Vou confessar que já estava me acostumando com os filmes mais recentes da Netflix que tentam questionar padrões e, assim, encontrei alguns pontos que me incomodaram:
A mocinha é chata e ingênua! Fica até difícil crer na ingenuidade. 1- Quando ela beija o Shane e diz: "não acredito que tô beijando uma celebridade". O comentário sem noção e fora de hora foi o dela, mas, na cena, ela ainda sai chateada. (?) 2- Quando eles estão juntos na casa dele e Clara diz que não deu certo pq ela é um fracasso. Ouvir uma mulher falar isso de si mesma pra um homem me incomodou demais. Achei que a gente já tinha superado essa fase de mocinhas com auto estima no chão e que encontram a felicidade e a segurança no príncipe encantado. 3- Sério que o chefe dela pede pra que ela convença os donos do resort de fazer um negócio com ele e ela em momento algum se pergunta se ele é confiável e se ela não vai se arrepender muito caso algo dê errado? 4- O final, em que ela muito tardiamente encontra provas contra o chefe, vai se demitir, e não precisa fazer absolutamente nada pra que as coisas se ajeitem. O cara tá esperando por ela e a resgata quando o carro quebra - ela nem pede desculpa pela forma com que o tratou quando ele foi simplesmente alertá-la sobre as intenções do chefe - não há uma conversa em que ela também se desculpe com os antigos patrões dela, e, por fim, o príncipe encantado compra o local e entrega a ela, salvando-a e vivendo felizes para sempre. Inclusive, salvando-a da mãe, da sociedade, já que agora ela não é mais uma pessoa solteira nos eventos e almoços de família. Poderia ser beeeem mais legal.
Que filme chato! A Netflix tá de parabéns pela sinopse, pq você começa a ver jurando que é interessante, mas, quanto mais o tempo passa, mais aquelas falas dos pesquisadores entre as cenas vão ficando entediantes. Assisti até o final só pq me coloquei essa meta mesmo,mas não te prende em nada.
O filme tem momentos pra te fazer gargalhar e se emocionar. A história é atual, embora tenhamos aqui uma romantização da atualidade. De início, até provoca nostalgia, te dá aquela saudadinha boa de ter alguém que te empolgue o suficiente pra contar o dia, aquele alguém que é ou um dia já foi a sua notificação favorita. Mais atual que isso é impossível.
Mas, falo em romantização, pq a gente sabe que na vida real histórias assim nem sempre terminam bem. Ainda mais em "cat fish". Na vida real, é muito difícil a pessoa que é sempre zoada virar melhor amiga da popular, e, inclusive, a popular virar uma pessoa incrível. O cara gato não se acha um fracassado e há sempre muitas muitas meninas em cima dele. Aliás, embora o ator tenha se dado bem nesse papel, eu me questiono pq repetir o mesmo e não ter trazido outro. Senti falta de maior participação dos pais na vida dela, achei problemático ele dizer no final que ela não era o tipo de muita gente, e, que, só assim ele pôde perceber que ela era o dele. Pontos positivos: Não terem sugerido uma dieta maluca ou mudança extrema de visual, como em todo clichê de comédia romântica, e, a música do final, que é mesmo linda.
Que chute na minha canela foi esse filme! Escrevendo por motivos de: Assisti ontem e continuo impactada! Pelo início do filme, vc entende e se prepara mentalmente pro que vai acontecer, mas fica tão curiosa pra entender o que os levou até ali que vai se envolvendo. Confesso que a tensão está tão presente o tempo inteiro no filme que eu comecei a olhar a hora pra ter uma noção de quando iria acabar. Eu curto dramas em que aquele sofrimento ocorrido pelos personagens os levem a um lugar melhor ou sejam superados, então ver aquela agonia 99% do tempo me deixou ansiosa. Ficava me perguntando: Gente, que ideia louca foi essa? Pq só os dois? O perigo era tão previsível que a sensação que dá é que eles se colocaram em risco fazendo aquilo.
Fiquei tocada com o fato de que aquilo não foi um caso e que eles realmente se apaixonaram. Ainda me surpreendo com a segurança de quem quer alguém pra vida inteira e verbaliza isso. Aí eu lembro que a história aconteceu nos anos 80 e penso que deve ser isso. Chorei de muita tristeza quando descobri que ele havia morrido bem antes e acho sempre de partir o coração que pessoas que se amem não fiquem juntas pra sempre. Cada vez que penso que isso realmente aconteceu e que ela não enlouqueceu real sozinha em alto mar me assusto. É um filme triste, sobretudo.
Ai, gente, que filme fofinho! A gente se sente meio a Lara Jean e fica torcendo pelo final feliz dela, já que esse happy end também significa a possibilidade de um final feliz pra gente. Me identifiquei tanto sobre primeiro namoro, sobre adorar romance e não vivê-lo... E o mais legal é que em momento nenhum se fez bullying sobre ela. Existe a questão de ela ser reservada e não popular, mas não é levantado a questão dos garotos serem gatos e ela não estar a altura, um clichê de baixa auto estima feminina em várias outras comédias românticas, por exemplo.
