Tive uma boa experiência com o filme. Fui sem expectativa nenhuma e acabei envolvido na tensão que a montagem cria, sobretudo no ato final. Vi na tela grande, com um bom fone de ouvido. Fiquei completamente imerso. Falar mal das atuações me parece uma crítica improcedente... Não foi o que vi na tela... Dos críticos de YouTube que falaram sobre o filme eu estou mais no time da Natália Kreuser do que no time do PH Santos. Para mim é tranquilamente um dos melhores filmes policiais br dos últimos anos.
Acredito que o filme tem um impacto ainda maior para quem teve a satisfação de viver o tempo dos cinemas de rua. Sempre gostei muito de filmes mas só fui ao cinema pela primeira vez em 2019, já nessa estrutura de shoppings. Estar situado nos trabalhos do KMF e conhecer um pouco sobre cinema brasileiro e estadunidense aprofunda ainda mais a experiência. Quem é do Recife então mergulha numa catarse nostálgica. Para mim foi um exercício de descoberta poética, um encontro de águas entre o particular e o universal, um segmento de espaço e tempo em que a metalinguagem e a sensibilidade lírica deram as mãos. Quantas vezes não estive a divagar sobre os prédios velhos de minha cidade e as histórias que ali foram vividas. Cada parede pichada, com musgo, pintura embotada, também parecia me contar algo. Kleber sentiu a vida contida nesses totens urbanos, a vibração secreta do que já não há, os sussuros inaudíveis do ontem pressagiando a morte do hoje. Um filme a altura da filmografia desse diretor que é um dos mais notáveis realizadores brasileiros do último decênio. Assista Retratos Fantasmas como um medium recebendo o contato de uma vida passada. Seja gentil e compreenda a triste beleza desse diálogo.
Um belo filme que me arrancou lágrimas. Consegui me enxergar na mãe de Cocó várias vezes. Também me conectei com nossa protagonista infantil em sua busca por entender quem realmente é...
Não entendi a bronca de algumas pessoas com esse filme. Achei ótimo. Eu me diverti demais, me emocionei bastante. O filme conta com boas atuações, com reflexões interessantes, alívios cômicos bem funcionais, desenho de produção bem descolado... É o tipo de produção que sofre com a patrulha ideológica irracional dos dias de hoje: uma narrativa desprezada por uma militância de esquerda por não fechar todo o check-in de panfleto progressista e rejeitada por uma militância de direita por ser "politicamente correto", "filme pra turminha cirandeira"... cara, difícil assim... Derrapada adapta Slam, de Nick Hornby e aclimata o bem sucedido coming of age à dinâmica urbana do Rio de Janeiro, com passagens filmadas também em Minas Gerais. Pra mim que adoro ver as cidades nos filmes, entrar nos bairros, passear pelas ruas e praças através dos filmes, Derrapada foi um deleite.
Vi uma certa irregularidade de ritmo e de qualidade de direção mesmo... Desde o início sabia que o plot não me encantaria, mas estava realmente impressionado com a qualidade da produção, que a meu ver, começa bem mas se perde em sequências em que o aspecto de cinemão se desmantela em estética de novela das 19h... As atuações também vão caminhando para uma exaustão, um esvaziamento, uma automatismo... O roteiro é bobo, bobo do tipo que a gente aceita em uma diversão leve em um dia de bom humor... Mas confesso que me dá uma preguiça quando eu vejo tanto clichê reunido em um filme só... Uma pena...
O filme tem momentos interessantes, mas deixa transparecer suas fragilidades através de algumas atuações fracas, de sua montagem nem sempre instigante e de seu roteiro cheio de obviedades e soluções clichês... O desfecho me lembrou um pouco Nóis por Nóis, é o mesmo recurso super batido usado para resolver uma situação tensa de perigo iminente. Ainda assim não achei ruim, apenas penso que houve um desperdício de potencial aqui.
