Um personagem isolado do convívio social no meio de pessoas que parecem tramar uma conspiração. Junte um pouco da premissa de "Corra!" com a claustrofobia de "Fragmentado" potencializada a níveis extremos e você terá apenas uma ideia da atmosfera de "Mãe!". Podia ter sido um tantinho menos pretensioso, mas rende uma noite inteira de conversas numa mesa de bar. Uma experiência pra ser vivida em tela grande.
Há um plano-sequência que representa toda a potência do filme. Logo após levantarem para checar a fonte de um barulho, o casal vivido por Casey Affleck e Rooney Mara volta à cama para tentar dormir outra vez. Somos presenteados com quase três minutos de ternura através dos corpos e dos não-ditos. Dela se aninhando nele como se sua existência durante aqueles quase 180 segundos dependesse unicamente disso. Mas nós sabemos a sinopse e, por tabela, o que acontecerá na cena seguinte.
É interessante (e devastador) como os filmes de Lowery aglutinam tanto potencial humano versando sobre a rigidez do tempo, mudanças e a impossibilidade de um amor físico e espiritual. Junto com a química entre os protagonistas, essas escolhas brincam com nossas expectativas. De querer vê-los juntos, abraçados, conversando sobre bilhetes escondidos em lugares afetivos. Relembrando ou criando memórias. E durante boa parte do filme, isso é arrancado de nós. Em muitos momentos, me senti anestesiado ou com o estômago formigando. É a catarse pelo sentimento de não tê-la.
Texto completo (junte os espaços): contracenario. wordpress. com/2017/09/25/a-ghost-story-aint-them-bodies-saints-e-o-conto-existencialista-de-david-lowery/
"Você se lembra do velho Joe Cranston? Daquela vez que fomos até St. Louis? Ele passou cerca de três horas se arrumando antes de entrar no carro. Eu disse: 'Joe, o que você está fazendo?'. E ele: 'Bem, caso alguma coisa aconteça comigo, quero ter certeza que mamãe possa me reconhecer.' Então colocou um casaco que tinha desde os 12 anos de idade, e tentou abotoar. (...) A roupa rasgou bem nas costas, e ele ficou com aquela coisa durante toda a viagem a St. Louis, depois na volta até o Texas. Parecia um boneco. Quando voltamos, eu disse: 'Joe, sua mãe teria te reconhecido se algo tivesse acontecido a você.' E ele: 'Sim! Porque eu estava com o meu casaco.' Quer dizer, ele não entendeu. Sabe, as pessoas... elas não se conhecem da forma como pensam que se conhecem. Sylvie, ela vai me conhecer. Vai me conhecer sem olhar pra mim.
E Ruth por Deus, ela vai sentir eu descendo a rua. Quer dizer, nós sempre fomos... sabe, duas parte do mesmo. Nós iríamos brigar feito duas crianças por uma bola. E ela quebraria a casa como se estivesse em chamas, e eu só iria querer abraçá-la. Eu só iria querer abraçá-la. Mas ela estaria gritando e batendo em tudo tão rápido como um beija-flor.
Eu diria: 'Ruth, você pode gritar comigo até sua voz acabar. Mas isso não faz muita diferença, porque quando você está gritando... Seremos somente você e eu sentados aqui nessa sala.'
E ela diria: 'Tudo bem. Seremos sempre nós dois.'"
Are you runnin late? Did you sleep too much? All the awful dreams Felt real enough Is your lover there? Is she wakin up? Did she die in the night? And leave you alone?
Mirror, mirror There's your crooked nose Boring hair A thousand wrinkles No children Just emptiness No place like home Just a fucking mess...
Um show de pieguice aquela encenação da mãe tirando o disfarce a 100 metros do Doria na pose da femme fatale enquanto ele olha pela janela horrorizado e enxergando 100% da situação com uma trilha retumbante de fundo.
de todos aqueles fedelhos terem terminado o filme rindo enquanto eu ainda tava passando mal na cadeira do IMAX. Vai se f o d e r. Obs.: Não atinge só os coulrofóbicos, mas também os tripofóbicos em algumas cenas. Poderia ter pegado um pouco mais leve no CGI.