Achei que o final em si foi arrastado e que ela demorou demais pra tomar uma atitude. Teria como ser coerente à ela e ainda assim dar um pouco mais de dinâmica, afinal, tava na cara o tempo inteiro que o menino gostava dela. Um outro ponto bacana é que a gente é inclinada a shippar com o melhor amigo por quem ela era apaixonada antes de ele se envolver com a irmã, e depois a narrativa vai mudando completamente. Ainda que o momento em que ela simplesmente não dá explicação nenhuma a ele quando ele vai procurá-la com a carta na mão incomoda.
Sei que a intenção é comentar após ver o filme, mas, cara, que difícil comprar esse roteiro. Uma coisa muito massa é quando tu percebe que a ideia surgiu e aquilo seria perfeito num filme. Outra, que ficou a entender, nesse caso, é quando tu tem condição de fazer filme e busca algo bem clichê pra se encaixar ali e tentar gerar boa bilheteria. Nada, absolutamente, nada contra filmes comerciais e sobre o cinema como entretenimento, que, aliás, frequento, mas, pô, galera, não subestima o senso do expectador não.
Até desculpo o clichê de mulher unida em torno da vingança por conta de um macho. E concordo que tava tudo tão cuidadosamente feito pra dar certo que a gente tem uma hora que só aceita e pára de questionar ~ como as velhinhas venderam as jóias de boa e só as pegaram depois que o dinheiro já estava na conta do cara? ~ Ou como ninguém examinou as demais jóias, somente se deram conta do roubo do colar?
Eu tava preparada pra outros tipos de clichês aí que não aconteceram, e, ainda bem: 1- Pensei que após ficar com o irmão crush da vida toda, ela fosse achar ele um babaca e se dar conta de que gosta é do melhor amigo - graças que isso não aconteceu! (vamo combinar que esse lance dele de brigar o tempo todo e dizer que isso é parte da natureza dele, junto a ela se sentir a responsável por fazer ele se acalmar é bem machistinha sim); 2- Pensei que a mulher fosse culpá-la, dizer que ela separou os irmãos (o que seria bem machista e bem próximo do que a gente vê na vida real. Ainda bem que não!). Amei ter simple minds na trilha sonora. Amo clichê adolescente e essa transformação que a gente se sente ficando adulta e começando a entender as paradas ao viver o primeiro amor.
Chateadíssima eu fiquei por ela não ter tido coragem de descer do carro naquela hora. Ao mesmo tempo, você consegue entender a dor dela de construir algo em cima da dor do marido e da separação temporária do filho. Mas, putz, ô vontade de entrar na tela, pegar a mãozinha dela e dizer: vá lá, meu anjo. Todo mundo já descobriu, cê já saiu de casa.
Cara, ainda com pouca expectativa, o filme oferece uma experiência decepcionante. Ele esteve em cartaz na minha cidade há algumas semanas e, depois de assistir, eu me pergunto como chegou até o circuito comercial. Isso por que o filme parece um ensaio para todo mundo que tá começando. Roteirista, cinegrafista, e, principalmente, elenco de atores. A começar que a gente não sabe especificamente em que região do país está sendo filmado. Você se liga que parece ser o sul pela quantidade de “guria” que as meninas soltam nas conversas.
O diálogo, por exemplo, entre Jaqueline e sua amiga, quando essa confessa que teve um rolo com o crush dela antes, é constrangedor de tão fraco de interpretação. A cena da festa na casa da menina também é cheia de problemas. A trilha sonora muda, fica lenta, e o mesmo grupinho que já foi filmado dançando ganha close novamente e eles estão fazendo os mesmos passos, pulando e sorrindo, claramente fazendo aquilo pra câmera, com zero naturalidade. E no final, você não entende se os guris realmente fizeram a aposta pro menino transar com a Jaqueline, se ele tá afim dela de verdade, se ele vai viajar mesmo como o amigo ameaçou contar. Ficou bem vazio.
Repito, é como se todo mundo ali tivesse aprendendo junto a fazer um filme e ainda não tivesse maduro o suficiente pra ganhar veiculação comercial.
Ponto para a seleção de elenco. Todos muito reais, humanos, com suas rugas, seus costumes e seus traços. ponto para o Jake e a Tatiana, que deram o ponto certo da vivacidade de seus personagens.
Ainda assim, enquanto expectadora, quando assisto um drama, um filme sobre superação, eu quero me emocionar, pq esse é o objetivo do filme, mas quero, acima de tudo, sair com um sentimento positivo do cinema. Quando ele te faz chegar até a melancolia e, após os créditos, você ainda continua triste, acredito que o intuito não tenha sido alcançado. Embora o final seja de superação e prevalecimento do amor, 95% do filme é sobre os conflitos vindos com a nova condição do paciente, tudo isso pra um final resumido em 5 ou 10 minutos que não dá tempo que o expectador saia do clima de tristeza e encare a situação com esperança ou otimismo. Por isso, saí um pouco frustrada e com a sensação de que o enredo poderia ter sido melhor explorado e menos maçante.
Pouco mais de 24 horas que assisti e ainda tenho a frustração como a primeira palavra pra definir a ida ao cinema. E falo isso não especificando a questão da romantização do relacionamento abusivo (que existe), mas, enquanto consumidora do longa.
