É sabido que Kusturica é um grande diretor reconhecido mundialmente por trabalhos como, "Gata Preta, Gato Branco", "Vida Cigana" e tantos outros trabalhos, portanto não seria surpresa esperar algo especial e peculiar vindo de sua parte. Esse documentário segue uma linha diferente que o habitual, ele não procura fazer um registro histórico mas sim ser bem intimista. É interessante notar como Maradona deixou há tempos de ser encarado por muitos como uma figura meramente humana e se tornou um ser folclórico. Acompanhar todo o culto que se dá em torno dele, de seus feitos, a necessidade humana idólatra que chega as vias de criar uma religião para sua persona é no mínimo curioso. O que mais me chamou a atenção, é perceber o quão o esportista é querido por muitos do jeito que ele é, imperfeito, cheio de erros, humano, e talvez até exemplar por não fugir de seus próprios atos, encarando seus demônios, refletindo sobre sua autodestruição em certos momentos. Ao fim, como em "Touro Indomável" de Scorsese, nota-se que é possível enxergar poesia até mesmo na brutalidade. Concluo que o futebolista se tornou uma figura mítica alçando um nicho que poucos alcançaram; a destruição do mito da morte. Um dia a natureza irá reclamar sua biologia terrena, no entanto sua lenda paradoxalmente permanecerá viva. Como diria o genial Borges: "existe um rio cujas águas dão a imortalidade; em alguma região haverá outro rio cujas águas a apaguem. O número de rios não é infinito; um viajante imortal que percorra o mundo acabará, algum dia, tendo bebido de todos".
O filme é bem voyeur, bem contemplativo mesmo, essa é uma linguagem que dialoga comigo e do qual sou grande apreciador . Certa vez vi uma entrevista do Mario Vargas Llosa onde ele dizia que tinha há impressão de que alguns escritores depois alcançarem seu auge, tudo que vem à seguir em suas obras de alguma forma permeiam um único mote, e essa é a impressão que tenho de Malick pós Árvore da vida, que é sua obra-prima na minha opinião. É como se seus filmes posteriores fossem um "apêndice" se assim posso classificá-los, de um mesmo universo tangível. Havia gostado de "Amor Pleno", porém gostei mais de "O Cavaleiro de Copas". Achei ele mais ousado em certos aspectos. Porém sua marca continua lá, diálogos existencialistas e uma fotografia sublime.
O filme é bom, o elenco está bem, os diálogos bem afiados, a direção é competente e o roteiro bem amarrado. Destaco o desempenho de Mark Ruffalo, competente como sempre. Michael Keaton está bem, porém se for indicado ao Oscar na categoria de coadjuvante, será por puro "Lobby" em uma clara tentativa de dar à Academia a oportunidade de premiá-lo por um erro passado. Analisando por mérito, quem deve ser indicado como coadjuvante é Ruffalo. O que realmente chama à atenção, é poder presenciar esse registro histórico da exposição de velhas chagas antes acobertadas por uma entidade que se auto - considerava imbatível, onipresente e onisciente. Entidade essa que há séculos, suplantou na mente alheia seus dogmas arcaicos, fazendo com que um inconsciente coletivo monstruoso massacrassem com todos àqueles que não se encaixavam em sua podre concepção. Não me refiro aqui na acepção da filosofia , mas sim sobre como "homens" verteram ensinamentos de amor em discursos de ódio e assim o continuam fazendo "day by day". Há obra não é tão Cáustica como um filme de Almodóvar, porém cumpre com sua proposta.
Vou até repetir minhas impressões pois esse filme merece!
