o roteiro é até dinâmico, mas bem piegas. Boyle tem uma mão pesada que só na direção. por sorte o filme conta com Winslet, segurando muito bem o filme pra atuação impecável de Fassbender.
Olha, é um documentário difícil, pretensioso demais, mas de uma força imensa, daquelas obras que, com sua enorme sensibilidade, submergem o público naquele universo tão particular. e particular é pouco, é de um tom intimista tão poderoso, que a gente entra como hóspede, mas quando Chantal fecha as cortinas somos também irmã, filha, mãe, mas humildemente conscientes de que nunca compreenderemos e conheceremos para além da superfície das memórias e angústias daquelas histórias.
olha, achei bem interessante a argumentação recair sobre a menina que não soube lidar com a fama. a mídia carniceira, apresentada por um documentário que é tão sensacionalista quanto os tabloides foram na época. a ausência do pai, o relacionamento destrutivo com o ex-marido, a mídia desumana, uma mãe sem pulso firme... tudo exaustivamente romantizado e vilanizado para achar um culpado e responsabilizá-lo pela morte prematura de uma artista fenomenal.
Não é nem de perto seu melhor filme, mas é bonito, delicado e tem seu respeito pela questão da imigração, principalmente ao expor que as questões não são delineadas através de fronteiras, culturas e etnias.
lendo os comentários por aqui percebi que muita gente perdeu algo, o filme não é uma adaptação do livro de Shakespeare, mas é baseado, por isso não limita-se a ser completamente fiel. há ainda, após mais de um século de cinema, quem não entenda que cinema é uma coisa, enquanto literatura é outra, que as duas artes possuem linguagens distintas, assim como o teatro. E que, um filme adaptado ou baseado em um texto, dará origem a uma nova obra, e não a sua réplica. quanto à naturalidade da atmosfera da obra, tanto na cenografia, figurinos, maquiagens e atuações, é um conceito livre, artístico e contextual. Macbeth, o filme, diz mais a respeito de seu tempo, do que em relação ao período em que foi escrito, ou em relação a todas as outras vezes em que foi adaptado. a obra possui na sua força os argumentos e discursos de Shakespeare com a extrema ousadia ao garantir liberdade a artística na recriação, seja da arte ou na naturalidade das interpretações. a direção é de uma coragem imensa, e o filme, com sua enorme pretensão, vale demais como documento, seja histórico ou artístico.
argumento maravilhoso e original para um tema intensamente explorado. uma pena é que na meia-hora final o roteiro perca o rumo e acabe caindo em saídas simplórias. Nina Hoss está fabulosa, uma das mais bonitas atuações da temporada!
explica de forma muito mais clara o colapso e consequências da crise econômica, do que a chatice de Big Short. o roteiro é por vezes romantizado e sensacionalista demais, a direção é um pouco pesada e a montagem é bem ruinzinha, mas as atuações equilibram a narrativa, garantindo naturalidade. Shannon possui uma força incrível em cena!
tão singelo e delicado. a personagem é de um carisma e amor sem tamanho. e o filme, mesmo submerso em toda sua melancolia ao retratar temas tão densos como o capital, o colonialismo, a reforma agrária que não veio e a paixão por uma pátria que não nos estende a mão, assegura ainda assim um mar de ternura através de seus tons reproduzidos pela inocência de uma criança. uma obra imensurável.
a tensão criada pelo filme com a ajuda da fotografia, edição e com uma trilha sensacional, promovem um mergulho na transição entre a adolescência e fase adulta. mas agora, o sexo vulgarizado pela culpa judaico-cristã, acrescentado o terrorismo com que lida-se com as dst's, é tão didático, moralista, antiquado e apocalíptico quanto o clima oitentista e pós-moderno apropriado pelo filme, o que é uma pena.
o argumento até pode ser interessante, e o filme, com sua edição extremamente ágil, luta para manter a gente atento e fazer com que compreendamos um assunto tão enfadonho e demasiadamente ianque. o elenco é ótimo, destaque para mais um trabalho incrível de Bale.
