Me gerou incomodo, surpresa, estranhamento, sai do filme sob o efeito do bombardeio de construções simbólicas e imagéticas e com meus fragmentos de possíveis entendimentos, mas como um filme nunca anda só, procurei ler sobre as entrelinhas de Leos Carax e toda essa superestrutura do fantástico, encontrei um conceito riquissimo de (re)construção de cinema, preciso reassistí-lo com estes novos olhos.
O diretor se coloca na posição de um adulto com uma lanterna na mão e quem assiste seu filme no lugar de uma criança pequena que segue os movimentos da luz, seja lá qual for a direção que o adulto a direcione, este é Holy Motors.
A forma de gravar achei muito foda, o começo do filme é muito criativo, o lance da fotografia a la cinema europeu sujão tambem, o roteiro é todo retalhado, as vezes se pensa que vai prum lado e vai pro outro, numa espécie de espiral, neurose, orgânico.
Dá pra fazer ene analises, por exemplo o lance da personagem sair da zona de conforto só pra cutucar com seu niilismo agressivo a podridão psíquica do outro...
e a trilha é boa bagarai.
The Feminists me lembrou demais a banda do Nick Oliveri, Mondo Generator: http://www.youtube.com/watch?v=ZqXi2BY3fyA
Acho que dá pra fazer uma análise histórica interessante, filme feito em 1945, no estouro da guerra, as incertezas oriundas dos ataques atômicos e um estado americano livre a pouco mais de uma década da lei seca, mas ainda dependente do forte alcoolismo que a ilegalidade velada trouxe durante toda a década de 1930(época de Al Capone); apesar da construção romantizada da degradação, há de se considerar a obra pois querendo ou não expos na figura da protagonista o tipo social da burguesia alcoolatra, degradada e desprendida de seus valores.
Vale muito pela relaçào organica das cenas com a interferencia do periodo eleitoral (radio/tv) e pelo texto final, a alegoria ludica da relaçào social frente a voracidade do mercado, filme dedo na ferida dos melhores filhos do capital.
hoje em dia nos filmes de ação tudo explode, voa, cada tiro uma bomba atomica, já nos classicos um tiro é sinmples e acertadamente um tiro. grande filme.
Gostei muito da fotografia e das tatuagens, destaque pra alguns dialogos bem interessantes, principalmente na cela quando as personagens conceituam liberdade. bom filme.
Pensar que o filme é de 2005 é no mínimo curioso, a pouco mais de um mês a Grécia de Gavras começou a vender alimentos com prazo de validade vencido e com preço reduzido para que os que não conseguem vencer a luta contra a inflação e o desemprego tenham alguma chance de ter o que comer. Já na França que radicou o diretor, a troca Sarkozy - Hollande não trouxe variabilidade socio - economca alguma, a adesão ao plano de austeridade da UE (TSCG) e as crescentes manifestações dos trabalhadores (como o caso das manifestações na Unilever) são provas de que o país também esta a merce do declive na onda cíclica do capital.
Entendo o filme como uma síntese empirica disto, a "reestruturação", um que de Darwinismo corporativo onde a força de trabalho e principalmente o individuo por tras dela são sumariamente suplantados pelas leis (no caso crises) de mercado.
Não enchergo antagonismo no protagonista, até por que há muito de pastelão na personagem, ele é mais um, que absorvido por sua ótica mais desesperada que psicótica decidiu a sua maneira "manipular" o resultado de sua entrevista, mas como disse anteriormente ele é apenas mais um na fila(o que é justificado no fim do filme), que se identifica e sofre com cada um de sua lista bizarra, como se fossem um reflexo da sua propria condição.
É um recorte da burguesia abastada que perde sua condição, da classe dominante que é assoitada a vender seus moveis ou a encarar outdoors e propagandas sobre luxo, este luxo que perderam em detrimento do "desaprumo" do sistema.
Um ótimo filme, não é um filme de tese, mas instiga boas reflexões.
