Mais um daqueles filmes com grande aceitação dos cinéfilos por aqui, e da maioria dos críticos de cinema. Assisti pela segunda vez e continuo achando um bom filme, mas não tanto quanto se fala. Pode-se até considerar "Gravidade" como um filme tipicamente sensorial, afinal a jornada da astronauta vivida por Sandra Bullock é tão realista, que nos dá a sensação de estarmos em pleno espaço sideral, ainda mais quando assistido na tela grande. Méritos para o excelente trabalho da direção e da equipe de produção que criaram uma ambientação perfeita. Mas confesso que no final fiquei com a sensação de que poderia ter sido melhor, culpa da expectativa criada em cima de críticas das revistas especializadas.
Muito alardeado pela crítica especializada como o “mais novo filme” dos diretores e ator de "Intocáveis", esse "Samba" é apenas um simpático e leve filme sobre imigrantes que vivem ilegalmente na França. Faltou algo mais para tornar o filme memorável, talvez o maior erro tenha sido dar mais ênfase ao romance dos dois principais protagonistas e deixar as complicadas situações dos imigrantes para segundo plano. Mas vale pela simpatia dos personagens.
O que parece ser um suspense trivial sobre três jovens que entram numa enrascada, de repente se transforma num filme esquisito de ficção científica, em que um deles quando acorda se vê imobilizado num lugar estranho. E no decorrer, tudo vai ficando cada vez mais enigmático até um final em que nada é o que parece. O resultado é apenas mais um filme razoável de jovens que lutam pela sobrevivência num mundo hostil, tema tão comum no cinema atual (Jogos Vorazes, Maze Runner, Ender’s Game, Divergente, O Doador de Memórias, esqueci algum?).
É muito raro ter a oportunidade de assistir um filme israelense, ainda mais de boa qualidade como esse. A tal missão do gerente de recursos humanos é lidar com a morte de uma funcionária que morreu num atentado terrorista e proteger o nome da empresa, acusada de desumanidade por um repórter sensacionalista. A princípio ele não tem muita opção e cuida dos trâmites burocráticos com má vontade, mas aos poucos vai se envolvendo e muda suas atitudes. A relação do gerente com a desconhecida funcionária morta lembra um pouco a do filme “Retorno de um Herói”, em que o personagem de Kevin Bacon tem que conduzir o corpo de um soldado morto para seus familiares. Em ambos os filmes, altas doses de humanidade.
Talvez a diretora Gia Coppola tenha se inspirado em filmes da sua tia Sofia (Bling Ring), de Gus Van Sant (Paranoid Park) ou de Nick Cassavetes (Alpha Dog), para desenvolver a trama que gira em torno dos dramas de adolescentes sem perspectivas de vida. Por fim, o filme acaba se tornando apenas razoável, com direito a um daqueles terríveis finais que ficam em aberto, só pra passar a impressão de que a diretora é de vanguarda.
Para quem procura uma animação diferente e com estilo, esse desenho adulto espanhol é uma ótima pedida. Em Cuba, no ano de 1948, o músico Chico se apaixona pela cantora Rita, mas nunca se entendem. Entre encontros e desencontros, ambos irão demonstrar seus talentos tanto na emergente música cubana dos anos 50 quanto no jazz de Nova York, Hollywood e Paris. O resultado é uma história envolvente recheada de humor, romance e uma inspirada trilha sonora. Eis uma bela surpresa.
Genial que um diretor tenha conseguido realizar um filme com um só protagonista, que mal dá pra ouvir sua voz e que mesmo assim prende a atenção até o final, e por cima, com excelente resultado. “Nota 10” para Robert Redford que conseguiu fazer um papel digno e complicado, mesmo com idade avançada (incríveis 77 anos). Recentemente vi o francês "Contra a Maré", com o também veterano François Cluzet, que trata do mesmo assunto do homem solitário que desafia os “sete mares”. Mas nas devidas proporções, esse é muito superior, afinal aqui o “buraco” é mais embaixo, e o homem trava uma luta cruel pela sobrevivência, sempre em atrito com as leis implacáveis da natureza e do destino.
Um Garoto e sua mãe solitária ficam reféns de um criminoso foragido, que aguarda o momento certo para fugir da cidade. A partir daí, a história que começa tensa, ganha contornos dramáticos e envolventes, no qual o destino dos três ficará atrelado para sempre. Gosto de filmes em que os vilões demonstram seu lado humano e sensível, assim como em “Um Mundo Perfeito” e “Amor Bandido”. Por coincidência, os três filmes que citei mostram o ponto de vista das crianças com relação à marginalidade, e todos com ótimos resultados.
