“Você nunca foi capaz de me acompanhar. Você ainda é aquela criança que acorda assustada, que não consegue dormir à noite e acorda chorando por socorro. Você ainda é o filho errado daquele pai.
o real motivo da Smurf ter deixado os bens pra a Pam, a possibilidade de um dos primos voltar pra se vingar, o quase envolvimento de Pope com uma seita, o "rapto" pra recuperar o filho de uma mulher que ele acabou de conhecer e o abandono do ex marido dela na estrada, o aparente desinteresse do verdadeiro dono da cocaína em ir atrás do seu produto... Enfim, foi preguiçoso, sem falar no vaivém entre Craig e Renn. Os pontos positivos estão nas cenas de ação e suspense, onde o entretenimento se mantém. Os flashbacks também estão primorosos, nos colocando a par da transformação de Janine em Smurf.
Dito isso, ainda não sei o que esperar da sexta e última temporada. Torcendo pra que consigam unir as pontas soltas e fechar a série com chave de ouro.
"Vocês vão morrer. O Império irá matá-los, e não será o bastante pelo que vocês fizeram. Pelos cheiros. Pela ardência nos olhos. Pelas cinzas das crianças, mães e pais em nossas gargantas. É um gosto que sinto na minha boca, um gosto que não vai embora. Esse é o legado - de vocês e nosso. Podemos desejar que não. Podemos gritar que não é justo, e estaríamos certos. Porque acredito em vocês. Um de vocês está falando a verdade. Talvez até ambos. Deveríamos libertar todos vocês. Deveríamos, mas não vamos."
a série vem construindo tensão pra o retorno dela e seu embate com os filhos após a morte de Baz. No entanto, as decisões dos roteiristas foram um tanto anticlimáticas: após sair da prisão, fizeram a matriarca ser condescendente com a estadia de Billy na casa, com a morte da advogada por J e, agora, deram a ela uma doença terminal. Assim, foram suprimindo cada vez mais o potencial da personagem. Tudo bem, houve o acerto de contas com o cartel, houve o grande assalto a Jed com aquela performance fenomenal, mas eu esperava muito mais tempo de tela pra a Ellen Barkin. Sem ela, os garotos ficam muito espalhados, perdidos. Ela personifica a ambiguidade que torna Animal Kingdom um deleite. Em vez disso, tivemos que encarar o remorso póstumo da Julia, centrado na figura da Angela. O problema é que, além de desinteressante, a personagem é um "repeteco" do papel da Amy e da Lena, que só servem pra humanizar o Pope. Deu um pouco de canseira. Eu adoro como a série tem o timing certo pra os dias de hoje, em que a atenção da audiência é escassa e as coisas precisam se mover rápido, mas sinto que, pra essa temporada ter encerrado com força total, precisariam ter explorado melhor a Smurf no presente.
Ainda assim, continuo ansioso pra a próxima temporada ♥
Muito gostosinha de assistir, porém com o cancelamento não tem como dar mais de 3 estrelas. Ficou bastante coisa em aberto, e a conclusão dos mistérios foi bem apressada e pouco contextualizada. Se for só pra passar o ócio, vai sem medo que cumpre as expectativas.
Esse filme é uma puta AULA de storytelling. Não tem espaços mortos. É tenso, explosivo, com um contexto social pulsante e atmosfera ambígua. Não existem mocinhos. O perigo é extremo, o tempo todo. Padilha é eficiente em nos colocar na pele de policiais que atuam dentro de um sistema falido e em condições insalubres, ainda que sejam perversos em campo. No entanto, o filme escorrega num aspecto importante -
termina com uma catarse. O BOPE sai como herói da fábula, e não como um grupo de justiceiros que também faz parte do sistema. O tiro na cara do Baiano simboliza um expurgo contra todas as mazelas do crime organizado, que, evidentemente, não se resumem a ele. Os chefes das instituições políticas vão continuar fazendo a máquina girar, usando a favela como bode expiatório. Pra mim, seria perfeito se a morte do traficante fosse seguida por cenas do Nascimento e do Mathias experimentando o vazio das suas vidas cinzas, enquanto percebem que nada, de fato, mudou. Seria um bom gancho pra a parte II.