Filmes se tornam cada dia mais um objeto fetichizado em detrimento das mensagens estéticas, culturais e sociais que possam trazer na bagagem, muitas pessoas vão assistir a um filme com o preceito que este tenha que valer cada minuto e centavo ali empregados, isso claro, dentro do seu conceito intimista sobre o que é um bom filme. Ir a um shopping comprar um sapato, a padaria comprar pão, assistir um filme, tudo mercadoria, ai mora o erro, filmes não são isso, assim são os que você assiste na tela quente, nem todo filme é mercadoria, nem todo filme é feito pra agradar, há filmes que são feitos justamente pra incomodar, questionar, e há pessoas que se dispoem apenas a consumir e consumir, e quando pessoas e filmes assim se encontram, você lê coisas do tipo "assisti 5 minutos e desisti", "joguei meu dinheiro fora, só assisti por que já tinha pago", "filme parado, não entendi nada".
Usar o Pattinson soou como uma jogada para experimentar os compradores de crepusculo em filmes ditos B, e esse tipo de resposta negativa da massa era provavelmente o que o Cronemberg esperava.
Um juiz, um comandante de avião, um produtor de TV, um chefe de cozinha e por fim, uma professora. passando por varias facetas da sociedade burguesa, Da lei a erudição, passando pelo refinado da gastronomia, todos e tudo naquele ambiente, letrados e burgueses, imediatistas e famintos, carne e fome a todo instante, mulheres, cordeiros e leitões, servidos à exaustão, bela crítica.
Destaque pra torta na forma da bunda da professora gordinha, pros gases de Michel e pra cena do Mastroianni no banheiro com a explosão de merda, genial.
No fim todos os escapismos exagerados, glutões dos prazeres, terminam no mesmo: na merda.
Block e Jöns, o cavaleiro e seu escudeiro, o mestre confuso e derrotado por suas verdades absolutas,vivendo numa alegoria, já seu escudeiro fincando os dois pés na realidade, o primeiro metafórico, o segundo realista e mordaz, inevitavel não enchergar Dom Quixote de la mancha nesta obra.
Esta obra é uma infinidade de interpretações em forma de filme, uma das coisas que me prenderam foi a ideia de libertação e merecimento pela arte, nem a fé moribunda de Block ao chamar o Deus ensurdecido, muito menos a força empírica de Jöns (este tinha por certo o embate já perdido com a peste) obtveram salvação, apenas o casal circense e seu pequeno filho, o futuro acrobata, o futuro que se equilibrará no arame, na corda bamba, sempre por um fio. no limite por ser humano, mas pertinente e dígno de salvação por ser arte.
A força do capital se chocando com diversas esferas: artística, social, psíquica... e em cada choque o mesmo rosto, a mesma expressão, indiferente a ação, ao risco, prazer ou dor, o mesmo semblante, fiz duas leituras disso: tanto o recorte sociológico do capital, que estampa sua existência justamente no risco, na destruição e auto regeneração, logo o ar indiferente, e também no trabalho mais antigo do Cronemberg, as feições chapadas, inexpressivas, um tanto dopadas (chivers, scanners, etc) que o tal Pattinson carrega o filme todo. Cronemberg faz do tal Pattinson uma espécie de boneco de massinha, o ícone pop das menininhas que ficam o dia todo no BBM (sadismo premeditado do Cronemberg em levar as teens do crepusculo ao cinema), sendo invadido das mais diversas formas possíveis, sobrevivendo e replicando, sendo destruido e destruindo, se regenerando e replicando, o capital personificado. Uma boa atuação empurrada pelo peso de um ótimo diretor. Muitos sígnos, em todo canto e a toda hora, roteiro truncado, mas não menos interessante por isso, o filme ao meu ver tinha um propósito maior, criar uma caricatura e fazer um tipo de experiencia, sentar os ratinhos de laboratório nas salas de cinema e, com o auxílio da presença do ratinho galan do momento, demonstrar atraves de alegorias como o sistema economico manipula e destroi para se suster. alguns entenderam, outros voltaram pra suas rodinhas de atividade achando o filme ruim e esperando o proximo amanhecer/anoitecer ou algo do genero.