35 doses aos ritos de passagem - à antítese do amadurecer com o eterno receio do que está por vir. À efemeridade e às trajetórias cíclicas que percorremos, tentando dar conta da rotina, de nossas próprias melancolias e conviver com o outro. Daqueles que têm uma infinidade a dizer, verbalizando muito pouco.
Uma dissecação da sociedade americana através da máscara que ela mesma ajudou a forjar pra OJ Simpson, num dos casos mais macabros e escandalosos da história. Um trabalho monumental de apuração e montagem que torna toda a complexidade do contexto social numa linha de raciocínio eloquente e fluida em todas as quase oito horas de documentário. Um prato cheio pra comunicadores, ativistas, e profissionais/entusiastas do meio jurídico. Vai ecoar por muito tempo na minha cabeça.
"Quando um velho chega ao ponto de não prestar pra nada, ele começa a pensar 'ah, eu só sou um estorvo... Agora que não trabalho, não faço nada, não sirvo pra nada, se Deus me levar é melhor.' Os velhos pedem muito pra Deus os levar. Rezam muito. Pedem muito pela morte."
"O circo é um espetáculo que desafia a gravidade. As pessoas voam, se equilibram num fio, jogam objetos pro ar, fazem aparecer e desaparecer coisas... Por que o palhaço tá ali? O palhaço é aquele que cai! É o que tá no espetáculo pra dizer: 'Olha, tu é humano, tá?' (...) Essa é a técnica da palhaçaria: o erro. O erro é a nobre arte do palhaço. A imperfeição; a aceitação da sua inadequação.
'Eu sou inadequado, e agora?' Vai deprimir por causa disso... ou vai rir?"
A parte mais subaproveitada do filme é a que mais dá certo: Penélope Cruz! Uma pena que Allen não a tenha transformado em protagonista - e é exatamente isso que os posters vendem.
Interpretações e diálogos afiadíssimos! Fascinado com a química entre a Kristen e a Juliette, e o quanto estão à vontade uma com a outra aqui. Mas enquanto acerta na direção de atores e no roteiro, Assayas passa da conta na divisão episódica da narrativa. Se o filme tivesse acabado antes do epílogo, seria perfeito.
Trilogia do Antes: os encontros e desencontros de dois amantes e suas idiossincrasias, entre intervalos de 9 anos que acumulam encantos, desejos, desgastes e frustrações. A cada filme, diálogos mais amadurecidos e ambíguos, identificação e vontade de interferir, falar com os personagens. Jesse, Celine, e legado de viver, correr riscos, meter os pés pelas mãos e carregar o fardo de sermos apenas quem somos. Contraditórios e mundanos.
"No fim, tínhamos peças do quebra-cabeças, mas independente de como as encaixássemos, haviam falhas. Vazios de formas estranhas, como aquilo que as rodeava, como países de que não sabíamos o nome. O que restou depois delas foi o mais trivial dos fatos mundanos: um relógio trabalhando numa parede, a luz da sala ao meio-dia, a indecência de um ser humano que apenas pensa nele próprio."
a Morgan não foi diagnosticada com psicopatia. O jeito apático com que ela respondia as perguntas do detetive deram a impressão de que não sentia remorso, e queria incriminar a Anissa.
O encarceramento geográfico e psíquico da juventude que resguarda estilhaços do passado e teme as incertezas do futuro; o tédio, a não-reciprocidade, a vontade de viver sem saber o quê. A falta de ar de todas as manhãs, a dependência afetiva, e até onde se está disposto a ir por alguém. Duro, ora corrosivo, mas humanamente arrebatador - só faltou um pouco mais da Alison no filme.
"No one can tell you where The line of trouble hides itself You find it how you can, sometimes too late... Little birds."