Filme da retomada, sempre citado nos livros que falam sobre esse período do audiovisual brasileiro. Consegui ver esses dias, a qualidade não era das melhores, mas deu pra tirar minhas impressões sobre essa fita. Notei um tom de artificialidade nos diálogos e nos cenários, sempre que apenas os ricos estavam em tela. Parecia tudo feito propositalmente para expressar a natureza "falsa" daquele núcleo familiar de abastados. Reparei que também as atuações flertam com o burlesco, mas senti que em parte, tratava-se mais de desempenho irregular nas interpretações do que marca estilística do filme. Algumas situações são engraçadas, outras absolutamente constrangedoras, entre elas as interações impróprias entre adultos e crianças que HOJE, seriam impraticáveis. Claro, vou me esquivar de julgar o filme por isso, lembrando que BR anos 90 é selva moral quando o assunto é entretenimento. Ademais, Antônio Calloni me parece convincente no seu papel, Cartaxo está funcional, mas parece um papel que ela já fez à exaustão. Maitê faz o que pode, mas o texto de sua personagem impõe um cinismo que às vezes se finge de bobo. Outras coisa que achei bem estranha: a trilha sonora cheia de forrozão noventista, quase sempre tocando no carro do abastado Vitório rsrsrs não captei a intenção, mas não me pareceu fazer muito sentido. Enfim, entre erros e acertos, descontadas as particularidades técnicas e culturais/éticas do momento, 16060 é um bom filme, quase um protótipo de Parasita. Em algumas passagens o filme vai te perder, pra logo em seguida te pescar de novo. Recomendo sim!
Visualmente estonteante... Já o roteiro me pareceu genérico... Ainda sim me diverti e aplaudi o filme ao fim da sessão. Vale a pena gastar seu tempo? Na minha opinião vale sim. É só controlar um pouco as expectativas 😛
Bem legalzim rsrs Filme leve e divertido O protagonista parece uma mistura de Ted Mosby com qualquer personagem imbecil do Adam Sandler rsrs... Há momentos em que a trama perde o ritmo, se torna previsível demais, mas ainda sim consegue proporcionar boas risadas.
Mais um bom filme nacional da temporada passada. Felizmente minhas últimas 3 experiências com filmes Br 2022 foram muito boas. No filme em questão, acompanhamos a menina Tati que vive com a mãe Andreia no Morro dos Prazeres. A garota anseia conhecer o pai Jaca, que está de saída da cadeia após cumprir longa pena. O pano de fundo da trama é justamente aquele período de olimpíadas no Brasil, implantação de upps e a bagaça toda. Diferentemente de outros favela-movies não temos aqui um fetiche da violência... Afinal, quando Jaca passa a ser a figura central que acompanhamos, vemos a figura de um homem em processo de se "pacificar", embora tragado para o mundo do crime contra a sua vontade e por força de questões urgentes... Nesse sentido, acho o personagem de Jaca interessantíssimo. Houve uma mudança moral após a pena ou nosso personagem apenas tem medo de retornar a cadeia. Jaca mudou? Tornou-se um homem sem coragem? Por que não enfrenta Nelson para retomar o controle da comunidade? É preciso reconhecer também a beleza de alguns planos: Tati correndo na praia durante um foguetório, Jaca subindo as escadarias com uma geladeira nas costas... Pacificado é um deslumbre aos olhos. Vencedor de 3 prêmios no Festival de San Sebastian, o filme de Paxton Winters não é, como afirmaram simploriamente alguns críticos, uma visão estrangeira e exotificada do nosso povo e dos nossos problemas. Paxton morou no Morro dos Prazeres por quase uma década, estudou a comunidade, se integrou a ela e decidiu representá-la para além da violência, mas sem negligenciar as denúncias necessárias. Nota 8
Acho que o filme tinha muito potencial, mas desperdiçou no meio do caminho, seja pela condução de um diretor inexperiente em longas, seja pelo roteiro que concebeu momentos que dispersam um pouco a história, seja pela edição que às vezes deixa tudo arrastado ou acelerado demais. Não acho que o problema sejam as atuações, não estão ruins... Ainda sim, entre um ou outro segmento dispensável, há passagens inesquecíveis que vão te fazer rir e reavaliar o filme dentro do contexto de produção dele. Já tem meu carinho por ter me apresentado a música Eu sei de Tudo, da Rosemary... O momento em que a música entra na trilha é perfeito.
