Um filme clíchê, típico das produções estado-unidenses que são ambientadas em escolas e que retratam a adolescência. Mas o ponto alto do filme é refletir os novos tempos e tentar ser representativo, mostrando a diversidade étnico-racial naquele ambiente, bem como retratar de forma leve, mas tocante, as agruras e impecílhos que um jovem gay enfrenta nessa idade, que o impedem de vivenciar de forma plena a sua sexualidade.
É importante também por retratar a aceitação da homossexualidade no âmbito familiar de forma acolhedora e dar um final feliz (e merecido) para o jovem Simon.
Vale ressaltar também trilha sonora jovem e pulsante, que dita um bom ritmo ao desenvolvimento da história.
Intenso e devastador! Revela de forma crua como o sofrimento e a fragilidade de Amy foram transformados em produto pela mídia sensacionalista e como a indústria cultural (assim como a sanha de lucro do pai da cantora) exploraram seu talento em prol do capital. Uma perda irreparável de uma cantora única, autêntica e inesquecível.
Um filme muito bem executado, que evidencia de forma bastante sensível todas as "pequenas" violências que uma pessoa transexual é exposta em sua vida. Além disso, a atuação de Daniela Vega foi magistral.
Gostei da fotografia como um todo, que conferiu um ar "fantástico" a toda a atmosfera do filme, da trilha sonora impecável e da composição dos personagens. No entanto, não achei grandioso a ponto de ser premiado como o melhor do ano...
Apesar da história ser forte, há todo um esforço, seja na composição das cenas, seja na composição dos personagens, em conferir certa comicidade a estes elementos. Claro que o filme não chega a arrancar risos (longe disso), mas é como se ele nos fizesse absorver todo o drama de Tonya por uma outra via. Destaque especial para o grande trabalho de atuação das indicadas ao Oscar, bem como para a excelente trilha sonora que consegue dar ao filme um ritmo bem dinâmico.
Inegável a alta qualidade de atuação de Gary Oldman. No mais, o filme é uma representação do que foi a Segunda Grande Guerra nos gabinetes políticos. Interessante se pensar como o comando parlamentar decidia friamente o destino dos combatentes, em prol de um "bem nacional". O jorrar de sangue, portanto, é implícito em cada decisão tomada em gabinete. Igualmente atrativo para a análise são o jogo de interesses e as manipulações políticas escusas que permeiam as movimentações no parlamento. Vale destacar, contudo, que por ser uma obra biográfica, não devemos nunca nos esquecer de que se trata de uma versão representativa e que há um interesse em se passar a imagem do biografado de determinada forma.
Mistura uma narrativa acerca do processo de crescimento infantil e "perda" da centralidade familiar do filho único, com uma espécie de fantasia mirabolante de um modo de produção de bebês em uma empresa também controlada por bebês (?).
Se por um lado o mundo fantástico infantil, o ciúme do irmão mais velho, e os conflitos com este irmão poderiam ser elementos interessantíssimos e intensamente originais, por outro, esse aspecto de fábula e de bebês com trejeitos adultos não convenceu nem um pouco. A crítica ao comercio de pets tornou-se ainda um terceiro elemento ainda mais deslocado. Como resultado, achei o filme sem graça e pouco atrativo. Além disso, a qualidade de animação não é nada surpreendente.
Consegue tratar de assuntos delicados de forma magistral. O elemento latente, a maternidade na juventude, é desenvolvido abordando-se questões que transpassam o abandono (aspecto exaustivamente trabalhado em muitas outras histórias). Assim, o componente que mais chama a atenção é como a imaturidade de Halley influencia negativamente na educação de Moonee.
Percebemos o quanto Halley não é uma mãe ausente, mas sua imaturidade, mesclada com a sua situação econômica precária, fornecem objetos palpáveis de análise, que tangenciam o desenvolvimento infantil: ficam evidentes a necessidade de limites, bem como a igual necessidade de autoridade da figura cuidadora (e digo isso sem falsos moralismos), que Halley não consegue sustentar. Conhecemos então, uma Moonee extremamente esperta e sadia, mas que não conhece disciplina e é incapaz de respeitar o espaço do outro.