Como é muito raro ver um faroeste nos dias de hoje, resolvi conferir esse genérico de "Banzé do Oeste". Aliás, capricharam até no ridículo título do filme em português. O maior problema é que Seth MacFarlane pensa que é engraçado e as piadinhas brotam a cada 10 segundos, e na maioria, não fazem rir. E entre as piadas forçadas, a pior certamente é a do duelo em que um deles tem diarreia, ou seja, é rir pra não chorar. Mas nem tudo está perdido, pois temos aqui uma participação especial de Doc (Christopher Lloyd) como se estivesse em “De Volta Para o Futuro 3” e um personagem divertido e inocente de Giovanni Ribisi, que namora uma prostituta do “saloon”.
Comecei assistir esse filme sem nenhuma informação prévia. E como havia a “grande” Carmen Maura no elenco, pensei que fosse mais um filme espanhol, mas logo depois percebi que se tratava de um filme argentino. E foi uma grata surpresa em todos os sentidos, seja na sensível história do garoto rejeitado que vive com a avó, seja na presença iluminada e cativante do ator mirim Rodrigo Noya, seja na boa reconstituição de época da Argentina no final dos anos 60. Resumindo, "Valentin" é um pequeno tesouro escondido, e mais uma amostra da excelente qualidade do cinema argentino.
Bom exemplar do cinema espanhol que tem aqui uma história forte de um tema polêmico e atual, a violência doméstica. Os dois atores centrais estão muito convincentes, principalmente Luis Tosar como o marido temperamental. O filme começa com a mulher que sai de casa apressadamente com seu filho no meio da noite e aos poucos vamos sabendo o porquê de tanto desespero. Interessante também são as reuniões de terapia em que participam os maridos violentos, nos moldes de um AA.
Uma militar paramédica fica mais de um ano em missão no Afeganistão, e quando regressa a terra natal, reencontra seu filho de cinco anos. E como ela é mãe solteira, é certo que a sua vida não será fácil, e por aí já dá para imaginarmos como será o andamento do filme. É um drama perfeitamente crível, em que Michelle Monaghan faz um papel digno e comovente da militar dividida entre a profissão e o amor pelo seu filho. O tempo todo ela tenta manter a fama de durona, até que chega um momento em que...
Quando vi na ficha técnica o nome do diretor Kevin Smith e de Johnny Depp no elenco pensei, pode ser interessante. No começo da carreira, Kevin Smith dirigiu os bons “O Balconista” e “Procura-se Amy”, e depois foi decaindo. Quem sabe, esse filme não seria uma redenção. Então acabei conferindo esse tal filme de nome estranho e ao terminar, fiquei pasmo ao constatar que tenha visto algo tão esquisito. Bizarro é pouco para descrever tamanho show de horrores. Lembrei até de “Encaixotando Helena”. Sem revelar detalhes, o filme transita entre aqueles filmes de terror antigo e comédia de humor negro. Detalhe para a maquiagem que deixou Johnny Depp quase irreconhecível.
Foi difícil assistir essa comédia até o final. É o tal filme de uma piada só, e desde o começo até o final, o que se vê é uma sucessão de clichês com situações cada vez mais infames e forçadas. O que esperar de um casal sem noção, que só tem atitudes inadequadas diante de sua linda filhinha de um ano, e que vive em pé de guerra com seus novos vizinhos, um bando de garotos idiotas que formam uma república de estudantes. Às vezes, as piadas escatológicas dos filmes da “Turma” de Seth Rogen até que são interessantes, mas nesse caso, “Pelamordedeus”.
Como sou um desses “velhinhos” da época dos fliperamas e vídeo games Atari, até que fiquei curioso em conferir esse tal filme em que os personagens dos games (Pac Man, Donkey Kong e Cia) invadem a terra. Claro que não iria ao cinema ver “Pixels” se não fosse por livre e espontânea pressão do meu filho. Mas já que não deu para escapar, o filme até que tem alguns momentos curiosos e divertidos, mérito do experiente Chris Columbus, diretor de filmes como “Esqueceram de Mim” ou “Uma Babá Quase Perfeita”. Os efeitos especiais são apenas razoáveis e as gracinhas de Adam Sandler são aquelas mesmas de sempre.