Ainda assim, uma grandiosíssima pérola do cinema nacional!
Os dois primeiros episódios foram fantásticos. Bem dirigidos, direto ao ponto, em seu ápice visual e cheios de tensão. Depois, a trama é colocada de lado pra favorecer umas galhofas do roteiro, como esse núcleo dos russos. Cada vez que a Duquesa ou a família dela apareciam com suas maluquices eu imaginava que tantos outros assuntos poderiam estar sendo abordados no momento. Há um atentado político em curso, diversas chances de sabotagem, uma milícia governamental chefiada por um padre, e um histórico tenebroso do cardeal com um dos personagens, mas o que a gente vê é um punhado de cenas que pouco acrescentam na narrativa principal. Essa falta de foco me incomoda profundamente em Peaky, apesar do refinamento cinematográfico. É uma série de gangues que tem outro tipo de público, mas já que comecei, vou terminá-la.
Provavelmente todo cinéfilo em formação já passou por isso: tomou conhecimento de um filme ovacionado pelo público e pela crítica, criou uma expectativa gigante em cima dele e depois de conferir, ficou frustrado. Mas por alguma razão inexplicável, algumas partes da experiência ficaram na sua mente e você, vez ou outra, se pegou revivendo as cenas que assistiu... E ao finalmente decidir revisitar a obra despido dos seus pré-conceitos, WOW. Tudo foi diferente. O filme não tinha mas a obrigação de te surpreender e você se permitiu curtir a vibe. Foi assim a minha relação com Pulp Fiction, em um espaço de 3 anos entre a primeira e a segunda sessão. A abertura, na cafeteria, é uma das sequências mais instigantes que já assisti. E o primeiro conto, estrelando John Travolta e Uma Thurman, fazem do filme um dos mais especiais do Tarantino.
Quando você olha pra as produções da Disney das décadas de 1990/2000, vê o quanto o estúdio tá perdendo em qualidade com essa leva de filmes em live action. Enredo muuuito bobo, a história se contorce toda pra caber dentro de uma linha de raciocínio que faça sentido e ainda assim escapa várias vezes. Assista sem pretensão alguma e terá um pouco de entretenimento pra o seu fim de semana.
Esse reality é muito bom, mas corre o risco de se tornar maçante ao longo do tempo, uma vez que a estrutura a mecânica pouco mudam e o público não interfere em nada. Quando o efeito surpresa some, nos resta acompanhar de forma passiva o desenrolar do game. Ainda assim, mesmo que essa temporada tenha sido recheada de altos e baixos, perto do fim ela voltou pra os trilhos. Gostei de ver
isso mostra que eles estão ficando cada vez mais profissionais e o jogo se torna mais imprevisível por isso. Minha torcida era pra as Diva Queens, River e Courtney.
Lee, um mix de inteligência e coração na medida certa, e Courtney, um baita jogador carismático, inexplicável o nível da estratégia que ele bolou como Curinga!
Uma narrativa LGBTQ e feminista em que a representatividade é apenas a cereja do bolo. Acompanhamos mulheres reais, imperfeitas, com problemas de relacionamento, amizade, trabalho.. É muito bacana ver como os núcleos são bem construídos e se intercalam na medida certa. Assisti despretensiosamente e fui conquistado aos poucos com tantas personagens interessantes - deu até vontade de guardar a Finley num potinho. Aguardando a segunda temporada!