O lirismo da escrita de Raduan mesclado a fotografia do filme são magistrais, mas...
Agora, analisando a obra com olhar cinematográfico obviamente acredito que o cinema possa e deva reproduzir obras literarias, mantendo sua essencia e sentido, mas há, indubitavelmente, uma distinção entre as duas artes, a linguagem empregada neste filme é, senão, uma reprodução quase fiel a escrita de Raduan, as quase 3 horas de filme são uma espécie de resumo estendido do livro, o que o torna um bocado cansativo.
As referencias são as melhores possíveis e a ideia da mistura oeste com o oriental foi bem interessante, criativa, mas... o enredo/diálogos são sofriveis, pobres até o último. aguentei 20 minutos e desisti de terminar de ver.
E nem sabia que era do Miike, pra quem assistiu Ichi não vai achar esse western muito legal mesmo, mas um diretor que vai de Zebraman a Visitor Q tem licença poetica pra muita coisa rs.
Filme muito bem desenvolvido, atores acertadamente escolhidos, roteiro bem amarrado e o recorte com as intervensões dos quadrinhos, muito criativo, e mesmo com a brisa do hq sobreposto ao "real" o enredo não viaja muito, é coerente com a biografia do Pekar, pessimista consigo, pessimista com o meio e com o estático de tudo,com a cultura estatizada e massificada, um inconformismo ácido que usou do aleijo da propria realidade de forma magistral. A, e a trilha do filme, de primeira.
Solidão, discos, livros e um gato, é dos Beats o mais contemporâneo.
Antes do Batman esta página tinha comentários produtivos, agora é só "Tom Hardy o melhor!"
Tom Hardy é um ótimo ator e tudo mais, mas essa puxação de saco só faz poluir de comentários replicados ("Tom Hardy o maior/melhor mimimi")o espaço do filme Bronson, do qual ele faz parte, da mesma forma que o diretor, roteirista, outros atores fazem parte, não SÓ ele.
As pessoas não veem filmes bons, veem atores bons, então o cara só fica "conhecido", só é "bom" se participa de mega produções do grande circuito, logo os que replicam "Tom Hardy o melhor" não gostam de cinema, gostam de coisas do circuito cinemark.
Os diálogos da Ullman com a câmera, a sutileza dos recortes onde não se sabe o tempo da realidade ou da esquizofrenia partilhada, as personagens do castelo, sufocantes, parvas, lascivas... no fim é tudo um convite para festa no castelo das debilidades, para ilha que não dorme, para ilha da mente humana, um convite para sua própria mente submergir nos questionamentos de Bergman enquanto se encara os olhos duros da Liv Ullman.
Elysium
3.3 2,0K Assista AgoraPodia ser muito bom, mas não chega a ser tão ruim.
a ideia é boa, mas o desenrolar é bem sofrível.
E o Vagner Moura, ficou algo bem caricato, e a forma de falar a lá coringa Heath Ledger? trash rs
mas não é tão longo, bom pop corn rs
À Procura de Sugar Man
4.5 180 Assista Agoramusica primorosa, das melhores coisas que ouvi no ano.
Holy Motors
3.9 651Me gerou incomodo, surpresa, estranhamento, sai do filme sob o efeito do bombardeio de construções simbólicas e imagéticas e com meus fragmentos de possíveis entendimentos, mas como um filme nunca anda só, procurei ler sobre as entrelinhas de Leos Carax e toda essa superestrutura do fantástico, encontrei um conceito riquissimo de (re)construção de cinema, preciso reassistí-lo com estes novos olhos.
O diretor se coloca na posição de um adulto com uma lanterna na mão e quem assiste seu filme no lugar de uma criança pequena que segue os movimentos da luz, seja lá qual for a direção que o adulto a direcione, este é Holy Motors.