"Do pó viemos e ao pó voltaremos (GN 3:19)"
Quando forem assistir The Revenant esqueçam de muita coisa que já viram, ou não, se lembrem de tudo e enxerguem uma provável comunhão de fatores. Acredito que me encontrei com à obra-prima do jovem tequileiro Iñárritu até o dado momento de sua carreira. Desde de Sangue Negro, Onde os Fracos Não Têm Vez e Batman o Cavaleiro das Trevas eu não havia presenciado uma obra tão intensa norte-americana. O filme emula tudo àquilo de mais primitivo e animalesco que somos porém fingimos não mais ser. Lubezki entrega uma fotografia ao nível de excelência de seus próprios trabalhos anteriores, A Árvore da Vida, Filhos da Esperança, Gravidade, talvez até se auto superando. Iñárritu filma fazendo planos e transições difíceis de se imaginar como foram executadas. Em uma incrível crescente decrescente, paradoxalmente o filme vai à galopes monstruosos desenhando um ritmo frenético alternando os batimentos cardíacos do telespectador. Há ambientação em luz natural, assim como figurino, cenário, trilha, o desempenho dos atores, tudo, tudo beira o sublime dentro da proposta, se encaixando de uma forma alucinante. Ademais as canções compostas por Ryuichi Sakamoto, Alva Noto, Bryce Dessner remetem muito ao tribal, estranhamente ao oriental. Através de simbolismos e de como é formatado acredito que o filme tenha em sua alma o fôlego de alguém que dá seus últimos suspiros perante a morte cena após cena.
Eu tenho um apreço enorme pelos filmes de Almodóvar, geralmente são películas com tramas fortes e que me prendem muito pela maestria de Pedro na direção, seu domínio próprio sobre as cores muito me encanta. Reconheço que "Fale com Ela" talvez seja seu melhor roteiro, amo "A Flor do Meu Segredo" porém "Tudo Sobre Minha Mãe" é meu calcanhar de Aquiles dentro de sua filmografia. A forma como ele conduz o conto e principalmente como ele consegue transformar totalmente à atmosfera dessa história fazendo com que até as personagens "em tese" masculinas carreguem à frente de si uma aura feminina, gerando em mim um fascínio estonteante. Almodóvar parece compreender como poucos os meandros humanos de nossa complexa natureza e através dessa sensibilidade consegue transpor por conseguinte toda essa "delicada" "ferocidade" em seus filmes. Por fim para mim,"Tudo Sobre Minha Mãe" é uma homenagem às mulheres, ao universo LGBTT e se faz como um grande ode à liberdade e ao amor.
"Do pó viemos e ao pó voltaremos (GN 3:19)" Quando forem assistir The Revenant esqueçam de muita coisa que já viram, ou não, se lembrem de tudo e enxerguem uma provável comunhão de fatores. Acredito que me encontrei com à obra-prima do jovem tequileiro Iñárritu até o dado momento de sua carreira. Desde de Sangue Negro, Onde os Fracos Não Têm Vez e Batman o Cavaleiro das Trevas eu não havia presenciado uma obra tão intensa norte-americana. O filme emula tudo àquilo de mais primitivo e animalesco que somos porém fingimos não mais ser. Lubezki entrega uma fotografia ao nível de execelência de seus próprios trabalhos anteriores, A Árvore da Vida, Filhos da Esperança, Gravidade, talvez até se alto superando. Iñárritu filma fazendo planos e transições difíceis de se imaginar como foram executadas. Em uma incrível crescente decresente, paradoxalmente o filme vai à galopes monstruosos desenhando um ritmo frenético alternando os batimentos cardíacos do telespectador. Há ambientação em luz natural, assim como figurino, cenário, trilha, o desempenho dos atores, tudo, tudo beira o sublime dentro da proposta, se encaixando de uma forma alucinante. Ademais as canções compostas por Ryuichi Sakamoto, Alva Noto, Bryce Dessner remetem muito ao tribal, estranhamente ao oriental. Através de simbolismos e de como é formatado acredito que o filme tenha em sua alma o fôlego de alguém que dá seus últimos suspiros perante a morte cena após cena.