Lembro que, na época em que assisti pela primeira vez, não curti a temporada, porque dentro de uma estrutura de exibição semanal, ela se torna bastante cansativa - é um fim de semana inteiro em 22 capítulos e 2 epílogos. No entanto, ao maratoná-la agora, mudei de opinião quanto a 95% da jornada. Durante os episódios do casamento, por exemplo, a série define uma continuidade narrativa muito clara e cultiva pitadas generosas de drama e romance, características que sempre a levam ao seu auge e tornam a experiência um deleite. No entanto, os 5% restantes continuam sendo confusos e um tanto desrespeitosos com o espectador. Explico:
1) Não tem sentido nos fazer acreditar que Barney e Robin finalmente vão conseguir se comprometer e, durante um episódio meia boca, simplesmente puxar o nosso tapete com o rompimento dos dois, anulando tudo o que foi trabalhado antes, à exaustão. E 2) É um pecado apresentar a Tracy de maneira tão cuidadosa para, no último episódio, descobrir que ela foi um adereço do roteiro, servindo como porta voz da mensagem "perdi um companheiro e estou seguindo em frente" para que Ted consiga fazer o mesmo mais adiante. Não achei justo. Passamos 9 temporadas para conhecê-la, e quando temos a oportunidade de curtir a sua presença em cena no fechamento da série, ela fica doente e morre, e sequer sabemos como isso aconteceu e que impacto teve na vida de Ted e dos filhos. No momento seguinte ao falecimento, não temos nem tempo para ficar tristes porque os guris começam a fazer piada sobre o pai querer chamar a Robin pra sair. Embora, para eles, o tempo decorrido desde a morte da mãe tenha sido de 6 anos, para nós, foram 5 segundos! Porra, que péssimo. A gente termina a história com um gostinho amargo, além, é claro, de acreditar que Ted não amadureceu emocionalmente. Ficamos com uma sensação de que ele ama a Robin mais do que a si próprio, e isso é triste.
Ainda assim, eu favorito essa temporada por todos os sentimentos positivos que ela fez emergir em mim na maior parte do tempo, assim como a de 2005 fez. Eu me apaixonei pela personagem da Cristin Milioti, e esse sentimento ficou comigo mesmo depois dos créditos.
E como prêmio de consolação, a gente visita o Youtube, assiste ao final alternativo e pensa que, numa realidade paralela, Ted e Tracy foram genuinamente felizes dali em diante ♥
Aqui, a jornada de Ted faz um resgate do tom inicial da série, voltando a explorar seu arco dramático e corrigindo os excessos das temporadas anteriores. Por outro lado, mesmo revisitando o programa, não consigo entender
a súbita atração de Robin por Barney. Ter uma personalidade "desapegada" não é o que desperta o interesse de outra pessoa, mas sim a admiração e a confiança que você inspira nela. Por isso que Ted e Robin se davam bem. E embora Barney a tenha ajudado numa oportunidade de trabalho, ele ainda não comprovou ser digno de admiração ou confiança num relacionamento afetivo. Quando teve a oportunidade, se mostrou egoísta e se arrependeu depois de ter vacilado. Robin ter passado de amiga para quase namorada dele nessa season finale parece, pra mim, uma desculpa que os roteiristas inventaram pra dar um dinamismo na história. Uma pena que tenha sido mal desenvolvido.
Na parte da comédia, continuo achando brilhante o que a série faze com os flashbacks, mudando constantemente a nossa percepção sobre o que acabamos de assistir. O episódio "The Three Days Rule" (S04E21) é impagável!
Não acrescenta nada de novo ao debate, mas condensa as informações essenciais sobre o funcionamento dos algoritmos para introduzir leigos ao tema. Ganha mais relevância à medida que aborda a questão das fake news na nossa democracia. No entanto, senti falta de uma diversidade de especialistas para abordar o assunto, bem como de exemplos de boas práticas nas redes sociais, além das recomendações de uso comedido. Controlar o tempo gasto nas plataformas é importante, mas ignorar o algoritmo não fará os problemas sumirem. Eu sei que cabem mais perguntas do que respostas, só senti falta de um equilíbrio entre o clima distópico e perspectivas mais otimistas.