Kaufman cria novamente uma fábula do homem contemporâneo frente a seus medos. Indo ao âmago das relações pessoais em um mundo pós-moderno, os personagens dissecam a respeito dos males de uma geração: a solidão Através de suas veias, o amor, as perdas, a falta de autoestima e a carência, suas inseguranças, o medo da morte e a insignificância perante a pequenas poesias cotidianas, a natureza melancólica cromatiza a realidade de um mundo insustentável por promessas e expectativas
provindo de um argumento ingenuamente simples e sendo tão complexo em sua finalidade, Inside Out é uma obra extremamente madura e envolvente que, ao entreter as crianças, coloca em seu centro o relacionamento com os pais. devido à reflexão e comprometimento da obra, os pais estarão muito mais submersos na narrativa de que seus filhos, que certamente abraçarão mais inconscientemente as desenvolturas da mente. é estarrecedor o poder pedagógico que a pixar vem traçando através de anos para construir, através dos pais, uma estabilidade estimulante e primordial para o desenvolvimento e educação das crianças. um trabalho realmente bonito!
muito pela sua temporalidade e liberdade artística, talvez nenhum filme expresse tão bem a decadência moral do povo estadunidense. em um impressiona exercício cinematográfico, Coppola abrange toda a linguagem ao compor com toda sua intensidade a gênese da típica paranóia ianque. através do quadro, imergimos à atmosfera narrativa e assim como em Blow Up e Janela Indiscreta, tornamo-nos tão reféns como cúmplices de um crime. E é assim que a montagem aplica o contexto político da década de 70. mais importante ainda, associando-se à toda a obra, é a utilização do som, que em sua peculiaridade faz-se o argumento da obra.
a experiência de se deparar com um folclore tão rico e minimalista, torna-se um encontro não menos que intenso com a cultura de nossos hermanos. singelo como só uma grande obra pode ser, e tão melancólico por expor a fragilidade da mulher latina em um continente misógino e machista. é de uma imensa tristeza que tenhamos tão pouco acesso a estas obras, que por mais peculiares que possam ser à primeira vista, estão perpetuadas em nossos genes latino-americanos.
a repressão psicológica, física e moral traduzida em uma obra que investiga as doenças sociais do subdesenvolvimento da américa-latina e seu colonialismo.
argumento interessantíssimo!!! mas a direção falha em alguns momentos ao deixar com que a narrativa perca o ritmo, ou caia em armadilhas banais para resolver os questionamentos morais levantados.
Gloria é um grito extremamente político sobre o corpo da mulher e sua liberdade. Por mais que soe contraditório, infelizmente, é bom acompanhar o crescimento da imagem da mulher em nosso cinema latino.
o filme causou furor por retratar intensamente a atmosfera política russa. Mais óbvio que isso, só ler as opiniões de governantes e religiosos locais. mas Leviatã não é limitado geograficamente, como muita gente faz acreditar. Se você quer delinear o seu roteiro como apenas um problema do antigo berço do socialismo, é porque tem um sério problema com a realidade do capitalismo. a censura russa só é menos discreta, não menos violenta, do que aquela imposta pelo ocidente, através de hollywood, Oscar e até mesmo Cannes.
Steve Jobs
3.5 591 Assista Agorao roteiro é até dinâmico, mas bem piegas. Boyle tem uma mão pesada que só na direção.
por sorte o filme conta com Winslet, segurando muito bem o filme pra atuação impecável de Fassbender.
Não é Um Filme Caseiro
3.8 8 Assista AgoraOlha, é um documentário difícil, pretensioso demais, mas de uma força imensa, daquelas obras que, com sua enorme sensibilidade, submergem o público naquele universo tão particular.
e particular é pouco, é de um tom intimista tão poderoso, que a gente entra como hóspede, mas quando Chantal fecha as cortinas somos também irmã, filha, mãe, mas humildemente conscientes de que nunca compreenderemos e conheceremos para além da superfície das memórias e angústias daquelas histórias.