Tem lá seus problemas, mas é tão imersivo que vez ou outra me pego revisitando para tentar desvelar novos segredos. Em um preciso domínio da mise-en-scène, com design de produção e fotografia apuradíssimos, D.R. Mitchell explora o subúrbio e o extracampo para alimentar a paranóia do espectador. Tudo feito com a ajuda da hipnose musical composta por Disasterpiece. Há, porém, certa negligência no tratamento dos personagens secundários, aqui unidimensionais e com diálogos apáticos, o que reduz parcialmente o impacto do horror psicológico. Ainda assim, uma pequena joia no cinema de gênero. Ansioso pelos próximos trabalhos do diretor. Adendo: pra quem gostou de It Follows, assistir a Mate-me Por Favor, de Anita Rocha da Silveira, é uma pedida revigorante.
"O prazer de quem tem saudade é saudade todo dia. A saudade é tão ingrata que todo dia maltrata. Além de maltratar, mata a quem não tem alegria. Ela é maltratadeira, além de ser matadeira. Ô saudade companheira de quem não tem companhia."
Colo
3.5 10LINK?
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraUm personagem isolado do convívio social no meio de pessoas que parecem tramar uma conspiração. Junte um pouco da premissa de "Corra!" com a claustrofobia de "Fragmentado" potencializada a níveis extremos e você terá apenas uma ideia da atmosfera de "Mãe!". Podia ter sido um tantinho menos pretensioso, mas rende uma noite inteira de conversas numa mesa de bar. Uma experiência pra ser vivida em tela grande.
Sombras da Vida
3.8 1,3K Assista AgoraHá um plano-sequência que representa toda a potência do filme. Logo após levantarem para checar a fonte de um barulho, o casal vivido por Casey Affleck e Rooney Mara volta à cama para tentar dormir outra vez. Somos presenteados com quase três minutos de ternura através dos corpos e dos não-ditos. Dela se aninhando nele como se sua existência durante aqueles quase 180 segundos dependesse unicamente disso. Mas nós sabemos a sinopse e, por tabela, o que acontecerá na cena seguinte.
É interessante (e devastador) como os filmes de Lowery aglutinam tanto potencial humano versando sobre a rigidez do tempo, mudanças e a impossibilidade de um amor físico e espiritual. Junto com a química entre os protagonistas, essas escolhas brincam com nossas expectativas. De querer vê-los juntos, abraçados, conversando sobre bilhetes escondidos em lugares afetivos. Relembrando ou criando memórias. E durante boa parte do filme, isso é arrancado de nós. Em muitos momentos, me senti anestesiado ou com o estômago formigando. É a catarse pelo sentimento de não tê-la.
Texto completo (junte os espaços): contracenario. wordpress. com/2017/09/25/a-ghost-story-aint-them-bodies-saints-e-o-conto-existencialista-de-david-lowery/
Amor Fora da Lei
3.1 92 Assista Agora"Você se lembra do velho Joe Cranston? Daquela vez que fomos até St. Louis? Ele passou cerca de três horas se arrumando antes de entrar no carro. Eu disse: 'Joe, o que você está fazendo?'. E ele: 'Bem, caso alguma coisa aconteça comigo, quero ter certeza que mamãe possa me reconhecer.' Então colocou um casaco que tinha desde os 12 anos de idade, e tentou abotoar. (...) A roupa rasgou bem nas costas, e ele ficou com aquela coisa durante toda a viagem a St. Louis, depois na volta até o Texas. Parecia um boneco. Quando voltamos, eu disse: 'Joe, sua mãe teria te reconhecido se algo tivesse acontecido a você.' E ele: 'Sim! Porque eu estava com o meu casaco.' Quer dizer, ele não entendeu. Sabe, as pessoas... elas não se conhecem da forma como pensam que se conhecem. Sylvie, ela vai me conhecer. Vai me conhecer sem olhar pra mim.