O filme é realmente algo especial. Desde de Star Trek um dos grandes pontos fortes de J.J (há meu ver) é sempre a escolha acertada do elenco de seus filmes. Nessa obra ele deu uma segurada em seus flemings em excesso e isso foi muito positivo. Daniel Mindel realmente abusou no esmero da fotografia. Também é possível notar o cuidado de Lawrence Kasdan com o roteiro, afinal caminhou por uma linha muito tênue no entanto conseguiu acertar em cheio o alvo da nova proposta. Gosto de CGs, não em exagero como em O Hobbit por exemplo, e aqui eles mandaram bem ao mesclar efeitos práticos com toda essa nova tecnologia disponível hoje em dia, passando assim um lúdico realismo, e isso faz toda a diferença positivamente. Os personagens são bons, seus arcos são bem amarrados, são carismáticos e realmente entendo a ideia que aqui foi homenagear o cânone e fisgar toda uma nova geração, e fizeram isso com real maestria. O filme realmente segue uma clara linha de construção dos antigos, até mesmo nas apresentações e referências, porém toda a saga é composta por essa estrutura, portanto não enxergo como demérito. Existem algumas alternativas que tiveram de ser imediatistas pela proposta, lógico, mas nada que comprometa o resultado final. O filme é emocionante e isso eu achei encantador, não apelou pela ação pela ação como vemos constantemente hoje em dia. Acredito que cumpriu seu propósito, cativou novos fãs e emocionou os antigos à um nível de fidelidade difícil de se ver nessas franquias. O filme é uma bela homenagem a muitas coisas, emociona, arrepia, encanta. Entretenimento construído com qualidade e amor. Algo de muito positivo virá por consequência. Para se criticar algo é sempre necessário se contextualizar, portanto a obra não só cumpriu com sua promessa, ela conseguiu ir além!
Marlon Brando em sua reclusão registrou em áudio várias e várias horas de sua reflexões, seus medos, suas decepções. Existem inclusive várias narrativas do próprio em regressão psiquiátrica. Pra mim que sou fã do trabalho do cara, foi muito revelador. Foi intenso e doloroso presenciar como uma super exposição pode nos afetar tanto ao ponto de não sabermos mais quem somos. Sem justificativa de erros, a obra aponta de uma forma muita intimista um ser humano como outro qualquer, sujeito à falhas e frequentemente mal interpretado justamente pela adoração. Mostra como a mídia pode ser cruel. Acompanha um ator que saiu do nada e conquistou grandes feitos. Mostra como ele (Marlon Brando) teve que enfrentar seus demônios, encarar seus medos e sublimar seus traumas através da arte, desde sua infância conturbada até sua carreira gloriosa. No fundo, a sensação que nos deixa, é que ele era alguém que queria ser ouvido, onde muitas vezes ele precisou de ajuda porém encontrou apenas solidão em seu caminho. Construíram para ele um falso castelo de cartas e quando ele quis voltar, parece ter sido tarde demais. Esse não é o relato de um "mito" ou de uma "lenda", mas sim de uma pessoa que em certos momentos não soube lidar com o turbilhão que foi alçado construindo assim uma armadura para não parecer vulnerável e quando sentiu necessidade de se despojar do que havia se armado, já tinha se acostumado com o terno não sabendo assim se desnudar do que nunca foi. Como ele mesmo diz, "somos todos atores, atuamos desde quando somos crianças, quando mentimos pra nossas mães, para não sermos punidos." Me emocionei muito, indico demais.
Como já sabemos pela sinopse, o filme se dá em torno de um relacionamento em uma época de muita opressão e repressão social. Gostei da direção de Todd Haynes especialmente quando ele intercala closes, detalhes, pensamentos, olhares, em busca de uma emoção contida porém não menos intensa, pelo contrário, ele faz isso sem ser piegas. Achei a direção e trama acertada, à ambientação boa, também gostei da melancólica e minimalista canção composta por Carter Burwell, porém o pilar do filme reside no desempenho das atrizes. Como diriam os franceses, as duas atrizes estão um verdadeiro "tour de force". Cate Blanchett está elevando sua carreira há um patamar bem restrito de se alçar. Ela (Blanchett) com seus maneirismos e nuances se agiganta perante as câmeras, camaleoa por natureza, consegue se impor ou mesmo parecer frágil numa fração de segundos. Rooney Mara mesmo com uma arquétipo "petit" se assim posso classificá-la, não fica atrás e consegue ser voraz quando necessário. A química entre as duas está realmente excepcional . Não vi ainda a aclamada atuação de Brie Larson, porém suponho que ao menos um Oscar já tenha um endereço pelo que noto e tenho acompanhado, e se tanto Blanchett quanto Mara levarem os respectivos prêmios por suas categorias, não ficarei surpreso. Como cinema não é uma ciência exata, o filme dividirá opiniões claro. Enquanto alguns irão se emocionar outros irão se frustar, porém sabemos que isso é algo natural. Eu, particularmente gostei. Achei uma singela e sensível história de amor.