Amy
4.4 1,0K Assista Agoraolha, achei bem interessante a argumentação recair sobre a menina que não soube lidar com a fama. a mídia carniceira, apresentada por um documentário que é tão sensacionalista quanto os tabloides foram na época.
a ausência do pai, o relacionamento destrutivo com o ex-marido, a mídia desumana, uma mãe sem pulso firme... tudo exaustivamente romantizado e vilanizado para achar um culpado e responsabilizá-lo pela morte prematura de uma artista fenomenal.
Carol
3.9 1,5K Assista Agoraalgum release melhorzinho, pra quem sabe assim o pré-carnaval desta criaturinha ser de um tanto mais bonito? *~*
Dheepan: O Refúgio
3.6 82 Assista AgoraAudiard vem atualmente bem
otimista em seus desfechos.
Não é nem de perto seu melhor filme, mas é bonito, delicado e tem seu respeito pela questão da imigração, principalmente ao expor que as questões não são delineadas através de fronteiras, culturas e etnias.
Macbeth: Ambição e Guerra
3.5 383 Assista Agoralendo os comentários por aqui percebi que muita gente perdeu algo, o filme não é uma adaptação do livro de Shakespeare, mas é baseado, por isso não limita-se a ser completamente fiel.
há ainda, após mais de um século de cinema, quem não entenda que cinema é uma coisa, enquanto literatura é outra, que as duas artes possuem linguagens distintas, assim como o teatro. E que, um filme adaptado ou baseado em um texto, dará origem a uma nova obra, e não a sua réplica.
quanto à naturalidade da atmosfera da obra, tanto na cenografia, figurinos, maquiagens e atuações, é um conceito livre, artístico e contextual.
Macbeth, o filme, diz mais a respeito de seu tempo, do que em relação ao período em que foi escrito, ou em relação a todas as outras vezes em que foi adaptado.
a obra possui na sua força os argumentos e discursos de Shakespeare com a extrema ousadia ao garantir liberdade a artística na recriação, seja da arte ou na naturalidade das interpretações.
a direção é de uma coragem imensa, e o filme, com sua enorme pretensão, vale demais como documento, seja histórico ou artístico.
Phoenix
3.8 104 Assista Agoraargumento maravilhoso e original para um tema intensamente explorado.
uma pena é que na meia-hora final o roteiro perca o rumo e acabe caindo em saídas simplórias.
Nina Hoss está fabulosa, uma das mais bonitas atuações da temporada!
99 Casas
3.4 171explica de forma muito mais clara o colapso e consequências da crise econômica, do que a chatice de Big Short.
o roteiro é por vezes romantizado e sensacionalista demais, a direção é um pouco pesada e a montagem é bem ruinzinha, mas as atuações equilibram a narrativa, garantindo naturalidade. Shannon possui uma força incrível em cena!
O Menino e o Mundo
4.3 735 Assista Agoratão singelo e delicado. a personagem é de um carisma e amor sem tamanho.
e o filme, mesmo submerso em toda sua melancolia ao retratar temas tão densos como o capital, o colonialismo, a reforma agrária que não veio e a paixão por uma pátria que não nos estende a mão, assegura ainda assim um mar de ternura através de seus tons reproduzidos pela inocência de uma criança.
uma obra imensurável.
Corrente do Mal
3.2 1,8K Assista Agoraa tensão criada pelo filme com a ajuda da fotografia, edição e com uma trilha sensacional, promovem um mergulho na transição entre a adolescência e fase adulta.
mas agora, o sexo vulgarizado pela culpa judaico-cristã, acrescentado o terrorismo com que lida-se com as dst's, é tão didático, moralista, antiquado e apocalíptico quanto o clima oitentista e pós-moderno apropriado pelo filme, o que é uma pena.
A Grande Aposta
3.7 1,3Ko argumento até pode ser interessante, e o filme, com sua edição extremamente ágil, luta para manter a gente atento e fazer com que compreendamos um assunto tão enfadonho e demasiadamente ianque.
o elenco é ótimo, destaque para mais um trabalho incrível de Bale.
Tangerina
4.0 278 Assista Agorao filme mais bonito do ano!
contrapondo a força das personagens, o filme é de uma delicadeza sem tamanho.
uma obra essencial.