Ao fim e ao cabo, o filme torna-se um grande problematizador da omissão educativa, que torna-se um grande contribuinte para a deseducação.
O mais incisivo e cortante elemento do filme é sua capacidade de problematização dos maniqueísmos simples, que encaixam as pessoas em arquétipos totalmente definidores (tais como sujeitos totalmente bons, totalmente maus ou totalmente fortes, por exemplo). A construção dos personagens nos faz refletir essas questões e entender os sujeitos, não como unos e indivisíveis, mas sim como um complexo de atitudes e comportamentos distintos que os formam. Nesse mesmo campo de reflexão sobre maniqueísmos, problematiza-se a própria noção de justiça versus a vingança
(trabalhado principalmente na cena final, quando Mildred e Dixon partem decididos a aplicar o justiçamento num sujeito que parecia culpado, mas que são acometidos pela dúvida quanto a assertividade desse ato).
Além disso, as atuações excelentes e as situações inesperadas dão ao filme um ar de verdade, favorecendo intensamente nossa imersão na história.
Extensão (em movimento) das obras de arte de Van Gogh. Uma história instigante, contada de uma forma poética, profundamente artística e, acima de tudo, original e desafiadora.
Interessante perceber como as obras de Van Gogh são emuladas nas cenas do filme. Igualmente interessante perceber como o sofrimento psíquico era pouco entendido e muito desprezado pela sociedade geral (e este cenário mudou?) no século XIX. Vale destacar ainda o enredo que visa trabalhar com as batalhas de memória e sentido que diversas pessoas que conviveram com o pintor holandês nutriam por sua figura, igualmente talentosa e controversa.
Enredo surpreendente, que trata (direta ou indiretamente) da questão racial de forma cortante. Se por meio de metáforas nos propõe reflexões acerca dos embates raciais violentos e pequenas situações de discriminação cotidianas, por outro lado, embarca numa distopia pulsante aos moldes de Black Mirror. Peque, talvez, pela solução fácil dos conflitos e também por satisfazer muito facilmente nosso desejo de vingança.
A história tem seus méritos pela delicadeza no tratar da descoberta da sexualidade (homossexualidade ou bissexualidade? Não sabemos ao certo). O ponto alto realmente se resume no diálogo de Mr. Perlman e Elio. Sinceridade, surpresa e sensibilidade nos fazem refletir bastante sobre nossas escolhas de vida.
Muitos comentários já disseram o suficiente acerca desse filme intenso e necessário. Acrescento apenas o quanto foi pertinente o percurso que o roteiro fez por entre as produções televisivas e cinematográficas estado-unidenses, refletindo também sobre o racismo estrutural incrustado naquela cultura.
Filme capaz de evocar as mais profundas reações de choque e repulsa pelo seu tratamento cru e explicito das mais diversas perversões ou desvios da sexualidade humana. Por meio desta exposição real e abjeta, busca a dessensibilização daquilo que é exibido. Algo um tanto niilista, talvez. Obs. Tecnicamente o filme é bem ruim, mas a trilha é apreciável, e cumpre um papel fundamental, pois cobre as arestas do roteiro em diversas cenas.
Não é surpreendente, grandioso, tampouco parece ter pretensões de ser algo do tipo. Expõe de forma simples as construções de um Eu adolescente, com toda a insegurança e necessidade de aprovação inerentes à esta idade. Também remete de forma crua e sincera, mas sem perder o tom da comicidade, as agruras de uma família simples e o sonho de se cursar uma graduação no sistema estado-unidense.
A mãe de Lady Bird tornou-se minha favorita, com sua religiosidade arraigada (mas sem fanatismos e conservadorismos exacerbados) e sua rigidez no trato educativo, que por vezes escondia um amor que não conseguia ser traduzido em ação.