Acho que todos nós devemos e temos a obrigação de assistir filmes como esse, sobre esse período negro da história, para termos uma noção do que pode ter sido o máximo de sofrimento que um ser humano pode passar. E cinema é isso, ele é capaz de nos fazer rir ou chorar na mesma intensidade, e filmes tristes também podem servir como importante e necessário registro histórico. O tema “Nazismo e suas crueldades” que foram captados de forma tão perfeita em “O Pianista” ou “A Lista de Schindler”, tem agora mais outra história impactante em “Amor e Ódio”. E fica difícil não se comover com o final.
O filme parte de uma premissa interessante e que até certo ponto empolga. Ele lembra outros filmes que se passa num futuro utópico, tais como “Divergente” ou “Não Me Abandone Jamais”. Confesso que não me senti atraído pelo título, mas quando fui assistindo, me surpreendi. Só lamento que a parte final tenha deixado a desejar, pois exageraram nas cenas pouco prováveis.
Parece que quando estou prestes a assistir a algum filme de heróis, já tenho uma ideia do que vem pela frente, e isso não é nenhum elogio. Nesse caso, nem é bem um filme de heróis e sim de sub-heróis, e a ação não se passa na Terra e sim numa galáxia distante. Mas não muda muita coisa, a essência é a mesma de qualquer filme baseado em histórias em quadrinhos. Por fim, está tudo lá, as correrias, os efeitos especiais e os personagens, alguns interessantes, bem humorados e devidamente maquiados. E nas devidas proporções, lembra até um pouco o estilo “Guerra nas Estrelas”, afinal o mocinho lembra um pouco Han Solo e o Groot lembra um pouco o Chewbacca, mas as semelhanças param por aí. Pra mim, o que pega mesmo é a sensação de que o filme, por mais que tenha alguns atributos, peca no desenvolvimento e resulte mediano, como a maioria dos filmes de heróis.
Se você estiver a fim de conferir um bom filme francês alternativo, assista esse “Contra a Maré”. Apesar do título equivocado (no original é “En Solitaire”), esse filme narra às aventuras de um solitário velejador que participa de uma competição de iates ao redor do mundo, e no caminho surgem alguns imprevistos. O filme vale pela presença do excelente ator François Cluzet, cada vez mais versátil e carismático. Por fim, ele nos passa a sensação de que velejou a vida toda.
No meu caso, tenho certa implicância com filmes que duram três horas, ainda mais quando o gênero é “drama”. Se for aventura, ação (e de boa qualidade), esse tempo até que passa rápido, agora em “drama”, pode ser até bom, mas sempre fica aquela sensação que poderia ter durado menos (nesse caso, muito menos). É o que acontece com esse filme de Martin Scorsese, que adora um filme longo. A história é sobre o lado sujo da bolsa de valores, um tema que por si só agrada uma minoria. Mas a ascensão e queda de um jovem corretor que vive loucamente esse mundo sujo tende a ampliar o leque de interesse do público em geral. Mesmo assim, não assisti com prazer e sim por que sou cinéfilo. É bem filmado, elenco então, só do primeiro escalão, a qualidade é inegável, mas prefiro outros filmes do Scorsese como “A Invenção de Hugo Cabret”, esse sim um primor.
Apesar de ser um diretor acostumado a embalar aventuras infantis, Joe Johnston (de “Querida, Encolhi as Crianças” e “Jumanji”) se aventurou a dirigir o terceiro filme da série “Jurassic Park” e obteve relativo sucesso. Se por um lado ele imprimiu um agradável ritmo de matinê com destaque para os voadores pterodátilos e o matador espinossauro (deixando o temível tiranossauro para escanteio), por outro deixou a desejar com um roteiro apenas razoável e uma história que não convence muito, e que resultou no filme mais curto da franquia. Mas para uma diversão passageira, ele cumpre o seu papel.
Eis aqui um filme nacional pouco lembrado e de muito boa qualidade. A história que se passa em 1975, narra as aventuras de Beto, um garoto de 12 anos e de família humilde, que sonha em ser goleiro. Para alguém como eu, que passou a infância na década de 1970, o filme é notavelmente nostálgico, e me transportou para aqueles anos graças ao magnífico trabalho de reconstituição de uma época rica em detalhes. Está tudo lá, as peladas nos campinhos e nas ruas, as brincadeiras de “bafo” com figurinhas, crianças brincando, soltando pipas, as brigas da escola, o vestuário simplório das crianças. Onde é que eles acharam aqueles “Kichutes” surrados dos garotos? Realmente me encantei com essa agradável surpresa. Direto do “Túnel do Tempo”.
