ganha resistência de alguns. Gostei muito por retratar de forma impecável os anos 80, década que não vivi mas que conheço bem graças a arte. E nossa TV e seus podres, anos 80, década mais liberal, impossível. E nosso Brasil que nunca foi e nunca será para amadores. Porém, faltou algo, na última parte ganha uma dramaticidade que me desprendeu. E sinceramente, o cinema nacional nos últimos anos se prendeu demais a biografias, nosso cinema pode ser bem mais que isso.
Daniel Rezende, puta direção ótima. Quanto a Vladimir Brichta, que maravilhoso. Sem dúvidas o trabalho de sua vida. Mostra ser bem mais que um rosto lindo. E falando em lindo, mesmo com um visual Agostinho Carrara ele consegue ser gato pra cacete.
Vermelho Russo
3.5 42Muito bom! Me tocou muito, ainda mais porque estou iniciando minha trajetória como atriz. A ideia de misturar a ficção x documentário, peça x situação, personagem x eu, super me agradou. Além dos conflitos do mundo artístico juntos ao universo feminino. E tudo com a bela Rússia como cenário e seu idioma lindo entrelaçando o enrendo. Que atrizes maravilhosas, em especial a Martha <3
I'm Taraneh, 15
3.5 1Raro filme de estreia da famosíssima atriz iraniana, Taraneh Alidoosti. Tive a oportunidade de vê-lo pelo canal da HispanTV (rede iraniana em língua espanhola pelo Youtube). Um filme duro de uma jovem madura, decidida e corajosa. Critica a sociedade iraniana em vários aspectos: casamentos temporários, sociedade conservadora, paternidade irresponsável e até agentes comunitários. Mas o que mais chama a atenção é o talento de Taraneh, já cedo mostrando para o que veio.
Atriz Milenar
4.3 115Há tempos não chorava tanto vendo um filme. "Atriz milenar" tocou bem no fundo!
É incrível como filmes com temática similar me pegam "Nasce uma estrela"
"Hiroshima, meu amor" e agora "Atriz milenar" os dois últimos com ligação com o Japão. País que um grande amor amava a cultura. E todos os filmes sobre atrizes, memórias, amores e perdas. Sou uma atriz iniciante, mas assim como o amor de Chiyoko, o meu também era artista, não vivia disso, mas desenhava e morreu ao defender alguém, além de sempre ter estado envolvido em causas nas quais ele acreditava e defendia.
Enfim, coisas da vida. E a ficção mais uma vez nos dando espelhos e nos fazendo reviver momentos bons e ruins. Obrigada, Satoshi. Que você esteja brilhando lá em cima como uma estrela milenar :'(
Respiro
4.0 13A menina que roubava livros versão persa e mais leve. Um filme delicioso de se ver.
Padrinhos de Tóquio
4.3 202 Assista AgoraSatoshi Kon foi minha maior descoberta de 2017. Adorei "Paprika" e amei "Perfect blue" (por enquanto, o melhor filme que vi este ano). Mas como todo gênio erra, eis o seu erro, na minha opinião, lógico. Espero que este tenha sido o maior e único. Não rolou. Filme cansativo, vi a sequência de 45 minutos que pareceram horas e comecei a pular os pedaços totalmente previsíveis e cheios de coincidências forçadas. Espero que os próximos filmes que eu venha ver de Satoshi sejam tão grandiosos quanto os primeiros que vi.
El Amparo
3.9 2A primeira a comentar sobre este belo filme? Bora lá!
Na 40ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo "El amparo" estava na minha lista de interesse e acabei não o vendo. Que mancada. O filme acabou levando o prêmio de direção, merecidamente. Um ano depois, tenho a oportunidade de vê-lo no Belas Artes, única sala que está o exibindo. "El amparo" é duro, triste e sensorial. Um trabalho detalhista e minucioso do diretor Calzadilla. Pra mim o maior destaque do filme é a direção. As atuações são ótimas, nota-se dedicação e entrega de todo elenco. Só o roteiro não saiu 100% mas acho que foi erro na hora de traduzi-lo, muitos diálogos no início do filme se perdem e nos tira um pouco da obra. Eu mesma entendo um pouco da língua espanhola e não consegui entender tanto aquele linguajar regional. No entanto, vale a pena demais. Uma amostra do quanto o cinema venezuelano é competente!