Adorei Fogaréu!!! A decepção que tive com outros títulos nacionais de 2022 foi de certa forma exorcizada com essa experiência complexa de Fogaréu: há um ar de mistério familiar que encontra ecos em problemas ancestrais, a cidade e o indivíduo, ligados pelas suas idiossincrasias, pelos seus afetos e pelos seus crimes. A Bárbara Cohen faz a personagem Fernanda, de volta a casa da família de onde sua mãe Cecília fugiu há muito tempo. Fernanda está de volta à cidade para enterrar as cinzas da mãe, checar o que lhe cabe de herança, investigar suas origens. A jornada de Fernanda revelará absurdos, abusos, máculas do tipo que uma família vive de esconder nos porões da memória. Palmas!!!! O cinema nacional acertou em cheio mais uma vez!!!
Fui com uma outra expectativa para o filme e tive uma experiência ruim. Fiquei triste porque estava muito ansioso por Mato Seco em Chamas. Mais adiante eu verei novamente o filme para ter certeza dessas impressões ruins ou se a decepção por não ter visto o filme que eu esperava pesou no meu julgamento.
Vale pelas sequências em que a Marcelia interage com todo tipo de gente a procura de seu filho... Infelizmente não gostei tanto quanto esperava gostar... Acho que houve aqui um desperdício de potencial muito grande... Direção equivocada, montagem equivocada... O filme tinha tudo para nos envolver no mistério do sumiço de Valdo, mas não consegue entregar a revelação em doses graduais ao público... Talvez haja quem argumente que a intenção do diretor era mostrar que esses episódios se dão na completa frieza e indiferença de um mundo cão.... Mas ainda sim a ferramentaria usada para transmitir isso deixou a desejar no filme.
Acho um tremendo surto coletivo desse pessoal que faz críticas de cinema no youtube considerar esse filme ruim... Sério mesmo... A quantidade de canais que acompanho e que fizeram vídeos "cheios de dedos" sobre The Whale, quase em uníssono reclamando de uma má representação da pessoa com obesidade mórbida, como se toda história de um indivíduo fosse a história de toda uma categoria, toda uma coletividade... Não tenho paciência para exercícios de militância vazios. Para mim, The Whale poderia estar facilmente entre os títulos selecionados para a categoria de Melhor Filme, de preferência no lugar do verborrágico, arrastado e implausível Women Talking... Mas todo mundo tem que elogiar o filme da Sarah Polley pra não parecer misógino... todo mundo tem que falar mal de The Whale para não parecer gordofóbico... gente, o que é isso? Na minha percepção, quanto mais os detalhes do filme são justapostos à narrativa de Moby Dick, mais genial me parece o filme do Aronofsky...
Inicialmente eu não tinha avaliado tão bem quanto o filme merece... Mas depois de um tempo de reflexão, acho que, os elementos melodramáticos se comunicam tão bem com o público amplo que parei de me aborrecer... O público de cinema br será sempre muito reduzido se apenas filmes de arte forem produzidos... Também é verdade que filmes muito popularescos, comédias sem graça, parecendo esquetes de tv, não tem lá muito a somar e afastam tbm uma parte do público... Contudo, fazer filmes com aberturas para essas diferentes plateias pode fazer o cinema nacional recuperar parte do público perdido... Acho que esse filme tem algo disso... É uma produção muito acima da média, com boas atuações, diálogos interessantes, com uma certa substância da teledramaturgia brasileira, não muita, mas com um quê dessa tradição narrativa da tv brasileira capaz de engajar o público amplo.
Filme pesado, com uma grande atuação da Ana de Armas digna de indicação ao Oscar. Acho que julgam o filme menos pelo que ele é e mais pelo que deveria ser... Os exageros e as cenas desnecessárias existem? Sim, existem... Mas para a atmosfera geral do filme, que em alguns momentos beira o horror, as escolhas estéticas do diretor não me pareceram tão ruins como a crítica tem falado.