Sei que não é nada original ficar insistindo em infinitas continuações de sucessos do cinema, mas quando se trata de personagens que podem render boas histórias, tem que se dar um desconto. James Bond é um desses casos, afinal faz sucesso a mais de 40 anos. Esse quinto episódio do Exterminador do Futuro, apesar de ter uma história que peca pelas confusas viagens no tempo e viagens do roteiro, traz um divertido Arnold Schwarzenegger fazendo uma versão mais velha, e ao mesmo tempo cômica de seu personagem mais famoso. E por cima, os efeitos continuam muito bons, com destaque para a luta dele com sua versão mais jovem. Não chega ao nível dos dois primeiros, mas achei melhor que o terceiro e quarto.
Havia muita expectativa na época do lançamento de Jurassic Park. E quando vi, fiquei impressionado com a história, com os efeitos especiais, com o filme em geral que é puro entretenimento. Tá certo que demorou um bocado para aparecer o tão aguardado Tiranossauro Rex, mas quando ele surgiu foi aquela tensão toda. É marca registrada de Spielberg não mostrar a principal atração logo de cara. Foi assim com Tubarão, ET e agora em Jurassic Park. As cenas com os velociraptors também foram contagiantes, enfim, é um dos grandes filmes dos anos 90 com o padrão Spielberg. Para ver e rever muitas vezes.
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraMais um daqueles filmes com grande aceitação dos cinéfilos por aqui, e da maioria dos críticos de cinema. Assisti pela segunda vez e continuo achando um bom filme, mas não tanto quanto se fala. Pode-se até considerar "Gravidade" como um filme tipicamente sensorial, afinal a jornada da astronauta vivida por Sandra Bullock é tão realista, que nos dá a sensação de estarmos em pleno espaço sideral, ainda mais quando assistido na tela grande. Méritos para o excelente trabalho da direção e da equipe de produção que criaram uma ambientação perfeita. Mas confesso que no final fiquei com a sensação de que poderia ter sido melhor, culpa da expectativa criada em cima de críticas das revistas especializadas.
Samba
3.8 335Muito alardeado pela crítica especializada como o “mais novo filme” dos diretores e ator de "Intocáveis", esse "Samba" é apenas um simpático e leve filme sobre imigrantes que vivem ilegalmente na França. Faltou algo mais para tornar o filme memorável, talvez o maior erro tenha sido dar mais ênfase ao romance dos dois principais protagonistas e deixar as complicadas situações dos imigrantes para segundo plano. Mas vale pela simpatia dos personagens.
O Sinal: Frequência do Medo
2.9 373O que parece ser um suspense trivial sobre três jovens que entram numa enrascada, de repente se transforma num filme esquisito de ficção científica, em que um deles quando acorda se vê imobilizado num lugar estranho. E no decorrer, tudo vai ficando cada vez mais enigmático até um final em que nada é o que parece. O resultado é apenas mais um filme razoável de jovens que lutam pela sobrevivência num mundo hostil, tema tão comum no cinema atual (Jogos Vorazes, Maze Runner, Ender’s Game, Divergente, O Doador de Memórias, esqueci algum?).
A Missão do Gerente de Recursos Humanos
3.3 33É muito raro ter a oportunidade de assistir um filme israelense, ainda mais de boa qualidade como esse. A tal missão do gerente de recursos humanos é lidar com a morte de uma funcionária que morreu num atentado terrorista e proteger o nome da empresa, acusada de desumanidade por um repórter sensacionalista. A princípio ele não tem muita opção e cuida dos trâmites burocráticos com má vontade, mas aos poucos vai se envolvendo e muda suas atitudes. A relação do gerente com a desconhecida funcionária morta lembra um pouco a do filme “Retorno de um Herói”, em que o personagem de Kevin Bacon tem que conduzir o corpo de um soldado morto para seus familiares. Em ambos os filmes, altas doses de humanidade.