O Anjo Exterminador
4.3 377 Assista AgoraQuase um reality cruel das convencionalidades, etiqueta e posição deixadas de lado. O retorno ao primitivismo. O mita da caverna -> high society.
Paprika
4.2 503 Assista AgoraSatoshi Kon, a minha maior descoberta de 2017. Uma pena que este gênio tenha partido tão cedo. Aham, o cara que tanto "influenciou" consagrados filmes de Hollywood. Mas a merda toda é que o verdadeiro gênio fica as sombras. "Paprika" não é fácil de compreender. Uma viagem psicodélica, complexa e deliciosa. Mesmo sem entender 100% o filme, amei!
The Wind Carpet
4.8 1Gente, que coisa mais linda este filme!
Já nos créditos iniciais fiquei com os olhos cheios de lágrimas. Um mix de música japonesa e persa, mais créditos alinhados de atores japoneses e persas. Sem mais e nem menos, exaltando ao mesmo tempo este dois grandes e belos países. Como um filme tão lindo como este pode ser tão desconhecido? De 2003, mas parece que ficou esquecido, ao menos pelas bandas do mundo Ocidental. Filmes como este deveriam servir de exemplo, inspiração, uma verdadeira lição de tolerância e respeito. A cena de um cidadão japonês fazendo reverências budistas dentro de uma imensa mesquita deveria servir de exemplo para o Mianmar, num caos de intolerância. E por que não a nosso Brasil e ao mundo?
Amor, amizade, cooperativismo, sensibilidade, costumes, crenças, tradição, intercâmbio, cor, arte, poesia, música, e muitos mais. Tudo isso resume ainda pouco do que “The wind carpet” mostra. Uma união dos dois maiores produtores cinematográficos da Ásia, com exceção da Índia e creio que Coreia do Sul. Irã e Japão se unem num mesmo filme com um único propósito: mostrar a antiga tradição dos tapetes persas. Mas vai além disso. A cidade de Isfahã como locação do filme foi perfeita, sem dúvidas, a mais bela cidade persa. Os enquadramentos são lindos, muitas cenas memoráveis. A arte que quebra fronteiras. Muitas vezes não precisamos entender uma palavra sequer de uma língua, mas vemos o afeto transmitido pelo olhar, toque ou sorriso. Achei incrível mostrar a hospitalidade real do povo iraniano, não é mera melação, quem viu o Globo Repórter recentemente mostrando este povo acolhedor, sabe que isso não é exagero. Juro que ficarei com este filme por muito tempo na cabeça. Com os rostos lindos de Sakura e Rouzbeh. A cena exuberante de duas mulheres a tear o tão belíssimo tapete como se compusessem uma canção, suas linhas como que representando as cordas de uma harpa, foi uma das coisas mais perfeitas que já vi na sétima arte. E no fim, não pude deixar de fazer um pedido também no último nó do tapete.
Obrigada, MKO. Sem o trabalho destes verdadeiros cinéfilos acho que nunca veria, nem conheceria obra tão simples, mas poderosíssima.
Viva Riva!
3.3 4Bem de longe me lembrou "7 caixas". Talvez pelo fato de ter ação e muito sangue, e sem dúvidas, por ser um filme de um país também sem tradição cinematográfica como o Paraguai. Mas "Viva Riva" me encantou mais. Um retrato duro e cru de um país que no momento vive uma guerra sem fim. Este filme é quase um prelúdio da corrupção, pobreza e miséria de um povo que hoje busca refúgio. Bem comercial por motivos óbvios. O Congo merece ser mostrado ao mundo. Competente ao que prometeu. Valeu a pena conferir!
Endereço Desconhecido
3.9 13Me lembrou um pouco "A guarda costeira". Kim Ki Duk não romantiza a guerra, colonialismo e militarismo. Mostra que em ambientes de conflitos, mesmo aqueles que apenas abrigam bases militares, não há espaço para o amor ou inocência.
Bem, como em outros filmes dele as cenas expondo animais à agressões me incomodou, e muito. Mas, tudo isso serve para embasar algo maior. O racismo. Algo que eu nunca havia visto sendo mostrado no cinema coreano ou oriental.
O mestiço=cão vira-lata. Ambos tratados de forma similar. E sem via de dúvidas a questão do vira-latismo, algo tão marcante em nossa cultura também é mostrada em "Endereço desconhecido" em forma de veneração, exploração e diferença. E mais uma vez, um "infeliz para sempre".
