Tudo bem, alguns dirão que o filme é piegas. Mas, a proposta do filme é de apenas contar uma boa história de amor e nisto o filme acerta em cheio, afinal as boas histórias de amor sempre serão melodramáticas, ou não seriam histórias de amor. Fernando Pessoa já dizia que as cartas de amor, se há amor, têm de ser ridículas ou não seriam cartas de amor. Gostei muito da questão da "força do amor" à qual se entrega o personagem Noah, pois alguém já disse (e eu acredito nisto piamente) que "é incrível a força que as coisas parecem ter quando precisam acontecer". Amem, minha gente, amem muito e chorem muito, não faz mal e nem diminui ninguém, afinal isto sempre fará parte das nossas boas lembranças.
Um ótimo filme sobre relações pessoais afetivas, onde os amores sempre vêm com urgência, mas sempre vão com indigência. Enfim, como disse Caetano Veloso: "de perto, ninguém é normal".
A eterna luta entre a lógica e o coração, entre a razão e a sensibilidade, amplificada com dureza naquela Inglaterra vitoriana onde a "razão" era representada exclusivamente por arranjos financeiros. Ou se enchia o bolso ou o coração, não dava para satisfazer os dois.
Puxa, que filme maravilhoso. Além da direção suave, da ótima fotografia e das ótimas interpretações, há uma estória muito bonita e com uma mensagem significativa: compreender o nosso passado modifica para melhor o nosso presente e prepara melhor o nosso futuro.
Mais um filme do excelente Bille August, renomado e premiado diretor europeu. Uma ótima reflexão sobre como a noção deturpada da obediência cristã acaba por destruir os afetos. Uma boa estoria que, embora com algumas contradições no roteiro, nos prende do início ao fim, com uma ótima fotografia.
A atuação do Richard Dreyfuss é sensacional, mereceu o Oscar de melhor ator que recebeu por este filme. A linda canção-título, “The Goodbye Girl” de David Gates, poderia ter sido colocada mais vezes. Enfim, é um roteiro bem feito, uma história inteligente e bem humorada, que nos prende do início ao fim.
Pasolini era um gênio dentro e fora das telas. Só mesmo um humanista do seu quilate para fazer tantas obras com uma intensa preocupação e reflexão social. Accattone é o resultado da miséria e da exploração capitalista no pós guerra, principalmente naquela Itália devastada.
O Robert Mitchum é, simplesmente, sensacional fazendo a linha do bandido cruel mas dissimulado, a exemplo do que também fez em "Círculo do Medo". Uma atuação impecável.
Um belíssimo filme com poesia, marca típica dos filmes do Giuseppe Tornatore. Aliás, esta é uma das milhares de diferenças entre os cinemas hollywoodiano e europeu: Hollywood só faz mero entretenimento, enquanto que o cinema europeu faz filmes com humanismo, reflexão e profundidade. Você assiste um filme americano e logo depois se esquece para ver outro que também vai esquecer, enquanto que a maioria dos filmes europeus são marcantes, pois nos faz pensar sobre as nossas contradições e aspirações, como é o caso deste aqui, onde do início ao fim nossa respiração fica presa ante tanta beleza, humanismo e poesia.
Um ótimo filme, uma história intrigante, atuações impecáveis, que nos prende até o final. Me lembrei dos filmes do genial Hitchcock, onde uma espécie de sombra sempre acompanhava seus protagonistas, como se um destino inescapável estivesse sempre os aguardando no final da curva. E sua "regra" era infalível: se a Lei não te pegar, a vida de alguma forma vai acabar te pegando. Ou seja: "o carteiro sempre toca duas vezes".
Uma ótima trama sobre a depressão, na qual ficamos à todo o tempo tentados a sempre estar procurando uma razão para o sofrimento das 3 personagens, afinal essa sempre é a nossa primeira reação ao ouvir falar em depressão. É como se alguma coisa externa pudesse ser a fonte da tristeza e dos sentimentos negativos de alguém, alguma causa, algum culpado. Logo, no entanto, somos forçados a constatar que não há uma razão específica porque, em verdade, para os que não esperam nada da existência, são "as horas" do tempo que vão pontuando este sofrimento: é muito tempo, muito espaço e muito nada prá esperar.
Uma belíssima história de amor onde os protagonistas, movidos por suas paixões, são incapazes de enxergar a realidade. Mas, digo eu, o que seria a paixão profunda senão o embotamento da razão?. Enfim, um relato repleto de sentimentos de uma mulher que amou profundamente um homem incapaz de amar alguém.
Gostei. Retrata a triste realidade do ensino, mesmo num pais desenvolvido, onde professores x alunos se tratam como adversários, mas ambos são vítimas de um mesmo sistema inerte que mantém indiferença a ambos.