O fato é que eu fui até lá pela excelente publicidade. Foram tantos teasers, tantas imagens, notícias e entrevistas, que, quando vc se dá conta, também está contando os dias pra estréia. E é justamente por isso que vem a frustração, pq não há nada mais sem graça que o trailer do filme ter mais emoção que ele próprio. Começamos com um casamento que foi super rápido. Depois, uma sequência de momentos românticos na lua de mel que não deram a mesma emoção dos filmes anteriores, parecia até que não rolou a mesma química ou que aquelas cenas estavam sendo reaproveitadas. A maior parte do filme se concentrou neles com medo de um criminoso que só deixava pistas, de modo que chegava uma hora que você mesma se dá conta de que já está no cinema há algum tempo. E, principalmente, você quer que aquilo tenha logo um desfecho pois espera que a gestação dela ganhe espaço também. O que, a meu ver, foi exposto às pressas, com um fim também sem emoção alguma. Até mesmo a parte em que ela olha pra ele e aparece um flash dos primeiros filmes, recurso que costuma provocar emoção, não surtiu efeito. Como pessoa que comprou a história, esperava mais. Esperava um maior equilíbrio das coisas abordadas, esperava que eles tivessem evoluído na química e esperava um gran finale como prometido no trailer.
Já sobre os pontos que me incomodaram enquanto mulher, são eles: A forma como eles resolvem tudo sendo somente no sexo, a cena esquisitissima no carro, como se eles já tivessem excitados e fosse somente "encaixar", o mito de que mulheres amadurecem mais rápido sendo reforçado, já que ela tem que segurar as barras dele, fico me perguntando como ela assimilou tão rápido que uma vida com ele é uma vida sem amigos, família ou qualquer coisa que não seja trabalhar e ir pra casa transar. Como já dito aqui, é mesmo incômodo pensar que muitas de nós estejam indo ao cinema pra ver o casal e desejar um relacionamento desse, ou se sinta mal por não ter alguém que a queira assim. O filme acaba por ter a mesma função do instagram: Maquiar a realidade e mostrar uma vida luxuosa e perfeita na vitrine assistida pelos mortais.
Apesar de achar louvável a realização do filme, temos sim, alguns aspectos que podiam ser melhorados.
Os personagens precisariam ser melhor trabalhados em suas questões emocionais. No longa, são declaradamente vilões e mocinhos, sem nuances. A própria atuação do protagonista e da sua mãe deixam a desejar (a fala desta última parece de vilã de desenho, você acha que é tudo uma grande brincadeira entre eles). O protagonista é tão bobinho e dependente da mãe que também fica difícil de comprar a sua versão. O figurino escolhido também apresenta problemas. Em uma das cenas perto do final do filme, a protagonista está com um tomara que caia e quando ela levanta do banco, a câmera pega as costas do vestido com o ziper aberto. A trilha sonora, que te abre um sorriso quando a primeira música é da Clarice, fica repetitiva quando pelo menos três músicas seguidas dela tocam em momentos distintos. São diversas questões que poderiam ser melhor exploradas, a partir da ideia do roteiro, se apoiadas por um cineasta experiente, a fim de que o próprio idealizador ganhasse maturidade a partir da construção do filme. Mais uma vez, parabenizo pela existência deste, foi com grata surpresa que assisti à exibição do longa numa sala de cinema que só costuma exibir filmes comerciais, e fiquei feliz ao me deparar com uma mãe levando uma garotinha com síndrome de down para prestigiar. E, apesar das questões apontadas, saliento que o desejo de passar a mensagem foi realizado.
Ufa, eu tava com receio de ser exceção, dá até um alívio saber que mais gente achou o filme fraco. Tudo bem, livro é uma coisa, filme é outra, não dá sempre certo comparar. Mas, quando se trata de um texto da Martha Medeiros, autora de obras sempre tão provocativas e que dialogam tão bem com as questões femininas contemporâneas, fica difícil não criar expectativas. Além disso, temos a Maria Paula de protagonista, outra artista que não tem medo de sair do convencional. Ou seja, a intenção é que tivéssemos aí um longa diferente do padrão filmes que parecem novelas da globo que por sua vez são verossímeis às comédias românticas hollywoodianas.
Em algumas situações, a ação da protagonista não parecia próximo do real. Como ela decidiu separar, reforçada pelas opiniões alheias numa van. Flávia Alessandra, uma atriz experiente, deu um tom exagerado à vizinha da protagonista. A irmã ativista soou caricata, de forma que a sua dedicação à causa animal parecia diminuída, piada pronta. Somos todas loucas, mas faltou um temperinho na medida certa pra conseguir explicar tudo isso, saindo do clichê.
Figurino, ambientação, diálogos... É tudo delicioso e remete à Jane. Mas tal qual todas as suas obras anteriormente adaptadas à ficção, senti falta do elemento que iria se contrapor aos abusos de Lady Susan. Quem, em toda a obra, conseguiria enxergá-la, e, se não se envolver na trama, apenas apontar e ler tudo o que estava acontecendo? Embora ela não agrade a todos, e alguns personagens denunciem suas atitudes, ainda assim é muito pouco perto do controle que ela tenta a todo custo ter. Fiquei pensando, então, que a crítica que a autora tentou fazer foi mais sútil.
Assim que vi sua filha, achei que o par ideal pra ela seria o futuro marido que Lady Susan estava guardando para si mesma. Feliz que isso pode ser desfeito e uma pena que a construção do interesse dos dois não foi mais trabalhada. Até pra que a gente pudesse acreditar que ele havia superado e que a menina finalmente tinha conseguido o casamento por amor que esperava. Talvez sejam mesmo falhas da adaptação. Ainda assim, uma alegria encontrar adaptações de Jane.