Deus e o Diabo na Terra do Sol
4.1 429 Assista AgoraDizem que “Deus e o diabo na terra do sol” revolucionou o cinema brasileiro. Acredito que só tecnicamente, pois o enredo não traz nada novo. Bem ao contrário, lembra muito três outros clássicos brasileiros anteriores a ele: “Vidas secas”, “O cangaceiro” e “O pagador de promessas”. Ironicamente, os diretores dos dois últimos eram atacados por Glauber Rocha, vistos como “comercias” o que discordo totalmente. “O cangaceiro” e “O pagador de promessas” não têm nada de comercial, em especial o último, mas parece que Glauber Rocha só ovacionava os diretores de seu movimento, o Cinema Novo. Uma pena. Nosso cinema perdeu muito com essa divisão. Confesso que vi “Deus e o diabo na terra do sol” já com uma pulga atrás da orelha, pois amo “O pagador de promessas” e sabia que veria várias similaridades, não que isso seja ruim, mas para mim é irônico, para não dizer maldoso, já que Glauber Rocha tanto menosprezou a Palma de Ouro conquistada por Anselmo Duarte em “O pagador de promessas” e depois fez um filme com elementos tão parecidos. Não poupou nem o nome da esposa dos protagonistas. Gloria Menezes sem via de dúvidas é minha Rosa preferida.
As atuações demasiadas teatrais muito me decepcionaram. Isso era comum na época, mas diante da ideia “uma câmera na mão e uma ideia” pecou, e feio. E aquelas figurações? Péssimas. Aliás, descobri de onde veio essa inspiração que não gosto de nosso cinema, a tal naturalidade. Por exemplo, ao utilizar atores não profissionais, muitas vezes residentes das locações, tentam dar tanta naturalidade a coisa que fica feio. Engraçado, que amo o conceito de cinema-documentário, elenco de atores não profissionais, mas aqui no Brasil poucos sabem conduzir isso, acredito que Anselmo Duarte foi mestre ao conduzir uma direção perfeita em “O pagador de promessas” com um elenco enorme de figurantes e até não profissionais. Glauber Rocha errou nisso. E as cenas de conflitos? Horríveis. Teatros amadores fazem cenas melhores. Os atores principais não convencem ser sertanejos, mostram mesmo ser apenas personagens.
Bem, chega de críticas negativas. Devo reconhecer que a trilha sonora é uma das coisas mais lindas que já ouvi no cinema, embora não tenha gostado tanto das canções nas quais as letras descrevem a cena. A fotografia, enquadramentos são o que mais chamam a atenção, isso mostra porque Glauber Rocha é talvez o diretor mais aclamado do Brasil. Tecnicamente ele era perfeito, um prato cheio para estudantes e especialistas. No entanto, uma obra não é feita apenas de técnica. Agora o roteiro achei razoável, o ritmo totalmente arrastado. Acredito que “Deus e o diabo na terra do sol” é quase uma peça filmada, no palco funciona perfeitamente, no cinema não, lógico que a fotografia e técnica são perfeitas, mas de resto tem todo o formato de um espetáculo teatral. Mas o filme não é ruim, é bom, mas superestimado demais. Não sei se o veria de novo, talvez daqui a alguns anos. Não gosto de julgar um diretor por um filme, pois muitos produzem obras boas e ruins, mas acredito que ele tenha obras melhores. Que venham mais filmes de Glauber Rocha para a minha lista!
O Caso dos Irmãos Naves
4.2 88 Assista AgoraFilme magistral e corajoso de nosso cinema, um tapa na cara daqueles que dizem que o cinema nacional é ruim.
Direção competente de Luís Sérgio Person, que infelizmente morreu prematuramente, teria feito muito mais ainda pelo nosso cinema. Roteiro perfeito de Jean-Claude Bernardet e João Alamy Filho. E, logicamente, atuações seguras e convincentes de um elenco bem escolhido.
Acredito que "O caso dos irmãos Naves" seja objeto de estudo nos cursos de direito de todo o país até hoje. Mas o que mais impressiona é a violência gratuita e parece até cultural de quem deveria nos defender, desta forma "O caso dos irmãos Naves" não é um filme isolado, pois trata de um tema bastante atual ao escancarar a violência policial, e, melhor ainda, ter mostrado isso nos nebulosos tempos da ditadura.
À Meia-Noite Levarei Sua Alma
3.9 288 Assista AgoraBons monólogos e atuações ótimas de Zé do Caixão e da Cigana.