Não é o melhor longa do Claude Chabrol, contudo, mais uma vez seu discurso crítico à burguesia exibe não apenas o vazio burguês, mas como o rico preda o mais pobre não só no sentido financeiro, mas também em questões de amor.
Quem assistiu e gostou deste filme, sugiro que vejam "As Diabólicas", do também francês Henri-Georges Clouzot. São histórias distintas, mas com os mesmos elementos.
Este filme me lembrou algo que sempre ocorria nos filmes do Hitchcock, onde a sorte dos personagens não era decidida pelo sistema legal da justiça dos homens, mas por uma espécie de justiçamento pelo senso moral comum.
O melhor do filme reside no fim, pois é quando o significado daquela relação aparecerá, mostrando que a saudade, embora dolorosa, é uma marca indelével do que vivemos, numa clara resposta ao dilema “melhor falar ou morrer?”, colocado antes quando a mãe provoca e incentiva o filho lendo um trecho de um conto do século 16 de Margarida de Navarra. Acho que a temática do filme é o enfrentamento do amor e, por mais aparentemente difícil, inoportuno ou impossível que ele nos pareça, precisa e deve ser enfrentado e vivido. Enfim, como dizia o poeta Vinicius de Moraes: "Quem já passou por esta vida e não viveu, pode ser mais, mas sabe menos do que eu, porque a vida só se dá prá quem se deu, prá quem amou, prá quem chorou, prá quem sofreu".
O Banquete de Casamento
3.9 61Um excelente filme, com uma ótima mensagem de esperança e tolerância, onde o Ang Lee coloca, mais do que nunca, o seu humanismo.
Diário de uma Paixão
4.1 2,6K Assista AgoraTudo bem, alguns dirão que o filme é piegas. Mas, a proposta do filme é de apenas contar uma boa história de amor e nisto o filme acerta em cheio, afinal as boas histórias de amor sempre serão melodramáticas, ou não seriam histórias de amor. Fernando Pessoa já dizia que as cartas de amor, se há amor, têm de ser ridículas ou não seriam cartas de amor. Gostei muito da questão da "força do amor" à qual se entrega o personagem Noah, pois alguém já disse (e eu acredito nisto piamente) que "é incrível a força que as coisas parecem ter quando precisam acontecer". Amem, minha gente, amem muito e chorem muito, não faz mal e nem diminui ninguém, afinal isto sempre fará parte das nossas boas lembranças.
Lua de Fel
3.9 377Um filmaço!. Polanski sendo Polanski: a luta feroz da realidade crua que se digladia com os nossos desejos. Genial.
Closer: Perto Demais
3.9 3,3K Assista AgoraUm ótimo filme sobre relações pessoais afetivas, onde os amores sempre vêm com urgência, mas sempre vão com indigência. Enfim, como disse Caetano Veloso: "de perto, ninguém é normal".
Razão e Sensibilidade
4.0 526 Assista AgoraA eterna luta entre a lógica e o coração, entre a razão e a sensibilidade, amplificada com dureza naquela Inglaterra vitoriana onde a "razão" era representada exclusivamente por arranjos financeiros. Ou se enchia o bolso ou o coração, não dava para satisfazer os dois.
Um Bairro Distante
3.9 37Puxa, que filme maravilhoso. Além da direção suave, da ótima fotografia e das ótimas interpretações, há uma estória muito bonita e com uma mensagem significativa: compreender o nosso passado modifica para melhor o nosso presente e prepara melhor o nosso futuro.
Sombras da Noite
3.1 4,0K Assista AgoraUma estoria muito divertida, uma trilha sonora sensacional e o humor inteligente do fantástico Tim Burton. Imperdível a aparição do Alice Cooper.
Um Homem de Sorte
3.5 77Mais um filme do excelente Bille August, renomado e premiado diretor europeu. Uma ótima reflexão sobre como a noção deturpada da obediência cristã acaba por destruir os afetos. Uma boa estoria que, embora com algumas contradições no roteiro, nos prende do início ao fim, com uma ótima fotografia.
A Garota do Adeus
3.9 55 Assista AgoraA atuação do Richard Dreyfuss é sensacional, mereceu o Oscar de melhor ator que recebeu por este filme. A linda canção-título, “The Goodbye Girl” de David Gates, poderia ter sido colocada mais vezes. Enfim, é um roteiro bem feito, uma história inteligente e bem humorada, que nos prende do início ao fim.
Accattone - Desajuste Social
3.9 31Pasolini era um gênio dentro e fora das telas. Só mesmo um humanista do seu quilate para fazer tantas obras com uma intensa preocupação e reflexão social. Accattone é o resultado da miséria e da exploração capitalista no pós guerra, principalmente naquela Itália devastada.
O Mensageiro do Diabo
4.1 263 Assista AgoraO Robert Mitchum é, simplesmente, sensacional fazendo a linha do bandido cruel mas dissimulado, a exemplo do que também fez em "Círculo do Medo". Uma atuação impecável.