Anomalisa
3.8 497 Assista AgoraKaufman cria novamente uma fábula do homem contemporâneo frente a seus medos.
Indo ao âmago das relações pessoais em um mundo pós-moderno, os personagens dissecam a respeito dos males de uma geração: a solidão
Através de suas veias, o amor, as perdas, a falta de autoestima e a carência, suas inseguranças, o medo da morte e a insignificância perante a pequenas poesias cotidianas, a natureza melancólica cromatiza a realidade de um mundo insustentável por promessas e expectativas
Brooklin
3.8 1,1Kextremamente singelo com uma atuação delicada de Saoirse.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista Agorao país mudou, não é mesmo?
Divertida Mente
4.3 3,2K Assista Agoraprovindo de um argumento ingenuamente simples e sendo tão complexo em sua finalidade, Inside Out é uma obra extremamente madura e envolvente que, ao entreter as crianças, coloca em seu centro o relacionamento com os pais.
devido à reflexão e comprometimento da obra, os pais estarão muito mais submersos na narrativa de que seus filhos, que certamente abraçarão mais inconscientemente as desenvolturas da mente.
é estarrecedor o poder pedagógico que a pixar vem traçando através de anos para construir, através dos pais, uma estabilidade estimulante e primordial para o desenvolvimento e educação das crianças.
um trabalho realmente bonito!
A Conversação
4.0 231 Assista Agoramuito pela sua temporalidade e liberdade artística, talvez nenhum filme expresse tão bem a decadência moral do povo estadunidense.
em um impressiona exercício cinematográfico, Coppola abrange toda a linguagem ao compor com toda sua intensidade a gênese da típica paranóia ianque.
através do quadro, imergimos à atmosfera narrativa e assim como em Blow Up e Janela Indiscreta, tornamo-nos tão reféns como cúmplices de um crime. E é assim que a montagem aplica o contexto político da década de 70.
mais importante ainda, associando-se à toda a obra, é a utilização do som, que em sua peculiaridade faz-se o argumento da obra.
A Teta Assustada
3.7 170a experiência de se deparar com um folclore tão rico e minimalista, torna-se um encontro não menos que intenso com a cultura de nossos hermanos.
singelo como só uma grande obra pode ser, e tão melancólico por expor a fragilidade da mulher latina em um continente misógino e machista.
é de uma imensa tristeza que tenhamos tão pouco acesso a estas obras, que por mais peculiares que possam ser à primeira vista, estão perpetuadas em nossos genes latino-americanos.
Pelo Malo
4.0 121 Assista Agoraa repressão psicológica, física e moral traduzida em uma obra que investiga as doenças sociais do subdesenvolvimento da américa-latina e seu colonialismo.
Força Maior
3.6 241argumento interessantíssimo!!!
mas a direção falha em alguns momentos ao deixar com que a narrativa perca o ritmo, ou caia em armadilhas banais para resolver os questionamentos morais levantados.
Gloria
3.8 138 Assista AgoraGloria é um grito extremamente político sobre o corpo da mulher e sua liberdade.
Por mais que soe contraditório, infelizmente, é bom acompanhar o crescimento da imagem da mulher em nosso cinema latino.
Leviatã
3.8 299o filme causou furor por retratar intensamente a atmosfera política russa. Mais óbvio que isso, só ler as opiniões de governantes e religiosos locais.
mas Leviatã não é limitado geograficamente, como muita gente faz acreditar. Se você quer delinear o seu roteiro como apenas um problema do antigo berço do socialismo, é porque tem um sério problema com a realidade do capitalismo.
a censura russa só é menos discreta, não menos violenta, do que aquela imposta pelo ocidente, através de hollywood, Oscar e até mesmo Cannes.
Mesmo se Nada der Certo
4.0 1,9K Assista AgoraCarney mais uma vez extremamente sensível.
Begin Again é uma delícia. :)
O Sal da Terra
4.6 450 Assista Agoraum retrato pungente de um artista submerso ao seu tempo e os conflitos causados pelo capitalismo.