Uma série de fatores contribui para o fracasso de Quantum of Solace: falta de um roteiro de qualidade, em parte pela crise dos roteiristas de Hollywood, a expectativa após Cassino Royale e Marc Foster, que apesar do bom "Mais estranho que a ficção" tem sua filmografia marcada por filmes de medianos para baixo.
Serenity é uma obra no estilo de 5º elemento e Cowboy Bebop. A personagem River lembrando a de Milla Jovovich como a inocente mulher no centro de grandes planos em um mundo sci-fi e as lutas e os elementos western fazem de Serenity uma obra se não tão boa quanto o anime japonês, pelo menos boa o bastante.
Zack Snyder é conhecido por fazer filmes baseados em história pré-existentes como Watchmen ou Madrugada dos mortos, e é bem sucedido neles, por criar filmes esteticamente interessantes, e com excelentes trilhas sonoras. Porém sua grande limitação é como roteirista, e em Sucker Punch ao criar diversas camadas de realidade ele fracassa retumbantemente ao eliminar totalmente a tensão e relevância das cenas apresentadas no que deveria ser as cenas mais marcantes. Assim esse é seu pior filme, e uma das piores experiências cinematográficas que já tive.
Jason Segel é o autor do roteiro deste filme super formulaico em que ele mesmo estrela e todo mundo sabe o fim no momento em que a personagem de Mila Kunis é introduzida. Talvez o filme funcione como realização de uma fantasia de ter duas mulheres muito bonitas interessada em você. Porém o humor não funciona (inclusive plantando a ideia do personagem de Russell Brand utilizar algum tóxico e fazer algo engraçado), e a parte musical é ainda pior. Estava atras desse filme por ter gostado bastante de "Good Place" e "Fim da Turnê", estrelados respectivamente por Kristen Bell e Segel, mas só me decepcionei.
Jack Ryan é a franquia bem sucedida o bastante para que Hollywood continue fazendo filmes do personagem, mas sem ser bem sucedida o bastante para que mantenha pelo menos o ator principal (que já foi Harrison Ford, Ben Affleck e aqui é Chris Pine). Desta vez esse amontoado de clichês só surpreende ao vermos Keira Knightley em um filme que não seja de época.
Nos anos 90, uma das tendências de Hollywood era adaptar antigos seriados de televisão dos anos 50 a 70 com grandes estrelas contemporâneas: Christopher Lloyd em "Família Adams", Harrison Ford em "O fugitivo", Tom Cruise em "MIssão impossível" e aqui temos Val Kilmer no papel principal de "O santo" série britânica dos anos 60 estrelada por Roger Moore. O personagem de Val Kilmer realmente é um personagem interessante de se acompanhar, já que vive se disfarçando. Uma escolha que Kilmer fez ao recusar continuando interpretando o papel de Batman, que também teve um filme lançado em 97. Assim, O Santo não é o melhor que os gêneros de ação e espionagem tem a oferecer, mas também nada tão ruim com "Batman e Robin".
Se dependesse dos principais envolvidos no filme, esse remake seria mais uma comédia que não funciona para todo mundo da dupla Paul Feig e Melissa McCarthy (que juntos fizeram Missão Madrinha de Casamento e A Espiã que Sabia de Menos, ambos melhores que Caça-Fantasmas). Porém o que salvou do total fracasso foi a descoberta do talento cômico de Chris Hemsworth que até então era apenas um herói em filmes de ação, e desde 2016 vem estrelando em filmes que podem ser considerados comédias com Thor: Ragnarok, ou sendo alívio cômico nos filmes dos Vingadores onde é relegado a coadjuvante.
Apesar de gostar bastante do filme, alguns características dele o colocam abaixo de outras melhores envolvendo viagem do tempo, esse subgênero da ficção científica: 1-Bruce Willis e Gordon-Levitt não se parecem nem um pouco. 2-A tecnologia do futuro além de fazer a pessoa viajar no tempo, também faz ela viajar no espaço? Caso a resposta seja positiva como entendi, ela abriria espaço para usos bem mais interessantes do que o filme faz dela, o que me parece um bom resumo da obra como um todo: um boa ideia, não suficientemente bem trabalhada.