Vejo o trailer desse filme no cinema: Sim, eu quero ver! No cinema, vendo o filme, o avião cai e tem um cachorro no meio: Pq foi que eu vim? Como em filmes em que a sobrevivência é testada ao limite, vários personagens vão sendo sacrificados pelo caminho, e 80% dele são cenas em que estão perdidos, minha tensão era justamente sobre todos e principalmente o cachorro sobreviverem.
Então, alguns pontos que me fizeram sair feliz: 1- O cachorro fica bem e é adotado pelo protagonista no final. 2- O romance entre eles. 3- Uma bela surpresa encontrar Dermot Mulroney, o lindo de "Muito bem acompanhada", participando aqui. 4- O filme não acaba quando eles são resgatados. Se estende mostrando as consequências disso na vida deles e amo ter acesso a isso.
A sinopse fisga.Todos achamos que as pessoas ao nosso redor levam vidas mais legais e estão mais felizes. (Essa sensação tem até nome, eu é que não tô achando agora).
Por conta disso, assim que começa o filme, previsivelmente você espera que o objetivo seja que o protagonista se dê conta de que ele não é um fracassado. Você vai compreendendo as angústias dele, mas quando chega ao ponto em que esse comportamento respinga no filho, (como a cena em que ele começa a falar incontrolavelmente na sala enquanto espera a entrevista do garoto, ou quando ele vai sozinho encontrar as meninas no bar depois que o filho dormiu), tudo o que pensei foi: Cara, ele precisa fazer uma terapia, se cuidar, conseguir dormir melhor. E passei a ficar preocupada sobre o menino não se dar bem por conta das lamúrias do pai. E que bom ver que o jovem parecia administrar melhor o nervosismo e a situação. Chegou um momento em que tudo foi ficando cansativo. Algumas frases bacanas que dão mote pra sua própria reflexão, mas não um ponto alto em si. Principalmente o final, em que a gente não ficou sabendo se o garoto foi aprovado e em qual faculdade. Ben Stiller fez uma boa atuação, mas o personagem dele era chato.
Não foge ao clichê do mulher bem sucedida profissionalmente procura um grande amor. Só que é caricato, desde a protagonista, aos melhores amigos dela, a mãe pressionando, a irmã mais nova imatura... Tudo bem abordar o assunto, só poderia ser mais próximo do real. As viagens que ela faz e a forma como cada ex age, como ela consegue simplesmente se sair deles pra virar tragicômico, vira aquela coisa artificial e pouco crível.
Gosto muito do Selton Mello. Tanto que eu tava pronta pra aplaudir esse filme assim que eu soube da existência dele, antes de assistir. E aí que não deu pra ir vê-lo no cinema. Depois de vários contratempos, eu e o filme nos encaramos este final de semana. Resultado, um diálogo comigo: Sério que eu não gostei? Tenho certeza? Escrevo essa resenha por entender que o conceito de amar ou não uma obra é em grande parte pessoal e não diz especificamente sobre a qualidade do filme. Então vamo às impressões:
Achei que o longa queria a todo momento se firmar cult. E quando ele diz pra mim que é cult e não eu que o enquadro nisso, isso me faz perder o brilho. A primeira cena em que a personagem da Bruna aparece, falando pra câmera, me fez ter a mesma impressão. Pessoa se esforçando pra parecer autêntica, excêntrica. Eu não fui cativada por ela. Entendo completamente que se passa no Sul e a fotografia, e a paleta de cores e tudo isso remetam ao período e a região que ele retrata, mas, a sensação de melancolia que ele passa desagradou. Assim como a trilha sonora. Precisei pausar quando ficava cansativo demais pra acompanhar e assim o assisti em três momentos diferentes do dia. Se fosse resumir o que achei seria: Lento, de forma que parece que o roteiro foi alongado e ficou dando voltas. Voltas essas que deixaram algumas lacunas sobre personagens que existiram e não tiveram seus posicionamentos ao final. Ainda assim, um viva à sua existência. Todo filme nacional que nasce, ao meu ver, é uma grande vitória.
O Feitiço do Natal
3.1 127 Assista AgoraPq até um clichê te dá um chute na canela:
"Esse é o problema de ter um grande amor... os amores normais não têm chance".
(Fala do avô pra protagonista).
Paisagem de Natal
2.7 54Vou confessar que já estava me acostumando com os filmes mais recentes da Netflix que tentam questionar padrões e, assim, encontrei alguns pontos que me incomodaram:
A mocinha é chata e ingênua! Fica até difícil crer na ingenuidade.
1- Quando ela beija o Shane e diz: "não acredito que tô beijando uma celebridade". O comentário sem noção e fora de hora foi o dela, mas, na cena, ela ainda sai chateada. (?)
2- Quando eles estão juntos na casa dele e Clara diz que não deu certo pq ela é um fracasso. Ouvir uma mulher falar isso de si mesma pra um homem me incomodou demais. Achei que a gente já tinha superado essa fase de mocinhas com auto estima no chão e que encontram a felicidade e a segurança no príncipe encantado.