Olha, bem mediano... E para mim é injustificável Brian Tyree Henry (e até mesmo o próprio Judd Hirsch) no lugar de Paul Dano na categoria Melhor Ator Coadjuvante. Mas falando sobre Causeway, o filme parece levar a lugar nenhum. Com poucos momentos de brilho, a própria Jennifer está insossa no papel de Lynsey... Mais um desses filmes dispensáveis que a maratona do Oscar 2023 acaba colocando a gente para assistir :/
Não gostei do filme, pra ser bem sincero... Achei de uma letargia petrificante... Há uma ou outra boa cena, mas o todo do filme é a cara de um oscar bait mal sucedido...
Tive uma conexão linda com esse filme... A verdade é que ele exige uma certa dose de indulgência para com as decisões de roteiro simplórias... Ainda sim, o tom mais grave, a adaptação da origem do Namor, a beleza dos cenários, do figurino... Foi o melhor filme da Marvel que vi nos últimos anos ( o que não quer dizer tanta coisa, haja vista a quantidade de filmes ruins que sucederam Ultimato.) Achei que meu ranço pela Letitia Wright falaria mais alto, mas consegui torcer por ela e me envolver com sua jornada. Pra ser muito sincero eu não havia curtido muito o Pantera Negra (2018), tanto que pretendo rever para averiguar se mantenho a opinião da época. Wakanda Forever eu assisti sem nenhuma expectativa e acabei gostando da experiência...
A Menina que Matou os Pais: A Confissão
3.1 218 Assista AgoraTive uma boa experiência com o filme. Fui sem expectativa nenhuma e acabei envolvido na tensão que a montagem cria, sobretudo no ato final. Vi na tela grande, com um bom fone de ouvido. Fiquei completamente imerso. Falar mal das atuações me parece uma crítica improcedente... Não foi o que vi na tela... Dos críticos de YouTube que falaram sobre o filme eu estou mais no time da Natália Kreuser do que no time do PH Santos. Para mim é tranquilamente um dos melhores filmes policiais br dos últimos anos.
Coração de Neon
3.0 9O filme tem um visual muito bonito, mas tem um roteiro desastroso... há um exagero nas inserções musicais que empobrece a trama...
Retratos Fantasmas
4.2 231 Assista AgoraAcredito que o filme tem um impacto ainda maior para quem teve a satisfação de viver o tempo dos cinemas de rua. Sempre gostei muito de filmes mas só fui ao cinema pela primeira vez em 2019, já nessa estrutura de shoppings. Estar situado nos trabalhos do KMF e conhecer um pouco sobre cinema brasileiro e estadunidense aprofunda ainda mais a experiência. Quem é do Recife então mergulha numa catarse nostálgica. Para mim foi um exercício de descoberta poética, um encontro de águas entre o particular e o universal, um segmento de espaço e tempo em que a metalinguagem e a sensibilidade lírica deram as mãos. Quantas vezes não estive a divagar sobre os prédios velhos de minha cidade e as histórias que ali foram vividas. Cada parede pichada, com musgo, pintura embotada, também parecia me contar algo. Kleber sentiu a vida contida nesses totens urbanos, a vibração secreta do que já não há, os sussuros inaudíveis do ontem pressagiando a morte do hoje. Um filme a altura da filmografia desse diretor que é um dos mais notáveis realizadores brasileiros do último decênio. Assista Retratos Fantasmas como um medium recebendo o contato de uma vida passada. Seja gentil e compreenda a triste beleza desse diálogo.
20.000 Espécies de Abelhas
4.1 13Um belo filme que me arrancou lágrimas. Consegui me enxergar na mãe de Cocó várias vezes. Também me conectei com nossa protagonista infantil em sua busca por entender quem realmente é...
Derrapada
3.2 2Não entendi a bronca de algumas pessoas com esse filme. Achei ótimo. Eu me diverti demais, me emocionei bastante. O filme conta com boas atuações, com reflexões interessantes, alívios cômicos bem funcionais, desenho de produção bem descolado... É o tipo de produção que sofre com a patrulha ideológica irracional dos dias de hoje: uma narrativa desprezada por uma militância de esquerda por não fechar todo o check-in de panfleto progressista e rejeitada por uma militância de direita por ser "politicamente correto", "filme pra turminha cirandeira"... cara, difícil assim...