Deu a Louca nos Nazis
2.5 393Algumas sugestões:
Querida, encolhi os nazis
3 nazis e um bebe
Loucademia de nazis
Os Trapanazis
Ex Baterista
3.8 314A forma de gravar achei muito foda, o começo do filme é muito criativo, o lance da fotografia a la cinema europeu sujão tambem, o roteiro é todo retalhado, as vezes se pensa que vai prum lado e vai pro outro, numa espécie de espiral, neurose, orgânico.
Dá pra fazer ene analises, por exemplo o lance da personagem sair da zona de conforto só pra cutucar com seu niilismo agressivo a podridão psíquica do outro...
e a trilha é boa bagarai.
The Feminists me lembrou demais a banda do Nick Oliveri, Mondo Generator:
http://www.youtube.com/watch?v=ZqXi2BY3fyA
enfim, filmão.
Farrapo Humano
4.2 225 Assista AgoraAcho que dá pra fazer uma análise histórica interessante, filme feito em 1945, no estouro da guerra, as incertezas oriundas dos ataques atômicos e um estado americano livre a pouco mais de uma década da lei seca, mas ainda dependente do forte alcoolismo que a ilegalidade velada trouxe durante toda a década de 1930(época de Al Capone); apesar da construção romantizada da degradação, há de se considerar a obra pois querendo ou não expos na figura da protagonista o tipo social da burguesia alcoolatra, degradada e desprendida de seus valores.
O Homem da Máfia
3.1 593 Assista AgoraVale muito pela relaçào organica das cenas com a interferencia do periodo eleitoral (radio/tv) e pelo texto final, a alegoria ludica da relaçào social frente a voracidade do mercado, filme dedo na ferida dos melhores filhos do capital.
Magnum 44
3.9 144 Assista Agorahoje em dia nos filmes de ação tudo explode, voa, cada tiro uma bomba atomica, já nos classicos um tiro é sinmples e acertadamente um tiro. grande filme.
Zift
3.8 8Gostei muito da fotografia e das tatuagens, destaque pra alguns dialogos bem interessantes, principalmente na cela quando as personagens conceituam liberdade.
bom filme.
O Corte
3.9 129Pensar que o filme é de 2005 é no mínimo curioso, a pouco mais de um mês a Grécia de Gavras começou a vender alimentos com prazo de validade vencido e com preço reduzido para que os que não conseguem vencer a luta contra a inflação e o desemprego tenham alguma chance de ter o que comer. Já na França que radicou o diretor, a troca Sarkozy - Hollande não trouxe variabilidade socio - economca alguma, a adesão ao plano de austeridade da UE (TSCG) e as crescentes manifestações dos trabalhadores (como o caso das manifestações na
Unilever) são provas de que o país também esta a merce do declive na onda cíclica do capital.
Entendo o filme como uma síntese empirica disto, a "reestruturação", um que de Darwinismo corporativo onde a força de trabalho e principalmente o individuo por tras dela são sumariamente suplantados pelas leis (no caso crises) de mercado.
Não enchergo antagonismo no protagonista, até por que há muito de pastelão na personagem, ele é mais um, que absorvido por sua ótica mais desesperada que psicótica decidiu a sua maneira "manipular" o resultado de sua entrevista, mas como disse anteriormente ele é apenas mais um na fila(o que é justificado no fim do filme), que se identifica e sofre com cada um de sua lista bizarra, como se fossem um reflexo da sua propria condição.
É um recorte da burguesia abastada que perde sua condição, da classe dominante que é assoitada a vender seus moveis ou a encarar outdoors e propagandas sobre luxo, este luxo que perderam em detrimento do "desaprumo" do sistema.
Um ótimo filme, não é um filme de tese, mas instiga boas reflexões.