Apesar do excelente final do filme, seu começo e meio são desfocados e arrastados demais para que o filme seja considerado impecável. A temática relevante das relações raciais nos EUA, em particular da comunidade negra e a polícia, é o que torna o filme relevante, embora não tão bom como obra de entretenimento, principalmente quando se sabe da polêmica envolvendo Spike Lee e Rosie Perez.
Em "Até o último homem" fanático religioso Mel Gibson nos traz um filme para exaltar o fanático religioso Desmond Doss. Alguém dividido entre querer a glória militar e seguir seus preceitos religiosos. E em vez de resolver seu conflito interno ele decide que o mundo deve se curvar a suas vontades, e que assim o sistema tem que se adequar a sua visão de mundo, sendo que no mundo real o que geralmente acontece é o contrário. Assim o personagem principal deveria perder a simpatia do público. O que aparentemente pela recepção que o filme recebeu não ocorreu. Outro ponto negativo é a presença de Vince Vaughn que não convence em seu papel de instrutor para quem já viu obras similares melhores como "Nascido para Matar".
Talvez a leitura mais interessante que já fiz de Pulp Fiction seja quanto a classificação de seu gênero. Geralmente classificado dentro do gênero de gangster, prefiro a interpretação como neo-noir em que Mia Wallace seria a "femme fatale" (um dos arquétipos mais famosos do gênero), e tanto Vincent quanto Butch os investigadores em seus respectivos capítulos. Porém ao contrário dos noirs clássicos em que a sexualidade feminina é a fonte da derrocada moral dos personagens moralmente ambíguos. Aqui nos anos 90 temos não mais a mulher super elegante como objeto dos protagonistas masculinos, mas Mia é apenas mais uma personagem corroída pelo submundo do crime de Los Angeles como todos os demais. E bem como seguindo a tradição do noir de ser esteticamente interessante, ou seja altamente estilizado, Tarantino produz talvez o mais estilizado de seus filmes (com certeza o com diálogos mais memoráveis pelo menos).
Filme excelente para quem gosta de sapateado, caretas e ironia. O momento mais irônico é saber que enquanto a personagem de Debbie Reynolds canta no lugar de Lina Lamont, a própria Reynolds era substituída nas canções "Would you" e "Yuo are my lucky star", ou seja, em um filme que critica a falsidade de Hollywood (seu falsos relacionamentos, suas falsas biografias, e na era de ouro de Hollywood, até os nomes dos artistas eram falsos) temos um exemplo claro dessa mesma falsidade. Embora mesmo assim tenha boas piadas, ótimas músicas e uma das cenas mais icônicas do cinema não à toa (Gene Kelly abraçado ao poste de luz).
Embora os alunos de Harvard gostem de pensar que o traço mais marcante dos alunos de lá seja sua inteligência, este é apenas o segundo que chama mais a atenção, logo atras de sempre te lembrarem que lá estudaram. Erich Segal, o roteirista de Love Story, como bom aluno de Harvard escreveu seu romance com um protagonista oriundo da mesma escola, e de origem da elite WASP (branco, anglo-saxão e protestante), que se apaixona por uma jovem de origem social mais baixa e tem como principal conflito no filme que adapta seu romance renegar o contato e fortuna de seu pai, até o momento em que as coisas dificultam e ele corre atrás da ajuda paterna.
"No Tempo das Diligências" se mantém relevante pelo seu valor histórico, mesmo que seu valor de entretenimento tenha diminuído devido ao lançamento de várias obras de maior qualidade nesse quesito por outros diretores e até pelo próprio John Ford.
Filme tão fraco pela superficialidade que aborda o tema da relação entre arte, crítica e sua comodificação que me faz até reavaliar sua antiga obra "O abutre" que entrega o que pretende devido grande atuação de Jake Gyllenhaal, mas que em perspectiva é só mais uma crítica ao sensacionalismo da mídia. Porém em Velvet Buzzsaw nem as atuações de atores talentosos conseguem disfarçar a falta de profundidade e originalidade da obra.
Filme besta, descompromissado, leve e divertido. Não vai mudar a vida de ninguém, mas quem tem simpatia pelos atores ou nostalgia pelos anos 90 pode se divertir com John Travolta.