É sabido que a Pixar é uma verdadeira fábrica de sonhos. Não poderia ser diferente. Após seu mais recente trabalho Divertida Mente, ela novamente nos entrega uma verdadeira Obra-Prima. Obra essa bem abrangente em vários sentidos, consegue lidar com maestria sobre vários temas relevantes, como coragem, afeto, respeito, integração e lógico tudo isso carregado de humor e de um primor visual. Sublime.
Mesmo sendo um tema delicado, conseguiu ser abordado com muito esmero e sensibilidade através da proposta imposta pelo diretor! Isso me surpreendeu e me tocou de verdade. Com uma técnica de direção bem apurada e de vanguarda, o filme se fez uma verdadeira obra-prima!!! Uma pérola do cinema! Recomendo! Valeu cada instante!!!
Galera vamos fazer uma campanha de mobilização para a legenda desse filme, que isso o filme já está disponível pra download tem um tempão, é de um um diretor GENIAL, com um SUPER elenco e nada de legenda!!! Agora se fosse Transformers, já teriam legendas disponíveis no dia seguinte, isso é uma falta de respeito com a Sétima Arte, pô!
Maradona
3.5 40É sabido que Kusturica é um grande diretor reconhecido mundialmente por trabalhos como, "Gata Preta, Gato Branco", "Vida Cigana" e tantos outros trabalhos, portanto não seria surpresa esperar algo especial e peculiar vindo de sua parte.
Esse documentário segue uma linha diferente que o habitual, ele não procura fazer um registro histórico mas sim ser bem intimista. É interessante notar como Maradona deixou há tempos de ser encarado por muitos como uma figura meramente humana e se tornou um ser folclórico. Acompanhar todo o culto que se dá em torno dele, de seus feitos, a necessidade humana idólatra que chega as vias de criar uma religião para sua persona é no mínimo curioso. O que mais me chamou a atenção, é perceber o quão o esportista é querido por muitos do jeito que ele é, imperfeito, cheio de erros, humano, e talvez até exemplar por não fugir de seus próprios atos, encarando seus demônios, refletindo sobre sua autodestruição em certos momentos. Ao fim, como em "Touro Indomável" de Scorsese, nota-se que é possível enxergar poesia até mesmo na brutalidade. Concluo que o futebolista se tornou uma figura mítica alçando um nicho que poucos alcançaram; a destruição do mito da morte. Um dia a natureza irá reclamar sua biologia terrena, no entanto sua lenda paradoxalmente permanecerá viva. Como diria o genial Borges: "existe um rio cujas águas dão a imortalidade; em alguma região haverá outro rio cujas águas a apaguem. O número de rios não é infinito; um viajante imortal que percorra o mundo acabará, algum dia, tendo bebido de todos".
Cavaleiro de Copas
3.2 412 Assista AgoraO filme é bem voyeur, bem contemplativo mesmo, essa é uma linguagem que dialoga comigo e do qual sou grande apreciador . Certa vez vi uma entrevista do Mario Vargas Llosa onde ele dizia que tinha há impressão de que alguns escritores depois alcançarem seu auge, tudo que vem à seguir em suas obras de alguma forma permeiam um único mote, e essa é a impressão que tenho de Malick pós Árvore da vida, que é sua obra-prima na minha opinião. É como se seus filmes posteriores fossem um "apêndice" se assim posso classificá-los, de um mesmo universo tangível. Havia gostado de "Amor Pleno", porém gostei mais de "O Cavaleiro de Copas". Achei ele mais ousado em certos aspectos. Porém sua marca continua lá, diálogos existencialistas e uma fotografia sublime.
Macbeth: Ambição e Guerra
3.5 383 Assista AgoraMano, no Filmow deveria ter a opção de status: Há ponto de vender um rim por um torrent rssss
Spotlight - Segredos Revelados
4.1 1,7K Assista AgoraO filme é bom, o elenco está bem, os diálogos bem afiados, a direção é competente e o roteiro bem amarrado.
Destaco o desempenho de Mark Ruffalo, competente como sempre.
Michael Keaton está bem, porém se for indicado ao Oscar na categoria de coadjuvante, será por puro "Lobby" em uma clara tentativa de dar à Academia a oportunidade de premiá-lo por um erro passado. Analisando por mérito, quem deve ser indicado como coadjuvante é Ruffalo.