Cosmópolis
2.7 1,0K Assista AgoraFilmes se tornam cada dia mais um objeto fetichizado em detrimento das mensagens estéticas, culturais e sociais que possam trazer na bagagem, muitas pessoas vão assistir a um filme com o preceito que este tenha que valer cada minuto e centavo ali empregados, isso claro, dentro do seu conceito intimista sobre o que é um bom filme.
Ir a um shopping comprar um sapato, a padaria comprar pão, assistir um filme, tudo mercadoria, ai mora o erro, filmes não são isso, assim são os que você assiste na tela quente, nem todo filme é mercadoria, nem todo filme é feito pra agradar, há filmes que são feitos justamente pra incomodar, questionar, e há pessoas que se dispoem apenas a consumir e consumir, e quando pessoas e filmes assim se encontram, você lê coisas do tipo "assisti 5 minutos e desisti", "joguei meu dinheiro fora, só assisti por que já tinha pago", "filme parado, não entendi nada".
Usar o Pattinson soou como uma jogada para experimentar os compradores de crepusculo em filmes ditos B, e esse tipo de resposta negativa da massa era provavelmente o que o Cronemberg esperava.
O Campeão
4.0 215 Assista Agorasessão da tarde oldschool
A Comilança
3.7 64 Assista AgoraUm juiz, um comandante de avião, um produtor de TV, um chefe de cozinha e por fim, uma professora. passando por varias facetas da sociedade burguesa, Da lei a erudição, passando pelo refinado da gastronomia, todos e tudo naquele ambiente, letrados e burgueses, imediatistas e famintos, carne e fome a todo instante, mulheres, cordeiros e leitões, servidos à exaustão, bela crítica.
Destaque pra torta na forma da bunda da professora gordinha, pros gases de Michel e pra cena do Mastroianni no banheiro com a explosão de merda, genial.
No fim todos os escapismos exagerados, glutões dos prazeres, terminam no mesmo: na merda.
O Sétimo Selo
4.4 1,0KBlock e Jöns, o cavaleiro e seu escudeiro, o mestre confuso e derrotado por suas verdades absolutas,vivendo numa alegoria, já seu escudeiro fincando os dois pés na realidade, o primeiro metafórico, o segundo realista e mordaz, inevitavel não enchergar Dom Quixote de la mancha nesta obra.
Esta obra é uma infinidade de interpretações em forma de filme, uma das coisas que me prenderam foi a ideia de libertação e merecimento pela arte, nem a fé moribunda de Block ao chamar o Deus ensurdecido, muito menos a força empírica de Jöns (este tinha por certo o embate já perdido com a peste) obtveram salvação, apenas o casal circense e seu pequeno filho, o futuro acrobata, o futuro que se equilibrará no arame, na corda bamba, sempre por um fio. no limite por ser humano, mas pertinente e dígno de salvação por ser arte.
Cosmópolis
2.7 1,0K Assista AgoraA força do capital se chocando com diversas esferas: artística, social, psíquica...
e em cada choque o mesmo rosto, a mesma expressão, indiferente a ação, ao risco, prazer ou dor, o mesmo semblante, fiz duas leituras disso: tanto o recorte sociológico do capital, que estampa sua existência justamente no risco, na destruição e auto regeneração, logo o ar indiferente, e também no trabalho mais antigo do Cronemberg, as feições chapadas, inexpressivas, um tanto dopadas (chivers, scanners, etc) que o tal Pattinson carrega o filme todo.
Cronemberg faz do tal Pattinson uma espécie de boneco de massinha, o ícone pop das menininhas que ficam o dia todo no BBM (sadismo premeditado do Cronemberg em levar as teens do crepusculo ao cinema), sendo invadido das mais diversas formas possíveis, sobrevivendo e replicando, sendo destruido e destruindo, se regenerando e replicando, o capital personificado.
Uma boa atuação empurrada pelo peso de um ótimo diretor.