A Lenda do Pianista do Mar
4.3 174Um belíssimo filme com poesia, marca típica dos filmes do Giuseppe Tornatore. Aliás, esta é uma das milhares de diferenças entre os cinemas hollywoodiano e europeu: Hollywood só faz mero entretenimento, enquanto que o cinema europeu faz filmes com humanismo, reflexão e profundidade. Você assiste um filme americano e logo depois se esquece para ver outro que também vai esquecer, enquanto que a maioria dos filmes europeus são marcantes, pois nos faz pensar sobre as nossas contradições e aspirações, como é o caso deste aqui, onde do início ao fim nossa respiração fica presa ante tanta beleza, humanismo e poesia.
O Destino Bate à Sua Porta
3.6 52 Assista AgoraUm ótimo filme, uma história intrigante, atuações impecáveis, que nos prende até o final. Me lembrei dos filmes do genial Hitchcock, onde uma espécie de sombra sempre acompanhava seus protagonistas, como se um destino inescapável estivesse sempre os aguardando no final da curva. E sua "regra" era infalível: se a Lei não te pegar, a vida de alguma forma vai acabar te pegando. Ou seja: "o carteiro sempre toca duas vezes".
Balzac e a Costureirinha Chinesa
4.2 96 Assista AgoraUm filme singelo, suave e pleno de mensagens culturais e afetivas, a mais importante delas: a de que livros podem mudar pessoas.
As Horas
4.2 1,4KUma ótima trama sobre a depressão, na qual ficamos à todo o tempo tentados a sempre estar procurando uma razão para o sofrimento das 3 personagens, afinal essa sempre é a nossa primeira reação ao ouvir falar em depressão. É como se alguma coisa externa pudesse ser a fonte da tristeza e dos sentimentos negativos de alguém, alguma causa, algum culpado. Logo, no entanto, somos forçados a constatar que não há uma razão específica porque, em verdade, para os que não esperam nada da existência, são "as horas" do tempo que vão pontuando este sofrimento: é muito tempo, muito espaço e muito nada prá esperar.
Amante a Domicílio
3.2 234 Assista AgoraSó a presença do Woody Allen já vale ao menos experimentar o filme.
Carta de uma Desconhecida
4.2 59 Assista AgoraUma belíssima história de amor onde os protagonistas, movidos por suas paixões, são incapazes de enxergar a realidade. Mas, digo eu, o que seria a paixão profunda senão o embotamento da razão?. Enfim, um relato repleto de sentimentos de uma mulher que amou profundamente um homem incapaz de amar alguém.
O Melhor Professor da Minha Vida
3.5 17 Assista AgoraGostei. Retrata a triste realidade do ensino, mesmo num pais desenvolvido, onde professores x alunos se tratam como adversários, mas ambos são vítimas de um mesmo sistema inerte que mantém indiferença a ambos.
Depois Daquela Montanha
3.2 389 Assista AgoraO grande personagem do filme foi o Totó: além de não incomodar, ainda ajudava. Como os verdadeiros heróis, permaneceu anônimo.
A Morte Te Dá Parabéns
3.3 1,5K Assista AgoraUma imitação mal feita de "Feitiço do Tempo".
As Corças
3.7 20 Assista AgoraNão é o melhor longa do Claude Chabrol, contudo, mais uma vez seu discurso crítico à burguesia exibe não apenas o vazio burguês, mas como o rico preda o mais pobre não só no sentido financeiro, mas também em questões de amor.
Mulheres Diabólicas
4.0 86 Assista AgoraQuem assistiu e gostou deste filme, sugiro que vejam "As Diabólicas", do também francês Henri-Georges Clouzot. São histórias distintas, mas com os mesmos elementos.
Iris
3.1 32 Assista AgoraEste filme me lembrou algo que sempre ocorria nos filmes do Hitchcock, onde a sorte dos personagens não era decidida pelo sistema legal da justiça dos homens, mas por uma espécie de justiçamento pelo senso moral comum.
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraO melhor do filme reside no fim, pois é quando o significado daquela relação aparecerá, mostrando que a saudade, embora dolorosa, é uma marca indelével do que vivemos, numa clara resposta ao dilema “melhor falar ou morrer?”, colocado antes quando a mãe provoca e incentiva o filho lendo um trecho de um conto do século 16 de Margarida de Navarra. Acho que a temática do filme é o enfrentamento do amor e, por mais aparentemente difícil, inoportuno ou impossível que ele nos pareça, precisa e deve ser enfrentado e vivido. Enfim, como dizia o poeta Vinicius de Moraes: "Quem já passou por esta vida e não viveu, pode ser mais, mas sabe menos do que eu, porque a vida só se dá prá quem se deu, prá quem amou, prá quem chorou, prá quem sofreu".