Em minha leitura Charlie Kaufman fez um filme sobre o efeito da passagem do tempo na vida humana que pode ser visto como melancólico ("quanto mais você conhece alguém, mais ela te desaponta"- assim quem mais te desapontaria seria você mesmo, desde que encare sua vida com honestidade) ou bem inspirador com a mensagem sobre a importância da vida humana e de como cada vida importa, por sermos seres únicos e insubstituíveis, e por isso ele explora a dor de ser usado por outra pessoa, bem como de ser substituído por alguém.
Em seu 9º filme Quentin Tarantino nos apresenta uma carta de amor a Hollywood dos anos 60 (a Sharon Tate, Bruce Lee e os western spaghetti) bem como uma reflexão sobre amizade, envelhecimento e sobre fim de uma era. Enquanto na história apresentada na tela, Leonardo DiCaprio vive um ator decadente conhecido por seu papel como um caubói em um programa de televisão enquanto grava um episódio de um novo seriado e pondera ir gravar filmes na Itália. É impossível conhecer o contexto desse filme e não pensar em como Tarantino vive uma situação parecida com a de Rick Dalton, provavelmente não atingirá o impacto social e premiações dos tempos de Pulp Fiction, e como a era dos westerns chegou ao fim, a era de diretores autorais como Quentin parece estar chegando ao fim com a ascensão de produtores muito poderosos como Kevin Feige e Kathleen Kennedy tendo a palavra final em filmes de grande orçamento.
Duas horas de Alicia Vikander correndo e pulando, com um roteiro "inspirado" por Indiana Jones e a última cruzada, com seus temas de pai e filho exploradores de artefatos históricos e com um humor que não funciona.
"Um homem que enxerga o mundo aos 50 anos da mesma forma que aos 20 perdeu 30 anos de sua vida" Muhammad Ali
A frase de Ali encapsula bem minha frustração com UP. O protagonista ter o mesmo sonho na velhice que juventude me parece bem pouco irreal e menos ainda desejável. Principalmente pelo seu sonho ser um explorador a la Indiana Jones, o que pode até ser admirado pelas potências imperialistas, mas que nós de países que tem suas riquezas roubadas para serem expostas em museus devemos se mais críticos a essas ambições. Assim começando o filme já bem frustrado e com dois personagens desagradáveis não consegui desfrutar a jornada oferecida pela Pixar.
Spielberg criou Indiana Jones após ter sido recusado para dirigir um filme de James Bond. Como uma resposta americana ao famoso espião britânico, sempre me surpreende como ele é bem quisto mesmo sendo covarde (atira no adversário com a faca) e incompetente (não impede os nazistas de obterem a arca). Talvez para que hoje o personagem funcionasse devido um motivo além de nostalgia seria como uma sátira ao imperialismo. [spoiler][/spoiler]
A melhor parte do filme para mim foi no momento quando os personagens do filme reconheceram como Marisa Tomei é uma melhor bonita para idade. Odeio quando escalam atores ou atrizes bonitas e ninguém na história reconhece isso, ou ainda o tratam como uma pessoa feia. Bem como quando o personagem tem que ser super atraente e não são. Após ao que mais me agradou, o que não me agradou foram como o vilão não foi nenhum pouco ameaçador, já que não tem super poderes, enquanto Peter tem. O romance não foi bem desenvolvido e totalmente descartado com a apresentação de Mary Jane ao fim, e quem conhece minimamente o personagem compreende sua importância para ele. Além do arco de Peter de deixar de ser irresponsável é muito frustrante, bem como ausência do Tio Ben que é tão central como bússola moral de seu sobrinho. Bem como o aranha se aliar aos ultra ricos contra a classe trabalhadora ser contrário a essência do protagonista.
007: Quantum of Solace
3.4 683 Assista AgoraUma série de fatores contribui para o fracasso de Quantum of Solace: falta de um roteiro de qualidade, em parte pela crise dos roteiristas de Hollywood, a expectativa após Cassino Royale e Marc Foster, que apesar do bom "Mais estranho que a ficção" tem sua filmografia marcada por filmes de medianos para baixo.
Serenity: A Luta pelo Amanhã
3.4 200 Assista AgoraSerenity é uma obra no estilo de 5º elemento e Cowboy Bebop. A personagem River lembrando a de Milla Jovovich como a inocente mulher no centro de grandes planos em um mundo sci-fi e as lutas e os elementos western fazem de Serenity uma obra se não tão boa quanto o anime japonês, pelo menos boa o bastante.