Palo Alto
3.2 429Talvez a diretora Gia Coppola tenha se inspirado em filmes da sua tia Sofia (Bling Ring), de Gus Van Sant (Paranoid Park) ou de Nick Cassavetes (Alpha Dog), para desenvolver a trama que gira em torno dos dramas de adolescentes sem perspectivas de vida. Por fim, o filme acaba se tornando apenas razoável, com direito a um daqueles terríveis finais que ficam em aberto, só pra passar a impressão de que a diretora é de vanguarda.
Chico & Rita
3.8 124Para quem procura uma animação diferente e com estilo, esse desenho adulto espanhol é uma ótima pedida. Em Cuba, no ano de 1948, o músico Chico se apaixona pela cantora Rita, mas nunca se entendem. Entre encontros e desencontros, ambos irão demonstrar seus talentos tanto na emergente música cubana dos anos 50 quanto no jazz de Nova York, Hollywood e Paris. O resultado é uma história envolvente recheada de humor, romance e uma inspirada trilha sonora. Eis uma bela surpresa.
Até o Fim
3.4 418 Assista AgoraGenial que um diretor tenha conseguido realizar um filme com um só protagonista, que mal dá pra ouvir sua voz e que mesmo assim prende a atenção até o final, e por cima, com excelente resultado. “Nota 10” para Robert Redford que conseguiu fazer um papel digno e complicado, mesmo com idade avançada (incríveis 77 anos). Recentemente vi o francês "Contra a Maré", com o também veterano François Cluzet, que trata do mesmo assunto do homem solitário que desafia os “sete mares”. Mas nas devidas proporções, esse é muito superior, afinal aqui o “buraco” é mais embaixo, e o homem trava uma luta cruel pela sobrevivência, sempre em atrito com as leis implacáveis da natureza e do destino.
Refém da Paixão
3.7 504Um Garoto e sua mãe solitária ficam reféns de um criminoso foragido, que aguarda o momento certo para fugir da cidade. A partir daí, a história que começa tensa, ganha contornos dramáticos e envolventes, no qual o destino dos três ficará atrelado para sempre. Gosto de filmes em que os vilões demonstram seu lado humano e sensível, assim como em “Um Mundo Perfeito” e “Amor Bandido”. Por coincidência, os três filmes que citei mostram o ponto de vista das crianças com relação à marginalidade, e todos com ótimos resultados.
Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola
3.1 549 Assista AgoraComo é muito raro ver um faroeste nos dias de hoje, resolvi conferir esse genérico de "Banzé do Oeste". Aliás, capricharam até no ridículo título do filme em português. O maior problema é que Seth MacFarlane pensa que é engraçado e as piadinhas brotam a cada 10 segundos, e na maioria, não fazem rir. E entre as piadas forçadas, a pior certamente é a do duelo em que um deles tem diarreia, ou seja, é rir pra não chorar. Mas nem tudo está perdido, pois temos aqui uma participação especial de Doc (Christopher Lloyd) como se estivesse em “De Volta Para o Futuro 3” e um personagem divertido e inocente de Giovanni Ribisi, que namora uma prostituta do “saloon”.
Valentin
4.4 297Comecei assistir esse filme sem nenhuma informação prévia. E como havia a “grande” Carmen Maura no elenco, pensei que fosse mais um filme espanhol, mas logo depois percebi que se tratava de um filme argentino. E foi uma grata surpresa em todos os sentidos, seja na sensível história do garoto rejeitado que vive com a avó, seja na presença iluminada e cativante do ator mirim Rodrigo Noya, seja na boa reconstituição de época da Argentina no final dos anos 60. Resumindo, "Valentin" é um pequeno tesouro escondido, e mais uma amostra da excelente qualidade do cinema argentino.
Pelos Meus Olhos
3.9 29Bom exemplar do cinema espanhol que tem aqui uma história forte de um tema polêmico e atual, a violência doméstica. Os dois atores centrais estão muito convincentes, principalmente Luis Tosar como o marido temperamental. O filme começa com a mulher que sai de casa apressadamente com seu filho no meio da noite e aos poucos vamos sabendo o porquê de tanto desespero. Interessante também são as reuniões de terapia em que participam os maridos violentos, nos moldes de um AA.
Laços de Família
3.5 46 Assista AgoraUma militar paramédica fica mais de um ano em missão no Afeganistão, e quando regressa a terra natal, reencontra seu filho de cinco anos. E como ela é mãe solteira, é certo que a sua vida não será fácil, e por aí já dá para imaginarmos como será o andamento do filme. É um drama perfeitamente crível, em que Michelle Monaghan faz um papel digno e comovente da militar dividida entre a profissão e o amor pelo seu filho. O tempo todo ela tenta manter a fama de durona, até que chega um momento em que...