3- Sério que o chefe dela pede pra que ela convença os donos do resort de fazer um negócio com ele e ela em momento algum se pergunta se ele é confiável e se ela não vai se arrepender muito caso algo dê errado?
4- O final, em que ela muito tardiamente encontra provas contra o chefe, vai se demitir, e não precisa fazer absolutamente nada pra que as coisas se ajeitem. O cara tá esperando por ela e a resgata quando o carro quebra - ela nem pede desculpa pela forma com que o tratou quando ele foi simplesmente alertá-la sobre as intenções do chefe - não há uma conversa em que ela também se desculpe com os antigos patrões dela, e, por fim, o príncipe encantado compra o local e entrega a ela, salvando-a e vivendo felizes para sempre. Inclusive, salvando-a da mãe, da sociedade, já que agora ela não é mais uma pessoa solteira nos eventos e almoços de família.
Poderia ser beeeem mais legal.
As Leis da Termodinâmica
3.2 56 Assista AgoraQue filme chato! A Netflix tá de parabéns pela sinopse, pq você começa a ver jurando que é interessante, mas, quanto mais o tempo passa, mais aquelas falas dos pesquisadores entre as cenas vão ficando entediantes. Assisti até o final só pq me coloquei essa meta mesmo,mas não te prende em nada.
Sierra Burgess é uma Loser
3.1 748 Assista AgoraO filme tem momentos pra te fazer gargalhar e se emocionar. A história é atual, embora tenhamos aqui uma romantização da atualidade. De início, até provoca nostalgia, te dá aquela saudadinha boa de ter alguém que te empolgue o suficiente pra contar o dia, aquele alguém que é ou um dia já foi a sua notificação favorita. Mais atual que isso é impossível.
Mas, falo em romantização, pq a gente sabe que na vida real histórias assim nem sempre terminam bem. Ainda mais em "cat fish". Na vida real, é muito difícil a pessoa que é sempre zoada virar melhor amiga da popular, e, inclusive, a popular virar uma pessoa incrível. O cara gato não se acha um fracassado e há sempre muitas muitas meninas em cima dele. Aliás, embora o ator tenha se dado bem nesse papel, eu me questiono pq repetir o mesmo e não ter trazido outro. Senti falta de maior participação dos pais na vida dela, achei problemático ele dizer no final que ela não era o tipo de muita gente, e, que, só assim ele pôde perceber que ela era o dele. Pontos positivos: Não terem sugerido uma dieta maluca ou mudança extrema de visual, como em todo clichê de comédia romântica, e, a música do final, que é mesmo linda.
Vidas à Deriva
3.5 280 Assista AgoraQue chute na minha canela foi esse filme!
Escrevendo por motivos de: Assisti ontem e continuo impactada!
Pelo início do filme, vc entende e se prepara mentalmente pro que vai acontecer, mas fica tão curiosa pra entender o que os levou até ali que vai se envolvendo.
Confesso que a tensão está tão presente o tempo inteiro no filme que eu comecei a olhar a hora pra ter uma noção de quando iria acabar. Eu curto dramas em que aquele sofrimento ocorrido pelos personagens os levem a um lugar melhor ou sejam superados, então ver aquela agonia 99% do tempo me deixou ansiosa. Ficava me perguntando: Gente, que ideia louca foi essa? Pq só os dois? O perigo era tão previsível que a sensação que dá é que eles se colocaram em risco fazendo aquilo.
Fiquei tocada com o fato de que aquilo não foi um caso e que eles realmente se apaixonaram. Ainda me surpreendo com a segurança de quem quer alguém pra vida inteira e verbaliza isso. Aí eu lembro que a história aconteceu nos anos 80 e penso que deve ser isso. Chorei de muita tristeza quando descobri que ele havia morrido bem antes e acho sempre de partir o coração que pessoas que se amem não fiquem juntas pra sempre. Cada vez que penso que isso realmente aconteceu e que ela não enlouqueceu real sozinha em alto mar me assusto. É um filme triste, sobretudo.
Para Todos os Garotos que Já Amei
3.7 1,2KAi, gente, que filme fofinho!
A gente se sente meio a Lara Jean e fica torcendo pelo final feliz dela, já que esse happy end também significa a possibilidade de um final feliz pra gente. Me identifiquei tanto sobre primeiro namoro, sobre adorar romance e não vivê-lo... E o mais legal é que em momento nenhum se fez bullying sobre ela. Existe a questão de ela ser reservada e não popular, mas não é levantado a questão dos garotos serem gatos e ela não estar a altura, um clichê de baixa auto estima feminina em várias outras comédias românticas, por exemplo.
Achei que o final em si foi arrastado e que ela demorou demais pra tomar uma atitude. Teria como ser coerente à ela e ainda assim dar um pouco mais de dinâmica, afinal, tava na cara o tempo inteiro que o menino gostava dela. Um outro ponto bacana é que a gente é inclinada a shippar com o melhor amigo por quem ela era apaixonada antes de ele se envolver com a irmã, e depois a narrativa vai mudando completamente. Ainda que o momento em que ela simplesmente não dá explicação nenhuma a ele quando ele vai procurá-la com a carta na mão incomoda.