O que realmente chama à atenção, é poder presenciar esse registro histórico da exposição de velhas chagas antes acobertadas por uma entidade que se auto - considerava imbatível, onipresente e onisciente.
Entidade essa que há séculos, suplantou na mente alheia seus dogmas arcaicos, fazendo com que um inconsciente coletivo monstruoso massacrassem com todos àqueles que não se encaixavam em sua podre concepção. Não me refiro aqui na acepção da filosofia , mas sim sobre como "homens" verteram ensinamentos de amor em discursos de ódio e assim o continuam fazendo "day by day".
Há obra não é tão Cáustica como um filme de Almodóvar, porém cumpre com sua proposta.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraVou até repetir minhas impressões pois esse filme merece!
"Do pó viemos e ao pó voltaremos (GN 3:19)"
Quando forem assistir The Revenant esqueçam de muita coisa que já viram, ou não, se lembrem de tudo e enxerguem uma provável comunhão de fatores.
Acredito que me encontrei com à obra-prima do jovem tequileiro Iñárritu até o dado momento de sua carreira. Desde de Sangue Negro, Onde os Fracos Não Têm Vez e Batman o Cavaleiro das Trevas eu não havia presenciado uma obra tão intensa norte-americana. O filme emula tudo àquilo de mais primitivo e animalesco que somos porém fingimos não mais ser. Lubezki entrega uma fotografia ao nível de excelência de seus próprios trabalhos anteriores, A Árvore da Vida, Filhos da Esperança, Gravidade, talvez até se auto superando. Iñárritu filma fazendo planos e transições difíceis de se imaginar como foram executadas. Em uma incrível crescente decrescente, paradoxalmente o filme vai à galopes monstruosos desenhando um ritmo frenético alternando os batimentos cardíacos do telespectador. Há ambientação em luz natural, assim como figurino, cenário, trilha, o desempenho dos atores, tudo, tudo beira o sublime dentro da proposta, se encaixando de uma forma alucinante. Ademais as canções compostas por Ryuichi Sakamoto, Alva Noto, Bryce Dessner remetem muito ao tribal, estranhamente ao oriental.
Através de simbolismos e de como é formatado acredito que o filme tenha em sua alma o fôlego de alguém que dá seus últimos suspiros perante a morte cena após cena.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraEssa junção Iñárritu + Lubezki + Leonardo DiCaprio = Barcelona do Cinema
Tudo Sobre Minha Mãe
4.2 1,3K Assista AgoraEu tenho um apreço enorme pelos filmes de Almodóvar, geralmente são películas com tramas fortes e que me prendem muito pela maestria de Pedro na direção, seu domínio próprio sobre as cores muito me encanta. Reconheço que "Fale com Ela" talvez seja seu melhor roteiro, amo "A Flor do Meu Segredo" porém "Tudo Sobre Minha Mãe" é meu calcanhar de Aquiles dentro de sua filmografia.
A forma como ele conduz o conto e principalmente como ele consegue transformar totalmente à atmosfera dessa história fazendo com que até as personagens "em tese" masculinas carreguem à frente de si uma aura feminina, gerando em mim um fascínio estonteante. Almodóvar parece compreender como poucos os meandros humanos de nossa complexa natureza e através dessa sensibilidade consegue transpor por conseguinte toda essa "delicada" "ferocidade" em seus filmes.
Por fim para mim,"Tudo Sobre Minha Mãe" é uma homenagem às mulheres, ao universo LGBTT e se faz como um grande ode à liberdade e ao amor.
O Regresso
4.0 3,5K Assista Agora"Do pó viemos e ao pó voltaremos (GN 3:19)"
Quando forem assistir The Revenant esqueçam de muita coisa que já viram, ou não, se lembrem de tudo e enxerguem uma provável comunhão de fatores.