Uma das grandes referências do cinema Sci-Fi, Blade Runner dá uma aula de ambientação com fotografia, trilha sonora e direção de arte hipnotizantes. Entende-se o porquê de ser tão admirado. No entanto, é muito latente a carência do desenvolvimento de seus personagens, que prejudica até mesmo o ritmo da trama. Um filme cadenciado e contemplativo não seria problema se as questões humanas sugeridas no início fossem aprofundadas por meio dos conflitos internos do protagonista. Mas o roteiro não facilita para o Harrison Ford, nem para o espectador. Ficamos muito tempo acompanhando o caçador e nos perguntando se, em todo o universo estabelecido na obra, esse seria o indivíduo mais interessante de se acompanhar. Em contrapartida, o vilão interpretado pelo Rutger Hauer foge à regra e apresenta a melhor caracterização da história. Gostaria de ter visto, ao menos, o mesmo tratamento para a Rachel da Sean Young e para a Pris da Daryl Hannah. Teria enriquecido um bocado a experiência.
Uma das coisas que o Tarantino faz de melhor é escrever conversas fiadas, no melhor sentido do termo. Elas são o ponto de partida para que seus personagens ácidos compitam pelos maiores níveis de testosterona do ambiente, transformando meia dúzia de palavras, olhares e sorrisos enviesados numa mina de tensão prestes a explodir. É um artifício tão bem feito que sempre rende ao diretor as melhores cenas de sua filmografia. O mesmo princípio ocorre aqui, embora aplicado de forma diferente. Explico: os Oito Odiados não usa os diálogos para instigar uma sequência de embates físicos durante o longa. Ao contrário, ele apenas mantém os conflitos no nível verbal, negando qualquer amostra de violência durante mais da metade de sua duração. E isso, claro, é proposital. Ao negar a recompensa ao espectador, permite que a tensão se acumule até a última dose, e quando ela irrompe... PORRA! O impacto é o de um coquetel molotov. Tem gente que vai cansar até lá, e tem gente que vai embarcar na vibe e desejar que o filme não acabe, como eu desejei. Poderia ter uns minutos a menos, é verdade, mas nada disso diminui o brilho e a grandiosidade do resultado.
A primeira temporada tinha um objetivo bastante específico: Kimber, e ao redor disso, os obstáculos que se colocariam à frente dos Peaky Blinders - os Lee, Campbell, as armas, Grace e o IRA para justificar as motivações dela. Para além disso, apenas o núcleo de Freddie Thorne. Simples. Nesta, ao contrário, os roteiristas deram um passo maior do que a própria perna. Tentaram focar na expansão dos Shelby para Londres, na briga entre italianos e judeus, na retaliação de Campbell, na missão irlandesa, nos interesses de Winston Churchill, na relação entre Michael e Polly,
É um desafio complexificar a trama e ainda assim manter a coerência, sem cansar o espectador. Não deu muito certo aqui, até mesmo pela volatilidade da motivação de personagens como Thommy, Campbell e Alfie Solomons. Mas, vamos adiante, espero que melhore nos próximos capítulos.
Fui assistir pronto pra adorar, mas não rolou. Com argumento e roteiro frágeis, o filme é uma colcha de retalhos de piadas clichês e personagens e situações mal contextualizados, a exemplo da formação da família, da apropriação da casa, das motivações da antagonista, da amizade com a Parker e da dinâmica na nova cidade. O espectador não embarca. Lembramos o tempo todo de que estamos assistindo a um filme. Os pontos positivos são: o traço que remete às animações do Tim Burton e o desenvolvimento da Wandinha e do Feioso, que levam a trama até o fim.
Succession (3ª Temporada)
4.4 190MISERICÓRDIA
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraA parceria Villeneuve-Zimmer chega a seu auge. Eis Duna.
Gomorra (5ª Temporada)
4.0 13“Você nunca foi capaz de me acompanhar. Você ainda é aquela criança que acorda assustada, que não consegue dormir à noite e acorda chorando por socorro. Você ainda é o filho errado daquele pai.
Don Pietro teve mais respeito por mim quando eu o matei do que ele teve por você. É por isso que você está me trancando aqui, certo?
Reze pra que eu nunca saia daqui.”
O Imortal
3.4 13Filmão!