Sucker Punch: Mundo Surreal
3.4 3,1K Assista AgoraZack Snyder é conhecido por fazer filmes baseados em história pré-existentes como Watchmen ou Madrugada dos mortos, e é bem sucedido neles, por criar filmes esteticamente interessantes, e com excelentes trilhas sonoras.
Porém sua grande limitação é como roteirista, e em Sucker Punch ao criar diversas camadas de realidade ele fracassa retumbantemente ao eliminar totalmente a tensão e relevância das cenas apresentadas no que deveria ser as cenas mais marcantes. Assim esse é seu pior filme, e uma das piores experiências cinematográficas que já tive.
Ressaca de Amor
3.0 442 Assista AgoraJason Segel é o autor do roteiro deste filme super formulaico em que ele mesmo estrela e todo mundo sabe o fim no momento em que a personagem de Mila Kunis é introduzida. Talvez o filme funcione como realização de uma fantasia de ter duas mulheres muito bonitas interessada em você. Porém o humor não funciona (inclusive plantando a ideia do personagem de Russell Brand utilizar algum tóxico e fazer algo engraçado), e a parte musical é ainda pior. Estava atras desse filme por ter gostado bastante de "Good Place" e "Fim da Turnê", estrelados respectivamente por Kristen Bell e Segel, mas só me decepcionei.
Operação Sombra - Jack Ryan
3.1 322 Assista AgoraJack Ryan é a franquia bem sucedida o bastante para que Hollywood continue fazendo filmes do personagem, mas sem ser bem sucedida o bastante para que mantenha pelo menos o ator principal (que já foi Harrison Ford, Ben Affleck e aqui é Chris Pine). Desta vez esse amontoado de clichês só surpreende ao vermos Keira Knightley em um filme que não seja de época.
O Santo
3.2 88Nos anos 90, uma das tendências de Hollywood era adaptar antigos seriados de televisão dos anos 50 a 70 com grandes estrelas contemporâneas: Christopher Lloyd em "Família Adams", Harrison Ford em "O fugitivo", Tom Cruise em "MIssão impossível" e aqui temos Val Kilmer no papel principal de "O santo" série britânica dos anos 60 estrelada por Roger Moore.
O personagem de Val Kilmer realmente é um personagem interessante de se acompanhar, já que vive se disfarçando. Uma escolha que Kilmer fez ao recusar continuando interpretando o papel de Batman, que também teve um filme lançado em 97. Assim, O Santo não é o melhor que os gêneros de ação e espionagem tem a oferecer, mas também nada tão ruim com "Batman e Robin".
Caça-Fantasmas
3.2 1,3K Assista AgoraSe dependesse dos principais envolvidos no filme, esse remake seria mais uma comédia que não funciona para todo mundo da dupla Paul Feig e Melissa McCarthy (que juntos fizeram Missão Madrinha de Casamento e A Espiã que Sabia de Menos, ambos melhores que Caça-Fantasmas). Porém o que salvou do total fracasso foi a descoberta do talento cômico de Chris Hemsworth que até então era apenas um herói em filmes de ação, e desde 2016 vem estrelando em filmes que podem ser considerados comédias com Thor: Ragnarok, ou sendo alívio cômico nos filmes dos Vingadores onde é relegado a coadjuvante.
Looper: Assassinos do Futuro
3.6 2,1KApesar de gostar bastante do filme, alguns características dele o colocam abaixo de outras melhores envolvendo viagem do tempo, esse subgênero da ficção científica:
1-Bruce Willis e Gordon-Levitt não se parecem nem um pouco.
2-A tecnologia do futuro além de fazer a pessoa viajar no tempo, também faz ela viajar no espaço? Caso a resposta seja positiva como entendi, ela abriria espaço para usos bem mais interessantes do que o filme faz dela, o que me parece um bom resumo da obra como um todo: um boa ideia, não suficientemente bem trabalhada.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraFilme que critica os ricos, que os ricos da Academia adoraram o suficiente para conceder o prêmio de melhor filme.
Faça a Coisa Certa
4.2 398Apesar do excelente final do filme, seu começo e meio são desfocados e arrastados demais para que o filme seja considerado impecável. A temática relevante das relações raciais nos EUA, em particular da comunidade negra e a polícia, é o que torna o filme relevante, embora não tão bom como obra de entretenimento, principalmente quando se sabe da polêmica envolvendo Spike Lee e Rosie Perez.