Tusk, A Transformação
2.5 390 Assista AgoraQuando vi na ficha técnica o nome do diretor Kevin Smith e de Johnny Depp no elenco pensei, pode ser interessante. No começo da carreira, Kevin Smith dirigiu os bons “O Balconista” e “Procura-se Amy”, e depois foi decaindo. Quem sabe, esse filme não seria uma redenção. Então acabei conferindo esse tal filme de nome estranho e ao terminar, fiquei pasmo ao constatar que tenha visto algo tão esquisito. Bizarro é pouco para descrever tamanho show de horrores. Lembrei até de “Encaixotando Helena”. Sem revelar detalhes, o filme transita entre aqueles filmes de terror antigo e comédia de humor negro. Detalhe para a maquiagem que deixou Johnny Depp quase irreconhecível.
Vizinhos
3.1 886 Assista AgoraFoi difícil assistir essa comédia até o final. É o tal filme de uma piada só, e desde o começo até o final, o que se vê é uma sucessão de clichês com situações cada vez mais infames e forçadas. O que esperar de um casal sem noção, que só tem atitudes inadequadas diante de sua linda filhinha de um ano, e que vive em pé de guerra com seus novos vizinhos, um bando de garotos idiotas que formam uma república de estudantes. Às vezes, as piadas escatológicas dos filmes da “Turma” de Seth Rogen até que são interessantes, mas nesse caso, “Pelamordedeus”.
Pixels: O Filme
2.8 1,0K Assista AgoraComo sou um desses “velhinhos” da época dos fliperamas e vídeo games Atari, até que fiquei curioso em conferir esse tal filme em que os personagens dos games (Pac Man, Donkey Kong e Cia) invadem a terra. Claro que não iria ao cinema ver “Pixels” se não fosse por livre e espontânea pressão do meu filho. Mas já que não deu para escapar, o filme até que tem alguns momentos curiosos e divertidos, mérito do experiente Chris Columbus, diretor de filmes como “Esqueceram de Mim” ou “Uma Babá Quase Perfeita”. Os efeitos especiais são apenas razoáveis e as gracinhas de Adam Sandler são aquelas mesmas de sempre.
Amor e Ódio
4.2 141Acho que todos nós devemos e temos a obrigação de assistir filmes como esse, sobre esse período negro da história, para termos uma noção do que pode ter sido o máximo de sofrimento que um ser humano pode passar. E cinema é isso, ele é capaz de nos fazer rir ou chorar na mesma intensidade, e filmes tristes também podem servir como importante e necessário registro histórico. O tema “Nazismo e suas crueldades” que foram captados de forma tão perfeita em “O Pianista” ou “A Lista de Schindler”, tem agora mais outra história impactante em “Amor e Ódio”. E fica difícil não se comover com o final.
O Doador de Memórias
3.5 1,4K Assista grátisO filme parte de uma premissa interessante e que até certo ponto empolga. Ele lembra outros filmes que se passa num futuro utópico, tais como “Divergente” ou “Não Me Abandone Jamais”. Confesso que não me senti atraído pelo título, mas quando fui assistindo, me surpreendi. Só lamento que a parte final tenha deixado a desejar, pois exageraram nas cenas pouco prováveis.
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista AgoraParece que quando estou prestes a assistir a algum filme de heróis, já tenho uma ideia do que vem pela frente, e isso não é nenhum elogio. Nesse caso, nem é bem um filme de heróis e sim de sub-heróis, e a ação não se passa na Terra e sim numa galáxia distante. Mas não muda muita coisa, a essência é a mesma de qualquer filme baseado em histórias em quadrinhos. Por fim, está tudo lá, as correrias, os efeitos especiais e os personagens, alguns interessantes, bem humorados e devidamente maquiados. E nas devidas proporções, lembra até um pouco o estilo “Guerra nas Estrelas”, afinal o mocinho lembra um pouco Han Solo e o Groot lembra um pouco o Chewbacca, mas as semelhanças param por aí. Pra mim, o que pega mesmo é a sensação de que o filme, por mais que tenha alguns atributos, peca no desenvolvimento e resulte mediano, como a maioria dos filmes de heróis.