E Ruth por Deus, ela vai sentir eu descendo a rua. Quer dizer, nós sempre fomos... sabe, duas parte do mesmo. Nós iríamos brigar feito duas crianças por uma bola. E ela quebraria a casa como se estivesse em chamas, e eu só iria querer abraçá-la. Eu só iria querer abraçá-la. Mas ela estaria gritando e batendo em tudo tão rápido como um beija-flor.
Eu diria: 'Ruth, você pode gritar comigo até sua voz acabar. Mas isso não faz muita diferença, porque quando você está gritando... Seremos somente você e eu sentados aqui nessa sala.'
E ela diria: 'Tudo bem. Seremos sempre nós dois.'"
David Lowery acaba de ganhar um novo fã.
Sombras da Vida
3.8 1,3K Assista AgoraAre you runnin late?
Did you sleep too much?
All the awful dreams
Felt real enough
Is your lover there?
Is she wakin up?
Did she die in the night?
And leave you alone?
Mirror, mirror
There's your crooked nose
Boring hair
A thousand wrinkles
No children
Just emptiness
No place like home
Just a fucking mess...
Um Contratempo
4.2 2,0KMenos é mais.
Um show de pieguice aquela encenação da mãe tirando o disfarce a 100 metros do Doria na pose da femme fatale enquanto ele olha pela janela horrorizado e enxergando 100% da situação com uma trilha retumbante de fundo.
It: A Coisa
3.9 3,0K Assista AgoraEu estou completamente indignado
de todos aqueles fedelhos terem terminado o filme rindo enquanto eu ainda tava passando mal na cadeira do IMAX. Vai se f o d e r. Obs.: Não atinge só os coulrofóbicos, mas também os tripofóbicos em algumas cenas. Poderia ter pegado um pouco mais leve no CGI.
Os Olhos de Minha Mãe
3.6 180 Assista AgoraDesligue a luz, ajuste o volume, remova todas as distrações, contemple o silêncio. Play.
35 Doses de Rum
3.8 1635 doses aos ritos de passagem - à antítese do amadurecer com o eterno receio do que está por vir. À efemeridade e às trajetórias cíclicas que percorremos, tentando dar conta da rotina, de nossas próprias melancolias e conviver com o outro. Daqueles que têm uma infinidade a dizer, verbalizando muito pouco.
O.J.: Made in America
4.7 122Uma dissecação da sociedade americana através da máscara que ela mesma ajudou a forjar pra OJ Simpson, num dos casos mais macabros e escandalosos da história. Um trabalho monumental de apuração e montagem que torna toda a complexidade do contexto social numa linha de raciocínio eloquente e fluida em todas as quase oito horas de documentário. Um prato cheio pra comunicadores, ativistas, e profissionais/entusiastas do meio jurídico. Vai ecoar por muito tempo na minha cabeça.
Vale das Baleias
4.0 3Alguém sabe onde achar esse curta?!
Acácio
3.9 4"Quando um velho chega ao ponto de não prestar pra nada, ele começa a pensar 'ah, eu só sou um estorvo... Agora que não trabalho, não faço nada, não sirvo pra nada, se Deus me levar é melhor.' Os velhos pedem muito pra Deus os levar. Rezam muito. Pedem muito pela morte."
E que final ousado!
Descaminhos
2.7 1Queria muito conferir, mas não acho em lugar algum!
A Cidade Onde Envelheço
3.6 131 Assista Agora- Se não tens certeza, por que é que vais?
- Porque não tenho certeza de nada.
Eu Maior
4.4 138 Assista Agora"O circo é um espetáculo que desafia a gravidade. As pessoas voam, se equilibram num fio, jogam objetos pro ar, fazem aparecer e desaparecer coisas... Por que o palhaço tá ali? O palhaço é aquele que cai! É o que tá no espetáculo pra dizer: 'Olha, tu é humano, tá?' (...) Essa é a técnica da palhaçaria: o erro. O erro é a nobre arte do palhaço. A imperfeição; a aceitação da sua inadequação.