Acredito que me encontrei com à obra-prima do jovem tequileiro Iñárritu até o dado momento de sua carreira. Desde de Sangue Negro, Onde os Fracos Não Têm Vez e Batman o Cavaleiro das Trevas eu não havia presenciado uma obra tão intensa norte-americana. O filme emula tudo àquilo de mais primitivo e animalesco que somos porém fingimos não mais ser. Lubezki entrega uma fotografia ao nível de execelência de seus próprios trabalhos anteriores, A Árvore da Vida, Filhos da Esperança, Gravidade, talvez até se alto superando. Iñárritu filma fazendo planos e transições difíceis de se imaginar como foram executadas. Em uma incrível crescente decresente, paradoxalmente o filme vai à galopes monstruosos desenhando um ritmo frenético alternando os batimentos cardíacos do telespectador. Há ambientação em luz natural, assim como figurino, cenário, trilha, o desempenho dos atores, tudo, tudo beira o sublime dentro da proposta, se encaixando de uma forma alucinante. Ademais as canções compostas por Ryuichi Sakamoto, Alva Noto, Bryce Dessner remetem muito ao tribal, estranhamente ao oriental.
Através de simbolismos e de como é formatado acredito que o filme tenha em sua alma o fôlego de alguém que dá seus últimos suspiros perante a morte cena após cena.
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraO filme é realmente algo especial. Desde de Star Trek um dos grandes pontos fortes de J.J (há meu ver) é sempre a escolha acertada do elenco de seus filmes. Nessa obra ele deu uma segurada em seus flemings em excesso e isso foi muito positivo. Daniel Mindel realmente abusou no esmero da fotografia. Também é possível notar o cuidado de Lawrence Kasdan com o roteiro, afinal caminhou por uma linha muito tênue no entanto conseguiu acertar em cheio o alvo da nova proposta. Gosto de CGs, não em exagero como em O Hobbit por exemplo, e aqui eles mandaram bem ao mesclar efeitos práticos com toda essa nova tecnologia disponível hoje em dia, passando assim um lúdico realismo, e isso faz toda a diferença positivamente. Os personagens são bons, seus arcos são bem amarrados, são carismáticos e realmente entendo a ideia que aqui foi homenagear o cânone e fisgar toda uma nova geração, e fizeram isso com real maestria.
O filme realmente segue uma clara linha de construção dos antigos, até mesmo nas apresentações e referências, porém toda a saga é composta por essa estrutura, portanto não enxergo como demérito. Existem algumas alternativas que tiveram de ser imediatistas pela proposta, lógico, mas nada que comprometa o resultado final. O filme é emocionante e isso eu achei encantador, não apelou pela ação pela ação como vemos constantemente hoje em dia. Acredito que cumpriu seu propósito, cativou novos fãs e emocionou os antigos à um nível de fidelidade difícil de se ver nessas franquias. O filme é uma bela homenagem a muitas coisas, emociona, arrepia, encanta. Entretenimento construído com qualidade e amor. Algo de muito positivo virá por consequência. Para se criticar algo é sempre necessário se contextualizar, portanto a obra não só cumpriu com sua promessa, ela conseguiu ir além!
A Verdade sobre Marlon Brando
4.4 71 Assista AgoraMarlon Brando em sua reclusão registrou em áudio várias e várias horas de sua reflexões, seus medos, suas decepções. Existem inclusive várias narrativas do próprio em regressão psiquiátrica. Pra mim que sou fã do trabalho do cara, foi muito revelador. Foi intenso e doloroso presenciar como uma super exposição pode nos afetar tanto ao ponto de não sabermos mais quem somos.
Sem justificativa de erros, a obra aponta de uma forma muita intimista um ser humano como outro qualquer, sujeito à falhas e frequentemente mal interpretado justamente pela adoração. Mostra como a mídia pode ser cruel. Acompanha um ator que saiu do nada e conquistou grandes feitos. Mostra como ele (Marlon Brando) teve que enfrentar seus demônios, encarar seus medos e sublimar seus traumas através da arte, desde sua infância conturbada até sua carreira gloriosa.
No fundo, a sensação que nos deixa, é que ele era alguém que queria ser ouvido, onde muitas vezes ele precisou de ajuda porém encontrou apenas solidão em seu caminho. Construíram para ele um falso castelo de cartas e quando ele quis voltar, parece ter sido tarde demais. Esse não é o relato de um "mito" ou de uma "lenda", mas sim de uma pessoa que em certos momentos não soube lidar com o turbilhão que foi alçado construindo assim uma armadura para não parecer vulnerável e quando sentiu necessidade de se despojar do que havia se armado, já tinha se acostumado com o terno não sabendo assim se desnudar do que nunca foi.