Contra a Maré
3.4 15Se você estiver a fim de conferir um bom filme francês alternativo, assista esse “Contra a Maré”. Apesar do título equivocado (no original é “En Solitaire”), esse filme narra às aventuras de um solitário velejador que participa de uma competição de iates ao redor do mundo, e no caminho surgem alguns imprevistos. O filme vale pela presença do excelente ator François Cluzet, cada vez mais versátil e carismático. Por fim, ele nos passa a sensação de que velejou a vida toda.
O Lobo de Wall Street
4.1 3,4K Assista AgoraNo meu caso, tenho certa implicância com filmes que duram três horas, ainda mais quando o gênero é “drama”. Se for aventura, ação (e de boa qualidade), esse tempo até que passa rápido, agora em “drama”, pode ser até bom, mas sempre fica aquela sensação que poderia ter durado menos (nesse caso, muito menos). É o que acontece com esse filme de Martin Scorsese, que adora um filme longo. A história é sobre o lado sujo da bolsa de valores, um tema que por si só agrada uma minoria. Mas a ascensão e queda de um jovem corretor que vive loucamente esse mundo sujo tende a ampliar o leque de interesse do público em geral. Mesmo assim, não assisti com prazer e sim por que sou cinéfilo. É bem filmado, elenco então, só do primeiro escalão, a qualidade é inegável, mas prefiro outros filmes do Scorsese como “A Invenção de Hugo Cabret”, esse sim um primor.
Jurassic Park III
3.1 490 Assista AgoraApesar de ser um diretor acostumado a embalar aventuras infantis, Joe Johnston (de “Querida, Encolhi as Crianças” e “Jumanji”) se aventurou a dirigir o terceiro filme da série “Jurassic Park” e obteve relativo sucesso. Se por um lado ele imprimiu um agradável ritmo de matinê com destaque para os voadores pterodátilos e o matador espinossauro (deixando o temível tiranossauro para escanteio), por outro deixou a desejar com um roteiro apenas razoável e uma história que não convence muito, e que resultou no filme mais curto da franquia. Mas para uma diversão passageira, ele cumpre o seu papel.
Meninos de Kichute
3.7 59Eis aqui um filme nacional pouco lembrado e de muito boa qualidade. A história que se passa em 1975, narra as aventuras de Beto, um garoto de 12 anos e de família humilde, que sonha em ser goleiro. Para alguém como eu, que passou a infância na década de 1970, o filme é notavelmente nostálgico, e me transportou para aqueles anos graças ao magnífico trabalho de reconstituição de uma época rica em detalhes. Está tudo lá, as peladas nos campinhos e nas ruas, as brincadeiras de “bafo” com figurinhas, crianças brincando, soltando pipas, as brigas da escola, o vestuário simplório das crianças. Onde é que eles acharam aqueles “Kichutes” surrados dos garotos? Realmente me encantei com essa agradável surpresa. Direto do “Túnel do Tempo”.
O Exterminador do Futuro: Gênesis
3.2 1,2K Assista AgoraSei que não é nada original ficar insistindo em infinitas continuações de sucessos do cinema, mas quando se trata de personagens que podem render boas histórias, tem que se dar um desconto. James Bond é um desses casos, afinal faz sucesso a mais de 40 anos. Esse quinto episódio do Exterminador do Futuro, apesar de ter uma história que peca pelas confusas viagens no tempo e viagens do roteiro, traz um divertido Arnold Schwarzenegger fazendo uma versão mais velha, e ao mesmo tempo cômica de seu personagem mais famoso. E por cima, os efeitos continuam muito bons, com destaque para a luta dele com sua versão mais jovem. Não chega ao nível dos dois primeiros, mas achei melhor que o terceiro e quarto.
Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros
3.9 1,7K Assista AgoraHavia muita expectativa na época do lançamento de Jurassic Park. E quando vi, fiquei impressionado com a história, com os efeitos especiais, com o filme em geral que é puro entretenimento. Tá certo que demorou um bocado para aparecer o tão aguardado Tiranossauro Rex, mas quando ele surgiu foi aquela tensão toda. É marca registrada de Spielberg não mostrar a principal atração logo de cara. Foi assim com Tubarão, ET e agora em Jurassic Park. As cenas com os velociraptors também foram contagiantes, enfim, é um dos grandes filmes dos anos 90 com o padrão Spielberg. Para ver e rever muitas vezes.