Uma Quase Dupla
2.5 156Sei que a intenção é comentar após ver o filme, mas, cara, que difícil comprar esse roteiro. Uma coisa muito massa é quando tu percebe que a ideia surgiu e aquilo seria perfeito num filme. Outra, que ficou a entender, nesse caso, é quando tu tem condição de fazer filme e busca algo bem clichê pra se encaixar ali e tentar gerar boa bilheteria. Nada, absolutamente, nada contra filmes comerciais e sobre o cinema como entretenimento, que, aliás, frequento, mas, pô, galera, não subestima o senso do expectador não.
Oito Mulheres e um Segredo
3.6 1,1K Assista AgoraApaixonada por todo o elenco e pela delícia que é a união feminina.
Sandra Bullock mais uma vez maravilhosa! Que mulher!
Até desculpo o clichê de mulher unida em torno da vingança por conta de um macho. E concordo que tava tudo tão cuidadosamente feito pra dar certo que a gente tem uma hora que só aceita e pára de questionar ~ como as velhinhas venderam as jóias de boa e só as pegaram depois que o dinheiro já estava na conta do cara? ~ Ou como ninguém examinou as demais jóias, somente se deram conta do roubo do colar?
Presos No Paraíso
2.6 24Ô gente, eu amo um clichêzinho sessão da tarde, mas, passar o filme todinho pra beijar só no final testa demais a paciência, viu?
A Barraca do Beijo
2.9 928 Assista AgoraEu tava preparada pra outros tipos de clichês aí que não aconteceram, e, ainda bem: 1- Pensei que após ficar com o irmão crush da vida toda, ela fosse achar ele um babaca e se dar conta de que gosta é do melhor amigo - graças que isso não aconteceu! (vamo combinar que esse lance dele de brigar o tempo todo e dizer que isso é parte da natureza dele, junto a ela se sentir a responsável por fazer ele se acalmar é bem machistinha sim); 2- Pensei que a mulher fosse culpá-la, dizer que ela separou os irmãos (o que seria bem machista e bem próximo do que a gente vê na vida real. Ainda bem que não!). Amei ter simple minds na trilha sonora. Amo clichê adolescente e essa transformação que a gente se sente ficando adulta e começando a entender as paradas ao viver o primeiro amor.
A Linha Vermelha do Destino
3.4 76Chateadíssima eu fiquei por ela não ter tido coragem de descer do carro naquela hora. Ao mesmo tempo, você consegue entender a dor dela de construir algo em cima da dor do marido e da separação temporária do filho. Mas, putz, ô vontade de entrar na tela, pegar a mãozinha dela e dizer: vá lá, meu anjo. Todo mundo já descobriu, cê já saiu de casa.
Casamento Grego 2
3.3 206 Assista AgoraGeeente, que saudade que eu tava deles!
Deu até saudade de ter casamentos na minha família.
Muito bom!
Bye Bye Jaqueline
1.5 14Cara, ainda com pouca expectativa, o filme oferece uma experiência decepcionante.
Ele esteve em cartaz na minha cidade há algumas semanas e, depois de assistir, eu me pergunto como chegou até o circuito comercial. Isso por que o filme parece um ensaio para todo mundo que tá começando. Roteirista, cinegrafista, e, principalmente, elenco de atores.
A começar que a gente não sabe especificamente em que região do país está sendo filmado. Você se liga que parece ser o sul pela quantidade de “guria” que as meninas soltam nas conversas.
O diálogo, por exemplo, entre Jaqueline e sua amiga, quando essa confessa que teve um rolo com o crush dela antes, é constrangedor de tão fraco de interpretação.
A cena da festa na casa da menina também é cheia de problemas. A trilha sonora muda, fica lenta, e o mesmo grupinho que já foi filmado dançando ganha close novamente e eles estão fazendo os mesmos passos, pulando e sorrindo, claramente fazendo aquilo pra câmera, com zero naturalidade.
E no final, você não entende se os guris realmente fizeram a aposta pro menino transar com a Jaqueline, se ele tá afim dela de verdade, se ele vai viajar mesmo como o amigo ameaçou contar. Ficou bem vazio.
Repito, é como se todo mundo ali tivesse aprendendo junto a fazer um filme e ainda não tivesse maduro o suficiente pra ganhar veiculação comercial.
O Que te Faz Mais Forte
3.3 221 Assista AgoraPonto para a seleção de elenco. Todos muito reais, humanos, com suas rugas, seus costumes e seus traços. ponto para o Jake e a Tatiana, que deram o ponto certo da vivacidade de seus personagens.
Ainda assim, enquanto expectadora, quando assisto um drama, um filme sobre superação, eu quero me emocionar, pq esse é o objetivo do filme, mas quero, acima de tudo, sair com um sentimento positivo do cinema. Quando ele te faz chegar até a melancolia e, após os créditos, você ainda continua triste, acredito que o intuito não tenha sido alcançado.
Embora o final seja de superação e prevalecimento do amor, 95% do filme é sobre os conflitos vindos com a nova condição do paciente, tudo isso pra um final resumido em 5 ou 10 minutos que não dá tempo que o expectador saia do clima de tristeza e encare a situação com esperança ou otimismo. Por isso, saí um pouco frustrada e com a sensação de que o enredo poderia ter sido melhor explorado e menos maçante.
Cinquenta Tons de Liberdade
2.5 453Pouco mais de 24 horas que assisti e ainda tenho a frustração como a primeira palavra pra definir a ida ao cinema.