Muitos sígnos, em todo canto e a toda hora, roteiro truncado, mas não menos interessante por isso,
o filme ao meu ver tinha um propósito maior, criar uma caricatura e fazer um tipo de experiencia, sentar os ratinhos de laboratório nas salas de cinema e, com o auxílio da presença do ratinho galan do momento, demonstrar atraves de alegorias como o sistema economico manipula e destroi para se suster. alguns entenderam, outros voltaram pra suas rodinhas de atividade achando o filme ruim e esperando o proximo amanhecer/anoitecer ou algo do genero.
Lavoura Arcaica
4.2 381 Assista AgoraO lirismo da escrita de Raduan mesclado a fotografia do filme são magistrais, mas...
Agora, analisando a obra com olhar cinematográfico obviamente acredito que o cinema possa e deva reproduzir obras literarias, mantendo sua essencia e sentido, mas há, indubitavelmente, uma distinção entre as duas artes, a linguagem empregada neste filme é, senão, uma reprodução quase fiel a escrita de Raduan, as quase 3 horas de filme são uma espécie de resumo estendido do livro, o que o torna um bocado cansativo.
Sukiyaki Western Django
3.5 91As referencias são as melhores possíveis e a ideia da mistura oeste com o oriental foi bem interessante, criativa, mas... o enredo/diálogos são sofriveis, pobres até o último. aguentei 20 minutos e desisti de terminar de ver.
E nem sabia que era do Miike, pra quem assistiu Ichi não vai achar esse western muito legal mesmo, mas um diretor que vai de Zebraman a Visitor Q tem licença poetica pra muita coisa rs.
Pereio Eu te Odeio
4.0 14"mas o fracasso não me subiu a cabeça", sapiencia pura rs
Anti-Herói Americano
4.0 160 Assista AgoraFilme muito bem desenvolvido, atores acertadamente escolhidos, roteiro bem amarrado e o recorte com as intervensões dos quadrinhos, muito criativo, e mesmo com a brisa do hq sobreposto ao "real" o enredo não viaja muito, é coerente com a biografia do Pekar, pessimista consigo, pessimista com o meio e com o estático de tudo,com a cultura estatizada e massificada, um inconformismo ácido que usou do aleijo da propria realidade de forma magistral.
A, e a trilha do filme, de primeira.
Solidão, discos, livros e um gato,
é dos Beats o mais contemporâneo.
Atividade Paranormal
2.9 2,7K Assista AgoraComo ficar rico com uma camera amadora, um barbante amarrado na porta e um pouco de talco? o filme ensina.
Bronson
3.8 426Antes do Batman esta página tinha comentários produtivos, agora é só "Tom Hardy o melhor!"
Tom Hardy é um ótimo ator e tudo mais, mas essa puxação de saco só faz poluir de comentários replicados ("Tom Hardy o maior/melhor mimimi")o espaço do filme Bronson, do qual ele faz parte, da mesma forma que o diretor, roteirista, outros atores fazem parte, não SÓ ele.
As pessoas não veem filmes bons, veem atores bons, então o cara só fica "conhecido", só é "bom" se participa de mega produções do grande circuito, logo os que replicam "Tom Hardy o melhor" não gostam de cinema, gostam de coisas do circuito cinemark.
Cinquenta Tons de Cinza
2.2 3,3K Assista AgoraProjeção massificada do recalque.
A Hora do Lobo
4.2 308Os diálogos da Ullman com a câmera, a sutileza dos recortes onde não se sabe o tempo da realidade ou da esquizofrenia partilhada, as personagens do castelo, sufocantes, parvas, lascivas... no fim é tudo um convite para festa no castelo das debilidades, para ilha que não dorme, para ilha da mente humana, um convite para sua própria mente submergir nos questionamentos de Bergman enquanto se encara os olhos duros da Liv Ullman.
Calafrios
3.4 146 Assista AgoraRoteiro surreal, cenas trash e orçamento mínimo, prum começo foi ótimo.
Aquela cena da psicina, com todo mundo se comendo na água e os paga peitinhos pra todo lado ficou muito porno chanchada rs