Até o Último Homem
4.2 2,0K Assista AgoraEm "Até o último homem" fanático religioso Mel Gibson nos traz um filme para exaltar o fanático religioso Desmond Doss. Alguém dividido entre querer a glória militar e seguir seus preceitos religiosos. E em vez de resolver seu conflito interno ele decide que o mundo deve se curvar a suas vontades, e que assim o sistema tem que se adequar a sua visão de mundo, sendo que no mundo real o que geralmente acontece é o contrário. Assim o personagem principal deveria perder a simpatia do público. O que aparentemente pela recepção que o filme recebeu não ocorreu.
Outro ponto negativo é a presença de Vince Vaughn que não convence em seu papel de instrutor para quem já viu obras similares melhores como "Nascido para Matar".
Pulp Fiction: Tempo de Violência
4.4 3,7K Assista AgoraTalvez a leitura mais interessante que já fiz de Pulp Fiction seja quanto a classificação de seu gênero. Geralmente classificado dentro do gênero de gangster, prefiro a interpretação como neo-noir em que Mia Wallace seria a "femme fatale" (um dos arquétipos mais famosos do gênero), e tanto Vincent quanto Butch os investigadores em seus respectivos capítulos. Porém ao contrário dos noirs clássicos em que a sexualidade feminina é a fonte da derrocada moral dos personagens moralmente ambíguos. Aqui nos anos 90 temos não mais a mulher super elegante como objeto dos protagonistas masculinos, mas Mia é apenas mais uma personagem corroída pelo submundo do crime de Los Angeles como todos os demais.
E bem como seguindo a tradição do noir de ser esteticamente interessante, ou seja altamente estilizado, Tarantino produz talvez o mais estilizado de seus filmes (com certeza o com diálogos mais memoráveis pelo menos).
Cantando na Chuva
4.4 1,1K Assista AgoraFilme excelente para quem gosta de sapateado, caretas e ironia. O momento mais irônico é saber que enquanto a personagem de Debbie Reynolds canta no lugar de Lina Lamont, a própria Reynolds era substituída nas canções "Would you" e "Yuo are my lucky star", ou seja, em um filme que critica a falsidade de Hollywood (seu falsos relacionamentos, suas falsas biografias, e na era de ouro de Hollywood, até os nomes dos artistas eram falsos) temos um exemplo claro dessa mesma falsidade. Embora mesmo assim tenha boas piadas, ótimas músicas e uma das cenas mais icônicas do cinema não à toa (Gene Kelly abraçado ao poste de luz).
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Love Story: Uma História de Amor
3.4 207 Assista AgoraEmbora os alunos de Harvard gostem de pensar que o traço mais marcante dos alunos de lá seja sua inteligência, este é apenas o segundo que chama mais a atenção, logo atras de sempre te lembrarem que lá estudaram. Erich Segal, o roteirista de Love Story, como bom aluno de Harvard escreveu seu romance com um protagonista oriundo da mesma escola, e de origem da elite WASP (branco, anglo-saxão e protestante), que se apaixona por uma jovem de origem social mais baixa e tem como principal conflito no filme que adapta seu romance renegar o contato e fortuna de seu pai, até o momento em que as coisas dificultam e ele corre atrás da ajuda paterna.
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No Tempo das Diligências
4.1 143 Assista Agora"No Tempo das Diligências" se mantém relevante pelo seu valor histórico, mesmo que seu valor de entretenimento tenha diminuído devido ao lançamento de várias obras de maior qualidade nesse quesito por outros diretores e até pelo próprio John Ford.
Toda Arte é Perigosa
2.6 496 Assista AgoraFilme tão fraco pela superficialidade que aborda o tema da relação entre arte, crítica e sua comodificação que me faz até reavaliar sua antiga obra "O abutre" que entrega o que pretende devido grande atuação de Jake Gyllenhaal, mas que em perspectiva é só mais uma crítica ao sensacionalismo da mídia. Porém em Velvet Buzzsaw nem as atuações de atores talentosos conseguem disfarçar a falta de profundidade e originalidade da obra.
Michael: Anjo e Sedutor
2.8 89 Assista AgoraFilme besta, descompromissado, leve e divertido. Não vai mudar a vida de ninguém, mas quem tem simpatia pelos atores ou nostalgia pelos anos 90 pode se divertir com John Travolta.