É uma história mediana, mas igualmente uma boa representação da adolescência e juventude.
Filme divertido, com um roteiro bem feito e com um enredo melhor desenvolvido do que outros filmes Marvel. Não é grandioso nem mesmo surpreendente, mas serve como um bom entretenimento. A versão adolescente, atrapalhada e inconsequente de Peter Parker serviu positivamente para dar à história um toque mambembe e suave.
Excelente por seu foco ser construir uma imagem humana da população LGBT, que no fim das contas procura apenas o seu espaço naquele ambiente que já é atingido cotidianamente pela violência e pelo descaso político. Entretanto, esse mesmo aspecto cria uma sensação de recrudescimento da homofobia, que sabemos ser pouco verdadeiro. Foi muito bom ouvir os próprios LGBT's se identificado e narrando suas experiências e expectativas. Critico negativamente apenas o título, que limita o assunto ao nicho "G", da sigla LGBT, quando na verdade vimos pessoas gays, lésbicas e também transgêneros tendo voz nesse importante documento jornalístico.
Um filme que evoluiu bem do seu predecessor (com emulações pertinentes ao seu enredo e à estética por este evocada). Lembra também, alguns aspectos que William Gibson trabalhou em "Neuromancer", o que faz com o filme tenha uma riqueza de referências à obras de ficção científica ainda maior. Sua duração longa pode intimidar, ainda mais com uma história que propõe-se mais reflexiva e por vezes arrastada do que as obras comercias convencionais. Todavia, o grande cuidado com a fotografia, a composição estética de um futuro distópico bastante verossímil, (com toda sua esterilidade e podridão), além das boas atuações e da trilha sonora asséptica são parte de um espetáculo que vale a pena ser apreciado.
Toda e qualquer descrição feita sobre o filme será incompleta, pois não conseguirá transpassar a emoção que ele nos transmite. Divertido, bem feito, magicamente colorido, que consegue fugir da obviedade, apesar do enredo simples. Incrível e tocante!
O enredo como um todo parece solto e se por trás dos acontecimentos havia um propósito de crítica às instituições policiais estado-unidenses (principalmente ao seu alto escalão), este objetivo tornou-se esmaecido pela falta de força crítica da história. A trilha sonora é potente, mas também não pareceu a melhor escolha. Enfim, uma boa história que foi, contudo, mal executada.
Belo, poético e com uma trilha sonora impecável. Além disso, o filme consegue mesclar a realidade com o horizonte onírico para lembrar-nos como esse último pode ser a via de realização dos nossos desejos. Consegue também, abordar assuntos densos como a guerra, a crise econômica e a morte de formas bastante sensíveis, ao mesmo tempo que trás à tona, de forma igualmente significante a singularidade de um momento, o amor e a persecução daquilo que se almeja.
Um filme de baixo orçamento, que talvez por isso não tenha conseguido trabalhar de forma totalmente eficiente alguns pontos da história, que em alguns momentos se perde, tornando a narrativa confusa (mas nada que comprometa o entendimento do todo). Em contrapartida, a produção consegue trabalhar muito bem os silêncios, que magistralmente dizem muito sobre os momentos em cena. Traz de forma peculiar a reflexão sobre a sexualidade enquanto algo complexo e nem sempre tão evidente para o indivíduo. Por vezes a "broderagem" dos personagens cria uma leve tensão sexual que remete, ao mesmo tempo, às práticas sociais masculinas muito presentes na sociedade.
Com Amor, Simon
4.0 1,2K Assista AgoraUm filme clíchê, típico das produções estado-unidenses que são ambientadas em escolas e que retratam a adolescência. Mas o ponto alto do filme é refletir os novos tempos e tentar ser representativo, mostrando a diversidade étnico-racial naquele ambiente, bem como retratar de forma leve, mas tocante, as agruras e impecílhos que um jovem gay enfrenta nessa idade, que o impedem de vivenciar de forma plena a sua sexualidade.