Derrapada adapta Slam, de Nick Hornby e aclimata o bem sucedido coming of age à dinâmica urbana do Rio de Janeiro, com passagens filmadas também em Minas Gerais. Pra mim que adoro ver as cidades nos filmes, entrar nos bairros, passear pelas ruas e praças através dos filmes, Derrapada foi um deleite.
Perdida
3.1 69Vi uma certa irregularidade de ritmo e de qualidade de direção mesmo... Desde o início sabia que o plot não me encantaria, mas estava realmente impressionado com a qualidade da produção, que a meu ver, começa bem mas se perde em sequências em que o aspecto de cinemão se desmantela em estética de novela das 19h... As atuações também vão caminhando para uma exaustão, um esvaziamento, uma automatismo... O roteiro é bobo, bobo do tipo que a gente aceita em uma diversão leve em um dia de bom humor... Mas confesso que me dá uma preguiça quando eu vejo tanto clichê reunido em um filme só... Uma pena...
Ódio
3.7 32 Assista AgoraOnde consigo ver esse?
O Homem Cordial
3.2 17 Assista AgoraO filme tem momentos interessantes, mas deixa transparecer suas fragilidades através de algumas atuações fracas, de sua montagem nem sempre instigante e de seu roteiro cheio de obviedades e soluções clichês... O desfecho me lembrou um pouco Nóis por Nóis, é o mesmo recurso super batido usado para resolver uma situação tensa de perigo iminente. Ainda assim não achei ruim, apenas penso que houve um desperdício de potencial aqui.
Dezesseis Zero Sessenta
3.7 6Filme da retomada, sempre citado nos livros que falam sobre esse período do audiovisual brasileiro. Consegui ver esses dias, a qualidade não era das melhores, mas deu pra tirar minhas impressões sobre essa fita. Notei um tom de artificialidade nos diálogos e nos cenários, sempre que apenas os ricos estavam em tela. Parecia tudo feito propositalmente para expressar a natureza "falsa" daquele núcleo familiar de abastados. Reparei que também as atuações flertam com o burlesco, mas senti que em parte, tratava-se mais de desempenho irregular nas interpretações do que marca estilística do filme. Algumas situações são engraçadas, outras absolutamente constrangedoras, entre elas as interações impróprias entre adultos e crianças que HOJE, seriam impraticáveis. Claro, vou me esquivar de julgar o filme por isso, lembrando que BR anos 90 é selva moral quando o assunto é entretenimento. Ademais, Antônio Calloni me parece convincente no seu papel, Cartaxo está funcional, mas parece um papel que ela já fez à exaustão. Maitê faz o que pode, mas o texto de sua personagem impõe um cinismo que às vezes se finge de bobo. Outras coisa que achei bem estranha: a trilha sonora cheia de forrozão noventista, quase sempre tocando no carro do abastado Vitório rsrsrs não captei a intenção, mas não me pareceu fazer muito sentido. Enfim, entre erros e acertos, descontadas as particularidades técnicas e culturais/éticas do momento, 16060 é um bom filme, quase um protótipo de Parasita. Em algumas passagens o filme vai te perder, pra logo em seguida te pescar de novo. Recomendo sim!
Homem-Aranha: Através do Aranhaverso
4.3 524 Assista AgoraVisualmente estonteante... Já o roteiro me pareceu genérico... Ainda sim me diverti e aplaudi o filme ao fim da sessão. Vale a pena gastar seu tempo? Na minha opinião vale sim. É só controlar um pouco as expectativas 😛
Incompatível
3.1 13 Assista AgoraBem legalzim rsrs
Filme leve e divertido
O protagonista parece uma mistura de Ted Mosby com qualquer personagem imbecil do Adam Sandler rsrs... Há momentos em que a trama perde o ritmo, se torna previsível demais, mas ainda sim consegue proporcionar boas risadas.