Sinédoque, Nova York
4.0 477Em minha leitura Charlie Kaufman fez um filme sobre o efeito da passagem do tempo na vida humana que pode ser visto como melancólico ("quanto mais você conhece alguém, mais ela te desaponta"- assim quem mais te desapontaria seria você mesmo, desde que encare sua vida com honestidade) ou bem inspirador com a mensagem sobre a importância da vida humana e de como cada vida importa, por sermos seres únicos e insubstituíveis, e por isso ele explora a dor de ser usado por outra pessoa, bem como de ser substituído por alguém.
[spoiler][/spoiler]
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraEm seu 9º filme Quentin Tarantino nos apresenta uma carta de amor a Hollywood dos anos 60 (a Sharon Tate, Bruce Lee e os western spaghetti) bem como uma reflexão sobre amizade, envelhecimento e sobre fim de uma era. Enquanto na história apresentada na tela, Leonardo DiCaprio vive um ator decadente conhecido por seu papel como um caubói em um programa de televisão enquanto grava um episódio de um novo seriado e pondera ir gravar filmes na Itália.
É impossível conhecer o contexto desse filme e não pensar em como Tarantino vive uma situação parecida com a de Rick Dalton, provavelmente não atingirá o impacto social e premiações dos tempos de Pulp Fiction, e como a era dos westerns chegou ao fim, a era de diretores autorais como Quentin parece estar chegando ao fim com a ascensão de produtores muito poderosos como Kevin Feige e Kathleen Kennedy tendo a palavra final em filmes de grande orçamento.
[spoiler][/spoiler]
Tomb Raider: A Origem
3.2 943 Assista AgoraDuas horas de Alicia Vikander correndo e pulando, com um roteiro "inspirado" por Indiana Jones e a última cruzada, com seus temas de pai e filho exploradores de artefatos históricos e com um humor que não funciona.
Up: Altas Aventuras
4.3 3,8K Assista Agora"Um homem que enxerga o mundo aos 50 anos da mesma forma que aos 20 perdeu 30 anos de sua vida" Muhammad Ali
A frase de Ali encapsula bem minha frustração com UP. O protagonista ter o mesmo sonho na velhice que juventude me parece bem pouco irreal e menos ainda desejável. Principalmente pelo seu sonho ser um explorador a la Indiana Jones, o que pode até ser admirado pelas potências imperialistas, mas que nós de países que tem suas riquezas roubadas para serem expostas em museus devemos se mais críticos a essas ambições. Assim começando o filme já bem frustrado e com dois personagens desagradáveis não consegui desfrutar a jornada oferecida pela Pixar.
Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida
4.0 668 Assista AgoraSpielberg criou Indiana Jones após ter sido recusado para dirigir um filme de James Bond. Como uma resposta americana ao famoso espião britânico, sempre me surpreende como ele é bem quisto mesmo sendo covarde (atira no adversário com a faca) e incompetente (não impede os nazistas de obterem a arca). Talvez para que hoje o personagem funcionasse devido um motivo além de nostalgia seria como uma sátira ao imperialismo.
[spoiler][/spoiler]
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
3.8 1,9K Assista AgoraA melhor parte do filme para mim foi no momento quando os personagens do filme reconheceram como Marisa Tomei é uma melhor bonita para idade. Odeio quando escalam atores ou atrizes bonitas e ninguém na história reconhece isso, ou ainda o tratam como uma pessoa feia. Bem como quando o personagem tem que ser super atraente e não são.
Após ao que mais me agradou, o que não me agradou foram como o vilão não foi nenhum pouco ameaçador, já que não tem super poderes, enquanto Peter tem. O romance não foi bem desenvolvido e totalmente descartado com a apresentação de Mary Jane ao fim, e quem conhece minimamente o personagem compreende sua importância para ele. Além do arco de Peter de deixar de ser irresponsável é muito frustrante, bem como ausência do Tio Ben que é tão central como bússola moral de seu sobrinho. Bem como o aranha se aliar aos ultra ricos contra a classe trabalhadora ser contrário a essência do protagonista.
Joias Brutas
3.7 1,1K Assista AgoraFilme sem graça, sem arco de personagem e sem tensão (para quem já sabia o resultado jogo).