Animal Kingdom (5ª Temporada)
4.1 11 Assista AgoraInfelizmente, a temporada mais fraca. Abriram mais plots do que a capacidade de dar conta deles, então muita coisa ficou jogada. Exemplo:
o real motivo da Smurf ter deixado os bens pra a Pam, a possibilidade de um dos primos voltar pra se vingar, o quase envolvimento de Pope com uma seita, o "rapto" pra recuperar o filho de uma mulher que ele acabou de conhecer e o abandono do ex marido dela na estrada, o aparente desinteresse do verdadeiro dono da cocaína em ir atrás do seu produto... Enfim, foi preguiçoso, sem falar no vaivém entre Craig e Renn. Os pontos positivos estão nas cenas de ação e suspense, onde o entretenimento se mantém. Os flashbacks também estão primorosos, nos colocando a par da transformação de Janine em Smurf.
Fundação (1ª Temporada)
3.8 122 Assista Agora"Vocês vão morrer. O Império irá matá-los, e não será o bastante pelo que vocês fizeram. Pelos cheiros. Pela ardência nos olhos. Pelas cinzas das crianças, mães e pais em nossas gargantas. É um gosto que sinto na minha boca, um gosto que não vai embora. Esse é o legado - de vocês e nosso. Podemos desejar que não. Podemos gritar que não é justo, e estaríamos certos. Porque acredito em vocês. Um de vocês está falando a verdade. Talvez até ambos. Deveríamos libertar todos vocês. Deveríamos, mas não vamos."
É isso. 100% fisgado.
Animal Kingdom (4ª Temporada)
4.3 21 Assista AgoraDesde que os roteiristas decidiram deixar a Smurf de molho na temporada 2 com a crise familiar,
a série vem construindo tensão pra o retorno dela e seu embate com os filhos após a morte de Baz. No entanto, as decisões dos roteiristas foram um tanto anticlimáticas: após sair da prisão, fizeram a matriarca ser condescendente com a estadia de Billy na casa, com a morte da advogada por J e, agora, deram a ela uma doença terminal. Assim, foram suprimindo cada vez mais o potencial da personagem. Tudo bem, houve o acerto de contas com o cartel, houve o grande assalto a Jed com aquela performance fenomenal, mas eu esperava muito mais tempo de tela pra a Ellen Barkin. Sem ela, os garotos ficam muito espalhados, perdidos. Ela personifica a ambiguidade que torna Animal Kingdom um deleite. Em vez disso, tivemos que encarar o remorso póstumo da Julia, centrado na figura da Angela. O problema é que, além de desinteressante, a personagem é um "repeteco" do papel da Amy e da Lena, que só servem pra humanizar o Pope. Deu um pouco de canseira. Eu adoro como a série tem o timing certo pra os dias de hoje, em que a atenção da audiência é escassa e as coisas precisam se mover rápido, mas sinto que, pra essa temporada ter encerrado com força total, precisariam ter explorado melhor a Smurf no presente.
Animal Kingdom (2ª Temporada)
4.3 24 Assista AgoraEssa série só melhora!!
Panic (1ª Temporada)
3.2 92 Assista AgoraMuito gostosinha de assistir, porém com o cancelamento não tem como dar mais de 3 estrelas. Ficou bastante coisa em aberto, e a conclusão dos mistérios foi bem apressada e pouco contextualizada. Se for só pra passar o ócio, vai sem medo que cumpre as expectativas.
Tropa de Elite
4.0 1,8K Assista AgoraEsse filme é uma puta AULA de storytelling. Não tem espaços mortos. É tenso, explosivo, com um contexto social pulsante e atmosfera ambígua. Não existem mocinhos. O perigo é extremo, o tempo todo. Padilha é eficiente em nos colocar na pele de policiais que atuam dentro de um sistema falido e em condições insalubres, ainda que sejam perversos em campo. No entanto, o filme escorrega num aspecto importante -
termina com uma catarse. O BOPE sai como herói da fábula, e não como um grupo de justiceiros que também faz parte do sistema. O tiro na cara do Baiano simboliza um expurgo contra todas as mazelas do crime organizado, que, evidentemente, não se resumem a ele. Os chefes das instituições políticas vão continuar fazendo a máquina girar, usando a favela como bode expiatório. Pra mim, seria perfeito se a morte do traficante fosse seguida por cenas do Nascimento e do Mathias experimentando o vazio das suas vidas cinzas, enquanto percebem que nada, de fato, mudou. Seria um bom gancho pra a parte II.