Pacificado
3.4 17 Assista AgoraMais um bom filme nacional da temporada passada. Felizmente minhas últimas 3 experiências com filmes Br 2022 foram muito boas. No filme em questão, acompanhamos a menina Tati que vive com a mãe Andreia no Morro dos Prazeres. A garota anseia conhecer o pai Jaca, que está de saída da cadeia após cumprir longa pena. O pano de fundo da trama é justamente aquele período de olimpíadas no Brasil, implantação de upps e a bagaça toda. Diferentemente de outros favela-movies não temos aqui um fetiche da violência... Afinal, quando Jaca passa a ser a figura central que acompanhamos, vemos a figura de um homem em processo de se "pacificar", embora tragado para o mundo do crime contra a sua vontade e por força de questões urgentes... Nesse sentido, acho o personagem de Jaca interessantíssimo. Houve uma mudança moral após a pena ou nosso personagem apenas tem medo de retornar a cadeia. Jaca mudou? Tornou-se um homem sem coragem? Por que não enfrenta Nelson para retomar o controle da comunidade?
É preciso reconhecer também a beleza de alguns planos: Tati correndo na praia durante um foguetório, Jaca subindo as escadarias com uma geladeira nas costas... Pacificado é um deslumbre aos olhos. Vencedor de 3 prêmios no Festival de San Sebastian, o filme de Paxton Winters não é, como afirmaram simploriamente alguns críticos, uma visão estrangeira e exotificada do nosso povo e dos nossos problemas. Paxton morou no Morro dos Prazeres por quase uma década, estudou a comunidade, se integrou a ela e decidiu representá-la para além da violência, mas sem negligenciar as denúncias necessárias. Nota 8
Pacificado
3.4 17 Assista AgoraEstreia no Star+ em 24/05
Pelo menos já temos uma data 🙏🏾
Serial Kelly
2.8 51Acho que o filme tinha muito potencial, mas desperdiçou no meio do caminho, seja pela condução de um diretor inexperiente em longas, seja pelo roteiro que concebeu momentos que dispersam um pouco a história, seja pela edição que às vezes deixa tudo arrastado ou acelerado demais. Não acho que o problema sejam as atuações, não estão ruins... Ainda sim, entre um ou outro segmento dispensável, há passagens inesquecíveis que vão te fazer rir e reavaliar o filme dentro do contexto de produção dele. Já tem meu carinho por ter me apresentado a música Eu sei de Tudo, da Rosemary... O momento em que a música entra na trilha é perfeito.
Fogaréu
3.4 22Adorei Fogaréu!!! A decepção que tive com outros títulos nacionais de 2022 foi de certa forma exorcizada com essa experiência complexa de Fogaréu: há um ar de mistério familiar que encontra ecos em problemas ancestrais, a cidade e o indivíduo, ligados pelas suas idiossincrasias, pelos seus afetos e pelos seus crimes. A Bárbara Cohen faz a personagem Fernanda, de volta a casa da família de onde sua mãe Cecília fugiu há muito tempo. Fernanda está de volta à cidade para enterrar as cinzas da mãe, checar o que lhe cabe de herança, investigar suas origens. A jornada de Fernanda revelará absurdos, abusos, máculas do tipo que uma família vive de esconder nos porões da memória.
Palmas!!!! O cinema nacional acertou em cheio mais uma vez!!!
Mato Seco em Chamas
3.7 24 Assista AgoraFui com uma outra expectativa para o filme e tive uma experiência ruim. Fiquei triste porque estava muito ansioso por Mato Seco em Chamas. Mais adiante eu verei novamente o filme para ter certeza dessas impressões ruins ou se a decepção por não ter visto o filme que eu esperava pesou no meu julgamento.
A Mãe
3.7 13Vale pelas sequências em que a Marcelia interage com todo tipo de gente a procura de seu filho... Infelizmente não gostei tanto quanto esperava gostar... Acho que houve aqui um desperdício de potencial muito grande... Direção equivocada, montagem equivocada... O filme tinha tudo para nos envolver no mistério do sumiço de Valdo, mas não consegue entregar a revelação em doses graduais ao público... Talvez haja quem argumente que a intenção do diretor era mostrar que esses episódios se dão na completa frieza e indiferença de um mundo cão.... Mas ainda sim a ferramentaria usada para transmitir isso deixou a desejar no filme.