'Eu sou inadequado, e agora?' Vai deprimir por causa disso... ou vai rir?"
Maria Antonieta
3.7 1,3K Assista AgoraUma delícia de filme.
Vicky Cristina Barcelona
3.8 2,1KA parte mais subaproveitada do filme é a que mais dá certo: Penélope Cruz! Uma pena que Allen não a tenha transformado em protagonista - e é exatamente isso que os posters vendem.
Acima das Nuvens
3.6 400Interpretações e diálogos afiadíssimos! Fascinado com a química entre a Kristen e a Juliette, e o quanto estão à vontade uma com a outra aqui. Mas enquanto acerta na direção de atores e no roteiro, Assayas passa da conta na divisão episódica da narrativa. Se o filme tivesse acabado antes do epílogo, seria perfeito.
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista AgoraTrilogia do Antes: os encontros e desencontros de dois amantes e suas idiossincrasias, entre intervalos de 9 anos que acumulam encantos, desejos, desgastes e frustrações. A cada filme, diálogos mais amadurecidos e ambíguos, identificação e vontade de interferir, falar com os personagens. Jesse, Celine, e legado de viver, correr riscos, meter os pés pelas mãos e carregar o fardo de sermos apenas quem somos. Contraditórios e mundanos.
"Eu amo a forma como você canta, ok?
Eu fodi minha vida inteira por causa da forma como você canta."
As Virgens Suicidas
3.8 1,4K Assista Agora"No fim, tínhamos peças do quebra-cabeças, mas independente de como as encaixássemos, haviam falhas. Vazios de formas estranhas, como aquilo que as rodeava, como países de que não sabíamos o nome. O que restou depois delas foi o mais trivial dos fatos mundanos: um relógio trabalhando numa parede, a luz da sala ao meio-dia, a indecência de um ser humano que apenas pensa nele próprio."
Um dos meus filmes favoritos da vida ♥
Cuidado Com o Slenderman
3.2 59 Assista AgoraNão sei vocês, mas eu fiquei surpreso quando
a Morgan não foi diagnosticada com psicopatia. O jeito apático com que ela respondia as perguntas do detetive deram a impressão de que não sentia remorso, e queria incriminar a Anissa.
Little Birds
3.1 86O encarceramento geográfico e psíquico da juventude que resguarda estilhaços do passado e teme as incertezas do futuro; o tédio, a não-reciprocidade, a vontade de viver sem saber o quê. A falta de ar de todas as manhãs, a dependência afetiva, e até onde se está disposto a ir por alguém. Duro, ora corrosivo, mas humanamente arrebatador - só faltou um pouco mais da Alison no filme.
"No one can tell you where
The line of trouble hides itself
You find it how you can,
sometimes too late...
Little birds."
Corrente do Mal
3.2 1,8K Assista AgoraTem lá seus problemas, mas é tão imersivo que vez ou outra me pego revisitando para tentar desvelar novos segredos. Em um preciso domínio da mise-en-scène, com design de produção e fotografia apuradíssimos, D.R. Mitchell explora o subúrbio e o extracampo para alimentar a paranóia do espectador. Tudo feito com a ajuda da hipnose musical composta por Disasterpiece. Há, porém, certa negligência no tratamento dos personagens secundários, aqui unidimensionais e com diálogos apáticos, o que reduz parcialmente o impacto do horror psicológico. Ainda assim, uma pequena joia no cinema de gênero. Ansioso pelos próximos trabalhos do diretor.
Adendo: pra quem gostou de It Follows, assistir a Mate-me Por Favor, de Anita Rocha da Silveira, é uma pedida revigorante.
Aboio
3.9 4"O prazer de quem tem saudade
é saudade todo dia.
A saudade é tão ingrata
que todo dia maltrata.
Além de maltratar, mata
a quem não tem alegria.
Ela é maltratadeira,
além de ser matadeira.
Ô saudade companheira
de quem não tem companhia."