Peaky Blinders: Sangue, Apostas e Navalhas (3ª Temporada)
4.4 233 Assista AgoraOs dois primeiros episódios foram fantásticos. Bem dirigidos, direto ao ponto, em seu ápice visual e cheios de tensão. Depois, a trama é colocada de lado pra favorecer umas galhofas do roteiro, como esse núcleo dos russos. Cada vez que a Duquesa ou a família dela apareciam com suas maluquices eu imaginava que tantos outros assuntos poderiam estar sendo abordados no momento. Há um atentado político em curso, diversas chances de sabotagem, uma milícia governamental chefiada por um padre, e um histórico tenebroso do cardeal com um dos personagens, mas o que a gente vê é um punhado de cenas que pouco acrescentam na narrativa principal. Essa falta de foco me incomoda profundamente em Peaky, apesar do refinamento cinematográfico. É uma série de gangues que tem outro tipo de público, mas já que comecei, vou terminá-la.
Pulp Fiction: Tempo de Violência
4.4 3,7K Assista AgoraProvavelmente todo cinéfilo em formação já passou por isso: tomou conhecimento de um filme ovacionado pelo público e pela crítica, criou uma expectativa gigante em cima dele e depois de conferir, ficou frustrado. Mas por alguma razão inexplicável, algumas partes da experiência ficaram na sua mente e você, vez ou outra, se pegou revivendo as cenas que assistiu... E ao finalmente decidir revisitar a obra despido dos seus pré-conceitos, WOW. Tudo foi diferente. O filme não tinha mas a obrigação de te surpreender e você se permitiu curtir a vibe. Foi assim a minha relação com Pulp Fiction, em um espaço de 3 anos entre a primeira e a segunda sessão. A abertura, na cafeteria, é uma das sequências mais instigantes que já assisti. E o primeiro conto, estrelando John Travolta e Uma Thurman, fazem do filme um dos mais especiais do Tarantino.
Cruella
4.0 1,4K Assista AgoraQuando você olha pra as produções da Disney das décadas de 1990/2000, vê o quanto o estúdio tá perdendo em qualidade com essa leva de filmes em live action. Enredo muuuito bobo, a história se contorce toda pra caber dentro de uma linha de raciocínio que faça sentido e ainda assim escapa várias vezes. Assista sem pretensão alguma e terá um pouco de entretenimento pra o seu fim de semana.
The Circle: EUA (2ª Temporada)
3.7 41 Assista AgoraEsse reality é muito bom, mas corre o risco de se tornar maçante ao longo do tempo, uma vez que a estrutura a mecânica pouco mudam e o público não interfere em nada. Quando o efeito surpresa some, nos resta acompanhar de forma passiva o desenrolar do game. Ainda assim, mesmo que essa temporada tenha sido recheada de altos e baixos, perto do fim ela voltou pra os trilhos. Gostei de ver
uma final com maioria de catfishs,
Lee, um mix de inteligência e coração na medida certa, e Courtney, um baita jogador carismático, inexplicável o nível da estratégia que ele bolou como Curinga!
The L Word: Geração Q (1ª Temporada)
4.1 91Uma narrativa LGBTQ e feminista em que a representatividade é apenas a cereja do bolo. Acompanhamos mulheres reais, imperfeitas, com problemas de relacionamento, amizade, trabalho.. É muito bacana ver como os núcleos são bem construídos e se intercalam na medida certa. Assisti despretensiosamente e fui conquistado aos poucos com tantas personagens interessantes - deu até vontade de guardar a Finley num potinho. Aguardando a segunda temporada!