É importante também por retratar a aceitação da homossexualidade no âmbito familiar de forma acolhedora e dar um final feliz (e merecido) para o jovem Simon.
Amy
4.4 1,0K Assista AgoraIntenso e devastador! Revela de forma crua como o sofrimento e a fragilidade de Amy foram transformados em produto pela mídia sensacionalista e como a indústria cultural (assim como a sanha de lucro do pai da cantora) exploraram seu talento em prol do capital. Uma perda irreparável de uma cantora única, autêntica e inesquecível.
Grave
3.4 1,1KMe encantou pela originalidade e pelos detalhes de algumas cenas. Me surpreendeu pelas cenas fortes e pela temática retratada. Foi uma grata surpresa!
Uma Mulher Fantástica
4.1 422 Assista AgoraUm filme muito bem executado, que evidencia de forma bastante sensível todas as "pequenas" violências que uma pessoa transexual é exposta em sua vida. Além disso, a atuação de Daniela Vega foi magistral.
A Forma da Água
3.9 2,7KGostei da fotografia como um todo, que conferiu um ar "fantástico" a toda a atmosfera do filme, da trilha sonora impecável e da composição dos personagens. No entanto, não achei grandioso a ponto de ser premiado como o melhor do ano...
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista AgoraApesar da história ser forte, há todo um esforço, seja na composição das cenas, seja na composição dos personagens, em conferir certa comicidade a estes elementos. Claro que o filme não chega a arrancar risos (longe disso), mas é como se ele nos fizesse absorver todo o drama de Tonya por uma outra via. Destaque especial para o grande trabalho de atuação das indicadas ao Oscar, bem como para a excelente trilha sonora que consegue dar ao filme um ritmo bem dinâmico.
O Destino de Uma Nação
3.7 723 Assista AgoraInegável a alta qualidade de atuação de Gary Oldman. No mais, o filme é uma representação do que foi a Segunda Grande Guerra nos gabinetes políticos. Interessante se pensar como o comando parlamentar decidia friamente o destino dos combatentes, em prol de um "bem nacional". O jorrar de sangue, portanto, é implícito em cada decisão tomada em gabinete. Igualmente atrativo para a análise são o jogo de interesses e as manipulações políticas escusas que permeiam as movimentações no parlamento. Vale destacar, contudo, que por ser uma obra biográfica, não devemos nunca nos esquecer de que se trata de uma versão representativa e que há um interesse em se passar a imagem do biografado de determinada forma.
O Poderoso Chefinho
3.4 521 Assista AgoraNão sei o que pensar do filme, exceto que me causou estranhamento.
Mistura uma narrativa acerca do processo de crescimento infantil e "perda" da centralidade familiar do filho único, com uma espécie de fantasia mirabolante de um modo de produção de bebês em uma empresa também controlada por bebês (?).
Projeto Flórida
4.1 1,0KConsegue tratar de assuntos delicados de forma magistral. O elemento latente, a maternidade na juventude, é desenvolvido abordando-se questões que transpassam o abandono (aspecto exaustivamente trabalhado em muitas outras histórias). Assim, o componente que mais chama a atenção é como a imaturidade de Halley influencia negativamente na educação de Moonee.
Percebemos o quanto Halley não é uma mãe ausente, mas sua imaturidade, mesclada com a sua situação econômica precária, fornecem objetos palpáveis de análise, que tangenciam o desenvolvimento infantil: ficam evidentes a necessidade de limites, bem como a igual necessidade de autoridade da figura cuidadora (e digo isso sem falsos moralismos), que Halley não consegue sustentar. Conhecemos então, uma Moonee extremamente esperta e sadia, mas que não conhece disciplina e é incapaz de respeitar o espaço do outro.