E falo isso não especificando a questão da romantização do relacionamento abusivo (que existe), mas, enquanto consumidora do longa.
O fato é que eu fui até lá pela excelente publicidade. Foram tantos teasers, tantas imagens, notícias e entrevistas, que, quando vc se dá conta, também está contando os dias pra estréia. E é justamente por isso que vem a frustração, pq não há nada mais sem graça que o trailer do filme ter mais emoção que ele próprio.
Começamos com um casamento que foi super rápido. Depois, uma sequência de momentos românticos na lua de mel que não deram a mesma emoção dos filmes anteriores, parecia até que não rolou a mesma química ou que aquelas cenas estavam sendo reaproveitadas. A maior parte do filme se concentrou neles com medo de um criminoso que só deixava pistas, de modo que chegava uma hora que você mesma se dá conta de que já está no cinema há algum tempo.
E, principalmente, você quer que aquilo tenha logo um desfecho pois espera que a gestação dela ganhe espaço também. O que, a meu ver, foi exposto às pressas, com um fim também sem emoção alguma. Até mesmo a parte em que ela olha pra ele e aparece um flash dos primeiros filmes, recurso que costuma provocar emoção, não surtiu efeito. Como pessoa que comprou a história, esperava mais. Esperava um maior equilíbrio das coisas abordadas, esperava que eles tivessem evoluído na química e esperava um gran finale como prometido no trailer.
Já sobre os pontos que me incomodaram enquanto mulher, são eles: A forma como eles resolvem tudo sendo somente no sexo, a cena esquisitissima no carro, como se eles já tivessem excitados e fosse somente "encaixar", o mito de que mulheres amadurecem mais rápido sendo reforçado, já que ela tem que segurar as barras dele, fico me perguntando como ela assimilou tão rápido que uma vida com ele é uma vida sem amigos, família ou qualquer coisa que não seja trabalhar e ir pra casa transar.
Como já dito aqui, é mesmo incômodo pensar que muitas de nós estejam indo ao cinema pra ver o casal e desejar um relacionamento desse, ou se sinta mal por não ter alguém que a queira assim. O filme acaba por ter a mesma função do instagram: Maquiar a realidade e mostrar uma vida luxuosa e perfeita na vitrine assistida pelos mortais.
Cromossomo 21
3.5 18Apesar de achar louvável a realização do filme, temos sim, alguns aspectos que podiam ser melhorados.
Os personagens precisariam ser melhor trabalhados em suas questões emocionais. No longa, são declaradamente vilões e mocinhos, sem nuances. A própria atuação do protagonista e da sua mãe deixam a desejar (a fala desta última parece de vilã de desenho, você acha que é tudo uma grande brincadeira entre eles). O protagonista é tão bobinho e dependente da mãe que também fica difícil de comprar a sua versão. O figurino escolhido também apresenta problemas. Em uma das cenas perto do final do filme, a protagonista está com um tomara que caia e quando ela levanta do banco, a câmera pega as costas do vestido com o ziper aberto. A trilha sonora, que te abre um sorriso quando a primeira música é da Clarice, fica repetitiva quando pelo menos três músicas seguidas dela tocam em momentos distintos. São diversas questões que poderiam ser melhor exploradas, a partir da ideia do roteiro, se apoiadas por um cineasta experiente, a fim de que o próprio idealizador ganhasse maturidade a partir da construção do filme.
Mais uma vez, parabenizo pela existência deste, foi com grata surpresa que assisti à exibição do longa numa sala de cinema que só costuma exibir filmes comerciais, e fiquei feliz ao me deparar com uma mãe levando uma garotinha com síndrome de down para prestigiar. E, apesar das questões apontadas, saliento que o desejo de passar a mensagem foi realizado.
O Espírito do Natal
3.4 64Sabe aquela ideia de filme bobinho, mas quem bobeia é tu e derrama até umas lagriminhas no final? Bem assim.
O Príncipe do Natal
3.1 181 Assista AgoraSabe aquela escolha de domingo? Então.
É aquela coisa fofinha tipo sessão da tarde. :)
Doidas e Santas
2.1 25 Assista AgoraUfa, eu tava com receio de ser exceção, dá até um alívio saber que mais gente achou o filme fraco.
Tudo bem, livro é uma coisa, filme é outra, não dá sempre certo comparar. Mas, quando se trata de um texto da Martha Medeiros, autora de obras sempre tão provocativas e que dialogam tão bem com as questões femininas contemporâneas, fica difícil não criar expectativas. Além disso, temos a Maria Paula de protagonista, outra artista que não tem medo de sair do convencional. Ou seja, a intenção é que tivéssemos aí um longa diferente do padrão filmes que parecem novelas da globo que por sua vez são verossímeis às comédias românticas hollywoodianas.
Em algumas situações, a ação da protagonista não parecia próximo do real. Como ela decidiu separar, reforçada pelas opiniões alheias numa van. Flávia Alessandra, uma atriz experiente, deu um tom exagerado à vizinha da protagonista. A irmã ativista soou caricata, de forma que a sua dedicação à causa animal parecia diminuída, piada pronta. Somos todas loucas, mas faltou um temperinho na medida certa pra conseguir explicar tudo isso, saindo do clichê.