Como Eu Conheci Sua Mãe (9ª Temporada)
4.1 1,3K Assista AgoraLembro que, na época em que assisti pela primeira vez, não curti a temporada, porque dentro de uma estrutura de exibição semanal, ela se torna bastante cansativa - é um fim de semana inteiro em 22 capítulos e 2 epílogos. No entanto, ao maratoná-la agora, mudei de opinião quanto a 95% da jornada. Durante os episódios do casamento, por exemplo, a série define uma continuidade narrativa muito clara e cultiva pitadas generosas de drama e romance, características que sempre a levam ao seu auge e tornam a experiência um deleite. No entanto, os 5% restantes continuam sendo confusos e um tanto desrespeitosos com o espectador. Explico:
1) Não tem sentido nos fazer acreditar que Barney e Robin finalmente vão conseguir se comprometer e, durante um episódio meia boca, simplesmente puxar o nosso tapete com o rompimento dos dois, anulando tudo o que foi trabalhado antes, à exaustão. E 2) É um pecado apresentar a Tracy de maneira tão cuidadosa para, no último episódio, descobrir que ela foi um adereço do roteiro, servindo como porta voz da mensagem "perdi um companheiro e estou seguindo em frente" para que Ted consiga fazer o mesmo mais adiante. Não achei justo. Passamos 9 temporadas para conhecê-la, e quando temos a oportunidade de curtir a sua presença em cena no fechamento da série, ela fica doente e morre, e sequer sabemos como isso aconteceu e que impacto teve na vida de Ted e dos filhos. No momento seguinte ao falecimento, não temos nem tempo para ficar tristes porque os guris começam a fazer piada sobre o pai querer chamar a Robin pra sair. Embora, para eles, o tempo decorrido desde a morte da mãe tenha sido de 6 anos, para nós, foram 5 segundos! Porra, que péssimo. A gente termina a história com um gostinho amargo, além, é claro, de acreditar que Ted não amadureceu emocionalmente. Ficamos com uma sensação de que ele ama a Robin mais do que a si próprio, e isso é triste.
E como prêmio de consolação, a gente visita o Youtube, assiste ao final alternativo e pensa que, numa realidade paralela, Ted e Tracy foram genuinamente felizes dali em diante ♥
Como Eu Conheci Sua Mãe (7ª Temporada)
4.5 385 Assista Agora"Queridos Lilly e Marshall,
Não sei se sabem disso, mas nunca tirei seus nomes do contrato de aluguel.
Hoje, tirei o meu.
O apartamento agora é de vocês. E acho que finalmente descobri a melhor coisa para fazer com o quarto da Robin.
Pra mim, esse lugar estava começando a parecer assombrado.
Primeiro achei que era pela Robin, mas agora acho que era mesmo por mim.
Nenhum fantasma tem paz enquanto não segue em frente.
Eu preciso de uma mudança. E vocês também.
Esse apartamento precisa de uma nova vida.
Então, por favor, façam do nosso velho lar, o novo lar de vocês.
Ele agora está livre de fantasmas.
Com amor,
Ted ♥"
Como Eu Conheci Sua Mãe (4ª Temporada)
4.5 269 Assista AgoraAqui, a jornada de Ted faz um resgate do tom inicial da série, voltando a explorar seu arco dramático e corrigindo os excessos das temporadas anteriores. Por outro lado, mesmo revisitando o programa, não consigo entender
a súbita atração de Robin por Barney. Ter uma personalidade "desapegada" não é o que desperta o interesse de outra pessoa, mas sim a admiração e a confiança que você inspira nela. Por isso que Ted e Robin se davam bem. E embora Barney a tenha ajudado numa oportunidade de trabalho, ele ainda não comprovou ser digno de admiração ou confiança num relacionamento afetivo. Quando teve a oportunidade, se mostrou egoísta e se arrependeu depois de ter vacilado. Robin ter passado de amiga para quase namorada dele nessa season finale parece, pra mim, uma desculpa que os roteiristas inventaram pra dar um dinamismo na história. Uma pena que tenha sido mal desenvolvido.