Ao fim e ao cabo, o filme torna-se um grande problematizador da omissão educativa, que torna-se um grande contribuinte para a deseducação.
Três Anúncios Para um Crime
4.2 2,0K Assista AgoraO mais incisivo e cortante elemento do filme é sua capacidade de problematização dos maniqueísmos simples, que encaixam as pessoas em arquétipos totalmente definidores (tais como sujeitos totalmente bons, totalmente maus ou totalmente fortes, por exemplo). A construção dos personagens nos faz refletir essas questões e entender os sujeitos, não como unos e indivisíveis, mas sim como um complexo de atitudes e comportamentos distintos que os formam.
Nesse mesmo campo de reflexão sobre maniqueísmos, problematiza-se a própria noção de justiça versus a vingança
(trabalhado principalmente na cena final, quando Mildred e Dixon partem decididos a aplicar o justiçamento num sujeito que parecia culpado, mas que são acometidos pela dúvida quanto a assertividade desse ato).
Além disso, as atuações excelentes e as situações inesperadas dão ao filme um ar de verdade, favorecendo intensamente nossa imersão na história.
Com Amor, Van Gogh
4.3 1,0K Assista AgoraExtensão (em movimento) das obras de arte de Van Gogh. Uma história instigante, contada de uma forma poética, profundamente artística e, acima de tudo, original e desafiadora.
Interessante perceber como as obras de Van Gogh são emuladas nas cenas do filme. Igualmente interessante perceber como o sofrimento psíquico era pouco entendido e muito desprezado pela sociedade geral (e este cenário mudou?) no século XIX. Vale destacar ainda o enredo que visa trabalhar com as batalhas de memória e sentido que diversas pessoas que conviveram com o pintor holandês nutriam por sua figura, igualmente talentosa e controversa.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraEnredo surpreendente, que trata (direta ou indiretamente) da questão racial de forma cortante. Se por meio de metáforas nos propõe reflexões acerca dos embates raciais violentos e pequenas situações de discriminação cotidianas, por outro lado, embarca numa distopia pulsante aos moldes de Black Mirror. Peque, talvez, pela solução fácil dos conflitos e também por satisfazer muito facilmente nosso desejo de vingança.
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraA história tem seus méritos pela delicadeza no tratar da descoberta da sexualidade (homossexualidade ou bissexualidade? Não sabemos ao certo). O ponto alto realmente se resume no diálogo de Mr. Perlman e Elio. Sinceridade, surpresa e sensibilidade nos fazem refletir bastante sobre nossas escolhas de vida.
Eu Não Sou Seu Negro
4.5 136 Assista AgoraMuitos comentários já disseram o suficiente acerca desse filme intenso e necessário. Acrescento apenas o quanto foi pertinente o percurso que o roteiro fez por entre as produções televisivas e cinematográficas estado-unidenses, refletindo também sobre o racismo estrutural incrustado naquela cultura.
Pink Flamingos
3.4 878Filme capaz de evocar as mais profundas reações de choque e repulsa pelo seu tratamento cru e explicito das mais diversas perversões ou desvios da sexualidade humana.
Por meio desta exposição real e abjeta, busca a dessensibilização daquilo que é exibido. Algo um tanto niilista, talvez.
Obs. Tecnicamente o filme é bem ruim, mas a trilha é apreciável, e cumpre um papel fundamental, pois cobre as arestas do roteiro em diversas cenas.
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraNão é surpreendente, grandioso, tampouco parece ter pretensões de ser algo do tipo. Expõe de forma simples as construções de um Eu adolescente, com toda a insegurança e necessidade de aprovação inerentes à esta idade.
Também remete de forma crua e sincera, mas sem perder o tom da comicidade, as agruras de uma família simples e o sonho de se cursar uma graduação no sistema estado-unidense.
A mãe de Lady Bird tornou-se minha favorita, com sua religiosidade arraigada (mas sem fanatismos e conservadorismos exacerbados) e sua rigidez no trato educativo, que por vezes escondia um amor que não conseguia ser traduzido em ação.