Amor & Amizade
3.2 90 Assista AgoraFigurino, ambientação, diálogos... É tudo delicioso e remete à Jane. Mas tal qual todas as suas obras anteriormente adaptadas à ficção, senti falta do elemento que iria se contrapor aos abusos de Lady Susan. Quem, em toda a obra, conseguiria enxergá-la, e, se não se envolver na trama, apenas apontar e ler tudo o que estava acontecendo? Embora ela não agrade a todos, e alguns personagens denunciem suas atitudes, ainda assim é muito pouco perto do controle que ela tenta a todo custo ter. Fiquei pensando, então, que a crítica que a autora tentou fazer foi mais sútil.
Assim que vi sua filha, achei que o par ideal pra ela seria o futuro marido que Lady Susan estava guardando para si mesma. Feliz que isso pode ser desfeito e uma pena que a construção do interesse dos dois não foi mais trabalhada. Até pra que a gente pudesse acreditar que ele havia superado e que a menina finalmente tinha conseguido o casamento por amor que esperava. Talvez sejam mesmo falhas da adaptação. Ainda assim, uma alegria encontrar adaptações de Jane.
Depois Daquela Montanha
3.2 389 Assista AgoraVejo o trailer desse filme no cinema: Sim, eu quero ver!
No cinema, vendo o filme, o avião cai e tem um cachorro no meio: Pq foi que eu vim?
Como em filmes em que a sobrevivência é testada ao limite, vários personagens vão sendo sacrificados pelo caminho, e 80% dele são cenas em que estão perdidos, minha tensão era justamente sobre todos e principalmente o cachorro sobreviverem.
Então, alguns pontos que me fizeram sair feliz:
1- O cachorro fica bem e é adotado pelo protagonista no final.
2- O romance entre eles.
3- Uma bela surpresa encontrar Dermot Mulroney, o lindo de "Muito bem acompanhada",
participando aqui.
4- O filme não acaba quando eles são resgatados. Se estende mostrando as consequências disso na vida deles e amo ter acesso a isso.
O Estado das Coisas
3.4 103 Assista AgoraA sinopse fisga.Todos achamos que as pessoas ao nosso redor levam vidas mais legais e estão mais felizes. (Essa sensação tem até nome, eu é que não tô achando agora).
Por conta disso, assim que começa o filme, previsivelmente você espera que o objetivo seja que o protagonista se dê conta de que ele não é um fracassado. Você vai compreendendo as angústias dele, mas quando chega ao ponto em que esse comportamento respinga no filho, (como a cena em que ele começa a falar incontrolavelmente na sala enquanto espera a entrevista do garoto, ou quando ele vai sozinho encontrar as meninas no bar depois que o filho dormiu), tudo o que pensei foi: Cara, ele precisa fazer uma terapia, se cuidar, conseguir dormir melhor. E passei a ficar preocupada sobre o menino não se dar bem por conta das lamúrias do pai. E que bom ver que o jovem parecia administrar melhor o nervosismo e a situação. Chegou um momento em que tudo foi ficando cansativo. Algumas frases bacanas que dão mote pra sua própria reflexão, mas não um ponto alto em si. Principalmente o final, em que a gente não ficou sabendo se o garoto foi aprovado e em qual faculdade. Ben Stiller fez uma boa atuação, mas o personagem dele era chato.
Voando para o Amor
2.7 51Não foge ao clichê do mulher bem sucedida profissionalmente procura um grande amor. Só que é caricato, desde a protagonista, aos melhores amigos dela, a mãe pressionando, a irmã mais nova imatura... Tudo bem abordar o assunto, só poderia ser mais próximo do real. As viagens que ela faz e a forma como cada ex age, como ela consegue simplesmente se sair deles pra virar tragicômico, vira aquela coisa artificial e pouco crível.
O Filme da Minha Vida
3.6 500 Assista AgoraGosto muito do Selton Mello. Tanto que eu tava pronta pra aplaudir esse filme assim que eu soube da existência dele, antes de assistir.
E aí que não deu pra ir vê-lo no cinema. Depois de vários contratempos, eu e o filme nos encaramos este final de semana.
Resultado, um diálogo comigo: Sério que eu não gostei? Tenho certeza?
Escrevo essa resenha por entender que o conceito de amar ou não uma obra é em grande parte pessoal e não diz especificamente sobre a qualidade do filme. Então vamo às impressões:
Achei que o longa queria a todo momento se firmar cult. E quando ele diz pra mim que é cult e não eu que o enquadro nisso, isso me faz perder o brilho. A primeira cena em que a personagem da Bruna aparece, falando pra câmera, me fez ter a mesma impressão. Pessoa se esforçando pra parecer autêntica, excêntrica. Eu não fui cativada por ela. Entendo completamente que se passa no Sul e a fotografia, e a paleta de cores e tudo isso remetam ao período e a região que ele retrata, mas, a sensação de melancolia que ele passa desagradou. Assim como a trilha sonora. Precisei pausar quando ficava cansativo demais pra acompanhar e assim o assisti em três momentos diferentes do dia. Se fosse resumir o que achei seria: Lento, de forma que parece que o roteiro foi alongado e ficou dando voltas. Voltas essas que deixaram algumas lacunas sobre personagens que existiram e não tiveram seus posicionamentos ao final. Ainda assim, um viva à sua existência. Todo filme nacional que nasce, ao meu ver, é uma grande vitória.