O filme não me prendeu tanto, mas deve poucos a filmes de terror da época e até atuais. Infelizmente, José Mojica Marins é mais um injustiçado do cinema brasileiro.
Mr. Vingança
4.0 408Galera especialista em cinema coreano, me respondam, pelo amor de Tupã. Por que o cinema coreano "ama" hostilizar policiais? Seria uma crítica ao sistema de segurança do país? Ou seria uma sátira aos filmes hollywoodianos que endeusam seus policiais, em especial o FBI? Não é coincidência, praticamente todos os filmes coreanos que já vi que há policiais eles são burros, atrapalhados e incompetentes.
A maior lição que o filme deixa
nunca subestime um esquerdista!
Aurora
4.4 205 Assista AgoraDemorei uns oito anos para ver "Aurora" mas valeu a pena. Ao contrário de muita gente que acha o cinema mudo tedioso, eu o acho belo e glamouroso. Há anos não via um filme mudo, o último havia sido o clássico lindoso e brazuca "Limite" que indico para quem não viu.
Acho que o final teria sido mais significativo se o marido tivesse morrido, seria o jogo virando e a vida sendo totalmente irônica. Quando ele a protegeu com o cinturão de galhos achei que ele morreria, mas de fato houve um final feliz. Mas era de se esperar,
é Hollywood.
Tempo de Viver
4.3 44Nos primeiros momentos em que o filme acabou fiquei pensando
então o comunismo só veio para destruir a família de Xu?
Mas depois parei e pensei, fisicamente sim, mas antes dele surgir Xu era apenas apegado ao vício do jogo, não dava importância alguma a família. De certa forma o regime o uniu a família. Entretanto, a lição que fica é a questão da família e sua importância, embora haja um pano de fundo político e histórico, as lições mais preciosas foram outras.
Que trilha linda, meu Deus. E as marionetes me deixaram apaixonada!
Eu Vi o Diabo
4.1 1,1KSegundo o cinema coreano, a polícia da Coreia do Sul é a mais incompetente do mundo. PQP, os caras só passam vergonha. "Eu vi o diabo" é mais um filme entre centenas de filmes de seu país de origem sobre vingança, porém este crítica este gênero que o país ganhou espaço, cinematograficamente falando, mas ao mesmo tempo o reverencia. Bem contraditório. Mas o que mais me incomodou foram as cenas gore, nível hard, exageradas mesmo que não convencem que um ser humano viveria depois de tantos golpes na cabeça. Tá bom, é cinema, mas poderiam ter dado mais veracidade a esses detalhes!
Mother - A Busca Pela Verdade
4.1 279Trama forte com temática interessante, mas não virou totalmente pra mim. Previsível demais.
O filme tem personagens sem foco e situações sem sentido, algumas situações não encaixaram e nem convenceram. De resto é interessante, com atuação brilhante da personagem da mãe. Um filme que desromantiza a maternidade perfeita desde cedo, vide a tentativa de assassinato do filho e o suicídio que não obtiveram sucesso. Se não fosse pelos erros de direção, furos no roteiro e algumas atuações fracas teria sido um grande filme.
De resto, mais um filme com características já marcantes do cinema coreano: vingança, sangue e algumas cenas até grotescas. E acredito que este filme tenha influenciado "Pietá" de Kim Ki Duk, embora o filme inspirado tenha sido bem superior.
Wild Animals
3.3 9Filme coreano, com trilha árabe, e acredito que o único de Kim Ki Duk com atores estrangeiros. Lembra "Amen" que viria anos depois. Mais um filme que mostra que a tal "Liberdade, igualdade e fraternidade" é só teoria. Interessante nesses aspectos, mas cansativo, o filme mais fraco deste diretor que julgo um dos melhores da atualidade.
Perfect Blue
4.3 815Filmão da porra disparamente! Roteiro impecável!
Meu terceiro anime, uma pena que os outros tenham me decepcionado um pouco. Trama psicológica e uma desconstrução do mundo do entretenimento. Foda. Favoritado!
Hachiko Monogatari
4.4 59Faltou explorar melhor a relação de Hachi e o dono. Embora eles tenham convivido pouco tempo juntos, senti falta de mostrar mais o carinho de ambos. E sim, deveriam ter informado no final do filme a estátua que foi erguida em homenagem a ele. De resto um filme belo sobre uma amizade linda e sincera. Impossível não se emocionar!