A Baleia
4.0 1,0K Assista AgoraAcho um tremendo surto coletivo desse pessoal que faz críticas de cinema no youtube considerar esse filme ruim... Sério mesmo... A quantidade de canais que acompanho e que fizeram vídeos "cheios de dedos" sobre The Whale, quase em uníssono reclamando de uma má representação da pessoa com obesidade mórbida, como se toda história de um indivíduo fosse a história de toda uma categoria, toda uma coletividade... Não tenho paciência para exercícios de militância vazios.
Para mim, The Whale poderia estar facilmente entre os títulos selecionados para a categoria de Melhor Filme, de preferência no lugar do verborrágico, arrastado e implausível Women Talking... Mas todo mundo tem que elogiar o filme da Sarah Polley pra não parecer misógino... todo mundo tem que falar mal de The Whale para não parecer gordofóbico... gente, o que é isso?
Na minha percepção, quanto mais os detalhes do filme são justapostos à narrativa de Moby Dick, mais genial me parece o filme do Aronofsky...
Praia do Futuro
3.4 935 Assista AgoraApenas o ato final conseguiu minha atenção... Senti o ritmo muito morno... Talvez seja o filme do Karim que menos gostei.
Última Parada 174
3.5 601Inicialmente eu não tinha avaliado tão bem quanto o filme merece... Mas depois de um tempo de reflexão, acho que, os elementos melodramáticos se comunicam tão bem com o público amplo que parei de me aborrecer... O público de cinema br será sempre muito reduzido se apenas filmes de arte forem produzidos... Também é verdade que filmes muito popularescos, comédias sem graça, parecendo esquetes de tv, não tem lá muito a somar e afastam tbm uma parte do público... Contudo, fazer filmes com aberturas para essas diferentes plateias pode fazer o cinema nacional recuperar parte do público perdido... Acho que esse filme tem algo disso... É uma produção muito acima da média, com boas atuações, diálogos interessantes, com uma certa substância da teledramaturgia brasileira, não muita, mas com um quê dessa tradição narrativa da tv brasileira capaz de engajar o público amplo.
Blonde
2.6 443 Assista AgoraFilme pesado, com uma grande atuação da Ana de Armas digna de indicação ao Oscar. Acho que julgam o filme menos pelo que ele é e mais pelo que deveria ser... Os exageros e as cenas desnecessárias existem? Sim, existem... Mas para a atmosfera geral do filme, que em alguns momentos beira o horror, as escolhas estéticas do diretor não me pareceram tão ruins como a crítica tem falado.
Passagem
3.3 113 Assista AgoraOlha, bem mediano... E para mim é injustificável Brian Tyree Henry (e até mesmo o próprio Judd Hirsch) no lugar de Paul Dano na categoria Melhor Ator Coadjuvante.
Mas falando sobre Causeway, o filme parece levar a lugar nenhum. Com poucos momentos de brilho, a própria Jennifer está insossa no papel de Lynsey... Mais um desses filmes dispensáveis que a maratona do Oscar 2023 acaba colocando a gente para assistir :/
Império da Luz
3.3 65 Assista AgoraNão gostei do filme, pra ser bem sincero... Achei de uma letargia petrificante... Há uma ou outra boa cena, mas o todo do filme é a cara de um oscar bait mal sucedido...
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
3.5 799 Assista AgoraTive uma conexão linda com esse filme... A verdade é que ele exige uma certa dose de indulgência para com as decisões de roteiro simplórias... Ainda sim, o tom mais grave, a adaptação da origem do Namor, a beleza dos cenários, do figurino... Foi o melhor filme da Marvel que vi nos últimos anos ( o que não quer dizer tanta coisa, haja vista a quantidade de filmes ruins que sucederam Ultimato.)
Achei que meu ranço pela Letitia Wright falaria mais alto, mas consegui torcer por ela e me envolver com sua jornada. Pra ser muito sincero eu não havia curtido muito o Pantera Negra (2018), tanto que pretendo rever para averiguar se mantenho a opinião da época. Wakanda Forever eu assisti sem nenhuma expectativa e acabei gostando da experiência...