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
3.8 1,9K Assista AgoraFilme divertido, com um roteiro bem feito e com um enredo melhor desenvolvido do que outros filmes Marvel. Não é grandioso nem mesmo surpreendente, mas serve como um bom entretenimento. A versão adolescente, atrapalhada e inconsequente de Peter Parker serviu positivamente para dar à história um toque mambembe e suave.
Favela Gay
4.0 67Excelente por seu foco ser construir uma imagem humana da população LGBT, que no fim das contas procura apenas o seu espaço naquele ambiente que já é atingido cotidianamente pela violência e pelo descaso político. Entretanto, esse mesmo aspecto cria uma sensação de recrudescimento da homofobia, que sabemos ser pouco verdadeiro. Foi muito bom ouvir os próprios LGBT's se identificado e narrando suas experiências e expectativas. Critico negativamente apenas o título, que limita o assunto ao nicho "G", da sigla LGBT, quando na verdade vimos pessoas gays, lésbicas e também transgêneros tendo voz nesse importante documento jornalístico.
Blade Runner 2049
4.0 1,7K Assista AgoraUm filme que evoluiu bem do seu predecessor (com emulações pertinentes ao seu enredo e à estética por este evocada). Lembra também, alguns aspectos que William Gibson trabalhou em "Neuromancer", o que faz com o filme tenha uma riqueza de referências à obras de ficção científica ainda maior. Sua duração longa pode intimidar, ainda mais com uma história que propõe-se mais reflexiva e por vezes arrastada do que as obras comercias convencionais. Todavia, o grande cuidado com a fotografia, a composição estética de um futuro distópico bastante verossímil, (com toda sua esterilidade e podridão), além das boas atuações e da trilha sonora asséptica são parte de um espetáculo que vale a pena ser apreciado.
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraToda e qualquer descrição feita sobre o filme será incompleta, pois não conseguirá transpassar a emoção que ele nos transmite. Divertido, bem feito, magicamente colorido, que consegue fugir da obviedade, apesar do enredo simples. Incrível e tocante!
Sicario: Terra de Ninguém
3.7 942 Assista AgoraO enredo como um todo parece solto e se por trás dos acontecimentos havia um propósito de crítica às instituições policiais estado-unidenses (principalmente ao seu alto escalão), este objetivo tornou-se esmaecido pela falta de força crítica da história. A trilha sonora é potente, mas também não pareceu a melhor escolha. Enfim, uma boa história que foi, contudo, mal executada.
Vidas ao Vento
4.1 603 Assista AgoraBelo, poético e com uma trilha sonora impecável. Além disso, o filme consegue mesclar a realidade com o horizonte onírico para lembrar-nos como esse último pode ser a via de realização dos nossos desejos.
Consegue também, abordar assuntos densos como a guerra, a crise econômica e a morte de formas bastante sensíveis, ao mesmo tempo que trás à tona, de forma igualmente significante a singularidade de um momento, o amor e a persecução daquilo que se almeja.
Plano B
3.5 135Um filme de baixo orçamento, que talvez por isso não tenha conseguido trabalhar de forma totalmente eficiente alguns pontos da história, que em alguns momentos se perde, tornando a narrativa confusa (mas nada que comprometa o entendimento do todo).
Em contrapartida, a produção consegue trabalhar muito bem os silêncios, que magistralmente dizem muito sobre os momentos em cena. Traz de forma peculiar a reflexão sobre a sexualidade enquanto algo complexo e nem sempre tão evidente para o indivíduo.
Por vezes a "broderagem" dos personagens cria uma leve tensão sexual que remete, ao mesmo tempo, às práticas sociais masculinas muito presentes na sociedade.
Amarelo Manga
3.8 542 Assista AgoraParece refletir uma crônica do cotidiano e nisso tem seus devidos méritos. No entanto, o enredo não me surpreendeu.