Jogador Nº 1
3.9 1,4K Assista AgoraMágico! ♥
O Dilema das Redes
4.0 594 Assista AgoraNão acrescenta nada de novo ao debate, mas condensa as informações essenciais sobre o funcionamento dos algoritmos para introduzir leigos ao tema. Ganha mais relevância à medida que aborda a questão das fake news na nossa democracia. No entanto, senti falta de uma diversidade de especialistas para abordar o assunto, bem como de exemplos de boas práticas nas redes sociais, além das recomendações de uso comedido. Controlar o tempo gasto nas plataformas é importante, mas ignorar o algoritmo não fará os problemas sumirem. Eu sei que cabem mais perguntas do que respostas, só senti falta de um equilíbrio entre o clima distópico e perspectivas mais otimistas.
Blade Runner: O Caçador de Andróides
4.1 1,6K Assista AgoraUma das grandes referências do cinema Sci-Fi, Blade Runner dá uma aula de ambientação com fotografia, trilha sonora e direção de arte hipnotizantes. Entende-se o porquê de ser tão admirado. No entanto, é muito latente a carência do desenvolvimento de seus personagens, que prejudica até mesmo o ritmo da trama. Um filme cadenciado e contemplativo não seria problema se as questões humanas sugeridas no início fossem aprofundadas por meio dos conflitos internos do protagonista. Mas o roteiro não facilita para o Harrison Ford, nem para o espectador. Ficamos muito tempo acompanhando o caçador e nos perguntando se, em todo o universo estabelecido na obra, esse seria o indivíduo mais interessante de se acompanhar. Em contrapartida, o vilão interpretado pelo Rutger Hauer foge à regra e apresenta a melhor caracterização da história. Gostaria de ter visto, ao menos, o mesmo tratamento para a Rachel da Sean Young e para a Pris da Daryl Hannah. Teria enriquecido um bocado a experiência.
Os Oito Odiados
4.1 2,4K Assista AgoraUma das coisas que o Tarantino faz de melhor é escrever conversas fiadas, no melhor sentido do termo. Elas são o ponto de partida para que seus personagens ácidos compitam pelos maiores níveis de testosterona do ambiente, transformando meia dúzia de palavras, olhares e sorrisos enviesados numa mina de tensão prestes a explodir. É um artifício tão bem feito que sempre rende ao diretor as melhores cenas de sua filmografia. O mesmo princípio ocorre aqui, embora aplicado de forma diferente. Explico: os Oito Odiados não usa os diálogos para instigar uma sequência de embates físicos durante o longa. Ao contrário, ele apenas mantém os conflitos no nível verbal, negando qualquer amostra de violência durante mais da metade de sua duração. E isso, claro, é proposital. Ao negar a recompensa ao espectador, permite que a tensão se acumule até a última dose, e quando ela irrompe... PORRA! O impacto é o de um coquetel molotov. Tem gente que vai cansar até lá, e tem gente que vai embarcar na vibe e desejar que o filme não acabe, como eu desejei. Poderia ter uns minutos a menos, é verdade, mas nada disso diminui o brilho e a grandiosidade do resultado.
Peaky Blinders: Sangue, Apostas e Navalhas (2ª Temporada)
4.4 261 Assista AgoraA primeira temporada tinha um objetivo bastante específico: Kimber, e ao redor disso, os obstáculos que se colocariam à frente dos Peaky Blinders - os Lee, Campbell, as armas, Grace e o IRA para justificar as motivações dela. Para além disso, apenas o núcleo de Freddie Thorne. Simples. Nesta, ao contrário, os roteiristas deram um passo maior do que a própria perna. Tentaram focar na expansão dos Shelby para Londres, na briga entre italianos e judeus, na retaliação de Campbell, na missão irlandesa, nos interesses de Winston Churchill, na relação entre Michael e Polly,
e em Thomas dividido entre dois amores.
A Família Addams
3.3 258 Assista AgoraFui assistir pronto pra adorar, mas não rolou. Com argumento e roteiro frágeis, o filme é uma colcha de retalhos de piadas clichês e personagens e situações mal contextualizados, a exemplo da formação da família, da apropriação da casa, das motivações da antagonista, da amizade com a Parker e da dinâmica na nova cidade. O espectador não embarca. Lembramos o tempo todo de que estamos assistindo a um filme. Os pontos positivos são: o traço que remete às animações do Tim Burton e o desenvolvimento da Wandinha e do Feioso, que levam a trama até o fim.