Como ele mesmo diz, "somos todos atores, atuamos desde quando somos crianças, quando mentimos pra nossas mães, para não sermos punidos."
Me emocionei muito, indico demais.
Carol
3.9 1,5K Assista AgoraComo já sabemos pela sinopse, o filme se dá em torno de um relacionamento em uma época de muita opressão e repressão social. Gostei da direção de Todd Haynes especialmente quando ele intercala closes, detalhes, pensamentos, olhares, em busca de uma emoção contida porém não menos intensa, pelo contrário, ele faz isso sem ser piegas. Achei a direção e trama acertada, à ambientação boa, também gostei da melancólica e minimalista canção composta por Carter Burwell, porém o pilar do filme reside no desempenho das atrizes. Como diriam os franceses, as duas atrizes estão um verdadeiro "tour de force". Cate Blanchett está elevando sua carreira há um patamar bem restrito de se alçar. Ela (Blanchett) com seus maneirismos e nuances se agiganta perante as câmeras, camaleoa por natureza, consegue se impor ou mesmo parecer frágil numa fração de segundos. Rooney Mara mesmo com uma arquétipo "petit" se assim posso classificá-la, não fica atrás e consegue ser voraz quando necessário. A química entre as duas está realmente excepcional . Não vi ainda a aclamada atuação de Brie Larson, porém suponho que ao menos um Oscar já tenha um endereço pelo que noto e tenho acompanhado, e se tanto Blanchett quanto Mara levarem os respectivos prêmios por suas categorias, não ficarei surpreso.
Como cinema não é uma ciência exata, o filme dividirá opiniões claro. Enquanto alguns irão se emocionar outros irão se frustar, porém sabemos que isso é algo natural. Eu, particularmente gostei. Achei uma singela e sensível história de amor.
O Bom Dinossauro
3.7 1,0K Assista AgoraÉ sabido que a Pixar é uma verdadeira fábrica de sonhos. Não poderia ser diferente. Após seu mais recente trabalho Divertida Mente, ela novamente nos entrega uma verdadeira Obra-Prima. Obra essa bem abrangente em vários sentidos, consegue lidar com maestria sobre vários temas relevantes, como coragem, afeto, respeito, integração e lógico tudo isso carregado de humor e de um primor visual. Sublime.
Arca Russa
4.0 182Uma das maiores obras cinematográficas que já vi até hoje!
Um feito único na Sétima Arte.
Lavoura Arcaica
4.2 381 Assista AgoraObra prima!
A Ilha do Milharal
4.0 40Algum Link?
Vício Inerente
3.5 554 Assista AgoraAlguém sabe se saiu a legenda????
Mommy
4.3 1,2K Assista AgoraMesmo sendo um tema delicado, conseguiu ser abordado com muito esmero e sensibilidade através da proposta imposta pelo diretor! Isso me surpreendeu e me tocou de verdade. Com uma técnica de direção bem apurada e de vanguarda, o filme se fez uma verdadeira obra-prima!!! Uma pérola do cinema! Recomendo! Valeu cada instante!!!
Mommy
4.3 1,2K Assista AgoraAlguém tem o link de alguma legenda em português galera???
Valeus!!!
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraAcabou de sair para torrent em vários formatos!!! Olha um link 1080p aí galera!!!
https://kickass.to/interstellar-i0816692/#1080p
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraAlguém sabe de alguma legenda em português?
Grandes Olhos
3.8 1,1K Assista grátisOlha um link da legenda do filme aí galera, pra quem for fazer download!!! https://www.legendasbrasil.org/legenda-big-eyes-2014-35304694.htm
Dias Perigosos: Realizando Blade Runner
4.3 11Alguém sabe de algum link onde eu possa ver esse filme com legendas em portugues?
Vício Inerente
3.5 554 Assista AgoraGalera vamos fazer uma campanha de mobilização para a legenda desse filme, que isso o filme já está disponível pra download tem um tempão, é de um um diretor GENIAL, com um SUPER elenco e nada de legenda!!! Agora se fosse Transformers, já teriam legendas disponíveis no dia seguinte, isso é uma falta de respeito com a Sétima Arte, pô!
Grandes Olhos
3.8 1,1K Assista grátisAlguém aí, sabe onde posso encontrar uma legenda?